Rafael Dantas, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 434 de 435

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Templo da música regional

Esses tempos pós-modernos têm provocado situações inusitadas. Se por um lado transforma videolocadoras, aparelhos de fax e máquinas de escrever em peças de museu, por outro, faz surgir os estilos vintage e retrô, inspirados nostalgicamente no passado. Fábio Cabral de Melo, dono da loja Passa Disco, percebeu a contradição dessa “sociedade líquida” e soube tirar proveito: quando todos decretavam a morte do CD e vida longa às ferramentas virtuais para ouvir música, ele inaugurou uma loja física para vender discos. “Isso foi em 2003”, conta Fábio. Tudo começou quando o cantor e compositor Silvério Pessoa o chamou para uma coletiva de imprensa do seu disco Micróbio do Frevo. “Saí de lá contaminado”, brinca. “Percebi que havia muita gente no Recife lançando CDs, com trabalhos bacanas, mas não existiam lugares para comercializar essa produção”, relembra. Começou então a entrar em contato com vários artistas que já conhecia graças ao bar Rei do Cangaço que abriu em meados dos anos 90, atividade que dividia com a de jardinagem (embora estivesse sempre ligado à cena musical da cidade, ele na verdade é agrônomo). Sete meses após a coletiva, Fábio abandonou os cuidados com as plantas, comprou o ponto numa galeria no bairro do Parnamirim e abriu a Passa Disco. A loja se tornou ao longo desses 12 anos de existência numa espécie de templo da música pernambucana. Quem entra na Passa Disco, logo sente que está num local diferente. O ambiente pequeno é decorado de forma criativa que instiga o cliente. O clima retrô fica por conta de rádios e máquinas fotográficas antigas e o regionalismo está presente em imagens de santos, como o Padre Cícero e o artesanato de barro. Tem até um boneco do próprio Fábio. Mas a grande atração são as paredes repletas de mensagens de artistas, clientes e amigos como o escritor Ariano Suassuna, o agitador cultural Roger de Renor, o artista plástico José Cláudio, além de muitos músicos e cantores. A loja é especializada em discos de música regional e aqui entenda-se todas as variantes musicais do Nordeste, especialmente de Pernambuco, que vai do baião de Gonzaga e Jackson do Pandeiro, passando pela MPB de Zé Manoel, até o rock psicodélico do Ave Sangria e as misturas rítmicas de Chico Science e Nação Zumbi. A diversidade visa atender o ecletismo do seu consumidor que abrange pessoas de 17 a 60 anos. E, sem perder viés pós-moderno, Fábio também está de olho na onda vintage, por isso, além de vender os saudosos LPs, promove ainda a Feira do Vinil, durante três a quatro sábados por ano. “Muitos colecionadores participam e o público é em sua maioria jovens. O curioso é que os pais deles não têm mais a cultura de comprar vinis”, salienta. Pois é: mais uma contradição da tal pos-modernidade. No entanto, o próprio Fábio mantém um pé na tradição e outro nas facilidades proporcionadas pelo mundo digital. Por isso também comercializa os produtos por meio da loja virtual no site www.passadisco.com.br. Não é apenas a venda de CD que faz o sucesso da loja. O local também ficou conhecido pelos lançamentos de discos e DVDs de artistas nordestinos, como Elba Ramalho, Dominguinhos, Maciel Melo entre muitos outros. São eventos que atraem um público médio de 80 a 100 pessoas que se espalham pelo pátio da galeria onde está a loja.E tem mais. Com o intuito de incentivar a música pernambucana Fábio criou o selo Passa Disco, que já lançou 8 CDs. “É também mais uma forma de divulgar a loja, porque nos lançamentos dos discos sempre são publicadas matérias na imprensa”, justifica. ACADEMIA. A loja é também a sede da Academia Passa Disco de Música Nordestina. Essa é outra ideia criativa de Fábio, originada quando ele quis homenagear o amigo, médico, compositor e fotógrafo Paulo Carvalho. “Desde quando comecei a vender os CDs ele me incentivou. Aí pensei que homenageá-lo com uma placa seria algo careta, então decidi fazer a academia”, conta. Em vez de tomar o chá da tarde, como na Academia Brasileira de Letras, os “imortais” da Passa Disco ganham um quadro em forma de vinil que fica exposto na loja. Nele constam o nome do homenageado e da personalidade que escolheu como patrono. Paulo Carvalho, por exemplo, escolheu Jackson do Pandeiro, e Santanna optou por Accioly Neto. “Os homenageados não precisam ser necessariamente da área musical – como é o caso de Ana Rios, que é designer, e Zelito Nunes, escritor – mas o patrono tem que ser um músico do Nordeste”, determina Fábio, que no entanto, concedeu uma exceção a Anselmo Alves que escolheu o famoso cangaceiro Lampião. Imortal da Passa Disco, Maciel Melo, aprovou a ideia da academia. “É bacana, mais um incentivo d e Fábio que sempre afaga o ego dos artistas”, elogia o cantor e compositor que já fez lançamentos na loja e destaca o papel que o local que representa em Pernambuco. “É uma das poucas lojas físicas onde se pode comprar um CD e Fábio zela muito pela qualidade do que vende. Além disso, ele mesmo atende as pessoas. É algo, digamos, mais artesanal”. Na verdade Fábio prefere ser do “bloco do eu sozinho”, isto é, não tem funcionários. “Assim posso oferecer um atendimento personalizado para quem vem comprar”, justifica. O volume de lançamentos de CDs no mercado fonográfico pernambucano mostra que a Passa Disco tem vida longa. No ano passado foram lançados 220, desempenho que deve ser ultrapassado este ano, mesmo com toda a crise, pois de janeiro a agosto já houve 166 lançamentos.Apesar desses números, Fábio, precavido, afirma que o futuro é incerto. Mas, se tudo que é sólido desmancha no ar, ele no entanto não teme as transformações e investe mais uma vez nas alternativas vintage “Se deixarem de fabricar CD, transformo a Passa Disco num sebo”, soluciona. (Por Cláudia Santos)

Templo da música regional Read More »

Vox promove empreendedorismo social

A Conferência Vox 2015, que é o maior evento sobre empreendedorismo social do Nordeste, acontecerá no dia 14 de novembro, no Recife. Com o objetivo de inspirar a sociedade a compartilhar e desenvolver práticas do bem, o congresso que está sendo realizado pela ONG Novo Jeito e pelo grupo Padrão Carvalheira, espera receber 800 pessoas. A grande expectativa dessa edição é para a vinda do senador Cristóvão Buarque, um dos principais nomes do País na defesa da educação. O evento receberá também o pastor Sérgio Queiroz, fundador do projeto Cidade Viva, de João Pessoa. Oito profissionais voltados para as áreas de voluntariado, direitos humanos, esportes, cultura, corporativa, espiritual, tecnologia e inclusão social vão dividir experiências e mostrar como suas iniciativas em cada área de atuação tem contribuído com um mundo melhor. Entre os palestrantes estarão o CEO da multinacional finlandesa Wärtsilä Brasil, Robson Campos; a cineasta pernambucana Maria Clara; e o deputador estadual de São Paulo, Carlos Bezerra Júnior. O público é formado por pessoas de todas as idades, mas, principalmente, jovens adultos, de 25 a 35 anos. No local do evento também haverá demonstração de atividades de ONGs locais e alimentação, para que o participante tenha toda a estrutura necessária para permanecer no evento das 9h às 19h. A ideia é compartilhar experiências para inspirar novos projetos. “Teremos aqui pessoas de idades diferentes, áreas de atuação diferentes e classes sociais diferentes, mas com as mesmas perspectivas: mudar o mundo com as ferramentas que tem nas mãos. As experiências que veremos aqui podem ser adaptadas e transformadas a muitas outras realidades para levar esperança a novas pessoas. Nosso objetivo é criar uma onda do bem”, afirma Fábio Silva, idealizador da ONG Novo Jeito.

Vox promove empreendedorismo social Read More »

Sefarditas com direito à cidadania europeia

Em outubro, começou a valer uma lei que permite aos descendentes de judeus sefarditas espalhados pelo mundo adquirir a nacionalidade espanhola. A medida, que já havia sido adotada pelo governo de Portugal, significa uma reparação histórica pela expulsão dessa comunidade no século 15. Uma resolução que afeta inclusive a população de Pernambuco, afinal, a memória do Estado se confunde com a dos judeus. Com uma poderosa economia açucareira no período colonial, a Terra dos Altos Coqueiros foi destino de milhares desses cristãos-novos que precisavam escapar da Inquisição na Península Ibérica. Tal relação é hoje “denunciada” pela vasta quantidade, aqui encontrada, de sobrenomes originários de plantas e animais, supostamente adotados para disfarçar a descendência judaica. É bem verdade que não faltam Pereiras, Oliveiras e Coelhos em solo pernambucano. Os nomes de família são justamente o ponto de partida para conseguir a dupla cidadania, no entanto, não são via de prova exclusiva da descendência sefardita. Antes mesmo da aprovação das leis, uma lista com mais de 5 mil sobrenomes (incluindo os já citados) que dariam direito ao benefício começou a circular. Mas, de acordo com a embaixada espanhola no Brasil, essa listagem é falsa. Não sendo, então, um item obrigatório. Para conceder a nacionalidade, cada um dos países que aderiu à regra tem suas próprias exigências (veja quadro), todavia, um item é básico: um certificado emitido pela comunidade judaica que comprove os laços consanguíneos com os cristãos-novos. Alguns dos marranos, como também são denominados, já têm os documentos que os legitimam como tal. No entanto, ao longo dos anos, muitos perderam o contato com a cultura judaica e nem sequer sabem de sua ancestralidade. A alternativa para os que desconfiam de sua origem é fazer uma investigação genealógica dos seus antepassados. Em Pernambuco, o estudo pode ser realizado pelo Arquivo Judaico. Segundo a coordenadora científica da instituição, Tânia Kaufman, algumas informações sobre os pais, avós e bisavós são fundamentais para iniciar a pesquisa. Contudo, ela enfatiza que o trabalho não é simples, pois o material de busca é escasso. “Até pouco tempo, nem todos conheciam a existência da comunidade sefardita no século 17, muito menos, sabiam do eixo de ligação entre aquela congregação e a atual comunidade formada no século 20 pelos judeus de origem ashkenazita, que vieram da Europa Ocidental e Oriental.” Mais minucioso do que o governo português, o Ministério da Justiça espanhol solicita, além do certificado, a realização de testes. “Entre os diversos requisitos exigidos, um deles é a comprovação da vinculação especial com a Espanha, o que exigirá a superação de duas provas”, esclarece o diretor do Instituto Cervantes do Recife, Isidoro Castellanos Vega, responsável pela aplicação das provas. Na primeira etapa, o candidato precisa comprovar o conhecimento básico do idioma. A segunda avaliação, por sua vez, contém questões sobre a Constituição e cultura espanhola. Já com a resolução em vigor, Portugal recebeu cerca de 900 solicitações de cidadania. No vice-consulado no Recife, entretanto, apenas três pessoas buscaram se informar sobre como ocorre o processo, sem que nenhuma delas tenha entrado com o pedido. Um dado que vai de encontro aos laços históricos dos judeus sefarditas com o Estado. “Como a lei é recente, é provável que muita gente ainda não saiba”, acredita o vice-cônsul Adriano José da Fonte Moutinho. A nacionalidade portuguesa, aos sefarditas, é concedida por naturalização. Logo, o requerente só poderá transmitir a cidadania aos filhos nascidos após a data de deferimento. De acordo com Moutinho, encaminhado ao Conservatório dos Registros Centrais em Lisboa, o processo dem ra, em média, seis meses para ser concluído. Para ele, a medida representa o pagamento de uma dívida que Portugal tinha com os judeus. “Eles tiveram que sair por causa da perseguição religiosa. Então, eu acho que não se fez mais do que justiça.” Também chamados de sefaradim, os sefarditas têm sua nomenclatura originária de uma palavra em hebraico que se refere aqueles oriundos da Península Ibérica. Perseguidos pela Inquisição em 1492, os judeus foram expulsos pelo governo Espanhol e boa parte deles migrou para Portugal. Mas a estadia no país não durou muito tempo. Cumprindo uma cláusula de seu casamento com a princesa espanhola Maria de Aragão, o rei português D. Manuel I promulgou um novo Édito de Expulsão. Sem poder permanecer na região, cerca de 100 mil judeus se dispersaram pela Europa, Oriente Médio e África. É provável que os sefarditas tenham sido os primeiros judeus a pisar em solo brasileiro, chegando ainda na época do descobrimento. “Na esquadra de Pedro Álvares Cabral, grande parte era de cristãos-novos. Hoje, supõe-se, que a tripulação era selecionada entre aqueles que precisavam deixar Portugal”, afirma Kaufman. Essa mesma lógica foi seguida para ocupação da costa da, então, colônia lusa. Desse modo, com o objetivo proteger o litoral de possíveis invasões, a Coroa doava amplas faixas de terras para a implantação de engenhos. “Mas os nobres não tinham o interesse de vir para uma terra despovoada e desabitada. Então, Portugal fechava um pouco os olhos e deixava que os judeus partissem”, explica a coordenadora científica do Arquivo Judaico de Pernambuco. Na capitania hereditária instalada em Pernambuco, não foi diferente. Aliás, o seu primeiro donatário, Duarte Coelho, trouxe vários cristãos novos para desenvolver a indústria açucareira. Para se ter ideia da influência judaica, dos cinco principais engenhos que existiram em 1550, ao menos um, pertencia a judeus. Era o de Diogo Fernandes, casado com a lendária Branca Dias. Mas, um levantamento demográfico e genealógico dos engenhos no Estado realizado pelo Núcleo de Pesquisa do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco, aponta que o número de propriedades dedicadas ao cultivo da cana é ainda maior do que se imaginava. Apesar dos diversos indícios que apontam para a presença dos sefarditas no Estado, não é possível precisar quantitativamente. “O que se pode inferir é que foi tão forte que os costumes deles atravessaram os séculos e aparecem até hoje”, coloca Kaufman. A tradição de acender velas na segunda e sexta-feira é um desses vestígios. “Assim, era possível disfarçar o acendimento da vela na

Sefarditas com direito à cidadania europeia Read More »

Os Arrais se apresentam no Recife

Os Arrais trazem para o Recife neste sábado (31/10) a turné "As Paisagens Conhecidas". A Ponte (na Rua Cais do Apolo, Recife) será o local escolhido para a apresentação, que começa às 18h. Hoje (30/10), a dupla fará uma tarde de autógrafos na livraria Luz e Vida, do Centro do Recife. Os Arrais é o nome dado pelo irmãos Tiago e André Arrais para o seu trabalho musical. Arrais no dicionário da língua portuguesa significa “condutores de embarcações pequenas.” E de fato, esta é a conotação que mais se encaixa com o trabalho e a visão dos irmãos. Esse é o terceiro álbum de Os Arrais, sendo o segundo distribuído pela Sony Music. O site da dupla disponibiliza o EP para ser comprado através do link: http://www.osarrais.net/#!em-branco/c1exf Para a apresentação no Recife, os ingressos custam R$ 30 pelo site: http://www.gorockbee.com/os-arrais---recife        

Os Arrais se apresentam no Recife Read More »

Paulista North Way inaugura nesta sexta (30)

O Paulista North Way Shopping inicia suas operações nesta sexta-feira (30/10). O empreendimento, com investimento da ordem de R$ 600 milhões, contará, na sua primeira etapa, com 11 lojas âncoras, sete megalojas, 121 satélites, 24 de alimentação, nove salas de cinema, 1500 vagas de estacionamento e uma faculdade, distribuídos em 35 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), gerando cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos. Amanhã serão inauguradas 50 lojas. Apesar da crise que afeta a economia brasileira, 85% das lojas já foram contratadas, e a expectativa de público no dia da inauguração é de 50 mil consumidores. O Shopping chega para suprir uma demanda de aproximadamente 700 mil pessoas num raio de até 15 minutos da sua localização e tem como um dos principais diferenciais trazer marcas inéditas para a cidade. É o caso de algumas âncoras - Riachuelo, Le Biscuit, C&A - e de lojas de alimentação - Bob’s, Burguer King, Giraffas, Donatário, Bonaparte e Pizzaria Atlântico. A área de games do centro de compras também já tem dono. O grupo Parks & Games será o locatário de quase 1000m². O grupo tem 29 lojas em todo o país equipadas com atrações de última geração e uma média de 1,5 milhão de visitantes por ano. “Além disso, trata-se de um dos shoppings mais modernos do país cujas lojas estão apostando seus projetos mais novos”, explicou Marco Motta, superintendente do Paulista North Way Shopping. A expectativa é de trinta mil visitantes por dia, chegando a quarenta mil nos finais de semana. “O perfil do nosso público é B e C que buscava por um lugar que concentrasse serviços com conforto, sem precisar fazer grandes deslocamentos”, completou. “Estamos numa localização privilegiada. Um local de passagem para um importante polo automotivo e no centro de uma área em grande expansão urbana e econômica. O shopping vem como motor desse desenvolvimento”, avaliou Avelar Loureiro Filho, diretor da ACLF Empreendimentos, empreendedora do shopping. “Temos toda infraestrutura necessária prevista desde a elaboração do plano diretor da cidade. Transporte público na porta, vias de acesso, entre outras coisas. Só faltava mesmo um local que agrupasse serviços, comércio e lazer de qualidade”, explicou. O Shopping já realizou uma primeira expansão para integrar uma nova unidade da Faculdade Joaquim Nabuco, com capacidade para receber 3 mil alunos, ampliando, assim, a área Bruta locável do empreendimento em 5 mil m², passando para 35 mil metros. O projeto do shopping sinaliza para três novas ampliações para o futuro. Além do mall, a ACLF já iniciou obras para construção de um empresarial moderno, ao lado do North Way, além de torres residenciais. PATRIMÔNIO HISTÓRICO – O Paulista North Way Shopping tomou como símbolo as chaminés das antigas fábricas Arthur e Aurora e acrescentou fumaça simbolizando o ressurgimento do desenvolvimento na região. Além disso, recuperou integralmente a chaminé da Fábrica Arthur, o cruzeiro e o antigo prédio administrativo, patrimônio histórico e cultural do povo pernambucano tombado pelo conselho estadual de cultura.

Paulista North Way inaugura nesta sexta (30) Read More »

Novos horizontes para o setor elétrico

Os problemas na gestão do setor elétrico ficaram expostos quando a conta de luz atingiu o bolso do consumidor. De acordo com números do IBGE, o custo da energia foi o grande vilão da inflação no ano. Até junho, a elevação foi de 58,47% em 12 meses. Uma conjuntura, segundo especialistas, fruto de um planejamento equivocado do setor energético por parte do governo, e agravado pela escassez de chuvas dos últimos anos. Se o retrato de 2015 é caótico, o horizonte traz alternativas para todas as fontes energéticas. A dúvida dos analistas é se as decisões políticas vão caminhar para a direção correta. O uso da energia térmica a partir do óleo diesel, feito de forma complementar às fontes hidreléticas desde 2012, sujou a matriz energética brasileira e foi o pivô do aumento das tarifas, na opinião do engenheiro Luiz Otávio Koblitz. “O Brasil foi muito falho nos últimos 10 anos em relação ao planejamento. Foram compradas muitas usinas a diesel, que ao entrarem em funcionamento, aumentaram substancialmente os custos. Como não se previu que no dia que se precisasse delas, elas custariam até seis vezes o preço normal? O diesel é uma fonte emergencial, para funcionar 2% ou 1% do ano. É rápido para instalar e o motor diesel é barato, mas na hora que funciona você pega uma forca e se enforca. Confundiram um projeto complementar com um emergencial”, critica. O lamento dos analistas se dá principalmente pelo fato de o País dispor de grande potencial na geração solar, eólica, além da biomassa e das florestas energéticas. Há espaço também para novos investimentos em hidroelétricas. Para mudar esse quadro, o Governo Federal encontrou um caminho que também não é consenso entre os especialistas, devido aos custos dessa operação: o investir em usinas a gás natural. A alternativa imediata para colocar essas usinas para funcionar seria através da importação do gás, transportado para o Brasil através da tecnologia de liquefação (transformação do gás natural em líquido). Em Pernambuco, será instalada uma usina a gás em Suape, o UTE Novo Tempo, fruto de um investimento de R$ 3 bilhões da empresa Bolognesi. A termelétrica terá capacidade de produção de 1,2 mil MW de energia prevista em contrato para 2019. A maior usina do País com essa matriz será instalada em Aracaju, pela empresa pernambucana EBrasil. A Usina Porto de Sergipe I terá investimento de R$ 3,3 bilhões e capacidade de produção de 1,5 mil MW, com previsão de inauguração em 2020. Para o ex-presidente da Chesf e ex-secretário de recursos hídricos de Pernambuco, João Bosco, a tecnologia usada nas usinas a gás já é competitiva. No entanto, ele aposta em uma maior diversificação na matriz energética brasileira, com o uso de fontes renováveis. “Daqui para frente vai se continuar buscando as hidroelétricas, mas cientes de que o tempo para sua implantação ficou maior, devido às licenças ambientais. A energia eólica, que hoje representa 5% da nossa matriz energética, pode chegar a 15% até 2020. A energia solar ocupará um espaço significativo também nesse cenário futuro, tendo como grande vantagem a velocidade da sua instalação”, aponta. Apesar de representar 65% da matriz energética brasileira, as hidroelétricas ainda têm terreno para crescer na opinião dos especialistas. Por ser a alternativa que gera a energia mais barata no sistema, essa fonte não deixou de ser prioridade do Governo Federal, no entanto, a aprovação e instalação de novos parques hidroelétricos demoraram mais do que previram os responsáveis pelo planejamento do setor. O investimento em pequenas centrais hidroelétricas (PCHs), apesar de não possuírem a mesma competitividade das grandes usinas, também devem ganhar novos investimentos nos próximos anos. A geração de energia eólica tem se expandido com vigor no Nordeste, com intensidade maior no Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia. Em meio à crise hídrica da região, essa fonte praticamente empatou com as hidrelétricas no Nordeste, segundo o último relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Entre 2013 e 2014, a capacidade de geração eólica cresceu em 122,2%. Mais duas alternativas relacionadas à biomassa compõem esse cenário de geração de energia. Para Luiz Otávio Koblitz, o investimento em florestas energéticas (plantadas para gerar energia através da queima da madeira, com o objetivo de evitar a pressão do desmatamento sobre as florestas naturais) seria uma saída competitiva para reestruturar o sistema elétrico brasileiro. “Se quisermos apenas complementar a geração de energia hidroelétrica e nos resolvermos até 2040, precisaríamos plantar apenas 1,5% das terras agricultáveis do País. Isso daria aproximadamente 30% da nossa matriz energética. Esse seria o grande plano para transformar a geração a partir de biomassa de uma fonte complementar para uma alternativa estruturante”, sugere. Atualmente, a geração a partir de biomassa se dá em grande quantidade a partir do bagaço da cana-de-açúcar, resíduos de madeira ou mesmo de materiais como casca de arroz, de castanha de caju e até de dendê. Independente de aproveitá-los ou não, esse potencial de energia existe e nem sempre é utilizado. Koblitz menciona, por exemplo, que se usa apenas 25% do potencial de geração a partir do bagado da cana-de-açúcar. A plantação de florestas com a finalidade de gerar energia, no entanto, demanda de uma decisão do planejamento do setor elétrico brasileiro. “Hoje existem florestas energéticas na Bahia e Minas Gerais, criadas no passado para produção de ferro gusa. A topografia é um problema menor para essas florestas, que poderiam ser plantadas, por exemplo, na Zona da Mata, onde a cultura da cana está perdendo a força, mas poderia ir também para o Agreste e até alguns locais do Sertão, valorizando terras que hoje não têm absolutamente nada”, avalia Koblitz. Além das florestas energéticas, uma alternativa não explorada no País, mas sugerida por João Bosco é o uso de usinas de resíduos sólidos com queima de lixo. “Essa geração tem um potencial não tão residual. Seria uma alternativa complementar e que resolveria o problema do descarte de lixo, que hoje fica nos lixões ou aterros. Só o Recife, poderia colocar uma planta de 30 megawatts. Não é um potencial desprezível”, sugere. “Os Estados Unidos queimam atualmente

Novos horizontes para o setor elétrico Read More »

Um Jardim Botânico na cidade

Plantas conhecidas da população, como coqueiro e bananeira, vieram do exterior e foram transplantas em terras olindenses Em Olinda, desde os primeiros anos da colonização, os jardins das ordens religiosas serviram para aclimatação de vegetais exóticos, transplantados para o Brasil, do Oriente, da África e da própria Europa. Depois de devidamente adaptados, esses vegetais exóticos, cultivados inicialmente pelos padres jesuítas e frades franciscanos, vieram a dar um novo colorido à paisagem brasileira, a exemplo do coqueiro, da bananeira, da cana-de-açúcar e de tantas outras espécies, que passaram a confundir-se com a própria flora nativa. Mangueiras, coqueiros,/cajueiros em flor,/cajueiros com frutos/já bons de chupar …/Mangabas maduras,/mamões amarelos,/mamões amarelos/que amostram, molengos,/as mamas macias/pra gente mamar... É o colorido da flora pernambucana, nos versos do poeta Ascenso Ferreira, in Trem de Alagoas, onde se misturam vegetais nativos (mangabas e cajus) com o exotismo das espécies aqui aclimatadas (mangas e mamões). O coqueiro (Cocos nucifera), incluído pelo poeta Oscar Brandão no Hino de Pernambuco – "Salve ó terra dos altos coqueiros!" –, é originário do Sudeste Asiático ou das ilhas polinésias. A sua cultura já se encontrava bastante desenvolvida em Pernambuco, no século 16, segundo demonstram as cartas jesuíticas de José de Anchieta e Simão de Vasconcelos ao descreverem os "formosos coqueirais de Olinda” como possuidores de uma amenidade singular. Na primeira metade do século 17 essa monocotiledônea já se encontrava tão disseminada que o conde João Maurício de Nassau, quando da construção de sua Mauritiopolis, chegou a transplantar 700 coqueiros adultos para seu jardim. Segundo depoimentos do Frei Manuel Calado e de George Marcgrave, bem como do relato de Gaspar van Baerle (1584-1648), algumas dessas árvores possuíam caules que alcançavam 50 pés (15,24 metros), sendo transportadas de uma “distância de três ou quatro milhas, em carros de quatro rodas... Já eram septuagenárias e octogenárias e por isso diminuíram a fé do antigo provérbio: árvores velhas não são de mudar". A partir da segunda metade do século 17, começaram a ser introduzidos em larga escala no Brasil alguns vegetais exóticos transplantados do Oriente. É conhecida a ordem Régia de 1677 determinando ao Vice-Rei da Índia a remessa para o Brasil de plantas, estacas e sementes, de canela, cravo, pimenta, noz-moscada e gengibre dados ao conhecimento ao governador de Pernambuco, Aires de Souza Castro, em 1678. Com esses vegetais vieram mangueiras e jaqueiras, em 1682, seguindo-se de outras plantas hoje integradas à nossa paisagem. Em 1797 e 1798, o Conde de Linhares, D. Rodrigo de Souza Coutinho, ministro português, se empenhava na introdução de novos vegetais, que contribuíssem para o desenvolvimento da agricultura, recomendando estabelecer, com a menor despesa possível, um Jardim Botânico em Olinda, onde se cultivassem plantas "assim indígenas como exóticas", segundo informação de José Antônio Gonsalves de Mello. Entretanto, somente em 1811 viria esse Jardim Botânico a ser estabelecido em Olinda, no antigo Jardim dos Padres da Companhia de Jesus (século 16). Naquele ano foram para aqui transplantadas uma grande quantidade de vegetais recolhidos da Guiana Francesa, quando da ocupação pelo governo português em represália à invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão. Do jardim daquela possessão, chamada de "La Gabrielle", veio para Pernambuco e foram plantadas no Horto Del Rei, hoje conhecido como Sítio do Manguinho, variedades de plantas, algumas já aqui existentes, como a caneleira, a pimenteira, o girofleiro, e outras desconhecidas, como a fruta-pão, a caramboleira, o sapotizeiro, a pinheira, a groselheira da Índia, a nogueira de Bancour, a cássia amarga, a jalapa. O Jardim Botânico de Olinda teve importante papel na divulgação desses vegetais e de outros que nele foram sendo introduzidos desde 1811, quando de sua fundação. Em 1817, o viajante francês Louis François de Tollenare viu ali muitas mudas de cacau e cana-de-açúcar de Caiena (ou caiana, como veio a ser conhecida). Sem referência específica de quando foram plantados no Jardim, consta, contudo em 1839 e 1840 que já ali eram distribuídas mudas de palmeira-real, cipreste, Chá-da-índia, fruta-pão, de massa e de caroço (este último difícil hoje de se encontrar), e outras. Dessa distribuição beneficiaram-se muitos sítios recifenses e propriedades rurais diversas de Pernambuco (...) – além das mudas remetidas para outras províncias brasileiras e para fora do Brasil. Nesse Jardim funcionou um curso de Botânica e de Agricultura (1829), do qual era professor o cirurgião pernambucano Joaquim Jerônimo Serpa, no qual se inscreveriam muitos estudantes do Curso Jurídico de Olinda. Em 1845 foi o Jardim Botânico de Olinda extinto, sendo o seu terreno a princípio alugado e mais tarde vendido, pertencendo até recentemente à família Manguinho; daí a denominação popular de Sítio do Manguinho ou o Horto Del Rei. A importância do Jardim Botânico de Olinda foi depois ressaltada por Filipe Mena Calado da Fonseca que, em carta ao Diario de Pernambuco, publicada na edição de 7 de novembro de 1854, chama a atenção para a divulgação entre nós da grama de Angola, popularmente conhecida como capim de planta, que fora transportada das margens do Rio Bango (Angola) para o Brasil em 1811. Além desta, outras espécies foram vulgarizadas entre nós, como a pimenta da Índia, o fruta-pão, a tamareira, o bilimbi, a carambola, o sagu, o sapoti, dentre outras. Ainda sobre a importância dos jardins de aclimatação de Olinda, vale lembrar a publicação do naturalista Manuel Arruda da Câmara (c 1752-1811), Discurso sobre a utilidade de jardins nas principais Províncias do Brasil (Rio de Janeiro: Impressão Régia, 1810). Na qual apresenta uma "lista das plantas que merecem ser transplantadas e cultivadas". Da Ásia: árvore do pão, salepo, sagu, chá, sene, ruibarbo, escamônea, batatas do Japão, gota gama, loureiro, cássia, verniz da China, verniz do Japão, Khola buu, peônia, évano, bambu, árvore das camisas, sangue de dragão, santalino, árvore do sebo, laca. Da África: baobá, tamareira, matiboeira, pau escarlate, tacula, canume-nume, imbondeiro, agraiá, grama de Guiné [destinada à alimentação do gado na zona do semiárido]. Da Europa: oliveira, castanheiro, nogueira, pinheiro, pinheiro manso, morangos, ameixeiras, damasqueiro ou abricó, cerejeira, ruiva dos tintureiros, rapa língua, fiadeira, malva, verbasco. Da América Setentrional: falva cássia, magnólia maior,

Um Jardim Botânico na cidade Read More »

Corporações

Na crise e fora dela toda sociedade tem conflitos de interesse. Faz parte do  jogo democrático mediá-los e conciliá-los com o interesse público. Quando a economia entra em recessão e o sistema político se fragiliza os conflitos se agravam. Em meio ao tumulto político e econômico que se estabeleceu no país, temos observado um conjunto expressivo de manifestações corporativas que colocam seus interesses acima dos da nação. Brasileiro parece só se unir e ser patriota quando torce pela seleção nacional em competições oficiais. Nos executivos, federal e estadual, eclodem greves com demandas inviáveis no curto prazo. Funcionários do INSS, professores, médicos, etc., exigem maiores salários que desconsideram a situação das finanças públicas. No judiciário federal, funcionários pressionam o Congresso para aprovar reajustes salariais nos próximos anos que comprometem a saúde fiscal do país, mas não estão nem se importando com as consequências. Por sua vez, a magistratura beneficia-se e luta para manter, entre outras benesses, o auxílio-moradia, uma aberração que agride todos os brasileiros.  Na Petrobrás, que está completamente debilitada pelos erros de gestão, pelo baixo preço do petróleo e pelos impactos da operação Lava Jato, os funcionários demandam aumentos salariais e fazem paralisações de alerta, sabendo que o valor do programa de investimentos da empresa é constantemente redefinido para baixo. No legislativo, eivado de gastos excessivos, o Congresso aprova irresponsavelmente as pauta-bomba que inviabilizam o equilíbrio fiscal. Falta solidariedade entre os poderes, desconhecendo-se que a fonte do dinheiro é única: o dinheiro de todos nós. Este aguçamento dos conflitos de interesse durante a crise, todavia, repousa em uma antiga e enraizada cultura corporativista que impregna o setor público brasileiro e que se agravou nos governos petistas que transformou o país em arquétipo de república sindicalista. Todavia, há uma característica estrutural na formação desses mercados de trabalho que constituem o caldo de cultura corporativista. O acesso às carreiras de estado em todos os níveis de governo bem como a entrada nas estatais é disciplinada por concursos públicos. Isso é muito bom para o país, deve ser louvado e precisa ser mantido. Todavia, aí está a gênesis do corporativismo. Os mercados de trabalho assim formados são segmentados entre si, ou seja, uma pessoa não pode se deslocar de um para outro- e cada um deles tem uma única porta de entrada. Assim eles se fecham, desenvolvendo uma cultura corporativista para atender aos seus interesses, custe a quem custar. Esses mercados de trabalho fechados com única porta de entrada são chamados de mercados primários, sendo uma das causas mais importantes junto com as diferenças educacionais para a ainda elevada desigualdade de renda que caracteriza o nosso país. Uma vez dentro, os funcionários exigem maiores benefícios diretos e indiretos que drenam os recursos dos tesouros, federal e estadual, e os caixas das estatais. E aumentam as diferenças com quem está de fora. Corporações, dessa forma, contribuem para as desigualdades de renda. Todos se espelham uns nos outros. Uma sala de espelhos que leva a um ciclo vicioso para equiparar salários e benefícios. Ademais, corporações em meio à crise desenvolvem um instinto animal de defesa. E na falta de lideranças que definam um rumo e que filtre interesses levando-os a uma solução negociada, ela tende a crescer. Líderes mediam conflitos e concilia-os com os interesses da sociedade. Estão faltando muitos.

Corporações Read More »

Baião de Tudo

MEMÓRIAS DE UM GARANHÃO Um viva para Carlos Mossy, ícone dos filmes de sacanagem na década de 70. Ele foi o principal comedor em mais de 30 comédias eróticas, entre elas Lua de Mel; Oh, que delícia de patrão e Como é boa a nossa empregada. Chegando agora aos 70 anos ele comemora as “lapadas” que deu diante das câmeras com Vera Fischer, Marta Moyano e Adele Fátima. Destaca que elas eram belas e tinham peitos lindos ainda sem plástica. Mas revela que aprimorou o jeito de fazer sexo, caprichando e tendo calma nas preliminares, com Odete Lara no filme Copacabana me engana. Fechou a conversa dizendo: “Minha energia sexual baixou um pouco, talvez por preguiça”. Hoje casado com Isis, 30 anos mais nova do que ele, alega que usa Viagra, para reforçar a sofisticação erétil. SEXO E PACIÊNCIA Duas sem tirar de dentro é conversa de adolescente mentiroso. Para a grande maioria dos homens, o período de latência, como é chamado o intervalo entre uma cacetada e outra, pode levar de minutos a dias. Só 20% dos homens conseguem ter outra ereção poucos minutos depois de ejacular. E tem tudo a ver com a idade: até 30 anos, de 15 a 30 minutos; 40 anos, até 4 horas; 50 anos, até 12 horas; 60 anos, 1 dia; 70 anos, mais de 1 dia. Se o seu velho comedor extrapola essas regras vá em frente. Como disse a doutora Marta: “Relaxe e goze!” O CANTADOR Severino Ferreira, de luto pela morte do sogro, cantando em Fortaleza, respondeu a provocação de um companheiro, que disse estar ele numa boa e mamando na herança do sogro. Severino retrucou: “A minha herança foi só / Um balaio de cebola / Um cabide enferrujado / Pra pendurar a ceroula / E um papagaio safado / Que me chama de baitola.” MEDINDO O PÊNIS Respondendo a uma pesquisa nacional, 85% das mulheres se declaram satisfeitas com o tamanho do pênis do parceiro. Mas só 55% dos homens estão satisfeitos com o tamanho do próprio pênis. Conclusão: num grande percentual quem gosta mesmo de pau grande é homem. O LUCRO DOS COMPOSITORES Na relação do Ecad, os cinco compositores que mais tocam nas rádios do Brasil: Roberto Carlos, Victor Chaves, Sorocaba, Paula Fernandes e Thiaguinho. As cinco músicas mais tocadas no Carnaval do Brasil em 2015: Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé, Me dá um dinheiro aí, Marcha do remador e Jardineira. MEDO Os cientistas estão apavorados com a possibilidade de uma corrida armamentista no campo artificial. Num encontro em Buenos Aires, reuniram 18 mil assinaturas pedindo o banimento das “armas ofensivas autônomas”, nome técnico dos populares robôs assassinos. CORRIDA DE GALA Num homem jovem o sêmen sai do pênis a uma velocidade de 5 metros por segundo e pode ser arremessado a uma distância de até 60 centímetros.

Baião de Tudo Read More »

João Alberto

Brilho Feminino Lana Bandeira é um exemplo de sucesso, brilha em todos os setores em que atua. Sua carreira empresarial começou na Josefinna, junto com Guilhermina Coutinho, uma loja que é referência no setor de calçados femininos. Depois, resolveu usar seus dotes na arte de fazer chocolates e doces. Criou uma empresa que hoje é marca registrada no setor, inclusive assinando as mesas das iguarias em grandes eventos sociais da cidade. Além disso, é uma figura bonita, simpática e que esbanja elegância em todas as reuniões a que comparece. A cultura do novo ministro Marcelo Navarro, que deixa a presidência do Tribunal Regional Federal da 5ª Região para assumir o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça, é conhecido entre os colegas pelo seu grande conhecimento jurídico. E até é chamado por alguns de Enciclopédia. Sua nomeação foi um ato da maior justiça. Um blog de muito sucesso Rebeka Guerra é uma figura de muito destaque no nosso mundo feminino. Ele resolveu contar suas experiências e criou um blog em que aborda moda, beleza e estilo de vida. Transformou-se num enorme sucesso, com muitas seguidoras e que já lhe proporcionou vários convites para participar de eventos em outros estados e até no exterior. Vandalismo A Emlurb gasta algo em torno de R$ 2 milhões por ano para recuperar estruturas e repor equipamentos públicos vítimas de depredação por vândalos. Pernambucano O restaurante Mocotó, do chef pernambucano Rodrigo Oliveira, continua fazendo o maior sucesso em São Paulo. Agora ele abriu nova casa, a Esquina Mocotó, também sempre com enormes filas nas mesas. Bem que Jane Suassuna poderia repensar seu projeto de abrir um Mocotó no Recife. Sem chance Humberto Costa revela que não existe a menor possibilidade dele disputar a Prefeitura do Recife em 2016. Sua meta é a reeleição para o Senado em 2018. Hospital Depois dos 20 milhões liberados pelo governo federal, o Hospital da Mulher do Recife deve ser inaugurado em dezembro. Obras físicas já estão 80% concluídas, agora é a instalação dos equipamentos. Boa ideia Existe um a lei que obriga que todo edifício construído no Recife tenha uma obra de arte. Em alguns deles, a manutenção das peças é literalmente esquecida. Assim, é digna de elogios a iniciativa do condomínio do edifício Luiz Numeriano, na Praça de Casa Forte, que encomendou a Paulo Costa a recuperação da escultura que fica na entrada do prédio. Fim de linha Uma das boates mais famosas de Las Vegas, a Studio 54, que ficava logo na entrada do MGM, fechou as portas depois de 14 anos. A desativação da discoteca faz parte do plano de renovação do hotel, que é o maior da cidade, com 5,1 mil quartos, que ainda inclui reforma nos quartos, cassino e restaurantes. MPB em alta A MPB parece estar voltando à moda. Baladas alternativas regadas a hits nacionais vêm fazendo cada vez mais sucesso entre o público jovem. Remixagem de clássicos se unem ao samba e à bossa nova, além dos ritmos latinos que esquentam as pistas. O que se comenta... ● QUE não existe o menor entusiasmo entre os lojistas com relação às vendas de final de ano. ● QUE a Prefeitura do Recife deveria seguir a decisão da Prefeitura de São Paulo, que está normatizando o funcionamento dos food trucks, veículos que servem comida nas ruas. ● QUE a Avenida Beira-Mar em Piedade, foi rebatizada com o nome de Senador Sérgio Guerra. ● QUE a decisão de Antônio Campos de disputar a Prefeitura de Olinda foi muito bem estudada e que dificilmente ele desistirá. ● QUE apesar de ser muito cara, não existe pipoca melhor que a servida nos cinemas.  

João Alberto Read More »