Revista Algomais, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 378 De 1071

Revista algomais

Revista algomais
desempenho economia

Setor de serviços pernambucanos inicia 2022 acima da média nacional

(Da Fecomércio-PE) Em janeiro, o setor de serviços do estado de Pernambuco cresceu 1,0% em relação ao mês anterior, segundo análise da Fecomércio-PE. Na comparação anual, com o mesmo mês de 2021, o setor registrou alta de 11%. Em ambas as bases de comparação, o estado apresentou desempenho melhor que o nacional, com -0,1% e +9,5%, respectivamente. Os resultados de janeiro ainda reforçam a ideia de retomada no setor, que vem sendo puxada especialmente pelas atividades de ‘serviços prestados às famílias’ – as mais afetadas durante o período mais rígido do isolamento social – e de ‘transporte, armazenamento e entrega’ – o qual é beneficiado tanto pela retomada das atividades no mercado de trabalho quanto pela importante função logística exercida no estado de Pernambuco. Na comparação interanual (janeiro de 2022 com janeiro de 2021), todas as atividades registraram crescimento. Os ‘serviços prestados às famílias’ avançaram 27,4%, ficando atrás apenas do agregado de ‘outros serviços’ (+28,5%), o qual engloba serviços diversos, como de saneamento, imobiliárias, serviços complementares à intermediação financeira e manutenção e reparos de equipamentos e objetos pessoais. Coube também destaque aos serviços profissionais e administrativos, com alta de 9,1% e aos serviços de transportes, armazenamento e entrega, cujo agregado cresceu 8,6%. Embora venha acumulando resultados positivos desde abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação do índice de vendas acumuladas em 12 meses ainda aponta que nem todos as atividades recuperaram as perdas ocorridas na fase mais aguda da pandemia. No agregado do setor, o crescimento nos 12 meses encerrados em janeiro de 2022, foi de 12,7%, contra a queda acumulada de 13,7% em janeiro de 2021. As atividades de serviços prestados às famílias se destacam mais uma vez nessa base de comparação, tendo crescido 50,0% até janeiro do ano atual, enquanto em janeiro do ano passado acumulava queda de 45,4%. Também com desempenho favorável em 12 meses, aparecem a categoria ‘outros serviços’ (+4,3% em janeiro de 2022, contra -0,6% em janeiro de 2021) e o agregado de ‘transportes, armazenamento e entrega’ (+12,5% e -11,2%, respectivamente). Os ‘serviços de informação e comunicação e os ‘serviços profissionais e administrativos’, por sua vez, fecharam o ciclo de 12 meses sem superar a retração de 2021, mas chegaram muito perto, com crescimentos de 4,3% e 10,8%, respectivamente, em volume de vendas. Nesse primeiro trimestre de 2022, a escalada nos preços da gasolina e a manutenção de uma bandeira tarifária em caráter de escassez hídrica continuam pressionando o orçamento familiar, então os próximos resultados da PMS podem vir a mostrar um arrefecimento da demanda para algumas atividades, mesmo em atividades de serviços prestados às famílias, que ainda seguem aquecidas se comparadas ao desempenho observado até primeiro trimestre de 2021, assim como em atividades relacionadas aos transportes.

Setor de serviços pernambucanos inicia 2022 acima da média nacional Read More »

Sindrome Impostor

Síndrome do impostor afeta metade dos profissionais brasileiros

Segundo o LinkedIn, quase metade dos profissionais (49%) afirmam que a pandemia afetou negativamente a confiança no trabalho e uma das explicações é a síndrome do impostor. No Brasil, 43% dos respondentes dizem que não sentem que são bons o bastante em suas funções, número superior ao encontrado em países como Itália (34%), França (36%), México (38%), Alemanha (39%) e Espanha (41%). No estudo, realizado em dezembro de 2021 pelo Linkedln, foram ouvidos mais de mil entrevistados que apresentam como principais motivos para essa insatisfação a busca por melhores salários e a necessidade de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Essa sensação parece ser mesmo mais comum do que se gostaria de acreditar. A professora do curso de psicologia da Estácio e especialista em orientação profissional, Elza Lobosque, explica que a “síndrome do impostor” é uma sensação recorrente na maioria dos profissionais. “Pessoas que apresentam essa questão, tendem a achar que as suas vitórias e suas conquistas se devem mais a um ato de sorte do que da própria capacidade. Desta forma, é comum que as pessoas sintam muita insegurança e medo de que os outros percebam. Mas, tudo isso na verdade não passa de uma realidade que é criada”, destaca. A especialista aponta que, seja para quem ainda está iniciando uma trajetória profissional ou para quem já atua no mercado de trabalho, só existe uma alternativa: identificar os seus pontos fracos. Este é o primeiro e mais importante desafio para qualquer profissional. Se essa identificação não for feita de maneira correta, Elza explica que pode acontecer a autossabotagem, “a pessoa pode se limitar e impedir o seu próprio crescimento. Então, por exemplo, no caso de uma oportunidade de promoção na empresa, ela vai estar com tanto medo e desacreditando tanto na sua potencialidade que ela vai acreditar que é uma fraude, ou seja, que não é possível a ela ocupar esse espaço. É comum que o profissional nessa situação fuja de novos desafios na carreira e se abstenha, por exemplo, de uma recolocação dentro da própria empresa”. A psicóloga destaca ainda a presença de crescente necessidade de aprovação alheia e de procrastinação para quem sofre dessa síndrome. Elza orienta que o primeiro passo para ganhar o mercado é acreditar em si mesmo é investir em autoconhecimento e valorizar as nossas qualidade “o autoconhecimento não vai servir só para ela reconhecer suas qualidades, mas também para perceber os seus pontos a serem aperfeiçoados. O que vai nos diferenciar é querer melhorar constantemente, investir em capacitação e confiar em si mesmo”. A psicóloga ressalta que a orientação profissional é importante em vários momentos da nossa vida porque nós não estamos cristalizados. “Hoje você pode ter uma formação superior ou uma formação técnica em determinada área. Fazer uma pós-graduação ou cursos de extensão em outras áreas e agregando, ao seu currículo e abrindo várias frentes e possibilidades de trabalho dentro das suas características de personalidade”, diz. Quando procurar um especialista? Apesar de não ser necessariamente uma doença, a síndrome do impostor pode trazer sérios danos à saúde mental. Por isso, a professora destaca que a importância de contar com a ajuda de um profissional é essencial para tratar as consequências negativas que surgiram no seu equilíbrio emocional e psicológico. Portanto, se o problema persistir, é necessário procurar um especialista que poderá avaliar se a pessoa está sofrendo com a síndrome do impostor. (Via www.estaciocursoslivres.com.br, no site há uma série de cursos e dicas de oportunidades de formação)

Síndrome do impostor afeta metade dos profissionais brasileiros Read More »

tereza campos imip saude

"O conhecimento adquirido na pandemia deve ser um norte para as mudanças na saúde"

A pandemia completou dois anos e nesse período o mundo assistiu a construção de hospitais de campanha para dar conta do número de pacientes da Covid-19, acompanhou ao vivo o desenvolvimento das vacinas e como a ciência semana a semana conseguia entender mais sobre o vírus e como combatê-lo. Para falar sobre os impactos da pandemia no setor, conversamos com Tereza Campos, Federação dos Hospitais Filantrópicos e superintendente-geral do Imip Tereza Campos Qual a principal transformação da pandemia na saúde? Diante de uma das maiores crises sanitárias vivida nas últimas décadas, como a do coronavírus, identificamos a vulnerabilidade e a potencialidade do Sistema Único de Saúde – SUS, tendo como principais impactos o subfinanciamento do sistema público de saúde, os altos custos dos insumos, o desgaste físico e mental dos trabalhadores e a necessidade da transformação digital na saúde. A pandemia transformou a saúde no tema central da sociedade e nossas atenções foram totalmente voltadas para as novas demandas que surgiam, no que diz respeito à necessidade de se ter um plano estratégico de enfrentamento sanitário diante de situações adversas e de adaptabilidade da força de trabalho. Ao mesmo tempo, que emitimos respostas rápidas à pandemia, atuamos estrategicamente para garantir a continuidade da assistência, principalmente, aos pacientes oncológicos, transplantados, renais, crônicos, entre outros. Destacamos a incorporação cada vez maior da teleducação e teleassistência, para assegurar a atenção à saúde e, o reconhecimento pela população do valor do SUS. Qual a principal mudança esperada no setor da saúde no pós-pandemia? Não dá para estimar os efeitos provocados pela pandemia, nem determinar um prazo para superação, pois obviamente todas as pessoas e modo de trabalho sairão diferentes desta crise. O setor saúde continua enfrentando desafios apresentados pela pandemia, que ainda requerem atenção, cuidados e vigilância. Ressaltamos também, a construção de parcerias para produção e aquisição de vacinas, tratamentos e suprimentos, além da necessidade de constante profissionalização e formação de pessoas na área da saúde, inovação tecnológica, otimização de processos e gerenciamento de crises com agilidade. A gestão precisa lidar com os efeitos físicos e mentais, de longo prazo, em trabalhadores e pacientes e na sua reabilitação, e deve buscar o crescimento sustentável dos serviços de saúde. Quais os caminhos para resolver os principais problemas no setor no cenário pós-pandemia? O conhecimento adquirido durante a pandemia deve ser um norte para as mudanças, melhorias contínuas e resolução de problemas.A Covid-19 mostrou que a gestão hospitalar deverá investir cada vez mais em um planejamento estratégico, com protocolos definidos e estruturados. necessário também equacionar o financiamento para fortalecimento do SUS em todos os seus aspectos, vigilância epidemiológica, atenção primária, secundária e terciária, regulação, gestão e incorporação tecnológica, pesquisa e reduzir a dependência internacional ao retomar o investimento no complexo econômico industrial da saúde (vacinas, kits diagnósticos, insumos, material médico hospitalar, equipamentos e medicamentos). Formar e valorizar os profissionais com grande ênfase na educação continuada, investir recursos tecnológicos que proporcionem respostas seguras, rápidas e fortalecer parcerias com a sociedade civil e organizada. Os caminhos para solucionar os problemas passam por um sistema de saúde que garanta o acesso com qualidade, a sustentabilidade financeira das instituições de saúde, que tenham uma gestão inovadora, com o compromisso socioambiental e com a qualidade e segurança das pessoas.

"O conhecimento adquirido na pandemia deve ser um norte para as mudanças na saúde" Read More »

as severinas musica

As Severinas lançam “Não Tento Mais” na próxima sexta-feira

Celebrando o amor, o tempo das coisas e o fluxo da vida, As Severinas lançam, na próxima sexta-feira (18), o clipe “Não Tento Mais”, no canal da banda no YouTube. A canção também estará disponível em todas as plataformas digitais de música na mesma data. As Severinas, após terem a sua trajetória artística premiada e reconhecida no festival Janeiro de Grandes Espetáculos, vão apresentar essa novidade e muitas outras ao longo de todo o ano de 2022. O single “Não Tento Mais” é autoral e inédito, e o embalo desse forró vai convidar todo mundo a dançar juntinho. Monique D’Angelo, que faz voz, declamações e sanfona em As Severinas, é o nome por trás da letra e da música que os fãs conhecerão na próxima sexta-feira (18). “A construção dessa música foi no começo de 2018. Eu não parei para fazer a melodia e depois a letra, ou vice-versa, ela já veio construída. Eu só peguei o acordeon para pegar o tom que era adequado à minha voz. Foi quase de improviso, foi inteira”, contou ela. “É um amor que acabou. A personagem está desistindo de tentar esquecer, saindo do processo de lutar contra algo que de fato ainda existe. Ela resolve continuar sentindo, sem lutar contra. Assim como Clarice Lispector traz no livro ‘Água Viva’, ‘é só não lutar contra, é só deixar fluir’. Desejo que as pessoas sintam a canção como sendo delas”, acrescentou Monique. Além de Monique D’Angelo e das integrantes de As Severinas Marília Correia (zabumba) e Isabelly Moreira (triângulo e declamações), a gravação do clipe contou ainda com a participação de Silvio Ferraz (sanfona) e Kleber Gomes (bateria). A direção, o roteiro e a produção ficaram por conta de Karl Marx. Kleber Gomes foi o responsável pela direção de fotografia, edição e finalização. As imagens de apoio e making-of são de Max Rodrigues; os figurinos, de Cida Souza; Roadie set, Diego Adones. A gravação do vídeo foi feita num cenário verde, na Casa Grande das Almas, em Triunfo, Pernambuco. As Severinas é grupo exclusivo da Agência Cultural de Produção e Criação.

As Severinas lançam “Não Tento Mais” na próxima sexta-feira Read More »

oficinas usina Arte

"O Solo da Arte" inscreve para oficinas musicais gratuitas na Usina de Arte

Projeto realiza, de sexta (18) a segunda (21/03), quatro oficinas com foco na área musical. Inscrições seguem abertas até encerrarem as vagas disponíveis. A Usina de Arte, em Água Preta, Mata Sul de Pernambuco, sedia neste fim de semana o projeto "O Solo da Arte", que propõe formações artísticas gratuitas para jovens da região, além de público geral interessado. Integrando o Festival Arte na Usina, a iniciativa está com inscrições abertas para quatro oficinas na área musical, que ocorrem de sexta (18) e segunda-feira (21/03), na Escola de Música e na Biblioteca da Usina de Arte. Na sexta e no sábado (18 e 19/03), pela manhã, acontece a Oficina de Composição Musical, com Juliano Holanda, para até 20 participantes. À tarde, é a vez da Oficina de Iniciação à Arte do DJ, com Pepe Jordão, com 15 vagas disponíveis. No domingo (20), a tarde é dedicada à Oficina de Percussão com Material Reciclável, com Tarcísio Resende, para até 50 pessoas. E entre domingo e segunda (20 e 21/03), no turno da manhã, são 25 vagas disponíveis para a Oficina “Canto – O impulso na voz e no corpo”, com Renata Rosa. Ao todo, são 110 vagas disponíveis para as quatro oficinas, visando aproximar o público jovem de linguagens e estéticas criativas na área musical. As inscrições, que seguem abertas até encerrarem as vagas, podem ser feitas gratuitamente através do e-mail osolodaarte.usina@gmail.com. O projeto "O Solo da Arte" acontece com apoio do Prêmio Funarte de Festivais de Música 2021, via Funarte e Governo Federal. FESTIVAL ARTE NA USINA - O festival Arte na Usina é uma celebração coletiva do caráter livre e transformador da arte e do espírito criativo, tendo a música como foco. Um encontro anual para difundir e multiplicar as atividades desenvolvidas pela Usina de Arte, fomentando inovações culturais, econômicas e ambientais na Zona da Mata Sul pernambucana. Realizado desde 2015, o festival promove uma imersão nas reflexões e perspectivas desenhadas pela Usina de Arte, provocando rupturas no pensar e no agir que reverberam ao longo de todo o ano. Já passaram pelo festival diversos artistas como Chico César, Almério, Bruno Lins, Elba Ramalho, Arnaldo Antunes, Lívia Nestrovski, Fred Ferreira, entre outros. SOBRE A USINA - Instalado onde funcionou a Usina Santa Terezinha (maior produtora de álcool e açúcar do Brasil nos anos 1950), na cidade de Água Preta, Mata Sul de Pernambuco, o projeto Usina de Arte conecta arte, cultura e meio ambiente, criando um museu de arte contemporânea ao ar livre, dentro de um Parque Artístico Botânico. Além de atividades culturais diversas, nele estão instaladas quase 40 obras de nomes como Geórgia Kyriakakis, Saint Clair Cemin, José Spaniol, Juliana Notari, Denise Milan, José Rufino, Flávio Cerqueira, Bené Fonteles, Hugo França, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira, Liliane Dardot, Marcio Almeida, Frida Baranek, Artur Lescher, Carlos Vergara, Júlio Villani, Iole de Freitas e Vanderley Lopes. SERVIÇO:Oficinas "O Solo da Arte"Na programação do Festival Arte na UsinaDe sexta a segunda, 18 a 21 de março de 2022Na Biblioteca e na Escola de Música da Usina de Arte (Rua do Eucalipto Usina - Santa Terezinha, Água Preta/PE)Inscrições gratuitas e mais informações pelo e-mail: osolodaarte.usina@gmail.com Oficina de Composição Musical, com Juliano Holanda18 e 19 de março, das 9h às 12hFaixa etária: a partir de 14 anos20 vagas Oficina de Iniciação à Arte do DJ, com Pepe Jordão18 e 19 de março, das 15h às 18hFaixa etária: a partir de 16 anos15 vagas Oficina de Percussão com Material Reciclável, com Tarcísio Resende20 de março, das 14h às 18hFaixa etária: a partir de 16 anos50 vagas Oficina “Canto – O impulso na voz e no corpo”, com Renata Rosa20 e 21 de março, 9h às 13hFaixa etária: a partir de 12 anos25 vagas

"O Solo da Arte" inscreve para oficinas musicais gratuitas na Usina de Arte Read More »

URNA1 tim lixo

TIM incentiva programa de coleta de lixo eletrônico em Recife e Caruaru

A TIM reformulou seu programa de coleta de resíduos eletrônicos e, em apenas dois meses, já conseguiu recolher mais de 2 toneladas de materiais. A operadora instalou urnas de recolhimento em mais de 150 pontos de todo o Brasil, como lojas próprias – facilmente acessíveis para qualquer pessoa – e prédios administrativos, com foco em colaboradores e prestadores de serviço da companhia. Em Pernambuco, foram instalados pontos nas cidades de Recife e Caruaru. Na capital, a coleta acontece nas lojas da TIM dos shoppings RioMar, Recife e Tacaruna. Em Caruaru, a urna fica no Shopping Difusora. Nestes locais, podem ser descartados diversos tipos de lixo eletrônico, como smartphones, baterias, fones de ouvido, carregadores, cabos, chips e embalagens de telefones. Os produtos são recolhidos periodicamente por uma empresa parceira, que transporta e faz a destinação final para cada item, seguindo as premissas ambientais, dependendo da classificação dos resíduos. A meta da operadora é reciclar mais de 95% dos resíduos decorrentes de suas operações até 2025.

TIM incentiva programa de coleta de lixo eletrônico em Recife e Caruaru Read More »

Cicero Belmar FotoDeCarlosLima

Cícero Belmar expõe memória e esquecimento em livro lançado pela Cepe

Jornalista, romancista, autor de peças teatrais, de biografias e de obras infantis, Cícero Belmar Siqueira Rodrigues apresenta seu mais novo trabalho: O livro das personagens esquecidas. A publicação reúne 25 contos e será lançada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) quinta-feira, 17 de março, às 19h, na sede da Academia Pernambucana de Letras, localizada no Recife e onde ele ocupa a cadeira de nº 33. Com um jogo equilibrado entre realidade e ficção, o livro retrata as múltiplas faces do Brasil e nas personagens esquecidas caberiam muitos brasileiros. Cícero Belmar explorou sua experiência profissional para escrever os contos, que passeiam por questões de natureza política, social, religiosa e urbanística. “Como sou jornalista, tenho um defeito de fábrica, de não criar as histórias a partir de uma ficção. Todas elas têm um pé na realidade. Até mesmo aquela cujo título é Esquecidos por deus. Essa, eu criei a partir de um caso jornalístico. De um recorte de jornal. Eu invento a partir de elementos do fato jornalístico. Digamos que em cada conto eu usei 50% de realidade. É a minha ‘técnica’ de criação”, declara o escritor. As histórias narradas nas 144 páginas do livro foram escritas ao longo de vários anos, diz ele, entrelaçadas pelo tema do esquecimento e da memória. “Eu levo isso às últimas consequências, como se o fazer literário dependesse da própria memória para ser contada. A memória é prima-irmã da literatura, na minha opinião”, destaca. Nesse cenário, nascem a mulher que vai se desligando da vida por causa de uma doença neurodegenerativa, o comunista que esquece para continuar vivo e um velho casarão derrubado em nome da modernidade. “Quero apenas contar histórias que se pareçam com a vida real”, afirma Belmar, pernambucano de Bodocó, no Sertão. Não à toa, muitos leitores, ao fechar o livro, poderão ficar com a impressão de que já viram alguns desses personagens, como a criança que engraxa sapatos em bares numa presença quase invisível. O livro leva a reflexões sobre a vida e o tempo. E como diz o protagonista do conto Dente de Ouro: “Eternidade é uma coisa que ninguém tem prova de que existe. O que existe é um lugar nas nossas lembranças para a gente guardar a história das almas.” Os contos selecionados para compor O livro das personagens esquecidas passaram pelo crivo de Raimundo de Moraes, Cleyton Cabral, Gerusa Leal e Lúcia Moura (falecida em 2021 por complicações da covid), escritores do grupo de oficina permanente Autoajuda Literária, do qual Belmar também faz parte. Cleyton, Gerusa e Raimundo participarão da solenidade de lançamento da publicação e vão dividir a mesa com o autor num bate-papo sobre o livro. “O título, inclusive, nasceu a partir de uma sugestão de Cleyton”, acrescenta o jornalista. Entrevista com o autor O Livro das personagens esquecidas sugere (ou pode sugerir) que se trata de pessoas que fizeram algo extraordinário e não tiveram o devido reconhecimento. Mas não é isso. São pessoas comuns com histórias marcadas pelo esquecimento. Sua fonte de inspiração para escrever os contos é a vida como ela é? Cícero Belmar - Gosto muito de retirar o sentido das coisas vividas. A literatura, assim como a vida, depende do nosso olhar. Da maneira como vemos as coisas. Uma cena do cotidiano pode estar repleta de sentido, de poesia, de beleza, dependendo da maneira como a vimos. Dependendo da nossa capacidade de ver a simbologia das coisas, os detalhes. Há literatura no dia a dia, nas coisas que fazemos, nas coisas mínimas do cotidiano. A diferença da vida para a literatura é que a primeira é mais objetiva. A vida é a terceira dimensão e, a literatura, a quinta. Nós a retiramos da quinta e a colocamos no plano da leitura, que seria uma quarta dimensão de nossa existência. No caso desse livro, eu procurei ver as histórias pelo prisma de memória, do esquecimento. Eu escolhi contar as histórias a partir desse prisma. A memória é fio condutor da literatura e de nossas vidas? O esquecimento é uma ameaça para a literatura e para nossas vidas? Pelo sim, pelo não, ambos, assim como as lacunas do tempo, são aliados do fazer literário quando o filtro da fantasia é quem recria o passado. Você aborda o esquecimento em suas formas mais variadas, desde aqueles que se esquecem, pela necessidade de viver, passando pelos que são esquecidos. Qual é o pior dos esquecimentos para você? Belmar - O esquecimento, em geral, é ruim quando botamos panos quentes sobre fatos históricos traumáticos. O esquecimento é ruim quando ele se camufla e faz com que esses fatos possam voltar a acontecer. A memória é nossa história, somos nós mesmos e nossos aprendizados. Não podemos esquecer aquilo que nos serve de exemplo, para buscarmos o progresso. O esquecimento é ruim quando ele é o avesso da emancipação e das lutas. Quando ele é aliado do comodismo. Mas, às vezes, nós somos obrigados a esquecer para seguirmos em paz. Nós temos o direito de esquecer. Há contos, neste livro, que tocam nessas questões. Ao falar de esquecimento, enquanto memória e tempo, o livro levanta questões sociais, políticas, religiosas, urbanísticas e o negacionismo tão característico do atual governo federal. Ele é um recorte do Brasil? Belmar - O livro tem um fundo político muito grande. Eu tinha numerosos contos, sei lá quantos, e os submeti ao grupo literário de que participo chamado Autoajuda Literária. Os amigos e amigas que fazem parte deste grupo me ajudaram a selecionar as narrativas. E essa seleção ocorreu logo depois do golpe de que foi vítima a presidente Dilma. Outros, foram escolhidos um pouco mais adiante, mas eu acredito que todos estávamos igualmente indignados com o resultado das eleições de 2018. Acho que aquele ambiente político e social que vivíamos influenciou na seleção. Infelizmente, as coisas pioram de lá para cá e o livro tem muito a ver com essa realidade. Os contos têm um viés político, com certeza. Quem quiser pode dizer que é um trabalho um tanto quanto engajado. Sem problemas.

Cícero Belmar expõe memória e esquecimento em livro lançado pela Cepe Read More »

Serie Amazonia KilianGlasner galeria

Com foco na acessibilidade da arte, Número Galeria realiza inauguração nesta quinta (17)

A abertura, que começa às 17h, vai contar com obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro Arte para poucos? Arte para todos! Afinal, somos séries, somos múltiplos. É no que acreditam Lúcia Costa Santos, Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, que inauguram nesta quinta (17) a Número Galeria. O espaço é especializado em obras múltiplas, pensadas para serem reproduzidas num determinado número de cópias, com tiragens maiores ou menores, e consequentemente mais acessíveis. O evento, que vai até às 21h, vai contar com o lançamento de obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro. Lúcia Costa Santos, que há 24 anos comanda a Amparo 60, especializada em arte contemporânea, e Eduardo Gaudêncio e Ricardo Lyra, que há seis anos criaram a Spot Art, plataforma online, foram convidados pela CASACOR 2021, para ocupar um espaço dedicado à arte no evento. O que seria apenas um projeto ganhou continuidade e endereço fixo na loja Dona Santa, em Boa Viagem. No acervo, obras de artistas renomados como José Patrício, Rodrigo Braga, Márcio Almeida, Hildebrando de Castro, Paulo Bruscky, Juliana Notari e José Paulo. “Lançar a Número com obras de artistas com repercussão nacional e internacional é muito gratificante”, afirma Eduardo Gaudêncio. “A galeria foi pensada para fomentar o mercado de arte. A ideia é incentivar a produção local e nacional de múltiplos e séries com o objetivo de aproximar colecionadores, apreciadores ou quem queira começar uma coleção de peças de arte”, explica. “O que queremos sempre é trazer novas formas de expressão, até porque os artistas que integram o casting da Número vão além dos formatos habituais, conhecidos pelo mercado local. A intenção da é trazer um novo olhar para a arte já conhecida pelos clientes”, pontua Ricardo Lyra. "Isso gera uma oportunidade não só de conhecer outro tipo de arte, mas consumir e colecionar outro tipo de arte". Lúcia Costa Santos conta que ter um espaço que reunisse artistas locais e nacionais de arte contemporânea que trabalham com múltiplos era um desejo antigo seu. “Tivemos uma grande surpresa, porque o número de artistas que trabalham com esse formato é muito maior do que a gente esperava”, comenta. “Isso gera uma oportunidade de você ter obras importantes por um valor mais acessível”, pontua. “Também vamos contar com outras ferramentas, como palestras, para fomentar o colecionismo”. A primeira será nesta sexta (18), às 18h, com Kilian Glasner, que vai participar de um bate-papo com o público sobre seu trabalho. Inauguração da Número Galeria Lançamento de obras inéditas de Kilian Glasner, Márcio Almeida, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira e Hildebrando de Castro 17 de março (quinta), das 17h às 21h Bate-papo com Kilian Glasner 18 de março (sexta), às 18h Dona Santa (Rua Professor Eduardo Wanderley Filho, 187 - Boa Viagem) Eventos gratuitos e abertos ao público

Com foco na acessibilidade da arte, Número Galeria realiza inauguração nesta quinta (17) Read More »

teatro young credito Maringas Maciel cultura

Maria Ribeiro vive Fernanda Young na peça "Pós-F", em cartaz no Santa Isabel

Em sua primeira obra de não ficção, Young traz para o debate o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens às quais deu voz, sempre independente e tendo a inadequação como um sentimento intrínseco. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar o feminino e o masculino em todas as suas potencialidades. A montagem chega ao Recife neste fim de semana, com sessões no Teatro de Santa Isabel, no sábado, às 20h; e no domingo, às 18h. No palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young sob a direção criteriosa de Mika Lins. Com iluminação de Caetano Vilela, o espetáculo possui uma linguagem poética e contemporânea, ao mesmo que seduz pela estética e envolve o público pela divertida e instigadora temática. A estreia on-line aconteceu em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro, e foi um sucesso de público e critica. Em apenas oito apresentações, o espetáculo contou com mais de 8.000 espectadores. Agora, em sua versão presencial, ganha novos formatos e linguagens, que fazem dele um espetáculo provocativo, em que ao mesmo tempo se ri do outro e de si mesmo. Para a diretora Mika Lins, a encenação não ficcional procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora. “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”, explica. Maria Ribeiro, corroborando com o pensamento da diretora, diz que “assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural, e sim, convenção” Vivências da Fernanda No livro, a partir de experiências pessoais, Fernanda Young se revela como uma das tantas personagens femininas criadas por ela, sempre livre para fazer o que quiser, amar quem quiser e viver à sua maneira, porém cercada por um sentimento intrínseco de inadequação. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar tanto o feminino como o masculino em todas as suas potencialidades. É esse modo de ser que motivou Young a propor a ideia de um pós-feminismo e pós-Fernanda, um relato sincero sobre uma vida livre de estigmas, calcada na sobrevivência definitiva do amor, no respeito inquestionável ao outro e na sustentação do próprio desejo. E esse olhar profundo para o outro possibilitaria acabar com quaisquer formas de rótulos e papéis impostos tanto para a mulher como para o homem, que também sofre com as enormes pressões da sociedade patriarcal e precisa ser um aliado na luta contra o machismo. Assim, Fernanda oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros. SERVIÇO Pós-F Dias 19 e 20 de março de 2022 Teatro Santa Isabel (400 lugares) Praça da República, 233 – Recife / PE Telefone: (81) 3355-3323 Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/71757/d/128558 SÁBADO, ÀS 20h, E DOMINGO, ÀS 18h Ingressos: R$ 80 Duração: 50 minutos Recomendação: 14 anos

Maria Ribeiro vive Fernanda Young na peça "Pós-F", em cartaz no Santa Isabel Read More »

condominio economia

Novas regras: Assembleia de condomínio também poderá ser virtual

A partir de agora, os condomínios também vão poder realizar suas reuniões de maneira virtual. Na quarta-feira (09/03) foi sancionada, pelo governo federal, a Lei 14.309/2022, que vai permitir a realização de assembleias eletrônicas de condomínios. Isso só não será possível se a convenção proibir. Nesse caso, continuaria ocorrendo apenas no presencial. “Se o condomínio não quiser mesmo realizar de maneira virtual, é preciso alterar sua convenção para permanecer apenas no presencial", informa Taís Neves, advogada especialista em direito imobiliário do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia. Segundo ela, a assembleia virtual terá a mesma regra que a presencial. Proprietários e inquilinos terão os mesmos direitos de voz e voto, como ocorre em reunião presencial. Assim, poderão decidir sobre reajuste do valor do condomínio, se fará alguma melhoria em áreas em comum, estabelecer alguma regra, entre outros. Inclusive, o encontro pode ser suspenso caso não haja quorum mínimo. A advogada esclarece também que o edital de convocação da assembleia deve conter todas as orientações, os canais por onde será utilizado o encontro, a pauta, o horário, como ocorrerá a votação, quem terá direito a votar, entre outros aspectos.

Novas regras: Assembleia de condomínio também poderá ser virtual Read More »