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“Aladim, o Musical Recife” abre sessão extra às 17h no sábado (16)

A produção de "Aladim, o Musical-Recife", abriu uma sessão extra no sábado (16) para a reestreia da montagem pernambucana que volta aos palcos com enredo repaginado. A partir de agora o público terá dois horários disponíveis, às 17h e às 20h. As apresentações irão acontecer no palco do Teatro do Shopping Rio Mar, no Recife. A releitura do conto clássico ganhou um formato de musical desde o ano passado feito pela produtora Nível 241. O enredo original da história conta com uma adaptação no conteúdo destacando os costumes da região do Nordeste. Baseado no conto clássico “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” de Antoine Galland, que faz parte do livro “As Mil e uma noites”, o espetáculo conta a história do pobre menino Aladim que ao longo da história encontra uma lâmpada mágica, onde dentro vive um poderoso Gênio, capaz de realizar três desejos. Aladim enxerga nele a possibilidade da realização dos seus sonhos, um deles conquistar a princesa Jasmine. A montagem local conta com elenco renovado de 28 artistas. Entre os papéis principais, a princesa Jasmine, que será interpretada por Camila Bastos, enquanto Victor Leal dará vida ao Aladim. O Gênio será vivido por Kleber Valentim. O espetáculo tem a direção geral dos produtores Ana Letícia Lopes e Gabriel Lopes. A direção artística é assinada por Emmanuel Matheus, a direção coreográfica de Stepson Smith. Os assentos para a plateia alta e baixa podem ser adquiridos no valor de R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia). Os valores do balcão nobre variam entre R$80,00 (inteira) e R$40,00 (meia). Os bilhetes já estão disponíveis na internet (https://www.teatroriomarrecife.com.br/programacao.php?id=283&evento=ALADIM) ou na bilheteria do Teatro RioMar Recife. “A Nível 241 busca inserir a região do Nordeste como um dos polos de produção do gênero de teatro musical do país. Estamos ansiosos para levar nosso trabalho para teatros de outros estados. Preparamos um espetáculo para todas as idades. O público vai acompanhar um musical que destaca a cultura do nordeste, valorizando os costumes e tradições do povo que mora nessas regiões”, revela a produtora musical Ana Letícia Lopes. Ainda sem datas definidas, a turnê pelo Nordeste deve iniciar os trabalhos ainda no mês de junho. Até agosto, o Musical chegará aos estados da Paraíba (PB), Alagoas (AL), Rio Grande do Norte (RN) e Ceará (CE). SERVIÇO: Aladim, o Musical Recife abre sessão extra às 17h no sábado (16) Quando: 16 junho de 2018, às 17h e às 20h Entrada: a partir de R$ 40,00, bilhetes podem ser adquiridos pela internet (https://www.teatroriomarrecife.com.br/programacao.php?id=283&evento=ALADIM) ou na bilheteria do Teatro RioMar Recife Local: Av. República do Líbano, 251 - Pina, no Recife Mais informações: (81) 3128.0568 e (81) 3132.4477

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Economia e Negócios: Ecio Costa fala sobre a fuga de capitais nos Países emergentes

Estreamos hoje a coluna Economia e Negócios, que será publicada quinzenalmente no site e redes sociais da Revista Algomais. O economista Ecio Costa, sócio da CEDES, fala hoje sobre a fuga de capitais que está acontecendo nos Países emergentes e comenta sobre a repercussão disso no Brasil.

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Mesa farta no período junino

Há quem goste do São João porque é nesta época quando se escuta com mais frequência o arrasta-pé ou um forró modernizado. Há pessoas que curtem a festa pela tradição das quadrilhas juninas, pelas ruas do bairro estarem mais coloridas com as bandeirolas ou ainda pelo viés religioso. Mas, a comemoração não seria a mesma sem as famosas e saborosas comidas típicas. Neste período muitos estabelecimentos comerciais, de olho na data, já começaram a confecção dos seus produtos para atender a grande demanda da clientela. Confira algumas opções de lugares. Pães & Delícias No coração da Capital do Forró, a Pães e Delícias costuma se se preparar com antecedência para o período junino. “A comida típica é quase que obrigatória nesta época do ano. A gente intensifica a produção e não dá férias aos funcionários para suprir a demanda”, explica Mário Germano, gerente do estabelecimento. Na verdade, a padaria fabrica pratos juninos durante todo o ano, mas nos meses antes do São João a produção é diária e no período junino chega a triplicar. No cardápio é possível encontrar, entre as opções, pamonha, canjica, bolo pé de moleque, bolo de milho, bolo de tapioca, bolo Souza Leão (tradicional iguaria à base de mandioca e leite de coco) e bolo de queijo. A faixa de preço varia entre R$ 30 e R$ 35, sendo o mais vendido o bolo pé de moleque (R$ 33,90). O doce não contém glúten e nem corante, e é feito de açúcar mascavo e castanha, servido no formato retangular e redondo. Parada obrigatória de turistas, a casa recebe visitantes que vão para conhecer os quitutes, além dos clientes tradicionais que estão acostumados a comprar na Pães & Delícias. “Na maioria das vezes são donas de casa, que compram os produtos para compor a mesa”, conta Germano. Quem estiver programando conhecer a cidade de Caruaru no dia de São João, a padaria irá funcionar no expediente normal. Padaria Nova Armada Não é só na época do São João que a padaria produz os alimentos consumidos nos festejos juninos, deixa claro a sócia Manoela Villaça. Mas neste período, há um aumento na produção desses pratos típicos. “Os funcionários chegam a virar a noite confeccionando as comidas”, ressalta a sócia. Entre os alimentos vendidos estão o milho cozido, pamonha, canjica (a dica de ouro para os clientes é que tragam a própria travessa para ganhar desconto), bolo de macaxeira com queijo coalho ou coco queimado, bolo de milho e demais bolos tradicionais pernambucanos. Todas as comidas são feitas diariamente na fábrica da padaria e há opções de tamanhos variados. A média de preço é de R$ 33 o quilo. Assim como acontece na Pães & Delícias, o mais procurado no dia de São João é o pé de moleque. A sócia conta que chega a sair 200 kg do produto por dia e na semana cerca de 500 kg. “Recebemos muitas demandas de empresas que vão fazer alguma confraternização e solicitam os nossos produtos”, conta Manoela. Os bolos, no lugar do trigo, recebem a farinha de mandioca e em vez do açúcar tradicional são adoçados com o mascavo. A padaria ainda oferece versões diet do bolo pé de moleque, bolo de mandioca e da pamonha com adoçante para quem não quer abrir mão de comer doce e nem ficar com a consciência pesada. O preço dos bolos custa R$ 37 e a pamonha R$ 6. Grandão do Queijo Conhecido pela grande variedade de queijos (minas, coalho, manteiga, do reino, entre outros) o estabelecimento também aproveita os festejos juninos para investir na produção de comidas típicas. É o único boxe do Mercado de Casa Amarela a oferecer os quitutes de São João e, nesta época, para dar conta da demanda, o número de funcionários aumenta em até seis vezes. A pamonha (R$ 5) e a canjica (R$ 5 o pote de 300g), que não fazem parte do mix diário da casa, nesta época são colocadas à venda. Mais de mil pamonhas são vendidas neste período e cerca de 30 a 40 kg a mais de bolos. A maioria dos produtos vem da cidade de Carpina. Entre as opções estão o bolo de milho (R$ 25), bolo de macaxeira (R$25), bolo pé de moleque (R$ 35) e bolo de rolo mini (R$ 7). A espiga de milho não é vendida em razão do pequeno espaço do box, mas a sócia Andreza Cortez avisa que pode ser vendido por encomenda. “Muitas das solicitações partem de empresários, que moram e trabalham próximo ao mercado ou de clientes residentes nos bairros de Casa Amarela, da Jaqueira, Boa Viagem, Casa Forte e Parnamirim”, informa. Serviço: Pães e Delícias - Praça Deputado Henrique Pinto, 66 - N.S. das Dores, Caruaru; (81) 3723-3300. Nova Armada - Rua Conde de Irajá, 393, Torre, Recife, (81) 3227-1812. Grandão do Queijo - Rua Padre Lemos, s/n - Casa Amarela, Recife;. (81) 3442-5335. *No período de São João os horários estão sujeitos a alteração. *Por Paulo Ricardo Mendes (algomais@algomais.com)

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APAF promove show beneficente no Recife

A Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes De Fígado (APAF), promove no próximo dia 14 de junho, no Arcádia Paço Alfândega, um baile junino beneficente. A festa terá a apresentação de grandes nomes do forró pé de serra, como André Macambira, Beto Hortis, Cristina Amaral, Ed Carlos, Maestro SPOK, Nádia Maia, Josildo Sá, Racine e Ravel, Rogério Rangel, e a Orquestra Zé Mário Drums. O baile começa a partir das 21h. O objetivo do evento é reverter o valor da venda dos ingressos para manter a Casa de Acolhimento, que atende pacientes de baixa renda, de todas as idades, de 11 estados brasileiros, que não teriam como realizar o tratamento no Recife. São pacientes atendidos pela Unidade de Transplantes de Fígado (UTF) - parceria entre o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Jayme da Fonte e IMIP - que é hoje um dos maiores programas de transplantes do mundo. A APAF recebe mensalmente cerca de 100 pacientes e respectivos acompanhantes em sua Casa de Acolhimento. Lá, eles recebem todo apoio e hospedagem plena, enquanto o seu diagnóstico é concluído, assim como durante todo o processo de tratamento em que seja necessária sua presença na cidade. O médico Cláudio Lacerda, Diretor Presidente da APAF e chefe da equipe da UTF, explica que o evento também será um momento para comemoração do sucesso do programa de transplantes e de reconhecimento ao trabalho realizado pelo Hospital Jayme da Fonte, que está prestes a realizar o milésimo transplante de fígado, através do programa. “São 19 anos de luta, de superação e de imensa experiência adquirida. Durante esse período, a UTF avançou muito graças ao apoio dos nossos parceiros, entre eles o Jayme da Fonte, que nos oferece toda estrutura física necessária para a realização dos procedimentos”, afirma o médico. Para acompanhar os shows e, consequentemente contribuir com a Casa de Acolhimento, basta adquirir os ingressos individuais, que custam R$ 150 e estão à venda na sede da APAF, no Hospital Jayme da Fonte e através do site www.sympla.com.br/www.rumoaos1000.com.br SERVIÇO: São João Solidário da APAF - Rumo aos 1000 transplantes de fígado Local: Arcádia Paço Alfândega Data:14 de junho Valor: R$ 150 (ingresso individual) Pontos de venda: APAF (R. Arnóbio Marquês, 310 / Santo Amaro); Hospital Jayme da Fonte (R. das Pernambucanas, 167 / Graças) e no site www.sympla.com.br/www.rumoaos1000.com.br

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PE: 6 concursos com salários de até R$ 9 mil

O lançamento do edital para a Polícia Militar de Pernambuco é a grande novidade da semana na lista dos concursos no Estado. Com 580 vagas, o concurso tende a ser um dos mais concorridos do ano. Destaque também para as seleções das Prefeituras de Paulista e Jaboatão dos Guararapes, que juntos somam quase 1,5 mil vagas. Confira as oportunidades! Polícia Militar de Pernambuco Vagas: 580 Oportunidades: Praças policiais militares (posto inicial de soldado), oficiais da polícia militar e oficial do Corpo de Bombeiros. Inscrições: Para soldados as inscrições podem ser realizadas pela internet (www.upenet.com.br), entre os dias 10 de junho e 16 de julho. Já as inscrições para oficiais acontecem entre os dias 10 de junho e 08 de julho, no mesmo site. Salários: Para o período do Curso de Formação de Praças, bolsa no valor de R$ 1.100. Ao ser nomeado militar, o soldado receberá a remuneração de R$ 2.819,88. Para oficiais, são R$ 2.200 no período de formação. Quando nomeado militar, o Aspirante-a-Oficial receberá durante o estágio probatório à remuneração de R$ 8.576,58. No momento da promoção ao Primeiro Posto do Oficialato, receberá salário de R$ 9.007,56. Confira o edital: http://www.upenet.com.br/ Câmara de Serra Talhada Vagas: 16 Oportunidades: Procurador Jurídico, Agente de Controle Interno, Agente Administrativo, Digitador, Telefonista, Motorista "E", Vigilante e Auxiliar de Serviços Gerais Inscrições: Até o dia 3 de agosto pelo site: http://www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 950,30 e R$ 4.206,33 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/camara-de-serra-talhada-pe/downloads Prefeitura de Paulista Vagas: 439 Oportunidades: Diversos cargos nas secretarias de saúde (Médicos em diversas especialidades; enfermeiros; Técnico de Enfermagem, Cuidador; psicólogo; assistente social; terapeuta ocupacional; fonoaudiólogo; Cirurgiões-Dentistas para diversas especialidades; Agente de Saúde em função Auxiliar Em Saúde Bucal; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fisioterapeuta Respiratório; Nutricionista; Profissional de Educação Física; Condutor Socorrista; Agente de Combate às Endemias; Auxiliar de Farmácia; Maqueiro; Sanitarista), de meio ambiente (Engenheiro Civil, Engenheiro Ambiental, Biólogo, Engenheiro Florestal, Geólogo, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Pesca, químico, serviço social, Técnicos ambientais de edificações, saneamento, química, geoprocessamento, agrícola e meio ambiente) e de políticas sociais e esportes (psicólogo, assistente social e pedagogo) Inscrições: Até o dia 10 de junho, pelo site: http://www.upenet.com.br Salários: Entre R$ 1.040,30 e R$ 4.931,02 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/AD7FEAAA Prefeitura de Betânia Vagas: 17 Oportunidades: médicos em diversas especialidades Inscrições: Até o dia 14 de junho, na Secretaria Municipal de Administração (Praça Anfilófio Feitosa, n° 60, Centro de Betânia) Salários: Entre R$ 1.800 e R$ 7.700 Confira o edital: http://www.diariomunicipal.com.br/amupe/materia/17E273B9 Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes Vagas: 1.014 Oportunidades: Auxiliar de Educação Infantil, Auxiliar de Apoio Pedagógico para Estudantes com Deficiência e Transtorno do Espectro do Autismo, Auxiliar de Transporte Escolar e Nutricionista. Inscrições: Até o dia 25 de junho, pelo site: http://www.institutodarwin.org Salários: Entre R$ 954 e R$ 2.314,16 Confira o edital: https://institutodarwin.org/concursos Prefeitura de Serra Talhada Vagas: 375 Oportunidades: Procurador jurídico, agente administrativo, arquiteto, engenheiro civil, fiscal de controle urbano, Técnico em Edificações e Eletrotécnico, auditor fiscal, fiscal de tributos, agente fazendário, auxiliar de laboratório, biomédico, educador físico, Enfermeiro, Farmacêutico, Médico de Cabeça e Pescoço, Médico Cardiologista, Médico Clínico Geral, Médico Dermatologista, Médico Endocrinologista, Médico Gastroenterologista, Médico Geriatra, Médico Ginecologista, Médico Infectologista, Médico Mastologista, Médico Ortopedista, Médico Otorrinolaringologista, Médico Pediatra, Médico Psiquiatra, Médico Ultrassonografista, Médico Urologista, Médico Veterinário, Odontólogo e Técnico em Enfermagem, Auxiliar de Creche; Professor de anos iniciais do ensino fundamental e educação infantil, 1ª e 2ª fase de educação de jovens e adultos; Professor de Geografia; Professor de Letras; e Professor de Matemática, entre outros. Inscrições: Até o dia 03 de agosto, no site: www.admtec.org.br Salários: Entre R$ 937 e R$ 4.100 Confira o edital: http://site.admtec.org.br/prefeitura-de-serra-talhada-pe/downloads

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Primeiro contêiner do Project Cure chega a Pernambuco

Equipamentos e suprimentos médicos do projeto filantrópico dos EUA já foram enviados ao Estado com previsão de chegada para o mês de junho O Project Cure voltou oficialmente para o Brasil. Depois da visita de uma comitiva a Pernambuco em novembro do ano passado, o projeto, que tem como objetivo ajudar o atendimento médico através de doações de equipamentos e suprimentos para países em desenvolvimento, já enviou dois contêineres com doações para o Estado. O primeiro deles já chegou do Recife e segue para distribuição entre os hospitais que serão contemplados. O segundo está previsto para o dia 24 de junho. Ao todo, os contêineres somam um montante de R$1,8 milhão em equipamentos médicos, como seringas, máscaras e cateteres. Após a chegada e liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os suprimentos serão distribuídos para o Hospital do Câncer, Hospital da Restauração, Hospital Dom Hélder e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Toda a doação será destinada para o atendimento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa de trazer o projeto para Pernambuco é do empreendedor Marcos Roberto Dubeux. As negociações começaram em 2017 com uma reunião com o governador Paulo Câmara. Participaram do encontro Cynthia Garbutt, da Universidade de Northwestern, e Douglas Jackson, CEO do Project Cure. Também estiveram presentes o secretário de saúde do Estado, José Iran Costa Junior; o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, e o secretário de saúde do município, José Carlos de Lima; além do urologista Guilherme Maia, médico voluntário que irá atuar juntamente ao IMIP. Sobre o Project Cure – Com o objetivo de facilitar o atendimento médico em países em desenvolvimento, o Project Cure (Comissão sobre Alívio Urgente e Equipamentos) foi fundado em 1987, por James Jackson, que, na época, trabalhava como consultor econômico internacional. A iniciativa surgiu quando, durante visita a uma pequena clínica próxima ao Rio de Janeiro, ele percebeu que muitos pacientes não eram atendidos pela falta de suprimentos médicos básicos. Na volta para casa, em Evergreen, no Colorado, ele reuniu, com a ajuda de amigos da indústria médica, 250 mil dólares em suprimentos médicos, num período de apenas 30 dias. O envio para o Brasil foi custeado pelo próprio James Jackson. O Project Cure identifica, solicita, coleta, classifica e distribui suprimentos e serviços médicos de acordo com as necessidades imperativas do mundo. O projeto destina equipamentos para hospitais, clínicas e centros de saúde comunitários de países em desenvolvimento. Em 30 anos de atuação, já foram atendidos pacientes – adultos e crianças – em 130 países. Tem como presidente e CEO, desde 1997, o Dr Douglas Jackson, filho do fundador, James Jackson. A cada semana, entrega cerca de três cargas de suprimentos e equipamentos médicos de alta qualidade para comunidades com recursos limitados em todo o mundo, incluindo sistemas de inventário eficientes e precisos, gerenciamento de cadeia de suprimentos, gerenciamento especializado de logística e forte relacionamento.

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Orgânicos: mercado que ajuda a preservar o meio ambiente

O mercado de produtos orgânicos no Brasil não sabe o que é crise. Com um faturamento em 2017 de R$ 3,5 bilhões, o segmento cresce numa média de 20% ao ano, de acordo com pesquisa realizada pelo Organis (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável). Em Pernambuco, 16% da população urbana já consome alimentos e bebidas produzidos sem agrotóxicos. Embora os benefícios à saúde sejam a principal motivação dos consumidores (64%), há outro grande motivo que impulsiona a demanda: a proteção do meio ambiente. A eliminação da presença de venenos no processo produtivo e uma série de práticas sustentáveis que imitam a natureza contribuem para a preservação e para a recuperação dos ecossistemas. O agricultor Sebastião Pessoa, 38 anos, morador da zona rural do município de Pombos, começou há oito anos a cultivar orgânicos por um processo de transição agroecológica. A agroecologia é uma ciência, prática social e filosofia de vida que propõe a criação de ecossistemas produtivos que preservem a natureza e sejam socialmente justos e economicamente viáveis. Ele deixou os métodos tradicionais de cultivos, como queimadas, uso de agrotóxicos e adubos químicos, e mergulhou nesse movimento que está em expansão. “Produzir de forma orgânica é uma transformação de vida. Deixar de trabalhar com um produto que está lhe 'ofendendo' e passar a respeitar mais a natureza é uma mudança muito grande”, conta. Hoje ele comercializa toda a sua produção nas feirinhas da Beira Rio e da Ampla, ambas no bairro da Torre, e no Colégio Apoio, em Casa Amarela. A cada ano produtores da agricultura familiar com cultivos orgânicos ou de base agroecológica, como Sebastião, têm-se deparado com um público maior de clientes. O aumento do consumo dos recifenses por esses produtos pode ser medido pelo crescimento das feirinhas segmentadas. São 30 em funcionamento na cidade de acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. As primeiras foram criadas em bairros de classes média e alta da capital, mas hoje já começam a chegar nas periferias e em cidades da região metropolitana e do interior. A administradora Paula Gomes frequenta há cinco anos as feirinhas, principalmente em Casa Forte e em Santo Amaro. Além de frutas, verduras e legumes, a sua lista de compras inclui pães, bolachas e produtos de higiene pessoal, como desodorantes, sabonetes e cremes dentais. “O fator principal que me levou para esse tipo de consumo foi a saúde. Depois percebi outros benefícios, como o de incentivar a agricultura mais sustentável, sem o uso de pesticidas”. Ela destaca também o valor social desse tipo de consumo, que contribui para a geração de renda na agricultura familiar. “Muitos produtores falam que tendo essa venda garantida, eles evitam que seus filhos queiram sair do campo para a cidade. Acaba sendo um incentivo aos pequenos agricultores”, justifica Paula. Como os produtores que frequentam esses espaços são de municípios com no máximo 120 quilômetros de distância da capital, o primeiro benefício ao meio ambiente é a redução da geração de gases poluentes na logística de distribuição. Abreu e Lima, Igarassu, Vitória de Santo Antão, Gravatá e Glória do Goitá são a origem de vários produtores de orgânicos que comercializam na Região Metropolitana do Recife. A vantagem ambiental mais conhecida da produção desses alimentos, no entanto, é a eliminação de agrotóxicos no plantio, que contaminam diretamente o solo. De acordo com o coordenador da Comissão de Produção Orgânica de Pernambuco (Cporg-PE) e assessor de comercialização da agricultura familiar do Centro Sabiá, Davi Fantuzzi, o uso desses venenos degrada os solos e reduz a sua fertilidade. Quando associados à monocultura, reduzem também a biodiversidade. Além da própria contaminação dos lençóis freáticos, Fantuzzi afirma que esses sistemas convencionais, ao se tornarem ineficientes, demandam o uso excessivo de recursos hídricos. Segundo a ANA (Agência Nacional das Águas), 72% da água captada no País destina-se à agricultura. “O plantio convencional luta contra a natureza o tempo todo, enquanto na perspectiva agroecológica procuramos imitar os processos naturais. Os sistemas convencionais tratam o solo como uma bucha, retirando deles o máximo, sem repor seus nutrientes com outras plantas. Não há um componente florestal que ajude a manter água no sistema e isso faz com que sempre seja necessário mais recursos hídricos para produção”, afirma o coordenador da Cporg-PE. Para reverter esse cenário, diversas instituições têm atuado na formação dos homens do campo para capacitá-los a produzir numa perspectiva sustentável. Um processo educativo que se complicou nos últimos anos, após a redução drástica de recursos para a extensão rural no País. Há também ações para conscientizar consumidores e facilitar o acesso a esses produtos. Além das feirinhas, várias lojas se especializaram na venda de orgânico e até mesmo grandes redes de supermercados aumentaram seu espaço dedicado a esses alimentos. O Serta (Serviço de Tecnologia Alternativa) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público de referência há 25 anos em formação agroecológica em Glória do Goitá. De acordo com o permacultor e professor da instituição Roberto Mendes os agricultores que atuam dentro dos princípios da agroecologia, além de excluir o uso de agrotóxicos, conseguem uma regeneração do ecossistema das suas propriedades. “Os sistemas agroecológicos tentam restaurar a paisagem anterior e toda a harmonia que existia dentro do ambiente. Os solos começam em processo de recuperação, podendo acumular mais água e minerais. Criam-se microclimas que melhoram o conforto térmico para animais, plantas e para as pessoas”, explica Mendes. Com esse equilíbrio, as propriedades, segundo o permacultor, conseguem ser mais produtivas e geram alimentos de maior qualidade. Técnico em agroecologia, o agrônomo Arlan Clímaco está iniciando um sistema agroflorestal em sua propriedade, no município de Vitória de Santo Antão. Atualmente ele e sua família já comercializam ovos de galinha de capoeira e produzem para consumo próprio macaxeira, acerola, limão, banana, entre outras culturas. “Quando fiz a universidade não aprendi muito sobre agricultura familiar e orgânica, que passei a conhecer, de fato, no Serta e nos estágios. Estamos em transição. Meu projeto é reflorestar tudo aqui, ver ressurgir as nascentes, com um plantio diversificado. Recuperando o solo, o

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Cepe publica tetralogia definitiva de Raimundo Carreiro

Os mesmos personagens circulam de maneiras diferentes por quatro romances do escritor salgueirense Raimundo Carrero, 70 anos. Em comemoração à data redonda que completou em dezembro passado um dos maiores escritores pernambucanos, a Cepe Editora reuniu na tetralogia Condenados à vida o já esgotado Maçã Agreste (1989), O amor não tem bons sentimentos (2007), Somos pedras que se consomem (1995), e Tangolomango (2013). O primeiro lançamento ocorrerá em Pernambuco, dia 21 de julho, durante a 28ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, considerado um dos mais importantes da América Latina, e no qual Carrero será homenageado. Em seguida, dia 27 de julho, a edição definitiva da tetralogia de Carrero será apresentada na 16ª Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), dentro da programação da Casa do Desejo, onde a Cepe Editora estará com estande de livros, ao lado de outras editoras do País. Foi a partir de Maçã Agreste que Carrero começou a narrar as histórias da família Cavalcanti do Rêgo - Dolores, Ernesto, Leonardo, Raquel, Guilhermina, Jeremias, Matheus, Ísis e Biba. Parentes que se relacionam e se destróem sexualmente, tendo a cronologia da decadência da elite nordestina da cana de açúcar diante da industrialização como pano de fundo. E que, ao praticarem relações incestuosas, mostram o desejo de não se misturarem com classes ‘inferiores’. “Na nossa família não precisamos nem de outros beijos, nem de outros abraços”, diz trecho do livro. O declínio moral e econômico combina com a decrepitude visual do centro e dos subúrbios do Recife, cidade-cenário da narrativa. “A crítica corrosiva ao falso moralismo, à instituição familiar, à religião e à sociedade vai permeando as psicoses, taras e idiossincrasias dos personagens, que vão se revelando, cada um à sua maneira, em um ambiente de assassinato, estupro e luxúria ”, resume Carrero. O autor confessa que esses perfis foram criados com inspiração na realidade. A experiência de 40 anos como jornalista deu a Carrero o repertório para construir quadros aparentemente absurdos de família, mas que se encontram nos jornais diariamente. “Reuni recortes e transformei em episódios literários”. Na obra, destaque para o prefácio inédito do também escritor, jornalista e crítico literário carioca José Castello, que anteriormente resenhou quase todos os livros dessa tetralogia, com exceção de Maçã Agreste, considerado por Carrero sua obra mais importante e, no entanto, menos conhecida. “A leitura desses quatro grandes romances de Carrero dilacera. Rasga a proteção íntima que costumamos usar para nos defender do mundo. A verdade é: eles nos atordoam. Enquanto relia os quatro livros, senti, muitas vezes, uma mistura desconfortável de espanto e horror”, descreve Castello em seu prefácio. Membro da Academia Pernambucana de Letras, Raimundo Carrero é um dos escritores mais premiados do País. Já ganhou o Prêmio Jabuti, mais importante prêmio literário do Brasil; dois troféus da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA); e dois prêmios Machado de Assis da Biblioteca Nacional. Em Pernambuco é vencedor dos prêmios José Condé e Lucilo Varejão. Seus livros já foram traduzidos para o francês, português, espanhol, romeno e búlgaro. CEPE NA FLIP Pela primeira vez a Cepe Editora, através do selo do Suplemento Pernambuco, leva dois autores para a programação principal da Flip. A paulista Eliane Robert Moraes lança o seu inédito O Corpo Descoberto: Contos eróticos brasileiros de 1852 a 1922; e o pernambucano José Luiz Passos leva o seu Antologia fantástica da República brasileira (2017). Além de Carrero, Eliane e Luiz participam das três mesas literárias comandadas pelo editor do Suplemento Pernambuco, Schneider Carpeggiani, durante a programação da Casa do Desejo. De acordo com o editor da Cepe, Wellington Melo, participar da Flip é prova de reconhecimento do trabalho realizado. “Demonstra a visibilidade a nível nacional das publicações da editora, cujas publicações não deixam nada a desejar se comparadas a outras editoras brasileiras”, ressalta. Para Schneider, a escolha dos três nomes representa bem diversidade da literatura contemporânea. “São três nomes de ponta que estão pensando e fazendo literatura atual em facções diversas”, resume. ERÓTICO Em O Corpo Descoberto…, Eliane faz uma cuidadosa coletânea de vários contos publicados no país, buscando uma divisão mais temática - como fetichismo e necrofilia - do que cronológica. No período analisado estética e sociologicamente, a autora revela muitos escritores que escreveram contos eróticos sob pseudônimo, como Olavo Bilac, Monteiro Lobato e Coelho Neto. “Ela acaba por revelar uma faceta pouco conhecida desses escritores”, relata Wellington. FANTÁSTICO Mistura de conto e ensaio, Antologia fantástica… passeia pelo dia a dia das pessoas tendo como sutil pano de fundo a política - da Revolução de 1817, passando pelo golpe militar, até os dias de hoje. Entre ficção e memória histórica, o autor utiliza de metáforas e ironias para inserir os fatos na rotina aparentemente banal.

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Avanços e desafios após 4 anos do BRT na Região Metropolitana do Recife

A experiência das grandes metrópoles do mundo mostra que mobilidade urbana não se revolve com mais rodovias e estacionamentos, mas com incentivo ao transporte público. Inspirado no modelo do TransMilenio, em Bogotá, e do sistema de ônibus rápido de Curitiba, nasceu o BRT (Bus Rapid Transit) do Recife nas vésperas da Copa do Mundo de 2014. Em operação há quatro anos, essa nova proposta de deslocamento coletivo de massa comemora avanços, mas enfrenta ainda alguns desafios. Quem era acostumado ao sistema convencional de ônibus e passou a ter a opção de usar o BRT aponta a grande vantagem da mudança: a velocidade. "Passamos bem menos tempo no trajeto. O mesmo percurso em que gastava uma hora ou mais no ônibus, hoje faço em 40 minutos", compara a universitária Nayara Duarte, moradora do município de Paulista. De acordo com pesquisa recentemente realizada pelo Instituto de Políticas de Transporte & Desenvolvimento (IPTD), o tempo médio de deslocamento foi reduzido em 28% no corredor Leste-Oeste e em 16% no Norte-Sul. No entanto, Nayara considera que o novo sistema ainda deixa a desejar em questões que passam pelo conforto e segurança. Ela reclama do calor nas estações onde o ar condicionado está quebrado e da ocorrência de assaltos em trechos mais longos entre as paradas. Em sintonia com a avaliação da passageira, o arquiteto César Cavalcanti, gerente de planejamento de transporte público do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, aponta três fragilidades do sistema que precisam ser resolvidas para a sua melhor operação: a melhoria do pavimento das vias para aguentar o peso desses veículos, um maior investimento em segurança e, principalmente, a segregação da via em toda a extensão da operação. "Esses fatores ainda precisam de resolução, mas, mesmo assim, é importante enfatizar que o sistema já consegue demonstrar para a população que é uma alternativa muito cômoda e objetiva do transporte coletivo. Os números comprovam que é um serviço com uma qualidade diferenciada da que estamos acostumados", comentou o especialista. Além de constatar o crescimento do número de passageiros ano a ano, a pesquisa do IPTD identificou a migração, mesmo que ainda lenta, de motoristas dos carros e motos para o BRT. Do público que viaja diariamente nesses ônibus especiais, 3% faziam o mesmo trajeto em transporte individual. A redução dos veículos particulares e dos ônibus convencionais que transitavam nos trajetos hoje operados pelo BRT trouxe também um benefício ambiental. A pesquisa apontou que os dois corredores do sistema evitaram o lançamento de 17,7 mil toneladas de CO2 por ano. Isso representa uma diminuição de 61% das emissões, quando comparado com a poluição gerada antes do início da operação. Do total dessa redução, "33,5% seriam resultantes da supressão de viagens em carros particulares, que transportam um número significativamente inferior de pessoas por veículo do que os articulados do BRT", apontou o estudo. O corredor Leste-Oeste, operado pela MobiBrasil, cresceu em número de passageiros de 10,4 milhões em 2015 para 12,2 milhões em 2016. Bateu um novo recorde no ano passado, com a marca de 17,8 milhões de usuários transportados. E as estimativas para este ano são de se aproximar dos 21 milhões. Para a vice-presidente da empresa, Andréa Chaves, a conclusão das obras na Avenida Conde da Boa Vista foi fundamental para o aumento do fluxo de passageiros no ano passado. No entanto, ela avalia que esse avanço contínuo é fruto de uma série de características do BRT que tem atraído novos usuários. "O sistema trouxe um avanço significativo no conforto dos passageiros, com a operação desses veículos diferenciados, com ar condicionados e baixo nível de ruído. Nas estações há o embarque em nível, o que reduz também o tempo no acesso aos ônibus. O tempo de viagem é menor, pois é corredor exclusivo, mas infelizmente ainda não está totalmente segregado". Andréa refere-se aos trechos do final da Caxangá e do Derby, nos quais os ônibus articulados dividem a via com veículos particulares, fazendo com que velocidade média caia dos 18km/h a 20 km/h para 6 km/h. "Precisamos melhorar ainda mais a velocidade comercial para que os veículos possam fazem mais viagens, e assim, beneficiar ainda mais o serviço para os passageiros", defende Andréa. Além da conclusão das obras do corredor que é de responsabilidade do Governo do Estado, outra medida defendida pela empresa para acelerar mais as viagens é o uso de semáforos inteligentes. Gbson Pereira, diretor institucional da Conorte, empresa que opera o corredor Norte-Sul, aponta os mesmos benefícios do sistema para os usuários e destaca ainda o pagamento antecipado das passagens, que contribui para o embarque mais rápido e para mais segurança nas estações. No trajeto desse corredor, ele afirma que a redução do tempo de viagem é em torno de 25 minutos. "Esse ganho não se verifica ainda na totalidade da capacidade do sistema porque os ônibus articulados dividem espaço com os demais veículos quando chegam ao Centro Expandido do Recife. Apesar de ser o menor trecho, é o de maior complicação no tráfego". Além dos desafios internos do sistema, o diretor de operações do Consórcio Grande Recife, André Melibeu, defende que a operação mais adequada do BRT depende também de investimentos urbanos na qualificação da caminhabilidade dos pedestres da RMR. "A acessibilidade das pessoas é fundamental para o nosso serviço. As calçadas e a iluminação pública bem mantidas, com segurança no entorno das estações, são importantes para que o pedestre chegue no nosso sistema". Um dos problemas identificados na pesquisa do IPTD foi justamente a falta de manutenção das calçadas, que segundo o estudo "torna a circulação de pedestres pouco atrativa". Além disso, Melibeu ressalta a importância de estimular a integração do sistema com outros modais, como bicicletas. "Essas medidas contribuem para melhorar as possibilidades de deslocamento dos pedestres e aumentar a participação do sistema BRT dentro das cidades, para integrá-lo de forma mais plena", comenta o diretor do consórcio. OBRAS De acordo com a Secretaria das Cidades do Governo de Pernambuco, no corredor Leste-Oeste a próxima obra a ser entregue é o TI da IV Perimetral,

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Arquiteto e artesão: parceria de sucesso

Nos últimos anos ocorreu uma valorização do artesanato na decoração de ambientes. Fascinados pela beleza das peças feitas à mão, consumidores (muitos de alto poder aquisitivo) apreciam não apenas o seu uso figurativo, mas também a originalidade e a identidade que elas oferecem. Ao incluir a arte popular nos seus projetos, os arquitetos foram grandes responsáveis pela entrada das criações dos mestres artesãos nos interiores das casas e escritórios. Para o arquiteto Carlos Augusto Lyra, quando se utiliza um produto artesanal na decoração, o ambiente ganha personalidade. “É como se fosse uma impressão digital, uma vez que não existe um trabalho igual ao outro”, explica Lyra. “O material usado também traz uma proposta diferente para o espaço. Por exemplo, o uso da madeira em um móvel da casa vai tornar o cômodo mais rústico e autêntico”, ressalta Lyra, dono de uma coleção de mais de sete mil obras de artistas plásticos consagrados e de artesãos. Ao conferir identidade à decoração, o artesanato traz consigo toda história de quem o confeccionou, valorizando a cultura da região onde foi criado. Como no caso da artesã Aparecida de Lima Silva, mais conhecida como Mestra Cida, residente do município de Belo Jardim, no Agreste pernambucano. Ela começou aos 8 anos produzindo panelas de barro para ajudar a mãe na cozinha, mas nos últimos 12 anos, tem usado as mãos e o talento para esculpir peças de decoração. Entre as obras estão adornos em formatos de calangos, panelas e pratos decorativos, a partir de R$ 15 podendo chegar a R$ 150. De origem humilde, Mestra Cida jamais imaginou que teria suas peças vendidas a pessoas abastadas, como empresários. Na Fenearte (Feira Nacional de Negócios do Artesanato) ela comercializa sua arte na Alameda dos Mestres, privilegiado espaço do evento, onde expõem os mais importantes artistas populares do Estado. “Antes eu sentia falta de um reconhecimento do trabalho artesanal, mas depois que vi 500 peças minhas vendidas na feira, mudei essa visão”, comemora. O sucesso de Cida deve-se muito ao pioneirismo da arquiteta Janete Costa, falecida em 2008. Pernambucana, de Garanhuns, ela defendia a ideia de que a arquitetura deveria expressar a identidade de uma região. Por isso, lutou para associar o erudito ao popular, provando que era possível integrar os dois elementos em um só ambiente. “Parte desse movimento que existe hoje de uso do artesanato na decoração e de valorização da cultura regional deve-se às lutas travadas por ela”, afirma Roberta Borsói, filha de Janete. Esse compromisso social lhe deu o título de melhor arquiteta por três anos consecutivos pelo IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e, em 2011, uma galeria de arte com seu nome no Recife, além de reconhecimento mundial. Saudosa, Roberta lembra das vezes que acompanhava a mãe na feira de artesanato em Caruaru. “Ela sempre comprava bonecos de pano para os quatro filhos e aos poucos fomos aprendendo a gostar e admirar as peças artesanais”, recorda. O resultado dessa infância imersa no universo da arte foi que todos os filhos se envolveram em curadoria e pesquisa na área. Roberta Borsoi, por exemplo, é arquiteta e há 15 anos dá continuidade ao projeto idealizado por sua mãe, o Espaço de Interferência Janete Costa. Situado logo na entrada da Fenearte, o local de 180m² mostra o ambiente de residência ou escritório decorado com peças de artesanato, unindo decoração e arte popular. “É uma maneira de beneficiar artesãos que contam com a visibilidade dessa área para dar sequência ao seu trabalho”, explica Roberta, que assina a curadoria do projeto juntamente com Bete Paes. Ao atuar na linha dos ideais difundidos pela arquiteta, O Imaginário é um laboratório de Pesquisa em Extensão da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que surgiu nos anos 2000 com o objetivo de tornar a atividade artesanal sustentável. Oferece uma espécie de assessoria aos artesãos para que eles desenvolvam a consciência empreendedora para tornar seus negócios viáveis, levando em conta o design associado à produção, mas também à comunicação, à gestão e ao mercado. Sem, contudo, perder o espírito da tradição artesanal. “Acreditamos que o artesanato traz originalidade e agrega valor ao ambiente para além do meramente material, enaltecendo o bem cultural de uma região”, afirma Ana Maria Queiroz de Andrade, coordenadora do laboratório. No Cabo de Santo Agostinho, por exemplo, O Imaginário realizou uma oficina no Centro de Artesanato para atender às necessidades dos artesãos. Eles aprenderam técnicas como a de esmaltar o barro. Hoje eles conseguem se sustentar por conta própria a partir do que aprenderam, como é o caso de Severino Antônio de Lima, mais conhecido como Mestre Nena. Até então, ele fazia apenas materiais utilitários. Depois da intervenção do laboratório, direcionou seu trabalho para a produção de peças decorativas. “Passei a produzir obras em barro e argila, como pinhas de enfeite, pêndulos e luminárias vitrificadas”, diz o artesão. Mestre Nena comemora hoje a guinada que deu ao deixar de produzir filtros de barros, cujo valor era dez vezes inferior ao cobrado pelos objetos de decoração que cria. O preço das peças costuma variar de R$ 25 a R$ 400 e ele chega a comercializar 300 peças num mês, faturando um montante de R$ 15 mil mensais. “Quando vendia produtos utilitários, eu trabalhava no vermelho, mas desde que passei a produzir as peças para decoração consegui conquistar vários clientes, inclusive de outros Estados”, enfatiza. A valorização do artesanato como peça decorativa em Pernambuco teve um grande impulso com o surgimento da Fenearte. Carlos Augusto Lyra, coordenador da feira, ressalta a importância do evento. “É um encontro de muitas trocas de informações, de pessoas que vem de várias localidades. Funciona como uma vitrine para esses artesãos, onde eles podem conversar com o consumidor e ter um feedback do seu trabalho”, avalia Lyra. “O que se observa também é que a cada edição novos artistas surgem com um trabalho rico e autoral”, acrescenta o arquiteto. A 19º edição da Fenearte já tem data certa para acontecer: de 4 a 15 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco. Este

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