Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Rafael Dantas

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Pernambuco lidera geração de empregos no Nordeste em setembro

Estado cria 15,6 mil vagas formais e alcança o terceiro maior saldo do Brasil, com destaque para a indústria e construção civil Pernambuco encerrou setembro de 2025 com a criação de 15.602 empregos formais, segundo dados do Novo Caged. O resultado colocou o estado na liderança do Nordeste e na terceira posição nacional em geração de vagas com carteira assinada, consolidando o bom momento da economia pernambucana. “Pernambuco volta à liderança na geração de emprego no Nordeste e está novamente entre os três primeiros do Brasil. Isso não é por acaso. É fruto de um trabalho forte do nosso time para fortalecer o ambiente de negócios e assim atrair novas empresas e fortalecer as que já atuam por aqui, promovendo geração de emprego e renda em todas as áreas da economia”, afirmou a governadora Raquel Lyra. Indústria puxa resultado do mês Entre os setores, a indústria foi o destaque com 8.367 novas contratações, seguida pela agropecuária (2.814) e pela construção civil (2.354). O comércio e os serviços também contribuíram para o saldo positivo, com 1.217 e 850 vagas, respectivamente. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, os números comprovam o avanço do estado. “Pernambuco está diversificando sua economia, atraindo investimentos e criando oportunidades em todas as regiões. O ambiente de negócios está mais favorável a quem quer produzir e gerar emprego”, afirmou. Políticas integradas de qualificação e empreendedorismo No acumulado de janeiro a setembro, Pernambuco soma 61.620 novos empregos formais, reflexo de um esforço contínuo para ampliar as oportunidades. Desde 2023, já foram 172,7 mil empregos criados em todo o estado. O secretário de Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo, Manuca de Zé do Povo, destacou o papel da qualificação. “O Governo de Pernambuco tem atuado de forma integrada para que o crescimento econômico se traduza em oportunidades reais. Temos levado qualificação, intermediação de mão de obra e incentivo ao empreendedorismo a todas as regiões do Estado”, ressaltou. Construção civil e indústria lideram crescimento anual Os principais motores do desempenho anual foram a construção civil, que abriu 12.163 vagas e cresceu 55,8% em relação a setembro de 2024, e a indústria, com 8.008 contratações e avanço de 50%. Serviços, agropecuária e comércio também mantiveram saldos positivos, reforçando o dinamismo e a diversificação da economia pernambucana.

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Tarifa Zero: como o transporte público gratuito pode transformar as cidades e reduzir desigualdades

Com o sistema de ônibus e metrôs em colapso, cresce o debate sobre o modelo de transporte gratuito no Brasil. Experiências em cidades como Caucaia, Maricá e Paranaguá mostram ganhos sociais, econômicos e ambientais, mas também desafios de financiamento e qualidade. *Por Rafael Dantas A qualidade e o custo do transporte são fatores que impactam diretamente a vida de milhões de habitantes das regiões metropolitanas. Moradora do Paulista, Lucélia Costa, por exemplo, gasta entre quatro e cinco horas diárias em deslocamentos, somando os trajetos de ida e volta ao trabalho. Ela atua como coordenadora de helpdesk em Setúbal, na Zona Sul do Recife, e sofre no bolso e no relógio. “Tem momentos que fica insuportável. Muito calor, lotação e muita demora”, lamenta. Ela não é exceção. A crise do sistema de ônibus e metrôs se aproxima de um colapso. Há alguns anos, milhões de usuários têm abandonado o transporte público coletivo e migrado para alternativas individuais, como o moto-táxi por aplicativo. Um estudo da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), divulgado em 2024, aponta que desde 2017, quase um terço dos usuários – 29,4% – abandonou completamente o serviço, enquanto 27,5% passaram a utilizá-lo com menor frequência. As razões para esse afastamento são as viagens desconfortáveis (28,7%), falta de flexibilidade nos deslocamentos (20,7%) e trajetos longos e demorados (20,4%). O preço elevado da passagem também está nessa conta (11,8%). Nesse cenário marcado por contradições e gargalos, ganha força em todo o País o debate sobre a Tarifa Zero. "Tem momentos [que o transporte] fica insuportável. Muito calor, lotação e muita demora. Acho a proposta [da Tarifa Zero] muito interessante. Mas se aumentar a quantidade de pessoas, é preciso ter mais ônibus". Lucélia Costa Antes dessa pauta chegar nas regiões metropolitanas, esse modelo de transporte público coletivo gratuito já foi adotado em 138 municípios de pequeno e médio porte no País. Entre as capitais, a exceção é Teresina, que tem Tarifa Zero no Metrô. “Todas as demais cidades têm menos de 500 mil habitantes. Isso é devido ao fato de que o custo do transporte cresce exponencialmente em relação ao território urbano”, explica o urbanista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Roberto Andrés. O pesquisador esclarece que, enquanto nas cidades menores o custo da implantação dessa política impacta entre 1% e 3% do orçamento da prefeitura, nas cidades grandes pode chegar até a 10%. Sem uma fonte externa de financiamento e impossibilitadas de arcar com toda a despesa via tesouro municipal, essa política ficou parada no engarrafamento das prioridades. No entanto, o Governo Lula encomendou recentemente ao Ministério da Fazenda um estudo para avaliar a viabilidade de uma Tarifa Zero nacional. Até se tornar realidade, ainda há muitas estradas ou trilhos a percorrer. Mas o pontapé inicial dado pelo Planalto recoloca, em pleno ano eleitoral, o transporte público coletivo no centro das discussões. "A partir do momento em que zera a tarifa, a população tem uma grande parte da sua renda desonerada e esse recurso passa a ser aplicado em compras de alimentos, medicamentos e itens necessários para o dia a dia". Roberto Andrés BENEFÍCIOS NA TARIFA ZERO Diferente de outras agendas, que ficam nos embates do Congresso Nacional ou nos meios acadêmicos, a possibilidade de zerar o custo dos transportes tem grande apelo entre a população. Lucélia ouviu no noticiário sobre a Tarifa Zero e já tem opinião. “Eu acho uma proposta muito interessante porque vai abrir a possibilidade de muitas outras pessoas utilizarem o transporte público coletivo, evitando o uso de automóveis particulares. Em contrapartida, existe a questão da qualidade do serviço. Se aumentar a quantidade de pessoas é preciso ter mais ônibus”. A percepção dela, como passageira, foi certeira. Onde a tarifa foi implantada, cresceu muito o número de pessoas que passaram a usar o transporte público coletivo. Um dos exemplos mais notáveis é do município cearense de Caucaia. Com 355 mil habitantes (o tamanho da população é bem próximo à de Olinda e um pouco menor que a de Caruaru), a cidade viu explodir o número de passageiros transportados em 371%, em apenas dois anos, segundo levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos). Os dados de outras cidades também revelam resultados surpreendentes, como o aumento de 202% no número de passageiros em Luziânia (GO) e de 144% em Maricá (RJ) – municípios com populações próximas à do Cabo de Santo Agostinho. Esses índices evidenciam o quanto a exclusão no acesso ao transporte público coletivo ainda é profunda em muitas regiões. Para Andrés, essa realidade reforça que investir em transporte gratuito ou acessível vai além da questão da mobilidade: trata-se, sobretudo, de uma política de inclusão socioeconômica, capaz de conectar pessoas a oportunidades e reduzir desigualdades. “A Tarifa Zero é em primeiro lugar uma política de redução de pobreza e de aumento de capacidade da população mais pobre. Hoje 20% da renda das famílias no Brasil é gasto com transporte. A partir do momento em que zera a tarifa, a população tem uma grande parte da sua renda desonerada e esse recurso passa a ser aplicado, então, em compras de alimentos e medicamentos e itens que são necessários para o dia a dia”, apontou Roberto Andrés. Os impactos econômicos observados em municípios que adotaram a medida reforçam sua dimensão social. Em Caucaia (CE), por exemplo, a prefeitura registrou crescimento de 25% no faturamento do comércio e do setor de serviços, acompanhado pelo mesmo percentual de aumento na arrecadação municipal. Já em Paranaguá (PR) – cidade com porte semelhante ao de Garanhuns e Camaragibe –, a política resultou em alta de 30% nas vendas do comércio local e redução de 40% nos acidentes de trânsito. Números que evidenciam que o transporte gratuito pode movimentar a economia e ampliar o acesso a serviços essenciais. De acordo com Bernardo Braga, coordenador técnico da Urbana-PE, há uma grande expectativa que a política contribua para ampliar o acesso às oportunidades que as cidades oferecem e também de haver um impacto positivo nos orçamentos das famílias. Porém, sobre a

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Vontade de crescer: Grupo JCPM anuncia nova estrutura e aposta em expansão no Nordeste

Holding JCPMPar concentrará decisões estratégicas; novo CEO assume área de shopping centers e grupo projeta avanços imobiliários. Foto: Heudes Régis No ano em que celebra 90 anos de fundação, o Grupo JCPM inicia uma nova fase ao anunciar mudanças na sua estrutura organizacional. As decisões estratégicas passam a ser concentradas na holding JCPMPar – Participações e Empreendimentos S.A., que contará com um Conselho de Administração formado por seis integrantes, presidido por João Carlos Paes Mendonça. A reestruturação visa fortalecer a governança e preparar o grupo para novos investimentos nos setores de shopping centers, construções, incorporação e comunicação, além de ampliar os projetos de compromisso social desenvolvidos pelo Instituto JCPM e pela Fundação Pedro Paes Mendonça. Expansão com foco no setor de shopping centers O segmento de shoppings, principal área de atuação do grupo, passa a ter uma gestão dedicada com a criação da empresa JCPM Shopping Centers, que agora conta com um CEO exclusivo para a operação. O executivo Sérgio Moraes Vieira Filho, pernambucano de 43 anos com carreira internacional na Coca-Cola, assume o comando da área. O objetivo é consolidar um modelo de gestão mais focado e padronizado nos estados onde o grupo atua: Pernambuco, Sergipe, Bahia e Ceará. “Nós queremos é crescer com os shoppings, que é mais lento, porque os investimentos são enormes. As oportunidades são muito poucas para você. É crescer os shoppings, mas nós estamos investindo mais de 100 milhões este ano”, afirmou João Carlos. Novos horizontes no mercado imobiliário Além da expansão dos shoppings, o grupo aposta no setor imobiliário com projetos de torres empresariais e o Condomínio Praia de Guadalupe, em Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco. O empreendimento tem 1,2 milhão de metros quadrados e já recebeu mais de R$ 120 milhões em infraestrutura. “Vamos lançar no próximo mês, já com a infraestrutura muito forte e pronta. Vamos crescer e queremos objetivar as operações, cada um olhando o seu mundo e não o mundo misturado”, destacou o empresário, reforçando a visão de descentralização operacional e foco em resultados. Desafios econômicos e visão sobre o Nordeste Mesmo com o otimismo em relação aos investimentos, João Carlos faz uma leitura crítica do cenário econômico nordestino. “Estamos longe de uma boa fase do Nordeste ainda, mas nós estamos vendo que Pernambuco tá querendo”, disse. Para ele, a falta de infraestrutura é o principal gargalo da economia regional. “Passamos muitos anos sem criar estradas. Criamos a BR-232 com Jarbas Vasconcelos e, de lá para cá, não vi crescimento nessa área, que é fundamental.” Em pauta com a Algomais: "Pernambuco precisa acreditar em Pernambuco.” O que levou o grupo a fazer essa mudança na estrutura organizacional? “Vontade de crescer. Nós queremos é crescer com os shoppings, que é mais lento, porque os investimentos são enormes. Estamos investindo mais de 100 milhões esse ano. Muito mais em tecnologia e pequenas adaptações dos shoppings. Isso é importante e vamos crescer muito também agora no mercado imobiliário, com algumas torres empresariais.” Como essa nova governança impacta a estratégia de crescimento? “Cada um vai focar a sua área. A área de shopping tem que tratar muitas pessoas, não é tijolo e pedra, são pessoas, é cliente, é lojista, é funcionário. Isso é muito importante, é uma visão diferente de quem é da construção. Nós queremos fortalecer o nosso negócio principal, que é shopping, porque nós somos vocacionados para tratar com pessoas.” Qual é a avaliação do senhor sobre o momento econômico do Nordeste e de Pernambuco? “Estamos longe de uma boa fase do Nordeste ainda, mas nós estamos vendo que Pernambuco tá querendo. Em Pernambuco já aconteceu isso, na Bahia aconteceu, no Ceará aconteceu. Nós demos uma paradinha realmente, mas acho que agora ele tá querendo. O leão do Norte tem que novamente estar presente. Vamos ver se agora a gente consegue dar uma andada. Os investimentos estão começando a surgir, a área metropolitana começa a receber uma carga boa, todo Sertão e Agreste estão se desenvolvendo, e é isso que precisamos. Pernambuco precisa acreditar em Pernambuco.”

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Festival de Inovação e Negócios de Garanhuns espera público recorde

Com mais palcos e ativações, o FING 2025 quer consolidar o Agreste como polo de empreendedorismo e tecnologia em Pernambuco O 2º Festival de Inovação e Negócios de Garanhuns (FING 2025) acontece no próximo dia 1º de novembro, no Centro Cultural Sesc Garanhuns, e promete movimentar a economia criativa e o ecossistema empreendedor do Agreste pernambucano. Com entrada gratuita, o evento chega à nova edição ampliado — com mais ativações, palcos simultâneos e uma curadoria diversa. A realização é da Comunidade Sete Colinas, em parceria com o Sebrae/PE e o Sesc Garanhuns. Conteúdo e conexões Com mais de 40 palestrantes e painelistas, o festival abordará temas como empreendedorismo, tecnologia, inovação e economia criativa, esperando reunir 2.500 participantes — superando os números do ano anterior. Entre os convidados estão Heraldo Ourem (Porto Digital), Armando Costa (Ferreira Costa), Teresa Maciel (SECTI-PE), Kleber Araújo (IMIP) e o artista local Pedro Vinicio, que representam diferentes frentes do ecossistema inovador pernambucano. Experiências imersivas e espaço gamer Além das palestras, o público poderá participar de experiências imersivas em realidade virtual e aumentada, conhecer startups e empresas parceiras, e aproveitar ambientes de networking voltados à troca de ideias e negócios. O espaço gamer é outro destaque, com PCs gamers, Nintendos Switchs, fliperamas e um campeonato de CS2 2x2 com premiação. O narrador profissional Bruno Cobaia comandará as partidas e ministrará uma palestra sobre o mercado de eSports. Força do ecossistema agrestino Para José Augusto Branco, líder da Comunidade Sete Colinas, o crescimento do FING demonstra o dinamismo da região. “Se no ano passado já mostramos a força do Agreste como território criativo e inovador, este ano trazemos ainda mais ativações e oportunidades para quem quer se conectar ao futuro dos negócios”, afirma. Apoio ao empreendedorismo local A gerente do Sebrae no Agreste Meridional, Amanda Ferreira, destaca o papel do festival no fortalecimento do empreendedorismo regional. “Estar presente em mais uma edição do FING reforça nosso compromisso em apoiar os pequenos negócios e promover conexões que impulsionam o desenvolvimento econômico da região”, comenta. Serviço📅 1º de novembro de 2025📍 Centro Cultural Sesc Garanhuns🎟️ Evento gratuitoRealização: Comunidade Sete Colinas, Sebrae/PE e Sesc Garanhuns

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Banco do Nordeste investe R$ 360 milhões para fortalecer rede de energia renovável

Recursos do BID e do programa CIF-REI vão modernizar sistemas de transmissão e distribuição de energia limpa na região O Banco do Nordeste (BNB) anunciou um investimento de R$ 360 milhões voltado à modernização da transmissão e distribuição de energia renovável. Os recursos, provenientes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do programa CIF-REI (Integração de Energias Renováveis dos Fundos de Investimentos Climáticos), equivalem a US$ 67 milhões. A medida busca ampliar a integração de fontes limpas ao sistema elétrico da região, reforçando o papel do Nordeste como líder na geração de energia sustentável no Brasil. Expansão da capacidade e modernização da rede O anúncio foi feito durante o evento “O Nordeste é um Brasil”, realizado em Salvador, com participação do BID e do Banco do Nordeste. Segundo o presidente do BNB, Wanger Alencar, a iniciativa é essencial para a segurança e eficiência do sistema energético regional. “Queremos expandir a capacidade de transmissão e distribuição das redes elétricas na Região, que é grande geradora de energia limpa. Ao estimular o uso de tecnologias de modernização da rede, esperamos aumentar a flexibilidade do sistema elétrico brasileiro”, afirmou. Linhas de crédito para tecnologias inovadoras Com o aporte internacional, o BNB ampliará suas linhas de crédito com condições financeiras competitivas voltadas a investidores do setor elétrico. O programa financiará tecnologias emergentes, como baterias, hidrogênio verde, redes inteligentes e sistemas de automação, elementos centrais para aumentar a estabilidade e a eficiência da matriz energética nacional. Apoio à digitalização e à sustentabilidade Os financiamentos atenderão empresas privadas que buscam adquirir maquinário, equipamentos e sistemas associados à modernização e digitalização da geração, transmissão e armazenamento de energia. A expectativa é que o programa impulsione o crescimento de um sistema elétrico mais limpo e resiliente, beneficiando tanto o setor produtivo quanto a população do Nordeste. Programa reforça papel do BNB no desenvolvimento sustentável Batizado de Programa de Integração de Energias Renováveis do Nordeste (CIF-REI/NE), o projeto foi desenvolvido com base no Plano de Investimentos do CIF-REI, em parceria com os Ministérios da Fazenda, Minas e Energia, e Ciência, Tecnologia e Inovação, além do apoio técnico do BID e do Banco Mundial. A iniciativa complementa o Programa de Desenvolvimento Produtivo da Região Nordeste (Prodepro), aprovado em 2023, consolidando o Banco do Nordeste como um dos principais agentes de fomento a investimentos sustentáveis no país.

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Paulo Câmara deixa presidência do Banco do Nordeste e deve retornar em 2026

Ex-governador de Pernambuco encerra gestão marcada por recordes e aguarda fim de quarentena para possível recondução ao cargo O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara deixou a presidência do Banco do Nordeste (BNB) nesta terça-feira (21). A saída ocorre por razões técnicas, relacionadas ao prazo de gestão previsto no estatuto do banco e às exigências da Lei das Estatais, que limita a permanência de ex-dirigentes partidários. A presidência será ocupada interinamente por Wagner Rocha, atual diretor financeiro e de crédito. Há uma grande expectativa pela recondução de Câmara ao cargo em 2026, após o período de quarentena, o banco mantém sua agenda de transição regular. Gestão com resultados históricos Durante sua gestão, Paulo Câmara conduziu o Banco do Nordeste a marcas recordes de desempenho. A instituição deve encerrar 2025 com R$ 70 bilhões em contratações de crédito, o maior volume de sua história. Entre os avanços mais relevantes está o fortalecimento das micro e pequenas empresas, que passaram de 51% para 62% das operações, ampliando o impacto do banco na geração de renda e no desenvolvimento econômico regional. Banco mais regional e menos concentrado Um dos marcos da gestão de Paulo Câmara foi a descentralização das decisões e investimentos. Sob sua liderança, o Banco do Nordeste passou a atuar de forma mais equilibrada entre os estados, reduzindo a concentração de recursos no Ceará, onde fica a sede da instituição, e fortalecendo sua presença em outros polos econômicos do Nordeste. Indicadores financeiros expressivos Os números do primeiro semestre de 2025 confirmam o vigor da gestão. O BNB registrou R$ 34,8 bilhões em contratações, um aumento de 19,2% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro líquido foi de R$ 1,38 bilhão, com alta de 35,6%. A carteira de crédito alcançou R$ 165,7 bilhões, impulsionada por programas como Crediamigo e Agroamigo, que ampliaram o acesso ao microcrédito e fomentaram o pequeno empreendedorismo rural e urbano. Continuidade da política de desenvolvimento A escolha de Wagner Rocha para o comando interino reforça a intenção de manter a linha de gestão e as políticas de crédito implementadas por Paulo Câmara. Ele é servidor de carreira e tem experiência em gestão de crédito, planejamento e administração financeira, áreas consideradas estratégicas no atual ciclo de expansão do banco.

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Cooperativismo de crédito ganha força e movimenta R$ 2,5 bilhões em Pernambuco

Com quase 100 mil cooperados e expansão recorde nas carteiras de crédito, o setor de consolida como alternativa sólida ao sistema bancário tradicional e motor do desenvolvimento regional. *Por Rafael Dantas As cooperativas de crédito em Pernambuco estão próximas de ultrapassar a marca dos 100 mil cooperados. As seis organizações que atuam no Estado somaram juntas R$ 2,5 bilhões em ativos em 2024, o que representou um crescimento de 20,2% em relação ao ano anterior. Segundo o último Anuário do Sistema OCB (Organização das Cooperativas do Brasil), foram registradas pelo segmento no ano passado mais de R$ 38 milhões em sobras – resultados financeiros positivos das atividades. Diferentemente do lucro dos bancos tradicionais, essas sobras são distribuídas entre os cooperados, conforme a participação de cada um nas operações. Mas a relevância desse segmento é maior que os números. Elas atuam diretamente no suporte ao desenvolvimento local e têm um papel de inclusão importante, atingindo cidades menores em que o sistema bancário tradicional não investe. Além disso, um ingrediente que ajuda a explicar o crescimento nos últimos anos, mesmo em períodos turbulentos de mercado, é a humanização do atendimento. “O cooperativismo de crédito em Pernambuco tem se consolidado como uma alternativa sólida ao sistema financeiro tradicional, promovendo inclusão financeira, desenvolvimento local e fortalecimento da economia regional. Em 2024, o Estado contava com 93.941 cooperados, 481 empregos gerados e um crescimento expressivo nas operações de crédito”, afirmou Valdeci Monteiro dos Santos, economista, sócio-diretor da Ceplan Consultoria e professor da Unicap. Valdeci Monteiro ressalta que as cooperativas proporcionam inclusão financeira e fortalecimento da economia regional, além de oferecer diferenciais ao cliente. “Ele participa das decisões e dos resultados, o que não acontece nos bancos tradicionais”. Dados do Banco Central indicam que 469 municípios do País têm atuação exclusiva das cooperativas de crédito. Esse indicador vem crescendo nos últimos anos, com o fechamento de agências bancárias tradicionais. Segundo pesquisa da PUC-Rio, enquanto bancos tradicionais exigem pelo menos 8 mil habitantes para instalar uma agência, cooperativas de crédito conseguem atuar em municípios com apenas 2,3 mil habitantes e PIBs menores, facilitando o acesso a serviços financeiros em locais onde o sistema bancário convencional não chega. Em Pernambuco, o cooperativismo de crédito na Região Metropolitana do Recife conta com o Sicredi Recife, a Unicred e o Sicoob Pernambuco. Já nas regiões da Zona da Mata, Agreste e Sertão, destacam-se o Sicredi Centro PE, a Unicred e o Sicoob Pernambuco. No Sertão do São Francisco, o setor é representado pelo Sicredi Vale do São Francisco, pela Cresol e também pela Unicred. O QUE DIFERE A ATIVIDADE DO COOPERATIVISMO? O cooperativismo de crédito possui diferenças importantes em relação ao sistema bancário tradicional, não apenas em sua estrutura. Enquanto os bancos convencionais operam como empresas com fins lucrativos, voltadas à geração de retorno para acionistas, as cooperativas de crédito são instituições financeiras sem fins lucrativos, formadas por pessoas que se associam voluntariamente para atender às suas próprias necessidades financeiras. “O cliente da cooperativa é também sócio. Ele participa das decisões e dos resultados, o que não acontece nos bancos tradicionais”, explica o economista Valdeci Monteiro. Essa diferença de natureza se reflete diretamente nas condições oferecidas e na relação com os cooperados. As cooperativas tendem a praticar taxas de juros mais baixas, menos tarifas e maior flexibilidade, enquanto os bancos costumam seguir políticas padronizadas e priorizar mercados de maior rentabilidade. Além disso, o cooperativismo de crédito mantém sua gestão descentralizada e participativa, em que cada associado tem voz e voto, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade coletiva. Uma tendência global muito moderna com os crowdfundings, por exemplo, mas que está no DNA do cooperativismo desde o seu nascimento. “O principal diferencial é a gestão democrática. O associado tem o direito de opinar nas assembleias e participa dos resultados – algo que não existe no sistema bancário tradicional. Eu não vendo só por vender. A prioridade é entender a necessidade do associado e oferecer uma consultoria financeira, não uma venda casada”, afirmou Elísio Guerra de Souza, diretor-executivo do Sicredi Recife. Onde captamos, ali fazemos nossas operações com as arrecadações e depósitos dos associados do local. Isso é diferente dos bancos tradicionais que estão em grandes cidades. O poder de decisão, às vezes não favorece as regiões que precisam daquele recurso". Almir Miranda Outro ponto que distingue o modelo cooperativo é o impacto no desenvolvimento local. Por atuarem próximas das comunidades, as cooperativas canalizam seus recursos para fortalecer pequenos negócios, produtores rurais e economias municipais, estimulando a geração de emprego e renda. “Onde captamos, ali fazemos nossas operações com as arrecadações e depósitos dos associados do local. Isso é diferente dos bancos tradicionais que estão centralizados em grandes cidades do País. O poder de decisão, às vezes, termina não favorecendo as regiões que precisam daquele recurso”, explica Almir Miranda, representante da Comissão Consultiva do Ramo Crédito da OCB-PE (Organização das Cooperativas Brasileiras de Pernambuco). APOSTA NO DESENVOLVIMENTO LOCAL A presença local de cooperativas de crédito acrescenta em média R$ 48,10 por habitante, em arrecadação municipal, segundo um estudo conduzido pelo Sistema OCB e pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Isso é 8,7% acima da média das cidades brasileiras. Além disso, outro indicador relevante é que onde o segmento está presente, a massa salarial por habitante é R$ 115,5 superior, o que representa 23,5% a mais que a média nacional. Mais do que fortalecer a renda e as finanças municipais, o cooperativismo de crédito gera um efeito multiplicador expressivo na economia. De acordo com estimativas da Fipe, cada R$ 1 aplicado em crédito ou gasto pelo sistema cooperativo impulsiona R$ 2,56 em atividade econômica, ampliando a produção e estimulando cadeias locais. Esse impacto evidencia como o modelo cooperativista transforma a intermediação financeira em um instrumento direto de desenvolvimento regional. O empresário Marcos André Rocha, de Petrolina, é um exemplo do impacto do segmento na vida de empreendedores locais. Atuando no setor de distribuição de cimento no Vale do São Francisco, ele começou do zero, com apenas o apoio da esposa

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Isenção do Imposto de Renda pode injetar R$ 8 bilhões na economia do Nordeste, aponta estudo do BNB

Medida deve beneficiar 1,9 milhão de trabalhadores na região; em Pernambuco, impacto previsto é de R$ 1,57 bilhão A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, proposta pelo Governo Federal, poderá gerar um impacto positivo de R$ 8,27 bilhões na economia do Nordeste, segundo estudo do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do Banco do Nordeste (BNB). O valor considera os 1,9 milhão de trabalhadores que passarão a ser isentos do imposto, com uma economia média anual de R$ 4.356 por pessoa. A proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados, ainda aguarda análise do Senado Federal. Efeitos econômicos regionais O levantamento do BNB estima que, incluindo os estados de Minas Gerais e Espírito Santo — também atendidos pelo Banco —, o montante economizado pelos contribuintes pode chegar a R$ 9,13 bilhões, beneficiando quase 2,1 milhões de trabalhadores. O estudo indica que a medida deve ter um forte efeito multiplicador sobre o consumo e a atividade econômica regional, especialmente em áreas de menor renda. Impacto em Pernambuco Em Pernambuco, cerca de 361 mil trabalhadores formais devem ser contemplados pela nova faixa de isenção, o que representa R$ 1,57 bilhão a mais circulando na economia estadual. Esses recursos, segundo o BNB, tendem a fortalecer o consumo de bens e serviços, estimulando o comércio e pequenas empresas locais. Redução de desigualdades De acordo com o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, a proposta do Governo Federal é estratégica para promover justiça social e dinamizar o mercado interno. “Ao reduzir a carga tributária incidente sobre essa faixa populacional, o presidente Lula está diminuindo o peso no orçamento dessas famílias e, ao mesmo tempo, promovendo uma demanda adicional no mercado interno e estimulando a atividade econômica regional”, afirmou. Atualização tributária e estímulo ao consumo Para o economista-chefe do BNB, Rogério Sobreira, a medida representa uma das principais atualizações tributárias do país nas últimas décadas. “Essa reestruturação significativa na base de contribuintes traz repercussões relevantes tanto do ponto de vista da equidade fiscal quanto do estímulo ao consumo. Somente na área de atuação do BNB, são mais de dois milhões de famílias com uma economia mensal de R$ 360 que podem ser direcionados para compras da própria família”, avaliou.

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MV anuncia entrada no mercado dos Estados Unidos e reforça expansão global

Empresa brasileira, com sede no Recife, investirá US$ 10 milhões em parceria com grupo Medstation e levará soluções em telemedicina, jornada assistencial e inteligência artificial para clínicas na Flórida A MV anunciou sua entrada no mercado norte-americano. A operação será feita em parceria com o grupo Medstation, marcando um passo decisivo no processo de internacionalização da companhia. A iniciativa levará às clínicas da Flórida soluções digitais como o MV Clinic e a plataforma Global Health, que integram dados clínicos e aprimoram o cuidado centrado no paciente. Investimento e operação nos EUA A expansão contará com uma equipe dedicada à internacionalização e o apoio de parceiros locais para lidar com regulamentações do setor de saúde norte-americano. Nos próximos dois anos, a MV deve investir cerca de US$ 10 milhões no projeto, com inovações que também terão reflexo no Brasil. A operação amplia o alcance global da empresa, que já atua em 11 países da América Latina e possui escritório no Panamá, além de clientes em Angola. Integração com inteligência artificial A tecnologia da MV será fortalecida pela integração das soluções de Inteligência Artificial da startup Sofya, que recentemente recebeu investimentos da companhia. A IA será incorporada aos sistemas de prontuário eletrônico para oferecer suporte à decisão clínica e otimizar a rotina médica, tornando os processos mais ágeis e eficientes. Receptividade no mercado americano A presença internacional da empresa já vinha sendo preparada desde março de 2025, quando a MV apresentou suas tecnologias durante a HIMSS, em Las Vegas, evento global de inovação em saúde digital. “Já vínhamos testando o mercado norte-americano há algum tempo e identificamos uma lacuna importante no setor de saúde dos EUA que pode ser atendida com a experiência e as inovações que desenvolvemos no Brasil. Estar presente nesse mercado, que é o mais competitivo e desafiador do mundo, é um passo essencial para consolidar nossa posição global”, explica Paulo Magnus, CEO da MV. Conexão entre ecossistemas de saúde Na primeira fase da parceria com a Medstation, serão oferecidas soluções voltadas à jornada assistencial, telemedicina e inteligência artificial, com previsão de expansão para outras áreas do sistema de saúde norte-americano. “Estamos construindo uma ponte entre dois ecossistemas de saúde que podem aprender muito um com o outro. O investimento nos Estados Unidos vai fortalecer nossa presença internacional e trazer aprendizados valiosos para continuarmos inovando também no Brasil”, complementa Magnus.

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SENAI Pernambuco inaugura parque de inovação em Suape

Espaço reúne empresas, universidades e startups para desenvolver soluções em energia limpa e digitalização industrial O SENAI Pernambuco inaugura neste domingo (20) o SENAI Park, um parque de inovação e tecnologia instalado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca. O espaço, inédito no estado, foi criado para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e atender às demandas da indústria local e nacional. Com 1,4 hectares de área, o SENAI Park foi projetado para abrigar empresas de diferentes setores, pesquisadores e instituições de ensino em um ambiente colaborativo. A infraestrutura conta com plantas-piloto que permitem testar soluções tecnológicas e processos produtivos antes da aplicação em escala industrial. Atualmente, o local abriga dois grandes projetos que envolvem 14 empresas e somam investimentos de R$ 100 milhões — um voltado à produção de baterias de lítio e outro à digitalização da cadeia do hidrogênio sustentável. Outros R$ 200 milhões estão em fase de captação. PARCEIRO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL A criação do parque representa um marco na consolidação do cluster de inovação industrial de Suape, iniciado em 2022. “O SENAI tem 82 anos de atuação em Pernambuco e se consolidou como parceiro da indústria, apoiando sua modernização e competitividade. O parque reforça esse papel ao integrar empresas, universidades e institutos de pesquisa em torno de soluções para desafios concretos da indústria”, afirma Camila Barreto, diretora regional do SENAI-PE. ESTRUTURA O parque é vinculado ao Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), credenciado como unidade EMBRAPII. A estrutura inclui um eletrolisador de 100 kW, tanques de armazenamento, célula a combustível e estação de abastecimento de veículos a hidrogênio. “Entre as metas do projeto estão operacionalizar tecnologias, colocá-las em funcionamento, tropicalizar o conhecimento, formar pessoas, desenvolver cadeias de fornecedores e estabelecer parcerias estratégicas para fomentar negócios em áreas temáticas específicas”, destaca Oziel Alves, diretor de inovação e tecnologia do SENAI-PE. A inauguração do SENAI Park é certificada como carbono free pela Ambipar e conta com patrocínios da Baterias Moura e do Banco do Nordeste (diamante), do Complexo de Suape, Neuman & Esser, Agemar e Siemens (ouro), além de Tecon Suape e APM Terminals (prata).

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