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CineRua promove edição pelo retorno do Cine Olinda

Realizado em parceria com o movimento Ocupe Cine Olinda e o Ponto de Cultura Cinema de Animação, o Cineclube CineRua #4: Sapo Cururu será na quinta (5), a partir das 19h. O objetivo é questionar os descaminhos do Cine Olinda, fechado para reformas há mais de 40 anos e estimular propostas para sua reativação. Além da programação de cinema, haverá feira de arte, videomapping, trilha sonora ao vivo e show de Erasto Vasconcelos. O acesso a todas as atividades é gratuito, exceto o show "A Hora é Essa", de Erasto Vasconcelos (com Malícia Champignon), que será realizado no Bar Xinxim da Baiana com ingressos a R$ 5. Para esta sessão foi preparado um programa especial de curtas que dialogam com o sítio histórico e com o próprio Cine Olinda. Serão exibidos "Bajado" (2015), de Marcelo Pinheiro, "Milagres" (2015), de Adalberto Oliveira, "Os filmes que moram em mim" (2015), de Caio Sales, "Resgate Cultural – o filme" (2001), "Mestre Nado: a terra, a água, o fogo e o sopro"(2013), de Tila Chitunda, "Cotidiano" (1980), de Lula Gonzaga, "Hospedeira" (2014), de Rita Carelli e "A vida noturna das igrejas de Olinda" (2012), de Mariana Lacerda. Após a sessão, haverá debate com os realizadores. O programa se completa com a exibição especial de "Noturno em Ré-cife Maior" (1981), de Jomard Muniz de Brito, com trilha sonora ao vivo do músico e compositor Johann Brehmer. Antes da sessão será lançado um manifesto pela volta do cinema, com reivindicações aos governos municipal, estadual, IPHAN e demais instituições do poder público. Conduzidas pelo Iphan, as obras do Cine Olinda encontram-se atualmente paradas por falta de verbas e problemas com a empresa prestadora de serviço. O nome do evento evoca a memória da Mostra de Cinema Sapo Cururu, duas vezes sediado no Cine Olinda, para ironizar e criticar o festival Cine PE. Trazendo a discussão para o agora, o cineclube se alinha politicamente à Associação Brasileira dos Documentaristas (Abd-pe Apeci), que recentemente publicou carta aberta sobre a histórica ausência de diálogo do Cine PE com o segmento audiovisual, onde problematiza a forma de financiamento deste evento, que utiliza recursos estaduais via Empetur pelo antigo sistema de 'balcão', enquanto os demais eventos de cinema se submetem ao edital do Funcultura. O Cineclube CineRua é uma ação independente do movimento #CineRuaPE, fundado para reunir esforços, promover atividades, estratégias e a conscientização da importância de se preservar os poucos cinemas de rua que restam no Estado. As três primeiras sessões aconteceram em frente ao Teatro do Parque, fechado para reforma desde 2010. Ao propor exibições periódicas até que o Teatro do Parque seja entregue novamente à população, o cineclube pretende manter viva a memória deste e outros cinemas de rua de Pernambuco. CINE OLINDA, 105 ANOS Por André Dib O Cine Olinda foi inaugurado em 1911, como CineTheatro de Variedades. Nos anos 1920, sob administração do Coronel Victor José Fernandes, ganhou nome atual. O artista plástico Bajado foi contratado em 1932, inicialmente pintando cartazes até ser promovido a gerente, onde permaneceu até 1950, quando abriu seu próprio cinema em Itapissuma. Bajado voltou para o Cine Olinda em 1953 e ali ficou até o cinema fechar, em 1965. Dali em diante o Cine Olinda serviu de depósito de açúcar, boliche e alojamento para desabrigados, até ser desapropriado em 1979 por Germano Coelho, prefeito de Olinda. Os primeiros recursos para recuperação do espaço foram mobilizados em 1981. A restauração ocorreu em 2003, durante a gestão de Luciana Santos, que entregou a parte estrutural em 2004. Em 2006, R$ 1,2 milhões foram captados do BNDES através da Lei Rouanet pelo Ipad - Instituto de Planejamento e Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico e Científico. Desse montante foram gastos cerca de R$ 80 mil, sendo o restante bloqueado pelo BNDES, alegando irregularidade na prestação de contas referente a esse recurso inicial. Em 2008 iniciou-se a elaboração do atual projeto de reforma do Cine Olinda, estando apto a captar recursos pelo Ministério da Cultura (IPHAN) em 2010. No final de 2011 este projeto recebe recurso através de emendas parlamentares, dos então deputados Luciana Santos (R$ 1,5 milhão) e João Paulo (R$ 500 mil). Em 2012 os recursos chegaram para o IPHAN que por sua vez exigiu da Prefeitura Municipal de Olinda um documento legal que comprovasse ser ela a proprietária do imóvel. A prefeitura descobre que este documento se perdeu anos atrás em uma enchente causada pela chuva. Para resolver, precisaria conseguir um documento de emitido pelo então dono do imóvel, o Grupo Bompreço. Após obter o documento com o Conselho Empresarial do Walmart nos Estados Unidos, a prefeitura recebe a informação de que o prazo de execução do plano de trabalho venceu, estando assim legalmente impedida de realizar a reforma. Um novo projeto foi elaborado e começou a ser executado em 2014 pelo IPHAN, que em maio de 2015 informou ter cerca de 50% dos serviços estabelecidos na planilha da obra concluídos. No entanto, suspendeu no último mês de março o contrato de R$ 1,257 milhão com a empresa DSH, responsável pelas obras de finalização. Cerca de R$ 593 mil, segundo o Iphan, já foram pagos à empresa antes da suspensão do contrato. O Iphan tentou entregar as chaves de volta à prefeitura, que se negou a recebê-las. Nesse contexto outras verbas importantes podem ser inviabilizadas, como uma emenda parlamentar previa R$ 400 mil para equipar o cinema depois da reforma.   Programação: 19h – Videomapping VJ Mozart + Feira de arte 20h - Sessão de Curtas Programa 1 (76') "Bajado" (PE, 2015, HD, doc, 19'), de Marcelo Pinheiro "Cotidiano", (PE, 1980, Super 8, experimental, 5'35''), de Lula Gonzaga "Resgate Cultural - o filme" (PE, 2001, 16mm, fic, 20'), de Telephone Colorido "Encantada" (PE, 2014, HD, doc, 11'), de Lia Letícia "Milagres" (PE, 2015, HD, doc, 20'), de Adalberto Oliveira Programa 2 (65') "Mestre Nado: a terra, a água, o fogo e sopro" (PE, 2013, HD, doc, 17'), de Tila Chitunda, "Hospedeira" (PE, 2014, HD, fic, 12'), de Rita Carelli "Os filmes que moram em

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Capacitação para líderes de jovens

Você tem servido em sua Igreja na área de Juventude, mas deseja se preparar melhor para o serviço? O Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) oferece um curso especial de Capacitação para Líderes de Juventude. O Curso aborda temas como a Juventude e Religião na pós-modernidade; A linguagem e as novas mídias, Música, Sexualidade, Envolvimento Social, Aconselhamento, dentre outros. Dentre os palestrantes, teremos professores da casa, além de pastores e líderes de juventude. Informações e Inscrições na Secretaria do STBNB, pelo telefone 81 3366 3277 ou no stbnb.com.br.

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O Fantástico Corpo Humano fica em cartaz até dia 8

Quem ainda não conferiu a exposição internacional “O Fantástico Corpo Humano”, em cartaz no RioMar Shopping, tem até dia 8 de maio para conhecer o projeto, que propõe uma viagem pela anatomia humana por meio de corpos reais doados à ciência para fins didáticos. Ingressos estão à venda no local – a partir de três pessoas, todas pagam meia: R$ 20 (serviço abaixo). Em cartaz, são nove corpos e mais de 150 órgãos que passaram por um complexo processo chamado plastinação - substituição de polímeros plásticos coloridos por toda água e gordura do corpo. Dessa forma, não cheiram nem se decompõem - e até retêm a maioria de suas propriedades originais. Do Recife, a exposição segue para nova temporada em Fortaleza (CE) e depois retorna para São Paulo (SP). As galerias ocupam mais de 800 metros quadrados e são divididas pelos sistemas do corpo e por cores: esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestivo, cardiovascular, circulatório e reprodutivo, além de um ambiente reservado para exibir a vida fetal e a medicina moderna. “Os corpos não estão protegidos por nada. Os visitantes podem observar todos os detalhes sem nenhuma barreira. Já os órgãos estarão dispostos em vitrines devido ao tamanho e delicadeza. Vale lembrar que todas as peças são de corpos de verdade. Apenas os olhos são de acrílico”, esclarece Ruth Carvalho, coordenadora nacional da mostra. Serviço:“O Fantástico Corpo Humano” Diariamente – até 8 de maio RioMar Shopping - Av. República do Líbano, 251, Pina, Recife – no Piso L3 (perto da praça de alimentação) De segunda a sábado, das 14h às 21h | Domingos e feriados, das 12h às 19hIngressos: A partir de três pessoas, todas pagam meia-entrada De segunda a sexta: R$ 40 e R$ 20 (meia) Sábado, domingo e feriado: R$ 50 e R$ 25 (meia) *Meia-entrada válida para estudantes, professores, doadores de sangue, assinantes do Diario de Pernambuco e maiores de 60 anos Projeto Escola: R$ 15 Venda de ingressos especiais para grupos de no mínimo 30 pessoas. Visitas em horários diferenciados. Vendas pelo e-mailprojetoescola@lojadoshow.com.br e pelos telefones (81) 4042-9959 e 4141-1476. Informações: www.riomarrecife.com.br e www.fantasticocorpohumano.com.br Telefone: (81) 4141-1476

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Juiz ordena bloqueio do WhatsApp

A Justiça de Sergipe determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens WhatsApp por 72 horas, a partir desta segunda-feira. Segundo a SindiTeleBrasil, associação que representa as empresas de telefonia móvel, todas as companhias receberam a intimação e cumprirão a determinação judicial a partir das 14h. A medida cautelar foi expedida pelo juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE), o mesmo que em março determinou a prisão do vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Segundo o Tribunal de Justiça de Sergipe, a ordem de bloquear o WhatsApp se deu pelo mesmo motivo que levou ao pedido de prisão do executivo: a empresa não forneceu à Justiça mensagens relacionadas a uma investigação sobre tráfico de drogas. Esta não é a primeira vez que o WhatsApp enfrenta problemas com a Justiça brasileira. Em dezembro, o serviço ficou 12 horas fora do ar por determinação da juíza Sandra Regina Nostre Marques, da comarca de São Bernardo do Campo (SP). O bloqueio, cumprido por todas as empresas de telefonia móvel que operam no Brasil, deveria ter durado 48 horas, mas acabou revogado por uma liminar concedida pelo desembargador Xavier de Souza, da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. À época da prisão de Dzodan, especialistas previam que ordem judiciais semelhantes voltariam rapidamente a ocorrer caso as empresas não se adaptassem melhor à legislação brasileira. O TJ-SE divulgou nota na qual diz que a medida cautelar expedida por Montalvão foi concedida a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público, baseando-se nos artigos. 11, 12, 13 e 15 da Lei do Marco Civil da Internet. (Agência Brasil)

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Mercado financeiro projeta inflação de 6,9%

A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano foi reduzida pela oitava semana consecutiva. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,98% para 6,94%. Para 2017, a projeção foi reduzida de 5,80% para 5,72%, no quarto ajuste consecutivo. Os números são do Boletim Focus, que é divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os principais indicadores da economia. Mesmo com as reduções, as estimativas estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. É função do Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de 2016, foi mantida em 13,25% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa passou de 12% para 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. Atividade econômica A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,88% para 3,89%, na décima quinta piora consecutiva. Para 2017, a estimativa subiu de 0,30% para 0,40%, no segundo ajuste seguido. A estimativa para a queda da produção industrial passou de 5,80% para 5,83%, este ano. Para 2017, a projeção de crescimento foi ajustada de 0,54% para 0,50%. A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,80 para R$ 3,72 ao fim deste ano, e de R$ 4 para R$ 3,91, no fim de 2017. (Agência Brasil)

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Em busca da orla perdida

O marzão, os coqueiros e guarda-sóis estendidos na areia compõem o cenário dos lugares paradisíacos ou das badaladas praias urbanas. No entanto, com o avanço do mar, uma série de áreas de banho no litoral brasileiro foram desaparecendo nos últimos anos. A Região Metropolitana do Recife viu parte dos seus cartões-postais serem tomados pelas águas, afetando o lazer e o turismo. Para reverter esse quadro, desde 2008 foi realizado pela UFPE um estudo de Monitoramento Ambiental Integrado (MAI) que indicou a necessidade de recuperação da faixa litorânea. Após obras em Jaboatão dos Guararapes e em Paulista, a expectativa da população é de ver Boa Viagem revitalizada em breve. Com um investimento em obras estimadas em R$ 66 milhões, a Prefeitura do Recife sinalizou em janeiro que busca verbas através do Governo Federal ou do Banco Mundial. Se a engorda da orla ficou em águas mornas por mais de cinco anos, foi em 2013 que os planos de revitalização começaram a sair do papel. Naquele ano, o então ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho chegou a falar em um “Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para prevenção contra o avanço do mar”. Mas, dos quatro municípios citados no estudo do MAI, apenas Jaboatão chegou a executar obras orientadas pelo projeto. Segundo a coordenadora do Gerenciamento Costeiro da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Andrea Olinto, os projetos executivos de Recife, Olinda e Paulista foram entregues pela consultoria CB&I em janeiro de 2013. “Em função da crise financeira mundial tivemos problemas em captar recursos para executarmos os projetos”. Nos primeiros dias do ano, o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos da Prefeitura do Recife, Victor Vieira, indicou que aguardava a assinatura do convênio com o mesmo Ministério da Integração Nacional para realizar a licitação. Até agora as verbas não foram garantidas. A situação de Olinda é bem semelhante. “Com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, o estudo e um projeto executivo para a promoção dessas ações, respeitando as características de cada cidade, já estão prontos. Neste momento, estamos captando recursos para que as obras possam ser executadas”, afirmou em nota a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Olinda. De acordo com o professor do departamento de oceanografia da UFPE, Pedro Pereira, a engorda representaria uma recomposição do ambiente natural que deixou de existir. “O impacto ambiental desse projeto será mínimo. Muito menor que todas as obras que já foram feitas de contenção do mar. Além disso, traria de volta esse ambiente que perdemos ao longo do tempo. Uma recomposição como aconteceu em Jaboatão”. Atualmente, conter o avanço do mar no Recife custa caro para os cofres públicos. São R$ 1,8 milhão investidos por ano para manutenção do trecho em que foi colocado um enrocamento (aglomerado de pedras). Essa barreira é protegida por uma manta submersa que permite que a água do mar passe, mas impede o retorno da areia da praia para o oceano. “Em Boa Viagem esse trabalho de contenção começou com 300 metros e hoje cobre cerca de 4km. O enrocamento não vai acabar com o problema da região. É apenas um paliativo. Será mais agradável ter a areia, a praia de volta do que ter rochas”, avalia. AMPLIAÇÃO. Em sendo executado, o projeto de engorda da praia de Boa Viagem ampliará entre 20 a 40 metros da faixa de areia em cinco quilômetros da orla. O trecho previsto no projeto vai da Avenida Armindo Moura, já nas proximidades com a divisa com Jaboatão dos Guararapes, até a Rua Bruno Veloso. “A implementação desse projeto irá superar o histórico de onerosas e ineficazes obras pontuais já implantadas e vai garantir e restabelecer o potencial de aproximadamente 50km de praia, bem público de uso comum do povo pernambucano, ao longo dos municípios de Jaboatão, Recife, Olinda e Paulista”, indica a coordenadora Andrea Olinto. Ela destaca ainda que o projeto elaborado pelo Estado compreende a alimentação artificial da praia, através da deposição de areia proveniente de jazidas submarinas com características semelhantes às da areia nativa. “É uma prática internacional exitosa, que vem sendo utilizada em diversos países desde a década de 70”, afirma. EXPERIÊNCIAS. As obras de Jaboatão e de Paulista foram bem distintas, segundo os especialistas. Em Jaboatão, a engorda da praia ampliou a faixa de areia entre 30 e 40 metros num trecho de 5,8 quilômetros, seguindo as coordenadas do projeto elaborado pelo Governo do Estado. Abrangendo as praias de Piedade, Barra de Jangada e Candeias, a execução apresentou algumas falhas não previstas (como a fuga de areia em alguns trechos), mas é avaliado com êxito. Foram investidos R$ 41,5 milhões no projeto. Após as obras houve um aumento no número de banhistas e turistas nas praias do município. Em Jaboatão, algumas áreas que antigamente tinham desova de tartaruga, voltaram a receber esses animais. Só em abril do ano passado foi identificado o nascimento de 168 filhotes de tartarugas, na praia de Piedade. A funcionária pública Renata Leite mora em Candeias e viu toda a transformação que aconteceu na praia. “Melhorou 100%. Antes era um paredão de pedra e o mar avançando sobre os prédios. Agora virou praia de novo”, afirma. Foram feitas também intervenções na orla, como a construção do calçadão. Em Paulista os investimentos foram inferiores (na ordem de R$ 28 milhões), mas foi utilizada uma tecnologia muito distinta. Instalou-se uma barreira de concreto que leva o nome de bagwall, que consiste na colocação de sacos biodegradáveis preenchidos com concreto que dissipa a força das ondas. As obras realizaram a contenção do avanço do mar nas praias de Nossa Senhora do Ó, Conceição, Pau Amarelo e Janga. “Com relação a Paulista as obras que foram implementadas não correspondem às orientações para regeneração das praias elaborado pelo Estado. O projeto elaborado pela prefeitura de Paulista é mais uma obra de contenção em estrutura rígida”, diz Andrea Olinto. POPULAÇÃO. A diretora da Associação de Moradores do Pina, Boa Viagem e Setúbal, Maria Cristina Henriques, observa ainda com desconfiança as notícias de engorda da Praia de

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Recife sedia 20ª edição do Festival Nacional da Seresta

O Recife se prepara para se transformar na capital nacional da seresta. É que de 4 a 7 de maio, a cidade sedia a 20ª edição do Festival Nacional da Seresta, na Praça do Arsenal, Bairro do Recife. No palco nomes locais e nacionais prometem encher o bairro histórico de muito romantismo, tais como, Mozart, Augusto César, Trepidant’s, Adilson Ramos, Fernando Mendes, Gilliard, Agnaldo Timóteo e muito mais. Os shows começam diariamente às 20h. O festival conta com o patrocínio da Prefeitura do Recife. Este ano, uma novidade: Vanusa, a cantora que começou a aparecer já no final da Jovem Guarda e fez muito sucesso nos anos 70 como ícone das causas feministas e bastante paparicada pelo grupo LGBT. Vanusa está fazendo uma temporada de bastante sucesso no Teatro Cacilda Becker, em São Paulo, e vem cantar na primeira noite da Seresta. No repertório não podem faltar _“Pra nunca mais chorar”, “Mensagem”, “Manhãs de setembro”, “Eu sobrevivo” _e _“Paralelas”, _sucessos que marcaram a carreira de Vanusa. A programação do festival está dividida por dias temáticos: Noite da Jovem Guarda, Noite dos Anos 70, Noite do Bolero e Noite das Mães. Músicas que se eternizaram na memória do público, como _“Verdes campos da minha terra”, “Aquela nuvem”, “A desconhecida”, “Você não me ensinou a te esquecer”, “Sonhar contigo”, “Mar de rosas”, “Memórias”, “Sentimental demais”, _entre outras, ecoarão pela Praça do Arsenal nos quatro dias de seresta, convidando a platéia a dançar e relembrar bons momentos. A entrada é franca. Confira abaixo a programação: PROGRAMAÇÃO: Quarta-feira, 4 de maio: NOITE DA JOVEM GUARDA 20h00 – Mozart 21h00 – Roberto Carlos Cover 22h30 – Vanusa 24h00 – Almir (ex-Fevers) Quinta-feira, 5 de maio: NOITE DOS ANOS 70 20h00 – Augusto César 21h00 – Som da Terra (no Meio do Mundo) 22h30 – Fernando Mendes 24h00 – Gilliard Sexta-feira, 6 de maio: NOITE DO BOLERO 20h00 – Trepidant’s 21h00 – Altemar Dutra Jr 22h30 – Agnaldo Timóteo 24h00 – Adilson Ramos Sábado, 7 de maio: NOITE DAS MÃES 20h00 – Josildo canta Lupicínio 21h00 – Edilza canta Maysa 22h00 – Leonardo Sullivan 23h00 – Almir canta Capiba 24h00 – Los Cubanos

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Conselhos de John Stott para líderes cristãos

Que problemas jovens líderes cristãos enfrentam? John Stott destacou quatro: desânimo, falta de autodisciplina, conflitos de relacionamento e pouca experiência. Com coração pastoral e sabedoria reconhecida, o teólogo inglês, falecido em 2011, preocupou-se com isso e então refletiu, de forma bem prática, sobre os desafios inclusos na responsabilidade de liderança. Das palestras de Stott para jovens latino-americanos em Quito, em 1985, surgiu Desafios da Liderança Cristã [na época o título era “Desafios del Liderazgo Cristiano”].   Fora de catálogo em português há tempos, agora este precioso livro volta a ficar disponível, desta vez pela Editora Ultimato. Desafios da Liderança Cristã é nosso lançamento de maio. O leitor ainda poderá encontrar no livro depoimentos de dois líderes que foram discipulados por Stott, além de pensamentos do autor inglês sobre ministério, liderança e serviço selecionados pelos editores. Ficha técnica Título: Desafios da Liderança Cristã Autor: John Stott Páginas: 88 Formato: 14x21 Preço: R$ 28,90 -- Sobre o autor - Conhecido no mundo inteiro como teólogo, escritor e evangelista, John Stott é autor de mais de quarenta livros, incluindo A Missão Cristã no Mundo Moderno, A Bíblia Toda, O Ano Todo, Por Que Sou Cristão, O Discípulo Radical, Os Cristãos e os Desafios Contemporâneos, Para Entender a Bíblia, As Controvérsias de Jesus e o campeão de vendas Cristianismo Básico. Stott foi pastor emérito da All Souls Church, em Londres, e fundador do London Institute for Contemporary Christianity. Foi indicado pela revista Time como uma das cem personalidades mais influentes do mundo.

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Cultura Nordestina de casa nova

O Centro de Cultura Nordestina Letras e Artes está de endereço novo, no Poço da Panela. A casa ampla e ajardinada mantém as atividades para quem gosta de literatura, mas abriu a oportunidade para novos eventos nos quais até o público infantil é contemplado. A mudança ocorreu graças à parceria que Salete Rêgo Barros – que vem comandando o centro – fez com a psicóloga Krystiane Nunes. “Ela tem um olhar muito voltado para as artes e agora está dividindo a organização comigo, o que tem permitido abrir novas frentes de trabalho”, comemora Salete. Krystiane está animada com a nova função e pretende ampliar ainda mais a proposta do centro de trabalhar a literatura fazendo uma conexão com diversos tipos de arte. “Queremos estimular o olhar para várias formas de expressão artística.” Para quem não conhece, o Centro de Cultura Nordestina Letras e Artes é caracterizado por esse mix de eventos artísticos. Nele funciona uma livraria, uma lanchonete onde se vende delícias da gastronomia pernambucana e uma editora. No local também são realizados vários cursos. A concepção do espaço foi construída aos poucos por Salete. Tudo começou, há cerca de 20 anos, quando sua mãe, a escritora Ivanete Rêgo Barros, publicou um livro por uma editora com tiragem de 8.500 exemplares para ser vendido em todo o País. Como pagamento, ela recebeu um pequeno percentual das vendas. “O valor pago me revoltou, não precisava ser tão baixo”. Foi com esse sentimento de indignação que ela decidiu produzir, por conta própria, no seu computador um outro livro de sua mãe. Foram 50 exemplares. “No lançamento as pessoas ficaram interessadas em lançar seus livros da mesma forma. Pioneiramente, comecei, sem querer, a produzir obras em pequenas tiragens”, ressalta Salete, que de arquiteta passou a militar na área cultural. Surgia assim a Novo Estilo Edições do Autor. “Comecei sem pretensão trabalhando em casa. Fazia 50, 100, 500 exemplares", conta. Até que há quatro anos ela montou a editora no antigo endereço das Graças, onde também criou uma pequena livraria com os títulos que edita e também obras publicadas por outras editoras. A Novo Estilo Edições do Autor diagrama, edita e faz a impressão dos livros e já lançou mais de 400 títulos. Mas ao contrário das editoras tradicionais, o escritor paga pelos serviços, é o dono da sua produção e ele mesmo comercializa. Logo Salete percebeu que seus clientes precisavam de um para local fazer o lançamento e a venda dos livros. Surge então a livraria, na qual as obras são vendidas por consignação e 25% ficam para o espaço. No desenvolvimento do seu trabalho, Salete também notou que seus clientes necessitavam de um certo aperfeiçoamento, por isso, passou a promover cursos para capacitar os escritores. “Oferecemos o curso de Atualização da Língua Portuguesa, com a escritora Ana Maria César, além da Oficina de Criação Literária, com Raimundo Carrero”, informa Salete. Outro destaque é o Laboratório de Expressão Poética e Oratória, com Bernadete Bruto. As capacitações também visam estimular a criatividade trabalhando com imagens: são oferecidos curso de desenho ministrado por Cavani Rosas e de fotografia, com Rinaldo Mafra. O centro também promove sessões de filmes de arte. O espaço oferece ainda o curso de música, com a pianista Fabiana Guimarães, que também coordena o Grupo de Estudos Intuição e Arquétipos no Processo Criativo. Para integrar ainda mais os frequentadores do local, é realizado um sarau literomusical uma vez por mês, com apresentação de músicas e declamação de poesias. “É um espaço de convivência”, resume Salete. SÁBADO. A conquista nova casa, mais espaçosa, garantiu a realização de outros eventos. Uma das novidades é o Café com Cordel, que acontece todos os sábados a partir das 8h. “Oferecemos um café regional e o cordelista Ismael Gaião convida outros cordelistas para recitar”, informa Salete. Logo depois é a vez da garotada se deliciar com a contação de história comandada por Vera Nóbrega. No quintal cheio de esculturas e plantas, as crianças encenam os contos, como se fosse um teatro. Também vão acontecer debates literários coordenados por Edgar Mendes Nunes, nos quais um escritores pernambucano terá sua obra debatida por dois dois especialistas com pontos de vista diferentes. Outra novidade é o Curso de Fotografia no Celular, ministrado por Rinaldo Mafra. “Ele ensina a utilizar os recursos do celular que a gente desconhece, mas que ajuda na qualidade da foto”, explica Krystine. E para os que curtem um pé de serra, na última terça-feira do mês acontece o Forrozando, comandado por Nerynho do Forró.

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Diversidade é pouco entendida nas empresas

Impulsionada pelas políticas de inclusão, pela força de movimentos como o feminista, negro e LGBT, além da mobilidade de profissionais tanto nas diversas regiões quanto entre países, a diversidade também chegou ao mundo corporativo. E as organizações só têm a ganhar, seja melhorando seu clima organizacional e até a sua imagem, seja conquistando um ambiente propício à inovação. Mas empresas pernambucanas ainda não atentaram para essa realidade, como mostra recente edição da sondagem Termômetro ÁgilisRH. A começar pelo conceito de diversidade, que não é bem compreendido. Tanto que a definição que teve o maior percentual de respostas na pesquisa foi “ter na equipe pessoas com formações e história profissional diversas”. Na verdade, o termo engloba indivíduos de diferentes idades, etnia/raça, credo, gênero, local de origem, orientações sexuais, necessidades específicas, estilo e até o passado pessoal. “A dificuldade em lidar com esse tema é um reflexo de como é complexo para a sociedade conviver com as diferenças”, salienta Carolina Holanda, sócia da ÁgilisRH, consultoria que realizou a pesquisa. Para mudar esse contexto, segundo a especialista, torna-se necessária a decisão do gestor para implantar uma política de gestão voltada para a inclusão. “A diversidade só começa a ser de fato instalada, quando ela é um valor da organização. Isso dificilmente parte da equipe, mas ter uma política de gestão da diversidade pode ser um diferencial para as organizações"”, adverte Eline Nascimento, também sócia da ÁgilisRH e coordenadora da pesquisa. A sondagem, porém, mostrou que dos 159 entrevistados, apenas 10,1% adotam políticas específicas. Por isso foram constatadas várias lacunas na gestão das empresas para promover a inclusão dos diferentes. Um exemplo é o fato de que apenas 5,7% dos entrevistados oferecerem apoio para a adaptação de funcionários oriundos de outras regiões ou nações. Quanto ao gênero, 30,8% afirmaram estabelecer remuneração equitativa para funcionários de ambos os sexos com a mesma competência. A realidade em todo o mundo mostra que essa equidade está longe de ser estabelecida. “O estudo Women at Work da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou que as oportunidades e a remuneração ainda são menores para as trabalhadoras , revela Eline. A pesquisa da OIT projeta também que no ritmo em que essa equiparação evolui serão necessários 70 anos para eliminar as diferenças de renumeração entre homens e mulheres. OBRIGAÇÃO. Os resultados da sondagem não surpreendeu a profissional de RH Simone Borba. Muitas empresas, segunda ela, concebem a diversidade apenas em relação às pessoas com necessidades específicas. Isso ocorre devido à Lei 8213, que define cotas para a admissão desses indivíduos nas organizações. “Essa não é uma demanda da empresa, é um assunto pouco discutido, mesmo nos grupos de RH. E a contratação de pessoas com deficiência é encarada como uma imposição”, constata. Uma realidade conhecida por Manuel Aguiar, que é cego e vivenciou dificuldades no trabalho. Hoje ele atua como consultor para ajudar as empresas a realizar programas de acessibilidade e inclusão. A indisposição dos gestores em contratar pessoas com necessidades específicas, diz Aguiar, baseia-se na ideia de que elas não são capacitadas para assumir um cargo. “Isso é meia verdade”, refuta. “O site do MEC informa um imenso número de pessoas com necessidades específicas com graduação, mestrado e doutorado”. Essa é uma das razões que levou Aguiar a usar o termo “pessoas com necessidades específicas” e não “com deficiência”. “No dicionário um deficiente é um inválido, um incapaz”, justifica. A capacitação desses trabalhadores é outro problema, já que na visão empresarial vigente, essa é uma responsabilidade exclusiva do governo, por isso não se propõem a capacitar. "O resultado desse cenário é que existem 350 mil pessoas com necessidades específicas no mercado de trabalho no País, o que representa apenas um terço do total de 1,2 milhão de vagas reservadas de pela lei de “cotas” para esses trabalhadores", revela Aguiar. E quando finalmente a pessoa com necessidade específica consegue um emprego tem que enfrentar outros obstáculos. É comum, segundo Aguiar, elas realizarem funções que estão abaixo da sua capacidade. Isso ocorre, muitas vezes, porque a empresa não investe nas chamadas tecnologias assistivas, que ampliam as habilidades funcionais desses funcionários. Um exemplo são softwares que permitem a cegos o uso de computadores. Outra barreira está no ambiente de trabalho que não é adaptado. “Um cadeirante tem que ter rampas na entrada da empresa, no ambulatório, no refeitório, no no centro de treinamento, etc. Há empresas que fazem apenas a adequação da baia onde o funcionário trabalha”, exemplifica Aguiar. Existe, portanto, muito desconhecimento por parte das empresas sobre a diversidade. Mas elas têm muito a ganhar se trabalharem o assunto. “Quando se sentem bem, os funcionários dão o melhor de si, o compromisso é maior onde sentem que são respeitados”, ressalta Simone. Há benefícios também para o clima organizacional, que se torna mais cooperativo e para o estímulo à inovação, já que a coexistência de pessoas diferentes pode gerar ideias criativas no trabalho. Sem falar nas vantagens para a imagem da empresa como uma organização sustentável que respeita as diferenças. “Isso proporciona uma maior identificação do consumidor com a marca”, garante Carolina. Um dado interesse mostrado pelo Termômetro Ágilis RH é que os entrevistados conhecem na teoria esses benefícios. Basta então partirem para a prática.

Diversidade é pouco entendida nas empresas Read More »