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Palestra e exposição no Dia Mundial Sem Carro

Hoje (22/09), no dia Mundial Sem Carro, o Museu do Recife realiza a abertura da Exposição Auto Retratos e promove a uma conversa debate com Luiz Rangel (o artista responsável), Plínio Santos Filho (o curador) e o consultor Francisco Cunha. O evento começa às 19h. O exposição e o debate tem como proposta  mostrar um retrato provocador da sociedade atual, ou um “auto retrato”, como resume o expositor. Ele pinta uma cidade refém dos veículos, com poucas interações interpessoais e espaço reduzido para pedestres e ciclistas. O artista e o curador debaterão com Francisco Cunha, que é um dos militantes da mobilidade a pé na capital pernambucana, integrante do movimento Olhe pelo Recife - Cidadania a pé. O evento é gratuito e aberto ao público. A mostra fica em cartaz no Museu da Cidade do Recife, no Forte das Cinco Pontas até 2 de outubro, também com entrada franca. EXPOSIÇÃO. São nove trabalhos em óleo sobre tela, em formato quadrado, com exceção de “Reflexo”, em tamanho diferenciado (1m x 2m, retangular), que traz um olhar de futuro dentro da temática principal e aponta para a importância de espaços compartilhados. “A obra mostra o trânsito com o retrovisor de um carro simbolizando o passado, repleto de veículos, e o amanhã com outros partícipes da mobilidade: bicicletas e pedestres em perfeita harmonia”, explica Rangel.

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Carros fazem mal à saúde

Por muitas décadas, fumar representou status, charme e elegância, sendo o cigarro objeto do desejo de inúmeras gerações. Ao perceber que aproximadamente 25% da população brasileira era fumante, o Ministério da Saúde impôs, em 2002, que os representantes das marcas de cigarro adicionassem mensagens de advertência sobre as substâncias tóxicas presentes no produto e suas graves consequências à saúde. Dez anos depois da medida, essa taxa já havia baixado para 15% da população. Mas o que isso tem a ver com os automóveis? Diversos especialistas já afirmaram: os carros são o novo cigarro. Assim como aconteceu com o cigarro no passado, hoje o carro é símbolo de status, objeto visto como indispensável à vida nas cidades brasileiras. Porém, seus riscos à saúde são pouco debatidos e pouco conhecidos, já que observa-se a presença cada vez maior de veículos nas ruas por todo o Brasil. De acordo com o Observatório das Metrópoles, entre 2001 e 2014 a taxa de motorização no Brasil aumentou de 14,4 para 28,1 automóveis a cada 100 habitantes, um aumento de 95% em 15 anos. Já as Regiões Metropolitanas tiveram no mesmo período uma variação de 20,1 para 35,4 automóveis a cada 100 habitantes, aumento de 76%. O que se sabe é que tanto o cigarro quanto o carro causam dependência e possuem indústrias poderosas que defendem seu uso como escolhas individuais sob slogans que exploram o conceito de “liberdade” e tentam esconder seus riscos. A dependência do carro é um dos fatores que causa tanto a epidemia de obesidade quanto mudanças climáticas, e é sustentada por tendências culturais tais como o aumento do consumismo e individualismo. Fonte: Margaret J. Douglas, Stephen J. Watkins, Dermot R. Gorman and Martin Higgins. Are cars the new tobacco? Adaptação: Cidade Ativa Com o objetivo de alertar sobre os riscos à saúde ao se adquirir um automóvel, o Movimento Mobilize lançou a campanha Cidade Ativa Adverte. O objetivo é incentivar a presença de mensagens de advertência nos automóveis inspiradas nas embalagens de cigarro e, por isso, criamos uma série de adesivos que podem ser colados nos veículos ou pontos de tomada de decisão, como concessionárias, e que comunicam esses alertas à saúde. A campanha inspira a ideia de que um dia os carros saiam de fábrica com dispositivos que nos lembrem de todos os riscos à saúde que eles nos trazem – fatos que normalmente não nos passam pela cabeça no dia-a-dia, assim como foi feito com os cigarros. A disseminação dos riscos à saúde associados ao carro é essencial para desestimular o uso de automóveis nas cidades do Brasil. É importante mudarmos a visão de que precisamos ter um carro para ser mais felizes e bem sucedidos, de que ele nos trará maior independência e conforto nos deslocamentos. Em grande parte das viagens isso não é verdade e os efeitos colaterais para cada indivíduo e principalmente para a sociedade como um todo são muito prejudiciais à saúde das pessoas e das cidades. A primeira série de adesivos já lançada trata de quatro temas: poluição, sedentarismo, estresse e lesões por colisão. Neles, dados científicos embasam os alertas à saúde de maneira criativa e divertida. Adesivos falam dos riscos relacionados a mortes e lesões graves no trânsito, incentivo ao sedentarismo, poluição do ar. Crédito: Cidade Ativa e Estúdio Rebimboca POLUIÇÃO Todo ano, 22 mil brasileiros morrem prematuramente, em média, por exposição a poluentes, e o carro é um dos grandes responsáveis. De acordo com estudos do Dr. Paulo Saldiva, o ar de São Paulo recebe anualmente cerca de 3 milhões de toneladas de poluentes, sendo 90% deles emitidos por gases dos veículos automotores. Além disso, uma pesquisa realizada em Londres revelou que motoristas são os que ficam expostos à maior quantidade de poluição porque absorvem a fumaça produzida pelo veículo da frente, que fica presa dentro dos veículos. SEDENTARISMO Nas últimas décadas houveram grandes mudanças nos estilos de vida dos brasileiros. Muitas pessoas começaram a se deslocar em automóveis, se mudaram para locais afastados do trabalho e passaram a realizar trajetos diários maiores maiores. O aumento no uso do automóvel gerou hábitos poucos saudáveis, já que esta rotina faz com que pessoas se desloquem menos ativamente, e os números comprovam as consequências: hoje, mais de 50% dos brasileiros está acima do peso, o que agrava doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, entre outras. ESTRESSE Enfrentar diariamente o trânsito nas cidades brasileiras é muitas vezes a causa do estresse de motoristas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress revelou que é comum encontrar em pessoas já diagnosticadas com estresse outras doenças relacionadas como ansiedade, depressão, pânico, gastrite e asma ou outra doença respiratória. Além disso, especialistas afirmam que o estresse em excesso também eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca. Uma maneira de promover a diminuição do estresse é a prática de atividade física, que pode ser realizada nos deslocamentos diários como alternativa ao transporte individual motorizado. LESÕES POR COLISÃO Segundo o Ministério da Saúde, 45 mil pessoas morrem todos os anos por envolvimento em acidentes de carro. Dentro desse número, aproximadamente 20 mil pessoas são mortas por atropelamento. Além dos números alarmantes de fatalidades, há ainda consequências na economia e no sistema de saúde no país, já que pessoas que sofreram acidentes ocasionados por veículos automotores ocupam 55% dos leitos hospitalares e cada vítima não fatal custa R$ 90.000,00 para o governo. Além disso, o medo de atropelamentos acaba sendo uma das razões para proibir crianças de brincarem do lado de fora e escolher o carro como transporte até a escola, impulsionando a deterioração da teia social, da interação e cuidado com os demais e com o espaço urbano. Apesar de todos os argumentos, muitos podem alegar que as cidades, hoje, não nos oferecem alternativas ao transporte individual motorizado: temos muitos bairros, ou quase cidades inteiras, que foram planejadas para os carros no Brasil, seguimos modelos de urbanização equivocados e, ainda por cima, damos muitos subsídios à indústria automobilística. No entanto, algumas cidades já têm focado esforços em diversificar as opções

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Conheça 3 apps que ajudam na mobilidade urbana

Entre os dias 18 e 25 de setembro, é celebrada a Semana da Mobilidade no Brasil, que visa trazer reflexões sobre a forma como nos deslocamos no país. Ainda na semana, mais precisamente no dia 22, hoje, é o Dia Mundial Sem Carro, maior manifestação no ano da vontade de uma parte da população de estabelecer uma nova ordem de mobilidade urbana. O mesmo estudo mostrou que mais da metade dos entrevistados responderam "com certeza" quando questionados se deixariam de utilizar o carro pessoal se houvesse uma melhor alternativa. Com tantos indícios favoráveis à necessidade de se buscar um novo modelo de mobilidade urbana nas metrópoles, preparamos uma lista com 3 aplicativos que podem ser aliados nessa verdadeira guerra contra o tempo perdido no trânsito. TRAFI (www.trafi.com) Disponível para iOS e Android, o TRAFI carrega o espírito da Semana da Mobilidade porque te faz escolher as rotas mais rápidas para chegar onde deseja utilizando o transporte público. Com ele, você nunca mais precisará passar por aquela angústia de observar todas as linhas de ônibus passando em frente ao ponto que você está parado, sem saber onde está seu ônibus e por que ele não chega. O TRAFI mostra em tempo real onde está passando o ônibus que você espera e até mesmo atrasos de minutos são incorporados pelo moderno sistema de machine learning do aplicativo. Fundado na Lituânia, o TRAFI ganhou fama no Brasil depois de ser escolhido para ajudar a planejar o transporte público da Cidade Olímpica, durante as Olimpíadas do Rio. Pelo app, o usuário busca rotas, recebe tabelas de horários do transporte público e modais, acessa o feed de notícias e reports de outros usuários. Likeways (https://itunes.apple.com/gb/app/likeways/id1054718491?mt=8) Disponível para iOS, o app mostra trajetos mais estimulantes para quem prefere andar a pé e explorar melhor o que a cidade pode oferecer. O aplicativo também pode ajudar turistas, interessados em transformar uma simples caminhada em uma nova forma de conhecer melhor as atrações da região Strava (www.strava.com) Se você prefere curtir a cidade sobre duas rodas, o Strava é o app ideal. Ele mapeia os melhores e mais usados caminhos para ciclistas e traz outras funcionalidades, como conferir distâncias e frequência cardíaca e participar de desafios com seus amigos. Disponível para iOS e Android.

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FPS lança cartilha pelo Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Em comemoração ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21/09), a Faculdade Pernambucana de Saúde, através do NAI - Núcleo de Acessibilidade e Inclusão realiza nesta semana a ação “Sentindo na Pele” que simula algumas das dificuldades que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida encontram diante de barreiras arquitetônicas e atitudinais. A ideia é que estudantes e colaboradores aumentem a percepção e consciência de entraves que pessoas com alguma limitação sentem, seja na parte de comunicação ou locomoção física. Para marcar a data, a instituição também disponibilizou uma cartilha que pode ser baixada no site da FPS (www.fps.edu.br/acao-sentindo-na-pele/09/2016), como forma de disseminar cada vez mais o conhecimento e diminuir as diferenças. Na Faculdade Pernambucana de Saúde, existem 12 profissionais com algum tipo de deficiência no corpo administrativo. A coordenadora de Recursos Humanos da FPS, Mônica Andrada, explica que a maioria são deficientes auditivos, e a instituição contratou um intérprete de LIBRAS para facilitar a comunicação. Toda a estrutura física é acessível, com rampas, piso tátil e comunicação em braile. A FPS também promove semestralmente cursos gratuitos de Libras – Língua Brasileira de Sinais tanto para público interno quanto externo além de ofertar o módulo optativo para os estudantes. Essa importância de ampliar a comunicação, além do dia a dia, é fundamental para profissionais na área de saúde. O conhecimento de Libras viabiliza um atendimento inclusivo, pela comunicação correta com o paciente, que passa a ser melhor entendido e diagnosticado. Daí a visão mais ampla da FPS em oferecer esse curso a alunos, tutores e colaboradores. Sala de Recursos Multifuncionais No fim de agosto, a FPS inaugurou um novo espaço dentro do Campus, a Sala Multifuncional. O espaço dispõe de quatro equipamentos de tecnologia assistiva, que facilitam a habilidade da pessoa com deficiência visual para o acesso aos estudos. São eles: Ampliador de caracteres, linha braille, teclado ampliado com fios e digitalizador e leitor automático (scanner de voz). A Sala Multifuncional fica na Biblioteca da FPS disponível para estudantes e colaboradores.

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Mamam sedia mostra de um dos principais prêmios de arte contemporânea

O Prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas encerra a 5ª edição no Recife, cidade natal do galerista que dá o nome à premiação. Os cinco vencedores do prêmio, Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA), terão as obras expostas no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), de 28 de setembro a 27 de novembro, encerrando a etapa itinerante da exposição. A visitação é gratuita. Também estarão expostas nesse mesmo período as obras da homenageada dessa edição, a artista Amelia Toledo. O visitante poderá conhecer ainda o projeto de curadoria vencedor da 5ª edição do prêmio: a mostra “Zona de Perigo”, do goiano Divino Sobral, que tem trabalhos de 12 artistas brasileiros com suas visões sobre criminalidade, violência, segurança e justiça. O Recife, além de ser um dos mais importantes polos brasileiros de cultura e arte contemporânea, é uma das referências da premiação, segundo o curador do prêmio, Marcus Lontra: “Primeiro, o fato de o Marcantonio Vilaça ser natural da cidade. Também é fato que Pernambuco é uma referência e base da atividade artística no Brasil desde o início da pintura brasileira, com Frans Post retratando Olinda e Recife. Desse modo, podemos dizer que a paisagem pernambucana é a base de toda a pintura brasileira”, ressalta. Lontra também destaca a atividade modernista da cidade, com nomes como Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro. “Recife é, definitivamente, um local onde o debate do contemporâneo se dá de maneira intensa”, diz. Pai de Marcantonio Vilaça, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça lembra da importância do filho na divulgação de artistas brasileiros no país e no exterior. Ele lembra as influências que o levaram a ser um grande nome da arte contemporânea brasileira. “Ele foi educado sempre com uma atenção voltada às artes plásticas, seja com artistas ceramistas pernambucanos, seja frequentando galerias de arte. Hoje esse reconhecimento de seu legado é algo que traz um conforto”, afirma. Mamam - o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) foi criado em 24 de julho de 1997, data em que foi concedido o estatuto de Museu à antiga Galeria Metropolitana de Arte Aloisio Magalhães. Seu nome homenageia o artista plástico, designer e ativista cultural pernambucano. Está instalado em um antigo casarão do século XIX e possui sete salas de exposição, biblioteca especializada em arte moderna e contemporânea, reserva técnica, sala de atividades educativas, sala de administração, auditório, café e depósito para acomodação de material museográfico.

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Aprendiz Legal: CIEE oferece 2 mil vagas

As 2 mil vagas abertas pelo CIEE para o programa Aprendiz Legal esta semana, em todo o País, são voltadas a jovens com idade entre 14 e 24 anos que tenham concluído ou estejam cursando o ensino fundamental ou médio. A contratação possibilita o ingresso no mercado de trabalho, com carteira assinada por prazo máximo de dois anos e recebam capacitação teórica na área que vão atuar. Os cursos de capacitação teórica ministrados pelo CIEE são oferecidos em diversas modalidades. Os interessados podem ter mais informações e se candidatar gratuitamente às vagas pelo site www.ciee.org.br. O CIEE também oferece uma série de benefícios adicionais gratuitos aos aprendizes como: lanches, palestras, oficinas, passeios culturais, atividades esportivas, apoio de assistentes sociais que interagem com as famílias dos jovens e com as empresas, entre outros. “Este é um bom momento para o jovem se inserir nesse programa que une a prática realizada dentro das corporações à capacitação teórica na área específica de atuação, ministradas no CIEE, com material didático desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho, nossa parceira no programa. Além de ganhar experiência e conhecimento, o salário recebido o ajudará a custear as despesas escolares e atuar com uma jornada máxima de seis horas por dia”, afirma Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Conselho de Administração do CIEE.

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Um terço dos idosos aposentados ainda trabalha

Além de ver a expectativa de vida aumentar nos últimos anos, um número elevado de brasileiros continua trabalhando mesmo após a aposentadoria. A constatação é de uma pesquisa realizada em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com idosos acima de 60 anos. De acordo com o levantamento, Mais de um terço (33,9%) dos idosos que já estão aposentados continuam exercendo alguma atividade profissional. O destaque fica por conta dos profissionais autônomos (17,0%), trabalhadores informais ou que fazem bicos (10,0%) e profissionais liberais (2,1%). Os que ainda atuam como funcionários da iniciativa privada, contudo, são apenas 1,7% do total de entrevistados. Considerando os aposentados que tem entre 60 e 70 anos, o percentual dos que trabalham sobe para 42,3%. A decisão de seguir trabalhando a esta altura da vida está relacionada, principalmente, à necessidade financeira, embora essa não seja a única razão. A principal justificativa é o complemento da renda, uma vez que a aposentadoria não é o suficiente para pagar as contas (46,9%). Dois em cada dez (23,2%) idosos continuam trabalhando para manter a mente ocupada e 18,7% para se sentirem pessoas mais produtivas na sociedade. Há ainda 9,1% dos idosos que alegaram não ter parado de trabalhar para poder ajudar os familiares financeiramente. IDOSOS QUE TRABALHAM SENTEM SATISFAÇÃO E ORGULHO POR CONTINUAREM ATIVOS O fato de ainda trabalharem mesmo sendo aposentados gera sentimentos positivos em 70,7% dos idosos como satisfação pessoal (38,8%) e orgulho (19,7%). Para os que avaliam o trabalho nessa idade como algo negativo (28,3%), os sentimentos mais compartilhados são o de indignação (9,3%) e cansaço (8,1%). A ampla maioria dos idosos (76,1%) até consegue se satisfazer financeiramente com a renda que possui, mas em 42% dos casos trata-se da "conta certa". Ou seja, o dinheiro serve apenas para cobrir os gastos mais importantes. Em sentido contrário, quase um quarto (23,4%) dos idosos entrevistados admitem que com a renda atual não conseguem atender todas as suas necessidades. Ainda assim, 9 em cada 10 (95,7%) idosos contribuem ativamente para o sustento financeiro da casa, sendo que em mais da metade dos casos (59,7%) eles são os principais responsáveis. De modo geral, a aposentadoria e o recebimento de pensão (74,6%) são a principal fonte de renda dos idosos brasileiros, neste caso incluindo aqueles que estão aposentados ou não. 35% CHEGARAM A APOSENTADORIA SEM TEREM SE PREPARADO Um dado preocupante do estudo e que, em certo modo, explica o fato de tantos idosos ainda se sentirem na necessidade de trabalhar, é 35,1% dessa população acima de 60 anos chegaram a terceira idade sem ter se preparado para a aposentadoria. No caso das mulheres e dos idosos das classes C, D E, o percentual é ainda maior: 39,5% e 41,5%, respetivamente. Seis em cada dez (61,5%) idosos entrevistados fizeram algum tipo de preparo e as principais atitudes foram a contribuição compulsória do INSS pela empresa em que trabalhavam (40,8%) e o pagamento do INSS por conta própria (17,4%). Uma parcela reduzida de apenas 8,4% teve o cuidado de investir na previdência privada. Outros tipos de preparo ainda mencionados, mas com menos intensidade, foram o depósito na poupança (4,5%) e o investimento em imóveis (4,4%) - neste último caso, não se leva em consideração o imóvel em que o entrevistado reside. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “é sempre importante lembrar que a contribuição compulsória para o INSS via empresa não pode ser considerada uma preparação suficiente para atravessar a terceira idade sem grandes dificuldades. Contar somente com a previdência pública é algo bastante temerário e que deve ser evitado”, alerta a economista. A maior parte dos idosos que se prepararam para uma aposentadoria tranquila disse que o fizeram por serem pessoas precavidas (31,6%). Há ainda aqueles que foram intuitivos e tiveram a iniciativa por conta própria, sem contar com a influência de terceiros (15,0%) e os idosos que se prepararam porque viram casos de pessoas próximas que não tiveram o mesmo cuidado e acabaram passando por momentos difíceis neste estágio da vida (12,3%). Quando indagados se o padrão de vida que possuem atualmente é melhor ou pior do que quando eles tinham 40 anos, a população idosa mostra-se dividida, com uma leve vantagem para os mais otimistas. Quatro em cada 10 (39,6%) IDOSOS AVALIAM VIVER MELHOR HOJE DO QUE NO PASSADO, enquanto 32,3% acreditam que a passagem do tempo também trouxe piora nas condições de vida, sentimento presente com mais força entre os idosos que pertencem à classe C (36,1%). De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros impõe uma série de mudanças nos hábitos financeiros. “Com as pessoas vivendo cada vez mais e fazendo planos para novas conquistas, torna-se fundamental estar preparado financeiramente para essa nova fase. Além disto, os tratamentos de saúde são onerosos e costumam aumentar com a terceira idade”, afirma Vignoli. QUATRO EM DEZ IDOSOS NÃO CONTROLAM AS FINANÇAS; 11% DELEGAM A FUNÇÃO A TERCEIROS A pesquisa do SPC Brasil também investigou os hábitos de vida financeira dos idosos brasileiros e descobriu que APENAS 42,7% ADMITEM FAZER UM CONTROLE SISTEMÁTICO DE SUAS FINANÇAS PESSOAIS, adotando métodos como anotações regulares em caderno (33,8%), uso de planilhas (7,9%) ou de aplicativos digitais (1,0%). Os idosos desatentos com o orçamento somam 45,9% do total da amostra, sejam porque usam métodos pouco confiáveis como fazer tudo de cabeça (32,1%) ou simplesmente por não terem qualquer tipo de controle daquilo que é gasto (13,8%). A pesquisa mostra ainda que 11,5% DOS IDOSOS DELEGAM A TERCEIROS A TAREFA DE CUIDAR DAS FINANÇAS. Para quem não controla o fluxo de receitas e despesas, as principais razões são não ver necessidade ou importância nessa tarefa (33,6%), seguido da falta de hábito e de disciplina (14,8%). O desconhecimento é citado por somente 9,1% da amostra de idosos entrevistados. Gastos com alimentação (82,9%), compromissos com serviços de luz (73,6%) e telefonia (47,2%), além de despesas com produtos de higiene (44,0%) e saúde, tais como remédios, exames e médico (41,2%) são os mais frequentes entre os brasileiros que têm acima de 60 anos, de acordo com o levantamento. DIMINUIÇÃO DA RENDA E EMPRÉSTIMO DE NOME FAZ IDOSO ATRASAR CONTAS E FICAR INADIMPLENTE Nos últimos 12 meses, 3 em cada 10 (30,1%) idosos brasileiros deixaram de pagar ou pagaram alguma conta com atraso - principalmente as de luz (13,9%), cartão de crédito (7,5%), telefone (6,9%) e água (6,7%). O índice é semelhante ao percentual de pessoas acima de 60 anos

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Nextel cria 2 mil vagas em PE. Saiba onde

De olho no já reconhecido engajamento dos nordestinos, a Nextel acaba de criar duas mil novas vagas de atendimento ao cliente em Jaboatão dos Guararapes, município do estado de Pernambuco, por meio de uma empresa parceira. Com negociação de R$ 80 milhões, a iniciativa trouxe outras vantagens para a região já que o serviço não é comum no local. Hoje existem apenas duas empresas que prestam serviço de atendimento ao cliente por telefone em Jaboatão dos Guararapes. Os demais estão na cidade de Recife e Olinda. “O município de Jaboatão foi escolhido também por ter oferta de mão de obra abundante e com qualidade diferenciada. A taxa de absenteísmo e turnover, por exemplo, é 50% menor em relação a São Paulo”, afirma diz Jorge Braga, vice-presidente de Operações da Nextel. “Além disso, a cultura nordestina contribui para aumentar o nível de atendimento, porque os funcionários da região são extremamente engajados e corteses”. A pesquisa de satisfação do consumidor da Nextel do mês de julho mostra que, numa escala de 0 a 5, o atendimento em Jaboatão ganhou nota de 4,16 com 80% de respondentes que acionaram o SAC (versus 3,75 em São Paulo). A cidade ainda dispõe de fácil locomoção e acesso, já que possibilita que as instalações tenham proximidade estratégica entre o Porto de Suape, principal polo de desenvolvimento do Estado, e Recife. O processo de implementação, que teve início em 1º de março, se encerrou no final do mês de junho. Os interessados em buscar vagas devem ligar para (81) 3974-7801 ou enviar o currículo para tivitrecifecontrata@tivit.com.br

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Candidatos participam do desafio intermodal

A quinta edição do Desafio Intermodal de Recife, que acontece nesta próxima terça (20), com saída do Marco Zero, no Centro do Recife, a partir das 18h, e chegada na praça de Casa Forte, na frente da Igreja Matriz de Casa Forte, conta com a participação dos candidatos à Prefeitura da capital pernambucana Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL), João Paulo (PT), Priscila Krause (DEM) e Simone Fontana (PSTU). O prefeito do Recife, Geraldo Júlio, atualmente candidato a reeleição pelo PSB, não aceitou o convite de participação no evento. O Desafio Intermodal, realizado já há cinco anos no Recife, tem o objetivo de reproduzir um percurso comum para os recifenses no horário de pico e assim lançar uma reflexão com base nos dados de tempo de deslocamento, custo financeiro, emissão de poluentes e gasto calórico. O candidato Daniel Coelho fará o percurso a pé, Priscila Krause usará o Uber, Edilson Silva irá pedalar no desafio. A candidata Simone Fontana fará o trajeto de ônibus, enquanto Carlos Augusto irá de carro e João Paulo de táxi.

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Planejamento de longo prazo na pauta municipal

Em 2037 a cidade do Recife completa 500 anos. A data de nascimento da mais antiga das capitais brasileiras está sendo usada para inspirar planejamentos de longo prazo – um contraponto à cultura política brasileira de elaborar planos até a próxima eleição. LEIA MAIS: Propostas para o Centro Histórico Prefeituráveis opinam sobre a mobilidade Candidatos discutem o Rio Capibaribe Ordenamento urbano na pauta dos candidatos Para construir algum trabalho nesse sentido, o candidato Edilson Silva defende que é preciso valorizar o quadro técnico de urbanismo, a participação popular e a transparência dos processos. "Temos como prioridades a melhoria das condições de habitabilidade, a urbanização e o saneamento de áreas de interesse social e a redução do déficit habitacional. Além disso, queremos promover a moradia nos bairros centrais, desenvolver novas centralidades urbanas e estimular o uso misto de edifícios, ampliando as possibilidades de comércio e serviços". Ele sugere como temas a serem combatidos o déficit habitacional de 62 mil famílias. O disciplinamento das atividades econômicas em sintonia com a ocupação do solo são as diretrizes apontadas por Carlos Augusto. "Iremos recuperar a qualidade ambiental dos bairros centrais para que as pessoas possam voltar a morar nestes locais, perto de onde trabalham e estudam. Isto permite uma substancial redução dos chamados "custos de deslocamento", com melhoria da qualidade de vida e implicações na produtividade do trabalho. Além disso, cada bairro possui especificidades que lhe conferem vantagens ou desvantagens em determinados usos. A integração das redes de transporte também contribuem para uma maior sensação de bem-estar". Sobre o planejamento de longo prazo, Priscila Krause defende: "Incorporar a integração do planejamento territorial com a mobilidade, para a elaboração da legislação do uso do espaço urbano, no que se refere ao zoneamento e parâmetros urbanísticos, com ênfase no adensamento de corredores de transporte e centros de bairros, terminais de integração, estações do Metrô e de navegabilidade do Rio Capibaribe". Daniel Coelho destaca a necessidade de criar um plano de crescimento urbano da cidade, um plano diretor que integre a questão da mobilidade, considerando os aspectos sociais, culturais e ambientais de cada região. "A cidade não pode parar seu crescimento urbano, mas tem que fazê-lo de forma a respeitar a sociedade como um todo. É muito importante que o planejamento financeiro, principalmente no início de novas obras, seja feito com a certeza de que aquilo que irá começar será concluído". João Paulo critica a falta de continuidade as obras de gestões anteriores, que em sua opinião é uma regra geral das gestões públicas. "A prefeitura precisa ter políticas de Estado, capazes de sobreviver a sucessivas gestões. Nesse contexto, um importante debate a ser feito é o da descentralização do desenvolvimento da cidade, respeitando a história de cada lugar, levando oportunidades de emprego e renda a várias áreas da cidade. O desenvolvimento econômico de bairros como Casa Amarela, Ibura, Jardim São Paulo e Várzea precisa passar pelo desenvolvimento das pessoas, evitando que se perca tempo desnecessário com deslocamentos a outras áreas". O prefeito Geraldo Julio considera que nos últimos três anos o Recife retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. "Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser". Ele ressalta ainda projetos como o Plano Centro Cidadão e o projeto Parque Capibaribe, e destaca o mapeamento inédito que está sendo realizado pela Secretaria de Saneamento nas áreas críticas da cidade. Confira a íntegra o posicionamento que cada candidato nos enviou por email sobre o tema Planejamento de longo prazo: GERALDO JÚLIO Essa área eu tenho muito prazer de falar, e acredito que pode-se dizer que o Recife, nos últimos três anos, retomou a capacidade de planejar o seu futuro, com a efetiva participação da população. Como tudo que fazemos em nosso governo, mas especialmente nas questões que vai se decidir o futuro da cidade, tudo é realizado com muito diálogo. Nós estamos elaborando um documento importantíssimo que estabelece as diretrizes e metas para o Recife de 2037, quando a cidade completará 500 anos. Esse documento vem sendo produzido em diálogo com o meio acadêmico e com a população. Fomos às 18 microrregiões perguntar às pessoas, a quem mais interessa o Plano, o que elas acham que o Recife deve ser. Estamos desenvolvendo também uma série de outros projetos e planos que vão fazer a diferença para qualquer um que tenha a responsabilidade de assumir a Prefeitura do Recife. Toda a área do centro continental da cidade, com os bairros da Boa Vista, Santo Amaro, Ilha do Leite, Ilha do Retiro, Derby e seus entornos estão sendo alvo do Plano Centro Cidadão, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco, e que também abre espaço para participação da população. Um Plano Específico pra toda essa área, que já estava previsto no Plano Diretor do Recife, vai dar a capacidade ao Poder Público de coordenar o desenvolvimento do nosso centro, dentro daquilo que se espera de uma cidade moderna hoje, com espaços urbanos preservados e qualificados, prédios com boa conexão com a malha urbana e uma melhor estrutura de mobilidade. A nossa Secretaria de Saneamento vem fazendo um mapeamento inédito das áreas críticas da cidade, que levanta com um nível de profundidade e detalhamento impressionante a situação daqueles que mais precisam do poder público. Esse projeto foi apresentado na COP-21, em 2015, e foi muito elogiado pela comunidade científica. Outro grande projeto que estamos executando junto à academia e população e que vai cortar quase toda a cidade é o Parque Capibaribe. Com ele, pretendemos reavivar a relação do recifense com nosso rio símbolo e o Parque já começou a sair do papel com a construção do Jardim do Baobá, sua primeira etapa, nas Graças. Essas e outras ações, como o Plano de Drenagem do Recife, a criação da Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES)

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