Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 435 De 438

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Varejo moderno resiste a crise

Na confraternização da Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), a superintendente Associação Brasileira de Shoppings,  Adriana Colloca, afirmou que o setor deverá fechar o ano com um crescimento entre 2% e 3%. Uma taxa baixa em relação a média dos últimos anos, mas comemorada num período de baixa do mercado nacional. "É um ano difícil, mas temos ainda um desempenho superior ao da indústria e do comércio varejista em geral. Estamos nos reinventando. Além disso, houve um grande investimento, mesmo em meio à crise". No ano, foram abertos 28 novos empreendimentos.   Em Pernambuco, o presidente da Apesce, Paulo Carneiro, apontou a abertura do Paulista North Way, como uma das grandes novidades do setor e exaltou a criatividade dos empresários para garantir a movimentação nos shoppings. "Tivemos um espírito permanente em busca de soluções. Os empresários descobriram novas oportunidades e ampliaram o foco de sua atuação". Entre as ações em destaque ele mencionou a inserção de eventos na agenda do comércio, como o Liquida Grande Recife e o Black Friday. O Shopping Center Recife, por exemplo, comemorou no Black Friday um crescimento significativo no fluxo de clientes no mall. Enquanto a movimentação média é de 65 mil pessoas por dia, na última sexta-feira (27/11) foram 110 mil pessoas circulando nas lojas. Além dos eventos, o mais tradicional dos empreendimentos do setor na capital pernambucana apostou em inovações para enfrentar a crise. "Em meio a um ano difícil, nosso papel é de investir em inovação. Apostamos numa mudança de algumas lojas âncoras, com a inauguração recente da Forever 21. Em breve teremos a volta da Tok&Stok e o Bompreço irá renovar toda a loja", informou. O caçula dos shoppings pernambucanos, o Paulista North Way, também teve o que comemorar no último final de semana. No dia do Black Friday, a circulação no mall teve um incremento de 20%, saltando dos 20 mil habituais para 36 mil consumidores nos seus corredores. Após a inauguração com 50 lojas, mais 20 foram abertas em novembro e para o mês do natal novas 30 operações deverão estrear. Para 2016, mais 25 lojas já têm data para abrir. "A movimentação do shopping está muito acima do que esperávamos", afirma o sócio-diretor do Paulista North Way Shopping, Avelar Loureiro filho. Juntos, os shoppings pernambucanos possuem 500 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), gerando R$ 7 bilhões em vendas anuais no Estado. De acordo com a Apesce, o fluxo mensal de pessoas nos shoppings é de 14,4  milhões de consumidores.

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A fé, a crise e a corrupção no Brasil

Por mais de uma década o Brasil viveu um período mais acelerado de crescimento econômico e de distribuição de renda. Muitos, senão a maioria, da chamada “nova classe C” eram integrantes das centenas de denominações evangélicas brasileiras. De acordo com o Instituto Data Popular, 90% dos jovens que integram esse segmento da população brasileira têm os pais evangélicos. No entanto, o momento de crise econômica brasileira, os analistas apontam que essa classe ascendente é a maior afetada, cujos principais sintomas são o desemprego e a redução do poder aquisitivo, com a inflação. Um novo cenário, de vulnerabilidade social e de desequilíbrio emocional, que traz desafios para as igrejas e cristãos. Além dos fatores econômicos, a crise política recoloca a moral no centro das discussões do País.   Se há alguns anos se usava a expressão “a classe C vai ao paraíso”, hoje ela está saindo dele. Não do paraíso pregado nos púlpitos, mas no do consumo. A recessão econômica e os ajustes fiscais criaram ao menos um contexto de medo. Um estudo da consultoria Consumoteca com essa classe, que tem em sua maioria evangélicos de origem pentecostal e neopentecostal, 76% declaram ter amigos ou parentes desempregados. O Data Popular identificou ainda os maiores temores da classe C são a alta da inflação (79%), a estagnação salarial (49%) e as dificuldades para conseguir emprego (55%). Atualmente, 47% dos brasileiros se dizem pessimistas em relação ao futuro, segundo estudo do Ibope, realizado no final do primeiro semestre de 2015. Na região Nordeste, esse índice salta para 51%. Frente a esse quadro de pessimismo e desesperança, qual o discurso e a postura a ser adotado pela igreja evangélica brasileira? Para a psicóloga Quézia Cordeiro, que integra o Instituto Solidare, a igreja possui um grande potencial terapêutico para aqueles que são vítimas dessa crise e que estão sofrendo com esse momento. Ela aponta que os momentos de comunhão e partilha vividos pelas comunidades de pessoas que comungam da mesma fé podem fomentar resignificação e "cura" das mais variadas dores humanas. “Os relacionamentos interpessoais são importantes no processo de constituição dos indivíduos como também fornecem amparo em momentos de crise, seja esta existencial, profissional, familiar, econômica ou política. As crises implicam em questionamentos, desafios, mudanças e com isso também evocam medo, ansiedade e insegurança”, aponta. Além do discurso, a psicóloga defende que as igrejas vivam uma fé prática, entendendo e respondendo as necessidades do momento social em que suas cidades e seu País atravessam. “Neste contexto, é relevante que as comunidades se dediquem ao acolhimento. O cuidado mútuo promove aos seus membros condições mais favoráveis ao enfrentamento de crises. A certeza de que se pertence ao grupo e estar alicerçado numa mesma fé pode contribuir de modo significativo para o surgimento de estratégias para superação de crises” O amparo social e emocional é uma necessidade que deve andar lado a lado com as reflexões e críticas acerca das raízes dessa crise. O reverendo Sérgio Andrade, da Catedral da Santíssima Trindade, da Diocese Anglicana do Recife, avalia que alguns elementos que alimentam o quadro de corrupção no País também estão presentes na vida prática das comunidades religiosas e que precisam ser combatidos. “A intensa crise política e econômica presente em nosso País requer de diferentes comunidades evangélicas posturas coerentes com o Evangelho de Jesus. Neste sentido, deveríamos trilhar em primeiro lugar o bom e cuidadoso caminho da autocrítica, considerando que parte importante da patologia política do País está relacionada com um modelo de gestão e articulação caracterizado pelo fisiologismo e conservadorismo, que são características também do universo evangélico brasileiro. Assim, cabe às igrejas elaborar reflexões e práticas que procurem, inicialmente, denunciar sua própria contradição: integrar e alimentar um modelo político doentio, repleto de corrupção e enfraquecedor dos pressupostos democráticos”, afirma. Para o especialista em ciência política e membro da Igreja Evangélica Livre, Thiago Oliveira, em tempos de crise a mensagem da igreja não deve ser outra: Jesus é a luz do mundo e nele depositamos a nossa esperança. E a postura deve ser de combate à corrupção que levou o País a esse momento. “A crise é um contexto propício para provar a nossa fé e nos fazer perseverar. Parafraseando C.S. Lewis, ela pode ser usada como o megafone de Deus para despertar a igreja brasileira. Que a nossa mensagem permaneça imutável e sigamos apontando para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ao mesmo tempo, devemos agir com prudência, orando por nossos governantes, tal como a Bíblia nos exorta, mas, atuando também na reflexão política e econômica de nosso país, votando melhor e fazendo política para além das redes sociais. Ser cidadão na terra não exclui nossa cidadania no céu, só não podemos inverter a ordem, aqui somos peregrinos, lá herdeiros eternamente”, declarou. Acolher os desamparados e denunciar a corrupção são missões que estão na raiz da igreja cristã, mas que em tempos de desânimo e de desconfiança ganham uma relevância maior. Isso porque em meio à dor social, é nos bancos dos templos – e no seio das comunidades de fé – que se assentam aqueles que estão buscando uma fagulha de inspiração para recomeçar a caminhada.

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Recife quer reduzir 20% das emissões de Gases do Efeito Estufa

Convidada pela ONU e com participação certa na COP-21, conferência global sobre o clima que acontecerá em Paris (França) a partir do dia 30, a Prefeitura do Recife anunciou, nesta quarta-feira (25), duas metas de redução absoluta das emissões dos gases de efeito estufa (GEE): 14,92% até 2017 e 20,8% até 2020, referentes ao cenário de projeção com base em 2012. Também foi apresentado o plano de ações envolvendo quatro setores para alcançar as metas. A capital pernambucana é a primeira cidade do nordeste a definir o seu compromisso frente ao aquecimento global. As contribuições recifenses foram determinadas após a análise do inventário de GEE da gestão municipal, que contabilizou uma emissão de 3,120 milhões de toneladas de gás carbônico, em 2012. E, as projeções apontavam para um quadro de 4.662.930 TCO2eq, em 2020, se nenhuma medida fosse tomada. "Decidimos as metas com base em estudos científicos e esperamos evitar que quase 1 milhão de toneladas de CO2 seja despejada na atmosfera. São números ousados, mas temos condições de atingir", afirmou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, durante a reunião do ComClima. Para honrar o compromisso, a proposta da gestão municipal inclui ações nas áreas de mobilidade, resíduos sólidos, energia e desenvolvimento urbano sustentável. Responsável por 65% das emissões de gases de efeito estufa na cidade, o setor de transporte é um dos principais focos do plano de redução. Entre as medidas previstas, está a melhoria da estrutura urbana, como implantação de mais faixas azuis (cerca de 50km), ampliação do projeto de bicicletas compartilhadas, estruturação da malha cicloviária da cidade (76Km), entre outras. Quanto à produção de lixo e o saneamento, o plano aponta para a implantação de sistema de queima de biogás nas estações de tratamento de esgoto e nos aterros que atendem a cidade, além do aumento da coleta seletiva e diminuição da quantidade de lixo enviada aos aterros tradicionais. No setor de energia, a prefeitura aposta na modernização do parque de iluminação pública, implantação de placas fotovoltaicas em órgãos públicos e no incentivo o uso de equipamentos sustentáveis para aquecimento de chuveiros nas residências. "Nós estamos no rumo certo para reverter a insustentabilidade das emissões hoje. Comprovamos isso com o novo inventário de Gases do Efeito Estufa da cidade, do ano de 2013. Nele, já reduzimos as emissões em 2,5% se comparado ao ano anterior. Isso foi possível devido à queda no consumo de combustível, a implantação do sistema de queima de biogás no CTR Candeias, aterro que recebe os resíduos de Recife, além do menor consumo de energia elétrica pelas residências", observou Cida Pedrosa, acrescentado que o atual plano de baixo carbono segue no curso dos casos de sucesso revelados pelo novo inventário. A arborização urbana também foi contemplada neste planejamento. A meta é o plantio de 100 mil mudas na cidade e a manutenção dos grandes maciços verdes. Segundo o estudo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, essas duas medidas seriam responsáveis pela absolvição de quase 148 mil TCO2e, ou seja, redução de 4,74% das emissões dos gases. O projeto Parque Capibaribe, que compreende a implantação de um corredor de 30 km para ciclistas e pedestres nas margens do Rio Capibaribe, é outra ação prevista no eixo de desenvolvimento sustentável. Ele e o estudo de área crítica da Secretaria de Saneamento do Recife estão entre iniciativas a serem apresentada a financiadores internacionais, durante a COP-21, em Paris. Metas de redução ANO Meta em percentual 2017: 14,92% 2020: 20,8% (Da PCR)

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Coutinho lança 2ª edição de "Viajar é Ótimo"

O médico Oscar Coutinho faz amanhã (25/11) o lançamento da segunda edição do livro Viajar é Ótimo. Editado pela Cepe, a publicação cresceu. Alguns novos Países incluídos (como Eslovênia, Malta e Montenegro) e com muitas dicas acrescentadas. A nova edição chega na mão dos viajantes com 586 páginas, 120 a mais que a primeira versão. "Trouxemos mais conteúdo. Além dos novos capítulos sobre o planejamento da viagem e de orientações sobre novas destinos, melhoramos bastante as informações acerca dos Países mais tradicionais, como a França, Itália e Inglaterra. A Escandinávia, que tinha poucas dicas no primeiro livro, ganhou uma atenção maior”, comenta Coutinho. A publicação está dividida em três partes: Preparando a viagem; Dicas e sugestões; e Viajando com Oscar. Essa última parte é composta com comentários sobre os passeios realizados pelo mundo pelo médico entre 1972 e 2015, incluindo quatro novas viagens feitas entre o primeiro e o segundo lançamento. Além do clínico geral, a publicação é assinada também pela sua filha Clarice Coutinho, como colaboradora. Uma das novidades na nova edição é um capítulo especial dedicado ao uso da internet no planejamento da viagem. Seção que contou com uma colaboração direta de Clarice. LANÇAMENTO: Local: Livraria da Jaqueira Data: 25 de Novembro de 2015 Horário: 15h às 20h

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Confiança cai no poder público e ascende nas igrejas

Pesquisa realizada pela CNT/MDA aponta uma grande disparidade entre a confiança que os brasileiros depositam na Igreja em relação às demais instituições. O estudo indicou que 43% da população confiam sempre na Igreja e apenas 11,7% disseram que não confiam nunca. Enquanto que em segundo lugar aparecem as Forças Armadas, que possuem 19,2% de confiabilidade, contra 21,2% dos que não confiam de forma alguma. Nesse ranking, quem está na situação mais desacreditada são os partidos políticos, que têm rejeição de 73,4% dos entrevistados. No rastro das denúncias de corrupção, o índice de aprovação dos governantes e do Congresso Nacional está bastante abalado. Enquanto 56,2% dos entrevistados afirmaram não confiar nunca no poder executivo, a desconfiança dos parlamentares também ultrapassou a metade da população, 51,6%. Cenários que só não foram piores que o dos partidos políticos, que fornecem os quadros para ocupar esses cargos. A imprensa e a justiça, que têm papéis estratégicos no atual contexto de crise, também estão na berlinda da opinião pública. Apenas 13,2% afirmaram confiar nos veículos de comunicação. Um índice ainda mais baixo de confiabilidade plena foi conferido ao judiciário, com apenas 10,5%. Questionados sobre a corrupção, 37,1% dos entrevistados pela CNT/MDA afirmaram se tratar do principal problema a ser enfrentado pela sociedade brasileira. Outros 53,4% apontaram que se trata de um dos principais problemas do País. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. Os questionários foram aplicados no mês de julho.

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Recifenses correm na frente

Embora seja na cidade de Brasília onde há a maior proporção de profissionais adeptos da corrida (28%) no país, são os trabalhadores de Recife que saem na frente quando o assunto é a frequência desta atividade. Na capital pernambucana, 17% dos trabalhadores correm e, dentre eles, 33% praticam a corrida diariamente – a média mais alta do país – contra 30% dos brasilienses que seguem a mesma frequência. No Brasil, a média de trabalhadores que correm diariamente é de 15%. Os dados são da segunda edição da pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro, que ouviu mais de 3 mil entrevistados, em 12 capitais do país, em busca de informações sobre tendências de alimentação e prática de atividades físicas dos profissionais. A pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro ouviu 3.059 pessoas, sendo 53% homens e 47% mulheres, todas economicamente ativas, com uma idade média de 38 anos (intervalo observado: de 24 a 60 anos) e residentes em 12 capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Salvador, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Vitória e Belém – e outras 54 cidades que englobam a Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e o interior paulista. Desse grupo, 66% trabalham em regime CLT e 65% recebem algum tipo de benefício alimentação. Em relação à carga horária de trabalho, 41% trabalham de 6 a 8 horas por dia, 36% entre 8 e 10 horas diárias e apenas 7% fazem turnos de mais de 10 horas por dia. Sobre o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom A Alelo abraçou a bandeira da alimentação saudável para estimular a adoção de melhores hábitos alimentares pelos trabalhadores brasileiros. Criado em 2013, o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom auxilia as empresas-clientes da companhia a implementar ações de estímulo à alimentação saudável e prática de atividades físicas de seus profissionais. O programa contempla matrizes de conteúdos nutricionais, desenvolvidos com o apoio de especialistas, que mensalmente são compartilhadas com essas empresas. Além disso, o Movimento Alelo Comer Bem é Tudo de Bom oferece às companhias serviços e ferramentas de apoio, como a Máquina de Sucos Naturais, o Carrinho de Alimentos Saudáveis e a Vending Machine Saudável. Para entender com mais profundidade o trabalhador brasileiro, a Alelo desenvolveu a inédita Pesquisa Alelo Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro,. O levantamento, que em 2014 ouviu 2.131 profissionais, identificou que 72% dos entrevistados mudariam os costumes à mesa para se sentirem mais saudáveis. Além disso, 42% destas pessoas afirmaram que estão diminuindo o consumo de gordura. (Da assessoria de comunicação da Alelo)

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Belo Jardim: dos músicos e das cachoeiras

É pau, é pedra, é um resto de toco... Só não é o fim do caminho, como na música de Tom Jobim, mas a estrada “carroçável” leva para as Espalhadeiras, um belo horizonte na zona rural da cidade de Belo Jardim, a 12 km do Centro, indo pela PE-166. O lugar, um verdadeiro Éden, foi indicado pelo maestro Mozart Vieira, professor de música e criador da Orquestra Meninos de São Caetano, que vai ser nosso cicerone nesse passeio. Ele recomenda levar máquina fotográfica para registrar as belezas naturais que provocam exclamações em vários tons. As Espalhadeiras são corredeiras formadas por diversos riachos que convergem para determinado ponto e, de repente, dividem-se formando diversas piscinas, quedas d´água e bicas, para deleite do visitante. Um lugar perfeito para relaxar, curtir a natureza, ouvir o barulho da água batendo nas pedras. Ali, qualquer estresse vai embora. E, para completar, a pousada rústica de seu Irineu Chaves, com 15 leitos e cardápio regionalíssimo: arrumadinho, bisteca, peixe frito, de água doce, galinha de capoeira e cerveja gelada. Perfeito para um fim de semana, um dia no campo ou, ainda, para turismo ecológico a pé ou de moto, como curtem os mochileiros. São comuns os voos rasantes das borboletas. Com esse cenário, percebe-se porque Belo Jardim é preferido para o turismo aventura, trilhas, rapel, campeonatos de moto e jet ski nas barragens. O município é privilegiado em recursos naturais: as barragens Bitury, Piedade e Pedro Moura; as cachoeiras Tira Teima, Grutião, Bitury e a dos Caboclos, além dos rios Bitury e Tabocas. O maestro Mozart recomenda um pit stop no Distrito da Serra dos Ventos, com 10 mil habitantes, ruas largas e limpas, uma igrejinha secular, que fica de costas para as casas, mirando as serras. Nas proximidades está a Comedoria Serra dos Ventos e o restaurante Águas de Março, oferecendo comidas típicas: tilápia e xerém com galinha entre outras. Casarões do século 20, preservados, predominam. Num deles está o atelier da artista plástica Ana Veloso. Para os contemplativos existem dois mirantes: Robinho e Leônidas com, respectivamente, 1,5 mil e 1,7 mil metros de altitude, de onde se avistam as cidades de São Bento do Una, Lajedo, Cachoeirinha, São Caetano e Tacaimbó, todas no Agreste. Uma das características da serra é a alta produção de confecções, especialmente jeans, para o comércio da região. O vaivém das toyotas e vans se deve, também, a esse comércio. Indo, agora, em direção à cidade pela BR-232, são vistos bonecos gigantes de agricultores e duas cabeças de cangaceiros, como se estivessem dando boas-vindas ao turista. Por trás, vemos a loja de artesanato Tareco e Mariola. Trabalhos em madeira, palha, corda, barro, bordados etc., tudo feito por artesãos locais. Belo Jardim, a 180 km do Recife, no Agreste Setentrional, com 80 mil habitantes, é uma das cidades mais progressistas de Pernambuco com seu comércio e indústria, a exemplo das Baterias Moura, Palmeiron, Frango Natto e os biscoitos Tareco e Mariola, que fazem sucesso em todo interior do Estado. Belo Jardim ficou conhecida como a Terra dos Músicos, devido à vocação artística dos belo-jardinenses, sobretudo para as bandas de música. A Sociedade Cultural Filarmônica São Sebastião, por exemplo, foi fundada em 1887, antes do Brasil República. O maestro Mozart conta um episódio que ficou na história. Em 1963, as bandas rivais, Filarmônica e Cultura, disputavam para encerrar uma festa de rua e nenhuma parava de tocar na esperança que a concorrente cansasse primeiro. Ambas não quiserem recuar e tocaram durante 15 horas seguidas. A solução foi dada pelo juiz, juntamente com o delegado e o promotor: retiraram os músicos de cena um a um, até o último... Nessa cidade nasceram músicos famosos como o cantor Otto, que fez parte do movimento Mangue Beat. A tendência dos belo-jardinenses para a música vem desde o século 19, quando foram formadas as primeiras bandas na Vila de Nossa Senhora da Conceição, passando a tradição de pai para filho. O maestro Mozart, criador da Orquestra dos Meninos de São Caetano, e que já se organiza para realizar o mesmo trabalho em Belo Jardim, é um exemplo. MARCO ZERO. Em 1853, a cidade era uma fazenda de gado pertencente ao Distrito de Jurema que, por sua vez, fazia parte de Brejo da Madre de Deus. A fazenda cresceu e os moradores, movidos pelo sentimento religioso, construíram uma capelinha em louvor a Nossa Senhora do Bom Conselho. Periodicamente, um padre vinha celebrar missas e, numa das vezes, as flores plantadas ao redor de duas árvores, conhecidas como tambor, chamaram sua atenção. O padre exclamou: "Que belo jardim!", batizando, dessa forma, o lugar que antes era chamado Capim. A árvore tambor é nativa, típica das matas do Pará, Acre, Mato Grosso e Pernambuco. Frondosa e sem cheiro, cresce até 20 metros de altura, tem madeira leve e se presta bem à fabricação de brinquedos e canoas. É conhecida, também, como tamboril ou orelha de negro. Hoje, 162 anos depois, apenas uma das árvores ainda está de pé no meio da rua, protegida por um canteiro com jeito de praça. O bairro recebeu o nome de Tambor. Ou seja, essa árvore é o Marco Zero de Belo Jardim. FESTAS. Nosso cicerone destaca, também, o lado festivo e tradicional da cidade, a exemplo da Festa Marocas, inspirada na novela Redenção dos anos 70. Ela é realizada no mês de julho, na Rua Siqueira Campos. Ciranda, coco de roda, encontro de sanfoneiros, xaxado, e as catraias (homens vestidos de mulher), além de cantores famosos, fazem a alegria da festa que dura seis dias. Uma das características desse evento é reunir os conterrâneos que moram em outras cidades numa grande confraternização. A festa foi considerada patrimônio imaterial de Pernambuco pelo governo do Estado. São, ainda, tradicionais, as festas de São Sebastião, São João e Carnaval. A cidade oferece bons hotéis e restaurantes. Entre eles: Hotel Asa Branca, Accon, Jardim, Lux e Plaza, e os restaurantes: Sabor das Artes, Maria Comedoria, Cuba Libre, Boa Massa Pizzaria e Churrascaria Asa Branca. *Por Wanessa Campos

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Holding agita com o mercado publicitário

Holding nasce como o maior negócio de propaganda, comunicação e inovação do Norte e Nordeste, responsável por 300 milhões de reais em investimentos em comunicação Novembro de 2015 – Enquanto a crise está assustando algumas empresas, a Ampla e a Plano B, lideradas pelo publicitário Queiroz Filho, que uniu criatividade, inovação e veia empreendedora para criar o maior negócio da área de publicidade e comunicação do Norte e Nordeste. A holding Duca já nasce com as duas maiores agências de publicidade de Pernambuco – Ampla e BG9 –, além de negócios e parcerias na área de inovação e tecnologia. O grupo começa movimentando 300 milhões de reais em investimentos em comunicação e pretende dobrar esse número até 2020. “O nosso negócio forma-se a partir da união de talentos e marcas consagradas. Um grupo que terá não apenas a Ampla como empresa, mas também uma série de outras operações com foco em comunicação, tecnologia e inovação”, afirma Queiroz Filho, CEO do Grupo Duca. A ideia do novo negócio criado pelo publicitário é ganhar escala, unindo talentos para oferecer melhores serviços aos clientes, mas também fomentar o mercado local. “A Ampla, em seus quase 40 anos de história, liderou quase todas as grandes transformações do mercado local e foi pioneira na implantação de novas expertises e novas tecnologias. É uma agência, que além de crescer com seus próprios clientes, ajudou todo o mercado publicitário nordestino também a crescer”, diz Queiroz Filho. A novidade é a união entre a agência Gruponove, tradicional concorrente da Ampla, com a Plano B. Juntas, as agências passam a ser chamada de BG9. “Somamos a história da Gruponove que vem dividindo com a Ampla o espaço de agência mais premiada e respeitada do mercado pernambucano, com uma das mais jovens, criativas e bem-sucedidas agências atualmente, que é a Plano B”, afirma Queiroz Filho. Para a Gruponove, o novo negócio faz parte do processo de transformação de sucessão e renovação que a agência estava buscando. “Ninguém chega aos 42 anos de existência sólida gratuitamente. Sempre tivemos a capacidade de nos reinventarmos e sermos ousados. Agora, encontramos o casamento perfeito com essa união com a Plano B, juntando DNA criativo com qualidade de entrega, planejamento e reputação de imersão no cliente, características naturais às duas agências”, afirma Cecília Freitas, que irá dividir a presidência da BG9 com Toni Ferreira. Para Toni Ferreira, a criação da BG9, além de garantir uma maior visão de futuro, vai garantir também maior longevidade dos negócios. “Nos unimos a uma das mais respeitadas agências do mercado. Temos em comum valores éticos, que nos aproxima. Uma união que só vai somar, juntando os melhores profissionais do mercado, criamos um dream team”, diz Toni Ferreira. Parcerias para ampliar negócios No novo modelo de negócios do Grupo Duca, também faz parte a criação de parcerias estratégicas para inovar nos negócios para os clientes. A primeira empresa a trabalhar junto com o Duca será a Sodet, criada por Silvio Meira e Teco Sodré no Porto Digital. A Sodet é uma consultoria que propõe a conexão entre negócios, tecnologia e pessoas. A empresa conta com um time formado por profissionais de variadas áreas – Negócios, Tecnologia Social, Design Thinking, Redes Sociais, Empreendedorismo, Usabilidade e Visual Thinking. A Sodet é responsável por estruturar e desenvolver ambientes e plataformas digitais de algumas das marcas mais conhecidas do Brasil: como FIAT, Votorantim, Grupo SONAE Brasil, JEEP e Embraer. “A SODET tem muito prazer de se tornar um parceiro estratégico do Grupo Duca logo no seu lançamento. Fazemos parte da IKEWAI, um grupo de inovação e novos negócios, onde temos os mesmos genes do Grupo Duca. Os mercados Nordestino e do Espírito Santo ainda têm muito para crescer com novas oportunidades digitais criadas com esta parceria”, afirma Teco Sodré, CEO da SODET. “Hoje, estamos lançando um novo modelo de negócio que segue o que há de mais moderno e competitivo, não só no mercado de propaganda mundial, como é o caso de empresas como WPP, Omnicom, Publicis e Grupo ABC, mas também em outros segmentos, como INbev, BRfoods e o grupo JCPM. Um modelo que respeita a individualidade de cada empresa do grupo, inclusive, sendo estimulada a concorrência entre elas”, explica Queiroz Filho. Para o executivo, o novo modelo trará uma série de ganhos operacionais para os clientes e para o próprio mercado Publicitário, uma vez que a empresa continuará no papel de contribuir para o crescimento do setor em toda a Região. “Confiamos que a união das experiências de publicitários, designers e tecnologia poderemos criar novos negócios inovadores de crescimento empreendedor junto a grandes marcas dos nossos clientes”. Foco na inovação: DUCA Innovation Labs Outra novidade do Grupo Duca é o Duca Innovation Labs. A iniciativa tem o objetivo de criar, estudar e desenvolver novas tecnologias, novos formatos e colaborações para ajudar as marcas e empresas a fazerem novos e melhores negócios em seus mercados. “O Duca Innovation Labs será desafiado constantemente pelas empresas da holding e pelos clientes na busca constante de novas oportunidades de negócios, novos mercados e na construção de novas empresas e de estratégias colaborativas”, afirma Queiroz Filho. O Duca Innovation Labs tem a missão de trazer o futuro para o presente com iniciativas internas buscando talentos inovadores e empreendedores para a criação e lançamento de novos produtos e novos negócios,ao mesmo tempo em que desenvolve e opera redes de inovação e empreendedorismo com grandes empresas de tecnologia, startups e instituições de pesquisa. “Acreditamos na inovação como fonte de negócios e resultados para a operação dos nossos clientes”, diz Queiroz Filho. Sílvio Meira, um dos sócios e fundadores da SODET, ex-cientista Chefe do CESAR e atual sócio da IKEWAI, também atuará como conselheiro do Duca Innovation Labs. “A criação de um laboratório de inovação por um grupo empresarial em Recife é excelente para o mundo da inovação e do empreendedorismo. Estamos com bastante expectativa de capturar maiores e melhores problemas do mercado junto aos clientes do Grupo Duca para conseguir imprimir mais e melhores notas fiscais para eles”, afirma Silvio Meira. Grupo Duca:

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Valorizar o professor é essencial

Professor. Uma peça-chave para o funcionamento de qualquer escola que está cada vez mais escassa no Brasil. O assunto foi abordado no evento Pernambuco Desafiado - Educação promovido pela Algomais e pela TGI. Estudos mostram que já faltam no mercado docentes de disciplinas, como física e química. Para agravar esse cenário, poucos jovens sonham com a profissão. Apenas 2% dos candidatos à universidade consideram seguir o ofício do magistério, de acordo com estudo realizado pela Fundação Victor Civita (FVC) em parceria com a Fundação Carlos Chagas (FCC). Na avaliação dos especialistas, uma realidade a ser combatida para salvar o futuro da educação brasileira. As razões que afastam os jovens do magistério são várias. Em seu recém-lançado livro Educação brasileira: uma agenda inadiável, o professor Mozart Sales, diretor do Instituto Ayrton Senna, aponta algumas: baixos salários, baixa prioridade dos cursos de licenciatura nas universidades e condições de trabalho difíceis nas escolas. Mas, ele destaca um problema como mais grave: ausência de planos de carreira nas redes de ensino. “No Brasil os professores recebem em média 43% a menos que outros profissionais com a mesma titulação. No início da carreira essa diferença não é muito grande, apenas 11%. O que fica constatado que com o passar do tempo esse profissional fica para trás. Mais urgente que discutir remuneração é repensar um plano de carreira”, defende. O resultado dessa falta de perspectivas profissionais é que o País acumulou um déficit de 250 mil professores nos últimos 20 anos, principalmente em disciplinas como matemática, física e química, segundo dados do Inep. Sem essa mão de obra, o jeitinho brasileiro improvisa professores de uma matéria para cobrir outras nas quais não têm formação. Seis a cada 10 aulas de física das escolas brasileiras são ministradas por docentes que não são formados na disciplina, nem de áreas correlatas. Um dos aspectos da valorização desses profissional está na formação. João Batista Oliveira, doutor em pesquisa em educação e palestrante convidado no evento Pernambuco Desafiado, aponta duas características do docente que interferem no aprendizado. “O professor eficaz domina bem o conteúdo que ensina e também metodologias e técnicas mais efetivas para ensinar. Nos países com melhor desempenho no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) a profissão é prestigiada e os professores normalmente são recrutados entre os jovens mais talentosos”. Em seu livro, Repensando a educação brasileira, ele defende estabelecer padrões elevados para atrair os jovens talentosos. Além de também discutir a questão de rever os planos de carreira, o especialista discorre sobre a urgência de criar políticas adequadas de formação. Para Neves "oxigenar os cursos de licenciatura" - que são na maioria das universidades "o patinho feio" - seria uma forma de qualificar a formação. Aproximar a academia dos docentes que estão nas redes de ensino – que trariam “cheiro de escola” - e a maior presença de professores visitantes nesses cursos poderiam dinamizar o ambiente universitário. Ele defende ainda uma reformulação dos currículos das licenciaturas e uma valorização do futuro aluno desses cursos já no ensino médio, onde poderia ser acompanhado e começar a desenvolver trabalhos de pesquisa e de iniciação à docência. Ao lado da estruturação do plano de carreira e da formação acadêmica, uma unanimidade entre os especialistas é sobre a revisão do status profissional. Enquanto a imagem do professor não for reconstruída, o desinteresse dos jovens pela docência tende a continuar. (Por Rafael Dantas)

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A hora de vender os destinos de PE

Com a alta do dólar, um dos setores que ganha força – mesmo em meio à crise – é o do turismo. O câmbio desfavorável para viajar ao exterior faz com que os brasileiros voltem os olhos com mais carinho para os destinos nacionais. E os pernambucanos para o interior do Estado. Além desse público interno, a desvalorização do real torna as cidades turísticas brasileiras atrativas para os gringos. E nessa disputa pela clientela, Pernambuco está bem posicionado. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, 73,2% dos brasileiros preferem conhecer uma cidade no Brasil, sendo que 45,1% deles escolheriam ir para o Nordeste. Outro estudo, encomendado pelo site Viajanet, apontou o Recife como o destino nacional mais desejado pelos paulistas na hora de decidir viajar. Apenas Nova York e Miami tiveram índices maiores de interesse por parte dos viajantes do Estado mais populoso do País. O site Hotel Urbano também registrou no primeiro semestre do ano um aumento de viajantes para Pernambuco de 45%, a maioria interessada em Porto de Galinhas, seguido pela capital e por Fernando de Noronha. Frente às restrições financeiras, além de optar pelos destinos nacionais, os brasileiros têm feito ajustes, como reduzir a quantidade de dias de viagem e escolher opções menos onerosas de lazer. Essa é a avaliação da diretora da agência Pontes Tur, Kathia Pontes. “As viagens ao exterior diminuíram muito. Muitos brasileiros que planejavam passar o reveillón em Buenos Aires, por exemplo, hoje querem vir para Pernambuco. Avaliamos que nossos destinos se tornaram mais conhecidos e divulgados após a Copa do Mundo”, destacou. O arquipélago pernambucano segue como favorito dos estrangeiros que vêm para o Estado. Para o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, além da questão do câmbio, que favorece todos os destinos nacionais, há um cenário favorável para o Estado que foi construído nos últimos anos. Ele aponta que a política de incentivo a novos voos para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, através da redução do ICMS sobre o querosene da aviação, surtiu efeitos. “Isso incrementou a quantidade de voos para Pernambuco. Outras rotas ainda virão como fruto desse benefício fiscal”. Carreras mencionou rotas como um novo voo para São Luiz, através da Gol; e voos da Azul para Aracaju e para o interior do Ceará, que são destinos emissores. De olho no interesse do turista oriundo de São Paulo para os destinos pernambucanos, o secretário comemora também parcerias com essas companhias em voo charter desse que é o principal emissor de viajantes para o Estado. Os voos internacionais também sinalizam o bom momento para o turismo no País. A rota Recife-Buenos Aires tem alcançado uma ocupação média de 90%, sendo 80% de argentinos. Há uma movimentação do Governo do Estado junto a Tam e as operadoras de turismo para conseguir outra frequência semanal para a capital argentina. Uma conquista mais recente, lembrada por Carreras, é o voo para o Cabo Verde, que possui conexões para Amsterdã, Paris e Lisboa. Além das articulações com as companhias aéreas, o Estado terá um investimento em publicidade nos principais destinos emissores de turistas do exterior para o Brasil. As ações serão em outdoor, revistas e mídias digitais em cinco países: Itália, Espanha, Alemanha, França e Portugal. Essa ação será realizada em parceria com a agência que desenvolve as peças da TAP, com um investimento previsto de 200 mil euros. Os recursos são provenientes de uma promessa de auxilio do Governo Federal aos Estados do Nordeste para essa finalidade. Se as conexões aéreas estão em alta, a falta de opções de cruzeiros é um fator que tem feito o Estado perder turistas. De acordo com Kathia Pontes, esse é um dos mercados que mais tem crescido nesse período de crise. “Temos vendido muitos pacotes para cruzeiros marítimos nacionais. A maioria deles segue de Santos para o Rio de Janeiro. O turista percebeu que o cruzeiro tem um custo benefício muito bom”, afirmou. Os preços desse tipo de viagem são reduzidos pelo fato de as refeições já estarem incluídas, assim como a maior parte das atividades disponibilizadas aos hóspedes. As empresas estão trabalhando também com o dólar congelado. VITRINE. Se Fernando de Noronha e Porto de Galinhas despontam como os destinos naturais com maior apelo do Estado, os gestores do turismo local comemoram o novo posicionamento do Recife e da RMR como produto turístico. “Sempre buscamos divulgar os destinos indutores. O Recife deixou de ser apresentado apenas turismo de sol e mar. A cidade mudou e temos trabalhado na divulgação do lazer, com o projeto Recife Antigo de Coração, além de fazer um trabalho articulado sugerindo passeios nos municípios da região metropolitana. Temos visto esse momento de crise como oportunidade e para aproveitá-lo vamos fazer uma campanha abordando toda a diversidade e riqueza do Estado”, ressalta Ana Paula Vilaça, presidente da Empetur. Entre os equipamentos que ganharam notoriedade na cidade nos últimos anos estão os museus, com o Cais do Sertão e o Paço do Frevo. Essa articulação junto aos municípios vizinhos foi costurada há pouco menos de um ano através do Pacto Metropolitano do Turismo. “O resultado desse esforço é que trabalhamos hoje a venda casada da RMR. Vendemos um produto mais completo, oferecendo história, cultura, gastronomia, além do sol e mar. Preparamos roteiros integrados que começam no Recife e vão até Itamaracá. Um dos objetivos dessas ações é conseguir não apenas trazer mais turistas, como convencê-los a permanecer mais tempo aqui”, explica o secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões. De acordo com o secretário, a permanência média do turista no Estado é de 7 a 8 dias, se estendendo um pouco mais no período de Carnaval. Ele comemora o crescimento médio anual de 6% de turistas vindos à capital pernambucana nos últimos anos. RURAL. Ancorados no turista pernambucano, os hotéis e pousadas que atuam no segmento do turismo ecológico e rural também despontam num cenário favorável. Enquanto o viajante internacional tem apostado em destinos no Brasil, há uma tendência de aumentar a prática do turismo regional. “O setor tem uma perspectiva

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