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A cartilha da queda do futebol pernambucano

*Houldine Nascimento A temporada 2017 foi desastrosa para o futebol pernambucano: Náutico e Santa Cruz já estão rebaixados para a Série C e o Sport deve cair para a Segunda Divisão. O único que se salvou foi o Salgueiro, que não subiu, mas se manteve na Terceirona. Nos casos de Santa e Náutico, a tragédia se desenhava antes mesmo do início da Série B. O Timbu tinha uma folha salarial girando em torno de R$ 1,2 mi, mas claramente não havia receita para honrar os vencimentos. A “solução” encontrada foi a dispensa dos jogadores mais caros, a saída do treinador Milton Cruz e um readequação à realidade financeira do clube. Com isso, os custos de elenco e comissão técnica foram reduzidos para menos de 500 mil reais. Ainda assim, até o fim da competição nacional, o Náutico segue enfrentando sérias dificuldades para pagar jogadores e demais funcionários, convivendo com o atraso de salário. O torcedor alvirrubro também viu uma constante mudança de técnicos: Dado Cavalcanti, Milton Cruz, Waldemar Lemos e Beto Campos até chegar em Roberto Fernandes. Mas, mais assustador do que isso, são as trocas de presidente. Em menos de um ano, foram quatro gestores. Uma crise interna brutal. Há anos, o Santa Cruz agoniza com verbas bloqueadas devido às inúmeras ações trabalhistas a que responde. Diferentemente do Náutico, não houve mudanças profundas no elenco, mas os atrasos de vários meses nos salários afundaram o time, de volta à Série C após dez anos. Com rodadas de antecedência, Timbu e Cobra Coral tiveram a queda selada. De dificuldade financeira, o Sport não pode se queixar. O Leão da Ilha do Retiro consegue fazer os pagamentos em dia. Este ano, o clube teve a maior receita de sua história, beirando os R$ 120 milhões. Mesmo com dinheiro sobrando, a diretoria rubro-negra não soube lidar com isso. Pior: se hoje o Sport passa por apuros na Série A, muito se deve às patacoadas da cúpula leonina. A começar pela montagem do elenco, que não conta com um substituto imediato para Diego Souza. Quando ele sai, o time fica sem poder de criação. Os dirigentes também não tinham certeza de qual técnico conduziria o time nesta temporada. No início, optaram por manter Daniel Paulista, que esteve à frente da equipe no final de 2016, quando escapou do rebaixamento. Um empate com o Santa Cruz na Ilha foi suficiente para a sua saída. A direção foi atrás de Ney Franco, que ficou parado em 2016. Em menos de dois meses, foi dispensado. O estopim foi a perda da Copa do Nordeste para o Bahia. Ainda no vestiário, Ney soube que não era mais técnico do Sport. Assim, Vanderlei Luxemburgo foi o nome escolhido para assumir o Rubro-negro pernambucano na Série A. No primeiro turno, o time foi bem e terminou entre os seis primeiros da competição. A impressão foi de um ressurgimento de Luxa, em baixa há muitos anos. Na Ilha, só se falava em luta por vaga na Libertadores. No meio do caminho, as coisas começaram a desandar. A permanência de Diego Souza após negociação fracassada com o Palmeiras foi assunto durante um bom tempo. O meia-atacante inclusive fez um pronunciamento criticando a diretoria e ficou por meses sem falar com a imprensa. Somada a isso, está a absurda retirada do Sport da Copa do Nordeste, claro erro do presidente Arnaldo Barros. Era um indicativo de que alguma coisa estava fora da ordem. O segundo turno veio e o time desandou: em 15 jogos, apenas uma vitória. Quando Luxemburgo teve mais tempo para trabalhar, o futebol sumiu. Um divisor de águas foi a goleada sofrida para o Grêmio por 5 a 0. Na entrevista coletiva, Luxemburgo disparou contra o elenco, tirando a responsabilidade de si. A postura do treinador irritou boa parte do plantel. No jogo seguinte, nova derrota, desta vez em casa e para o Avaí, time da zona do rebaixamento: 1 a 0. Estava claro que o técnico não tinha mais o controle do vestiário. Contudo, decidiram mantê-lo. Mais do que isso: renovar seu contrato até o fim de 2018. Na Série A, o time seguia sem vencer. Os resultados não vieram e, mais uma vez, demitiram o treinador no calor do vestiário, após a derrota para o Junior Barranquilla nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Pior que a chegada de Luxa foi sua saída, de um amadorismo impressionante. E eis que Daniel Paulista retorna ao posto de técnico. Por que ele, que não serviu no começo da temporada, seria a solução para os problemas do time? Hoje, o clube está afundado na zona do descenso. No último domingo (12), um vexame diante do lanterna Atlético-GO. Em campo, um futebol letárgico. Restam quatro jogos para o fim do Brasileirão e não há uma perspectiva de mudar o destino do Rubro-negro. Após a derrota, o vice-presidente do Sport, Gustavo Dubeux, disse que iria conversar com o elenco para saber o que estava faltando. Mais uma prova de que a diretoria do clube está perdida. Se o Sport de fato cair, a torcida já sabe quem responsabilizar. *Houldine Nascimento é jornalista

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J. Borges comemora 70 anos de carreira artística lançando álbuns de gravuras inéditas

Há 70 anos, o menino José Francisco Borges já vendia livros de cordel na feira, fabricava colheres de pau, confeccionava brinquedos e ainda trabalhava na terra com o pai. Encantado pelas nuances da literatura pernambucana, debruçou-se sobre a escrita de Cordel e, como não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, começou a entalhar na madeira a fachada da igreja de Bezerros, que usou em “O verdadeiro aviso de Frei Damião”. Desabrochava ali um mestre das artes plásticas, hoje reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco: J. Borges. O talento logo foi desvendado por colecionadores e marchands e o artista começou a fazer matrizes por encomenda para apreciadores de arte de toda parte do mundo, além de ilustrações para os mais de 200 cordéis que já lançou ao longo da carreira artística. O ícone da cultura popular, que está prestes a comemorar 82 anos no dia 20 de dezembro, irá celebrar o aniversário de 70 anos de carreira artística com o lançamento de três álbuns inéditos, cada um deles com dez gravuras exclusivas, dimensão de 24cm x 32cm, e reproduzidas a partir de matrizes de xilogravuras confeccionadas por J. Borges em 2017. Todas as gravuras são assinadas pelo cordelista e chanceladas pela Arte Maior Galeria. O coquetel de lançamento dos álbuns comemorativos ocorrerá no próximo dia 18 de novembro (sábado), às 10h, na Arte Maior Galeria – Avenida Domingos Ferreira, Boa Viagem, no Recife Trade Center. Os apreciadores de arte precisam ficar atentos: a Arte Maior Galeria disponibilizará para venda apenas dez exemplares de cada um dos três tipos de álbuns, sendo cada um deles composto por dez gravuras e comercializado pelo valor de R$ 1.500,00. Ao longo dos 70 anos de carreira artística, o trabalho de J. Borges foi levado aos meios acadêmicos de todo o País. Em meados da década de 1970, o cordelista ganhou ainda mais destaque ao desenhar a capa de “As Palavras Andantes”, do escritor Eduardo Galeano. Na mesma época, gravuras suas foram usadas na abertura da telenovela Roque Santeiro, da Rede Globo, quando também começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. A carreira de J. Borges deslanchou também no exterior. Em 1992, ele expôs na Galeria Stähli, em Zurique, e no Museu de Arte Popular de Santa Fé, Novo México. Em seguida, novas exposições, na Europa e nos Estados Unidos, onde também foi convidado a dar aulas de Xilogravura e entalhamento em madeira. “O começo sempre é difícil, mas naquela época o cordel era muito conhecido e valorizado, onde tinha gente fazendo negócio. Ai meu nome foi se espalhando, ultrapassei as fronteiras de Pernambuco, Nordeste, fui pro Rio de Janeiro, cidade que recebeu muito bem meu trabalho. Nos anos 90 fui pra França, EUA, Cuba, Venezuela. Sempre lutando pela arte popular nordestina. Fico muito alegre com essa divulgação do meu trabalho, com o álbum comemorativo que a Arte Maior Galeria está fazendo. Um álbum de valor, muito bonito e bem feito”, expressa o mestre cordelista J. Borges. “Este álbum representa os 70 anos de atividades artísticas de J. Borges, pois ele começou muito cedo através do cordel. Com estilo autêntico, naife, J. Borges procura colocar em sua obra o imaginário de seu cotidiano, muitas vezes com uma dose de humor e muita criatividade. Nestes álbuns vamos encontrar um pouco de tudo, a exemplo das matrizes intituladas A Coruja, A Menina no Peru, Quebra de Milho, Cão e Criança, Amor na Moita, Cavalos, Os Noivos, Banho no Rio, O Roçador, Indo pra Roça, O Ciúme, Cortiço, Gavião Pescador, Catucando o Ninho e Tirando Jaca. Os álbuns de gravuras são uma forma de homenagear o trabalho do grande mestre da cultura popular nordestina, com um alto padrão de qualidade e de forma exclusiva, já que só teremos dez exemplares de cada um dos três álbuns”, explica o marchand da Arte Maior Galeria, Sergio de Oliveira, complementando que Ariano Suassuna costumava dizer que J. Borges era “o melhor gravador popular do Brasil”. No coquetel de lançamento, dia 18 de novembro, a Arte Maior Galeria também disponibilizará para venda as gravuras individuais por R$ 180,00 com moldura e sem moldura R$ 150,00, além de gravuras com dimensões maiores (52cm x 66cm) inéditas. Os colecionadores também terão a oportunidade de adquirir as matrizes originais de J. Borges que originaram as gravuras dos álbuns, a depender das dimensões, pelos valores entre R$ 250,00 e R$ 1.500,00. SERVIÇO Coquetel de lançamento dos álbuns de gravuras de J. Borges Data: 18/11/2017 (sábado) Horário: 10h Local: Arte Maior Galeria (Avenida Domingos Ferreira, Boa Viagem, no Recife Trade Center) Site: www.artemaior.com.br Telefone: (81) 3301-4354

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Circuito debate mercado de games e tendências tecnológicas em Pernambuco

Embalado pelo universo geek e pelo consumo da internet, o mercado da tecnologia está cada vez mais propício a oportunidades de negócio. É com o objetivo de debater os segmentos envolvidos no mundo digital que o Senac promove o II Circuito de Tecnologias, nas cidades do Recife, Caruaru, Garanhuns e Petrolina. Com temas diferenciados para cada polo onde será ofertado, o evento inicia neste fim de semana, com a realização de uma Game Jam, e vai até o dia 25 de novembro, oferecendo uma programação repleta de palestras, oficinas, workshops, talkshows e mesas redondas. No Recife, a ação será trabalhada em parceria com o Porto Digital, através do Porto Mídia. As atividades terão como foco o segmento de jogos digitais, com temas como modelagem de personagem 3D, advergames com realidade aumentada, mini gamers, entre outros. No dia 18, o youtuber Rafael Araújo se junta aos desenvolvedores Alex Rodrigues e Everaldo Neto, da Diorama External Development, em um talkshow sobre tendências e inovações no mercado de games, no prédio do Porto Digital, no Cais do Apolo. Com o tema “Jogos: A brincadeira mais séria do mundo”, o palestrante Harry Florêncio, da Daisu Games, entra em cena também no dia 18 e explica que pretende despertar uma visão mais abrangente a respeito do segmento de games. “Vou abordar a importância dos jogos para a sociedade em diversas áreas: cultural, econômica, educacional, entretenimento etc. A maioria das pessoas que se interessa pelo mercado de jogos tem paixão pelo tema, então quero ativar esse sonho, mas de forma também realista”, ressalta. “Nosso objetivo é trabalhar os jogos digitais como uma forma de entretenimento no processo de aprendizagem, gerando uma troca de experiências entre profissionais e estudantes. Queremos contribuir com este mercado que transforma brincadeira em coisa séria”, comenta o analista de educação profissional do Senac, Thiago Cabral. “Mas, o evento debaterá também outros segmentos que estão entrelaçados na tecnologia, como o mercado da moda, que será abordado em Caruaru”, acrescenta. Na programação do Recife, haverá ainda espaço para um concurso de cosplays e apresentação da banda Ogro Nerd. “Nós tivemos uma alta procura pela Game Jam, que é um encontro entre desenvolvedores de jogos digitais e que já está com as inscrições esgotadas. Mas ainda temos muitas vagas abertas para as palestras, oficinas e demais atividades”, ressalta Thiago. Os interessados podem realizar a inscrição na Central de Atendimento Senac (Av. Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro) ou na Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação da instituição (Av. João de Barros, nº 1593, Espinheiro) ao valor de R$ 20 (palestras e mesas redondas) ou R$ 30 (oficinas, workshops e talkshow). Informações: 0800 081 1688. Interior Ao lado de 12 municípios do Estado, Caruaru compõe o segundo maior polo industrial de vestuário do Brasil, perdendo apenas para São Paulo. Diante desta realidade, o II Circuito de Tecnologias Senac, em parceria com o Porto Digital, através do Armazém da Criatividade, visa a debater o mercado da moda diante das tendências tecnológicas em Caruaru. O evento contará com a presença do presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, que vai palestrar sobre “Inovação, produtividade e competividade no mercado da moda”, no dia 24 de novembro. “A tecnologia vestível progride em um ritmo acelerado e se lança ao mercado com uma proposta inovadora, que impacta nossos corpos e formas de expressão. Temos certeza que, depois desta experiência, despertaremos novos profissionais para este mercado em ascensão”, comenta o analista de Educação Profissional do Senac, Thiago Cabral. Já em Garanhuns e Petrolina, o Circuito vai reunir palestrantes para debater temas como redes sociais, armazenamento na nuvem internet das coisas, start ups e empreendedorismo. Os interessados podem fazer a inscrição nas unidades do Senac onde o evento será ofertado. Programação completa no site www.pe.senac.br/circuitotecnologias. SERVIÇO II Circuito de Tecnologias Senac Período: 11 a 25 de novembro Locais: Unidades do Senac no Recife, Caruaru, Garanhuns e Petrolina e no prédio do Porto Digital (Cais do Apolo) Inscrição: Central de Atendimento Senac (Av. Visconde de Suassuna, nº 500, Santo Amaro) ou em uma das unidades participantes Investimento: R$ 20,00 (palestras ou mesas redondas) e R$ 30,00 (oficinas ou workshops) Informações: 0800 081 1688

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Mercado eleva para 3,09% projeção da inflação este ano

O mercado financeiro aumentou levemente a projeção para a inflação este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 3,08% na semana passada para 3,09%. Há quatro semanas, a expectativa estava em 3%. A projeção consta do boletim Focus, publicação divulgada hoje (13) no site do Banco Central (BC) com projeções para os principais indicadores econômicos. Para 2018, a estimativa para o IPCA, que era 4,02%, subiu para 4,04%. As projeções para 2017 e 2018 permanecem abaixo do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%. Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7,5% ao ano. A expectativa do mercado financeiro para a Selic ao final de 2017 e de 2018 segue em 7% ao ano. A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por estabelecer a meta para a taxa Selic, está agendada para os dias 5 e 6 de dezembro. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi mantida em 0,73% este ano. Para 2018, a estimativa de expansão se manteve em 2,50%. (Agência Brasil)

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Tecnologia em prol da cidade

As novas tecnologias estão mudando todos os setores econômicos e muito do cotidiano dos indivíduos do mundo inteiro. As inovações digitais invadiram os hospitais, as salas de aula, a indústria, mudaram o comércio, além de impactarem uma diversidade de serviços. Elas também têm sido empregadas na busca de soluções para as cidades. De acordo com Roberto Montezuma, nosso entrevistado do mês, as cidades são a maior invenção do homem. Mas, ao mesmo tempo, é nelas que está concentrada uma série de problemas que aguardam alternativas para tornar a vida urbana mais agradável e eficiente para as pessoas e para o desenvolvimento econômico municipal. Um desafio para todos os centros urbanos, que vão concentrar dois terços da população mundial até 2050, segundo a ONU. E também para o Recife, que conta com um parque tecnológico de ponta na sua região central. Para Sílvio Meira, presidente do Conselho do Porto Digital, apesar dos países conterem as cidades, são nelas, no entanto, onde a vida acontece e onde atualmente se dá, de forma mais acentuada a competição global econômica. “Estamos vivendo numa época de 'microeconomificação' do mundo, no sentido de que a cidade passa a ser pensada e repensada como centro da atividade criativa, econômica e logística”, conceitua. Se as cidades passam a ter cada vez mais um papel central nas decisões econômicas e é nelas onde acontece um processo contínuo de concentração populacional, como usar os avanços tecnológicos para melhorar a qualidade de vida urbana? As respostas estão sendo construídas em várias frentes. Talvez passe despercebido para você, mas os sistemas de compartilhamento de bicicletas é um exemplo de como a tecnologia está no cotidiano das cidades. Outro case é o monitoramento eletrônico para fiscalização de excesso de velocidade ou para o apoio da segurança urbana. Segundo Guilherme Cavalcanti, diretor executivo da Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) as contribuições se dão em diferentes estágios. “Antes de ser uma plataforma de automação para trazer benefícios na rotina da cidade, a primeira contribuição que a tecnologia pode trazer é habilitar o cidadão à participação nas decisões do município”. Ele cita o aplicativo Colab, desenvolvido por uma empresa pernambucana, como a ferramenta mais característica dessa contribuição e menciona como alguns representantes do poder público, como os vereadores Jayme Asfora e Ivan Morais, já usam as redes sociais para dar voz aos munícipes. O diretor da Aries sinaliza que a segunda contribuição é de permitir a produção e o acesso cada vez maior de informações para o uso das políticas públicas. Na experiência recifense, por exemplo, a última pesquisa de Origem-Destino, que serve como base para o desenvolvimento das políticas de mobilidade urbana, foi realizada pelo Instituto Pelópidas Silveira por intermédio de uma ferramenta digital. “Gerar dados mais precisos sobre a cidade dá uma maior capacidade de eficiência para a gestão pública”. A terceira forma das novas tecnologias impactarem a experiência de vida na cidade é aumentando a interatividade e até proporcionando diversão às pessoas nos espaços públicos. “Existem experimentos recentes, como a prototipação de mobiliários urbanos interativos, como o Playable City, que foi uma parceria do poder municipal com o C.E.S.A.R. Há também a experiencia do L.O.U.Co (Laboratório de Objetos Urbanos Conectados) no Porto Digital. Mas isso é apenas a ponta do iceberg de como vamos usar as tecnologias”, afirma. O L.O.U.Co, por exemplo, tem a proposta de conectar jovens empreendedores para encontrar soluções para os problemas estruturais da cidade e propor melhorias urbanas com uso de tecnologia da informação. Já o Playable City está ligado à proposta de tornar a cidade um espaço “jogável” ou “brincável”. Ele ressalta que, a partir do momento em que a cidade tem uma maior capacidade de processar informações, poderá trabalhar questões como o gerenciamento remoto do parque de iluminação pública e até a sincronização de semáforos, a partir de dados coletados em aplicativos de mobilidade. Com a proposta de tornar a cidade mais interativa, com o uso das novas tecnologias, o C.E.S.A.R. criou o projeto Playtown. O objetivo é democratizar a inovação que faz parte do DNA do Bairro do Recife, promovendo experiências de forma lúdica e moderna. “Levantamos problemas e dificuldades da cidade e criamos alternativas de forma a tornar os espaços urbanos mais interativos e divertidos para seus cidadãos e encaminhamos os projetos para o poder municipal”, afirma Filipe Pessoa, executivo-chefe de Empreendedorismo do C.E.S.A.R.. Uma das propostas é a criação de uma rua interativa que captaria o sentimento da população a partir de totens. “As pessoas são convidadas a responder nesses totens como está o seu humor. À medida em que votam, a iluminação da rua vai mudando. Essa era uma forma lúdica de incluir um componente de tecnologia na rotina da cidade”, explica. O uso das tecnologias a favor das cidades tem vários cases de sucesso. O ranking Connected Smart Cities, que avalia a integração entre a tecnologia e inovação com a mobilidade, urbanismo, economia, educação entre outros temas, apontou o Recife como a 10ª cidade mais inteligente e conectada do País em 2017, sendo a melhor da região Nordeste. A liderança é da capital do Estado de São Paulo entre mais de 500 municípios. EXPERIÊNCIAS DIGITAIS A tecnologia em prol da cidade será um dos temas que vai permear o evento Rec'n'Play. Promovido pelo Porto Digital, do dia 30 deste mês a 3 de dezembro, em parceria com a Ampla Comunicação, o projeto pretende ofertar à capital pernambucana um festival tecnológico de porte internacional que dialogue com a cidade. “Vamos tratar de conectividade, criatividade e conexões em comunidades digitais num lugar onde o Recife é mais digital: o Bairro do Recife. Vamos fazer um conjunto de experiências criativas em educação, negócios e entretenimento, como um festival, aberto e disperso pela ilha. Com isso, vamos abrir o digital para a cidade”, afirma Sílvio Meira. Planejado em seu primeiro ano para acontecer apenas no Bairro do Recife, o evento deve se espalhar pela cidade nas próximas edições, de acordo com os organizadores. A iniciativa é arrojada e pretende entrar no calendário internacional

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A República de Pernambuco

Nunca esta República foi tão vilipendiada quanto nestes dias turbulentos. Marianne, a efígie republicana, está coberta de rubor. De que terá valido o sacrifício dos nossos heróis na busca do ideal republicano? Para que o tempo não apague, é sempre útil recordar. Um desses heróis foi o padre João Ribeiro, figura destacada, embora pouco conhecida pela posteridade. Naquele início de março a apreensão reinava no Recife. Ao saber que o governador português detivera diversos conspiradores pela independência brasileira, João Ribeiro se pôs a rezar, esperando a vez de ir para a cadeia. A oração, contudo, funcionou e trouxe o inesperado. Oficiais brasileiros se rebelaram, o povo pobre apoiou, e a revolução programada para abril, eclodiu em 6 de março de 1817, fazendo-se fato consumado. Como diria, séculos depois, Chico Buarque em sua canção Vai Passar, “se viu de perto uma cidade a cantar, homenageando a evolução da liberdade”. O padre João Ribeiro, por seu turno, felicíssimo, supunha que, enfim, a Igualdade, a Liberdade e a Fraternidade marcariam o Brasil. Ledo engano, como você vai ver. João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro nasceu em Tracunhaém e ganhou o mundo. Ordenado, tornou-se auxiliar do monsenhor Arruda Câmara, testemunha ocular da Revolução Francesa, cujos ideais libertários passou a disseminar tendo ao seu lado, sempre, o jovem padre, desenhista das novas espécies vegetais descobertas nas suas expedições científicas. João Ribeiro era, não há dúvida, o mais admirado dos discípulos de Arruda Câmara. Em Portugal, se associou à Academia Real de Ciências de Lisboa e ao regressar empregou-se como professor de desenho no Seminário de Olinda, onde começou a ficar famoso pela dignidade, generosidade, cortesia e vasta cultura. Diz o comerciante Louis Tollenare, que o padre João Ribeiro era “um homem pobre, mas bastante filósofo para desprezar a riqueza”, e “ninguém na Europa imaginaria haver aqui alguém tão sábio”. Achava-o, no entanto, excessivamente bondoso, desprovido da malícia necessária à atuação na política. E nos seus escritos profetizou que ele “se sacrificaria pela sua pátria, mas seria incapaz de salvá-la…”. De qualquer forma, a revolução triunfou, proclamou-se a República e foi criado um governo provisório, uma pentarquia representando comerciantes, agricultores, juristas, militares e religiosos. Estes, por sua vez, João Ribeiro à frente, os mais cultos e preparados numa terra de maioria analfabeta, assumiram a administração pública, onde operaram verdadeiros milagres. Em apenas dois meses reformaram o sistema tributário, prepararam um projeto de Constituição, fizeram uma gráfica funcionar pela primeira vez na província, criaram a primeira polícia brasileira, e deram fim ao monopólio dos mascates portugueses no comércio de alimentos, o que causava a carestia e a fome. Só não acabaram com a escravidão devido à resistência dos proprietários mas, mesmo assim, decretaram a alforria dos cativos que se alistassem no Exército, o primeiro ato abolicionista promulgado no País. Incansável, João Ribeiro juntou-se ao pintor José Alves, e criou para a República uma bandeira azul e branca com o Sol, um arco-íris, uma cruz e três estrelas representando Pernambuco, a Paraíba e o Rio Grande do Norte. À medida que outras províncias se libertassem novas estrelas seriam acrescentadas, mas a 13 de maio, derrotadas na batalha do Engenho Trapiche pelo Exército monarquista, as tropas republicanas retiraram-se do Recife para prosseguir lutando no interior. Estavam acompanhadas pelo padre João Ribeiro, servindo de capelão. À noite, contudo, os líderes republicanos concluíram que a causa estava perdida e, não havendo condições de progredir, a coluna se desfez. Cada um tomou seu próprio rumo, em busca de esconderijo. João Ribeiro, no entanto, em vez de tentar fugir preferiu se matar, enforcando-se. Conjurada a revolução, tão logo retomaram à capitania, os colonizadores, em supremo opróbrio, mandaram exumar o corpo do padre e passaram a expor sua cabeça na ponta de uma vara, no Centro do Recife. Ela assim permaneceu por dois anos, para intimidar os pernambucanos, que, indomáveis, em nome dos mesmos ideais libertários e democráticos defendidos por João Ribeiro se rebelaram em 1821, 1824 e 1848. *Por Marcelo Alcoforado

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Todas as Vidas do Mundo: PC Silva estreia como roteirista e diretor de musical em curta temporada no Joaquim Cardoso

Um homem cercado de vozes. Ou seriam várias vozes numa mesma pessoa? Um tormento? Não. Criatividade pulsando a todo instante na cabeça de um compositor. Enquanto as idéias fervilham na mente, músicas ganham vida num diálogo com ele e com quem as ouve. Essa é a tônica do musical “Todas as Vidas do Mundo”, espetáculo escrito e dirigido por PC Silva, cantor e compositor que envereda agora pelo universo teatral, com estréia marcada para 16 de novembro – ingressos esgotados para essa data! – e curta temporada no Teatro Joaquim Cardoso, na Madalena. Com apoio cultural da Orange Eye Wear, a peça terá mais duas apresentações, nos dias 23 e 30 de novembro, sempre às 20h. Os ingressos custam R$20 e já estão à venda pelo site Sympla. É na sala de casa que o personagem principal, interpretado pelo ator Tatto Medini, dialoga com ele mesmo, com a plateia e também com as personagens que surgem na sua cabeça a cada lampejo de inspiração. O compositor tenta reconhecer e entender as personalidades que parecem já ter cruzado seu caminho em algum momento da vida. A cenografia intimista configura o ambiente em que “A cabeça do compositor” - como podemos nomear o personagem principal – vê surgir a maioria das suas obras e onde a história se passa. As músicas tomam corpo e serão executadas ao vivo pelos músicos Lula Borges, Ed Staudinger, Vertinho Goes e PC Silva. As vozes ficam por conta de Isabela Moraes, Marcello Rangel e Thiago Martins. PC Silva - é um dos criadores da bandavoou e se destaca pelas suas canções com letras marcantes, sendo algumas dessas composições vencedoras festivais Brasil afora, como é o caso da música “Finado Tóta”, que tem introdução em parceria com o violeiro Elomar Figueira Melo, campeã do XI Festival de Inverno da Serra da Meruoca-CE e Festival de Música em Triunfo-PE. A canção “Peraí”, em parceria com Pablo Patriota, venceu em 2014 os Festivais Fun Music e Festival de Música Popular do Gama-DF. Outra canção premiada é “Nó” de PC Silva, em parceria com Carlos Filho, que venceu o e-Festival Canção, promovido pela Samsung, que contou com a curadoria de Ruriá Duprat e levou o show da bandavoou ao palco do Ibirapuera (SP), abrindo o show de Milton Nascimento. Tatto Medini – somando 17 anos de carreira, o ator já fez parte dos elencos do “Baile do menino Deus”, “Ópera”, “Luzia no caminho das águas”, “Mariano, irmão meu” e “O amor de Clotilde por Um certo Leandro Dantas”. Ficha técnica: APOIO CULTURAL: Orange Eye Wear Elenco - Tatto Medinni, Isabela Moraes, Thiago Martins, Marcello Rangel, PC Silva Roteiro e direção geral - PC Silva Direção Musical - Lula Borges e Ed Staudinger Everton Goes – Músico convidado Produção Executiva - Jaciana Sobrinho Cenografia - Ana Maria Pedroza Sonorização - Paulo Umbelino Preparação de Elenco - Gustavo Soares Serviço: Musical “Todas as Vidas do Mundo” Dias 16, 23, e 30 de novembro, às 20h Teatro Joaquim Cardoso – R. Benfica, 157 - Madalena Ingressos: R$20 – à venda no Sympla

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Shoppings preveem aumento de 7% nas vendas de Natal, diz Abrasce

A Associação Brasileira dos Shopping Centers (Abrasce) prevê alta de 7% nas vendas deste final de ano em comparação com o ano passado. O índice é resultado de pesquisa feita entre os associados em todo o país. O setor comemora a expectativa, já quem em 2016 a ampliação das vendas no período natalino foi de apenas 0,3% sobre 2015, ou seja, de estagnação. De acordo com o levantamento, as categorias que devem ter maior influência no crescimento das vendas serão vestuário, eletroeletrônicos e calçados. Como resultado da perspectiva de ampliação no faturamento, os lojistas preveem alta de 5% nas contratações temporárias. Os números do ano também são positivos. O índice acumulado até setembro apontou alta de 5% nos negócios. O desempenho melhor no segundo semestre aponta que deve ser atingida a meta estabelecida para 2017, de crescimento de 5% a 7% nas vendas. Para a direção da Abrasce, o resultado confirma a tendência de melhora consistente da economia. “A retomada gradativa da confiança do consumidor no segundo semestre deu um fôlego maior ao varejo”, define Glauco Humai, presidente da associação. Na avaliação da Abrasce, a melhora dos índices de emprego e de confiança do consumidor, aliadas à redução da taxa de juros e da inflação, também indicam 2018 melhor. (Agência Brasil)

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BNDES tem lucro líquido de R$ 3,2 bilhões de janeiro a setembro

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou, de janeiro a setembro deste ano lucro líquido de R$ 3,2 bilhões. No terceiro trimestre, o lucro atingiu R$ 1,857 bilhão. “Foi um trimestre muito bom para o banco, como foram também os trimestres anteriores”, disse no último dia 10, em entrevista coletiva, a superintendente da Área de Controladoria do BNDES, Vania Borgerth. A instituição fechou os nove meses com ativos totais de R$ 868 bilhões e patrimônio líquido de R$ 59 bilhões, com queda da inadimplência de 2,45%, em junho, para 1,83% em setembro. “Estamos bastante satisfeitos com o terceiro trimestre”, afirmou Vania. Ela disse que o resultado foi impulsionado pela subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR), que teve um "excepcional" resultado de participações societárias, quando confrontado com a crise enfrentada pelo setor em igual período do ano passado. Houve aumento de R$ 6,99 bilhões no resultado de participações societárias. Ao mesmo tempo, a provisão de risco de crédito caiu R$ 1,4 bilhão. Para Vania, o resultado do BNDES não foi surpresa, ficou dentro do padrão esperado para o banco. Acumulado No acumulado janeiro a setembro do ano passado, o BNDES teve lucro líquido de R$ 4,2 bilhões. Segundo Vania, em 2016, o lucro foi fortemente impactado pela transferência para perda permanente do impairment (despesa com provisão de investimentos) de Petrobras, que puxou o resultado de participações societárias para baixo. “No ano passado, o banco teve no resultado de participações societárias prejuízo de R$ 4,1 bilhões, que conseguimos reverter para um lucro de R$ 2,879 bilhões”, destacou Vania. Ela admitiu, contudo, que em termos de lucro final, o período de janeiro a setembro do ano passado mostrou lucro líquido de R$ 4,240 bilhões contra R$ 3,2 bilhões em igual período de 2017. A superintendente da Área de Controladoria do BNDES lembrou que, em setembro do ano passado, o banco emitiu comunicado ao mercado informando que havia constituído, pela primeira vez em sua história, créditos tributários sobre a carteira de provisão para risco de crédito. Isso gerou um resultado positivo para a instituição de cerca de R$ 4,5 bilhões, em 2016. “Se for expurgado esse efeito, que é extraordinário, e não recorrente, porque estávamos implantando esse sistema, o resultado de 2017 até pode ser considerado superior àquele verificado em 2016”. De acordo com Vania, tal raciocínio pode ser aplicado em relação ao lucro líquido do terceiro trimestre, de R$ 1,857 bilhão, contra lucro de R$ 6,414 bilhões no mesmo período de 2016. “O resultado do terceiro trimestre estava impactado em R$ 4,5 bilhões por esse efeito não recorrente.” JBS O resultado do terceiro trimestre inclui o valor extra de provisões para perda da JBS, conforme havia sido prometido no fechamento de junho. O teste de impairment, quando são feitos cálculos para verificação do valor recuperável, foi adiado de junho para setembro. Segundo Vania, feito o teste, foi reconhecida uma provisão para perda nesse investimento, mas o valor não foi relevante em relação à posição do banco. Se o teste tivesse sido feito em junho, exclusivamente sobre a posição a valor de mercado, o BNDES teria tido perda de R$ 1,2 bilhão. O teste feito em setembro somou R$ 218 milhões de perda. “Não é um valor material.” Apesar disso, a JBS contribuiu positivamente para o resultado do banco em termos de equivalência patrimonial, que reflete a performance da empresa investida, disse Vania. Ou seja, a JBS apresentou lucro suficiente para o banco ter ganho de equivalência no período, mesmo com a provisão que foi feita. O único senão é que as provisões foram feitas usando demonstrações auditadas da empresa em março de 2017, o que não é o ideal, acrescentou. A empresa não divulgou o balanço auditado em junho, nem divulgará o relativo a setembro. O cálculo poderá, entretanto, ser refeito, caso a empresa divulgue o balanço até dezembro. “Não há interesse do banco em não dar o devido tratamento a esse investimento, como faz em qualquer investimento da sua carteira.” Tesouro O ativo do Sistema BNDES somou R$ 868,5 bilhões em 30 de setembro, queda de R$ 7,561 bilhões, ou o equivalente a 0,9%, em relação a 31 de dezembro de 2016. A queda foi influenciada principalmente pela liquidação antecipada de R$ 33 bilhões de empréstimos com o Tesouro Nacional. VanIa Borgerth ressaltou que o pagamento antecipado dos R$ 33 bilhões não afeta o resultado do período. “É só uma troca de elementos patrimoniais. Ou seja, eu tiro caixa que está no meu ativo e elimino dívida que está no passivo.” Ela explicou que o banco fez a liquidação antecipada dos R$ 33 bilhões, conforme solicitado pelo governo federal, e isso reduziu a disponibilidade de caixa, mas também diminuiu o endividamento, o que acaba por melhorar os indicadores de alavancagem do banco, de certa forma. A disponibilidade de caixa, mais títulos e valores mobiliários do BNDES, soma R$ 187 bilhões. Descontadas desse número as operações de crédito ou debêntures, estimadas em R$ 15 bilhões, chega-se a um valor em torno de R$ 170 bilhões, informou a superintendente. Recursos Sobre as fontes de recursos, o BNDES informou que os empréstimos e repasses caíram R$ 14,509 bilhões (ou 1,9%) este ano, em consequência, sobretudo, da liquidação antecipada de R$ 33 bilhões em empréstimos com o Tesouro Nacional. A queda foi parcialmente atenuada pelas captações de R$ 3,185 bilhões, com a emissão de green bonds (títulos verdes) no mercado internacional e de R$ 11,6 bilhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A BNDESPar teve lucro líquido R$ 1,341 bilhão no terceiro trimestre deste ano. No período de nove meses encerrado em 30 de setembro, a instituição registrou lucro líquido de R$ 2,590 bilhões. Segundo o BNDES, esse resultado representa aumento de 283% diante do prejuízo líquido de R$ 1,415 bilhão apurado no mesmo período de 2016. Para isso, contribuiu a recuperação do resultado com participações societárias, que saiu de um prejuízo de R$ 4,103 bilhões em 2016 para um lucro de R$ 2,889 bilhões em 2017.

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Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos

De acordo com as projeções da pesquisa Comission Antimicrobial Resistence (AMR), as mortes anuais relacionadas a casos de doenças resistentes aos antibióticos poderão chegar, em 2050, a 10 milhões e a um custo de US$ 100 trilhões. De olho nesse alerta, a Rede D’Or promove campanha educativa em seus 4 hospitais (Esperança Recife, Esperança Olinda, São Marcos e Memoria São José)durante a Semana Mundial de Uso Consciente de Antibióticos. Segundo o infectologista Dr. Moacir Jucá, o assunto é de extrema importância, pois se atingiu um ponto em que os antibióticos não conseguem combater algumas bactérias. Esses medicamentos já perdem a batalha para dezessete microrganismos multirresistentes, causando, nos Estados Unidos, por exemplo, mais mortes que a AIDS. “O uso racional dos antimicrobianos deve ser feito agora, pois não é mais possível ignorar um problema de tamanha seriedade”, diz Jucá. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trata a questão como uma ameaça real à saúde pública e teme que infecções comuns e pequenos ferimentos voltem a matar. Prescrições inadequadas de antibióticos estão contribuindo para a formação de bactérias cada vez mais resistentes ao tratamento e são responsáveis pela morte de várias pessoas todos os anos. A orientação e uso racional de antibióticos busca prevenir a inadequação da prescrição das diversas formas: na indicação de uso, na escolha do antimicrobiano, na dose, na posologia, na via escolhida, na restrição do tempo de uso do antimicrobiano. Dr. Jucá mostra como a discussão sobre o tema é relevante e informa que, de acordo com informações compiladas pelo CDC dos Estados Unidos, cerca de 20% a 50% dos antibióticos prescritos em hospitais são ou desnecessários ou foram prescritos incorretamente. Segue orientações da campanha : Não compre antibióticos sem receita médica, mesmo que você já tenha tomado este medicamento antes para combater algum sintoma parecido; Não insista com o seu médico para prescrever antibiótico; Respeite a prescrição médica ao tomar o antibiótico (dose exata e, impreterivelmente, no horário correto); Complete todo o tratamento com o antibiótico mesmo que se sinta melhor após os primeiros dias, já que a interrupção pode fazer com que as bactérias criem resistência ao medicamento; Antibióticos não são indicados para resfriados, gripe e nem para a maioria das infecções de garganta e ouvido, pois são causadas por vírus. Se fizer uso deles só prejudica a sua saúde; Não tome sobras de antibióticos; Não tome antibióticos baseando-se em tratamentos feitos por outra pessoa ou indicados por vizinhos e parentes.

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