Revista Algomais, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 940 De 1070

Revista algomais

Revista algomais

Muitos empreendedores começam na Fenearte

Entre 6 e 16 de julho acontece no Recife a 18ª edição da Fenearte, considerada a maior feira de artesanato da América Latina. Apesar do curto período em que os trabalhos dos artesãos são expostos, o evento garante aos expositores a chance de serem mais conhecidos e terem pedidos de compras de suas peças durante o ano inteiro. A feira, na verdade, tornou-se um pontapé inicial para muitos empreendedores que hoje têm uma clientela cativa e viram sua produção artesanal transformar-se num empreendimento próspero. O designer de sapatos Jailson Marcos, por exemplo, começou a sua atividade na feirinha de Boa Viagem, por meio do Programa de Desenvolvimento do Artesanato (Prodarte). Eram tempos difíceis. “Precisei trabalhar por um momento em outra área, mas nunca deixei de produzir as minhas coisas. Mesmo sem condição, eu ia para os eventos em outros Estados com a passagem só de ida e sem saber como voltar, mas nunca desisti”, recorda. Em 1996, ele ingressou no Mercado Pop, evento que reunia arte, moda e cultura e passou a produzir sandálias conceituais. Essa participação rendeu ao designer o convite da comissão de moda da Fenearte para expor na feira num espaço coletivo, juntamente com outros dois artesãos. O evento tornou-se uma grande vitrine. “Pessoas ligadas à moda local puderam conhecer minha arte. E, vendo de perto a qualidade das produções, pude levar o que vi e vivi como experiência e inspiração para aperfeiçoar o meu trabalho”. Ele passou a participar de todas as edições da Fenearte, sendo que na terceira vez o Sebrae-PE (Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) ofereceu um espaço, já que não tinha condições de bancar o custo. Na quarta, ele adquiriu um estande próprio. A partir daí, suas criações ganharam o mundo fashion, sendo, inclusive, comparado a artistas europeus. Seus sapatos descolados figuraram em editoriais de moda da Vogue, Claudia e Elle, graças à divulgação da mídia local na cobertura da feira. “A Fenearte dá grande visibilidade ao trabalho do artista. Se hoje consigo me manter com minhas produções, ter dois espaços no Recife (um ateliê e fábrica na Torre e uma loja na Galeria Joana D’Arc), além de uma franquia no Rio de Janeiro, é porque a feira ajudou nisso”, reconhece. Jailson também emprega 13 funcionários, distribuídos na administração e produção. Outro entusiasta do evento, Leo Pinheiro costuma dividir sua empresa em duas fases: antes e pós-Fenearte. Há 25 anos, o administrador de formação e artesão de coração, com o curso de confecções de peças, deu início ao trabalho com joias. De porta em porta, Leo carregava uma sacola, visitando os clientes para vender seus produtos. Em uma dessas visitas, na extinta Legião Assistencial do Recife (LAR), ele se encontrou com Jane Coelho Magalhães, advogada e mulher do ex-governador Roberto Magalhães. Ela lhe apresentou a proposta da Fenearte e o projeto da Prefeitura do Recife que reunia num estande vários artesãos. De imediato ele aceitou a ideia. “Depois da estreia da feira, não paramos mais. Fazemos questão de participar todos os anos”, compara o artesão. Melhor que as vendas no evento, ressalta, é a divulgação. “Você conquista uma clientela muito boa e tem o feedback o ano inteiro. À medida que o tempo passa, o público acompanha o seu trabalho”, relata. Hoje, ele e sua mulher vivem das produções do ateliê/joalheria localizado na Galeria Estação Jaqueira. Outra empresa que teve seus negócios impulsionados pela Fenearte foi a Oficina de Formas, cujo trabalho envolve modelagem em argila, cerâmica e pinturas em telas. A estreia na feira foi em 2002, sob o comando das proprietárias Adelina Raquel de Figueiredo, a Delly, e Eduarda Figueiredo. Agraciada nacionalmente, em 2016, pelo Sebrae Nacional como prêmio Top100, pela qualidade e gestão, a empresa participa, hoje, de feiras e exposições no exterior e de publicações em revistas de decoração e catálogos de arte. “A Fenearte abriu novos horizontes, porque antes as vendas eram restritas a um determinado grupo, mas com a visibilidade do evento observamos o potencial do nosso trabalho e com isso expandimos o negócio para o território nacional e internacional”, comemora Delly. No início, as proprietárias começaram como visitantes do evento e logo depois como expositoras. “Até hoje submetemos o nosso trabalho para ser exposto na Fenearte. Esse ano ainda terá um diferencial porque, devido à premiação, estaremos também no espaço do Top100 do Sebrae”, acrescenta. Já a Trocando em Miúdos, loja de acessórios femininos, participou daJuliane, da Trocando em Miúdos, conta que a feira possibilitou a divulgação da marca Fenearte, apenas em 2010. Mas foi o suficiente para alavancar as vendas. A marca surgiu quando as sócias Juliane Miranda e Amanda Braga cursavam design na UFPE e confeccionavam as bijouterias que usavam. Um dia resolveram se unir para produzir as peças. “Era mais como um hobby, tínhamos uma pequena demanda”, recorda Juliane. Mesmo não tendo perfil empresarial, por meio de uma exposição realizada na casa de Amanda, em 2006, cerca de 90% das peças foram vendidas. A ideia de participar da Fenearte surgiu depois que as proprietárias perceberam que a proposta do negócio se aproximava com à da feira. “A produção era toda manual, com acabamento em linhas, tecidos e botões. Na época não tínhamos uma pegada tão industrial”, salienta Juliane. Apesar de ter participado da Fenearte somente numa edição, a empresária confessa que após a feira a demanda aumentou. “Clientes que compraram nossos produtos durante a feira foram ao nosso ateliê para conhecer o espaço”, recorda. “Durante anos continuamos ouvindo comentários sobre a nossa participação na Fenearte. Colhemos muitos frutos do evento, foi muito bom para os negócios, porque apesar de a Trocando em Miúdos ser querida por amigas e parentes, não tínhamos uma visibilidade tão grande”, complementa a empresária. Graças ao faturamento obtido nos 11 dias do evento, as sócias tiveram recursos suficientes para construir o ateliê. “Além disso, fizemos clientes em outros Estados”, acrescenta Juliane. Hoje, a Trocando em Miúdos possui quatro lojas físicas, uma loja virtual e 25 funcionários. *Por Paulo Ricardo Mendes, repórter da Revista Algomais (algomais@revistaalgomais.com.br)  

Muitos empreendedores começam na Fenearte Read More »

A caminho da geração de energia limpa

A maior parte da produção de energia no Nordeste provém dos ventos. O recente crescimento da fonte eólica (responsável por 37,2% da geração em 2016, segundo estudo do Banco do Nordeste), associada à redução do desempenho das hidroelétricas (que respondeu por 31,5%), modificou a matriz energética que move a região. Um cenário que tende a se diversificar ainda mais com os recentes anúncios de investimentos em parques solares e os incentivos públicos para a microgeração distribuída, quando o consumidor residencial, comercial ou industrial passa a ser também produtor. Somam ainda nessa composição de alternativas a geração a partir do lixo – com o aproveitamento de resíduos sólidos urbanos – e da biomassa, conectada ao tradicional setor sucroenergético pernambucano. De acordo com o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, nos últimos quatro anos o Brasil passou a ser um dos países do mundo que mais investiu na matriz dos ventos e o Nordeste joga como protagonista desse novo momento. “Em alguns meses do ano, a produção eólica já corresponde a 50% de todo o consumo da região. O Brasil ainda não sabe disso. Passar desses 50% para 100% é um processo que pode acontecer rapidamente. Em 5 ou 10 anos, teremos capacidade de gerar toda energia a partir do vento e do sol”, prospecta o empresário, que é presidente da Eólica Tecnologia. De acordo com números da Associação Brasileira de Energia Eólica, Pernambuco é o sexto Estado do País com maior capacidade instalada de geração. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 31 parques eólicos em operação no Estado, gerando mais de 670 mil kW. Outros quatro estão em construção e há três novos previstos, que deverão adicionar 190 mil kW à geração total. Se alguém tem dúvida de que o papel da matriz eólica veio para ser protagonista, as cifras de alguns dos novos investimentos convencem qualquer incrédulo. No mês passado, a empresa Casa dos Ventos inaugurou na Chapada do Araripe, entre Pernambuco e o Piauí, um dos maiores complexos eólicos da América Latina. “Trata-se de um investimento de R$ 1,8 bilhão em 14 parques, capaz de abastecer 400 mil casas. A capacidade instalada deste complexo (359 MW), chamado Ventos do Araripe III, é maior do que a de todos os parques eólicos instalados em países como África do Sul, Grã-Bretanha e México”, afirma o secretário-executivo de Energias Renováveis de Pernambuco, Luiz Cardoso Ayres Filho. Esse empreendimento fecha o ciclo de investimentos da Casa dos Ventos programado para Pernambuco. De 2015 para cá, a empresa havia inaugurado outros dois complexos (Ventos de São Clemente e Eólico Caetés) no Agreste do Estado, onde investiram mais de R$ 2 bilhões. No ranking dos cinco Estados mais produtivos estão quatro nordestinos. O Rio Grande do Norte lidera, seguido pela Bahia e Ceará. O Rio Grande do Sul é o único sulista bem classificado, em quarto lugar. “Tratando-se da produção de energia propriamente dita, os principais polos são Nordeste e Sul, sendo o Nordeste responsável por mais de 70% da energia gerada por essa fonte. Importante entender que a cadeia de energia, ou seja, a produção industrial de máquinas e equipamentos, abrange de Nordeste a Sul do País”, afirma a presidente da Abeólica, Élbia Gannoum. Se Pernambuco não ocupa um lugar de liderança na geração das energias renováveis na região, o Estado possui um papel relevante na produção de equipamentos para essa cadeia produtiva. Além de ter diversas experiências pioneiras. De acordo com Ayres, o cluster industrial de Suape dispõe de quatro empreendimentos: LM Wind Power (pás para turbinas eólicas), Gestamp (torres eólicas), Iraeta/GRI (flanges) e S4 Solar (painéis solares), caçula no polo, tendo sido anunciada em setembro do ano passado. “Mesmo em um cenário de retração de investimentos, Pernambuco se mantém atrativo e competitivo. A produção de equipamentos faz parte de uma cadeia que consideramos fechada, no sentido de que temos praticamente todas as fases sendo realizadas no Estado: política energética, produção, geração e comercialização”, diz o secretário. “A presença de fábricas perto dos polos produtores é importante, no sentido logístico, inclusive, além de propiciar desenvolvimento tecnológico para a região, uma consequência muito positiva do desenvolvimento da energia eólica”, ressalta Élbia. Uma novidade na experiência pernambucana de diversificação da matriz energética é a construção do parque híbrido de Tacaratu, que abriga equipamentos para produção solar e eólica. O parque foi o grande fruto do leilão pioneiro promovido pelo Governo do Estado há dois anos. O empreendimento Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, possui uma potência instalada de 10 MW. O parque, destinado à geração fotovoltaica, está ligado a uma planta eólica de 80 MW. A planta é capaz de gerar 340 GWh por ano, volume suficiente para abastecer 250 mil residências, reduzindo também em grande número a quantidade de emissão de gás carbônico. Além dos empreendimentos solares de Tacaratu, estão previstos mais 6 parques, com 150 mil Kw. Os especialistas ressaltam que há um potencial de desenvolvimento desses parques (eólicos, solares ou híbridos) justamente em regiões com características mais desérticas de Pernambuco, que sofreram nos últimos anos com poucas alternativas para se desenvolver. “A implantação dessas centrais em regiões sem perspectiva de desenvolvimento resulta na chegada de uma grande quantidade de empresas, além dos investimentos em infraestrutura no momento da construção. Posteriormente esses empreendimentos geram empregos de alto nível, para engenheiros e técnicos de manutenção dos sistemas. Isso garante uma mudança no perfil socioeconômico desses locais”, avalia Methodio Varejão, doutor em eficiência energética e coordenador do curso de engenharia elétrica da Devry/FBV. POTENCIAL No segmento solar não são apenas esses empreendimentos que estão despontando. Apesar de ter uma participação ainda muito reduzida na região, todos os especialistas apontam que a energia produzida a partir da luz do sol é uma das que têm maior potencial e viabilidade para o Nordeste. “A geração solar começa a despontar. Não só com projetos de médio e grande porte, mas também num formato que vem revolucionando, que é a microgeração distribuída (energia gerada pelo consumidor). Isso não

A caminho da geração de energia limpa Read More »

Atendimentos envolvendo escorpião aumentam

Entre janeiro e junho deste ano, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE), que funciona 24 horas por dia e presta informações à população pelo 0800.722.6001 (ligação gratuita), atendeu 706 chamados envolvendo acidentes com escorpiões. O quantitativo é 25,8% maior do que o mesmo período de 2016, com 561 atendimentos. Com esse período chuvoso, o Ceatox alerta o público para tomar os devidos cuidados para evitar ocorrências. “Com as chuvas, os escorpiões são desalojados das galerias de esgoto e águas pluviais, procurando abrigo dentro das residências, seja em sapatos, roupas ou na tubulação, podendo ocasionar acidentes. Além de tomar alguns cuidados com a casa, para evitar a entrada do animal, a população precisa saber que, em casos de acidente, é imprescindível lavar o local da picada apenas com água e sabão e seguir para a unidade de saúde mais próxima, para que seja feito o tratamento para dor local. No caso de criança de até 12 anos, que tem risco de morte, pode haver indicação do uso do soro contra o veneno”, afirma a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto. Vale ressaltar que menores picados por escorpiões obrigatoriamente não necessitam tomar o soro específico para picadas de escorpiões. A equipe de saúde deve discutir o caso com os técnicos do Ceatox e verificar se o quadro tem indicativo para fazer o uso do tratamento. No Estado, o soro está disponível no Hospital da Restauração (Recife), Hospital e Policlínica Jaboatão-Prazeres (Jaboatão dos Guararapes) e Hospital João Murilo (Vitória de Santo Antão). No interior, nos hospitais regionais de Limoeiro, Palmares, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Salgueiro, Ouricuri e Petrolina, além do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru. “Com a descentralização do soro para o interior e região metropolitana do Recife, demos mais agilidade ao atendimento aos pacientes que sofreram picada de escorpião e evitamos que seja preciso se deslocar até a capital”, pondera Lucineide. O Ceatox conta com uma equipe multiprofissional trabalhando 24 horas por dia para prestar todas as orientações à população sobre acidentes com animais peçonhentos ou intoxicações exógenas. Os profissionais ainda fazem todo o acompanhamento do caso. “Seguir as recomendações corretamente é essencial para evitar o agravamento do quadro, que o paciente fique com sequelas ou até mesmo óbitos”, ressalta Lucinede Porto. Importante lembrar que se a população observar presença de escorpiões nas residências é necessário entrar com contato com a vigilância ambiental municipal e solicitar uma visita ao imóvel. Cuidados para evitar a presença de escorpião nas residências: • Manter sempre limpas as instalações da propriedade, principalmente a área em volta da casa; • Conservar o quintal e o jardim sempre limpos; • Evitar o acúmulo de lixo e não amontoar objetos antigos em volta da casa; • Vistoriar cuidadosamente roupas e principalmente calçados antes de vesti-los, e toalhas antes de utilizá-las; • Usar telas e vedantes em portas e janelas, procurando tapar buracos e frestas existentes na casa; • Não andar descalço; ao adentrar em mata, utilizar calçado com a calça comprida por dentro das meias, perneiras ou botas de cano longo (que protejam até o joelho); • Não colocar as mãos em buracos, tendo o cuidado ao sentar em pedras; • Não manusear esses animais, por mais inofensivos que eles pareçam ser; • Examinar cuidadosamente o local onde for apoiar ou encostar-se, quando fizer trilhas ou caminhadas em ambientes conservados.   (Governo do Estado de Pernambuco)

Atendimentos envolvendo escorpião aumentam Read More »

Em razão da crise, 80% dos brasileiros cortaram gastos em 2017; alimentação fora de casa lidera ranking, apontam SPC Brasil e CNDL

Com o país há quase três anos mergulhado em uma crise econômica, a maior parte dos brasileiros chega ao segundo semestre de 2017 sem ainda ter notado melhora no quadro econômico. Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional e Dirigentes Lojistas (CNDL) com consumidores de todas as regiões, idades e classes sociais revela que, na comparação com 2016, 80% dos brasileiros tiveram de fazer cortes no orçamento ao longo do primeiro semestre deste ano para lidar com os efeitos da crise. O principal item cortado por esses consumidores foi a alimentação fora de casa, citado por seis em cada dez (57%) pessoas. Outros produtos e serviços que também deixaram de ser prioridades para o brasileiro foi a aquisição de roupas, calçados e assessórios (55%), idas a bares e restaurantes (53%), gastos com lazer e cultura, como cinema e teatro (51%), viagens (51%), idas a salões de beleza (50%) e a compra de itens supérfluos nos supermercados (50%). Para 76% dos brasileiros, vida financeira está igual ou pior que no ano passado; economia do país piorou para 39% A pesquisa demonstra que a melhora de alguns índices econômicos como o recuo da inflação e a queda das taxas de juros ainda não se refletiu em efetiva percepção de melhora no dia a dia do consumidor. De acordo com o balanço do primeiro semestre, para 76% dos consumidores, a vida financeira pessoal continuou igual ou pior do que no ano passado. Apenas 19% consideram que houve melhora no período avaliado. A percepção predominantemente negativa se mantém elevada em todos os estratos analisados, como gênero, idade e classe social. A avaliação que os entrevistados fazem do desempenho da economia do país como um todo também vai na mesma direção: para 39% dos entrevistados, as condições da economia brasileira pioraram nos seis primeiros meses deste ano em relação ao ano passado, enquanto para 38%, ela se manteve do mesmo jeito. De modo inverso, apenas 19% acreditam que houve melhora ao longo do período. “A reconquista da confiança dos brasileiros ainda demandará tempo e depende de resultados mais palpáveis no campo econômico. No momento, a condição para que a economia melhore é a solução do impasse político e a aprovação das reformas estruturais, como a da previdência e a trabalhista. As projeções indicavam que o início da recuperação se daria ao longo do segundo semestre. Agora, porém, levantam-se muitas dúvidas sobre essa possibilidade acontecer neste ano”, avalia o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. Três em cada dez atribuem piora nas finanças à diminuição da renda ou desemprego; 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos em 2017 Considerando a parcela de brasileiros que avaliam que o estado de suas finanças piorou ao longo do primeiro semestre, as razões relacionadas a crise ganham destaque: 34% atribuem a piora à queda da renda familiar, 32% mencionam o fato de não conseguirem mais poupar como antes e 30% culpam o desemprego. Já entre a minoria que notou alguma melhora na situação financeira pessoal, a razão mais citada é o controle do próprio orçamento, mencionado por 37% desses entrevistados. Outro dado que demonstra o alcance da crise é que 57% dos brasileiros passaram a fazer bicos e trabalhos extras para complementar a renda de casa. O desemprego bateu à porta de 36% dos consumidores ouvidos e pouco mais de um terço (35%) precisou recorrer a empréstimos bancários ou ajuda de familiares para organizar o orçamento. Há ainda, 26% de entrevistados que para conseguir algum dinheiro tiveram de vender algum bem. Resultado do dinheiro mais curto é que 38% dos entrevistados foram parar nos cadastros de inadimplentes pelo não pagamento das contas. Mais da metade (51%) dos consumidores admitiram ter ficado vários meses ao longo deste ano com as contas no vermelho e 56% não estão conseguindo pagar todas as contas em dia. Os atrasos impactam tanto as contas de primeira necessidade, como em modalidades usuais de crédito, como o cartão e cheque especial. De acordo com a pesquisa, 28% dos consumidores brasileiros se encontram atualmente em atraso no pagamento das contas de água e luz. Os atrasos no cartão de crédito e no cheque especial, duas das modalidades que cobram os juros mais elevados do mercado, alcançam 31% e 16%, respectivamente. Também há falta de pagamento nos cartões de loja (26%), contas de internet (27%), telefone (24%) e TV por assinatura (21%). “Apesar de o ano ter registrado alguns ganhos na economia, como a desaceleração da inflação e a queda das taxas de juros, o consumidor continua imerso em um ambiente de poucas certezas, vendo o desemprego ainda crescer e a renda mais curta para consumir”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em um cenário de dificuldades, 77% dos brasileiros não conseguiram juntar dinheiro do primeiro semestre e apenas 23% conseguiram concretizar algum sonho de consumo no período. 47% dos brasileiros não acreditam que país superará a recessão ainda em 2017; 70% acreditam na dificuldade de realizar planos Os entrevistados também foram questionados sobre o que esperam para o segundo semestre de 2017. A maior parte (47%) mostra-se desacreditada da possibilidade de crescimento da economia brasileira ainda neste ano. Apenas 29% dos brasileiros nutrem alguma esperança de que o país volte a crescer ainda em 2017. Na comparação com o primeiro semestre, 38% acreditam que, nos próximos meses, a economia permanecerá na mesma toada, enquanto 14% acreditam que será pior. Para 30% a situação tende a melhorar até o fim do ano. Quando a análise se detém à situação financeira do entrevistado, os números não diferem tanto: 13% acreditam que o segundo semestre será pior, 35% pensam que será igual, ao passo que outros 35% têm esperanças de que haja alguma melhora. Entre aqueles que apostam na piora da vida financeira, mais da metade (57%) justifica dizendo que a economia do país não deverá melhorar, impactando por consequência o bolso dos brasileiros. Também aparece com destaque o fato de a situação financeira estar difícil (40%), a falta de expectativa

Em razão da crise, 80% dos brasileiros cortaram gastos em 2017; alimentação fora de casa lidera ranking, apontam SPC Brasil e CNDL Read More »

Começou o REC Férias no Parque Santana

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, preparou uma programação especial para as férias de julho no local e no Parque da Macaxeira. O REC Férias foi iniciado com a presença de vários recifenses, e vai até o próximo dia 30, com opções para toda a família. O evento acontecerá sempre nos dois parques nos fins de semana e em dias de semana, exceto às sextas-feiras. O dia amanheceu com treinamento funcional e de corrida na Academia Recife com jovens e adultos. À tarde, a partir das 15h, os profissionais dos programas da PCR, PELC e Segundo Tempo, fizeram em cada canto do Parque, uma atividade diferente. O futebol, o mais disputado entre os meninos, não passou nem um minuto sem times jogando. Debaixo de uma grande árvore, os alunos do curso de turismo da Uninassau, preparam um local para incentivo à leitura e pintura. Maria Elisa de 4 anos, pequena moradora da comunidade de Santana e frequentadora assídua do local, aproveitou para desenhar uma flor em suas mãos junto à orientadora e saiu com um sorriso largo no rosto. "Estamos sempre aqui e foi uma surpresa boa encontrar essa programação. Adoramos o parque e nas férias é sempre uma opção de lazer para nós", contou a mãe Elisandra Gomes. Além das ações de recreação, várias opções de esportes não faltaram, inclusive os menos conhecidos como Slackline. Os amigos Davi Seabra e Ruan Lucas Alves, de 5 e 6 anos, não saiam da fila para subir na fita que desafia o equilíbrio. Eles e diversas crianças tiveram novas experiências e puderam vivenciar a cidade com muita diversão. "Estava na casa de uma amiga aqui perto e trouxe ele para curtir o sábado. Dá pra ver que ele está brincando um bocado né?", falou a mãe de Ruan, Rilaine Alves. O REC Férias - No Parque Santana, a programação acontece às segundas, quartas e sábados. Já no Parque da Macaxeira, as atividades serão às terças, quintas e domingos. Dividida em estações, estão previstas na programação atividades esportivas, como futsal, handbol, skate e halterofilismo, aulões de dança, atividades funcionais, brincadeiras populares, treinamento de corrida, cinema na rua, espaço de leitura e uma feira de empreendedores, com artesanato e gastronomia. Os horários variam de acordo com a ação.

Começou o REC Férias no Parque Santana Read More »

Vacina HPV: mitos e preconceitos

Quando os pais são informados de uma vacina que pode prevenir futuros cânceres em seus filhos, eles aproveitam a chance de protegê-los? Certo? Infelizmente, esse não é o caso de uma vacina que previne infecções com o vírus do papiloma humano, causador de câncer ou HPV. A vacina, que tem sua melhor indicação aos 11-12 anos, é atualmente a imunização mais subutilizada disponível para crianças e adolescentes. O HPV é, de longe, a infecção sexual de transmissão mais comum, nos Estados Unidos, e quase todas as pessoas sexualmente ativas são infectadas em algum momento da vida. O vírus em uma ou outra das suas variantes causa mais de 90% dos cânceres cervicais, bem como a maioria dos cânceres da vulva, da vagina, do ânus, do pênis e da orofaringe, que inclui a parte de trás da garganta, a base da língua e as amígdalas. Também causa verrugas genitais. Todos os anos, segundo os relatórios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, cerca de 14 milhões de americanos são infectados com o HPV, a maioria de adolescentes ou de adultos jovens. O câncer causado pelo HPV é diagnosticado em cerca de 17.600 mulheres e 9.300 homens. Mas no EUA, desde 2014, apenas 40% das meninas e 21% dos meninos de 13-17 anos receberam as três doses da vacina contra o HPV, enquanto 88% dos meninos e meninas haviam sido vacinados contra o tétano-difteria-coqueluche e 79% tinham recebido a vacina meningocócica. No Brasil Segundo o INCA, a infecção genital, causada pelo HPV, é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou) e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a realização periódica deste exame. É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva, ou seja, o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada. O Ministério da Saúde anunciou alterações no esquema de vacinação contra HPV. A partir de agora, essa imunização será oferecida a meninos de 11 a 15 anos incompletos. Desde janeiro, a vacina em questão passou ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos de 12 a 13 anos. Até então, era aplicada somente em meninas com menos de 15 anos. Também têm direito à imunização, os portadores do vírus HIV de 9 a 26 anos ou pessoas com câncer em uso de quimioterapia e radioterapia (ambos os sexos), além de quem já foi submetido a algum transplante de órgão. No primeiro caso (HIV/Aids), são necessárias três doses — com intervalo de dois e seis meses. Para os demais, permanece o esquema atual: duas injeções com um espaço de seis meses entre uma e outra. A adesão a essa vacina também é pequena no Brasil. 9,6% dos meninos de 12 e 13 anos tomaram a primeira dose da vacina de janeiro a março de 2017 (346,7 mil). A imunização de meninos começou neste ano; a segunda dose ocorrerá a partir de julho. Baixas taxas de vacinação “Existem várias explicações para a baixa taxa de vacinação contra HPV entre adolescentes. Uma delas é que a vacina é relativamente nova - foi aprovada pela primeira vez em 2006. A mudança no público-alvo da vacina também precisa ser disseminada por mais tempo e com mais clareza. O efeito da idade no momento da imunização, encontrando uma diminuição da eficácia com a idade ressalta a importância da vacinação precoce”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349). Se a vacina for administrada às pessoas aos 22 ou 26 anos, os médicos devem informar aos pacientes que a eficácia é menor. Ainda assim, não é tarde demais para imunizar estudantes universitários que não receberam a vacina quando eram mais jovens. Para o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, “outro obstáculo para a imunização mais ampla do HPV é a crença errônea de que a vacinação promova a promiscuidade adolescente, um argumento mais comumente usado para rebater os conselhos de controle de natalidade para adolescentes. Não há conexão direta entre a vacina e a atividade sexual e nenhuma razão para sugerir uma. Se questionado, o responsável ou o médico pode simplesmente dizer que a vacina previne a infecção por um vírus muito comum que pode causar câncer”, destaca. Embora alguma publicidade precoce da vacina tenha sido focada na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, é preciso esclarecer que em primeiro lugar, trata-se de uma vacina contra o câncer. Estudos múltiplos não mostraram impacto negativo em qualquer medida na atividade sexual entre garotas que receberam a vacina contra o HPV. “O apoio parental para crianças de 11 e 12 anos de idade vacinadas contra o HPV tem sido muito pequeno. O argumento mais pernicioso em relação à vacinação contra o HPV envolve postagens na web de histórias de terrorismo indocumentadas que alguns pais atribuem à vacina, não muito diferentes das que são atribuídas às vacinas que ‘causam autismo’. Nenhum dos relatos dos efeitos adversos graves relacionados à vacina contra o HPV foi confirmado por pesquisas sólidas”, destaca Chencinski. Os efeitos colaterais mais comuns são dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção intramuscular. Tal como acontece com outras vacinas administradas aos adolescentes, ocorrem desmaios, e os pacientes devem ser aconselhados a sentar ou deitar-se durante 15 minutos após a vacina. A vacina pode ser administrada com segurança, ao mesmo tempo em que outras, como a vacina dTpa, meningocócica ou influenza. Embora a vacina contra o HPV não seja administrada durante a gravidez,

Vacina HPV: mitos e preconceitos Read More »

Recife recebe exposição internacional “As Meninas do Quarto 28”

Adaptada do livro da jornalista alemã Hannelore Brenner, a exposição internacional “As Meninas do Quarto 28” cumpre temporada no Recife, a partir do dia 11 de agosto, na Galeria Janete Costa, Parque Dona Lindu. Vista por mais de 40 mil pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, a mostra, que chegou ao Brasil após passar por diversos países da Europa e Israel, relata o dia a dia de cerca de 50 meninas que viveram por dois anos no campo de concentração de Theresienstadt, na República Tcheca, durante a 2ª Guerra Mundial. Com entrada franca, fica em cartaz até 29 de outubro. São 50 desenhos e uma réplica de 18m² do quarto em que as meninas judias ficaram aprisionadas, além de painéis com detalhes históricos da época. Das mais de 15 mil crianças, entre 12 e 14 anos, que viveram no campo de concentração, de 1942 a 1944, somente 93 sobreviveram – 15 delas sobreviventes do Quarto 28. “Trouxemos uma exposição para o Brasil que emociona muito. É tocante ver o poder transformador da arte, mesmo para aqueles que viveram numa realidade tão difícil. Por todos os lugares que passou, a mostra teve uma excelente receptividade, tem algo humano que ela transmite e que foi inteiramente compreendido pelos visitantes nas quatro edições que fizemos”, explica Karen Zolko, familiar de uma das meninas que habitou o Quarto 28 e representante da exposição no Brasil ao lado da sócia Dodi Chansky. OS DESENHOS – A situação miserável, desde o racionamento de comida ao onipresente medo de ir para o “Leste” (Auschwitz-Birkenau), não foi capaz de abalar os prisioneiros que encontraram na arte uma maneira de sonhar com um futuro melhor. Coube aos professores, compositores e artistas – todos judeus presos em Theresienstadt – manterem a esperança viva na imaginação daquelas crianças. A artista plástica Friedl Dicker Brandeis foi uma das precursoras nesse trabalho. Deportada para o campo de concentração tcheco em 1942, ela levava na bagagem poucos pertences pessoais e muitos materiais artísticos, pois percebeu logo cedo que a arte seria uma ferramenta fundamental para ajudar os pequenos a lidar com a dor da perda, o medo e a incerteza do futuro. Para isso, dava aulas técnicas de desenho e pintura para a ala infantil do campo. Enquanto contava histórias, as crianças faziam ilustrações com base no que ouviam. As narrativas em nada retratavam o terror vivido diariamente pelos presos nem eram relacionadas à realidade do campo de concentração. Nos quase dois anos em que esteve presa, a artista conseguiu esconder os cinco mil desenhos dos seus alunos antes de ser levada para Auschwitz, em 1944. Dez anos depois, o material foi encontrado e encaminhado para um museu em Praga, na República Tcheca. Das meninas que passaram pelo Quarto 28, foram encontrados cerca de 500 desenhos – 40 foram selecionados para fazer parte da mostra. Em 2013, a exposição foi escolhida pela União Europeia para a tradicional homenagem realizada anualmente no Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Em 2014, a Organização das Nações Unidas também a elegeu para lembrar as vítimas do genocídio cometido pelos nazistas. RELAÇÃO COM O BRASIL – Não foi à toa que Hannelore Brenner, a idealizadora e detentora dos direitos da exposição e autora do livro “As Meninas do Quarto 28”, lançado pela Editora LeYa, incluiu o capítulo “Ecos Tardios do Brasil” em sua obra. A relação entre o país e essa história de amizade e amor à arte está intimamente ligada por conta de Erika Stránská, filha do primeiro casamento do judeu George Stransky. Em 1938, a mãe deixou Erika aos cuidados do pai para sair em busca de melhores condições de vida na Inglaterra. George acabou se apaixonando por Valeria, então primeira bailarina do Teatro de Viena, com quem se casou e teve Monika, sete anos mais jovem que a meia-irmã. As duas costumavam brincar juntas até que Erika e seu pai foram levados para campos de concentração mantidos pelo regime nazista. Ele foi para um campo de trabalho forçado e Erika foi encaminhada para Theresienstadt, mais precisamente para o Quarto 28. Enquanto a mãe e a filha mais nova se refugiaram na pequena Boskov, George conseguiu escapar do campo de trabalho e ir ao encontro delas. Após o final da guerra, ele começou a procurar por Erika, chegando, inclusive, a ir até a Suíça atrás de uma pista de seu paradeiro. Mas acabou descobrindo que sua filha mais velha tinha sido deportada para Auschwitz, onde foi morta numa câmara de gás. Após a tragédia, a família tentou retomar a vida da maneira que podia e, em 1946, mudou-se para São Paulo. Alguns anos depois, a caçula se casou com Gregorio Zolko, criando seu próprio clã: as filhas Sandra e Karen Zolko e os netos André, Adriana e Lara. Em 1974, viajaram para a antiga Tchecoslováquia (que se desmembrou em República Tcheca e Eslováquia) e, durante um passeio pelo Museu Judaico de Praga, visitaram uma exposição de desenhos de crianças feitos durante a 2ª Guerra Mundial no campo de concentração de Theresienstadt. A enorme surpresa se deu quando Monika reconheceu a assinatura da sua irmã, Erika Stránská, em um deles. Começou, então, a busca por detalhes de como teria sido a sua vida. Mas quase nada foi descoberto naquela época devido ao regime comunista que vigorava. Em 2012, incentivada por um amigo, Karen Zolko resolveu mais uma vez procurar informações sobre o paradeiro da meia-irmã de sua mãe. Com a dissolução da Tchecoslováquia e as facilidades da internet, a brasileira conseguiu entrar em contato com o diretor do museu e descobriu que lá não estava apenas um desenho de Erika, mas sim 30 deles. “Montar esse quebra-cabeça era um presente que eu queria dar para a minha mãe. Consegui 70 anos depois, com a ajuda fundamental de amigos e familiares”, conta Karen Zolko. Além de um link para acessar as imagens, o diretor do museu mandou uma lista de contatos de pessoas que poderiam ajudar com mais informações sobre a

Recife recebe exposição internacional “As Meninas do Quarto 28” Read More »

5 bandas para conhecer o rock pernambucano (dicas de Wilfred Gadêlha)

Na semana que será comemorado o Dia do Rock, convidamos o jornalista, escritor e vocalista da banda Will2Kill Wilfred Gadêlha para fazer uma seleção de cinco bandas para conhecer o melhor do rock pernambucano. Segue abaixo a indicação das bandas e os comentários do roqueiro pernambucano.   Realidade Encoberta A veterana banda de crossover - mistura de punk e metal - é a cara da cena pernambucana do fim dos anos 80, quando punks e headbangers andavam e tocavam juntos, anos antes da noite de sábado do Abril Pro Rock. Os caras começaram em 1987, deram uma parada nos anos 90 e voltaram com tudo em 2010 Já lançaram dois EP e o excelente Cd Momentos Antes do Caos, de onde eu escolho a clássica SOS Identidade Humana, uma música altamente simbólica e atual.       2. Pandemmy Criado em 2009, o quinteto toca uma mescla de death e thrash metal. Apesar das muitas mudanças de formação, a banda se mantém produtiva e coesa em sua proposta, tendo o guitarrista Pedro Valença como único integrante da formação original. Lançaram ano passado o excelente Rise of a New Strike e já tiveram a chance de tocar com nomes como Sodom, Amon Amarth e Obituary. A música Common Is Different Than Normal é do primeiro disco (Reflections & Rebbellions, 2012).     3. Cangaço Desde 2010, o trio vem “empenando” a cabeça dos metaleiros locais, nacionais e gringos com a sua mistura de música extrema com sons nordestinos. Esse mix de Luiz Gonzaga com death metal os colocou em um patamar elevado. Integrantes do movimento Levanta do Metal Nativo, que também tem, entre outras bandas, o também pernambucano Hate Embrace. O último lançamento deles foi o EP virtual Arcabuzado 92015), onde fizeram versões de Zé Ramalho, Chico Science, Angra e Alceu Valença, justamente a canção Guerreiro.       4. Desalma Mais uma banda pernambucana que não se prende apenas a um subestilo da música pesada. O trio Desalma já tocou até no Acre e é uma das mais festejadas da molecada pernambucana. Seu último disco, Foda-Se, é uma amostra de agressividade mesclada com tempos insanos e levadas aparentemente desconexas. Em 2014, eles levaram o grupo de coco Bongar para o palco do Abril Pro Rock em um dos pontos altos do festival, tocando a música Gira.       5. Elizabethan Walpurga Veteranos da cena extrema dos 90, o Elizabethan Walpurga renasceu dos mortos e voltou à ativa em 2016, com shows importantes e o lançamento do seu primeiro CD, Walpurgisnacht. Seu black metal altamente influenciado por Iron Maiden, Mercyful Fate e Judas Priest tem como destaque as guitarras dos irmãos Erick e Breno Lira (este em uma temporada em Lisboa, substituído temporariamente por Alejandro Flores). Letras sobre vampiros e sobrenatural dão a tônica do som do quinteto, como na música The Serpent’s Eyes and the Horns of Crown.   * Wilfred Gadêlha é jornalista, escritor e vocalista da banda Will2Kill

5 bandas para conhecer o rock pernambucano (dicas de Wilfred Gadêlha) Read More »

Inibidores de apetite: efeitos colaterais são maiores do que a perda de peso

No mês passado, a Câmara dos Deputados liberou três inibidores de apetite muito populares no Brasil: anfrepramona, femproporex e mazindol. Essas substâncias tinham sido vetadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, em 2011, sob a alegação de que os riscos à saúde são maiores que os benefícios. Agora o assunto volta à tona e, ao que parece, questões políticas parecem se sobrepor aos interesses dos maiores prejudicados com essa decisão: os pacientes. A obesidade é um dos problemas mais graves da atualidade. Estima-se que uma em cada três pessoas no mundo esteja acima do peso. São cerca de 2,1 bilhões de pessoas. O número de obesos ou com sobrepeso cresceu 70% em três décadas. O Brasil é o quinto país mais “pesado” do mundo, com 26,2 milhões de pessoas, sendo 11,7% dos homens e 20,6% das mulheres. Um nicho e tanto para as indústrias farmacêuticas fazerem riqueza com substâncias que prometem um emagrecimento rápido e livre de sacrifícios. Contudo, a farmacêutica da Idealfarma, Daniela Müller explica que o parece milagre logo revela efeitos colaterais devastadores. “Quem conhece alguém que já tomou inibidores de apetite sabe que uma das maiores reclamações é o efeito rebote. O paciente, sem fome, reduz drasticamente a ingestão de calorias e perde peso rapidamente”, conta. Ela ainda acrescenta, pontuando a importância de não interromper o tratamento. “Na maioria das vezes, os ponteiros na balança tendem a subir ainda mais. Em vez de perder peso, a médio prazo, o paciente acaba é ganhando”. Além disso, segundo a farmacêutica, esse tipo de medicamento pode induzir a doenças cardiovasculares e transtornos psicológicos, já que essas substâncias afetam diretamente o sistema nervoso central. Para se ter ideia, os prejuízos são tão grandes que o manzidol está suspenso nos Estados Unidos e na Europa desde 1999. O femproporex, por sua vez, jamais foi autorizado nos Estados Unidos e está banido da Europa também desde 1999. A anfepramona ainda é permitida nos Estados Unidos, mas está proibida na Europa. “Ter um corpo saudável requer cuidados com alimentação e atividade física permanentes. Lógico que há produtos que atuam como importantes coadjuvantes nessa luta, como é o caso dos suplementos alimentares nutracêuticos. Baseados em pesquisas científicas e novas tecnologias, eles são compostos por extratos de plantas, frutas, algas e sementes com princípios ativos capazes acelerar o metabolismo de forma natural e muito mais saudável”, recomenda Daniela Müller. Como não são “milagres” da poderosa indústria farmacêutica, esses suplementos tem resultados um pouco mais lentos que as anfetaminas, porém com a vantagem de ser uma eliminação permanente e não uma perda momentânea. Se com anfetamina um paciente consegue emagrecer cerca de dez quilos por mês, com os nutracêuticos associados à uma pequena reeducação alimentar e uma curta rotina de exercícios físicos, é possível eliminar de forma definitiva em torno de cinco quilos por mês. Para Müller, o caminho pode ser mais longo, mas a recompensa, sem dúvida, é muito maior. “O paciente ganha saúde e não apenas perda de peso. Com simples mudanças de hábito é possível ganhar não apenas um corpo mais bonito como muito mais saudável, livre dos efeitos colaterais das anfetaminas. Quando as pessoas finalmente entenderem que saúde se conquista no dia a dia, esse tipo de medicamento não terá espaço nas casas de quem procura qualidade de vida de verdade”, pontua.

Inibidores de apetite: efeitos colaterais são maiores do que a perda de peso Read More »

Representantes buscam soluções para empréstimos ao Estaleiro Atlântico Sul

RIO - O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, assegurou na sexta-feira passada (07.07) ao governador Paulo Câmara que a instituição financeira federal encontrará soluções para os empréstimos ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS), essenciais para o planejamento de curto e médio prazo do polo naval instalado no Complexo Portuário de Suape. "Viemos defender os empregos de mais de 6 mil pernambucanos e também o investimento que foi feito para receber o polo naval. Temos hoje uma mão de obra altamente qualificada, de nível mundial e que tem respondido a todos os desafios que são colocados. Por tudo isso o Atlântico Sul é uma âncora do pólo metalomecânico, essencial para o desenvolvimento de nosso Estado", afirmou Paulo. O governador esteve na sede do BNDES com o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry, o secretário de Planejamento e Gastão, Márcio Stefanni, e o deputado federal Fernando Monteiro. O polo naval de Pernambuco tem como principais empresas o EAS e o Estaleiro Vard Promar. Juntos, eles geram mais de 6 mil empregos diretos. De acordo com Paulo Câmara, as equipes técnicas do BNDES e do EAS também se reuniram nesta sexta-feira para construir um acordo que possibilite à instituição financeira efetuar os repasses de recursos do empréstimo obtido em 2009. "Nossa posição é na defesa de encontrar uma solução técnica que proteja os interesses do BNDES, mas também assegure a continuidade desse novo segmento da economia de Pernambuco, gerador de renda e de empregos de alta qualificação", argumentou o governador de Pernambuco. (Governo do Estado de Pernambuco)

Representantes buscam soluções para empréstimos ao Estaleiro Atlântico Sul Read More »