Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 434 De 438

Rafael Dantas

Rafael Dantas

No tempo do Inquisidor (Parte 1)

No século 16, a Vila de Marim, como era chamada nos seus primeiros anos a Vila de Olinda, encontrava-se entre os mais importantes aglomerados urbanos da América Portuguesa. Com seu belo casario branco em pedra e cal, situada sobre cinco colinas (montes moderados no dizer de Loreto Couto), com as torres de suas igrejas e mirantes de seus sobrados sobressaindo-se do arvoredo, era um verdadeiro espetáculo aos olhos do mais frio observador. No dizer de Rodolfo Garcia, “um deslumbramento, uma miragem encantadora que jamais se apagará da memória de quem um dia logrou a ventura de presenciá-la – a vista do mar”. Até mesmo um circunspecto naturalista alemão, o professor Konrad Guenther, que por uma temporada foi hóspede do Mosteiro de São Bento, descrevia o mar de Olinda semelhante a uma pedra preciosa multifacetada. “O mar muda de colorido conforme os reflexos da luz: uma orla violeta debrua o horizonte, listas da mesma cor riscam o espelho verde, aqui cintilações rubras, ali azuis – parece que todas as cores do arco-íris se derramam sobre o horizonte”. Teria sido essa primeira imagem que o visitador Heitor Furtado de Mendoça (sic) vislumbrou de Pernambuco, quando de sua chegada em setembro de 1593. Mas o “olhar” devassador da Inquisição não estaria tão somente saciado com as cores do arco-íris, que tomavam de encanto os horizontes de Olinda, mas procurava por recantos mais obscuros da alma humana, o lusco-fusco do comportamento das pessoas, a intimidade das alcovas, o silêncio dos lares, os pecados cometidos nas mais recônditas camarinhas. Assim surgem do interior dos lares daquela pacata sociedade elementos reveladores da origem das imensas proles de filhos, legítimos e naturais, gerados nas alcovas ou mesmo nas senzalas, muitos deles a céu aberto, naquele ambiente luxuriante, povoado por mulheres brancas, negras seminuas e índias nos trajes que vieram ao mundo. Um paraíso onde não existia a noção do fruto proibido, ou, como justificava Caspar van Baerle (1647): ltra aequimocialem no pecari. Melhor traduzindo: Não existe pecado abaixo do Equador. Assim era o comum em todos os lares, e com mais intensidade, nas famílias de maior destaque, o pecado da carne. A poligamia tomava conta da sociedade, somente o cunhado do primeiro donatário, Jerônimo de Albuquerque, falecido em 1593, aparece nos autos das Denunciações como pai de 26 filhos, dos quais apenas 11 eram originários de sua mulher legítima. O exemplo do Adão Pernambucano, como veio a ser tornar conhecido, é seguido por outros povoadores do seu tempo, que assim contribuíram para o crescente número de mamelucos, originários de uniões com as índias da terra, e até mulatos filhos de suas escravas. Nas Denunciações aparecem os filhos naturais de D. Filipe Moura, que fora governador da capitania (1593-1595), Rodrigo Lins e o próprio Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania, aparece como pai de Manuel d’ Oliveira. Em depoimento prestado por Manuel Álvares, um criado da casa da viúva de Duarte Coelho, D. Brites Albuquerque, aparece ele como sendo um “mameluco que dizem ser filho bastardo de Jorge de Albuquerque com uma índia mestiça deste Brasil” (15.11.1593). No dizer de Francis Dutra a indiscriminada atividade sexual dos portugueses com índias nativas e até com escravas da África, já denunciada nas cartas jesuíticas, permitiu concluir que, desde o filho mais novo do primeiro donatário ao mais insignificante degredado, os portugueses foram pais de gerações de mestiços. Preocupou-se também o primeiro inquisidor com a constatação de ritos e práticas judaicas, que viriam denunciar a presença de judeus em nossa sociedade colonial. Dos vários depoimentos surgem os nomes de Branca Dias e de seu marido Diogo Fernandes, proprietários do engenho Camaragibe, ambos falecidos antes da Visitação. Tinham eles em suas terras uma sinagoga familiar, na qual festejavam as principais festas do calendário judaico, como o Iom Kipur e o Roshashaná, ou seja, o Dia do Perdão e o Ano Novo Judaico. Era Branca Dias professora de meninas, a quem ensinava ler, bordar e outros ofícios do lar, sendo elas, já adultas, as suas principais denunciantes.

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Recife desigual

Pobreza e desigualdade são dimensões distintas do status socioeconômico de uma cidade. A pobreza tem caído no Recife tanto como resultado do crescimento econômico que aumentou, em termos reais, a massa salarial, quanto pela ação de políticas públicas que transferiram renda para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade. Todavia, a pobreza pode cair sem ser acompanhada por um declínio na desigualdade de renda. Em tese uma sociedade pode reduzir a pobreza absoluta, mas aumentar a desigualdade. Esse é o caso do Recife. De fato, a desigualdade de renda medida pelo Índice de Gini -que varia entre zero e a unidade sendo tanto maior quanto mais próximo de 1 - cresceu discretamente durante o período 1991-2010 (de 0,67 para 0,68), constituindo-se, no último ano, em índice superior à média brasileira (0,60), à da própria Região Metropolitana-RMR (0,64) e às de Salvador (0,63) e Fortaleza (0,61). Na verdade, o Recife foi na contramão da tendência nacional que vem reduzindo a desigualdade desde 1995, especialmente devido aos ganhos derivados da educação e da estabilidade do nível de preços. A proporção de renda apropriada por frações da população ocupada é outro indicador de desigualdade. Calcula-se o percentual de apropriação da renda pelos 20% mais ricos e pelos 40% mais pobres. Esses números para o Recife, em 2010, foram, respectivamente 72,5%, e 6,2%. Ambos cresceram durante o período 1991-2010. Neste último ano, o percentual do Recife de renda apropriada pelos 20% mais ricos foi o maior quando comparado com o do País, da RMR e das outras duas maiores cidades do Nordeste, como já referido acima, enquanto que, para os 40% mais pobres, foi o menor. Entre os fatores que afetam a desigualdade, a educação é um dos principais, mas destacam-se outros tais como as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho e a forma como se dá essa inserção. No caso brasileiro, as diferenças educacionais respondem por cerca de 40% das diferenças de renda. O Recife tem, ao mesmo tempo, um percentual elevado de pessoas que concluíram o curso superior –em comparação com outras cidades nordestinas e a média do País- mas acumula, ao mesmo tempo, resultados insatisfatórios no ensino fundamental, além de deficiências graves de cobertura na educação infantil. Existe também um mecanismo perverso de reprodução da desigualdade. Neste sentido, observe-se que, em 2010, o percentual de crianças em domicílios que não tinha ninguém com o ensino fundamental completo foi de 22,7%. Esse número revela que além dos problemas correntes que afetam a escola, o ambiente familiar não oferece estímulos para uma educação de boa qualidade. A tendência, nessas condições, é para a falta de educação se tornar um instrumento de transmissão intergeracional da desigualdade, mecanismo que o bolsa-família – se atendidas eficazmente as condicionalidades- objetiva suprimir. Uma das características do Recife é a informalidade, estando presente em várias das dimensões da cidade, do mercado de trabalho aos negócios passando pela habitação. A informalidade, um dos determinantes da desigualdade e entendida como exclusão de pessoas da rede de proteção social, situava-se, em 2010, no Recife, em 34%. A pobreza é um conceito absoluto e a desigualdade relativo. A desigualdade coloca lado a lado a afluência com a carência. É duro ser pobre, mas é pior ser profundamente desigual com o seu vizinho. E Recife é uma cidade onde pobreza e riqueza convivem proximamente. Em média, uma favela não está a mais de 1 km de uma área afluente da cidade. A alta e crescente desigualdade é uma marca indesejável do Recife. Eis um desafio! (Por Jorge Jatobá)

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Saídas para crise

Os cenários socioeconômico e político são nebulosos para o Brasil. Mas há uma expectativa de encontrar uma luz no fim do túnel dessa conjuntura que combinou em 2015 a falta de crescimento associada à alta inflação e baixo investimento. Na palestra de lançamento da Agenda TGI 2016, o consultor Francisco Cunha fez uma análise crítica do atual momento e fez projeções sobre as saídas da crise. Afinal, qual o dever de casa dos brasileiros e pernambucanos para sobreviver às turbulências do contexto e chegar no final do próximo ano com um horizonte mais otimista? Francisco Cunha classificou o contexto atual como o pior desde o Governo Collor e apontou o momento como de ruptura do ciclo econômico (ancorado no consumo interno e na exportação de commodities) e político. Ele lembrou que o Brasil conquistou avanços relevantes nas últimas décadas: a reimplantação da democracia, como um legado do PMDB; a década da estabilização econômica, pelas mãos do PSDB; e o período de inclusão social, promovido pelo PT. Conquistas que tendem ficar parcialmente em xeque, com a crise de representatividade política, retração do PIB, além da alta do desemprego e descontrole inflacionário, que pode devolver para pobreza parte da população que ascendeu socialmente nos últimos anos. “As crises econômica e política geram uma crise de confiança, que tem um efeito paralisante no País, já que cria uma tendência de reduzir o consumo e os investimentos”, afirma. Apesar da conjuntura de crise, a economista e sócia da Ceplan Tania Bacelar aposta em um 2016 melhor. Ela ressalta que alguns fatores determinantes para os indicadores negativos de 2015 não se repetirão no próximo ano. “Tivemos uma inflação muito alta, por causa dos preços administrados, que em 2014 estavam represados, como energia, gasolina, transporte. Esse ciclo não vai se repetir, porque já absorvemos esse impacto em 2015. O segundo foi a desvalorização do real, também uma tendência antiga. Houve uma valorização muito forte do dólar. Dois componentes com alto impacto e que não tendem a se repetir”, explica. Para construir um cenário mais fértil para o investimento, ela acredita que a inflação menor poderá induzir o governo a reduzir as taxas de juros. “Se a inflação se atenua, a justificativa para o aumento dos juros perde força. Isso é positivo por duas razões, quando a taxa de juros cai tem um impacto no governo, já que diminui as despesas financeiras do Estado. E pode estimular os investimentos também do setor privado”, sugeriu a economista. Apesar desse panorama traçado pela economista, as expectativas dos entrevistados na pesquisa com empresários da Agenda TGI não é das melhores. Apenas 22% acreditam num 2016 melhor, enquanto que 43% estão pessimistas com o ano que se aproxima. O economista e ex-diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Gustavo Maia Gomes, também vê com ceticismo o desempenho econômico no curto prazo. “Ficamos quatro anos seguidos numa trajetória insustentável de gastos públicos, sempre com a inflação acima da meta. Uma receita de desastre. No meio desse cenário houve uma paralisia. O governo federal anunciava o desejo de fazer cortes, mas ao mesmo tempo dizia que não se podia cortar. Uma postura contraditória que foi somada a um congresso que ainda promovia medidas para aumentar os gastos. E, evidentemente, fazer nada quando a coisa está ruim, só piora. Não me surpreenderia se o desempenho da economia do próximo ano seja pior do que este. Não vejo nada melhorando para acreditar que será apenas 1% negativo, como sinalizam algumas pesquisas”. O economista acredita que apenas uma mudança de governo poderia abrir uma janela de oportunidade para a retomada de crescimento do País. Ele julga que a ascensão de outro presidente da República teria o potencial de melhorar o humor do investimento privado no Brasil. “Se houver impeachment ou renúncia vai haver um momento em que o País terá uma nova chance. A depender de como isso ocorrer você pode começar a reverter uma trajetória negativa, mas definitivamente não salvará o próximo ano. No entanto, teria a capacidade de gerar uma visão menos pessimista, enquanto as coisas começam a se arrumar, atraindo investimentos que seriam muito relevantes para a dinamização da nossa economia”. A pesquisa com empresários apontou que 58% dos entrevistados acredita que Dilma Rousseff não terminará o seu segundo mandato presidencial. Quase 90% acreditam que as dificuldades políticas deste segundo governo serão maiores que as do primeiro. Na palestra, Francisco Cunha afirmou que é justamente a vertente política da crise que lança mais incerteza sobre a retomada do crescimento. O governo não consegue promover o ajuste fiscal conjuntural indispensável e não dispõe de capital político para fazer mudanças estruturais necessárias para a retomada sustentada do crescimento. SOLUÇÕES. Se o cenário político é determinante para mudar o desânimo do País, há uma necessidade de modificar as estratégicas econômicas, na opinião de Tânia Bacelar. Diferente da última década, quando o consumo interno foi o fator que impulsionou o dinamismo da economia brasileira, ela defende que o momento é de apostar em dois outros pilares: aumento das exportações e dos investimentos. “O Brasil precisa combinar melhor esses três grandes componentes do crescimento. Fizemos uma aposta muito forte do consumo interno na década passada. Isso chegou num certo limite. Podemos fazer do limão uma limonada, fazer do nosso déficit de infraestrutura uma oportunidade e frente de expansão econômica estimulando o investimento privado com juros mais baixos. O peso das exportações é pequeno, mas caso seja dinamizado será importante para o País”, avalia. Sobre as exportações, Bacelar aponta um cenário positivo, com um câmbio favorável e uma atuação ousada do ministro Armando Monteiro Neto. “A mexida do dólar favoreceu a nossa balança comercial. Não é algo que teremos que mudar, mas surfar nessa direção já construída. Armando Monteiro Neto se destacou pois, apesar da crise, foi um dos poucos ministros que olhavam para frente, enquanto o governo ficou preso numa agenda de curto prazo. Para mudar a dinâmica, é preciso sinalizar para onde a gente vai. Sem expectativa positiva, a economia continua patinando”. Projetando um cenário

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Recife é a capital mais empreendedora do NE

O Recife é a capital mais empreendedora do Nordeste. É o que aponta o Índice de Cidades Empreendedoras 2015 (ICE2015), realizado pela Endeavor, principal organização voltada ao fomento do empreendedorismo no mundo. No estudo, a cidade ocupa a 4ª posição no ranking, sendo a única cidade nordestina entre as 20 primeiras colocadas. Ao todo, foram analisadas 32 cidades brasileiras localizadas em 22 estados, com base em sete pilares: ambiente regulatório, mercado, infraestrutura, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora. No índice de 2014, o Recife havia ficado em 12º lugar. "Assumimos o índice de Cidades Empreendedoras da Endeavor como um desafio. O prefeito Geraldo Julio criou uma secretaria com o nome Empreendedorismo para que de fato pudéssemos trabalhar os pilares que são elencados e também para desenvolver outras ideias que tínhamos como propósito. Então fomos caminhando pilar por pilar, juntando os atores que já fazem o empreendedorismo acontecer na cidade, porque a Prefeitura tem consciência que é uma ponte. Nós fazemos a articulação, o nosso papel é justamente pesquisar, apoiar, estimular e fomentar o empreendedorismo que tanta gente já faz no Recife", explica a secretária de Desenvolvimento e Empreendedorismo do Recife, Roseana Amorim. Entre as iniciativas desenvolvidas no âmbito municipal, pode se destacar a Sala do Empreendedor, que é um espaço da Prefeitura do Recife voltado para os micros e pequenos empreendedores, formalizados ou não, que tem como objetivo orientá-los. Essa iniciativa faz parte de uma série de ações que objetivam trazer respostas rápidas para quem quer abrir sua empresa ou que precisa de orientações para se manter no mercado. Atualmente, existem três postos de atendimento da Sala do Empreendedor: no térreo do edifício-sede da Prefeitura do Recife, no bairro de Casa Amarela (Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, 5600) e em Santo Antônio (Rua Imperial, s/n). De forma itinerante, o projeto Sala do Empreendedor nos Bairros leva os serviços oferecidos nos postos fixos para diversas comunidades da cidade, além de palestras, minicursos e oficinas sobre temáticas como finanças pessoais, atendimento ao cliente, formalização do empreendimento, orientações sobre crédito produtivo, entre outras. Uma outra iniciativa interessante é o Fórum de Microempreendedores, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais, que reúne instituições como o Sebrae, a Femicro, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste para avaliar que melhoras podem ser buscadas pela Prefeitura. A tônica principal é a redução da burocracia buscando a maior eficiência possível no menor intervalo de tempo. Esse fórum foi ampliado para a área de inovação e tecnologia, contando com parceiros como o Porto Digital eo C.E.S.A.R. Termos de cooperação foram assinados junto à academia, como a UFRPE, a UFPE e também com as particulares. Em outra frente, foi publicada recentemente a lei de ampliação da área territorial do Porto Digital, que amplia a área de benefícios fiscais para poder acolher as empresas que buscavam se instalar nesse espaço, recentemente eleito o melhor parque tecnológico do Brasil pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). Neste ano, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Empreendedorismo, coordenou pela primeira vez a gestão do comitê local da Semana Global do Empreendedorismo, que promoveu cerca de 200 atividades entre palestras, mesas temáticas, workshops e oficinas impactando cerca de quatro mil pessoas. Além disso, a pasta lançou o 1º Prêmio Recife de Empreendedorismo Social, que objetivou incentivar e motivar o empreendedorismo no Recife por meio de ideias inovadoras que venham a contribuir com o dia-a-dia do cidadão. A premiação foi realizada no último dia 3 de dezembro, premiando dois projetos, um na categoria Inovação Social e outro na categoria Impacto Social. (Da Prefeitura do Recife)

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Quais os destinos mais procurados pelos pernambucanos?

Viajar é um dos grandes sonhos dos brasileiros, e com os pernambucanos não é diferente. Apesar de viverem em um Estado que oferece belas praias e as mais diversas belezas naturais, os moradores de Pernambuco demonstram um grande interesse em visitar destinos badalados de seus Estados vizinhos. É isto o que aponta uma pesquisa realizada pelo Hotel Urbano (www.hotelurbano.com), agência online de viagens líder em hospedagens no Brasil. De acordo com o estudo, que considera buscas por pacotes de viagens e hospedagens realizadas por usuários de Pernambuco no site do Hotel Urbano em 2015, a cidade de Natal-RN é o destino atualmente mais procurado pelos viajantes pernambucanos. A capital do Rio Grande do Norte é seguida por Fernando de Noronha e outras duas capitais nordestinas: Maceió e Fortaleza-CE. "No quesito turismo, podemos dizer que o morador do Estado de Pernambuco é um privilegiado. Além de lindas belezas naturais dentro do estado, o viajante encontra cenários exuberantes a poucas horas de viagem", afirma Antônio Gomes, diretor comercial do Hotel Urbano. Na quinta posição entre os destinos mais procurados pelos Pernambucanos está a cidade de Gramado, tradicional destino de inverno localizado na Serra Gaúcha e único da lista que não oferece praias. Na sequência, segue a predominância dos destinos litorâneos: Porto Seguro-BA (6º), Salvador-BA (7º), Morro de São Paulo (8º), Rio de Janeiro-RJ (9º) e Balneário Camboriú-SC (10º), procurado não apenas por suas praias, mas também por estar próximo do parque do Beto Carreiro World. (Do Hotel Urbano)  

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Quarto de Guerra alcançou 2º lugar na média de público

O filme Quarto de Guerra estreou na quinta-feira em 46 salas de cinemas no Brasil pela Canzión Films e surpreendeu a todos com a excelente performance no circuito. A produção dos mesmos criadores de Desafiando Gigantes, À Prova de Fogo e Corajosos chamou a atenção por abordar temas como a oração e a estruturação familiar. Em um tempo de crises no país, tanto moral como social, e com o aumento de divórcios em mais de 160%, em uma década, segundo dados do Registro Civil divulgados pelo IBGE, o longa traz uma resposta e a esperança que a sociedade necessita. Para a distribuidora, a presença maciça do público nos cinemas revela a necessidade urgente do país por filmes que transmitam valores cristãos para as famílias brasileiras. Após alcançar o 2º lugar na média de público por salas, na semana de estreia, segundo o Rentrack, no Top 10 Brasil, ficando atrás apenas do filme Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2, o longa avança e conquista 20 novas salas no circuito até o momento. No Grande Recife o filme está em exibição no Shopping Guararapes. A película já emocionou milhares de pessoas pelo país, criando uma onda de postagens nas mídias sociais, como o Facebook, para compartilhar e incentivar a presença de famílias e grupos de amigos nos cinemas. Alguns fizeram vídeos com a hashtag #QuartoDeGuerra e bradaram nos cinemas a alegria de ter assistido Quarto de Guerra nas telonas; outros deixaram seu recado para os amigos, indicando o filme como uma experiência imperdível. Para essa produção, os cinemas abriram ao público a possibilidade de fazer reservas de salas de exibição para grupos, com valores especiais. Nesse caso é preciso entrar em contato diretamente com o gerente do cinema local onde o filme está sendo exibido.

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Muito além das aulas de idioma

O domínio de uma língua estrangeira deixou de ser um diferencial e se transformou quase que uma obrigação para ter melhores oportunidades no mercado de trabalho. Realizar um intercâmbio é, então, a sonhada alternativa para garantir a fluência no idioma. Basta observar o crescimento no número de brasileiros que decidiram buscar a vivência em outros países nos últimos 10 anos. Um aumento de 494%, de acordo com dados da Brazilian Educational & Language Travel Association. Mas se engana quem pensa que a experiência no exterior se resume às tradicionais aulas de língua ou mesmo ao High School. Cada vez mais, os intercambistas escolhem opções que fogem ao convencional e aproveitam para incrementar o currículo. "Estudar no exterior é um componente enriquecedor de qualquer programa educacional e transforma a visão do mundo do aluno", avalia o diretor-executivo do centro de educação internacional ABA Global Education, Eduardo Carvalho. Cursos de curta duração em universidades e estágios são algumas das possibilidades para quem passa uma temporada fora. E foi justamente nesse “combo” que o estudante de relações internacionais, Felipe Cavalcanti, 23 anos, decidiu apostar. “Eu já tinha feito High School antes, mas queria algo voltado para a graduação". Depois de muita pesquisa, Felipe encontrou na escola de extensão da American University, em Washington, o curso que se enquadrava nas expectativas dele. O programa, de um semestre, aliava teoria à prática. Três vezes por semana, Felipe tinha aulas sobre economia global e negócio em importantes organizações como o FMI e a Bolsa de Nova York. Nos outros dois dias, era a vez do estudante testar os conhecimentos aprendidos em um estágio. Será que mais um intercâmbio valeu a pena? “Foi quando abri os olhos para o que eu realmente queria fazer profissionalmente." Para Arthur Danzi, 18, o contato com pessoas de nacionalidades e culturas diferentes foi a experiência mais significativa do intercâmbio. Escolher esse tópico dentre tantos outros vividos, no entanto, não deve ter sido fácil. Principalmente, quando se adiciona o fato de ele ter estudado na poderosa Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo. Hoje estudante de direito, Arthur embarcou rumo aos Estados Unidos quando ainda cursava o segundo ano ensino médio. “Como estava perto o Enem e do SSA não dava para fazer um intercâmbio de seis meses ou um ano.” A alternativa, então, foi procurar um curso de curta duração e para encontrar o ideal, Arthur buscou ajuda de uma consultoria de intercâmbios. “A partir do interesse do aluno, fazemos um trabalho de pesquisa para identificar qual programa melhor se encaixa nos objetivos dele", explica a coordenadora da GlobEducar, Danyelle Marina. O centro de educação e carreira, que pertence a ABA, é cerificado com o Education USA, uma selo oficial do governo americano para informações sobre estudos nos EUA. Encontrada a oportunidade, é preciso preparar o material necessário para o processo seletivo. “No caso de Harvard, o estudante precisa submeter à nota do exame de inglês, fazer uma redação, enviar uma carta de recomendação, além de preencher um formulário”, detalha Danyelle. Com tudo aprovado, Arthur seguiu para Harvard e, assim, foram dois meses (julho/agosto) frequentando as disciplinas de direito e relações internacionais. Segundo o estudante, as aulas ainda ajudaram a decidir sobre a futura profissão. “Na época, eu pensava em cursar uma das duas graduações e depois do intercâmbio, voltei um pouco mais certo em fazer direito." Ao buscar por informações sobre intercâmbio, é possível encontrar modalidades ainda mais diversas. Viajar para realizar trabalho voluntário é uma dessas. Uma boa opção para economizar. “Em geral, tem um custo mais baixo, pois o aluno não paga pelo programa em si e, normalmente, não gasta com a acomodação”, coloca Danyelle. Nos portfólios das agências ainda há espaço para os mais ousados. Que tal umas aulinhas de golfe ou mesmo de futebol enquanto estiver no exterior? Esses são alguns dos esportes dentre tantos outros oferecidos para quem faz intercâmbio. A vez dos adultos. As variações de intercâmbio, no entanto, não ficam restritas às novas modalidades de cursos. O público também passou por transformações. Se no passado os programas no exterior eram relacionados apenas aos jovens, hoje os adultos também buscam essa experiência. “É uma geração que não teve a oportunidade de fazer um High School antes. Em geral, eles vão depois dos filhos criados, quando se sentem no direito de achar que é a hora”, relata a diretora da agência de intercâmbio Experimento, Carolina Vieira. É o caso do consultor de empresas Antônio Jorge Araújo, 61. Depois do filho, chegou a vez dele de aproveitar uma temporada fora. “É uma pausa, um momento de desenvolvimento pessoal e profissional”, espera. No final do mês passado, ele desembarcou em Adelaide, na Austrália, onde permanecerá por cerca de três meses. E no fluxo da nova tendência de intercâmbio, também vai utilizar a estadia em outro país para, além do aperfeiçoar o inglês, adquirir novos conhecimentos. Um curso no Instituto de Governança da Austrália (AICD) foi a opção de Antônio Jorge, que coordena em Pernambuco uma instituição semelhante. Mas conseguir conciliar o sonho de fazer um intercâmbio com o trabalho não foi fácil. “É uma decisão que eu venho amadurecendo há algum tempo. Foi algo que precisou ser bem planejado com a minha família e a equipe da minha empresa.” Mesmo com essa mudança na rotina, assim como a maioria dos adultos, Antônio Jorge não pode se distanciar completamente do trabalho. Ele está apostando, então, em reuniões via internet para continuar acompanhando a empresa, enquanto estiver em terras australianas. (Por Camila Moura)

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Estreia o filme "Quarto de Guerra”

Hoje (03/12) estreia o filme Quarto de Guerra em aproximadamente 46 salas de cinemas no Brasil. A produção dos mesmos criadores de Desafiando Gigantes, À Prova de Fogo e Corajosos chega ao país pela distribuidora Canzión Films. Na Região Metropolitana do Recife, a exibição acontecerá no Cinépolis Guararapes, dentro do Shopping Guararapes. O longa já alcançou mais de 2 milhões de pessoas no Facebook, e tem movimentado uma campanha de oração pela família brasileira que envolveu aproximadamente 115 mil pessoas que compartilharam seus locais de oração nas mídias sociais. Distribuído no Brasil pela Canzión Films, já confirmado, na rede Cinépolis, o filme Quarto de Guerra é sinônimo de sucesso, com mais de 6 milhões de espectadores nos EUA, é a mais nova produção cristã em exibição no circuito cinematográfico brasileiro. O crescimento do cinema cristão tem surpreendido Hollywood e mudado a forma de olhar os filmes sobre a temática fé. Segundo o autor Alex Kendrick, no início do seu ministério, um estudo apontava que filmes e programas de TV influenciavam muito mais as pessoas do que a igreja. Então, o desejo de fazer filmes com valores cristãos cresceu pelo impacto que esses projetos podem ter na vida dos espectadores. "Pense nisso... Todos nós precisamos ser lembrados daquilo em que acreditamos e defendemos", disse Stephen Kendrick, produtor e coautor. Sinopse: Tony e Elizabeth vivem um duelo interminável, até que a senhora Clara, uma nova cliente de Elizabeth, a desafia a guerrear pela sua família. Por meio da oração, ela permite que Deus batalhe por seu lar. Enquanto ela inicia seu quarto de guerra, Tony vivencia lutas internas, confirmando o que diz a senhora Clara, que as vitórias não se conquistam ao acaso. Com personagens autênticos que se identificam com milhões de pessoas, Quarto de Guerra, o novo filme dos irmãos Kendrick, é uma recordação de que a oração é uma arma poderosa.  

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Supérfluos saem do carrinho da Classe C

A pesquisa Tendências Nielsen (janeiro a agosto/2015) aponta que o consumo da cesta de produtos de Limpeza, Higiene e Beleza, Bebidas Alcoólicas/Não Alcoólicas, Perecíveis e outros itens de Mercearia, caiu 0,7% em volume de vendas. Na comparação entre junho a agosto de 2015 com o mesmo período de 2014, houve uma queda ainda maior, de 2,9% no volume de vendas das cestas de alimentos citadas acima. Segundo Paula Valadão, analista de mercado da Nielsen, a cesta de produtos analisada pela empresa deve ter uma retração de até 1,8% no fechamento de 2015. O destaque ficou para o segmento de Higiene e Beleza, que consegue crescer por marcas mais baratas ou embalagens econômicas, conforme gráfico abaixo. Na opinião de Paula Valadão, o país vive o pior cenário consumo desde 2009, principalmente porque a previsão de inflação para 2015 é de 9,9%, visto que em 2009 foi de 4,3%. Essa crise de confiança no país reflete muito no dia a dia dos consumidores. “O índice de confiança global da Nielsen mostrou que em 2009 os brasileiros eram mais otimistas, atingindo 108 pontos (8 pontos acima da média global), e agora, em 2015, está em 79 (21 pontos abaixo da média global), ou seja, brasileiros estão mais pessimistas, principalmente sobre suas expectativas em relação à economia, gastos e empregos. Já a variação da cesta Nielsen manteve o crescimento de 1,3% em 2009 e para este ano, até agosto, já temos queda de 0,7%”, destaca ela. CLASSE C – De junho a agosto deste ano, itens da cesta básica tiveram aumento de 0,9% em volume de vendas. A analista Paula Valadão explica que os consumidores da classe C estão mais endividados e são os que mais “cortam” itens supérfluos das compras, priorizando alimentos e produtos de necessidade básica, sendo que no período quase 60% das categorias supérfluas perderam penetração na classe C. A classe C continua estabilizando o consumo com baixa variação do ticket e gasto médio, ou seja, gasta cada vez menos na comparação com outras classes sociais.

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PCR inicia amanhã participação na COP-21

O Recife inicia, nesta quinta-feira (03), sua participação na Cúpula do Clima da ONU (COP-21), em Paris (França). Esta será a terceira vez em que a capital pernambucana integra os debates mundiais para frear o aquecimento global. Na pauta principal da Prefeitura, está a participação na mesa de Estratégias de Desenvolvimento de Baixo Carbono e Cooperação Norte-Sul, na zona de alto nível, área restrita onde ocorrem as negociações oficiais. Também fazem parte da estratégia municipal sessões temáticas e exposições dos projetos Parque Capibaribe e o Mapeamento de Áreas Críticas do Recife, no Pavilhão de Cidades e Regiões. "Nesta conferência, os governos locais poderão ter mais voz e peso frente ao debate das mudanças climáticas. Vou para somar forças e defender que as cidades precisam estar inseridas nesse processo, contribuir na redução de poluentes e ter acesso a financiamentos internacionais para implantar infraestruturas mais sustentáveis", destaca a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, que representará o prefeito Geraldo Julio na COP-21, compondo a comitiva do ICLEI (sigla em Inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade), a maior rede de cidades do mundo. Na mesa de Estratégias de Desenvolvimento de Baixo Carbono, Cida Pedrosa apresentará uma as ações e políticas que vêm sendo desenvolvidas no Recife, nos últimos três anos, e que colocaram a cidade num papel de protagonista na América do Sul. "O Recife avançou muito nas políticas sustentáveis. Vamos expor os inventários de GEE, juntamente com as metas e o plano de ação para alcançar esses números. Também vou falar um pouco sobre o conjunto de eis de Mudanças Climáticas e de maior proteção às áreas verde, além do Parque Capibaribe", enumera. A atividade, que acontece na área de negociações oficiais, envolve as cidades integrantes do programa internacional Urban LEDs, da qual Recife é "Cidade Modelo", e a iniciativa é fruto de uma parceria com o ICLEI. Ainda nesta zona restrita, a secretária acompanhará a mesa do Compacto de Prefeitos. "Geraldo Julio aderiu ao compacto de prefeitos e, pela Frente Nacional de Prefeitos, assinou a carta de posicionamento das cidades brasileiras. Os dois reforçam o amplo envolvimento dos governos locais na temática do clima", contou. Segundo o ICLEI, os centros urbanos abrigam hoje 50% da população mundial e são responsáveis por 75% do consumo de energia e das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Só o Recife despejou na atmosfera, em 2013, 3.046.247 toneladas de CO2, sendo os setores de transporte e energia responsáveis por 62% e 17% das emissões, respectivamente. Financiamento internacional – Nesta edição da COP, a Prefeitura do Recife ainda abarca o programa do Pavilhão de Cidades e Regiões. Dois projetos da gestão municipal foram considerados exemplos a serem seguidos e eles serão expostos a financiadores internacionais através da plataforma TAP-2015. São eles: o projeto Parque Capibaribe e o Mapeamento de Áreas Críticas da cidade. O primeiro é uma iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em parceria com a UFPE, que prevê a construção de um corredor de 30km para pedestres e ciclistas às margens do Rio Capibaribe, incluindo a recuperação de ambientes naturais. Já o Mapeamento é uma ação da Secretaria de Saneamento que irá resultar em um censo completo de 50 mil famílias residentes em 480 áreas de interesse social, distribuídas em 2.573 microrregiões, totalizando 4.460 hectares do território municipal. O trabalho vai analisar condições de infraestrutura urbana, renda familiar e moradia. O estudo foi dividido em três etapas: mapeamento, conhecimento e intervenções. O primeiro coletou dados para compor um levantamento dos locais. Em seguida, será feito um diagnóstico mais específico, avaliando onde residem as famílias e em quais condições elas vivem, e apontando as situações de moradia, saneamento, coleta de lixo, iluminação, abastecimento de água, drenagem e presença de equipamentos públicos. Os dados coletados em campo subsidiarão a implantação do Programa de Saneamento Integrado - PSI e permitirão elaborar projetos mais eficientes nas áreas de esgotamento sanitário e abastecimento de água, implantação de sistemas viários e de acessibilidade, contenção de encostas e recuperação de áreas degradadas. "Nosso projeto é inovador e fundamental para o desenvolvimento do Recife. Esperamos que essa apresentação, em um evento tão importante, gere muitos frutos positivos", avaliou o secretário de Saneamento do Recife, Alberto Feitosa, que também integrará a comitiva da PCR na COP-21. (Da Secretaria de Meio Ambiente do Recife)

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