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CESAR abre inscrições para o Programa Summer Job

O CESAR, centro de inovação sediado em Recife, abriu processo seletivo para uma nova turma do Programa Summer Job. As aulas terão início em 2 de julho e término em 10 de agosto e ocorrerão tanto na sede do CESAR em Recife, como nas regionais em Sorocaba (SP), Curitiba (PR) e Manaus (AM). As inscrições ficam abertas até 31 de março. Os objetivos do curso são oferecer para as empresas maduras um ambiente de experimentação rápida, e para os alunos uma oportunidade de resolver problemas reais através do processo de inovação do CESAR. A interação intensiva entre alunos e empresas resulta em um efeito colateral importante: a identificação de talentos pelas empresas patrocinadoras. O Programa é voltado para estudantes de qualquer curso, embora cerca de 50% das vagas sejam destinadas aos alunos de Ciência da Computação, Engenharia, Administração, Economia, Design e afins. Um dos requisitos para a participação no Programa é que o aluno esteja cursando a partir do 4° período e tenha inglês fluente, já que todas as aulas serão ministradas nesse idioma. Nesta edição, o CESAR criará um grupo misto com estudantes estrangeiros e brasileiros, o que favorecerá o compartilhamento de conhecimento e de experiências. O Programa oferece aos alunos uma ajuda de custo no valor de R$ 2 mil, além de passagem para aqueles que optarem por unidades do CESAR diferentes do seu estado de residência. “O Summer Job é ideal para os estudantes que buscam aprimoramento pessoal e vivência do mercado de trabalho e têm espírito empreendedor. Durante todo o Programa, os participantes serão envolvidos na resolução de um desafio da empresa patrocinadora”. juntamente com uma equipe técnica altamente qualificada”, explicou Eduardo Peixoto, Executivo Chefe de Negócios do CESAR. “Um dos grandes diferenciais é que temos no Programa empresas patrocinadoras que trarão diversos desafios nos quais os estudantes deverão trabalhar, bem como direcionamentos reais de mercado”, reforçou Peixoto. O executivo também destacou que as vantagens do Programa vão além da capacitação dos estudantes. “As empresas patrocinadoras do Summer Job também se beneficiam, já que os protótipos gerados durante as atividades poderão ser implementados e virarem produtos inovadores”, explicou. Desde 2012, o CESAR vem realizando edições do Summer Job. Algumas das empresas patrocinadoras das últimas edições foram Fedex Express, Grupo Boticário, Gerdau, Unilever, Globo, Grupo Cornélio Brennand, FCA – Fiat Chrysler Automobiles, entre outras. O Programa já contou com a participação de alunos do ITA, UFPE, Insper (SP), USP (SP), PUC-Rio (RJ), UEA (AM), UFJF (MG), UPE, Universidade Católica de Pernambuco e UFPB, entre outras. Para inscrição e mais informações, acesse: http://summerjob.cesar.org.br

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Mercado financeiro espera que inflação feche o ano em 3,63%

O mercado financeiro reduziu pela sétima semana seguida a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,67% para 3,63%, de acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC) sobre os principais indicadores econômicos. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação está em 4,20%, um pouco abaixo do centro da meta: 4,25%. Taxa básica de juros Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,75% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, encerrando o período em 8% ao ano. Para as instituições financeiras, o Copom deve reduzir a Selic em 0,25 ponto percentual na reunião deste mês. Atividade econômica A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país este ano, caiu pela segunda vez seguida, ao passar de 2,87% para 2,83%. Para 2019, a projeção segue em 3%. (Agência Brasil)

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Aumento da obesidade impacta joelho dos brasileiros

Dados do Ministério da Saúde mostram que um em cada cinco brasileiros está acima do peso saudável. Ainda mais: a obesidade aumenta com o avanço da idade e é bastante alta entre adultos de 25 a 44 anos. Além de doenças como hipertensão e diabetes, a obesidade tem um impacto significativo nas doenças que afetam os joelhos, principalmente a condromalácia patelar, comprometendo a qualidade de vida de milhares de pessoas. Estudo divulgado no jornal da Associação Canadense de Radiologistas estabeleceu uma clara relação, a partir de exames de ressonância magnética, entre a gordura subcutânea do joelho e a presença, às vezes em estágio avançado, de condromalácia patelar. De acordo com o médico ortopedista Riccardo Gobbi, especialista em cirurgia dos joelhos, condromalácia patelar é uma alteração na cartilagem que reveste a patela (parte anterior do joelho, antes chamada de rótula). “Essa disfunção acompanhada por degeneração da cartilagem é causa de muita dor e desconforto. Conhecida também como ‘síndrome da dor patelofemoral’, a condromalácia patelar piora com o aumento da pressão entre a patela e o fêmur. Sendo assim, não só a obesidade é uma causa importante, mas situações que envolvem repetição de movimentos agravam o problema. Ao subir uma escada, por exemplo, essa pressão atinge três vezes o peso do corpo. Já em exercícios que impõem a flexão dos joelhos em 90 graus, a pressão pode variar de sete a dez vezes o peso do corpo. Daí a importância de atletas de alto impacto, como corredores e jogadores de vôlei, basquete, tênis e futebol, necessitarem de uma atenção constante na manutenção da saúde dos joelhos – e isso inclui, obviamente, o controle do peso e o fortalecimento muscular”. Gobbi afirma que o diagnóstico correto dos fatores relacionados à condromalácia patelar ou síndrome patelofemoral não é simples e demanda muito conhecimento por parte dos ortopedistas. Além de avaliar o paciente clinicamente, dando atenção às suas queixas e checando que tipo de uso ele faz dos joelhos, exames de imagem devem ser requisitados para avaliar a inflamação, alterações anatômicas e a área degenerada. “De todo modo, a condromalácia patelar é mais frequente em obesos, atletas e mulheres – por razões diferentes. Tendo já explicado por que obesos e atletas são mais propensos a desencadear a doença, vale ressaltar que no caso das mulheres está muito relacionada à sua anatomia. Como a pelve é mais larga que a dos homens, geralmente seus joelhos são mais projetados para dentro, formando um X. Isso altera o encaixe da articulação patelofemoral e gera uma sobrecarga relevante na região lateral da articulação”. O especialista diz ainda que o tratamento de condromalácia patelar envolve desde a correção da sobrecarga e deficiências musculares, uso de medicamentos anti-inflamatórios e, para a cartilagem, mais recentemente começou a ser indicado o uso de PST – Pulsed Signal Therapy. “Nosso Grupo de Joelho do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP empreendeu um estudo sobre o uso da Terapia de Sinais Pulsáteis no tratamento da condromalácia patelar. Avaliamos e acompanhamos 25 pacientes, sendo que 17 joelhos receberam tratamento placebo e 24 joelhos seguiram o protocolo da PST, que prevê aplicações diárias durante nove dias. O tratamento não é invasivo nem provoca dor ou desconforto nos pacientes. Aqueles tratados com PST apresentaram melhora da dor e dos testes funcionais após o tratamento – que foi progressiva e se manteve por um período de até um ano depois de terminadas as sessões. A partir dessa evidência, passamos a incluir a PST como opção de tratamento por ser uma excelente alternativa não só para atletas e esportistas que, de modo geral, costumam ‘castigar’ os joelhos, como também para pessoas que estão envelhecendo acima do peso”.

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Projeto pernambucano no Youtube dá espaço a trabalho autoral local

Do Frevo ao brega, do rock ao samba do forró ao reggae. Muitos são os estilos musicais das bandas e artistas que fazem parte da cultura pernambucana independente. O mercado musical, de acordo com a Associação Pró-Música Brasil, dentro dos formatos digitais, o streaming “on demand” ou “interativo”, foi a modalidade que mais influenciou no desempenho do mercado nos últimos anos. Isto significa dizer que plataformas como o YouTube e Spotify são essenciais para os músicos iniciantes ou veteranos no ramo. Vale ressaltar que diversos nomes do cenário artístico atual começaram a fazer sucesso por meio de vídeos propagados nessas redes, como Justin Bieber e Luan Santana. Somando mais de 24 mil seguidores no Instagram e Facebook e mais de cem vídeos em seu acervo, o Projeto Caldo de Cana busca fomentar o cenário da música autoral pernambucana, dando suporte às bandas e grupos musicais na geração de seus conteúdos de áudio e vídeo. Apresentando continuamente bandas ou artistas, o Caldo de Cana tem seu foco na produção cultural, com vídeos ao vivo em alta qualidade buscando a inclusão desses musicistas nas plataformas digitais, bem como fornecer material de divulgação para aqueles que buscam a participação em concursos, festivais ou acesso a produtores. Gustavo Sulman, um dos diretores e responsável pelo áudio do Projeto, afirma que se sente encantado em produzir o Caldo de Cana. “Nos sentimos realizados ao finalizar cada programa. Dentro do padrão que trabalhamos ficaria muito difícil para as bandas conseguirem seus vídeos”, afirma o diretor. Já João Pedro, diretor e cofundador do Caldo de Cana, responsável pela cenografia e filmagens, diz que cada vez que se aproxima mais uma data de gravação, a adrenalina sobe. “É recompensador saber que vamos materializar uma obra artística que até então era inalcançável para esses artistas. É muito trabalho, muita dedicação, mas tentamos sempre nos lembrar que geramos produtos valiosos. É a arte de cada um”, explica João Pedro. Com 32 canais de áudio, qualidade full HD e equipe completa de gravação, todo o Projeto é apoiado por bandas, artistas e admiradores. A visão executiva e operacional do Caldo de Cana, por sua vez, fica a cargo de Sérgio Albuquerque, que explica que não há foco em resultados financeiros. “Temos muitos compositores, musicistas, técnicos e gente envolvida na cadeia produtiva da música. Muitos estão fora da mídia e tem qualidade para ter sucesso. Na maioria das vezes esses artistas sequer têm como se divulgar. Queremos fomentar e desenvolver as possibilidades de cada um”, conta Sérgio. “Gravar no Caldo de Cana é uma possibilidade real, aberta a qualquer artista e grupo musical. Gostaríamos de fazer mais, e que houvesse um real interesse dos empresários envolvidos na música em apoiar e participar dessa ideia, mas dentro do possível vamos construindo e democratizando nossa cultura”, finaliza o executivo. O forrozeiro pernambucano Ricardo Nigro, gravou sua participação no Projeto em dezembro do ano passado, e elogia a produção do canal. “É tudo muito organizado durante a gravação, o material final fica excelente e com alta qualidade de áudio e imagem. Sem dúvidas eles representam uma oportunidade única para nossos artistas”, opina o cantor e compositor. Para os artistas, a participação é a chance de mostrar para o público suas obras e garantir um material audiovisual original, que o ajude na divulgação de seu trabalho. Se você é um artista ou possui uma banda e quer participar do programa, entre em contato com a equipe do Caldo de Cana. Serviço: http://www.caldodecana.org https://www.facebook.com/ProjetoCaldodeCana/ https://www.youtube.com/CaldodeCanaProjeto https://www.instagram.com/projetocaldodecana/ https://twitter.com/PrjtCaldodeCana

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O Tirinete de Geraldo Freire

Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público.Lançado durante a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, em outubro passado, o livro O que eu disse e o que me disseram: a improvável vida de Geraldo Freire, escrito a quatro mãos pelo próprio Geraldo Freire e Eugenio Jerônimo, alcançou sucesso absoluto de público. Quem se debruça sobre a leitura encontra uma narrativa líquida, que escorre solta, qual riacho em chuvarada esquiva-se da monotonia e mantém o clima perene, agradável, mas que, no entanto, nem sempre obedece as recomendações da bula quanto as técnicas literárias. Contudo há cuidados visíveis na composição dos cenários, notadamente nos primeiros capítulos, artifício que convida o leitor a participar das cenas.  Existem nesses momentos os apelos dos chamados detalhes certificadores, quando descrevem a então moradia do biografado ainda na infância. Noutro trecho, a fidelidade ao cenário se afirma na preparação da fuga do menino Geraldo para o Recife, cena bem urdida que prende o leitor nos momentos que detalha, inclusive, os trajes do garoto. A leitura ganha contornos dinâmicos quando aborda o cotidiano do Geraldo Freire adulto, o profissional bem-sucedido, de “tiradas” argutas nas incursões jornalísticas revestidas de coragem e mantem o ritmo nos instantes em que os refletores estão voltados para o seu trabalho, lazer e amigos. O mesmo não é possível afirmar dos capítulos que mostram “causos” e historietas de domínio público. É certo que o volume do livro (quase 500 páginas), corresponde à importância de Geraldo Freire no universo em que gravita, todavia e não obstante uma ou outra informação repetida ou frases de consequências óbvias poderia ceder espaço à concisão e com certeza não traria prejuízo ao conteúdo da obra. O livro tem apresentação do poeta Xico Sá, “orelha” do poeta Jessier Quirino, um interessante acervo de imagens e cuidadoso projeto gráfico de Simone Freire, com edição e impressão da Companhia Editora de Pernambuco – Cepe. Por Paulo Caldas, escritor.

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Orquestra Sinfônica do Recife dá aula gratuita de música erudita nesta terça-feira (20)

A Orquestra Sinfônica do Recife inicia, nesta terça-feira (20), no Teatro de Santa Isabel, o calendário 2018 de aulas-espetáculos do Projeto Concertos para Juventude. A partir das 10h, crianças e adolescentes previamente inscritos serão convidados a passear pelo universo da música erudita, completamente desconhecido para muitos deles. O projeto é uma iniciativa do maestro Marlos Nobre, com realização da Prefeitura do Recife, por meio da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Esta primeira edição do Projeto Concertos para Juventude faz parte da programação da 2ª Semana da Juventude do Recife, que começa nesta terça-feira (20) e vai até o próximo dia 28m, numa articulação com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos da Prefeitura do Recife. A primeira aula do ano será dedicada a dois compositores, contemplados no primeiro concerto da temporada oficial da Orquestra Sinfônica do Recife, a ser realizado na noite desta quarta-feira (21): o checo da era romântica Antonín Dvorák e Cesar Guerra-Peixe, arranjador e estudioso da música brasileira. Deles, serão executadas a Sinfonia nº 8 e Mourão. Entre uma peça e outra, o público poderá aprender sobre a sonoridade de cada instrumento que compõe uma orquestra e também sobre o contexto histórico em que viveu e trabalhou cada compositor erudito. Além de música, a apresentação gratuita oferece aos pequenos espectadores a possibilidade de entrar, alguns pela primeira vez, num dos mais antigos e bonitos teatros do país, há 167 emoldurando a cultura brasileira. O Projeto Concertos para Juventude tem periodicidade mensal, antecedendo sempre em um dia o concerto oficial da Orquestra, no mesmo Teatro de Santa Isabel. As inscrições para escolas e grupos interessados em participar dos Concertos para Juventude devem ser feitas antecipadamente, pelo telefone: 3355-3323. CONCERTO OFICIAL ­– No dia 21, às 20h, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga em atividade ininterrupta do país, volta a subir ao palco do Santa Isabel para realizar o primeiro concerto oficial da temporada de 2018. A apresentação é gratuita e aberta ao público. O repertório será o mesmo tocado para os estudantes. Para assistir, basta retirar o ingresso no teatro uma hora antes da apresentação. Serviço Concertos para Juventude Data: Terça-feira, 20 de março Horário: 10h Local: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, Bairro de Santo Antônio) Inscrições: 3355-3323

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Em duas semanas, dois anos

O que impele um empresário bem-sucedido a reduzir deliberadamente a importância dos seus negócios e deixar o Brasil para viver em outro país? A insegurança? A corrupção? A impunidade? Não responda agora. Antes, considere que nestes dias em que o progresso tornou o mundo pequeno, é corriqueiro deixar para trás os parentes, os amigos, a pátria, abandonar tudo, enfim. Nos anos 1700, entretanto, era uma desmedida ousadia. Havia muito tempo, Antônio Gonçalves da Cruz Cabugá planejava seguir o caminho do mundo, e até já se desfizera da maior parte dos seus bens, inclusive o sobrado onde morava. Com a chegada do dia 6 de março de 1817, porém, ele adiou a partida por duas semanas, tempo em que assumiu a presidência do Erário, cargo equivalente, hoje, ao de ministro da Fazenda, para realizar, em curtíssimo prazo, históricas intervenções na economia pernambucana. Assim foi feito. Ele estabeleceu ampla liberdade de comércio com todas as nações; isentou de taxas os produtos de primeira necessidade; democratizou o sistema de concessão de alvarás, instrumento com que os portugueses mantinham os brasileiros fora do mundo dos negócios; revogou os impostos sobre pequenas lojas, embarcações e canoas; e passou a comprar alimentos e revendê-los à população, a preço de custo. Foi um golpe contundente no monopólio dos mascates lusos, que compravam em grosso, estocavam, esperavam a fome crescer e depois revendiam aos retalheiros, hoje por cinco, amanhã por 10, depois por 15… Foram medidas de grande impacto, tomadas em apenas duas semanas, após o que ele embarcou para os Estados Unidos na condição de primeiro embaixador do Brasil junto a uma nação estrangeira. Do seu trabalho naquele país dependia o futuro do regime democrático que se buscava implantar no Brasil, a partir de Pernambuco, a capitania mais próspera do País, conquanto suas classes populares vivessem quase na miséria. Pensando bem, como gigantesca exportadora de açúcar e algodão, a capitania pernambucana, líder econômica regional, poderia progredir ainda mais, se os produtores agrícolas não fossem compelidos a um embate constante com os monopólios comerciais, os juros escorchantes e a enorme carga tributária imposta pelo governo de D. João. Nos Estados Unidos, a missão do diplomata pernambucano era obter do governo o reconhecimento da República brasileira e advogar por ela junto à Inglaterra, oferecendo em troca 20 anos de isenção de impostos para os produtos norte-americanos. Outra busca urgente era adquirir navios de guerra, armas e instrutores para equipar e treinar as tropas pernambucanas. Ele cumpriu fielmente todos os encargos. Adquiriu 10 mil fuzis e trouxe como instrutores militares franceses exilados na América do Norte após a derrota de Napoleão em Waterloo. Mas não ficou só nisso. Também fez um bom trabalho junto à imprensa. Quando algumas vozes anônimas tentaram negar o valor do movimento pernambucano, nos jornais de lá, alegando tratar-se de rebeldia de uma região isolada, diferentemente da América Espanhola, que se levantara de norte a sul, a resposta foi rápida e certeira: Boston, com uma população ainda menor que a do Recife, também começara a revolução norte-americana solitária… Ademais, o próprio Thomas Jefferson, um dos fundadores dos Estados Unidos, chegou a escrever ao francês Lafayette, herói das revoluções norte-americana e francesa, sugerindo que Lisboa perdera uma grande província, e não seria de admirar se todo o Brasil se levantasse e mandasse a família real de volta para Portugal. Quanto à segunda parte, acertou em cheio. A República foi proclamada. Mulato, pouco mais de 40 anos, rico, solteiro, farrista, aplicado praticante dos prazeres da vida, ele era abominado pelos portugueses e ferrenho defensor dos ideais franceses calcados em liberdade, igualdade e fraternidade. Um dos mais importantes vultos da Revolução de 1817, Cruz Cabugá continua presente em nosso cotidiano. Na memória de cada pernambucano e na avenida que tem seu nome ligando Recife e Olinda. *Por Marcelo Alcoforado

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Francisco Brennand cria urnas cinerárias para o Morada da Paz

Ceramista, escultor, pintor e desenhista com obras expostas no Brasil e exterior, o renomado artista plástico pernambucano Francisco Brennand emprestou seu reconhecido talento para a criação de dois modelos de urnas cinerárias para o Morada da Paz. “No processo de cremação, que está de alguma maneira associado às queimas da cerâmica, verifiquei também um processo de transmutação. Eu diria uma ressurreição”, avalia Francisco Brennand. “Pessoalmente, escolhi a cremação após a minha morte, quando posso imaginar um corpo sem vida entrar no forno e sair ressurreto”, completa o artista plástico. São as primeiras urnas cinerárias (também chamadas de funerárias) criadas sob encomenda pelo artista. “Os primitivos cristãos oravam e faziam suas cerimônias nas catacumbas. Seus ritos, portanto, eram os mais simples e despojados de qualquer pretensão artística”, explica Brennand sobre o processo de criação das peças, que podem ser usadas como elementos decorativos dentro do ambiente familiar. “Pensando em um desenho apropriado para as urnas funerárias onde seriam depositadas as cinzas após a cremação, planejei utilizar tudo o que havia de mais simples e primitivo como forma, tendo como timbre indelével uma cruz”, completa. As peças, de 20x15cm e 25x16cm, são produzidas artesanalmente em cerâmica refratária e queimadas à temperatura de 1.400 °C. Um dos modelos tem formato cúbico, sendo encimado por uma calota. O outro é uma forma esférica apoiada sobre uma base que sugere a cauda de um peixe. “O peixe foi um dos símbolos mais primitivos do Cristianismo nascente”, explica Francisco Brennand. Como se trata de um trabalho artesanal, cada modelo possui um estoque limitado de unidades, conferindo às peças uma característica ainda mais forte de obra de arte. Cremação – Tendência mundial que vem crescendo no Brasil, a cremação tem entre seus diferenciais o fato de ser uma prática mais higiênica que o tradicional sepultamento e, por isso, melhor para o meio ambiente. No Cemitério e Crematório Morada da Paz, os clientes contam ainda com uma cerimônia especialmente criada para aliviar a dor de familiares e amigos no momento da despedida e fazer da cremação um momento repleto de significados. A cerimônia faz uso do video mapping ou mapeamento de vídeo, técnica que consiste na projeção de vídeo em objetos ou superfícies irregulares, como fachadas de edifícios, por exemplo. Por meio da tecnologia, objetos de duas ou três dimensões são formados virtualmente no suporte escolhido. A proposta do trabalho desenvolvido para o Morada da Paz, em Paulista, foi de criar imagens que trouxessem reflexões sobre memória e sentimentos, de modo a trazer mais conforto para as pessoas. “Mergulhamos na psicologia do luto para trabalhar cada etapa da cerimônia com o cuidado e respeito que uma despedida merece”, explica Ibsen Vila, diretor do Grupo Vila, empresa responsável pela administração do cemitério e crematório Morada da Paz, em Paulista. A projeção tem a duração aproximada de 15 minutos e traz imagens que remetem a elementos como vida, memória e passagem. O Morada da paz é pioneiro no País no uso da tecnologia no formato proposto.

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Exposição do Cavalo Mangalarga Marchador acontece em Aldeia

Aldeia será palco de atrações para toda a família a partir do próximo dia 21 até 25 de março com a 2ª Expo Camaragibe. Além dos 200 animais como as grandes atrações, uma série de entretenimentos promete atrair muita gente para o haras Cascatinha, que fica no Km 8. Parque infantil, feira de flores e plantas, passeios a cavalo e restaurante são algumas das pedidas para os cinco dias da exposição especializada em cavalo mangalarga marchador. De acordo com um dos organizadores, João Fragoso, estão sendo aguardados criadores de outras cidades de Pernambuco, além de Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Bahia. “É uma realização para o fomento da raça mangalarga marchador que está relacionada à vida no campo, não apenas como investimento econômico, mas também para a qualidade de vida com laser e diversão, por esse motivo pensamos nesta dimensão para agregar toda a família”, expôs. A primeira edição atraiu cerca de dez mil pessoas e nesta são aguardadas o número ainda maior, por isso não foram poupados os investimentos em infraestrutura para acomodar com tranquilidade o público visitante. O haras, que é amplo e cercado pela mata atlântica, possui o cenário muito agradável e convidativo para se passar o dia sem pressa para ir embora. Lembrando que haverá estacionamento reservado com os serviços de manobrista. Aldeia é um celeiro de criadores de mangalarga marchador e, de acordo com João, “mesmo com a crise com a falta de água que afetou Pernambuco, o setor da raça conseguiu se manter pela própria rede estabelecida”. Além de leilão, o evento realizará a comercialização e óvulos e embriões. O ingresso para a entrada não será cobrado, sendo solicitado um quilo de alimento não perecível que será destinado a uma instituição social. A 2ª Expo Camaragibe acontecerá do dia 21 a 25 das 9 às 23 horas.

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Clube das Pás celebra 130 de fundação com programação especial

O Clube Carnavalesco Misto das Pás completa 130 anos hoje (19), e para marcar a data, a agremiação prepara uma série de atividades comemorativas. Na sede do Clube das Pás, em Campo Grande, na Zona Norte do Recife as comemorações começam a partir das 17h com uma celebração ecumênica em Ação de Graças pela data. Em seguida, a partir das 19h, se apresentam no palco principal do clube a Orquestra das Pás e a Escola de Frevo do Clube que leva o estandarte do bloco carnavalesco do Clube Pás, o mais premiado do carnaval do Recife. Às 20h30 o discurso do presidente do Clube Rinaldo Lima abre a cerimônia comemorativa que homenageia 30 personalidades pernambucanas entre autoridades e aristas com uma medalha comemorativa aos 130 anos do Clube, entre os homenageados o cantor Glaudionor Germano recebe a honraria pela vida dedicada o frevo. Às 21h, teremos um dos momentos mais especiais da festa com o corte do bolo e uma belíssima queima de fogos. O clube promove ainda um coquetel para os convidados e em seguida, um show do cantor Elymar Santos, a partir das 22h. Fundado em 1988, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil, o Clube das Pás, como é popularmente conhecido, é o Clube de Frevo mais antigo do Brasil. Em 2018 a agremiação se consagrou bicampeã do grupo especial da categoria, com um enredo em homenagem a Carmen Miranda. Apesar da origem e da tradição carnavalesca, o Clube das Pás também é referência quando o assunto é música romântica. Grandes artistas nacionais já passaram pela casa, entre eles Elymar Santos, Roberta Miranda, Arlindo Cruz, The Fevers, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Trio Irakitan, Agnaldo Timóteo, Fernando Mendes, Gilliard, Adilson Ramos e muitos outros. Todos os fins de semana a casa é o endereço certo para aqueles que buscam o melhor da música romântica. Hoje, o espaço se tornou o reduto romântico da cidade do Recife. 130 anos de História Fundado no dia 19 de março de 1888, dois meses antes da Abolição da Escravatura no Brasil. O Recife fervia de alegria no carnaval, enquanto um navio cargueiro atracado no Porto do Recife precisava ser abastecido de carvão, às pressas, para seguir viagem. Como não tinha trabalhador interessado naquela tarefa, em plena folia, uma empresa encarregada do abastecimento do cargueiro, ofereceu pagamento dobrado aos estivadores. Daí, o comerciante português Antônio Rodrigues reuniu um grupo de homens dispostos a deixar a folia de lado e tratar de fazer o trabalho por uma remuneração maior. Depois do serviço concluído e com muito dinheiro no bolso, o grupo de foliões, formado por Francisco Ricardo Borges, Manoel Ricardo Borges, João da Cruz Ferreira e João dos Santos, botou as pás de carvão nas costas e foi comemorar no Clube dos Caiadores. Enquanto brincavam o carnaval, eles tiveram a ideia de fundar um clube carnavalesco. Começaram a discutir os nomes: Clube das Pás de Carvão, Clube das Douradinhas e Anjos da Boa Vista. No final, foi escolhido Bloco das Pás de Carvão. Nos primeiros anos, a agremiação funcionou na Boa Vista. Depois, para erguer a sede do Clube, o grupo de foliões comprou na Rua das Hortas, por seis mil cruzeiros, um terreno de propriedade do Recolhimento de Nossa Senhora da Glória do Recife, Conceição de Olinda e Sagrado Coração de Jesus de Igarassu. Até que, muito tempo depois, a Associação Carnavalesca de Pernambuco comprou um terreno localizado na Rua Odorico Mendes, em Campo Grande, e o doou ao Clube das Pás. Meses depois, a senhora Maria do Carmo, que era sócia das Pás, arcou com as despesas de legalização do terreno junto à Prefeitura do Recife. Àquela época, na Rua Odorico Mendes só havia casas muito simples. Assim, foi erguida uma palhoça, até ser construída uma sede maior em alvenaria. Depois de duas grandes reformas, o espaço ganhou um primeiro andar e recebeu o nome de Universidade do Frevo Reitor Josabat Emiliano, em homenagem a um de seus ex-presidentes, falecido no domingo, 21 de agosto de 2016, aos 98 anos. O Bloco das Pás de Carvão desfilou nos carnavais de 1888, 1889 e 1890 e em março do último ano mudou o seu nome para Clube Carnavalesco Misto das Pás. A primeira notícia impressa sobre as Pás foi publicada no dia 4 de março de 1905, no jornal Diario de Pernambuco. A cada 13 de Maio – dia da Abolição da Escravatura – o clube realizava uma passeata pelo Recife, em homenagem ao pernambucano e abolicionista Joaquim Nabuco. Alguns clubes carnavalescos criados na época eram oriundos de corporações de operários urbanos e impregnados de elementos presentes nas procissões religiosas, que foram proibidos pelas autoridades eclesiásticas. Alguns dos elementos transplantados se encontravam em cordões de lanceiros, mascarados, diabos, balizas, bobos, morcegos e damas de frente. No final do século XIX e início do XX, surgiram no Recife, além do Clube das Pás, os clubes de carnaval Vassourinhas (1889), Lenhadores (1889), Toureiros de Santo Antônio (1914), Pão Duro (1916) e Pavão Misterioso (1919), entre outros. O Misto do nome das Pás é porque nesta agremiação podiam brincar homens e mulheres. O clube, que representa o mais tradicional espaço de gafieira de Pernambuco, possui o estandarte mais antigo, datado no início do século XX, possivelmente nos idos de 1910. O responsável pelo desenho foi Manoel de Matos, onde estavam evidenciadas folhas de acanto e outros elementos barrocos, o monograma do Clube, franjas e pingentes dourados, duas máscaras e uma boneca fabricada em porcelana francesa, trazida pelo antigo porta-estandarte, o alfaiate Manuel das Chagas. A confecção, que foi em veludo, acolchoado de algodão, forrado com cetim e bordado com fios de ouro, ficou a cargo das monjas beneditinas do Convento do Monte de Olinda. O atual estandarte das Pás foi confeccionado por Maria do Monte, uma antiga aluna e bordadeira do mesmo convento de Olinda, em 1980. O desenho tem a figura de um anjo, representada por uma boneca trazida de Portugal. O estandarte traz, ainda, os dizeres “Amor e Ordem”, bordados sobre

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