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Jornadas muito extensas de trabalho podem acarretar em dano existencial ao funcionário

Especialista em direito trabalhista orienta empresas para evitar futuras implicações jurídicas Recentemente, a Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que uma concessionária de energia elétrica pague indenização a um eletricitário que enfrentou jornadas de trabalho de 72 horas semanais. Segundo o site Justiça do Trabalho, o trabalhador, que foi admitido em 1997, frequentemente fazia horas extras que foram consideradas pelo TST como dano existencial. Esse tipo de dano ocorre quando as condições laborais limitam a liberdade do indivíduo, prejudicam seus projetos pessoais e afetam suas relações familiares, sociais, e o bem-estar geral, comprometendo o princípio da dignidade humana. Este caso ressalta o impacto das jornadas de trabalho excessivas e serve como um alerta para a necessidade de respeitar os limites legais. A Constituição Federal de 1988 e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) estabelecem um máximo de oito horas diárias e 44 horas semanais de trabalho, permitindo até duas horas extras por dia, desde que essas horas adicionais sejam compensadas ou remuneradas conforme estipulado em contrato ou acordo coletivo. “É fundamental que as empresas respeitem toda legislação no tocante ao pagamento ou compensação das horas extras. Por outro lado, as empresas precisam garantir que os empregados registrem toda a sua jornada de trabalho. Algumas empresas, até pela natureza de suas atividades, necessitam que seus empregados realizem horas extras, inclusive em jornadas superiores aos ditames legais. Nesses casos, é fundamental a elaboração de acordos individuais com os empregados. Em alguns casos específicos, existe a necessidade de acordo coletivo de trabalho com o Sindicato”, afirma o advogado trabalhista do Escritório de Advocacia Martorelli Advogados, Marcello Burle. O advogado orienta também que empresas sigam a lei de forma correta, evitando implicações jurídicas. “Indicamos sempre que as empresas prezem pelo correto registro de trabalho, bem como o cumprimento das normas de pagamento e compensação de jornada. A não observação dos fatos pode gerar um grande número de processos trabalhistas contra a empresa, pleiteando, inclusive, indenização por danos existenciais em virtude de longas jornadas de trabalho”.

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Alexa amplia presença nos lares brasileiros e anuncia parceria pela saúde mental

Alexa, a assistente virtual da Amazon, continua a se expandir no Brasil com crescimento significativo. Em um evento recente no Recife (PE), a Amazon anunciou um projeto inovador em parceria com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A iniciativa visa desenvolver uma cartilha para que clientes possam utilizar a Alexa para melhorar a capacidade de concentração e controlar impulsividade e imediatismo em pessoas com TDAH, destacando a relevância da tecnologia na saúde mental. SAÚDE Uma pesquisa recente revelou que 1 em cada 3 pessoas com deficiência no Brasil utiliza assistentes virtuais diariamente, sendo a Alexa a mais popular. As funções mais valorizadas por essas pessoas incluem reprodução de música, controle de casa inteligente e configuração de alarmes. Com mais de 17 milhões de dispositivos de casa inteligente conectados à Alexa no Brasil, a tecnologia continua a facilitar o dia a dia, com 2 bilhões de horas de música e mais de 1 bilhão de rotinas automatizadas realizadas em 2023. LANÇAMENTO Além disso, a Amazon lançou recentemente o Echo Spot, um despertador inteligente com display personalizável, aumentando a oferta de dispositivos Alexa no Brasil para 13 modelos. O Echo Spot, disponível por R$579, possui um display colorido que facilita a visualização de informações como hora e previsão do tempo, e conta com som de alta qualidade. Esse lançamento reflete o crescimento da presença de assistentes de voz nas casas brasileiras.

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Christal Galeria receberá a riqueza das obras de Maria Carmen e Vera Bastos

A Christal Galeria receberá hoje, no dia 14 de agosto, a partir das 18h, a exposição "A Arte como Resistência", que celebra o legado artístico das falecidas artistas Maria Carmen e Vera Bastos, mãe e filha. A mostra, com curadoria de Joana D´Arc Lima, incluirá uma rica coleção de pinturas, desenhos, colagens e esculturas que retratam a vida das artistas entre as décadas de 1970 e 2000. A exposição estará aberta ao público a partir do dia 15 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h. Joana D´Arc destaca que Maria Carmen de Queiróz Bastos foi uma figura fundamental para a arte brasileira, destacando-se entre um grupo predominantemente masculino nos anos 1960 e 1970. Ela participou de exposições coletivas em outros estados e no exterior, além de Bienais e Salões Nacionais de Artes. A exposição também visa reconhecer a importância de Vera Bastos, que, influenciada pela mãe, desenvolveu uma poética surrealista própria. Maria Carmen explorou temas políticos, eróticos e oníricos, e Vera, ao seguir a tradição da mãe, também contribuiu com uma abordagem inovadora à arte. Desde sua inauguração em 2021, a Christal Galeria tem se dedicado a exibir artistas importantes da cena artística pernambucana e nacional. Com uma programação que abrange exposições tanto institucionais quanto experimentais, a galeria busca revelar talentos e oferecer um espaço de influência e reflexão artística. A Christal Galeria está localizada na Rua Estudante Jeremias Bastos, 266, Pina, Recife, e mais informações podem ser obtidas pelo Whatsapp (81) 98952-7183 ou pelo e-mail contato@christalgaleria.com.br.

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"Nossa proposta é aumentar em cerca de 9 mil hectares as áreas protegidas da Caatinga em Pernambuco"

Pedro Sena, Coordenador técnico do Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste). fala sobre a iniciativa que vai criar seis novas unidades de conservação na Chapada do Araripe no Estado. A ideia é preservar até as áreas habitadas e capacitar moradores com atividades econômicas sustentáveis. Estudo realizado pela Fundação Holandesa IDH, com o apoio do Instituto WRI, identificou que há no mínimo meio milhão de hectares de Caatinga com potencial de restauração em três territórios: Sertão do Pajeú (PE), Cariri Ocidental (PB) e Sertão do Apodi (RN). Mas, de acordo com o Mapbiomas, apenas 9,1% está sob proteção de unidades de conservação. Diante da ameaça de desertificação do bioma frente às mudanças climáticas, várias instituições se unem para criar seis novas unidades de conservação (UCs) na Caatinga em Pernambuco. Isso representa mais nove mil hectares de áreas protegidas no bioma, e aumentaria de 28 para 34 o número de UCs existentes na região de Caatinga no Estado. Para tornar a proposta realidade, o Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste), uma organização do terceiro setor, realiza uma série de estudos e conta com a parceria da Semas (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e de Fernando de Noronha) da CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), e com apoio do GEF Terrestre, gerido pelo Funbio (Fundo Brasileiro da Biodiversidade) e pelo Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima. Nesta entrevista concedida a Cláudia Santos, o coordenador Técnico do Cepan Pedro Sena detalha as ações para concretizar a instalação dessas unidades de conservação que incluem formas de conservar a Caatinga com presença dos moradores sertanejos que serão capacitados para exercerem atividades de gestão participativa dessas unidades. Para iniciar a nossa conversa, gostaria que você explicasse o que é o Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste)? É uma instituição do terceiro setor especializada em soluções baseadas na natureza, no entendimento do capital natural e em políticas públicas. Criada há 24 anos, por um grupo de pesquisadores na UFPE, foi aumentando sua atuação até o momento em que desacoplou das pesquisas mas manteve essa raiz. Quanto às soluções baseadas na natureza, boa parte das ações do Cepan se concentra em restauração de florestas, plantio, recuperação de áreas degradadas e conservação. Hoje, atuamos no Brasil todo mas, basicamente, na Chapada do Araripe no Ceará, Pernambuco e Piauí. Temos muitos hectares de Mata Atlântica restaurados na Paraíba e de áreas indígenas no Espírito Santo. Também temos o projeto que abrange toda a região da Caatinga de Pernambuco, onde o que preservamos nesse bioma é adicionado à meta de conservação da Caatinga do Brasil. Em que consiste esse estudo sobre a restauração da Caatinga? Esse estudo não é de autoria do Cepan. É da fundação IDH junto com o Instituto WRI Brasil, que são parceiros nossos. Eles utilizam a metodologia Roam, idealizada pelo WRI, e o Cepan já a aplicou, em Pernambuco, em 2019. Nesse método, é feita uma avaliação multidisciplinar que envolve o mapeamento físico dos locais degradados, identificação de atores sociais, validação de números e diálogo com a sociedade em oficinas participativas. Então, visitam-se esses hectares avaliados como importantes para restauração, identificando formas de conservar e de restaurar, sobretudo, englobando as pessoas, pois a Caatinga é um sistema socioecológico, não há como desacoplar o ser humano desse bioma. Por isso, esse estudo promove a restauração ecológica: plantar árvores onde é necessário, colocando pessoas e animais nessa área a ser restaurada. Inclusive o bode, um animal que pode ser ruim para restauração do bioma, mas eles encontraram um jeito de incluí-lo. Além disso, usam-se sistemas agroflorestais que são meios de “ganhar dinheiro” com a floresta, deixando-a crescer de forma sustentável. A produção de mel é um exemplo. Hoje, há cerca de 10% da Caatinga no País protegida em unidades de conservação. Desses, apenas 2% são de proteção integral, uma categoria mais restritiva que garante que aquela floresta não vai ser derrubada, vai se manter ao longo da vida. Mas, essa porcentagem é muito pequena. Se essa situação se perpetuar, o que pode acontecer com o bioma? Se não aumentarem as áreas de conservação, não há como garantir a biodiversidade da Caatinga, que é única. Ela tem muitas espécies exclusivas, chamadas endêmicas, como certos tipos de peixes. Ou seja, há açudes, reservatórios de água, com peixes que só ocorrem na Caatinga. Se esses locais não forem protegidos, essas espécies podem se perder para sempre. Para além da biodiversidade, é preciso considerar também as pessoas. Se não conservarmos a Caatinga, que possui muitas áreas de serra, não teremos, por exemplo, a recarga hídrica, o reabastecimento dos lençóis freáticos tão importantes para quem vive na área e precisa de água. Além disso, há vários outros serviços ambientais, como o carbono que essas florestas retiram da atmosfera. Se essas áreas forem perdidas, haverá um débito nesse sentido. Assim, há muitas justificativas ecológicas e sociais para preservação desse bioma, inclusive a conexão psicológica e sentimental do povo sertanejo com a Caatinga. Por isso, ações de conservação são importantes. Nossa proposta é aumentar a conservação em cerca de nove mil hectares a mais de áreas protegidas da Caatinga em Pernambuco. E como essa proposta vem sendo colocada em prática? Quais instituições estão envolvidas? O Cepan é apenas o executor da proposta. Há outros atores: o Ministério do Meio Ambiente; a Semas (Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco); a CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente), que é o órgão que vai cuidar dessas áreas de conservação quando forem criadas; o Global Environment Facility, em português, Fundo Global para o Meio Ambiente, que envia recursos para o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade que, por sua vez, repassa esses recursos para o terceiro setor. Essa é a cadeia de governança da nossa proposta, que começa pela etapa de divulgação e apresentação do projeto para a sociedade, tanto de forma ampla, quanto específica nas áreas que vamos criar. Nesta etapa, conversamos com as prefeituras e com as pessoas nos municípios em que as áreas estão localizadas. São

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Mercado aumenta previsão da inflação de 4,12% para 4,2% em 2024

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve aumento, passando de 4,12% para 4,2% este ano. A estimativa está no Boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação variou de 3,98% para 3,97%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em julho, puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica, a inflação do país foi 0,38%, após ter registrado 0,21% em junho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante de um ambiente externo adverso e do aumento das incertezas econômicas, na última reunião no fim de julho, o BC decidiu pela manutenção da Selic, pela segunda vez seguida, após um ciclo de sete reduções que foi de agosto de 2023 a maio de 2024. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete reuniões seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Antes do início do ciclo de alta, em março de 2021, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. O índice ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se manteve em 2,2%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 1,92%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,30 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique nesse mesmo patamar.

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Raquel Lyra entrega diplomas aos dez novos Patrimônios Vivos de Pernambuco

Homenagem foi feita durante a solenidade de abertura da 17ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural do Estado. Foto: Hesíodo Góes Os dez novos Patrimônios Vivos de Pernambuco foram homenageados com diplomas pela governadora Raquel Lyra na tarde desta segunda-feira (12), durante a abertura da 17ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural do Estado, realizada no Centro Cultural Cais do Sertão, no Recife. A cerimônia, que contou com a presença da vice-governadora Priscila Krause, celebrou mestres, mestras e grupos que se destacam na preservação da cultura popular e tradicional do Estado. A governadora Raquel Lyra expressou sua satisfação com a perpetuação da arte pernambucana, destacando a importância de reconhecer e fortalecer esses patrimônios vivos. "É muito lindo ver a arte de Pernambuco se perpetuando de geração em geração. Para mim é uma honra, como governadora, vivenciar situações como essa", afirmou Lyra. A política pública de Patrimônio Vivo de Pernambuco, criada em 2002, visa a proteção e valorização dos saberes e práticas tradicionais das culturas populares. Ela concede, anualmente, bolsas vitalícias para reconhecer e apoiar esses conhecimentos. A cada ano, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural elege dez mestres, mestras e grupos de diferentes regiões do Estado para integrar essa lista de honraria. O artesão Chico Santeiro e o Clube Vassourinhas de Olinda foram alguns dos novos Patrimônios Vivos reconhecidos. O evento contou ainda com a presença de representantes de instituições culturais, como a presidente da Fundarpe, Renata Borba, o presidente da Empetur, Eduardo Loyo, e o superintendente do Iphan, Gilberto Sobral, além da secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula. Os novos Patrimônios Vivos de Pernambuco são:

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Expo Preta RioMar traz para o Recife Gaby Amarantos, Zezé Motta e Dona Carmem Virginia

Evento ocupará o piso L3 do RioMar Recife de 16 a 18 de agosto, com 25 estandes de produtos e serviços, além de uma programação cultural diversificada e desfile de moda. Todas as atrações são gratuitas, exceto o show de abertura A Expo Preta RioMar, que chega à sua terceira edição em 2024, destaca a importância de valorizar a cultura negra e buscar igualdade racial ao longo do ano, e não apenas em novembro, Mês da Consciência Negra. Realizado em parceria entre o Instituto JCPM de Compromisso Social (IJCPM) e o RioMar Recife, o evento ocorre de 16 a 18 de agosto. O evento se consagra como um espaço de celebração e difusão da cultura negra e do afroempreendedorismo, além de promover uma programação diversificada que inclui neste ano a apresentação de Gaby Amarantos e outras atrações culturais. A programação de 2024 traz novidades como o Cine Barulho, uma mostra de curtas-metragens elaborados por jovens do IJCPM, e um debate mediado por Lucas Marçal. O evento contará também com pocket shows da cantora Marcia Castro e encontros com a chef Dona Carmem Virginia e a atriz Zezé Motta, que celebra seus 80 anos e mais de 50 de carreira. Além disso, a Expo Preta RioMar ampliou suas áreas de atuação, incluindo empreendimentos de toda a capital pernambucana e diversificando as categorias de produtos e serviços. A playlist “A Coisa Tá Preta!” dará o tom ao evento, com uma série de atrações musicais e culturais. A programação inclui apresentações de DJs, oficinas, painéis sobre temas como educação financeira e saúde corporal, e debates sobre antirracismo e racismo religioso. O evento terá também um desfile de moda e encerrará com um baile animado. Desde sua criação em 2022, a Expo Preta RioMar se destaca por impulsionar pequenos empreendimentos afroempreendedores e foi reconhecida com o primeiro lugar no Prêmio Abrasce na categoria Newton Rique de Sustentabilidade. “A homenagem a pessoas negras autoras de obras publicadas e plenárias sobre negritude estiveram presentes no Festival RioMar de Literatura, em maio, nos camarins Expo Preta RioMar durante o Carnaval e o São João, nas vitrines temáticas com produtos de pessoas afroempreendedoras locais, em exposições, como a que homenageou os 100 anos do modernista Corbiniano Lins, ocorrida em março, e nos eventos musicais com artistas que são referências negras, como o show realizado em julho, mês que homenageia a Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha", ressalta a gerente de Marketing do RioMar Recife, Denielly Halinski. Programação cultural Dia 1 - Sexta-feira (16/08)12h - A coisa tá preta! Playlist oficial da Expo Preta.13h - Dj Boneka Apresentação cultural.14h - Oficina de Afrobetização Jogos de leitura e contação de histórias.16h - Coco Abre Caminhos Apresentação cultural.16h30 - Cine Barulho Cine debate com Lucas Marçal.17h30 - Juventude negra VIVA! Painel de conteúdo.18h30 - 6ta MC Apresentação cultural.19h - Márcia Castro (OFERECIMENTO RIOMAR).20h30 - A coisa tá preta! Playlist oficial da Expo Preta. Dia 2 - Sábado (17/08)12h - A coisa tá preta! Playlist oficial da Expo Preta.13h - Dj Jeff Apresentação cultural.14h - Educação Financeira Painel de conteúdo.15h - Saúde e corpo em movimento Painel de conteúdo/apresentação cultural.16h - Travestis negras vivas! Painel de conteúdo.17h - Afrobaile B2B Baile Charme Apresentação cultural.18h - Painel com Dona Carmem Virginia (OFERECIMENTO RIOMAR).19h - Painel com Zezé Motta (OFERECIMENTO RIOMAR).20h - Dj Milena Cinismo Apresentação cultural. Dia 3 - Domingo (18/08)12h - CIA Agebês - Maracatu Nação Porto Rico Apresentação cultural.12h30 - Antirracismo na prática: o papel das pessoas aliadas Painel de conteúdo.13h30 - Sambando Miudinho Apresentação cultural.15h - Racismo religioso: o que é e como combater? Painel de conteúdo.15h40 - Desfile de marcas Apresentação cultural.16h30 - Vivências Ancestrais Painel de conteúdo.17h30 - Afrobaile B2B Baile Charme Apresentação cultural.19h - Dj Léa Apresentação cultural.

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Primeiro dia do Seminário Nacional País do Carnaval debate as várias facetas da festa

O Seminário Nacional País do Carnaval, que terá início na próxima terça-feira (13/08) na Sala Aloísio Magalhães da Fundaj, visa explorar as diversas facetas do Carnaval no contexto das transformações sociais e culturais atuais. Com curadoria de Silvana Meireles e Renato L, o evento ocorrerá ao longo de três dias e contará com a produção de Janaína Guedes e o incentivo da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, da Prefeitura do Recife e da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O primeiro dia se concentrará em discutir temas como a evolução da festa e sua relação com a indústria cultural e as tradições regionais. A abertura do seminário apresentará debates sobre a festa popular, abordando tanto a tradição quanto a contemporaneidade do Carnaval. Participarão das discussões Paulo Cesar Miguez de Oliveira, economista e reitor da Universidade Federal da Bahia, e Rita de Cássia Araújo, historiadora e pesquisadora da Fundaj. Outro painel destacará a comparação entre as tradições carnavalescas de Salvador e Rio de Janeiro, com a presença do arquiteto e mestre em Cultura e Sociedade, Zulu Araújo, e Rita Fernandes, jornalista e presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Silvana Meireles, uma das curadoras, comentou que o seminário surgiu de conversas sobre as mudanças no Carnaval e a necessidade de reunir gestores, acadêmicos e artistas para debater essas transformações. “País do carnaval nasceu numa mesa de bar de uma conversa entre mim e Renato sobre as nossas experiências do carnaval de 2024 como foliões ou como observadores de carnavais em Pernambuco e outros lugares. Falamos sobre as significativas mudanças da festa no Brasil, principalmente nos últimos anos. No final do papo, achamos importantes reunir gestores, acadêmicos, ativistas e artistas num debate? E assim nasceu o seminário”, disse Silvana Meireles, uma das curadoras do evento. “Será um momento interessante para que a gente possa refletir, discutir sobre essa grande festa que é o carnaval no Brasil. Uma das maiores festas populares no mundo e como tal precisa ser tratada com muito carinho, com muita dedicação, muito respeito e, sobretudo, políticas públicas”, disse Zulu Araújo, um dos convidados do dia. Já Rita de Cássia Araújo destacou o caráter plural do evento. “Vai ser uma oportunidade excelente pra conhecer essa grande festa pública brasileira, não só em Pernambuco Bahia e Rio de Janeiro que já são consagrados, mas também Belo Horizonte e São Paulo, onde a festa de rua emergiu com força nesse século”, concluiu. As inscrições são gratuitas, com inscrições pelo sympla.

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Espetáculo poético “Na boca muitos nomes” estreia no Teatro Hermilo Borba Filho

Apresentação faz um diálogo entre voz, corpo, ritmo e som, com base no recital de poemas autorais da artista Maju e do artista Oliveira. Foto: Nathalia Queiroz O espetáculo de poesia "Na boca muitos nomes", idealizado pela poeta e musicista Maju e pelo poeta e músico Carlos Gomes Oliveira, estreia no dia 16 de agosto, às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho, no Bairro do Recife. Esta apresentação surge de uma imersão intitulada "Mover é um rasgar-se e remendar-se: processos de um corpo em poesia", que envolveu um processo de três meses com especialistas em corpo, interpretação de Libras e artes visuais. O projeto, incentivado pela Lei Paulo Gustavo, explora a poesia através de uma combinação única de elementos cênicos e performáticos. Após a estreia no Teatro Hermilo Borba Filho, o espetáculo será exibido no Festival Pernambuco Meu País em Triunfo, Sertão de Pernambuco, no dia 18 de agosto, e no Festival Palavra Cifrada na Livraria do Jardim, Recife, no dia 31 de agosto. A performance visa além da leitura convencional de poesia, propondo arranjos vocais inovadores e o uso do violão pelos poetas Maju e Oliveira, incorporando timbres e melodias que enriquecem a experiência poética. "Na boca muitos nomes" integra a poética dos livros recém-lançados de Maju e Oliveira e conta com a participação da tradutora de Libras Anderson Andrade, da bailarina e terapeuta somática Isabela Severi, e da artista visual Bárbara Melo. O espetáculo explora a interação entre poesia, música, Libras, dança, teatro e artes visuais, oferecendo uma experiência multimodal que valoriza a acessibilidade e a expressão artística em suas diversas formas. “Os profissionais do corpo, da tradução em Libras e das artes visuais estarão com a gente nessa imersão, trazendo para os seus corpos as próprias vivências sobre os poemas e performances, devolvendo suas “vozes”, suas “personas”, para a construção do espetáculo, sobretudo na presença de Bela Severi cenicamente nos corpos dos poetas, Anderson Andrade numa tradução em Libras enriquecida com o diálogo desse corpo em poesia, e de Bárbara Melo, pondo suas obras visuais repletas de rasgos, como cenário e cena poética”, detalham os poetas Maju e Oliveira.

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1824: a derrota revolucionária e os efeitos do fim da Confederação do Equador

*Por Rafael Dantas A República instalada em 1824 no coração do Nordeste brasileiro não teve vida longa. Em menos de seis meses, o governo foi derrotado e os líderes fugiram ou foram presos. O maior ícone, Frei Caneca, foi julgado e fuzilado perto do Forte das Cinco Pontas. A queda dos revolucionários derramou sangue, sonhos e deixou sequelas políticas e econômicas. Algumas estão sendo enfrentadas ainda hoje. O primeiro impacto da vitória de Dom Pedro I sobre os confederados foi a dissolução de uma forte classe política e intelectual engajada na então província. O presidente da Confederação do Equador, Manoel de Carvalho Paes de Andrade, conseguiu fugir para a Inglaterra. Frei Caneca, foi preso, condenado e morto. As demais lideranças tiveram destinos parecidos. A força que irrompeu em 1817, na Revolução Pernambucana, e em 1821, na Convenção de Beberibe, e que voltou a abalar Dom Pedro I em 1824, ficaria contida após essa derrota. O próximo movimento de grande proporção no Estado aconteceria apenas quase 25 anos depois, na Revolução Praieira. Os ideais libertários e mais avançados que circulavam na colônia foram abafados. “Com a repressão do governo central ao movimento da Confederação do Equador, vários personagens foram silenciados. No entanto, devemos considerar que foi um momento muito importante, não apenas para a história em Pernambuco, mas para a história do Brasil. Dom Pedro I consegue impor sua força nas províncias da região, no entanto, não foi suficiente para pacificar todas elas. Outros movimentos revolucionários foram surgindo, resultado, inclusive, das contestações que tinham como base liberdade e igualdade. Contestando as formas de governo e a própria repressão do governo central”, ressalta o professor de história da Universidade de Pernambuco, Carlos André Silva de Moura. Os ideais, muito sofisticados para a época, ficaram como um legado da revolução. Para isso foi fundamental o papel exercido pela imprensa, antes e durante o período da Confederação do Equador. “Os jornais como Typhis Pernambucano, coordenado por Frei Caneca, foram fundamentais para a divulgação das ideias de liberdade que foram construídas”. Seja pela imprensa ou pela habilidade retórica e de articulação dos seus líderes, essa revolução conseguiu também ter uma adesão popular. Um fato que contribuiu para a permanência dessas ideias, mesmo diante de um governo autoritário que se instalou. “A Confederação do Equador extrapolou outros movimentos anteriores, pois passou de uma simples conspiração. Concretamente, a Confederação decretou um processo de independência, também com a participação popular, que foi marcante. Além disso, os próprios questionamentos sobre a condição dos escravizados, anos depois, vai levar à criação de vários movimentos abolicionistas. Não só em Pernambuco, mas em diversas partes do Brasil”, analisa Carlos André. Ao derrotar os revolucionários pernambucanos com o exército imperial, Dom Pedro I conseguiu consolidar também a mais centralizadora Constituição, que foi imposta em 1824. Era justamente ela um dos motivos que contribuiu para a explosão da revolução. Para o historiador Flávio Cabral, professor da Unicap, essa Carta, que foi a mais longeva de toda a história do Brasil, deixou um legado perverso para o País. Ela só viria ser derrubada em 1891, já no período republicano, após o longo governo de Dom Pedro II. “Ficamos amordaçados, aceitando goela abaixo a imposição de um déspota. Era uma Constituição arbitrária que tem uma invenção maquiavélica, como dizia Frei Caneca, que era o Poder Moderador. O imperador poderia interferir em todos os poderes”, afirmou o Flávio Cabral. A centralização do poder no governo central é um “legado” dessa derrota pernambucana. Contestada pela Confederação do Equador, que defendia claramente uma posição federalista, como nos Estados Unidos, a força concentrada da governança brasileira não foi abandonada. Os debates promovidos pelo ex- governador Eduardo Campos, que defendiam uma revisão do Pacto Federativo, quase 200 anos depois daquela revolução, permanecem ainda por serem resolvidos. Inicialmente pela capital do Império no Rio de Janeiro e atualmente em Brasília, a concentração de poder no governo e nos poderes legislativos centrais é um fato. Uma expressão que exemplifica a dificuldade dos governos locais diante desse cenário é das marchas dos prefeitos com o “pires na mão” em direção ao Planalto. A busca de recursos para tocar a gestão dos municípios passou também a ser das emendas parlamentares. Seja do Governo Federal, da Câmara ou do Senado, estão na capital as decisões sobre o destino da maior parte dos recursos arrecadados no País. O relatório publicado neste ano pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) exemplifica a continuidade do problema da concentração de poder. “O início deste ano nas prefeituras municipais é marcado, dentre outras atividades, pela preocupação com a situação fiscal, posto que ao menos metade dos municípios do País encerrou o ano de 2023 com déficit primário”, alertou o comunicado sobre as expectativas das contas municipais em 2024. Um problema de lá do Século 19 que, em outras nuances, permanece presente no Século 21. Além da centralização administrativa e econômica do Império, o “Poder Moderador”, criado por Dom Pedro I na Constituição de 1824, com frequência é evocado pela extrema direita brasileira atualmente. Na leitura contemporânea dos grupos que atentam contra a democracia, o “Poder Moderador” que, no passado, pertenceu ao imperador, seria hoje de competência dos militares. Portanto, outro fantasma que sobreviveu com a derrota da Confederação do Equador. PARA ALÉM DA CENTRALIZAÇÃO POLÍTICA A manutenção do poder pelo Império contribuiu também para a estabilidade de muitas mazelas sociais do País, como a escravidão e mesmo a desigualdade na análise de Flávio Cabral. “O Império manteve o pobre no mesmo lugar, os povos originários sem condições, além da continuidade da escravidão. Muitas ‘heranças’ que temos hoje são frutos desse conservadorismo que se manteve com a Constituição de 1824. É bom lembrar que ela foi a que mais durou no Brasil”, afirmou o historiador. “O País teve muitas chances de mudança, mas desperdiçou um bocado delas”. A vitória de Dom Pedro, na avaliação de Flávio Cabral, promove uma conservação social do País. “Houve uma independência, mas sem mortificar as estruturas da propriedade, do latifúndio, da escravidão e não se promoveu uma

1824: a derrota revolucionária e os efeitos do fim da Confederação do Equador Read More »