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Artesãs do Artesanato Cana-Brava na Fenearte 2017

A produção do Artesanato Cana-Brava, localizada na praia de Ponta de Pedras, em Goiana, é ampliada e diversifica os produtos para apresentar novas linhas exclusivas na 18ª edição da Fenearte, que acontece entre os dias 6 e 16 de julho, no Centro de Convenções. Para encontrar os produtos, as artesãs estarão no estande 182. Além das tradicionais cestas inspiradas no "covo", uma espécie de caixa retangular utilizada na pescaria artesanal da região, o coletivo, formado unicamente por mulheres, apresenta variadas peças decorativas à base de papel reciclável, e artigos para casa e moda de estamparias influenciados pelo dia-a-dia da praia. As artesãs recebem apoio do laboratório de design da UFPE, o Imaginário, que atua na transformação da atividade artesanal num modo de vida sustentável através de ações geradores de trabalho, renda e inclusão social, com moradores de diversas comunidades de baixo IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Para a coleção deste ano, um dos destaques são as almofadas com estampa peixes e acabamento com detalhes em coco. Nos produtos à base de papel reciclado, resultado de uma pesquisa com materiais encontrados localmente, desenvolvidos pela pesquisadora Suzana Azevedo, colares, frutas e quadros. Com o apoio do laboratório de design desde 2003, a comunidade praieira de Ponta de Pedras, atua diariamente em salas no Centro Cultural José Romualdo Maranhão. O local leva desenvolvimento à região, que é rota de turismo, e serve hoje a diversos grupos produtores de artesanato.A produção do Artesanato Cana-Brava, localizada na praia de Ponta de Pedras, em Goiana, é ampliada e diversifica os produtos para apresentar novas linhas exclusivas na 18ª edição da Fenearte, que acontece entre os dias 6 e 16 de julho, no Centro de Convenções. Para encontrar os produtos, as artesãs estarão no estande 182. Além das tradicionais cestas inspiradas no "covo", uma espécie de caixa retangular utilizada na pescaria artesanal da região, o coletivo, formado unicamente por mulheres, apresenta variadas peças decorativas à base de papel reciclável, e artigos para casa e moda de estamparias influenciados pelo dia-a-dia da praia. As artesãs recebem apoio do laboratório de design da UFPE, o Imaginário, que atua na transformação da atividade artesanal num modo de vida sustentável através de ações geradores de trabalho, renda e inclusão social, com moradores de diversas comunidades de baixo IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Para a coleção deste ano, um dos destaques são as almofadas com estampa peixes e acabamento com detalhes em coco. Nos produtos à base de papel reciclado, resultado de uma pesquisa com materiais encontrados localmente, desenvolvidos pela pesquisadora Suzana Azevedo, colares, frutas e quadros. Com o apoio do laboratório de design desde 2003, a comunidade praieira de Ponta de Pedras, atua diariamente em salas no Centro Cultural José Romualdo Maranhão. O local leva desenvolvimento à região, que é rota de turismo, e serve hoje a diversos grupos produtores de artesanato.

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Confiança dos micro e pequenos empresários tem queda de 5,8% em junho, apontam SPC Brasil e CNDL

O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICMPE) registrou 46,9 pontos em junho, segundo dados apurados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na comparação com maio, houve um recuo de 2,9 pontos ou, em termos percentuais, uma queda de 5,8%. Na variação anual, porém, supera os 42,9 pontos de junho do ano passado. O indicador varia de zero a 100, sendo que quanto mais acima de 50 pontos, maior é a confiança; quanto mais abaixo, maior a desconfiança. Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o fato de a queda coincidir com a abertura de um novo capítulo da crise política é algo que merece atenção. “Ao longo dos últimos anos, a sondagem mostrou que a crise política é fator sempre relevante para justificar o pessimismo com o futuro da economia. Havendo o aprofundamento do impasse político e, por consequência, o adiamento das reformas estruturais, corre-se o risco de a confiança voltar ao patamar do auge da crise, adiando ainda mais a recuperação econômica”, analisa. O Indicador de Confiança é composto pelo Indicador de Condições Gerais e pelo Indicador de Expectativas. Por meio da avaliação das condições gerais, busca-se medir a percepção dos micro e pequenos varejistas e empresários de serviços sobre os últimos seis meses. Já através das expectativas, busca-se medir o que se espera para os próximos seis meses. Para 67% dos MPEs, economia piorou muito nos últimos seis meses O Indicador de Condições Gerais, que avalia o retrospecto do micro e pequeno empresário sobre o desempenho de suas empresas e da economia nos últimos seis meses, atingiu 32,2 pontos em junho, ante 34,5 pontos em maio. Como o índice segue abaixo do nível neutro de 50 pontos, significa que para a maioria dos micro e pequenos empresários a situação econômica do país e de suas empresas vem piorando com o passar do tempo. Na abertura do indicador, tanto a avaliação dos negócios quanto a da economia apresentaram crescimento na variação mensal. No primeiro caso, passou de 37,1 pontos para 35,4 pontos na escala. Já para o desempenho recente da economia, a mudança regrediu de 31,9 pontos para 29,0 pontos. Em termos percentuais, a sondagem mostra que para 67% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços a economia piorou ou piorou muito, enquanto só 10% consideram ter havido melhora. Com os negócios, uma proporção menor julga ter havido piora (53%), mas ainda assim os empresários que têm essa percepção compõem a maioria. Entre os empresários que avaliaram que a situação de seu próprio negócio piorou nos últimos seis meses, 66% identificou a piora com a queda das vendas. Em seguida, 13% dizem que a situação de seu negócio piorou em razão do aumento dos preços de insumos ou produtos, e 8% alegam atuar em um ramo que está em baixa. Além desses, 6% mencionam o crescimento da inadimplência. 41% estão confiantes com o futuro da economia 40% acreditam que o faturamento irá crescer nos próximos 6 meses O Indicador de Expectativas, que serve de termômetro para avaliar o que o empresário aguarda para o futuro, também apresentou variação negativa na comparação mensal: 58,0 pontos em junho, ante 61,3 pontos em maio. Comparando com junho de 2016, quando marcara 57,4, o indicador ficou estável. Quatro em cada dez (41%) micro e pequenos empresários estão, de algum modo, confiantes com o futuro da economia brasileira. Quando essa análise detém apenas a realidade da sua empresa, o índice é maior e chega a 53% dos empresários consultados. O percentual de pessimistas com a economia e com os negócios é de 24% e de 14%, respectivamente. A confiança dos empresários no desempenho da economia, entretanto, não é explicada na maior parte dos casos: 41% empresários que se dizem confiantes para os próximos seis meses dizem não saber a razão de seu otimismo, apenas acreditam que coisas boas irão acontecer – há também 21% que acreditam que a crise política será resolvida e 14% que observam sinais de melhora no cenário macroeconômico. Entre os que estão otimistas com o próprio negócio, 37% também não sabem a razão, 22% acreditam que é devido à boa gestão do próprio negócio e 14% estão investindo para enfrentar a crise. A maior parte dos empresários acredita que o faturamento das suas empresas deve se manter estável nos próximos seis meses (45%) – 40% acreditam que deve aumentar e apenas 8% acreditam que suas receitas cairão. Entre os que esperam crescimento, 32% não sabem apontar a razão do otimismo, enquanto 20% creditam a melhora à busca de novas estratégias de vendas e 16% afirmam ter melhorado a gestão da empresa. Metodologia O Indicador e suas aberturas mostram que houve melhora quando os pontos estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais “melhoraram muito”.  

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Petrobras reduz preço do gás de cozinha em 4,5%

A Petrobras reduziu em 4,5%, em média, os preços do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, para uso residencial envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg (GLP P-13). O reajuste entra em vigor à meia-noite. O último reajuste para o gás de cozinha foi anunciado há menos de um mês, no dia 8 de junho. De acordo com a estatal, a alteração não se aplica ao GLP destinado ao uso industrial e comercial. A Petrobras informou que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor e vai depender de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores. O ajuste foi aplicado sobre os preços praticados sem incidência de tributos. Pelos cálculos da companhia, caso seja repassado integralmente ao consumidor, o preço do botijão de GLP P-13 pode ser reduzido, em média, em 1,5% ou cerca de R$ 0,88 por botijão. Isso ocorrerá se forem mantidas as margens de distribuição e de revenda e as alíquotas de tributos. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) considerou como positiva a flutuação de preços no mercado brasileiro de GLP, mas ressaltou, em nota, que o ajuste anunciado hoje (4) “ainda deixa o preço praticado pela Petrobras para as embalagens até 13 quilos aproximadamente 18% abaixo do preço de paridade internacional, o que inibe investimentos privados em infraestrutura no setor de abastecimento”. Ontem a Petrobras tinha anunciado a redução média de 5% nos preços de comercialização às distribuidoras do GLP [gás liquefeito de petróleo] destinado aos usos industrial e comercial, que entrou em vigor nesta terça-feira. Para este reajuste, a companhia informou que o motivo principal foi a queda das cotações do produto no mercado internacional. (Agência Brasil)

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Mercado de trabalho para jovens reaquece e cria 73 mil vagas em maio

O mercado de trabalho para os jovens está reaquecendo e novas oportunidades de emprego estão surgindo, segundo o Ministério do Trabalho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de 1,24 milhão de contratações em maio, 611,42 mil foram de trabalhadores com até 29 anos. Como resultado, a diferença entre admissões e desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para essa faixa etária. Segundo o Ministério do Trabalho, esta não foi a primeira vez que a criação de empregos para trabalhadores jovens teve um desempenho positivo no Caged. De janeiro a maio, o grupo de trabalhadores de até 24 anos teve saldo positivo de 320,55 mil vagas formais de trabalho. O saldo entre admitidos e demitidos de todas as faixas etárias nesses cinco meses chegou a 25,23 mil vagas, ou seja, 12 vezes menor. No acumulado dos últimos 12 meses, quando o saldo geral foi negativo em 887,62 mil vagas, a criação de vagas para os mesmos trabalhadores de até 24 anos apresentou saldo positivo de 545, 91 mil vagas. “Embora as faixas etárias mais elevadas ainda não tenham apresentado saldos positivos de emprego, a forte presença dos jovens na geração de empregos formais deve ser comemorada, considerando as dificuldades que esse grupo enfrenta no mercado de trabalho”, informou o ministério, em nota, citando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta que, no 1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação dos trabalhadores entre 18-24 anos foi 28,8%, o dobro da média nacional (13,7%). Atividade econômica Dos oito setores de atividade econômica, seis deles concentram os maiores saldos positivos de emprego para jovens dos 18 aos 24 anos, segundo o ministério. Só o setor de serviços, em maio, abriu 21,8 mil vagas formais para esses trabalhadores. Na indústria da transformação, foram 12,6 mil, e no comércio, 11,8 mil postos. Também tiveram desempenho positivo para esta faixa etária, a construção civil, com saldo de mil postos; os serviços de utilidade pública, com cerca de 400; e a extrativa mineral, com 165 vagas a mais. O estado que mais empregou jovens em maio foi São Paulo, com a criação de 26.861 vagas formais para trabalhadores com até 29 anos. A maioria, 20.123, tinha entre 18 e 24 anos. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com um saldo positivo de 14.581, sendo 10.140 para a faixa de 18 a 24. E o terceiro foi o Paraná, com saldo de 6.150. (Agência Brasil)

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Cibrew vende cerveja artesanal e insumos para a bebida

Uma loja de insumos para a produção de cerveja que também oferece uma grande diversidade de estilos da bebida artesanal. Essa é a proposta da CiBrew, que aos poucos vem caindo no gosto dos apaixonados pela “gelada”. Inaugurado há cerca de três anos, o espaço funcionava como uma loja de produtos para refrigeração chamada CiFrio. Entretanto, João Filipe Muniz, responsável pela comunicação do antigo estabelecimento, ansiava por produzir cerveja e comprar malte (produto utilizado na confecção da bebida) a preços mais módicos. Por isso, resolveu vender o insumo. “Começamos a comercializar e a fazer a nossa própria cerveja e, de repente, estávamos com o paredão montado com vários bicos (torneiras onde sai a bebida) e vendendo nosso produto”, conta Beatriz Arcoverde, uma das proprietárias do espaço. Além dela e de João Filipe Muniz, Ricardo Oliveira e Christian Cuervo administram a cervejaria e produzem as cervejas da casa. Um dos diferenciais da CiBrew é ofertar ao consumidor a possibilidade de levar a cerveja para casa num growler, recipiente de vidro, cerâmica ou alumínio utilizado para armazenar a bebida. As opções de tipos de cerveja são colocadas num quadro negro e escrito a giz, logo em cima das torneiras. No painel é informado o volume de álcool de cada estilo de cerveja, o nível de amargor, o preço no copo e no growler. Em média, cerca de 10 cervejas são colocadas à venda. A faixa dos preços varia entre R$ 8 e R$ 48, dependendo da quantidade e do tipo de bebida. Entre estilos mais procurados está a Ipa Poderosa, com 7,6% de álcool, um sabor amargo e também refrescante, custando no copo R$ 16 e no growler R$ 32. Outra alternativa é a Blond, que oferece aroma e sabor adocicado e frutado, na faixa de R$ 8 a R$ 16 e a Smoked Porter, de origem belga, com características na degustação parecidas com a da Blond, na faixa dos R$ 16 a R$ 48. Para aqueles que se lançam na produção artesanal da cerveja, a Cibrew comercializa insumos como lúpulo em embalagens de 50g, que fica na faixa de R$ 7, malte (5kg) por R$ 28,58 e equipamentos utilizados na cervejaria, como barris, na média de R$ 350 e o growler de 1 litro por R$ 30. Em seu ambiente despojado, a CiBrew realiza eventos às sextas-feiras, atraindo um público jovem e produtores de cerveja. “Trazemos bandas locais convidadas por meio de parcerias, com entrada gratuita”, informa Beatriz. Serviço CiBrew, Av. Norte, 2822 – Encruzilhada. Telefone: 3092-9294. *Por Paulo Ricardo Mendes

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Paraíba masculina, cabra macho, sim senhor! (por Marcelo Alcoforado)

O que você faria se visse uma maleta em um canto qualquer de um local público, muito movimentado? O guarda civil Sebastião Thomaz de Aquino fez o que lhe cabia: apanhou a maleta e tentou conduzi-la à seção de achados e perdidos existente no local. Não chegou ao seu destino. Deu alguns passos e a valise simplesmente explodiu. Em volta, o caos. Gritos, sangue, feridos e mortos. Naquela manhã de 25 de julho de 1966, a tragédia não se limitava somente à desclassificação na Copa da Inglaterra, ocorrida uma semana antes. Estava bem mais perto, no Aeroporto dos Guararapes. A maleta continha nada menos do que uma bomba destinada ao general Costa e Silva, então candidato a presidente da República, que viria ao Recife, mas, pelos caprichos da sorte ou por zelo de sua segurança, o avião em que viajava aterrissara em João Pessoa. O saguão do aeroporto parecia filme de terror. A morte levara o poeta e jornalista Edson Régis e o almirante Nelson Gomes Fernandes; e cerca de 15 pessoas estavam feridas, caso do guarda civil que encontrara a maleta. Teve uma perna amputada. O que os zagueiros adversários não conseguiram fazer ao longo da carreira daquele guarda, tirar com pontapés aquele jogador de campo, a luta armada conseguira. Para sempre ele estaria fora de combate. Paraíba foi um centroavante impetuoso, desses que não temem as deslealdades das defesas adversárias. Fez sucesso no Santa Cruz, no São Paulo e no futebol português, isso em um tempo em que as transações de jogadores, especialmente as internacionais, não eram corriqueiras como nos dias de hoje. Não foi um craque, é verdade, mas sempre esteve confortavelmente distante de ser um jogador qualquer. Para começar, tinha uma bomba nos pés, mas uma bomba que só fazia mal às redes adversárias e não às pessoas. Era um chute tão forte que a crônica esportiva o cognominou de O Canhão do Arruda, aludindo ao bairro da sede social e do estádio santa-cruzense. Vestindo a camisa tricolor ele fez nada menos que 105 gols em cinco temporadas, o que não é pouco, e ficou eternizado como um dos maiores nomes da história do time coral. No entardecer do dia 31 de julho, cinco dias após o aniversário da trágica explosão, o guarda civil Sebastião Thomaz de Aquino, 86 anos, foi sepultado. Já o atacante Paraíba, dedicado jogador e torcedor do Tricolor, continua vivo na lembrança dos que o viram jogar e desferir petardos que faziam a torcida explodir, mas só de alegria. Paraíba: cabra macho, sim senhor! 3x1 em cima do Timbu e 3x2 contra o Leão, sagrando-se o primeiro supercampeão do Estado, feito que se repetiu em 1976 e 1983. Na época, os três times da capital investiram forte em reforços e montaram verdadeiras seleções, tanto que, no dia 5/5/1957, o Diario de Pernambuco estampava nas suas folhas uma crônica de Fausto Neto que citava “a corrida louca e desenfreada dos clubes grandes desnorteou financeira e tecnicamente o futebol local”. Além das estrelas da equipe coral, como o treinador argentino Alfredo Gonzalez e os atletas Lanzoninho, Rudimar, Faustino, Mituca, Aldemar, Sidney e Aníbal, outros jogadores também foram importantes na conquista tricolor. O atacante Paraíba, que marcou nove tentos durante a competição, foi um deles. Sebastião Tomaz de Aquino nasceu em Ingá (PB) em 1931. Chegou ao Arruda aos 18 anos de idade e passou cinco temporadas vestindo a camisa tricolor. Logo depois se transferiu para o São Paulo, teve uma passagem pelo Salgueiro (Portugal), e voltou para o Santa, em 1957, quando conquistou seu primeiro título no clube que aprendeu a amar desde criança.

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Hermilo Borba Filho: O gênio e suas obras

Ousado, vanguardista e inovador. Essas são algumas das características entre tantas outras que poderiam definir o jornalista, advogado, escritor, crítico literário, dramaturgo, diretor, teatrólogo, tradutor brasileiro e agitador cultural que foi Hermilo Borba Filho. No dia 8 julho, ele completaria 100 anos. Apesar da sua morte, suas obras seguem imortalizadas. Natural de Palmares, do Engenho Verde, Zona Mata Sul, Hermilo formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife. O gosto pelas artes cênicas e pela escrita fez com que unisse essas duas vertentes e produzisse em vida, sete romances, duas novelas, 12 pesquisas e ensaios, além de dezenas de traduções e 23 peças. A partir dos anos 1930 até os últimos dias de vida, acumulou diversas funções. Na Sociedade de Cultura Palmeirense, por exemplo, atuou como ponto, diretor e intérprete. Participou também desenvolvendo o trabalho de ponto no extinto Grupo Gente Nossa, movimento teatral da época; traduzindo peças e atuando no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP); na direção artística do Teatro de Estudante de Pernambuco, ao lado de Ariano Suassuna. Ainda trabalhou como jornalista e diretor, e fez parte do corpo docente do curso de Teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), criando também o Teatro Popular do Nordeste (TPN), paralelamente com o Teatro Arena do Recife. Para o professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE, Anco Márcio Tenório Vieira, é neste momento que Hermilo passa a ter destaque no teatro e, consequentemente, alguns autores se desenvolvem inspirados no seu trabalho, como Ariano Suassuna. Nos seus estudos, Vieira avalia a importância do intelectual sob o ponto de vista de sua existência. “Se Hermilo não tivesse existido, como seria? O gênero artístico ficaria desequilibrado? Se a reposta for positiva, então ele é importante. Se pensarmos nele como escritor e pensador intelectual, percebe-se que a partir do seu trabalho se teve uma construção daquilo que se passou a chamar de o Teatro do Nordeste”, ressalta. Hermilo, segundo Vieira, faz parte dos intelectuais pernambucanos que têm importância não só em Pernambuco, mas também nacional. “Ele é um dos maiores encenadores da segunda metade do século 20. Traz uma leitura inteligente, instigante e inovadora do teatro. Um dos principais romancistas e novelistas da sua geração”. Entre os diferenciais de sua abordagem está a forma como constrói a estética teatral. “Borba dialoga com o romancista e dramaturgo alemão Bertolt Brecht, por meio da forma anti-ilusionista do poeta e a partir daí cria a sua própria encenação. Algo que nenhum de seus contemporâneos conseguiu fazer”, analisa Vieira. Mas, ao contrário do alemão, que realizava críticas artísticas ao desenvolvimento das relações humanas capitalistas, Hermilo, na literatura, embora fosse de esquerda, evitou abordar um viés de documentário político-sociológico, trazendo em suas obras um cunho mais memorialístico e autobiográfico. Para conhecer o multiartista Neste ano em que se comemora um século de Borba Filho, suas obras voltaram a ser discutidas e revisitadas por críticos literários, leitores e até editoras. Para o professor da UFPE e dramaturgo Luís Reis, responsável por um dos principais textos escritos sobre Hermilo, Fora de Cena, no palco da modernidade, a versatilidade da escrita do intelectual permite ao leitor conhecer a genialidade do artista a partir de suas obras. “No teatro, temos a peça A Donzela Joana e Sobrados e Mocambos, que são fundamentais para conhecer um pouco da história do País e também porque foram escritas na sua maturidade, depois de ter pisado em vários palcos”, explica. Dos ensaios, Reis indica Diálogo do Encenador. “Primeiro estudioso a se aprofundar no teatro com esse gênero literário na década de 1960”, justifica. No âmbito da cultura popular, o professor sugere Apresentação do Bumba meu boi, pois para Reis, enquanto a sociedade da época enxergava apenas como uma dança do folclore brasileiro, Hermilo já vislumbrava, nessa manifestação, uma forma de expressão artística moderna. O professor também destaca duas obras que foram reeditadas pela Cepe: a novela Os Ambulantes de Deus e a Coletânea de Contos. “São textos escritos no auge de sua sofisticação e força de entendimento humano, é pura poesia”, analisa. Anco Márcio Tenório Vieira compartilha da mesma opinião quanto às indicações de livro de Reis. “É uma boa introdução para as obras de Hermilo”, observa. Ainda acrescenta a tetralogia de romances Um Cavalheiro da Segunda Decadência: Margem das lembranças; A porteira do mundo; O cavalo da noite e Deus no pasto. Ainda indica Por um Teatro do Povo e da Terra: Hermilo Borba Filho e o Teatro de Estudante de Pernambuco, de Luiz Maurício Britto Carvalheira. “Primeiro texto sistemático sobre o intelectual e que ao mesmo tempo mostra opiniões e movimentos que marcam aquela época”, justifica.   Veja mais das comemorações do centenário: Uma semana de atividades para celebrar o centenário de Hermilo Borba Filho  

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Gestão Mais: O líder não pode se deixar enlouquecer

Muitos líderes, frequentemente, se queixam da expectativa excessiva que a sua equipe tem de ser cuidada e compreendida, especialmente em situações de maior exigência. Numa rotina puxada, num dia a dia dos mais exigentes, com grandes responsabilidades e demandas, sempre fica a pergunta: por que o gestor precisa também atender esse tipo de demanda, como se os gerenciados fossem crianças? Antes de responder à pergunta, é preciso considerar que o líder é alvo de muitas expectativas, algumas legítimas, outras descabidas. Dentre as legítimas estão as demandas por orientação, por suporte nas dificuldades, por proposição de soluções ou pelo provimento de condições adequadas de trabalho. Outras demandas, porém, são inatingíveis e expressam a suposição fantasiosa de que o líder nunca falha e é responsável por resolver todos os problemas, atendendo todos os pedidos da equipe. São expectativas infantilizadas, decerto, mas que se movimentam gerando pedidos impossíveis de atender e queixas por insatisfações diversas. Ao fim e ao cabo, em todo grupo há uma espécie de desejo inconsciente e, portanto, não intencional, de enlouquecer o gestor. É um desejo inconsciente, sem dúvida, mas efetivo no que representa de pressão sobre o líder... Por isso, preservar o equilíbrio é fundamental. Deve o gestor cumprir seu papel de mobilizar, comprometer, dar suporte e prover condições possíveis e, ao mesmo tempo, deixar claros os limites do que não é possível. Isso significa considerar alguns dos interesses legítimos da equipe, mas defender, simultaneamente, o interesse maior da organização. Quando o gestor consegue esse equilíbrio, o efeito é de admiração, respeito e confiança da equipe. E isso favorece enfrentar e realizar o maior desafio de uma liderança que é o de fazer com que as pessoas se identifiquem com o projeto da empresa e se sintam motivadas a fazer o que precisam, principalmente, porque confiam no seu líder. Um líder precisa, sim, cuidar da sua equipe, mesmo naquilo que parece imaturidade. E precisa cuidar também de si mesmo, para não se deixar enlouquecer por essas contradições inevitáveis em qualquer relacionamento, especialmente naquele que envolve diversas pessoas e seus desejos diversos.

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Pernambuco muito além da crise

O projeto Empresas & Empresários (E&E) está analisando como organizações dos principais setores produtivos de Pernambuco atravessam a recessão econômica. O Estado, que viveu quase uma década de crescimento acima da média nacional, sofreu com a crise, que afetou todo o País, e com as denúncias da Lava Jato contra a Petrobras, que foi um dos grandes players na retomada da industrialização local. Mas, em meio à tempestade, muitas companhias inovaram, abriram novos mercados e estão saindo fortalecidas. Um cenário de experiências corporativas que será estudado pelo projeto. “A pesquisa é realizada a partir de uma amostra intencional com as empresas e empresários de destaque que fazem a diferença no Estado”, explica Ricardo de Almeida, diretor-executivo da Algomais e sócio da TGI Consultoria em Gestão. A pesquisa é realizada pela TGI e pelo INTG, com a consultoria técnica da Cedes Consultoria e Planejamento. A formatação e execução da pesquisa nesta edição conta com a participação do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, que é um fórum constituído por lideranças pernambucanas que fazem a diferença nas cadeias produtivas do Estado e em movimentos sociais. Nesta edição serão analisados 15 setores (veja a lista), abrangendo desde os mais tradicionais que se renovaram – como o de moda e confecção e o sucroalcooleiro – até aqueles que passaram a integrar a economia pernambucana há pouco tempo, a exemplo de petróleo & gás, naval e offshore. “Englobamos os setores prioritários e outros que ganharam destaque mais recentemente, sempre com um olhar para apresentar os exemplos de superação da crise”, afirma o economista Écio Costa, presidente da Cedes. A indústria de automóveis é outro segmento que passou a integrar o tecido econômico pernambucano. “O setor automotivo foi contemplado recentemente com uma fábrica e seus sistemistas em Pernambuco. Hoje também conta com centrais de distribuição implantadas e tem uma grande perspectiva para atender a região Nordeste e mercado exportador”, aponta Costa. A Fiat Chrysler Automobiles, por exemplo, já destina 25% da sua produção para exportação. Boas perspectivas também estão previstas para o setor de energias renováveis (veja a matéria de capa desta edição da Algomais). “A produção energética eólica e solar é realizada por indústrias recém-desenvolvidas no Estado que vêm atendendo uma nova demanda mundial, não só brasileira. E Pernambuco está à frente disso. O setor sucroenergético é outro que busca adaptar-se às novas realidades econômicas”, avalia o economista. O choque provocado pela mudança de cenário da economia enfrentado por alguns segmentos também será pesquisado. Algumas empresas aportaram em Pernambuco com o objetivo de surfar na onda do aumento de consumo da região Nordeste. Entretanto, tiveram que se reinventar para sobreviver. “Setores inovadores que chegaram ao Estado numa realidade econômica melhor que essa em que estamos estão se adaptando a esse momento de recuperação”, sinaliza o economista. PROJETO Ricardo de Almeida destaca que pesquisa E&E é realizada desde 1990 e seu intuito é desenvolver um trabalho de natureza investigativa e mobilizadora com o meio empresarial, produzindo uma análise crítica que fica a serviço da gestão estratégica para os diversos segmentos econômicos. “Temos como objetivo identificar e mapear como as empresas estão construindo condições para chegar ao futuro e contribuindo para o desenvolvimento de Pernambuco. Além de identificar os gargalos mais críticos para cada setor e indicar as ações que estão sendo requeridas pelo empresariado ao poder público”, afirma. Nesta edição, além da análise das experiências dos setores elencados, o projeto, na sua última etapa, vai homenagear empresas que se destacaram com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco.

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Noronha rumo ao carbono zero

O uso de fontes de energia renováveis e combustíveis não poluentes está no DNA do programa Noronha Carbono Zero, que propõe redução ou compensação na ilha de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa. De acordo com o Secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, estão em funcionamento no arquipélago duas usinas solares que reduziram em 12% a emissão de gases que provocam o aquecimento global. Esse investimento diminuiu a necessidade do uso de óleo diesel pela ilha. “Em parceria com o Governo da Califórnia, estamos realizando um conjunto de articulações para atrair novos projetos na área de energia renovável, veículos elétricos e eficiência energética”, afirma Sérgio Xavier. Entre as ações previstas pela pasta estão a construção de novas usinas solares, a instalação de aerogeradores e um programa de troca de carros movidos por combustíveis fósseis por veículos elétricos. COMBUSTÍVEIS Além de Fernando de Noronha, existem outras cidades no Brasil e no mundo que implantaram uma série de políticas para mitigar mudanças climáticas e a poluição atmosférica. Várias delas estão estimulando a substituição do petróleo por outras fontes de menor impacto ambiental, de acordo com informações do Ministério de Minas e Energias, com destaque para a inserção dos veículos híbridos (flex-fuel) e elétricos na frota mundial. Methodio Varejão, professor da Devry/Faculdade Boa Viagem, avalia que o potencial de energias solar e eólica no Nordeste seria suficiente para que o uso do carro elétrico seja uma realidade no futuro. “Moramos numa região de grande potencial de geração solar e eólica. É muito mais complicado importar, explorar e refinar o petróleo do que gerar energias por essas fontes renováveis”, afirma o especialista.

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