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A nova cara da poesia oral

Feita da relação entre voz, verso e corpo, a poesia oral ganha ares contemporâneos graças às influências das batalhas de MC’s e das temáticas políticas e sociais comuns ao rap e hip hop. Assim se faz ouvida a palavra marginalizada de mulheres negras, moradores de periferia ou que estão fora dos grandes centros urbanos. O assunto, que virou matéria de capa da edição de maio da revista Continente, publicação da Cepe Editora – Poesia do Corpo, assinada pelas jornalistas Erika Muniz e Lenne Ferreira -, também é mote do evento Encontro, Poesia, Corpo, Protesto. Neste domingo, 20 de maio, das 15h às 18h, na Torre Malakoff, o público poderá conferir, ao vivo e gratuitamente, como são esses desafios poéticos, e o que tem a dizer essa nova geração de jovens declamadores. “Para uma mulher negra, feito eu, fazer poesia é militância. Quantas mulheres negras a gente reconhece como escritoras e poetas?”, questiona, em trecho da matéria da Continente, a poeta Bell Puã, que estará presente no evento, ao lado de Patrícia Naia, Bione, Adelaide Santos, Joy Tamires, Luna Vitrolira, e os poetas Gleison Nascimento, David Henrique, Pierre Tenório e Philippe Wollner. Na programação, exibição de vídeos, música, declamações, performances e rodas de conversa. SERVIÇO Encontro, Poesia, Corpo, Protesto Quando: 20 de maio (domingo), das 15h às 18h Onde: Torre Malakoff Entrada gratuita

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Varejo brasileiro cresce 2,1% em abril, revela ICVA

O varejo brasileiro apresentou alta de 2,1% em abril na comparação com o mesmo período de 2017, descontando a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado, aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) divulgado nesta quarta-feira (16). Em termos nominais, número que reflete o que o varejista de fato observa na receita das suas vendas, o indicador registrou alta de 3,2% na comparação com o ano anterior. O resultado do mês foi prejudicado pelo calendário. Em relação ao mesmo período do ano passado, o mês teve um sábado a menos (dia tipicamente mais forte no varejo) e uma segunda-feira a mais. Além disso, em 2018 a semana de Páscoa caiu em março – ano passado ocorreu em abril –, e tivemos também no dia 30 deste mês a ponte de feriado do dia do trabalhador. Ajustado aos impactos de calendário, o índice deflacionado apontaria alta de 2,6%, o que representa uma aceleração em relação ao observado no mês de março no mesmo conceito (2,2%). Já pelo ICVA nominal, com os ajustes de calendário, o indicador apresenta alta de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2017, tendo uma estabilização em relação a março (3,7%). “O ICVA vem mantendo a trajetória de aceleração e mostrando uma recuperação consistente nos últimos meses, embora de forma lenta”, afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo. INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado em março pelo IBGE apontou alta de 2,76% no acumulado dos últimos 12 meses, com uma aceleração comparado ao registrado em março (2,68%). Os itens do bloco de Habitação (principalmente Energia elétrica residencial – não refletido no ICVA) e Transportes, contribuíram para a aceleração do índice. Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em abril ficou em 1,1%, tendo uma queda ao registrado em março (1,5%). SETORES No conceito deflacionado com ajustes calendário, o mês apresentou aceleração em todos os macro-setores do varejo. O resultado do crescimento do mês, quando comparado com o mesmo período do ano passado, foi puxado principalmente pelo desempenho dos setores de Supermercados e Hipermercados seguido por Móveis, Eletrodomésticos e Lojas de Departamento. Por outro lado, o setor de Vestuário e Artigos Esportivos registrou desaceleração no mesmo conceito. REGIÕES Em relação às regiões, destaque positivo para as regiões de Centro-Oeste e Sul, que apresentaram as maiores acelerações dentre as regiões brasileiras segundo o ICVA Deflacionado com ajuste de calendário. Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado na região Norte apresentou alta de 7,7%, seguido pelas regiões Nordeste e Sul com 3,4% e 3,2% respectivamente. Por fim, vale mencionar as regiões Centro-Oeste, com alta de 1,9%, e o Sudeste, com alta de 0,9%. Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – o destaque foi a região Norte, que registrou alta de 7,8%. Em seguida, temos as regiões Nordeste e Sul com crescimentos de 4,6% e 4,1% respectivamente. Já as regiões Centro-Oeste e Sudeste apresentaram crescimentos de 3,4% e 2,4% respectivamente.  

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Domingo no Museu em novo espaço

A brincadeira literária mudou temporariamente de endereço. A próxima edição do Domingo no Museu, evento realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), será dia 20 de maio, no Museu do Homem do Nordeste, em Casa Forte (Avenida 17 de Agosto, 2187), e não mais no Museu do Estado, como em edições anteriores. A ação gratuita e voltada para crianças busca incentivar a leitura dos pequenos com venda de títulos literários com desconto, além de contação de histórias com o grupo O Tapete Voador, exibição de filme no Cinema do Museu, teatro de bonecos, homenagem ao Dia das Mães, e ainda food trucks para a hora do lanche. A programação acontece das 8h30 às 12h. Em agosto, o Domingo no Museu volta ao seu lugar de origem. SERVIÇO Domingo no Museu Quando: 20 de maio Horário: 8h30 às 12h Onde: Museu do Homem do Nordeste (Avenida 17 de Agosto, 2187, Casa Forte) Entrada Gratuita

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6 mitos sobre o período menstrual

Embora a menstruação seja comum na vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre têm uma explicação médica. Às vezes, por timidez, a paciente não pergunta para um profissional e a interrogação persiste por muito tempo. Para esclarecer, alguns mitos clássicos sobre o assunto que ainda sobrevivem entre as mulheres. Confira: “É impossível engravidar durante o período menstrual” Na teoria, realmente não é possível, já que menstruação é a “descamação” do endométrio, camada que é preparada para receber a gestação. No entanto, o corpo não é uma máquina que trabalha com exatidão, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco. “Mulheres com muita convivência menstruam simultaneamente” Cada pessoa tem o seu corpo com manifestações totalmente individuais; portanto, o período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres. “As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação” O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação, que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo menstrual. Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar. “É errado fazer exercícios durante o período menstrual” Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida em qualquer momento. No período menstrual, eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios de prazer, como endorfinas. “Absorventes internos são proibidos para mulheres virgens” Mais um mito. O hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade, e o absorvente interno é menor, tem até 1,9 cm. “Ter relações sexuais nesse período aumenta o risco de contrair DSTs” A realidade é que, com ou sem menstruação, fazer sexo desprotegida aumenta o risco de contrair qualquer doença sexualmente transmissível.

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UNINASSAU promove palestra com o campeão olímpico César Cielo

A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife promove, no próximo dia 24 de maio, uma palestra com o campeão olímpico César Cielo. O evento, marcado para as 14h, no auditório Roque de Brito da Instituição, tem como objetivo mostrar a trajetória e as estratégias que o levaram ao lugar mais alto do pódio em competições de alto nível técnico. Campeão olímpico nos 50 metros livres e detentor de 11 títulos mundiais, o nadador irá ministrar a palestra “Crescimento, desenvolvimento e maturação”. De acordo com o vice-reitor da UNINASSAU, Antônio Neto, o contato dos alunos com personalidades bem-sucedidas é fundamental para o crescimento do estudante na vida pessoal e profissional. “O caminho traçado por pessoas consagradas pode interferir no curso daqueles que os admiram. Entender como eles realizaram os objetivos, como alcançaram as metas e superaram as adversidades é imprescindível. César Cielo consegue mostrar que, mesmo diante das adversidades, superou tudo aquilo que o impedia de vencer, tanto dentro da piscina, quanto na vida”, destaca. Durante o evento, os interessados poderão interagir com o palestrante e tirar todas as dúvidas a respeito da carreira e trajetória profissional do atleta. A palestra conta com relatos motivacionais e bem-humorados da sua carreira, utilizando-se de imagens, vídeos e uma apresentação cujo conteúdo vai muito além do meio esportivo. As inscrições para a palestra podem ser feitas por meio do site eventos.sereduc.com. O auditório Roque de Brito fica no Bloco C da UNINASSAU, localizado na Rua Guilherme Pinto, 400, Derby. Biografia Cesar Augusto Cielo Filho é recordista mundial dos 50 e 100 metros livres em piscina olímpica. Também detém recordes nos 4×50 em piscina curta e 4×100 medley em piscina olímpica. Possui três medalhas em Olimpíadas, sendo uma de ouro e duas de bronze. Em Pan-Americanos, acumula oito medalhas, sendo sete de ouro e uma de prata. Além das 11 medalhas em campeonatos mundiais, foi eleito em 2009 o nadador mais veloz da história ao marcar o recorde de 20s91 nos 50 metros livres. Serviço Palestra com César Cielo Data: 24/05 Horário: 14h Local: Auditório Roque de Brito – Bloco C – Rua Guilherme Pinto, 400, Derby

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Maio Amarelo com ações de Educação de Trânsito para estudantes do Cabo

No mês dedicado à conscientização sobre segurança viária, com a campanha Maio Amarelo, as crianças também são convocadas a serem aliadas para um trânsito mais seguro e respeitoso. Para isso, a Concessionária Rota do Atlântico – responsável pela gestão da via expressa de acesso a Suape e Litoral Sul do Estado – irá promover uma aula especial sobre o tema, nesta quinta-feira (17), às 9h, na Escola Municipal Celma Barros, no Cabo de Santo Agostinho. De forma lúdica, temas como uso de cinto de segurança, travessia segura e riscos do uso de celular ao volante serão abordados por meio de dinâmicas de grupo, jogos e distribuição de cartilhas. Cerca de 150 crianças, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental I, participarão das atividades. A abordagem trabalhará o desenvolvimento moral sobre o tema, orientando os participantes a distinguirem o que é certo e o que é errado no trânsito. “Nem é preciso o apelo sobre as multas, como é necessário nas ações voltadas para adultos”, explica o gestor de Sustentabilidade da Rota do Atlântico, Ítalo Alencar. “Além do formar o condutor do futuro, consideramos que as ações de educação de trânsito para crianças geram também efeitos imediatos, uma vez que esses estudantes são eficientes multiplicadores de conhecimento e atentos fiscalizadores dos adultos ao volante”, completa Alencar. A programação do Maio Amarelo da Rota do Atlântico inclui ainda palestras sobre Direção Defensiva para funcionários das empresas de Suape e blitz Educativa do Programa Cidadania na Pìsta, que será realizado no próximo dia 28, na PE-009, em parceria com o Detran-PE e com o Batalhão de Policia Rodoviária (BPRv). Celma Barros – Localizada no bairro da Charnequinha, a Escola Celma Barros é uma das instituições atendidas pelo projeto Renovando Nossa Escola, realizado pela Rota do Atlântico, que investiu na requalificação física da instituição de ensino, com uma metodologia participativa onde a comunidade elaborou o diagnóstico e definiu as prioridades. Rota do Atlântico – Com investimentos em qualidade da via e ações de conscientização para um trânsito seguro, a concessionária conseguiu reduzir em 80% o número de acidentes do Complexo Viário de Suape, no comparativo entre o primeiro ano de operação, em 2014, e balanço mais recente, referente ao ano de 2017. De acordo com os últimos dados da pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT). a Rota do Atlântico foi a mais bem avaliada de Pernambuco e também de todo Norte-Nordeste, com conceito ótimo em todos os quatro quesitos: condições gerais, pavimento, sinalização e geometria da via.

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Bares do Recife se especializam em drinques com gim

Nada de cervejas artesanais e cafés especiais, a bebida que vem despontando com uma das queridinhas da vez é o gin ou gim. Um velho conhecido dos apreciadores de drinques, que nos últimos anos voltou a ser degustado pelos bares e restaurantes do Brasil e do mundo. Na capital pernambucana não foi diferente. O gim no século 19 era usado como perfume por causa do seu aroma, mas no decorrer do tempo as pessoas começaram a consumi-lo. como bebida. A aguardante à base de cereais recebe ainda na sua composição zimbro, planta responsável pelo cheiro característico do gim. No Recife é possível encontrar desde locais que passaram a incluir no cardápio opções do destilado para agradar a clientela a casas especializadas no produto. Uma delas é o Em cima Gin Bar. O lugar é parada obrigatória para quem deseja consumir e conhecer a bebida, uma vez que oferece cerca de 42 rótulos diferentes de gim. Entre as marcas estão a Bombay Saphire East (R$ 21,90 a dose), Elephant (R$ 56) e o G’Vine (R$ 42,90). E há opções para todos os gostos. “O consumidor mais experiente, que entende do destilado geralmente procura um gim especial e tradicional, como o Monkey 47 (R$ 64,90 a dose), um dos mais premiados do mundo, produzido com a mesma fórmula há mais de 40 anos”, destaca o sócio da casa Emerson Pires. “Já o público mais jovem recorre aos coquetéis clássicos, entre eles, o famoso Gin Tônica (R$ 19,90), conhecido pela simplicidade, feito à base de gim com água tônica, fatias de limão e gelo”, completa o sócio Emerson Pires. Se você é iniciante no assunto, não precisa se preocupar qual tipo de drinque escolher, porque vai encontrar na carta de bebidas sugestões para iniciar a noite, como o London Fog (R$ 21,90), uma combinação de gim da marca Beefeater London Dry, água tônica, fatias de maçã verde e vermelha, com notas de limão siciliano e canela em casca e o Tea Party (R$ 21,90), Beefeater London Dry, água tônica, chá, casca de tangerina e cravos da índia. Depois a sugestão da casa é conhecer o destilado acompanhados de água tônica, pepino e gojiberry, como o B$T Em Cima Bar (R$ 24,90). Há também o favorito do agente James Bond, do filme 007, o Dry Martini (24,90), feito com Gin London Dry, Dry Vermouth, casca de siciliano, azeitonas verdes e toques de salmoura de azeitona. Para quem curte drinques mais fortes, a pedida é o Negroni (24,90), que contém Gin London Dry, vermouth russo (bebida alcoólica à base de vinho) , campari e casca de laranja bahia. Para Emerson Pires, um dos responsáveis pelo retorno do consumo de gim foi o investimento feito pela indústria do porte da Companhia Pernod Ricard, que já vendia o destilado Seagram’s e trouxe para o Brasil as marcas Beefeater e Beefeater 24 e a produtora Diageo, que detém a marca Johnnie Walker. “Elas adotaram estratégias de vendas mais agressivas para divulgação das marcas de gim no Brasil, aproximando ou até mesmo apresentando a bebida tradicional ao consumidor, por meio de campanhas e apoiando/investindo em novas casas voltadas para o destilado, como o próprio Em Cima Gin Bar”, explica Pires. As empresas encontraram uma forma de ampliar os negócios levando uma bebida, que já fazia sucesso na Europa, para os outros países. “Por serem marcas mundialmente conhecidas, o gim se popularizou e o que antes era considerado um destilado ultrapassado, tornou-se sinônimo de status, de um drinque cult, com uma pegada fashionista”, justifica Pires. Um dos sócios da Ursa Bar e Comedoria, Lucas Muniz, também percebeu o crescimento da demanda por gim. “As pessoas começaram não só a tomar, como também exigir um bom drinque”, ressalta. Ele acredita que o crescimento do consumo foi impulsionado pelas redes sociais, como o Instagram. “Depois que as pessoas começaram a ver uma galera tomando a bebida em outras cidades, elas começaram a se espelhar e querer fazer o mesmo”, observa o sócio. Na Ursa, entre as marcas de gim oferecidas estão o nacional Seagers (R$ 6, a dose), e os importados Tanqueray (R$ 9) e Bombay (R$ 9). Já o drinque da casa é o Matahari (R$ 18), composto à base de gim, soda de pepino, sumo de limão, sugar syrup (xarope de açúcar) e pimenta do reino. “Ele é o mais surpreendente de todos, no qual é possível compreender o potencial de um drinque dentro de uma mixologia. Em uma noite, sai pelo menos cinco pedidos dele”, ressalta Muniz. Mas na carta da casa, a clientela pode encontrar outras opções, como o Gina (R$ 18), gim, caju, manjericão, citrus mix, Martini dry e o Bond (R$ 15), gim, martini dry e salmoura e azeitona verde. A Ursa Bar e Comedoria surgiu em 2017 com a proposta de ser um bistrô, oferecendo café e jantar, entretanto, o sócio logo percebeu que o público procurava algo mais animado no período da noite. “Geralmente a clientela que frequenta a Ursa é formada por moradores da região e que buscam “esquentar” a noite antes de ir para uma festa, por exemplo”, conta Muniz. Já quem pede os drinques são pessoas que conhecem a bebida e já provaram em outra ocasião. Serviço: Em Cima Gin Bar, Rua do Atlântico, 102, Boa Viagem, Recife. Funciona de terça a sábado, das 19h às 3h. Telefone: (81) 3132-6040. Ursa Bar e Comedoria, Rua Carneiro Viléla, 30 Espinheiro, Recife. Funciona de quarta a sábado, das 19h às 2h. Telefone: (81) 3038-3916.

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O uso da bicicleta como ferramenta para o estudo da paisagem

Qualquer nova proposição na ciência começa pelo uso dos sentidos. “É só dos sentidos que procede toda a autenticidade, toda a boa consciência, toda a evidência da verdade”, dizia Nietzsche. Embora as circunstâncias mudem historicamente, é inegável que as atuais tecnologias ampliam as possibilidades dos sentidos. No entanto, elas não representam um bem em si mesmo, pelo menos no que se refere à ciência. Primeiramente, os ganhos de tempo decorrentes das tecnologias, que tornam tudo mais rápido, muitas vezes se transformam numa verdadeira apologia à velocidade e à quantidade, ficando muitos campos carentes de investigação e de novas proposições. Como em um círculo vicioso, velocidade e quantidade tendem a sobrepor o uso de um sentido (a visão), em detrimento de outros. Mas em se tratando de estudos sobre sistemas complexos como a paisagem e sua transformação, o uso dos demais sentidos pode ter uma importância diferenciada. Paisagem e transformação são duas coisas que andam juntas. A paisagem nunca está congelada ou permanece estática. Em um permanente processo de transformação, ela se constitui em uma resultante do encontro de forças humanas e não humanas. Nesse encontro, o tempo desempenha um importante aspecto: olhar uma paisagem significa olhar para o passado. É aí que entra a bicicleta. Ela pode vir a favorecer, em uma escala que lhe é própria, alternativas de percepção de muitos elementos da paisagem e, ao mesmo tempo, discutir as possibilidades metodológicas que a mesma oferece no estudo da história ambiental. Quase toda criança já viajou de bicicleta por lugares distantes. Eu não fui uma exceção. Na minha estive em terras longínquas a partir de meus seis anos. Não existiam duas voltas iguais. Mas lá pelos meus 12 essa magia encolheu e a bicicleta sumiu do meu horizonte. Em um belo dia, uns 50 anos depois, o trânsito infernal da cidade me obrigou a alugar uma bicicleta para um compromisso. Foi só sentar nela e toda a magia dos meus seis anos voltou no ato. Andar de bicicleta é, antes de qualquer coisa, algo extremamente lúdico. Você pode dirigir um carro mal-humorado; uma bicicleta, jamais. Adulto, pude ver novamente que o transporte ativo possibilita outras maneiras de se perceber a paisagem. As bicicletas permitem novas experiências e percepções mesmo em paisagens familiares. Isso porque andar de bicicleta estimula substancialmente o uso combinado dos sentidos humanos. Meio que sem querer, ou querendo, essa minha percepção se alinhou totalmente ao movimento da Slow Science, que defende o direito de cientistas fugirem da corrida pelo grande número de publicações e priorizem a qualidade da pesquisa. Portanto, venho desenvolvendo cada vez mais estudos da paisagem utilizando a bicicleta como meio de transporte e ferramenta de pesquisa. A bicicleta é considerada o veículo de propulsão humana mais eficiente já inventado pelo homem. Trata-se de um veículo extremamente útil para deslocamentos curtos, a um custo baixíssimo. É um meio de transporte porta a porta, amigável, não poluente, espacialmente econômico, de fácil manuseio e de barata manutenção, de fácil integração com outros meios de transporte, acessível a todas as idades e classes sociais e um excelente exercício físico. Além disso, a bicicleta permite uma elevada flexibilidade ao seu usuário por não estar presa a horários e rotas prefixadas, podendo ainda circular em locais inacessíveis a outras modalidades de transporte. Muitos laços ligam a bicicleta a políticas ambientais, notadamente no que se refere à poluição ambiental e à conservação de energia. A comparação com outras formas de transporte passivo (como o automóvel e motocicleta) traz talvez como principal distintivo justamente o acesso aos sentidos. Em uma autobiografia, o historiador britânico Eric Hobsbawm diz que os ciclistas se deslocam à velocidade das reações humanas e não estão isolados da luz, do ar, dos sons e aromas naturais por trás de para-brisas de vidro A percepção do ambiente através do corpo constitui uma prática espacial que comprime o tempo, expande distâncias e torna os lugares mais densos em detalhes e complexidade. Experiências sensoriais através da visão, sons, tato e cheiros precedem a construção de significados através da linguagem e, frequentemente não podem ser convertidas em palavras. A percepção sensorial constitui assim um elemento essencial na prática da história ambiental. No entanto, é importante ressaltar que embora os sentidos sejam fundamentais para a obtenção de dados na pesquisa, eles não são os mesmos nas diferentes culturas. Ou seja, existe uma interpolação cultural entre sentidos e cultura. Imagens, cheiros, sons, texturas, gostos, palavras e qualquer outro aspecto da cultura são elementos relevantes para a maneira como apreendemos o mundo. O transporte ativo possibilita outras maneiras de se perceber a paisagem. As bicicletas permitem novas experiências e percepções mesmo em paisagens familiares. Isso porque andar de bicicleta estimula substancialmente o uso combinado dos sentidos humanos Na sua construção, a ciência não pode prescindir de novos paradigmas, modelos, representações e interpretações de mundo. Estes são alcançados pelo pesquisador por caminhos os mais diversos, mas sempre pela intermediação dos sentidos humanos. A mudança de paradigmas, particularmente aqueles ligados ao estudo da paisagem, muitas vezes aparece de forma fortuita, não intencional, tendo como porta de entrada os sentidos de quem a pesquisa. Cores, formas, ritmos, odores e sons circundantes trazem informações ao cérebro que, reagindo com percepções e conhecimentos anteriores, podem abrir novas combinações de sensações e pensamentos, possibilitando a sua organização sob a forma de um novo caminho. O entrar em contato com a paisagem em sua vertente natural e cultural representa um convite a novas interpretações que ligam as relações entre os seres humanos e as paisagens, mediado por um uso mais intenso dos sentidos. Por Rogério de Oliveira – diretor do Departamento de Geografia e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É doutor em Geografia pela UFRJ. Suas áreas de pesquisa são a Ecologia da Mata Atlântica, História ambiental e Ecologia histórica.

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Atenção na hora de fazer a tattoo

Não é de hoje que a tatuagem faz a cabeça de uma galera que curte desenho e procura por meio dessa arte afirmar no corpo sua identidade. Desde antes de Cristo, a prática já era difundida no Egito e em alguns países da Ásia e Oceania. Aos poucos, popularizou-se e é cada vez mais comum encontrar adeptos. Mas, é preciso ficar atento para os cuidados na hora de fazer a tattoo. O dermatologista André Rosa, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca três pontos a serem levados em consideração ao se tatuar. Primeiro, a área da pele, que precisa estar saudável e não ter sofrido lesão ou ferimento. Depois ter certeza do que se quer desenhar, para não se arrepender e precisar pagar mais caro para fazer a retirada da tattoo. Por último, mas não menos importante, se perguntar: o estúdio de tatuagem obedece às normas da Vigilância Sanitária? O órgão é responsável por orientar e assegurar a esses locais o cuidado com a limpeza dos equipamentos e do ambiente. O ideal é fazer uma consulta a um dermatologista que vai investigar se o candidato a receber a tatuagem possui reação alérgica a algum componente químico da tinta usada para fazer o desenho. “O médico pode também orientar sobre o melhor local para se tatuar, após observar a saúde da pele”, ressalta Rosa. Infelizmente, ainda não foi inventado um medicamento eficaz para anestesiar aquela “dorzinha” na hora de se tatuar, quando pode ocorrer até sangramentos. O produtor cultural, Roger de Renor, 55, que estampa pelo corpo nada menos que 11 tatuagens, lembra-se do medo que sentiu ao fazer a primeira delas. “Como não sabia se iria doer muito, tomava uísque para aliviar a dor”, brinca. Apesar de não existir restrições quanto a parte do corpo a ser tatuada, algumas regiões podem doer mais que outras, por isso alguns tatuadores evitam na primeira ocasião, tatuar lugares, como na costela e no pulso. Além disso, os locais expostos ao sol são mais difíceis de cicatrizar. Os ombros e braços, por exemplo, que recebem de imediato a radiação solar, precisam ser hidratados com cremes de ação cicatrizantes, cuja indicação deve ser específica para a região do corpo e o tipo de tatuagem (colorida ou preta, grande ou pequena). Depois de feita a tattoo, é recomendado um período de 20 dias sem muita exposição ao sol para evitar possíveis problemas com a cicatrização. Renor conta que depois de tantos desenhos, o cuidado que tem com as tatuagens são os mesmos com a exposição ao sol. “Uso o famoso filtro solar. Como sou muito branco e levei muito sol até os 20 anos, tenho essa atenção com a pele para além da conservação das tattoos”, diz. Para quem tem problemas como acnes e espinhas, o cuidado com o sol deve ser redobrado, sendo, inclusive, indicado evitar se tatuar nessas regiões. Pessoas com tendência à queloide (cicatriz saliente que aparece após a cura de um ferimento) também precisam ficar espertas, pois ao fazer tatuagem podem surgir no processo de cicatrização essas indesejáveis marcas. O gerente de um lar para idosos, Adrian Albuquerque, 27, conta que depois de machucar a mão e o joelho apareceu queloide nas regiões e, após ter feito a primeira tatuagem, ficou uma cicatriz saliente no local do desenho. “A tattoo ficou até deformada”, lamenta. Hoje, com seis tatuagens, ele admite não ter sinalizado ao tatuador sua tendência à queloide e na hora de fazer o desenho ele pode ter feito força demais e ferido a pele. “Depois dessa primeira tattoo, fiquei com receio de fazer outras, mas troquei de profissional e passei a avisar antes ao tatuador sobre a facilidade que tenho de ter esse tipo de cicatriz”, justifica Albuquerque. André Rosa adverte que não há como prever se uma pessoa possui predisposição a essas cicatrizes, exceto quando já tenha tido uma ferida, como foi o caso de Adrian Albuquerque. “Geralmente a queloide não exige tratamento, mas é possível prescrever um sabonete líquido antibacteriano e pomada indicada pelo dermatologista para minimizar o alto relevo do desenho”. Não existe restrição de idade para se tatuar, porém menores de 18 anos precisam de autorização dos pais. Idosos por apresentam a pele mais fina, na hora de receber a pigmentação podem sentir dores mais fortes, ter sangramentos e dificuldade para cicatrização. Por isso, André Rosa reforça, nesses casos, a necessidade do acompanhamento de um dermatologista. PARA QUEM SE ARREPENDEU Até um tempo atrás, quem se arrependia de fazer uma tattoo precisava optar por um método de retirada doloroso chamado dermoabrasão e salabrasão, em que se esfregava a pele com sal. Hoje, existem lasers com essa função, como o Nd: YAG Q-Switched. “Após anestesiar o local, o dispositivo emite uma série de pulsos de alta energia no local da tatuagem e é feita a aplicação ponto a ponto, com ajuste de 10 disparos por segundo na região desenhada”, explica Rosa. O processo de retirada é mais oneroso do que fazer a tatuagem e o tempo dispendido para eliminar todo o desenho depende da cor utilizada. “A coloração preta é a mais fácil de ser retirada. Geralmente, as que dão mais trabalho são as cores azul piscina, verde e amarela”, observa Rosa. A duração da seção vai depender também da localização, da tinta usada e do tempo que foi feita a tattoo. O dermatologista recorda que já teve paciente na vigésima seção e mesmo assim não conseguiu tirar todo o desenho. Atenção especial também para a escolha do estúdio em que for feita a tatuagem. “Muitos tatuadores abrem seus negócios sem ser licenciados, e isso repercute na população, pois ela pode estar correndo riscos sanitários”, adverte Rozimare Sales, coordenadora da Vigilância Sanitária do Recife. Segundo Rozimare, é necessário que os materiais passem por uma fiscalização para garantir, por exemplo, que as tintas sejam antialérgicas e registradas na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão também proíbe o uso de luvas importadas, sem a certificação do Brasil, e fiscaliza se o ambiente oferece condições necessárias para

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Congresso regional de endocrinologia terá mais de 80 palestras

Entre os dias 7 e 9 de junho, o hotel Summerville, em Muro Alto, a 50 km do Recife, vai sediar o EndoRecife 2018, promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PE). Endocrinologistas e profissionais de saúde de outras especialidades – do Brasil e do exterior – vão discutir novidades no diagnóstico, tratamento e pesquisas da área. O EndoRecife é um dos principais congressos médicos regionais do país, deve reunir mais de 600 participantes e será realizado pelo 21º ano consecutivo. A direção da regional da SBEM em Pernambuco, liderada pelo endocrinologista Fabio Moura, escolheu o também endocrinologista Luiz Griz como presidente do congresso, emprestando a sua experiência para a realização deste importante evento científico. Durante três dias, vão ser apresentados temas como diabetes, osteoporose, câncer de tireoide, transtornos endocrinológicos na gestação, obesidade, reposição hormonal na menopausa, síndrome metabólica, entre outros, em mais de 80 palestras. A programação contará com a participação de médicos brasileiros e vários de destaque internacional, entre eles Michael Lewiecki, do New Mexico Bone Ressearch Centers (Albuquerque, EUA), George Grunberger, professor da Wayne State University School of Medicine (Detroit, EUA) e presidente eleito do American College of Endocrinology, e Oscar Bruno, professor da Universidad de Buenos Aires. No primeiro dia do encontro, haverá um curso pré-congresso sobre a Medicina do Estilo de Vida, tem apresentações sobre jejum intermitente, dieta sem glúten e sem lactose, dieta cetogênica, uso de suplementos alimentares para perda de peso, além da prática de exercícios físicos para a perda de peso. “Estamos sempre oferecendo novidades e uma renovação no EndoRecife. O curso pré-congresso é um exemplo, porque tem foco em um tema e traz uma discussão atualizada tanto para congressistas quanto para quem pretende fazer uma imersão apenas no assunto escolhido. Foi um acerto que estamos repetindo, acrescentando mais tempo ao evento”, afirma o presidente da SBEM-PE, Fabio Moura. As inscrições são feitas pelo site www.endocrinologiape.com.br, onde pode ser conferida a extensa programação científica.

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