Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 376 De 445

Rafael Dantas

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Teletrabalho e Home Office em tempos de Coronavírus

Você, leitor, deve estar se perguntando: e por que raios essa distinção seria importante na prática? Respondo: porque deve se dar tratamento jurídico distinto a estas formas de trabalho, especialmente quando falamos em pontos sensíveis como controle de jornada, saúde e segurança no trabalho e formalidades para instituição de cada uma delas. A CLT pós-Reforma, por meio de seu artigo 63, III, estabelece que empregados submetidos ao regime de teletrabalho não são sujeitos ao controle de jornada e, portanto, possuem total flexibilidade com relação aos horários de ativação – ressalvadas aqui as críticas que o regime vem sofrendo desde sua instituição com relação a este ponto. Já o empregado que realiza o trabalho em regime de home office, mas que não se enquadra nos requisitos do teletrabalho, deve, necessariamente, manter o regime de fiscalização de horários que seria feito em regime presencial. Portanto, quando tratamos de um empregado que regularmente estaria sujeito a controle de jornada (não ocupa função externa, nem cargo de confiança e não se enquadra na hipótese do teletrabalho), o controle deve ser mantido também quando se trabalha em casa. Ainda, os artigos celetistas que tratam do teletrabalho dispõem que o empregado possui responsabilidade sobre o cumprimento das normas de saúde e segurança aplicáveis ao trabalho fora da empresa, desde que o empregador comprove que o instruiu de maneira expressa e ostensiva quanto às precauções necessárias para evitar doenças e acidentes – ressalvadas também neste ponto as críticas existentes com relação à validade destas disposições. Já quando falamos de trabalho domiciliar que não se enquadra nesta categoria, valem as mesmas disposições vigentes para empregados que trabalham todo o tempo na sede da empresa – ou seja, de que a responsabilidade neste tocante é integralmente do empregador. Outro ponto de atenção é o fato de que no home office encarado como simples trabalho domiciliar, por ser equiparado ao trabalho na sede da empresa para todos os fins, não há necessidade de elaboração de um documento para que o trabalho passe a ser realizado de casa e nem mesmo para posterior retorno das atividades na sede da empresa – muito embora isso seja recomendável por uma questão de transparência e segurança, pois permite que as partes estabeleçam de forma expressa todas as condições em que será realizado o home office. Já no teletrabalho, é exigência legal que seja feito um aditivo contratual para instituição do regime, além de ser necessária a observância do prazo de 15 dias para readaptação do empregado em caso de retorno ao trabalho presencial, o que pode tornar pouco prática a adoção deste regime, especialmente em situações excepcionais em que o empregado prestará serviços desta maneira apenas por um curto período de tempo – como é o caso da pandemia do COVID-19. Em resumo, podemos dizer que, em épocas de Coronavírus, ambas as figuras – home office e teletrabalho – acabam se confundindo, porque a maior parte dos empregados que passarem a se ativar de suas residências passarão a fazê-lo de forma integral pelos próximos dias e quase sempre com necessidade de conexão permanente aos sistemas da empresa. Contudo, importante deixar claro que é esta situação em específico que aproxima as duas figuras, mas que, em “condições normais de temperatura e pressão”, elas não necessariamente são sinônimas, razão pela qual o empresariado deve sopesar os prós e os contras de cada uma delas antes da tomada de decisão por uma ou pela outra. Danielle Blanchet é Gestora do Núcleo de Procedimentos Especiais do Departamento Trabalhista do Marins Bertoldi Advogados.  

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Maioria das pessoas apoia fechamento de fronteiras para contenção do coronavírus

Para 65,4% da população mundial, os países deveriam fechar suas fronteiras e não permitir que nenhuma pessoa entre ou saia até que se prove que a Covid-19 tenha sido contida. Esses são os dados da quarta onda da pesquisa “Tracking the coronavirus – results from a multi-country poll”, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 12 nações. O país que mais encoraja o fechamento de fronteiras é a Índia, com aprovação de 79% dos ouvidos localmente. Em seguida, aparecem Vietnã (78%), Itália (76%) e China (73%) que, fortemente afetados pela pandemia, também apresentaram altos índices de concordância com a medida. Na outra ponta do ranking, o Reino Unido (51%), a França (53%) e os Estados Unidos (62%) tiveram os menores percentuais de apoio à iniciativa. Rússia (71%), Austrália (69%), Japão (67%), Canadá (59%) e Alemanha (57%) também foram ouvidos. Em quarentena O estudo também perguntou aos entrevistados se, caso diagnosticados, se colocariam voluntariamente em quarentena por, no mínimo, 14 dias. A imensa maioria dos participantes, 88,1% do total de ouvidos nos 12 países, concordou que ficaria em reclusão. Na Itália, mais de nove em cada dez pessoas (94%) permaneceriam em casa se estivessem infectadas. A percepção foi quase a mesma na China e no Canadá, ambos com 93%. O ranking de concordância segue com França (92%), Vietnã (90%), Austrália (89%), Reino Unido (89%), Rússia (86%) e Índia (84%). Apesar de todas as nações apoiarem a medida, as que demonstraram menor aceitação à quarentena foram a Alemanha, com 82%, e o Japão (83%) e os Estados Unidos (83%), ambos com 83%. A pesquisa on-line foi conduzida entre os dias 12 e 14 de março e contou com a participação de cerca de 12 mil pessoas, com idades de 16 a 74 anos. A margem de erro é de 3,5 p.p.. Sobre a Ipsos A Ipsos é uma empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 90 mercados. A companhia, que tem globalmente mais de 5.000 clientes e 18.130 colaboradores, entrega dados e análises sobre pessoas, mercados, marcas e sociedades para facilitar a tomada de decisão das empresas e das organizações. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de marketing, comunicação, mídia, customer experience, engajamento de colaboradores e opinião pública. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e medem a opinião pública ao redor do mundo. Para mais informações, acesse: www.ipsos.com/pt-br

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Clube das Pás comemora 132 anos de Tradição, Cultura e muito Romantis

No dia 19 de março de 2020, o Clube das Pás completou 132 anos de fundação. O clube de frevo mais antigo em funcionamento do Brasil chega ao seu 132° aniversário colecionando, histórias, tradições e penta campeão com vitórias seguidas no carnaval do Recife. Além de ser um reduto da música romântica da cidade do Recife. A casa já recebeu grandes nomes da música brasileira como Roberta Miranda, Arlindo Cruz, The Fevers, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Trio Irakitan, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, Gilliard, Adilson Ramos e muitos outros. A comemoração vai ficar pra mais tarde, em virtude das medidas de precaução recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e outros órgãos competentes devido a pandemia de coronavírus (Covid-19), que assusta o mundo e deixa o país em quarentena na luta pelo combate da proliferação do vírus. Clube Carnavalesco Misto das Pás teve suas atividades suspensas por um período de 15 dias a partir da última quarta-feira, 18 de março de 2020. A medida foi decidida entre sócios, beneméritos, diretoria e o presidente do Clube, Rinaldo Lima. Da Abolição da escravatura ao bailes mais apaixonados da cidade A história do Clube das Pás – o mais antigo de Pernambuco e um dos mais antigos do País – remonta à sua fundação no dia 19 de março de 1888, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil. O Recife fervia de alegria no carnaval, enquanto um navio cargueiro atracado no Porto do Recife precisava ser abastecido de carvão, às pressas, para seguir viagem. Como não tinha trabalhador interessado naquela tarefa, em plena folia, uma empresa encarregada do abastecimento do cargueiro, ofereceu pagamento dobrado aos estivadores. Daí, o comerciante português Antônio Rodrigues reuniu um grupo de homens dispostos a deixar a folia de lado e tratar de fazer o trabalho por uma remuneração maior. Depois do serviço concluído e com muito dinheiro no bolso, o grupo de foliões, formado por Francisco Ricardo Borges, Manoel Ricardo Borges, João da Cruz Ferreira e João dos Santos, botou as pás de carvão nas costas e foi comemorar no Clube dos Caiadores. Enquanto brincavam o carnaval, eles tiveram a ideia de fundar um clube carnavalesco. Começaram a discutir os nomes: Clube das Pás de Carvão, Clube das Douradinhas e Anjos da Boa Vista. No final, foi escolhido Bloco das Pás de Carvão. Nos primeiros anos, a agremiação funcionou na Boa Vista. Depois, para erguer a sede do Clube, o grupo de foliões comprou na Rua das Hortas, por seis mil cruzeiros, um terreno de propriedade do Recolhimento de Nossa Senhora da Glória do Recife, Conceição de Olinda e Sagrado Coração de Jesus de Igarassu. Até que, muito tempo depois, a Associação Carnavalesca de Pernambuco comprou um terreno localizado na Rua Odorico Mendes, em Campo Grande, e o doou ao Clube das Pás. Meses depois, a senhora Maria do Carmo, que era sócia das Pás, arcou com as despesas de legalização do terreno junto à Prefeitura do Recife. Àquela época, na Rua Odorico Mendes só havia casas muito simples. Assim, foi erguida uma palhoça, até ser construída uma sede maior em alvenaria. Depois de duas grandes reformas, o espaço ganhou um primeiro andar e recebeu o nome de Universidade do Frevo Reitor Josabat Emiliano, em homenagem a um de seus ex-presidentes, falecido no domingo, 21 de agosto de 2016, aos 98 anos. O Bloco das Pás de Carvão desfilou nos carnavais de 1888, 1889 e 1890 e em março do último ano mudou o seu nome para Clube Carnavalesco Misto das Pás. A primeira notícia impressa sobre as Pás foi publicada no dia 4 de março de 1905, no jornal Diario de Pernambuco. A cada 13 de Maio – dia da Abolição da Escravatura – o clube realizava uma passeata pelo Recife, em homenagem ao pernambucano e abolicionista Joaquim Nabuco. Alguns clubes carnavalescos criados na época eram oriundos de corporações de operários urbanos e impregnados de elementos presentes nas procissões religiosas, que foram proibidos pelas autoridades eclesiásticas. Alguns dos elementos transplantados se encontravam em cordões de lanceiros, mascarados, diabos, balizas, bobos, morcegos e damas de frente. No final do século XIX e início do XX, surgiram no Recife, além do Clube das Pás, os clubes de carnaval Vassourinhas (1889), Lenhadores (1889), Toureiros de Santo Antônio (1914), Pão Duro (1916) e Pavão Misterioso (1919), entre outros. O Misto do nome das Pás é porque nesta agremiação podiam brincar homens e mulheres. O clube, que representa o mais tradicional espaço de gafieira de Pernambuco, possui o estandarte mais antigo, datado no início do século XX, possivelmente nos idos de 1910. O responsável pelo desenho foi Manoel de Matos, onde estavam evidenciadas folhas de acanto e outros elementos barrocos, o monograma do Clube, franjas e pingentes dourados, duas máscaras e uma boneca fabricada em porcelana francesa, trazida pelo antigo porta-estandarte, o alfaiate Manuel das Chagas. A confecção, que foi em veludo, acolchoado de algodão, forrado com cetim e bordado com fios de ouro, ficou a cargo das monjas beneditinas do Convento do Monte de Olinda. O atual estandarte das Pás foi confeccionado por Maria do Monte, uma antiga aluna e bordadeira do mesmo convento de Olinda, em 1980. O desenho tem a figura de um anjo, representada por uma boneca trazida de Portugal. O estandarte traz, ainda, os dizeres “Amor e Ordem”, bordados sobre uma esfera azul que simboliza o globo terrestre. O estandarte pesa cerca de 60 Kg e é conduzido durante o desfile na avenida por três porta-estandartes, que se revezam durante a apresentação na segunda-feira de carnaval. Em julho de 2007, a Prefeitura do Recife patrocinou a ida de doze integrantes do Clube para duas apresentações do seu estandarte no Rio de Janeiro, uma em Niterói e outra na Quadra da Mangueira. O Clube das Pás tem entre seus dirigentes uma personagem que faz parte da história do carnaval pernambucano. A vice-presidente Josefa Ribeiro da Silva, a Marly das Pás, figura no livro “Sem elas não haveria carnaval”, de autoria da pedagoga e produtora cultural Claudilene

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Não fique parado: Em tempos de coronavírus, saiba como treinar em casa

Para minimizar o contágio com o Coronavírus (Covid-19), o isolamento é uma das maiores recomendações da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde, Governo do Estado e Prefeitura do Recife. A disponibilização de aulas online para a prática de atividades em casa pode ser um das grandes alternativas para manter os hábitos saudáveis no período atual. A medida foi adotada pela rede de academias Cia Athletica, que oferece o programa CIATODODIA com aquecimentos e treinos livres, nas redes sociais da @ciaathleticabrasil e @ciaathleticarecife. Apresentando um treino diferente a cada dia da semana, o projeto ensina exercícios funcionais e cardiovasculares com até 30min de duração. A prática pode aumentar a capacidade cardiovascular, desenvolver força, resistência localizada e mobilidade articular. Além disso, tem um grande consumo calórico por acionar diversos grupos musculares; como tronco, braços, pernas, glúteos, abdome, costas e peitoral. Elaborados pelos melhores especialistas do grupo Cia Athletica, os treinos funcionais podem ser voltados para força, potência ou resistência. Já os treinos de LPO são divididos em aulas educativas e aulas de aperfeiçoamento, enquanto os treinos de flexibilidade incluem liberação miofascial, exercícios de mobilidade articular (soltura) e alongamento. “A periodização proposta permite que os alunos treinem todos os dias da semana. A divisão dos grupos musculares enfatizados em cada dia prevê a recuperação ativa dos músculos trabalhados no dia anterior”, descreve Carlos Eduardo Ferreira, consultor técnico envolvido na elaboração do programa.

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Música contra o coronavírus

Por Yuri Euzébio Em tempos de pandemia do Coronavírus e isolamento social, diversas apresentações musicais foram adiadas ou canceladas no Recife. Mas, a música pode ser uma grande companheira para passar o tempo ou servir de trilha sonora enquanto fazemos outra atividade. Para nossa sorte, vários lançamentos bacanas já entraram nas plataformas digitais. Fiz aqui um pequeno levantamento das novidades que podem acompanhar você, querido leitor, nesse período difícil de quarentena. LETRUX AOS PRANTOS – Depois de um álbum aclamado em que tratava do fim de seu relacionamento, “Em Noite de Climão”, a carioca Letícia Novaes apura sua sonoridade e amadurece suas letras em um álbum melancólico, mas ainda dançante. Com um conceito mais intenso e introspectivo que seu anterior, “Aos Prantos” não decepciona e prova que depois da festa, chega a ressaca.  Se organizar direito, todo o mundo chora. Cícero – Cosmo : Quinto álbum do carioca que surgiu como uma grata revelação com sua melancolia luminosa em “Canções de Apartamento” (2011), mas depois foi ficando mais introspectivo e dark nos seguintes “Sábado” (2013) e “A Praia” (2015). Aqui, ele retoma um pouco sua verve como no último álbum “Cícero e Albatroz” (2017) e consegue equilibrar bem a melancolia e a introspecção com certa felicidade. Vale a pena. Ouça!! Ana Frango Elétrico – Little Electric Chicken Heart: Esse é do fim do ano passado, mas também é imperdível. É o segundo álbum da carioca e aqui ela faz uma mistura da pegada tropicalista com o indie pop recente, passando pela obra de Jorge Ben com o pop dos anos 60 para construir algo novo, singular e brasileiro. Fez um dos melhores shows do carnaval daqui no Rec-Beat, quem foi sabe do que eu tô falando. Martins – Martins: Uma das vozes mais bonitas de Pernambuco lançou seu primeiro álbum solo no ano passado e cumpriu com as expectativas de quem esperava um som novo, contagiante e legitimamente pernambucano. Já falei dele antes, mas sempre bom frisar. Ouçam!! O Terno – Atrás/Além: O Terno é a melhor banda de rock brasileiro da atualidade. Tim Bernardes é um dos grandes compositores de sua geração, expressa como ninguém os anseios e dúvidas da juventude moderna. É obrigatório ter ouvido esse álbum do ano passado!! Não vou falar mais nada. Caetano Veloso – Transa: Um clássico pra finalizar. Um disco que expressa bem o peso de estar isolado. Fruto do período de exílio do baiano em Londres e da saudade de casa, ao qual acabara de visitar em ocasião especial – a missa comemorativa do aniversário de 40 anos dos pais. O álbum expressa bem todo o peso da solidão. Espero ter ajudado a passar o tempo nesse período tão difícil que atravessamos. Como diz a letra da música de Chico Buarque, vai passar.

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FIEPE envia pleitos aos governos estadual e federal

Depois da greve dos caminhoneiros, em 2018, os empresários industriais de Pernambuco enfrentam, dessa vez, os efeitos da paralisação econômica em razão da pandemia de coronavírus. Na tentativa de evitar que os estragos sejam ainda maiores para a atividade produtiva e para a população, a Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE) entregou aos governos estadual e federal uma série de pleitos com o intuito de mitigar os prejuízos acumulados pelos negócios locais, principalmente pelas micro e pequenas empresas do Estado. De acordo com o presidente do Sistema FIEPE, Ricardo Essinger, o momento deve ser de união de toda a sociedade. “Entendemos que o momento seja difícil para todos, mas precisamos assegurar que as nossas empresas mantenham seus fluxos de caixa e sua liquidez, para que se mantenham de pé e gerem emprego e renda”, disse. Para isso, a Federação enviou ao Governo do Estado, e também para as secretarias de Desenvolvimento Econômico e da Fazenda, Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD DIPER), Copergás e Compesa um documento com propostas temporárias de socorro às empresas de Pernambuco. Entre as medidas estão a prorrogação do prazo para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado, assim como o imposto devido por substituição tributária pelo prazo de 120 dias; a renegociação de débitos tributários, nos moldes de um Refis Estadual, com carência de 90 dias para iniciar o pagamento; a ampliação, a flexibilização e a desburocratização das linhas de crédito disponibilizadas pela Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE). Pleiteia-se ainda a prorrogação de 90 dias para o pagamento de taxas de serviços essenciais para o setor produtivo, como energia elétrica, gás e água; a suspensão do princípio do ICMS-Mínimo para o exercício 2020 para as empresas vinculadas ao PRODEPE e ao PROIND, além da exclusão da multa de 15% para o pagamento parcelado do ICMS-Mínimo e a permissão de importação e desembaraço de insumos em aeroporto ou portos, sem prejuízo à utilização de incentivos fiscais do PRODEPE e de crédito presumido no PROIND. Ao todo, são oito medidas para atender aos 50 setores produtivos que estão sob o escopo dos 33 sindicatos ligados à FIEPE. “Defendemos que os governos, neste momento, injetem recursos na economia para salvar a indústria, o comércio e os prestadores de serviços. Sem isso, os negócios serão fechados”, lamentou o presidente. GOVERNO FEDERAL A mesma articulação está sendo feita na esfera federal. A FIEPE enviou ao Governo Federal, ministérios, Câmara, Senado e principais bancos estatais algumas demandas para salvar o setor industrial de Pernambuco após os efeitos do Covid-19 na produtividade das empresas. No total, são 14 pleitos, entre eles estão a prorrogação do prazo de pagamento para os tributos federais, a suspensão da apresentação das obrigações acessórias por 180 dias e a ampliação ou a criação de fundos garantidores para melhoria no acesso ao crédito por empresas que possuam alguma dificuldade, seja por falta de recebíveis ou patrimônio como garantia do empréstimo. Alguns, como a ampliação das linhas de crédito para pessoas jurídicas dos bancos públicos com taxa de juros diferenciados, focadas especialmente no fomento ao capital de giro, reforçou Ricardo Essinger, já foram adiantados pelo Governo Federal.

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Avanço do coronavírus altera a rotina das empresas

A escalada do novo coronavírus no Brasil tem alterado a rotina das empresas, interferindo na relação de direitos e deveres dos trabalhadores e seus respectivos empregadores. Em Pernambuco, onde casos da doença estão confirmados e outras dezenas seguem em investigação, serviços e eventos públicos vêm sendo suspensos, ampliando a necessidade de cuidados preventivos e também as dúvidas quanto ao risco de circulação. Mas o que determina a legislação trabalhista para casos como esse? Conforme especialista, faltas podem ser justificadas e jornadas de trabalho ajustadas, além da opção do home office. No entanto, é importante observar o que determina a lei, devendo existir sempre comum acordo entre as partes. Neste cenário de emergência em saúde pública, mesmo sem a infecção direta dos colaboradores, as empresas devem atuar na prevenção, disponibilizando condições salubres de trabalho e orientando quanto a higiene. No entanto, como medida de evitar a contaminação, as organizações também podem adotar as medidas estabelecidas pelo Governo, fechando suas unidades ou alterando o modelo de operação. “Estamos vivenciando uma situação atípica e o propósito maior deve ser o de evitar o contágio e a expansão do vírus entre os profissionais, mas sem prejudicar as relações de trabalho e geração de renda”, explica a mestre em direito do trabalho e professora do Centro Universitário UniFBV|Wyden, Ximene Pereira. Segundo ela, no leque de opções está a concessão de férias individuais ou coletivas aos funcionários, estabelecendo junto ao sindicato da categoria as cláusulas que serão adotadas. Também pode ocorrer a compensação de jornada e a utilização de banco de horas. “Os trabalhadores podem compensar as eventuais faltas ao trabalho em uma jornada extra, aguardando um momento mais favorável e seguro”, orienta a advogada. A nova lei referente ao coronavírus, sancionada recentemente pelo Governo Federal, estabelece que a ausência em virtude da quarentena estabelecida será considerada falta justificada. “Mesmo com a interrupção do contrato de trabalho, cabe ao empregador custear o pagamento dos salários”, esclarece. É possível trabalhar de casa? Chamado também de home office, o empregado poderá laborar diretamente da sua casa. A medida deve ser considerada para a preservação do bem maior: a vida do trabalhador. “Mesmo estando fisicamente fora da empresa, todos os direitos trabalhistas permanecem assegurados, incluindo a limitação de jornada, intervalos, descansos, metas, dentre outros. O acompanhamento pode ser feito remotamente pela internet ou mesmo por telefone”, reforça Ximene. Ela lembra que é interessante que o ajuste ocorra por escrito, sendo assinado pelas partes.

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Senai abre edital de inovação para projetos de combate ao coronavírus

Atento às demandas urgentes causadas pelo coronavírus, o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI) lançou um novo Edital de Inovação para a Indústria. A ideia é financiar soluções inovadoras que contribuam na prevenção, no diagnóstico ou no combate ao coronavírus que possam ser aplicadas e apresentem resultados em até 40 dias. Ao todo, serão investidos R$ 10 milhões no desenvolvimento das melhores soluções. As indústrias interessadas podem enviar suas propostas até o dia 30 de abril, mas os recursos serão liberados continuamente, conforme a chegada das propostas. Outras informações estão disponíveis neste link. As soluções deverão ser desenvolvidas em até três meses, em parceria com um dos 27 Institutos de Inovação ou um dos Institutos de Tecnologia do SENAI espalhados pelo País. Start-ups e outros institutos de ciência e tecnologia também podem se unir a uma indústria para participar. Cada projeto poderá receber até R$ 2 milhões e não há necessidade de contrapartida financeira: o principal requisito é que o projeto resolva demandas urgentes relacionadas ao Covid-19, como o desenvolvimento da produção de itens de prevenção e a reposição de peças e componentes utilizados em UTIs. As soluções também podem ser consultorias, metrologias, ensaios e análises, além de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Em Pernambuco, as indústrias podem contar com o apoio dos Institutos SENAI de Tecnologia em Meio Ambiente e em Automotiva e Metalmecânica, além do Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs). “No ISI-TICs, podemos colaborar com projetos que envolvam todas as tecnologias computacionais, como análise de dados, inteligência artificial e internet das coisas, por exemplo. Se não pudermos contribuir tecnicamente com uma ideia, podemos acionar nossos parceiros para dar vazão à resolução do desafio”, explica o pesquisador industrial do ISI-TICs Ernani Azevedo. O contato com o instituto pode ser feito pelo e-mail isi.tics@pe.senai.br.

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PE: Monitor aponta fim da área com seca extrema e redução da seca grave

A última atualização do Monitor de Secas, de fevereiro, aponta que, assim como em janeiro, Pernambuco apresentou uma grande variabilidade pluviométrica em fevereiro, com variação de aproximadamente 20mm no litoral a 250mm no Sertão. A região litorânea registrou o maior desvio de chuvas abaixo da média. Com base nos indicadores de curto e longo prazo e na saúde da vegetação, houve diminuição da intensidade da seca grave no Sertão e permanecendo no Agreste. Na região de Petrolina, na divisa com a Bahia, a seca severa foi extinta com base nos indicadores de curto e longo prazo. Os impactos de curto e longo prazo continuam nas regiões de Petrolina e do Agreste (região central), os de curto prazo na região litorânea e os impactos de longo prazo em grande parte do Sertão de Pernambuco. Em fevereiro deste ano aconteceram chuvas acumuladas de mais de 200mm em Minas Gerais, Tocantins, Maranhão, noroeste do Piauí, noroeste e sul do Ceará. Já no Espírito Santo e leste de Minas foram registrados menos de 100mm. Quanto mais ao leste nordestino, os volumes acumulados foram menores, chegando a 50mm em Alagoas, Bahia e Sergipe. No centro-sul de Minas e no nordeste do Maranhão, as chuvas ultrapassaram os 400mm em janeiro. Com as chuvas de fevereiro, a área com seca extrema entre a Bahia e Pernambuco passou a registrar seca grave, um grau abaixo. Assim, fevereiro de 2020 é o primeiro mês de fevereiro desde 2015 a não registrar nenhuma área com seca extrema desde o início do Monitor de Secas. Com as chuvas de fevereiro, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Em Alagoas a extensão e a gravidade da seca permanecem semelhantes à situação registrada pelo Monitor de Secas em janeiro. O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal. Esta ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazos. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessado tanto no site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos Android e iOS. Clique aqui para verificar a situação de fevereiro de 2020 em todos os estados com o Monitor de Secas. O Monitor de Secas O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos. Em Pernambuco, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 12 estados a cada mês vencido. O serviço tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por este tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para a inclusão de estados de outras regiões. Em novembro de 2018 e em junho de 2019, Minas Gerais e Espírito Santo foram incorporados. O Monitor de Secas foi concebido com base o no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação do mapa final. A metodologia utilizada no processo faz com que o mapa do Monitor indique uma seca relativa, ou seja, as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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10 fotos de Pesqueira Antigamente

O município de Pesqueira, no Agreste pernambucano, já foi um polo de fabricação de doces, com várias indústrias, e tem uma forte tradição religiosa, especialmente entorno de uma aparição de Nossa Senhora em Cimbres. A coluna Pernambuco Antigamente de hoje traz imagens antigas da cidade. Cidade de Pesqueira, em 1955 (Biblioteca do IBGE) . . Estabelecimentos comerciais na Rua Duque de Caxias (Pesqueira Histórica.com) . Feira Pública na década de 60. Vista da Praça Jurandir de Brito (Pesqueira Histórica.com) . Fábrica da Peixe, em 1955 (Biblioteca do IBGE)           . Vistas panorâmicas das fábricas Rosa e Tigre, em 1975 (Museu do Doce)   Fábrica Tigre, em 1930 (Museu do Doce) . Fábrica Recreio, que funcionou entre 1950 e 1972 (Museu do Doce)   Local da aparição de Nossa Senhora no Sítio Guarda, em Cimbres (Secretaria de Turismo de Pesqueira) . Recepção de tomates da Fábrica Peixe, em 1935 (Museu do Doce)     *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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