Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 231 De 444

Rafael Dantas

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Aeroporto do Recife ganha Selo Turismo Seguro por cuidados durante pandemia

O compromisso do Aeroporto Internacional do Recife Guararapes/Gilberto Freyre, administrado pela Aena Brasil, com as medidas contra a disseminação do novo coronavírus durante a retomada das atividades turísticas em Pernambuco rendeu ao terminal o Selo Turismo Seguro, idealizado pelo Governo do Estado. A cerimônia de entrega da marca aconteceu no auditório do Aeroporto, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul da capital pernambucana. Na ocasião, ainda foram divulgados os planos de requalificação do equipamento aeroportuário, previstos para o início de 2021. Para assegurar o alto padrão dos serviços prestados pela operadora, o diretor-presidente da Aena Brasil, Santiago Yus, anunciou que a requalificação do terminal começa em janeiro do próximo ano. As obras devem contemplar 17 banheiros, o sistema de climatização, parte da cobertura do terminal e a acessibilidade. Um segundo bloco de melhorias, na área de operações, deve ser entregue até junho de 2023. O selo Turismo seguro é uma iniciativa da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur), da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) como forma de atestar que o estabelecimento em questão está contribuindo para a retomada segura das atividades turísticas no Estado. A chancela, entregue ao diretor-presidente da Aena Brasil, chega como reconhecimento ao cumprimento dos protocolos sanitários, que vão desde a higienização rigorosa do equipamento aeroportuário até ações de conscientização e orientação de passageiros. “Nossa preocupação principal é cuidar e restabelecer a confiança dos passageiros. Além das coisas materiais, dos protocolos seguidos, o mais importante é fazer tudo com carinho. Precisamos parabenizar toda a comunidade aeroportuária, as empresas de serviços, as linhas aéreas, a manutenção, a limpeza, a segurança. Este selo é fruto do trabalho deles”, destacou o diretor-presidente da Aena Brasil. Durante a entrega, a Setur também anunciou que Pernambuco recebeu o selo Safe Travel, da World Travel & Tourism Council (WTTC). A partir de agora, estabelecimentos agraciados com o Selo Turismo Seguro também poderão solicitar o reconhecimento a nível internacional.

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Maurício Romão: “O eleitor não vota primordialmente por preferência ideológica”

O economista Maurício Romão analisa os resultados do primeiro turno, com a escolha de duas candidaturas do campo das esquerdas no Recife, e faz projeções sobre o pleito no Recife. Os recados das urnas no cenário nacional e o impacto da pandemia nas urnas também fizeram parte dessa entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas. Confira. ALGOMAIS: O que pode explicar um segundo turno entre duas candidaturas de esquerda no Recife? Temos a única capital nesta situação no país. Maurício Romão: Disse o coronel Aureliano Buendía, em “Cem anos de solidão”, de Gabriel Garcia Marquez, que a diferença entre liberais e conservadores em Macondo era a de que os liberais iam à missa das cinco e os conservadores iam à missa das sete horas… Vivesse no Brasil, diante de partidos tão inorgânicos, programaticamente tão inconsistentes, e tão vazios do ponto de visto ideológico, o coronel ia repetir algo parecido sobre os rótulos de “esquerda” e “direita” em terras tupiniquins. De fato, na eleição municipal de 2012 para prefeito (e, com certeza, não deve ter sido diferente na de 2016 e nesta de agora em 2020) os três “campos”, esquerda, direita e centro, não tiveram nenhum prurido programático-ideológico e celebraram alianças entre eles nos 5.568 municípios brasileiros (PPS com DEM, em 1.226 municípios, PSB com PTB, em 1.439 municípios, PT com PP em 1.531 municípios, com o PR em 1.402, com o PSDB, sua antítese, em 1.104 municípios e por aí vai…). O bolsonarismo resgatou essas denominações que estavam em desuso no Brasil, marcando território para seu movimento nacional, mas obviamente sem alterar a essência dos partidos, que continuam com o mesmo pragmatismo eleitoreiro de sempre, embora travestidos de imagem e narrativa programáticas. Basta dizer que o PSB, considerado de esquerda, patrocinador do candidato situacionista em 2020 no Recife, celebrou aliança com 11 partidos, cujo espectro ideológico é deveras flexível, vai do PCdoB ao PP, passando por Republicanos, PROS, PSD, Avante, etc. Tudo isso para dizer que o advento de duas candidaturas de esquerda no segundo turno no Recife foi um episódio circunstancial do processo eleitoral, não guardando sintonia com as mensagens dos partidos e muito menos com preferências ideológicas do recifense. ALGOMAIS: Que cenários devem ser observados para o segundo turno? Como devem se comportar os candidatos e eleitores da direita? MR: Há certa divergência entre os analistas e cientistas políticos sobre se o segundo turno é uma nova eleição ou se é uma eleição disputada em duas etapas. Independente dessas vertentes, há fortes evidências de que quanto maior a vantagem de votos que o vencedor do primeiro turno tem sobre o seu principal adversário, maior é a chance de ele ganhar o pleito no segundo turno. De fato, o piso inicial de votos dos dois postulantes no segundo turno é a votação deles no primeiro (as poucas exceções se compensam entre si). Se, todavia, essa diferença de votos é pequena, a compreensão que se tem é a de que o segundo turno se reveste de características de outra eleição. O resultado final vai depender dos apoios conquistados entre aqueles não comprometidos com as duas postulações no primeiro turno (incluindo os que votaram em branco ou anularam o voto), das estratégias de campanha, dos debates, etc. E este é precisamente o caso do Recife. Os dois candidatos diferiram um do outro em apenas 1,22 ponto de percentagem. Vão começar o segundo turno carregando da primeira etapa essa diferença muito pequena entre eles. Quanto à outra parte da pergunta, os candidatos competitivos que não conseguiram ir para o segundo turno já se declararam independentes e disseram que não apoiariam nenhum dos dois que ascenderam à etapa posterior do pleito. De qualquer sorte, mesmo que tivessem explicitado apoio a uma das candidaturas, eles não teriam a influência que se imagina sobre seu eleitorado. Uma coisa é o candidato, outra coisa são os eleitores deste candidato. Por exemplo, na pesquisa de véspera da eleição (sábado) o Datafolha perguntou ao eleitor se ele não fosse votar em tal candidato, quem teria chance de receber seu voto? Se o eleitor não fosse votar em Mendonça Filho, 25% responderam que dariam o voto a João Campos, 15% a Marília Arraes e 26% à delegada Patrícia. Já se o eleitor não votasse na delegada Patrícia, 38% destinariam seu voto para Mendonça Filho, 22% para João Campos e 9% para Marília. No âmbito dos eleitores de João Campos, 35% concederiam seu voto a Mendonça Filho, 30% a Marília Arraes e 14% a delegada Patrícia. Finalmente, entre os eleitores de Marília, 18% dos votos iriam para Mendonça Filho, 42% para João Campos e 7% para a delegada Patrícia. Como se vê, a destinação do segundo voto, em alternativa à preferência inicial, vai para todos os candidatos concorrentes, em proporções variadas. Então, (a) a declaração do candidato perdedor de apoio a determinada postulação não garante transferência automática de votos para essa escolha e (b) fica meridianamente claro o que foi dito acima: o eleitor não vota primordialmente por preferência ideológica. ALGOMAIS: O apoio de Bolsonaro aqui e nas demais capitais atrapalhou os candidatos da direita? Qual a sua avaliação sobre o bolsonarismo nas eleições de 2020? MR: O apoio de um líder político de prestígio a determinada candidatura pode ajudar essa candidatura, nem que seja simbolicamente. O imaginário popular, entretanto, associa tal apoio à transferência de votos: se o postulante apoiado venceu o pleito ou terminou numa boa colocação, o líder ajudou. Caso contrário, atrapalhou. O fato é que transferência de votos de lideranças políticas para candidatos, quando ocorre, é sempre numa proporção muito menor do que se espera. Em política não existe portabilidade total de votos. E muitas vezes fica difícil detectar se a performance do candidato se deveu a seu desempenho próprio ou ao suporte recebido do líder político ou a outras intercorrências conjunturais. Ortega y Gasset já dizia que “o homem é ele e suas circunstâncias”. Por analogia, o candidato é ele e suas circunstâncias (alianças partidárias, recursos financeiros, tempo de rádio e TV, apoios parlamentares e

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Lacen-PE: aberta seleção com 23 vagas para técnicos de laboratório

Para reforçar as atividades do Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), que vem recebendo investimentos do Governo de Pernambuco para continuar ampliando sua capacidade de análise dos exames da Covid-19, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) abre seleção pública simplificada com 23 vagas para técnicos de laboratório. Os profissionais irão atuar na sede do Lacen, no Recife, além dos laboratórios das Gerências Regionais de Saúde (Geres) de Caruaru (IV), Petrolina (VIII) e Serra Talhada (XI). As inscrições seguem até a próxima quinta-feira (26/11) pelo ead.saude.pe.gov.br. O edital foi publicado na última sexta (20/11) no Diário Oficial do Estado e também está disponível no portal.saude.pe.gov.br. As vagas no Recife são para os profissionais atuarem no regime de plantão, em turno único de 24 horas ou dois de 12 horas, cada. Já para os laboratórios das Geres, que fazem parte da rede descentralizada do Lacen, o trabalho será de diarista (4 horas diárias, totalizando 20 horas semanais). Os candidatos serão selecionados a partir de análise curricular, de caráter classificatório e eliminatório. O resultado preliminar será divulgado em 03/12 e os recursos serão recebidos até as 23h59 do dia 04/12. O resultado final sairá em 11/12. Em decorrência da pandemia da Covid-19 em Pernambuco, não será permitida a participação na seleção pública de candidatos com mais de 60 anos, gestantes, puérperas ou que sejam de algum outro grupo de risco para o novo coronavírus, conforme descrito no edital. É importante destacar que esta é a segunda seleção realizada especificamente para o Lacen-PE com o intuito de atender a necessidade temporária de excepcional interesse público relacionada à emergência em saúde pública decorrente do novo coronavírus. O chamamento dos profissionais será para o período de até 6 meses, podendo ser prorrogado por até 2 anos. MELHORIAS – Para absorver a demanda de exames de RT-PCR, o Governo de Pernambuco investiu em melhorias na estrutura física do Lacen-PE e adquiriu novo maquinário, que possibilitou automatizar e chegar a quadruplicar a capacidade de processamento dos exames. Só nos novos equipamentos e aquisição de insumos para o aparato foram investidos R$ 6 milhões, por meio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). Além das seleções públicas para profissionais, ainda foram nomeados cerca de 50 aprovados em concurso público para o órgão. BALANÇO – Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Lacen-PE já analisou mais de 188 mil amostras biológicas de pacientes suspeitos para o novo coronavírus. No local, são avaliados os exames de biologia molecular (RT-PCR), considerado padrão-ouro por ter maior sensibilidade para diagnosticar a doença na sua fase aguda, quando há risco de transmissão. As amostras analisadas pelo Lacen-PE representam 55% do total de exames de RT-PCR já realizadas no Estado – mais de 344 mil. Quando somados os laboratórios parceiros da rede pública estadual, o percentual sobe para 77% (mais de 266 mil).

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Novo Cine PE 2020 tem início hoje (23/11)

Em um ano totalmente atípico devido à pandemia de COVID-19, o NOVO CINE PE – Festival do Audiovisual será um pouco diferente. Prevista inicialmente para o mês de maio, a 24ª edição do festival ganhou nova data e será realizado exclusivamente pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco, uma vez que ainda não é recomendável a realização de eventos presenciais de grande porte. O formato multiplataforma vai possibilitar que ainda mais pessoas possam ter acesso ao conteúdo do festival, democratizando ainda mais o acesso ao cinema. De 23 a 25 de novembro, a programação do horário nobre do Canal Brasil será ocupada pelos longas-metragens selecionados para a mostra competitiva do NOVO CINE PE 2020, sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo. Já os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online, para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival, o que vai possibilitar que os cinéfilos assistam às películas nos horários que lhes forem convenientes. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data a ser divulgada. Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, número que representa um crescimento de discretos 5,37% em relação ao número de 2019, que foi de 892 filmes, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais. Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções “O Buscador” (RJ), de Bernardo Barreto; “Mudança” (RS), de Fabiano de Souza; e “Mulher Oceano” (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários “Nós, que ficamos” (PE), de Eduardo Monteiro; “Memórias Afro-Atlânticas” (BA), de Gabriela Barreto; e “Ioiô de Iaiá” (RJ), de Paula Braun. Para Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. (Veja abaixo a lista completa de selecionados e detalhes). A missão de selecionar os curtas e longas das mostras competitivas do NOVO CINE PE 2020 ficou nas mãos dos curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Vale a pena destacar o crescimento da participação de produções pernambucanas. De acordo com Edu Fernandes, foram mais filmes avaliados e com alto grau de qualidade. “Por essa razão, a Mostra Nacional de Curtas abriga mais produções pernambucanas do que nos últimos anos, para poder contemplar as realizações locais que precisam ser vistas. Outro desdobramento dessa maior participação dos produtores locais é a alegria de voltar a ter um longa pernambucano em competição no NOVO CINE PE, algo que não acontecia há alguns anos”, comemora o curador. A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país. De acordo com Edu, “o público pode esperar, de alguma forma, se ver na tela. Os temas e abordagens dos filmes da seleção dialogam com diversos assuntos da pauta que a sociedade vem discutindo. Ainda nesse assunto, a mostra de longa tem uma paridade de gêneros entre os diretores e diretoras. Não foi algo que determinamos no começo do processo de curadoria, acabou acontecendo assim e considero mais um aspecto a se comemorar nesta edição do festival”. O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem); categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica. Sobre as dificuldades para a realização do NOVO CINE PE 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, a diretora e idealizadora do festival, Sandra Bertini, conta que os desafios foram muitos. “Foi um ano desafiador para todos os profissionais que trabalham com eventos presenciais. Tivemos que mergulhar para criar um modelo que atendesse aos realizadores dos filmes, público, patrocinadores e produtores do evento, seguindo todas as normas de segurança. Alteramos o projeto na Lei de Incentivo à Cultura, já que o projeto aprovado antes era no modelo presencial. Mas o mais fácil mesmo foram os realizadores dos filmes. Conversei com todos e 100% deles abraçaram a proposta. Muitas vezes me emocionei com tamanho apoio”, relata Bertini. Embora o formato seja diferente em 2020, a produção do NOVO CINE PE fez questão de seguir com a cerimônia de apresentação dos curtas e longas direto do Cinema São Luiz, um dos últimos grandes cinemas de rua do país, tradicional palco do Festival Audiovisual, para manter o clima. A cerimônia foi gravada e será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas. Com 10 anos de carreira, Nínive é integrante do “Coletivo Angu de Teatro” e já participou de filmes nacionais e internacionais. O NOVO CINE PE 2020 terá ainda espaço para a formação com seminários realizados de forma on-line e temáticas girando em torno da interrogativa “Como encarar o desafio de empreender e fazer novos

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Datafolha: 55% dos recifenses considera a mobilidade urbana ruim ou péssima

Pesquisa Datafolha encomendada pela 99, empresa de mobilidade urbana, aponta a percepção da população de Recife (PE) sobre o uso de aplicativos, hábitos individuais de transporte e integração dos modos de transporte. Quando perguntados sobre a percepção em torno da mobilidade urbana de maneira geral, os moradores sinalizaram grande insatisfação: 55% a consideram ruim ou péssima, 32% regular e apenas 12% ótima ou boa. Apesar da redução de veículos na rua durante a quarentena, aproximadamente 64% das pessoas estão preocupadas com o aumento do trânsito no pós-pandemia. Como solução para melhorar esse quadro, 51% acreditam que o uso de veículos particulares piora a mobilidade urbana e, consequentemente, 57% defendem que a existência de carro por aplicativo diminui a necessidade de ter veículo próprio. Ainda como alternativa para evitar a volta aos congestionamentos pré-pandemia, 77% acreditam que os aplicativos de mobilidade colaboram com a fluidez do trânsito na capital pernambucana. “A sociedade enxerga os carros compartilhados como ferramentas essenciais para contornar os gargalos da mobilidade em grandes cidades, como Recife. Dessa maneira, os dados dessa pesquisa mostram que, cada vez mais, os aplicativos devem se integrar aos modos de transporte nas grandes cidades para termos uma mobilidade mais efetiva e inclusiva”, afirma Alexandre Ferreira, Gerente de Políticas Públicas da 99. Renda e economia Além disso, é importante destacar o papel que este serviço tem ao colaborar com as economias das cidades e no aumento da renda dos motoristas parceiros: uma pesquisa inédita da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) mostra que a 99 adicionou indiretamente R$ 250,8 milhões ao PIB de Pernambuco, o que agregou cerca de 0,35% ao PIB local no ano. Isso foi responsável pela geração do equivalente a cerca de 3,4 mil empregos no ano em todo o Estado. É a primeira vez que a Fipe analisa o impacto socioeconômico da 99 no Brasil. O estudo se baseia em dados da plataforma sobre as operações no País, dados do IBGE e análises anteriores produzidas pelo corpo técnico da Fundação. Boa parte dos efeitos positivos gerados na economia pela presença da 99 vem dos gastos das famílias dos motoristas que geram renda por meio do aplicativo de maneira complementar ou principal. Essa movimentação econômica estimula a cadeia produtiva e seus efeitos indiretos, o que consequentemente aumenta o índice de empregos gerados.

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Arraes, uma liderança no exílio

(Publicado em 12/12/2016 por Revista Algomais) *Por Rafael Dantas O Golpe de 1964, responsável pela deposição e posterior exílio de Miguel Arraes, lançou o político a uma atuação internacional intensa. O período de 14 anos em que esteve exilado é um episódio de sua biografia nem sempre muito conhecido, mas que o levou a relacionar-se com lideranças da política mundial. Ele chegou a auxiliar no comércio exterior de ex-colônias portuguesas e sua livraria em Paris tornou-se um centro de debates entre intelectuais estrangeiros e brasileiros também exilados. Graças ao pequeno jornal que publicava, a Frente Brasileira de Informação (FBI), o autoritarismo e a tortura praticados pelo governo militar foram denunciados. A repercussão chegou a veículos estrangeiros, como o Le Monde, da França, que retransmitiu as denúncias. Enquanto muitos exilados brasileiros seguiram para Paris ou Santiago, Arraes foi para o continente africano por alguns fatores. De acordo com o filho, Lula Arraes, que morou alguns anos com o pai em Argel, muitos países lhe negaram asilo por pressão dos militares no Brasil. “O governo brasileiro chantageava outros países. Castelo Branco fez um pedido pessoal para De Gaulle (então presidente francês) não aceitá-lo na França”. Depois de passar 15 meses preso após o golpe (entre Recife, Fernando de Noronha, Fortaleza e o Rio de Janeiro), o habeas corpus foi concedido quando Arraes estava na capital fluminense, numa época em que muitas embaixadas foram transferidas para Brasília. Entendendo que sua liberdade teria vida curta, o advogado Sobral Pinto conseguiu articular seu refúgio na embaixada da Argélia. Ao pisar no continente africano, estoura um Golpe de Estado no país que o acolheu. O embaixador que o levou e herói de três guerras– que se tornaria um amigo pessoal de Arraes – era um dos conspiradores. Durante seu período de exílio, várias antigas colônias africanas tornaram-se independentes, uma época de efervescência política, que propiciou ao ex-governador ter outra atividade. “Ele teve uma participação real junto aos líderes da libertação das colônias portuguesas. Todos passaram por Argel e ele teve contato direto com eles”, lembra Lula. Arraes, por exemplo, contribuiu para que lideranças africanas se relacionassem com homens de negócios interessados em investir ou em manter relações comerciais com as novas nações independentes. “Sem Portugal, elas não tinham abertura para o mundo. Essa colaboração foi de grande ajuda para o começo da economia desses países”. O escoamento da produção de diamantes de Angola, no primeiro ano após a libertação, foi viabilizada através da conexão que Arraes promoveu entre o governo angolano e um grupo econômico da época. FRENTE BRASILEIRA DE INFORMAÇÃO Nas primeiras semanas da África, Miguel Arraes teve muitas dificuldades de comunicação, porque não dominava fluentemente o francês. Na biografia de Arraes, escrita por Tereza Rozowykwiat, a autora relata que ele só começou a se comunicar no país três semanas após a chegada. Depois de um tempo sem atividades, o ex-governador entrou em contato com outros exilados e produziram o jornal Boletim da Frente Brasileira de Informação (FBI). Essa publicação noticiou torturas e desmandos realizados pelos militares no Brasil. “Os folhetos eram escritos em várias línguas para divulgar da forma mais ampla possível as denúncias dos atos praticados pelo governo brasileiro”, escreveu Rozowykwiat. O boletim atravessou fronteiras. Recebeu forte apoio na circulação na Suécia, Inglaterra, Holanda, Itália e França. Também chegava ao Brasil através do jornalista Darwin Brandão. Seus textos reverberavam em notícias em grandes jornais do mundo, revelando a verdadeira realidade do Governo Militar no cenário internacional. Figuras de renome nacional contribuíram para a Frente Brasileira de Informação, como o economista Celso Furtado, o pedagogo Paulo Freire e o historiador Luíz Felipe de Alencastro. Arraes também viajou muito durante o exílio, organizando suas bases e para se encontrar com outros exilados e atores da esquerda global. De acordo com Lula, ele esteve na França, antes mesmo da proibição de sua entrada naquele país ter sido suspensa. Mas a permanência clandestina em solo francês foi descoberta graças a uma foto publicada na imprensa em que aparece ao lado do filósofo existencialista Jean-Paul Sartre numa manifestação de rua. Após a queda da proibição, Paris foi local de atuação do político, onde chegou a montar uma livraria na Rue des Écoles, especializada em livros que tratavam da situação da América Latina e do terceiro mundo. “Essa livraria virou um centro de discussão. Eu era estudante nessa época em Paris e conheci grandes intelectuais latino americanos que discutiam literatura e a situação política dos seus respectivos países. Ele era um provocador desses debates”, relembra Lula. Arraes manteve contatos com nomes de peso no cenário político francês, como os ex-primeiros-ministros François Mitterrand e Michell Rocard. O ex-governador ainda associouse a movimentos relevantes como o fato de ter integrado o Tribunal Internacional Bertrand Russell pelos Direitos Humanos, presidido à época por Jean-Paul Sartre. “Ele participou das sessões sobre os direitos dos índios e sobre as torturas no mundo. Foi um dos principais relatores”. Integrou também o Grupo Cristão pela Paz na Palestina e em território palestino teria tido contato com Yasser Arafat. Não há registros oficiais sobre suas missões no mundo árabe, mas esses encontros foram mencionados por pessoas que conviveram com o ex-governador. Existem, também, cartas trocadas com o líder palestino, datadas de 1975. A atuação do brasileiro também teve destaque como membro da Fundação Internacional Lelio Basso pelos Direitos e pela Libertação dos Povos, liderada pelo senador italiano de mesmo nome. Além de Paris, Arraes se relacionou com importantes lideranças políticas de centro-esquerda e de esquerda de outros países europeus enquanto esteve exilado. Manteve contato também com políticos do chamado terceiro mundo, de acordo com o cientista político Túlio Velho Barreto. “Teve importantes encontros com o presidente Jango, na França, para discutir a Frente Ampla. E com Brizola para alertá-lo acerca da Operação Condor (aliança entre as ditaduras instaladas nos países do Cone Sul na década de 1970 para atuar de forma coordenada no sequestro, tortura e assassinato de militantes que faziam oposição aos regimes militares)”, afirma. “Em 1973, esteve no Chile antes do golpe e chegou

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Recife Outlet fecha novas marcas para seu mix

Paulo Perez, Marcos Menezes e Romulo Pina, empreendedores do Recife Outlet Premium, localizado em Moreno, comemoram que já ultrapassaram mais de 80% dos espaços destinados as lojas do empreendimento. Entre as novas marcas que irão fazer parte do portifólio do outlet estão: Aleatory, Clube Marisol, Ingá Vinhos, Artex, MMartan, Oculum, Drogamar, Shineray, Tea One, Constance e Surf & Coo. O empreendimento tem abertura marcada para o dia 25 de fevereiro de 2021.

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IEL-PE seleciona profissional para Suape

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-PE) recruta profissional das áreas de engenharia de produção, mecânica, elétrica, eletrônica e mecatrônica para vaga de trainee em empresa situada no Completo Portuário de Suape. O expediente será de segunda a quinta-feira das 7h30 às 16h30 e às sextas-feiras de 7h às 16h. A bolsa é de R$ 2,5 mil por mês. Os interessados em participar do processo seletivo devem enviar currículos para selecao@ielpe.org.br com o assunto: Bolsista/Manutenção. Para a vaga, espera-se que o candidato tenha formação de até cinco anos, experiência na indústria, de preferência com atuação na área de planejamento de manutenção. Conhecimento em SAP, Power BI, inglês e Excel intermediários são diferenciais.

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Internet das Coisas: Senado aprova isenções de taxas por cinco anos

Da Agência Brasil O Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 6.549/2019, que incentiva a chamada Internet das Coisas. Esse projeto reduz a zero as taxas de fiscalização de instalação e as taxas de fiscalização de funcionamento dos sistemas de comunicação máquina a máquina. A isenção tem prazo de cinco anos. O projeto também dispensa a licença para esses equipamentos funcionarem. O texto segue para sanção presidencial. O termo Internet das Coisas vem ganhando visibilidade na sociedade. As coisas, neste caso, são todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas, de um caminhão para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos a microssensores que monitoram o estado de pacientes a distância em hospitais ou fora deles. Na Internet das Coisas, novas aplicações permitem o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades, do monitoramento com câmeras e sensores até a gestão de espaços e de processos produtivos. Essa utilização de redes por dispositivos, sem intervenção humana, que trocam dados entre si é o chamado sistema máquina a máquina. Em seu parecer, o relator do PL, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), afirmou que o projeto estimulará aumentos de produtividade. “Julgo inadequado que se exija o licenciamento prévio e que se tribute essa tecnologia da mesma forma que se fez com os tradicionais serviços de telecomunicações. A Internet das Coisas deverá ser ainda mais impactante para a economia do que foi a introdução da telefonia móvel celular, que transformou a maneira como as pessoas se comunicam diariamente”, argumenta Lucas no relatório.

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Semana do Livro traz programação inédita para homenagear Clarice Lispector

Após dois anos de sua primeira edição, a Semana do Livro de Pernambuco volta a ser realizada este ano como parte integrante da e.Bienal, a plataforma digital da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O projeto acontece, digitalmente, nos dias 9 e 10 de dezembro, com uma edição especial comemorativa pelos 100 anos de Clarice Lispector. A programação intitulada “Clarice Viva” é totalmente voltada à vida e à obra da escritora ucraniana, que passou a infância no Recife e fez da capital pernambucana cenário de algumas de suas maiores obras, como Felicidade Clandestina. Os dias escolhidos para a realização do projeto também foram estratégicos: o dia 9 marca o falecimento da homenageada. O dia 10, seu nascimento. A edição comemorativa reunirá um time de escritores, pensadores, profissionais da cadeia do livro e da literatura para uma celebração à arte literária de Clarice Lispector. Entre os nomes confirmados na programação, o do escritor e historiador estadunidense Benjamin Moser, conhecido internacionalmente por sua biografia de Clarice Lispector, obra que lhe rendeu, inclusive, o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, em 2016, pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil; o da arquiteta pernambucana Amélia Reynaldo, que trará um apanhado da história do centro do Recife sob a luz das obras de Clarice; o de Eliane Robert Moraes, professora da Universidade de São Paulo (USP) que falará sobre o interesse da autora pelas formas de vida reduzidas à essência, e Marilene Felinto, jornalista e escritora, falando sobre suas leituras da obra de Clarice Lispector e da evocação que ela faz da infância no Recife. Realizado e produzido pela Vox Produções, Ideação e Cia de Eventos, a Semana do Livro tem curadoria assinada por Schneider Carpeggiani, jornalista e crítico literário, com larga experiência no setor. “A ideia dessa série de lives é tanto aproximar o Recife de Clarice Lispector, como trazer nuances pouco faladas de sua obra. Em um ano em que Clarice vai estar, com toda justiça, no centro do debate, nosso esforço é, justamente, buscar o inusitado. Esperamos que a programação traga perspectivas novas, ou, ao menos, pouco discutidas sobre sua obra. Que agrade aos iniciados e consiga atrair iniciantes para sua literatura”, explica Schneider. Assim, a programação, que busca debater, com leveza e interatividade, a obra de Clarice Lispector nos contextos literário, filosófico e histórico, começa com o “Primeiro beijo” e segue até “A paixão segundo GH”, obra-prima da autora, escrita em 1964, ano do Golpe. “Não iremos esquecer da política que aparece no seu trabalho”, completa o curador. Além de tudo isso, há ainda a preocupação em promover uma troca direta entre escritores e o público, incentivando à leitura e a valorização da produção literária local e nacional. “A II Semana do Livro está sendo idealizada para servir como um verdadeiro encontro cultural. Nesta edição virtual acreditamos que vamos atingir um público ainda maior, já que vamos estar nas redes e a obra de Clarice é reconhecida internacionalmente”, explica Guilherme Robalinho, da Vox Produções. Outro ponto a destacar é a parceria entre a produção e a Secretaria de Educação do Recife, já que a programação vai servir como projeto de formação para professores da rede municipal. A participação do público na Semana do Livro é gratuita e o projeto oferece acessibilidade com intérprete de libras durante as lives. Os interessados devem acessar o site da Bienal Internacional do Livro para acompanhar o evento: www.bienalpernambuco.com/semanadolivro.

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