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Pé diabético, um problema grave que atinge mais de 27 milhões de diabéticos

O diabetes é uma doença silenciosa que, quando não tratada e controlada, gera inúmeras complicações. Segundo dados publicados na oitava edição do Diabetes Atlas, desenvolvido pela Federação Internacional de Diabetes, existem 435 milhões de diabéticos no mundo e a previsão é que até 2045 esse número suba para 629 milhões. Só no Brasil, quinto país em número de indivíduos com diabetes acima de 65 anos, já são 12,5 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença. A quantidade de pessoas com a doença no país e no mundo é um dado preocupante. Porém, quando avaliamos os números de mortes causadas por complicações do diabetes, a situação fica ainda mais alarmante. Só no ano de 2017, foram registrados 4 milhões de mortes causadas por problemas de saúde relacionados ao diabetes. Dentre as complicações mais sérias estão: a retinopatia diabética (perda de visão), a nefropatia (lesão ou doença nos rins), a neuropatia (quando os nervos não funcionam corretamente) e o pé diabético (feridas de difícil cicatrização nos pés que podem levar a desbridamentos ou até mesmo amputação do membro). O pé diabético, apesar de parecer mais simples, é uma complicação que atinge cerca de 27 milhões de pessoas. Definido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma infecção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica, a complicação se não tratada corretamente pode infeccionar e evoluir para amputação. Pesquisas apontam que a amputação do membro inferior é de 10 a 20 vezes maior na população com diabetes do que na população geral. O paciente diabético precisa tomar muito cuidado com a “saúde dos pés”. Além da dificuldade de cicatrização, ele pode sofrer com a neuropatia diabética - uma complicação que causa formigamento, fraqueza e perda de sensibilidade. “A neuropatia dificulta a percepção do calor, frio e até mesmo de pequenos traumas. Quando o paciente percebe, ele já pode estar com uma lesão grande e evoluída”, alerta Dr. Matheus Cavichioli, cirurgião vascular na clínica Endovascular São Paulo. O caso de um paciente atendido pelo doutor Cavichioli, mostrou a importância de se falar sobre o assunto e alertar as pessoas, principalmente os diabéticos, sobre os riscos que um simples ferimento nos pés pode causar e como é necessário um tratamento rápido e eficiente para conseguir uma boa recuperação e evitar a amputação. “Tratei de um paciente, de 72 anos, com histórico de hanseníase na juventude. Como sequela da doença, ele perdeu a sensibilidade dos pés e desenvolveu uma grande ferida no local. Fizemos várias cirurgias e curativos intensivos para tentar fechar a ferida, porém quando ele voltava a andar ou, simplesmente, apoiar o pé no chão, a feriada abria novamente. Só conseguimos uma cicatrização total quando optamos pelo tratamento com bota ortopédica TCC –EZ logo após a cirurgia. A bota evita atrito e sobrecarga no ponto de maior pressão da ferida, interrompendo o ciclo da úlcera e possibilitando um resultado de 100% de cura. ”, relata o cirurgião vascular. A boa notícia é que esse novo produto, já muito utilizadas no exterior, está chegando ao Brasil e poderá ser utilizada em tratamentos de pacientes pés diabéticos ou qualquer outra doença que envolva lesões graves nos membros inferiores. Um produto novo no mercado brasileiro, de alta tecnologia, que visa evitar a amputação. Sua utilização diminui a pressão plantar em até 69% no início do tratamento. Sua aplicação dura cerca de 10 minutos e o paciente deve ficar com o curativo, assim conhecido popularmente, durante 7 dias. Após este período, o médico faz uma nova avaliação e verifica a necessidade de realizar a troca por uma espécie de “refil” da bota. O TCC-EZ possui um sistema Total Contact Cast, capaz de proporcionar maior proteção ao ferimento. Ele cria uma câmara de cicatrização natural, o que garante a cicatrização ativa da ferida e proporciona um ambiente seguro para o pé, interrompendo o ciclo da úlcera, e possibilitando um resultado de 100% de cura. Há pouco tempo no mercado brasileiro, o TCC –EZ está sendo distribuído pelo Grupo Suprimed e sendo utilizado por renomados médicos e hospitais de todo o país.

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A era dos bebês sedentários

Se por um lado a tecnologia trouxe novas e até pouco tempo inimagináveis perspectivas para a medicina, por outro, suas facilidades também estimulam o sedentarismo. Uma situação que nos deixa mais vulneráveis às doenças crônicas, diminuindo nossa qualidade de vida e longevidade. Longas horas diante das telinhas nos fazem esquecer o passar do tempo e a necessidade de manter o corpo em atividade física. Nem mesmo as crianças pequenas escapam dessa sedução causada por dispositivos eletrônicos. E hoje já se fala até em bebês sedentários. “Essa denominação tem sido aplicada em bebês que gastam horas por dia frente a aparelhos com tela, em especial tablets e celulares, ou ficam períodos longos acordados em cadeiras tipo bebê-conforto”, conceitua João Guilherme Alves, diretor de ensino e pesquisa do Imip, um dos palestrantes do CAM FPS. A Sociedade Canadense de Pediatria, segundo o médico, recomenda que crianças abaixo dos 2 anos não utilizem esses dispositivos e permaneçam menos de uma hora em berço ou cadeiras enquanto acordadas. Para as que têm entre 2 a 4 anos, a orientação é de uma hora de tela por dia. “Quando não estão dormindo, elas devem ter menos de uma hora, em berço ou cadeira”, adverte o médico. O Imip também realizou uma pesquisa recente, na qual 84% dos bebês estudados apresentavam um comportamento sedentário, ou seja, tinham várias horas de tela, mesmo ainda sem completar o segundo ano de vida. Esse percentual foi mais alto do que o encontrado no Canadá (68%). Nesse mesmo estudo, observou-se que o primeiro contato da criança com a tela ocorria muito cedo, por volta dos cinco meses de idade. “Também foi observado que quanto mais horas as mães gastavam frente à TV, mais tempo seus filhos eram expostos à tela. Isso parece demonstrar claramente que os hábitos dos pais passam para os filhos”, conclui João Guilherme. Para as crianças maiores, as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) são de que a prática de exercícios na infância seja realizada, no mínimo, uma hora por dia, com intensidade moderada a vigorosa para fortalecimento muscular e ósseo. Deve ser em sua maior parte aeróbica, mas também inclui atividades de força ou anaeróbicas. Exercícios musculares para crianças e adolescentes, segundo a OMS, melhora aptidão física e composição corporal, incluindo aumento da massa óssea-muscular e redução da gordura. “Mas devem ser feitos após avaliação médica, com prática supervisionada por profissional habilitado e exercícios progressivos”, recomenda João Guilherme. Uma boa maneira de estimular a malhação entre os pequenos é a educação física. “Estudos comprovam que se trata de uma importante intervenção para prevenir as doenças crônicas degenerativas que têm início na infância”, ressalta o diretor do Imip. Apesar dessa importância, João Guilherme afirma que essas aulas são negligenciadas. “Em colégio públicos do Recife, menos da metade dos alunos (44,7%) são assíduos, isto é, frequentam ao menos 80% das aulas. Esse percentual nas escolas privadas é mais elevado, 86%”, revela. Os pais também devem ficar atentos para investir em programas de atividade física extraescolar, que podem incluir até academias de ginástica para crianças. Pois é, elas não são feitas só pra gente grande. Mas devem oferecer segurança e orientação de profissionais habilitados. Sair das quatro paredes e fazer passeios com a garotada em áreas verdes e parques infantis é outra dica importante. “Estudos recentes têm evidenciado que quanto maior a área verde de uma cidade e o número de parques, menor é o surgimento de várias doenças em seus habitantes”, justifica João Guilherme. *Por Cláudia Santos, editora da Revista Algomais (claudia@algomais.com)

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Bacio di Latte inaugura nova loja no Recife, no Shopping RioMar

No próximo sábado, dia 18 de Agosto, a partir das 10h, a marca Bacio di Latte abre sua segunda loja no Nordeste, Shopping RioMar. E, como já é tradição nas inaugurações da Bacio, com gelato grátis das 10h às 15h. Em Abril, a empresa, inaugurou sua primeira loja no Nordeste, no Shopping Recife. Os sabores, delicados e cremosos, são produzidos diariamente na própria loja com os melhores ingredientes, nacionais ou importados. Normalmente são cerca de 20 sabores na vitrine, entre os quais, Bacio di Latte (à base de leite e creme de leite, carro chefe da marca), Pistacchio (pistache italiano tostado, considerado o melhor do mundo), 3 Cioccolati (três chocolates de cacaus de origem africana de sabor intenso com pedacinhos de biscoito de chocolate), Cioccolato Belga (o favorito entre todos os chocolates da marca, à base de cacau africano processado na Bélgica e pedaços de chocolate), Lilla (iogurte de frutas vermelhas, o sabor cítrico perfeitamente combinado à acidez do iogurte) e Nocciola (gelato de avelãs), entre outros. O ambiente aconchegante foi pensado para que a experiência de se saborear um gelato vá além da simples compra: as lojas oferecem um lugar gostoso para que seus clientes passem horas divertidas com a família e os amigos. Cada cliente pode escolher até três sabores em cada copinho: pequeno (R$ 12,00), médio (R$ 14,00) ou grande (R$ 17,00). Há ainda o copo massimo (R$ 25,00) para quatro sabores. E os potes de ½ kg (R$ 50,00) e de 1 kg (87,00). A empresa Bacio di Latte nasceu há sete anos em São Paulo, sonho de dois irmãos italianos, que queriam em São Paulo o mesmo delicioso gelato artesanal que tomaram a vida inteira em Milão, onde nasceram. A primeira loja foi inaugurada em Janeiro de 2011 na Oscar Freire, uma das ruas mais charmosas dos Jardins, um dos mais charmosos bairros de São Paulo. Sucesso de público e de crítica. Hoje são quase 100 pontos de venda espalhados pelo Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Pernambuco e Distrito Federal). Ano passado, inaugurou sua primeira loja nos Estados Unidos, em Beverly Hills, Los Angeles.

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Após sucesso de pré-venda, HQ Luto tem lançamento oficial

A HQ Luto (134 páginas/Peba Publicações) aborda as guerras de família e a política no sertão pernambucano no início do século passado. Os quadrinhos têm roteiro de Bruno Florêncio (bj fogueteiro), edição de Gabriela Pimentel (antropóloga e editora da Peba Publicações) e ilustrações de Rafael Dantas, Milton Estevam, Téo Pinheiro e Rafael Anderson, que usaram técnicas de xilogravura e outros desenhos  em cores. A capa é de J. Borges. A obra busca suscitar importantes questões, pouco conhecidas da cultura popular pernambucana, narrando a guerra entre as famílias Bezerra (chefiada pelo coronel Bezerra, partidário do general Dantas Barreto) e Araújo (liderada pelo Coronel Bastô Araújo, seguidor do conselheiro Rosa e Silva) pelo controle do comércio do algodão, formação de curral eleitoral e manutenção do poder. A eleição para governador daquele ano (1911) é tida como a mais acirrada de Pernambuco. No livro, é possível ler trechos das correspondências trocadas entre os líderes à época. A editora realizou a pré-venda do material na Bienal Geek em Pernambuco e no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) em Minas Gerais. Os eventos, mais uma campanha de divulgação online, resultaram numa lista de interessados na edição definitiva do material que será lançado oficialmente neste sábado (18), a partir das 10h, no Museu do Trem do Recife. Ali também estarão expostas 20 páginas da HQ, ampliadas em A3, que ficarão disponíveis para visitação até o dia 31 de agosto na Estação Central Capiba (R. Floriano Peixoto, s/n - São José). A mostra Luto faz parte da programação da Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, que ocorre no Museu. Durante o lançamento haverá um debate sobre a obra com o roteirista bj fogueteiro, professor Bruno Alves, doutor em educação e especialista em quadrinhos Fábio Paiva, com mediação da museológica Mariza Monteiro , com tradução simultânea para Libras de Diel Moura. O financiamento do livro foi realizado graças ao edital do Funcultura. Escute a introdução do livro “in memoriam” https://www.youtube.com/watch?v=PEYmy3CcvD8   Serviço Lançamento “Luto” (Peba Publicações) Data: sábado, 18 de agosto de 2018 Horário: 10h às 12h Local: Estação Central Capiba - Museu do Trem (R. Floriano Peixoto, s/n - São José) Entrada gratuita R$ 20 / 134 páginas Informações: (81) 3184-3197 (Museu) / 98844-9727 (Fornalha Literária) Sobre a Peba Publicações: “Luto” é a primeira publicação da iniciativa formada por Gabriela Pimentel e Bruno Florêncio, a iniciativa independentemente. A dupla estuda a possibilidade de novos lançamentos em breve.   Ficha Técnica: Roteiro: Bruno Florêncio – bj fogueteiro, graduando em ciências sociais licenciatura pela UFPE, pesquisador, escritor – roteirista de história em quadrinhos, contos – participou de alguns concursos e possui publicações. Se caracteriza por valorizar a cultura nordestina e sertaneja com base em suas pesquisas de campo; Ilustrações: Rafael Dantas, desenhista conceituado na área dos quadrinhos, com uma bagagem de alguns anos. Destaca-se por seu traço característico e por sua experiência em desenhos relacionados ao Sertão; Milton Estevam, desenhista conceituado na área de quadrinhos, destaca-se por sua trajetória no mercado internacional, bem como no nacional; Téo Pinheiro, desenhista conceituado na área dos quadrinhos, designer gráfico e ilustrador, com várias publicações no mercado internacional e nacional; Rafael Anderson, ilustrador e quadrinista, destaca-se por seu traço e versatilidade. Cores: Alzir Alves, colorista conceituado, com uma bagagem de mais de 10 anos. Atua no mercado nacional e internacional. Téo Pinheiro, designer gráfico e ilustrador, com várias publicações no mercado internacional e nacional; Design: Cironey Ciro, designer, artista 3d generalista, ilustrador e cartunizador que se caracteriza por utilizar as novas tecnologias para agregar valores contemporâneos a forma tradicional de fazer arte. Diagramação: Stéfane Quezado Revisão: Arthur Vinícius Edição: Gabriela Pimentel – Peba Publicações, pesquisadora da área de Cultura popular, graduada em ciências sociais bacharelado e mestranda em Antropologia pela UFPE.

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Medicina 4.0: avanços da ciência e tecnologia na saúde trazem novas perspectivas para o setor

Imagine um paciente asmático que tem uma crise enquanto está dormindo. Um sistema inteligente identifica o problema, aciona o alarme do celular e liga diretamente para um médico de referência. Já com todos os dados do paciente em mãos, enviados online, e com as informações dos seus sinais vitais, o profissional faz uma consulta por telefone e prescreve o medicamento. Uma impressora 3D imprime os remédios na cabeceira da cama, já com chips para monitorar se o asmático realmente os engoliu. Acompanhando a melhora do quadro de saúde do paciente, o sistema libera a pessoa. Ou, no caso de piora, aciona uma ambulância para um socorro. Parece coisa de outro mundo? Bem-vindo ao futuro, que promete terapias cada vez mais automatizadas e personalizadas. Essa história, que parece vinda de um desenho dos Jetsons, foi contada pelo médico da IBM Watson Health, Miguel Aguiar Netto. Ele foi um dos palestrantes do CAM FPS, evento que tratou sobre o futuro da medicina, que foi realizado pela Algomais, CBN Recife e Mova, com patrocínio da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) e apoio do Shopping RioMar e Rede Globo Nordeste. “É para esse modelo que estamos caminhando. Uma realidade que mudará para melhor a vida de nós médicos e das pessoas que procuram nossos serviços”, afirma o especialista em implementação de soluções de inteligência artificial em saúde, que também é emergencista. As inovações no setor têm trilhado caminhos distintos. Um deles é ofertar um número maior de informações aos médicos. A partir do avanço da inteligência artificial, tanto uma infinidade de dados dos pacientes estará à disposição dos especialistas, como todo o conhecimento científico relevante produzido no mundo. “Cuidar da saúde de alguém é uma arte. A gente precisa ter informação para tomar decisões sobre a terapia. Não podemos fazer isso no escuro, sem evidências científicas. Os sistemas criados a partir das novas tecnologias estão avançando na capacidade de ler os dados médicos que estão na nuvem e com potencial de identificar o que é relevante para o apoio médico”, conta Miguel Aguiar Netto. Com isso, a publicação de novas pesquisas científicas e dados sobre os padrões de pessoas doentes, por exemplo, podem ser cruzados com o diagnóstico que o médico levantou do paciente. E, assim, contribuir na decisão do tratamento para chegar nos resultados mais eficazes. Esse é um dos serviços em desenvolvimento pela plataforma do IBM Watson Health, sistema criado pela gigante do setor de tecnologia da informação. O uso de equipamentos tecnológicos com inteligência artificial no apoio dos tratamentos é outra tendência. Segundo Aguiar Netto, já existem bombas de insulina conectadas em wi-fi com o Watson que entendem o comportamento do nível de glicose do paciente. Com esses dados, o sistema consegue prever tendências do quadro de insulina e interagir com o celular, indicando o tipo de alimentação adequada para reverter o quadro ou alertando serviços de emergência. “Isso faz com que as internações por complicações por hiperglicemia ou hipoglicemia sejam reduzidas. As pessoas passam a ter mais segurança e qualidade de vida melhor”. O avanço no conhecimento da genética humana é outro caminho que tem contribuído de forma significativa para os tratamentos de saúde das mais diversas áreas. O levantamento genético do paciente pode auxiliar principalmente a prevenção e a chamada medicina personalizada (conceito que propõe tratar a saúde do paciente de forma exclusiva). “Cada vez mais temos utilizado técnicas de medicina genômica para o diagnóstico precoce de tumores de câncer, por exemplo. Com elas é possível monitorar o comportamento do tumor e a sua evolução. Podemos refinar muito o conhecimento sobre o paciente e sobre a doença com que estamos lidando. O aconselhamento genético é importante principalmente em doenças hereditárias. Não só no diagnóstico, mas na orientação dos tratamentos”, afirma o geneticista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Diogo Soares, que também foi palestrante do CAM FPS. O recurso tornou-se mundialmente conhecido com o rastreamento genético da atriz Angelina Jolie. Ao identificar a mutação de um gene, que apontava 87% de chances de desenvolver câncer de mama e 50% de sofrer câncer de ovário, ela foi submetida a cirurgias preventivas para retirar os ovários, as trompas de Falópio e fazer dupla mastectomia. Diogo Soares considera que a técnica de sequenciamento genético já está estabelecida e é uma realidade, mas há ainda fronteiras a serem superadas. “A interpretação desses dados genéticos é um grande desafio, bem como a disseminação para os pacientes do SUS, que é a grande maioria da população”. STARTUPS IMPULSIONAM INOVAÇÃO Pernambuco tem sido um grande nascedouro de startups. São mais de 300 desenvolvendo soluções e gerando negócios. Entre tantos segmentos sendo beneficiados pela criatividade que brota desse movimento, as healthtechs estão revolucionando os serviços ligados à saúde. As inovações têm contribuído nos tratamentos, na gestão e no relacionamento do setor médico com os pacientes. De olho nesse movimento, a FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde) anunciou recentemente a criação de um Centro de Inovação para estimular e acelerar essas iniciativas. E uma das mais novas criações dessas jovens empresas traz uma boa notícia para os que sofrem de dor de cabeça crônica. A pernambucana NeuroUP desenvolveu um equipamento que promete melhorar a vida dos 13% da população brasileira acometida por esse mal. O aparelho usa a tecnologia do biofeedback, uma técnica não-invasiva que auxilia no diagnóstico dos motivos que estão gerando a sensação dolorosa. E a partir dessas informações propõe uma solução para dissipar o incômodo. “Para resolver esse problema montamos uma plataforma sem fio que, a partir de uma faixa na cabeça do paciente, nos permite captar informações musculares. Comparamos essas informações com a nossa base de dados de centenas de pacientes saudáveis. A partir daí a plataforma orienta os pacientes sobre como controlar seus próprios músculos, o que ajudará no alívio da dor”, afirma Ubirakitan Maciel, co-fundador e diretor executivo da startup. A NeuroUP possui atualmente 35 clientes no Brasil e estima que a tecnologia já tenha sido utilizada no tratamento de mais de 800 pacientes. “Nossa expectativa, em três anos, é difundir

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Estreia Clube de Leitura Cepe Editora

Facilitar e baratear o acesso ao livro, ampliando as fronteiras do hábito de ler. Essa é a principal finalidade do Clube de Leitura Cepe Editora. “A iniciativa reflete uma política de valorização dos produtos editoriais da Cepe Editora. Somente este ano lançaremos 82 livros”, declara o presidente da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), Ricardo Leitão. O clube oferece descontos especiais, tanto nos livros como nas publicações mensais (Revista Continente e Suplemento Pernambuco), além de promoções exclusivas. A ideia vem também como uma maneira de contemplar os usuários do e-commerce da Cepe, que crescem significativamente. Atualmente, são 1.500 usuários cadastrados, que automaticamente migrarão para o Clube de Leitura. De 2016 para 2017, as vendas na plataforma digital cresceram 137%. E o primeiro semestre deste ano já fechou com crescimento de 20% em relação ao semestre passado. A meta é duplicar esse número até agosto de 2019. Os descontos são de 15% para os livros, sem diferenciar títulos de catálogo e lançamentos. Já para a assinatura da Continente e jornal literário Pernambuco, o desconto chega a 30%. O participante do clube também ganha três meses de assinatura da versão digital da Continente, disponível para tablets e celulares. Basta se inscrever no site www.cepe.com.br/lojacepe. Fazer parte do clube e de suas vantagens especiais é totalmente gratuito. Atualmente, a Cepe Editora, que completa dez anos em 2018, conta com 351 títulos disponíveis em seu catálogo, entre livros e revistas.

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Acidificação dos oceanos deve se intensificar nas próximas décadas

Elton Alisson/via Agência FAPESP Considerado um dos fenômenos que mais afetam os oceanos atualmente, a acidificação oceânica só foi mencionada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em seu quinto relatório de avaliação (AR5), publicado em 2013 – o primeiro relatório é de 1990. O órgão da ONU destaca no Sumário para formuladores de políticas públicas do AR5 que o oceano tem absorvido cerca de 30% do dióxido do carbono atmosférico (CO2) emitido pela ação humana (antropogênico). O aumento da concentração e da dissolução de CO2 tem diminuído o pH da água superficial dos oceanos desde o início da era industrial e aumentado sua acidez, afirmaram os autores do relatório. A partir de então, a acidificação dos oceanos passou a integrar todos os cenários de mudanças futuras do clima do AR. O tema deve ganhar ainda mais destaque no AR6 – previsto para ser finalizado em 2021 – e no Relatório Especial sobre o Oceano e a Criosfera em um Cenário de Mudanças Climáticas, que deve ser finalizado pelo IPCC em setembro de 2019, estimou Jake Rice, membro do grupo de especialistas da Avaliação Mundial dos Oceanos da ONU. Especialista em ecologia e biologia marinha, conselheiro e cientista-chefe do Departamento de Pesca e Oceanos do Canadá, Rice é um dos pesquisadores convidados da São Paulo School of Advanced Science on Ocean Interdisciplinary Research and Governance. O evento, realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), com apoio da FAPESP, ocorre até 25 de agosto no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. “Há uma confiança muito alta de que a acidificação dos oceanos tem aumentado e têm sido bastante documentado os efeitos desse fenômeno em organismos marinhos que dependem de carbonato de cálcio para seus processos de calcificação”, disse Rice. “As séries temporais de observação dos oceanos, que permitiriam estimar a taxa e a trajetória desse fenômeno ao longo das últimas décadas, contudo, são muito curtas. As de acidez oceânica em águas costeiras, por exemplo, datam de pouco antes de 2005”, disse. De acordo com o pesquisador, os modelos de sistemas terrestres projetam um aumento global na acidificação e diminuição no pH oceânico em todos os cenários de emissão e concentração de gases de efeito estufa, mas com grandes e incertas variações regionais e locais. Os países em desenvolvimento e as pequenas ilhas dos trópicos, que dependem de recursos marinhos, serão os mais afetados diretamente ou indiretamente pelo fenômeno. Os impactos negativos da acidificação oceânica devem variar de mudanças na fisiologia e comportamento dos organismos (como moluscos) e na dinâmica populacional e afetarão os ecossistemas marinhos (como os recifes de corais), durante séculos se as emissões de CO2 continuarem no ritmo atual. Mas há uma série de outros impactos, muitos dos quais ainda não compreendidos, ponderou Rice. “A acidificação dos oceanos ilustra vários dos desafios que temos enfrentado em ciência do oceano. É preciso mais dados que nos permitam estabelecer relações entre as propriedades físicas de sistemas dinâmicos, com impactos biológicos nos ecossistemas e na sociedade”, disse. Na opinião do canadense, um dos fatores que tornam mais difícil fazer ciência dos oceanos em comparação com as ciências da terra é a maior facilidade em entender a dinâmica terrestre porque vivemos em terra. Dessa forma, é possível ver e analisar diretamente como o sistema terrestre funciona. “Nossa compreensão do oceano precisa prestar mais atenção às evidências e menos à percepção de que é possível entendê-lo por analogia ou inferência do conhecimento sobre a terra e seus sistemas biofísicos”, disse Rice. Mais informações sobre a São Paulo School of Advanced Science on Ocean Interdisciplinary Research and Governance: http://espca.fapesp.br/escola/72.

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Eleições 2018 com 27% de candidatos a mais do que nas últimas eleições presidenciais

Encerrou às 19h desta quarta-feira (15) o prazo para os partidos e coligações apresentarem seus pedidos de registro de candidatura. O prazo teve início em 20 de junho e à medida que os registros foram recebidos, seus editais foram sendo publicados no Diário da Justiça Eletrônico (DJE). É estimado que até o próximo sábados o Tribunal Regional Eleitoral tenha publicado todos os editais.   Este ano foram recebidos, ao todo, 1.047 registros, aproximadamente 27% a mais do que nas últimas eleições presidenciais, que contou com 756 candidatos em geral. Dos registros desse ano, 7 foram para governador, 7 para vice, 36 para senador (12 e mais os dois suplentes de cada um), 343 para deputado federal e 654 para deputado estadual.   O candidato que foi escolhido em convenção e não teve sua candidatura registrada até as 19h do dia 15 tem até dois dias após a publicação do edital para fazer o pedido individual de registro.

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Vaga Viva em comemoração

Neste sábado, 18 de agosto, um evento conhecido como ‘vaga viva’ será realizado no bairro do Espinheiro. Organizado pelo coletivo Cicloação, a atividade consiste em ocupar vagas de estacionamento em uma rua durante um dia, transformando a área em espaço de convivência e tem como objetivo chamar atenção para a divisão desigual do espaço público viário no Recife, que prioriza o transporte individual motorizado às pessoas. O evento marca a comemoração de duas datas importantes para os ativistas pela mobilidade ativa: o dia internacional do pedestre, 08 de agosto, e o dia nacional do ciclista, 19 de agosto. O grupo lembra que pedestres e ciclistas são os atores mais frágeis no trânsito e deveriam ter suas necessidades de infraestrutura e segurança priorizadas nas vias, como orienta o Código de Trânsito Brasileiro e a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Porém, no Recife esta prioridade é invertida. “Não temos muito o que comemorar. Pedestres estão entre as principais vítimas do trânsito no Recife e ciclistas seguem esperando que infraestruturas de proteção sejam implantadas em vias de alta velocidade, portanto mais perigosas”, alerta Daniel Valença, integrante do coletivo Cicloação. Segundo os organizadores, a vaga viva é um evento organizado em todo o mundo para mostrar como o espaço viário é mal distribuído. Em diversas cidades do Brasil e do mundo, políticas públicas de humanização das cidades já estão revertendo esta lógica, utilizando o espaço antes ocupado por veículos parados para implantação de infraestrutura de proteção, seja ciclofaixas, alargamento de calçadas ou áreas de convivência.   O quê: Vaga viva em comemoração ao dias do pedestre e ciclista Onde: Esquina entre a rua do Espinheiro e a av. Rosa e Silva, no bairro do Espinheiro, Recife. Quando: sábado, 18 de agosto, das 08 às 17h.

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Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado debate cenário das Eleições 2018

O cenário imprevisível e tumultuado das eleições de 2018 foi debatido hoje na reunião do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado na sede da TGI. Palestras dos jornalistas Gilvan Oliveira e Sérgio Montenegro, sobre o pleito eleitoral, e de Ecio Costa, sobre as propostas econômicas do candidatos e a atual conjuntura, trouxeram uma análise das principais candidaturas e sobre o comportamento do eleitorado. Na próxima edição da Algomais traremos uma reportagem sobre o evento. Sérgio Montenegro fez uma leitura histórica de todas as eleições desde a redemocratização, apontando algumas semelhanças entre o pleito de 1989 e o deste ano, como o número de candidatos elevado. "As muitas candidaturas atuais se devem a um fator diferente daqueles observados na eleição de 89. Lá eram uma expressão de liberdade, pós-ditadura. Hoje é o pós-corrupção, o discurso da renovação. Mas não consigo ver muita renovação em muitos candidatos que estão nessas eleições", afirma o jornalista político. Ele informa ainda que mesmo entre os analistas mais otimistas, as estimativas de renovação do Congresso são de no máximo 30%. O surgimento de candidaturas fortes fora dos palanques dos grandes partidos ou das coligações mais tradicionais é uma tendência que tem se apresentado no mundo, na análise de Gilvan Oliveira. "O Brasil sempre é o reflexo das democracias mais maduras. Há algumas tendências de outros países que podem acontecer aqui", comenta. Ele apresentou a comparação com a situação política da França, em que um movimento liderado por Emmanuel Macron derrotou as forças políticas históricas. A eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, contra todas as perspectivas dos analistas; e o surgimento dos partidos Ciudadanos e do Podemos, na Espanha, são outros típicos exemplos. "Esses movimentos nascem de eleitores que ficaram órfãos de interação com os partidos políticos tradicionais". O distanciamento das instituições partidárias com os eleitores impulsiona o surgimento de candidatos que se apresentam de forma mais independente das estruturas tradicionais, como o caso do deputado Jair Bolsonaro (segundo lugar em todas as pesquisas). Outras candidaturas, como a de Marina, na Rede, Álvaro Dias, do Podemos, que se apresentam com a chancela de movimentos, também ganham representatividade nesse momento. "Há uma tendência lá fora de pessoas órfãs de representatividade política que estão migrando para líder personalista ou algum movimento que os abrace", afirma Gilvan. No Estado, a polarização entre o governador Paulo Câmara e o senador Armando Monteiro Neto tem como grande incógnita o destino dos votos da candidata petista Marília Arraes após a decisão do PT em apoiar o PSB local. A disputa nacional, apesar de bem intrincada com os assuntos locais, tem a tendência de caminhar de forma mais distante nas eleições 2018. "De 86 para cá, esta é a eleição mais descolada da realidade nacional", aponta Sérgio Montenegro. ECONOMIA Ecio Costa apresentou um balanço do desempenho econômico nacional no primeiro semestre de 2018, com a sinalização lenta da recuperação da economia e com o impacto da greve dos caminhoneiros nas estimativas de desempenho do País no ano. O economista, que é sócio da Cedes Consultoria e Planejamento, fez ainda uma análise das propostas dos principais candidatos ao pleito presidencial, que revelou muita similaridade. Entre os temas que deverão compor a agenda para o Brasil a partir de 2019 estão a redução do déficit fiscal; o fomento ao crescimento econômico via investimentos e geração de empregos; a organização e continuidade às reformas que diminuam o peso e ineficiência do Estado; e a promoção de uma maior abertura comercial. VEJA ABAIXO ALGUMAS FOTOS DO EVENTO

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