Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 247 De 443

Rafael Dantas

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“O fluxo do capital caminha para uma economia de baixo carbono”

Teremos uma retomada da economia a partir de uma matriz mais sustentável? Essa foi a principal questão a ser esclarecida na nossa conversa com Marina Grossi, que é presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). A preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável deixaram de ser uma agenda apenas dos ambientalistas e ganham cada vez mais adeptos no mundo empresarial e político. Na última edição da Algomais vimos que a pandemia acelerou essa tendência, que deverá nortear os investimentos no cenário pós-crise. Confira abaixo a entrevista completa. Quais as principais lições que a pandemia deixa para a classe empresarial no quesito sustentabilidade ambiental? Marina Grossi: Acho que a principal lição é que não há desenvolvimento econômico e social que se sustente no longo prazo sem os serviços da natureza, sem água, ar, solo, chuva. Porque já está comprovado que a floresta em pé tem um valor maior do que áreas desmatadas. O Relatório da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos sobre Restauração de Paisagens aponta que um hectare de floresta em pé na Amazônia, por exemplo, gera em média R$ 3,5 mil por ano; e no cerrado, em torno de R$ 2,3 mil por ano. Em sistemas agroflorestais, esse rendimento pode chegar a mais de R$ 12 mil anuais. Já o mesmo hectare desmatado para a pecuária daria um lucro de R$ 60 a R$ 100 por ano. Se usado para soja, o valor seria de R$ 500 a R$ 1 mil por ano. . Estudo publicado no ano passado pela revista Perspectives in Ecology and Conservation e — endossado por mais de 407 cientistas brasileiros, de 79 instituições de pesquisa – apontou que os 270 milhões de hectares de vegetação nativa preservados em propriedades rurais, entre áreas desprotegidas e de Reserva Legal, rendem ao Brasil R$ 6 trilhões ao ano em serviços ecossistêmicos, como polinização, controle de pragas, segurança hídrica, produção de chuvas e qualidade do solo. Os serviços oferecidos pelos sistemas naturais têm impacto na segurança alimentar, energética e hídrica; na produtividade da cadeia agrícola e servem de estoque e sumidouro para o carbono. . Na sua opinião, quais as principais tendências deverão nortear o desenvolvimento empresarial e o crescimento das empresas brasileiras nos próximos anos? Como os conceitos relacionados à economia verde afetarão as rotinas e os planos das empresas? Marina Grossi: A pandemia acelerou um processo que já estava em andamento. Os conceitos ESG (Enviromental, Social and Governance) devem guiar cada vez mais os investimentos privados e agora também começam a influenciar políticas públicas. O novo pacto ecológico da União Europeia, por exemplo, prevê a injeção de 1,8 bilhão de euros em projetos e iniciativas voltados para uma economia de baixo carbono. Para as empresas, não é apenas um bom negócio, é fator fundamental para a sustentabilidade financeira no longo prazo. A gente percebe um amadurecimento maior no mercado europeu, mas está claro que há um movimento global crescente. O perfil do consumidor no Brasil ainda privilegia em maior medida o preço e a conveniência do produto, mas já há um processo de amadurecimento em curso. . A recuperação da economia global tende a passar por investimentos na economia de baixo carbono? Quais os sinais do mercado podem apontar para isso? Marina Grossi: O fluxo do capital já caminhava cada vez mais para um modelo de economia de baixo carbono, mesmo antes da pandemia, mas houve uma aceleração após a Covid-19. Esse é um movimento global, que prevê a alocação de capital alinhado aos preceitos e princípios ESG. Os investidores também começam a ver resultados positivos no histórico de investimentos ESG. E isso também vem incentivando o mercado local. É um círculo virtuoso. . Como você analisa o Brasil nesse cenário, visto que temos ao mesmo tempo experiências reconhecidas globalmente de economia verde ao mesmo tempo que vivemos uma crise sequência de crises ambientais e um papel dúbio do Ministério do Meio Ambiente? Marina Grossi: Temos uma grande oportunidade de posicionar o Brasil e usar a vantagem que temos (florestas, água, matriz energética limpa) como forma de desenvolvimento sustentável com acesso a um capital que está buscando isso. O agronegócio brasileiro precisa se adaptar a um novo modelo de agricultura, do século 21, no qual é possível aumentar a produtividade sem ampliar a área agrícola. Caso contrário, haverá maior resistência e até fuga de investimentos externos de baixo carbono, além de perder o acesso a mercados ou a portfólios de investimentos que demandem por esse perfil. Também pode ter impacto nas carteiras de crédito. Ao ter uma gestão climática mais profunda, é possível mitigar o impacto de ter créditos em áreas que sofrerão com as mudanças climáticas, ou que terão quebras e mercados destruídos. No Brasil, estamos interessados em desenvolver ações de longo prazo que permitam colocar o país no rumo de uma economia de baixo carbono quando a pandemia do coronavírus passar. A implementação de um mercado de carbono no Brasil é agenda prioritária. Estamos buscando o diálogo não apenas com o governo, mas com todas as instituições do país com o objetivo de colocar o Brasil na rota de uma economia circular e de baixo carbono. O Brasil é uma potência ambiental e tem tudo para assumir a liderança nesta agenda. Essa é uma agenda de Estado, e não de governo. Temos a oportunidade única, os recursos e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do Brasil. Em nosso entendimento, esse é o melhor caminho para fincarmos os alicerces do país para as próximas gerações. . *Rafael Dantas é jornalista, repórter da Algomais, especialista em gestão pública e mestre em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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Assaí Atacadista abre 1,8 mil vagas

O Assaí Atacadista, rede de atacado de autosserviço, está selecionando profissionais para mais de 1800 vagas temporárias em todo o País. A empresa irá reforçar os times de suas 176 lojas para o fim de ano, período de maior movimento para o setor. Há vagas para os cargos de Empacotador, Repositor, Operador de Caixa, Operador de Depósito e Fiscal de Prevenção de Perdas, com oportunidade de efetivação. Podem se candidatar maiores de 18 anos com ensino médio completo e disponibilidade para trabalhar em escala 6×1. Em razão da pandemia de Covid-19, o processo seletivo da rede foi adaptado para ser realizado 100% on-line. Em Pernambuco, os interessados podem consultar as vagas disponíveis e cadastrar o currículo no site da empresa AST Consult até o dia 10 de novembro. A rede oferece salário e benefícios compatíveis com o mercado. A rede está presente nas cinco regiões do País, com 176 lojas distribuídas em 22 estados e no Distrito Federal. Conta com uma plataforma própria de serviços financeiros, o Passaí, composta por cartão próprio e uma maquininha de cartão de crédito e débito. Anualmente, o Assaí recebe mais de 250 milhões clientes em suas unidades. Em 2020, foi eleito o atacadista mais admirado do País pelo ranking IBEVAR-FIA.

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Nordeste pode ter segunda onda de Covid-19 nos próximos meses

A flexibilização das medidas de isolamento social e as eleições para renovação de Prefeituras e Câmaras municipais marcadas para novembro podem precipitar uma segunda onda de Covid-19 na região nos próximos meses. O fenômeno que já preocupa países da Europa como França, Espanha, Itália e Reino Unido pode ter uma influência no recrudescimento da pandemia no Nordeste em função do fluxo de turistas europeus que costumam vir para as praias nordestinas nas festas de fim de ano. “Há um risco real de que nos próximos meses tenhamos um fluxo de portadores do Sar-cov-2, até de cepas diferentes das que aqui prevalecem”, alerta Miguel Nicolelis, neurocientista e um dos coordenadores do Comitê Científico do Nordeste. Por essa razão, o Comitê Científico, no Boletim 12, publicado nesta sexta-feira, 23, recomenda a implantação, em todos os aeroportos, de estandes sanitários com equipes de saúde munidas de folhetos informativos, equipamentos de aferição de temperatura e kits de testagem rápida de passageiros provenientes do exterior. Além disso, orienta a adoção de quarentena de 14 dias para os turistas que não apresentarem atestados que comprovem a ausência de infecção pelo Sars-cov-2. “Já passamos por essa situação de ver os acontecimentos primeiro na Europa e depois se reproduzindo aqui. Temos uma oportunidade, desta vez, de não deixar isso se repetir”, reforça Nicolelis. O Boletim 12 mostra através de previsões matemáticas e dados das Secretarias de Saúde que a pandemia atingiu seu pico em todos os Estados do Nordeste. “Isso fez com que, em vários locais, as medidas de isolamento social fossem diminuídas além do necessário, resultando em alta probabilidade de uma possível segunda onda”, constata Sergio Rezende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e, também, coordenador do Comitê Científico do Nordeste. Rezende frisa a “premência de se adotarem as medidas sugeridas pelo Comitê porque uma nova onda de Covid-19, obviamente, poderá trazer sérias consequências econômicas, sanitárias e sociais, complicando ainda mais o cenário delicado que já vimos enfrentando neste ano”. A campanha eleitoral que tem gerado aglomerações em todos os municípios pode contribuir para o aumento da reprodução do vírus. Em geral, as campanhas criam eventos “onde pessoas desprezam todas as normas sanitárias indicadas pela Organização Mundial de Saúde”, diz o boletim. Invariavelmente, nas aglomerações o risco desse tipo de contaminação aumenta consideravelmente, gerando a expectativa de que, no período pós-eleição, possa ocorrer uma segunda onda da epidemia. “Infelizmente, a maioria dos candidatos coloca sua eleição como prioridade, desconsiderando a vida de seus eleitores e as suas próprias”, criticam os cientistas. Com a redução dos números foi possível iniciar o relaxamento das normas de isolamento social. Esse processo deve se dar com cautela, como têm alertado os boletins anteriores do Comitê Científico. Com as reaberturas, redobram os cuidados individuais e coletivos com higiene, uso de máscaras e distanciamento para a prevenção à Covid-19. Há pessoas que acreditam que o uso de máscara é segurança total contra a transmissão do vírus. A máscara é uma barreira importante para evitar a transmissão virótica. Entretanto, o distanciamento entre pessoas é fundamental. Nas aglomerações as pessoas retiram as máscaras com muita frequência, o que potencializa o risco. “Um estudo publicado na revista Science indicou que o vírus pode permanecer no ar por algumas horas, ou seja, tirar a máscara em aglomerações é um grande risco”, alertam os cientistas. A íntegra do Boletim, que traz ainda o detalhamento dos números e tendências de casos, óbitos e hospitalizações e R(t) de cada Estado, está disponível no site: www.comitecientifico-ne.com.br/. Comitê Científico do Nordeste Coordenação: Miguel Nicolelis e Sergio Rezende. Membros: Adélia Carvalho de Melo Pinheiro (BA); José Noronha (PI); Luiz Cláudio Arraes de Alencar (PE); Sinval Brandão Filho (PE); Marco Aurélio Góes (SE); Marcos Pacheco (MA); Maurício Barreto (BA); Priscilla Karen de Oliveira Sá (PB); Roberto Badaró (BA); e Fábio Guedes Gomes (AL).

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Astronomia: estudante do NE vende empadas para comprar telescópio

Da Agência Brasil ”Eu não estudo astronomia, eu vivo astronomia e cada dia aprendo uma coisa nova”. A declaração é de Arthur Felipe, estudante de 18 anos, morador da cidade de Martins, no interior do Rio Grande do Norte, medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em 2017. Apaixonado pelo céu desde criança, Arthur Felipe mira um futuro na carreira espacial e em estudos em agências internacionais. “Sou apaixonado pela ciência desde pequeno. Aos 15 anos, fiz o primeiro telescópio reciclado de canos e lentes; em 2017, fui medalha de ouro na OBA”, diz. Hoje, Arthur estuda astronomia de forma independente – a dedicação a essa ciência o coloca entre os astrônomos amadores, que fazem observações a partir de instrumentos em casa, por exemplo. E é pensando em comprar um telescópio ”de ponta” que ele chegou a fazer uma vaquinha virtual e tem se dedicado à venda de empadas. “Eu vendo empadas para comprar um (telescópio) mais potente… Maior e mais potente. As empadas estão dando um dinheiro legal. Meu sonho é observar o céu profundo, nebulosas, planetas, além da Lua. Expandir o universo observável. A quantia em dinheiro servirá para o meu futuro, afirma. Apesar de os primeiros passos científicos de Arthur terem sido na escola municipal, ele lamenta não ter tido mais acesso a conteúdos sobre o universo ao longo dos anos. Para o professor do Observatório de Astronomia da Unesp, Rodolfo Langui, embora o currículo escolar no Brasil contemple a astronomia, o maior desafio ainda está na formação dos professores. ”Qual é o problema do nosso país? Por que a astronomia não é ensinada nas escolas? Há o problema para a formação dos professores. Não há ações para a formação de professores em relação à astronomia. E qual é a reação dos professores quando precisam ensinar em sala de aula? Pelo menos duas: Não ensinam porque não sabem ou procuram aprender, mas pela internet ou em livros didáticos que ainda contêm erros conceituais em astronomia. Então, o que temos é um problema de formação de professores.”, diz Langui. Langui, assim como Arthur que diz viver a astronomia, vê nessa ciência a possibilidade de ir além da física e da lógica. “Como é uma ciência muito antiga, tem uma interface sensacional com as outras disciplinas, inclusive com ciências não exatas como artes e até filosofia. Quando estudamos questões cosmológicas, buracos negros, origem do universo, motivo da nossa existência, então desperta mesmo as curiosidades existenciais. Essa ciência que tem mexido com minhas emoções até hoje. Fiquei emocionado.Sempre fico. Os astros tão distantes e que mexem com nosso íntimo.” Arthur está focado no futuro, quando cita a máxima: “A fórmula para conseguir sucesso é a soma de pequenos trabalhos para gerar um grande resultado e nunca desistir”. Langui, focado na ciência e de olho nas futuras gerações: “Imagina só o poder que tem uma simples visita a um observatório, um planetário, um museu de ciências. Uma criança que vê tanta coisa bonita sobre o universo, sobre ciência, que ele nunca mais vai esquecer esse dia. Pode ser preponderante para escolher sua carreira profissional.Então, a gente reconhece essa importância, do nosso trabalho de divulgação no observatório para despertar essa vontade.

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UNIFBV recebe pesquisadores para debater o papel da ciência brasileira

Hoje (dia 26, às 19h) acontecerá a abertura da Mostra Cientifica do Centro Universitário UniFBV. Confirmaram presença o psicólogo e doutor em Saúde Coletiva, Marcelo Dalla Vecchia e o médico doutor em Neurociência e Comportamento, John Fontenele Araújo. A mediação será da psicóloga e coordenadora da mostra, Renata Almeida. Na pauta o tema “Ciência Brasileira a serviço da sociedade – desafios e possibilidades”. O evento terá transmissão pelo zoom e é aberto ao público. A mostra acontecerá durante toda a semana e contará com palestras, minicursos e rodas de conversas, além de apresentação de trabalhos científicos de estudantes da graduação e mestrado nas modalidades de pôster, artigos, relatos de experiências e resumos expandido.

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Shopping Guararapes inicia seu e-commerce a partir desta segunda-feira (26)

A plataforma de e-commerce Guararapes Online (guararapesonline.com.br) será lançada para o público nesta segunda-feira (26), com mais de 2 mil itens disponíveis. O Guararapes Online realiza entregas em um raio de até 15km, atendendo os bairros de Piedade, Setúbal, Boa Viagem, Candeias, Barra de Jangada, Reserva do Paiva e muitos outros. Neste momento de lançamento, o frete é grátis. O cliente pode escolher entre produtos de tecnologia, roupas femininas, masculinas e moda infantil, perfumes, cosméticos, joias, calçados, livros, bolsas, alimentação, além de outros segmentos. Uma vantagem deste canal de e-commerce é fazer compras de diferentes lojas num único pedido. No Guararapes Online o cliente terá a opção de escolher onde receber a compra, seja no conforto de sua casa ou fornecendo outro endereço quando a proposta é dar um presente, ou ainda, retirar no Drive Thru no mall.

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Intertotal assina ação nacional da PandaPool

É criação da Intertotal de Caruaru, mas que possui atuação nacional, a campanha para a marca de moda praia pernambucana, Panda Pool que teve início hoje e tem como sua grande estrela a atriz e influenciadora digital, Karina Bacchi. O Objetivo da campanha é mostrar que os pais se preocupam com a segurança dos seus filhos mas sem abrir mão da qualidade e conforto do que estão usando para curtir o momento em família. Hoje a marca tem mais de 400 pontos de vendas entre quiosques, franquias e revendedores em todo Brasil.

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Novas operações e vagas de emprego no Shopping Costa Dourada

O Shopping Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho, anunciou a inauguração de 18 operações a serem instaladas no mall até o final do ano. Dentre os segmentos das novas lojas encontram-se os de vestuário, acessórios eletrônicos e moda praia. Para atender ao crescimento da demanda, estão sendo selecionados em torno de 135 novos colaboradores, para atuar nos cargos de vendedores, temporários, entre outros. Os interessados em se candidatar devem acessar a aba Trabalhe Conosco presente no site do shopping.

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