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Conservatório realiza concerto em homenagem à Revolução de 1817

Em homenagem ao Bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, o Conservatório Pernambucano de Música (CPM), em parceria com o Consulado Geral da França no Recife, realizará uma noite marcada pelos ideais franceses de “igualdade, fraternidade e liberdade” que inspiraram os pernambucanos no sonho de independência de 1817. O concerto, que acontece hoje (30.03), às 20h, no Teatro de Santa Isabel, trará um repertório de música vocal francesa e pernambucana. O evento terá a participação do Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música e da Orquestra de Câmara de Pernambuco sob a regência do maestro José Renato Accioly. Os músicos apresentarão o resultado de uma capacitação com cantores líricos do Recife, fruto de uma cooperação entre o CPM e o Governo francês, sob orientação do professor de canto Jasmin Martorell. No repertório, extratos de duas famosas óperas francesas - Carmem e Os Contos d’Hoffmann -, além da Grande Missa Nordestina, composta pelo compositor caruaruense Clóvis Pereira, que, na ocasião, será homenageado pelos seus 85 anos. A entrada no evento é gratuita, porém o público terá que retirar o ingresso uma hora antes do evento, na bilheteria do Teatro, localizado na Praça da República, s/n, no bairro de Santo Antônio.

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Derrota do Governo Temer na Câmara: cobrança de cursos em universidade pública é rejeitada

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (29) a proposta de emenda à Constituição (PEC) 395/14, que autoriza universidades públicas e institutos federais a cobrar por cursos de extensão e pós-graduação lato sensu (especializações). Foram 304 votos favoráveis e 139 contrários, mas eram necessários 308 votos “sim” para aprovar a proposta, que agora será arquivada. Entre os parlamentares Pernambucanos o placar foi 17 votos pelo "sim" e 6 votos pelo "não". O texto tinha sido aprovado em primeiro turno em fevereiro de 2016, com 318 votos favoráveis e 129 contrários. A proposta autorizava a cobrança pelos cursos a critério de cada universidade. Pelo texto, programas de residência e formação de profissionais da área de ensino não poderiam ser cobrados. Algumas universidades públicas já cobram por cursos de especialização, mas a cobrança foi questionada na Justiça com base no princípio constitucional da educação pública gratuita. A PEC tinha o objetivo de encerrar a disputa judicial para autorizar as universidades a cobrar pelos cursos de extensão e especialização. Ensino gratuito O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), criticou a proposta por considerá-la o primeiro passo para o fim do ensino público gratuito. Ele lembrou que a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, defendeu nesta semana a cobrança de mensalidades nas universidades e nos institutos federais. “Uma PEC para flexibilizar o princípio de que educação pública tem de ser gratuita na mesma semana da fala da secretária-executiva do MEC, que dá a entender que a graduação pode passar por cobrança. Onde a gente vai parar?", questionou. Para Glauber Braga, a proposta abriria um precedente para o fim da gratuidade também na graduação e na educação básica. A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), também avaliou que a ressalva aos cursos de pós-graduação poderia significar uma ruptura do sistema de ensino superior gratuito. "Estaríamos abrindo a janela da gratuidade. É temerário”, alertou. Para o deputado Vicentinho Júnior (PR-TO), os alunos que precisam do ensino gratuito sairiam prejudicados caso a proposta fosse aprovada. “A PEC não faz bem à saúde da educação pública brasileira. A República não pode se esvaziar dos seus poderes, terceirizando para quem pode pagar por um curso”, afirmou. Investimentos Autor da proposta, o deputado Alex Canziani (PTB-PR) afirmou que o dinheiro arrecadado com os cursos seria investido nas instituições. “As universidades públicas, ao longo de todos esses anos, têm se utilizado desses recursos para melhorar a graduação. Esses recursos significam melhores laboratórios, ar-condicionado na sala de aula, melhores estruturas para as universidades”, declarou. Canziani explicou que, depois de várias ações judiciais questionando o pagamento, algumas universidades decidiram cancelar os seus cursos de especialização. “E quem perdeu com isso foram os alunos e a sociedade”, disse. O deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) lembrou que muitas universidades públicas estão em situação orçamentária crítica. “Esses cursos de pós-graduação criam um mecanismo de arrecadação”, disse. O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), defendeu a proposta, mas disse que as declarações da secretária-executiva do MEC defendendo a cobrança de mensalidades na graduação levaram o partido a liberar a bancada. “Essa declaração turva as águas e consideramos que não é o melhor momento para votar esta proposta devido a esta confusão”, disse. (Site da Câmara dos Deputados)

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Assembleia Legislativa vai acompanhar instalação de gestão metropolitana na RMR

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instalou na tarde desta quarta-feira (29) a Comissão Especial do Estatuto da Metrópole, que acompanhará como os 14 municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR), acompanhados do governo de Pernambuco, estão atuando para se adequar à lei federal 13.089/2015, que estabeleceu o prazo de janeiro de 2018 para que as Regiões Metropolitanas brasileiras instituam entes interfederativos compostos de municípios e respectivo governo estadual para gerir questões metropolitanas como mobilidade, resíduos sólidos e saneamento. Composta por cinco membros titulares e cinco suplentes, a Comissão será presidida pela deputada estadual Priscila Krause (DEM) – propositora da ação – e terá o deputado Isaltino Nascimento (PSB) como relator. Também compõem o colegiado outros deputados com inserção política na RMR: Ricardo Costa (PMDB), Silvio Costa Filho (PRB) e Terezinha Nunes (PSDB), além dos suplentes André Ferreira (PMDB), Eriberto Medeiros (PTC), pastor Cleiton Collins (PP), Edilson Silva (PSOL) e Teresa Leitão (PT). “A lei federal é um avanço e vem suprir uma carência histórica, que é a gestão das metrópoles. O que vamos fazer é unir esforços para que a Região Metropolitana do Recife cumpra a legislação e passe a planejar seu futuro de forma estrutural, construindo caminhos conjuntamente. Por mais competente que seja um prefeito, há questões transversais que dependem da interação entre gestões e isso não pode ficar para depois”, explicou Priscila. Detentora de uma das mais altas densidades demográficas do País, a Região Metropolitana do Recife concentra cerca de 42% da população pernambucana e tem na mobilidade, na destinação do lixo, na saúde e no saneamento básico exemplos de problemas inter-relacionados entre as cidades fronteira. A iniciativa da Assembleia Legislativa vai ao encontro da movimentação de entidades da sociedade civil que já se movimentam pela ratificação dos instrumentos previstos na legislação federal. Na última segunda-feira (27), por exemplo, 17 entidades, entre elas o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE), a Redeprocidade, a OAB-PE, o Sinduscon e a Ademi assinaram manifesto solicitando ao governador e aos 14 prefeitos da Região Metropolitana que iniciem os procedimentos em prol da criação do ente metropolitano na RMR.

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"O jornalismo me levou à literatura", afirma Cícero Belmar

O escritor Cícero Belmar foi eleito nesta semana como o novo imortal da Academia Pernambucana de Letras. Aproveitamos a ocasião para publicamos na íntegra a entrevista feita com ele na Edição 92 da Revista Algomais. Na época, a chamada da entrevista foi: "Jornalista consagrado vai firmando seu nome no meio literário, com seus contos, peças, biografias e romances". Confira a entrevista! Entre o jornalismo e a literatura, a inspiração e transpiração da produção escrita de Cícero Belmar vão marcando no mundo das letras o nome do sertanejo que como tantos outros fez a vida no Recife. Natural de Bodocó, Belmar é um apaixonado por boas histórias. A admiração pela prática de leitura do pai foi um dos motores que o levou para a faculdade de jornalismo. No Recife passou pelas redações do Diario de Pernambuco, da sucursal do Jornal do Brasil e do Jornal do Commercio, onde recebeu dois prêmios Cristina Tavares. Hoje, como escritor, sua obra é destaque na crítica e nas premiações literárias. E mesmo se considerando um escritor de poucos leitores e expondo as dificuldades daqueles que se aventuram a viver da escrita, ele ressalta com muita ênfase e saudosismo as experiências positivas que a profissão o proporcionou. Como começou a sua carreira literária? Eu comecei sempre trabalhando como jornalista. A partir daí começo a ver que trabalhamos com realidade demais, realidade dos fatos. Comecei a me cobrar uns textos melhores, mais bem elaborados, mais tendente para a literatura, para que o leitor tivesse mais prazer de ler. Na sua trajetória como jornalista, que momento você destacaria como mais relevante do jornalismo local? Estive no Jornal do Commercio num momento especial do jornalismo de Pernambuco, em fins da década de 80 e início da década de 90. Um período que o jornal deu contribuição importante para o jornalismo. Tinha uma pessoa especial só para formar o texto. Foi uma fase histórica quando havia uma preocupação em formar bons textos. E eu tive o prazer de participar desse momento. Você sente falta desse tempo? Sinto falta de fazer reportagens nesse nível, de ir para rua, apurar bem a matéria, de trazer uma boa reportagem. Talvez o dia a dia não me agradasse muito atualmente. Mas fico impressionado com uma realidade: repórter que já não é tão jovenzinho não tem espaço nas redações. E é justamente quando a gente está preparado para escrever, com muito mais maturidade. Sua alma já está mais formada, com capacidade de crítica mais apurada para investigar. Quando a gente vai melhorando, os jornais cuidam de tirar a gente das redações. Na Europa, por exemplo, você encontra muitos jornalistas com 60 ou 70 anos em atividade. O perfil dos jovens que chegam nas redações é diferente daquela época? Muita coisa mudou. O próprio processo de seleção de hoje é uma coisa que não leva em conta a técnica, a maturidade. Mas hoje os jovens estão encontrando outros caminhos para a carreira. Passa uma chuva nas redações, aprendem as técnicas e vão embora. Não ficam mais. Tudo é muito transitório hoje no jornalismo. Não só para os jornalistas, mas para os jornais também, que não sabem para onde estão indo. É um momento muito transitório. Hoje em dia, frente a este momento em que a internet avança tanto, qual o caminho para o jornalismo impresso? Acho que os jornais terão que optar por fazer um texto de mais qualidade para poder resistir as revistas e aos sites, as redes sociais. Para competir com as novas mídias é preciso ter um diferencial. E o escritor? Existe muita dificuldade de criar e publicar? Você encontra um problema grande no escritor de poucos leitores, como é o meu caso. O escritor é uma pessoa que tem uma capacidade grande de escrever, mas me questiono, o escritor tem que estar publicando? Você pode até publicar nos sites, não deixa de ser uma publicação, mas o livro em si está muito caro e é isso que dá prestigio ao escritor. As pessoas perguntam quantos livros você têm. Além de escrever, o escritor hoje tem que ter uma vida social para ser conhecido, senão está frito. E as editoras daqui? São muito boas do ponto de vista tecnológico, mas não tem distribuição nacional. Algumas se limitam ao território Recife, nem chegam a RMR. E não tem também um trabalho de marketing que apoie a distribuição. Sem essa comunicação, que leve os livros para os jornais, para a mídia, a publicação não é conhecida. Mesmo assim você é um escritor em ascensão. Sou. Acho que por conta dos prêmios, pela quantidade de livros e de peças que já fiz. Os prêmio do Fundação de Cultura do Recife e da Academia Pernambucana de Letras deram um impulso na carreira. Como é o seu processo de criação? Recortes de jornal, sempre funcionou. Sempre meu trabalho foi casado com o jornalismo. Distribuo em pastas que tenho lá em casa, acidentes, violência contra mulher, homossexualismo. É um banco de dados pessoal de recortes de jornal e revistas que me dá subsídio para criar. Pego essas histórias, coloco um personagem no meio e gero histórias muito curiosas. Você faz tudo isso no computador? Eu tive muita resistência ao computador. Passei muito tempo escrevendo a mão, pois sou da época da máquina de datilografia. O trabalho jornalistico tive menos problemas para fazer no computador, mas a produção literária passou um bom tempo à mão. Quem você admira como escritor? Hemingway, Dostoiévski, Graciliano Ramos, Jorge Amado... E dos pernambucanos? Luzilá Gonçalves, Cida Pedrosa, Gerusa Leal, Raimundo Carrero, Raimundo de Moraes, Sidney Rocha e Marcelino Freire. O que mais te deu prazer de fazer em sua obra toda? Os livros de conto e romance deram muita alegria. Recebi retornos de leitores. A mulher de um leitor, que já faleceu de câncer, me procurou para dizer que os últimos dias dele foram lendo o meu livro. Ele tomava a medicação para não sentir mais dores e quando estava sem dores, ele lia o livro. Ele gostava porque dava para rir. Esse

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Câmara aprova projeto que obriga parques a terem equipamentos de lazer adaptados

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou hoje o Projeto de Lei (PL) 3276/15, que torna obrigatória a instalação de equipamentos de lazer adaptados para pessoas com deficiência em parques e outros ambientes de uso público. O texto, de origem do Senado, foi aprovado em caráter conclusivo e poderá ir à sanção presidencial caso não haja recurso para a sua votação no plenário da Câmara dos Deputados. O projeto estabelece que os parques de diversões, públicos e privados, terão que adaptar suas estruturas em pelo menos 5% para atender pessoas com deficiência ou mobilidade reduzidas. Os equipamentos terão ainda que ser identificados seguindo parâmetros de acessibilidade universal. A medida também estende a mesma regra para “vias públicas, parques e demais espaços de uso público existentes”. (Agência Brasil)

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Circuito de teatro do Sesc completa 20 anos

Para comemorar 20 anos de atividades, o Palco Giratório, circuito de artes cênicas do Departamento Nacional do Serviço Social do Comércio (Sesc), inicia hoje (29) visita a 144 cidades em 26 estados e ao Distrito Federal. “O circuito, na verdade, é uma itinerância não só de grupos de dramaturgia, mas movimenta a cena contemporânea brasileira”, destacou nessa terça-feira (28), em entrevista à Agência Brasil, a gerente de Cultura do Sesc Nacional, Márcia Rodrigues. Ela informou que o projeto promove encontros entre diferentes grupos artísticos, estudantes, pesquisadores de teatro, dança, teatro de rua, teatro infantil, performances, intervenções “É um verdadeiro encontro e troca sobre o que acontece na cena cultural, na dramaturgia brasileira”, afirmou Márcia. O Palco Giratório será aberto na cidade de Campina Grande (PB), com exibição inédita de uma releitura da obra A Tempestade, de Shakespeare, pelo diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro Augusto Boal, intitulada Caliban – A Tempestade de Augusto Boal, pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz. Esse grupo gaúcho é o homenageado deste ano do circuito. Provocação Serão ao todo, até o início de dezembro, 685 apresentações, com a participação de 20 companhias. “São trabalhos instigantes e provocativos, uma característica do projeto”. Além de serem exibidos ao público, os trabalhos são discutidos com as comunidades. A gerente explicou que não se trata de espetáculos comerciais. São grupos experimentais e de pesquisa que vão para o palco ou para a rua “para provocar, nos desafiar em relação ao que está acontecendo no mundo contemporâneo sobre as questões humanas”. A programação do Palco Giratório é selecionada por curadores do Sesc em todo o Brasil, que se encontram uma vez por ano e durante dez dias escolhem os grupos que vão se apresentar no ano seguinte. A seleção atende a critérios como qualidade do espetáculo, pertinência dele no cenário atual, representações do Brasil e diversidade de linguagens de dramaturgia. “Tudo isso compõe a bagagem do projeto naquele ano”, comentou Márcia. Além dos espetáculos, são feitas oficinas do Teatro do Oprimido, criado por Augusto Boal, e exposição com a história da peça Arena Conta Zumbi, musical escrito por Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal em 1965, que relata o trabalho de resistência de Boal no Teatro de Arena, durante o período do regime militar no país. Estão previstas 1.188 horas de oficinas. Em março de 2018, começa um novo roteiro do Palco Giratório, com mais 20 grupos que vão circular pelo Brasil. “Isso já acontece há 20 anos”. Considerado um dos maiores projetos no segmento de artes cênicas nacional, o Palco Giratório registrou nesses 19 anos de existência um total de 9.526 apresentações, envolvendo grupos de teatro de rua, circo, dança, entre outras linguagens artísticas, em instalações do Sesc e outros espaços. (Agência Brasil)

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Banda Sinfônica do Recife estreia temporada

Hoje (29), às 20h, a Banda Sinfônica do Recife fará sua primeira apresentação do ano no Teatro Santa Isabel. Oferecido pela Prefeitura do Recife, o concerto é aberto ao público e os interessados devem retirar os ingressos na bilheteria do teatro a partir das 19h. Durante a apresentação, o maestro Nenéu Liberalquino e os músicos da Banda Sinfônica do Recife encantarão a plateia com um vasto repertório, que incluirá músicas eruditas, canções populares e trilhas sonoras de filmes, como Indiana Jones e James Bond. Fundada em 1958, a Banda Sinfônica do Recife (BSR) é composta por 85 músicos, entre quadro técnico, administrativo e produção. Desde julho de 2002, tem como regente titular e diretor artístico o maestro Nenéu Liberalquino. Serviço: 1º Concerto Oficial de 2017 da Banda Sinfônica da Cidade do Recife Quando: 29 de março Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, bairro de Santo Antônio Ingressos gratuitos na bilheteria do teatro, a partir das 19h Informações: 3355-3322

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Ignácio Loyola Brandão conta os 100 anos do Grupo Cornélio Brennand

Convidado para registrar a história de 100 anos do Grupo Cornélio Brennand em um livro, o premiado escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão fugiu dos moldes convencionais de uma produção institucional e fez um resgate profundo da memória de toda a família Brennand. A narrativa, construída a partir dos relatos de familiares de maneira cronológica, revela muito da história da economia pernambucana. As duas trajetórias, inclusive, estão intimamente imbricadas desde o tempo dos engenhos de açúcar, no início do século 20. O primeiro encontro entre Loyola e Cornélio Coimbra de Almeida Brennand aconteceu no célebre Sobrado da Várzea do Capibaribe, nas terras dos engenhos Santos Cosme e Damião e São João. Discreto, após muita insistência dos filhos para publicar a obra, o patriarca iniciou uma longa narrativa sobre os primeiros 100 anos dos negócios da família. “Cornélio é um cavalheiro. Me recebeu no Recife, ao lado de toda a família, em almoço que tinha todas as comidas típicas pernambucanas e suco de pitanga, vindo das frutas colhidas nas pitangueiras que o próprio patriarca plantou”, detalha o escritor de 80 anos de idade e 52 de profissão. Tudo começou em 1917, na Várzea do Capibaribe, quando Ricardo Lacerda de Almeida Brennand, pai de Cornélio, se deu conta de que o açúcar não tinha mais o valor de outrora e deveria investir em outros segmentos. Após convidar o irmão, Antônio Luiz, para produzir cerâmica, iniciou o primeiro negócio da família Brennand, a empresa R.L. de Almeida Brennand & Irmão, conhecida como Cerâmica São João. Foi assim, de geração em geração, com o compromisso de acompanhar as mudanças do mercado, que os negócios passaram pelos ramos da porcelana fina, azulejos, embalagem de vidro, siderurgia, setor sucroalcooleiro, produção de cimento e, chegando ao século 21, pelos segmentos de energia elétrica, vidros planos, novamente cimento e desenvolvimento imobiliário, com empreendimentos por todo o Brasil. Segundo Ignácio de Loyola, o que mais chamou sua atenção foi o dinamismo na forma de enxergar o mercado, o espírito visionário, a sensibilidade de perceber o tempo certo de mudar de ciclo e os métodos inovadores que permeiam todos os negócios dos Brennand. “Impressiona a forma como eles percebem a realidade e a necessidade de inovar sempre. Modificaram o velho conceito de azulejo, que antes era utilizado apenas em banheiro e hoje é decorativo. Estão sempre dentro de um circuito atual”, relatou o escritor. “A característica de inovar existe desde quando Francisco do Rego Barros de Lacerda, há 100 anos, foi buscar maquinário para os engenhos nos EUA e voltou com a casa de ferro, pois não queria as casas coloniais, queria algo diferente. E até hoje essa modernidade continua na família, eles sempre foram modernos”, comenta, ainda, Loyola. O escritor lembra das entrevistas que fez com o artista plástico Francisco Brennand, irmão de Cornélio. “Ele contou que, na época artistas, não tinham credibilidade alguma perante a sociedade, mas o pai, Ricardo, apoiou o filho na escolha desde o início e, por insistência do pintor pernambucano Cícero Dias, enviou Francisco para estudar na Europa”, completa. Loyola lembra que Cornélio Brennand, homem de pouca aparição, o advertiu sobre a questão da exposição da família na obra: “Você deve contar a história de um grupo, de negócios, das empresas. Não das pessoas, da família”. O autor, no entanto, confessa no próprio livro que, ao tomar conhecimento de memórias marcantes, não resistiu a uma pequena desobediência. “É impossível escrever a história de um grupo sem falar das pessoas. No livro eu não entro em detalhes, mas coloco várias histórias que acabaram sendo aceitas”, revela. A cada um dos filhos de Cornélio, Loyola fez a pergunta: “O que aprenderam com seu pai? O que aprenderam com o seu avô, seguindo a história, as trajetórias, as experiências?”. De acordo com ele, as respostas foram basicamente: “O respeito pelas pessoas independentemente da posição social”. Um dos trechos mais interessantes da trajetória da família Brennand, para Ignácio de Loyola Brandão, foi o olhar de Ricardo Lacerda de Almeida Brennand sobre a Praia do Paiva. Segundo ele, no intuito de extrair matéria-prima para as suas indústrias, o empresário soube que lá havia argila e, em setembro de 1953, conseguiu comprar 8 km do litoral. Os filhos o criticaram bastante, mas o instinto de empreendedor garantia um bom negócio: “O senhor Ricardo tinha uma visão extraordinária e comprou o sítio, mesmo que por um preço exorbitante. A argila acabou rapidamente, mas ele sabia, desde aquela época, que o Recife iria crescer para aquele lado. E cresceu! Onde hoje é a Reserva do Paiva. Aí eu me pergunto: de que material é feito um empreendedor?”, indaga o escritor. Para a produção da obra, a pesquisadora Terezinha Melo entregou ao escritor um material histórico e iconográfico sobre o grupo com mais de mil páginas, entre entrevistas, documentos antigos, recortes de jornais, mapas e fotografias. “O bom foi que na pesquisa da Terezinha havia muitos acontecimentos e relatos dramáticos que eu poderia dar emoção. Eu não queria fazer um livro chapa branca”, conta Loyola. “A história do grupo teve altos e baixos e eu gostei muito de conhecer os limites, as impossibilidades e que nem tudo é sucesso. No fracasso você dá a volta e passa por cima”, diz. Na obra, o escritor traçou uma estrutura separada por época. A primeira versão do livro, segundo ele, tinha quase o dobro do tamanho da que foi publicada. “No meu trabalho literário, eu escrevo o texto e deixo na gaveta. Depois volto, releio e vou limpando, selecionando. Ai vou fazendo cortes, até fazer uma segunda versão e terceira, quarta. Depois volto para ver o que eu esqueci. Aí o texto vai se delineando como o verdadeiro”. Relembrando sua trajetória, pela qual o conjunto da obra foi vencedor do Prêmio Machado de Assis 2016, Loyola afirma já ter recusado inúmeras produções: “Eu só aceito escrever livros que não são meus quando realmente são interessantes e me acrescentam algo. A narrativa dos Brennand também nos traz um pouco da história, da economia, da evolução do

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Estudo traz dados de mortes e agressões contra a mulher

Os resultados de estudo sobre violência contra a mulher, que envolve a questão de gênero e a situação dos homicídios femininos ocorridos nos últimos anos, no País, serão apresentados nesta, quarta-feira (29), no Centro Universitário da FG – integrante da rede internacional de universidades Laureate – no campus Piedade. Os dados serão expostos pelo autor do Mapa da Violência, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. O encontro é aberto ao público e acontece às 14h. A iniciativa é uma parceria entre a FG, Instituto Maria da Penha e Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife. Segundo Julio, o estudo traz à tona a questão de gênero, os meios mais utilizados para a prática do crime, os locais da agressão e autores. Também serão abordadas saídas para a segurança pública. Julio Jacobo Waiselfisz formou-se em Sociologia pela Universidade de Buenos e Mestre em Planejamento Educacional pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul. É coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), exerceu funções de coordenador regional da UNESCO em Pernambuco, e foi coordenador de Pesquisa e Avaliação e do setor de Desenvolvimento Social da UNESCO/Brasil. Também atuou como consultor em diversos Organismos Internacionais do Sistema das Nações Unidas, como o PNUD, a OEA, o IICA e a UNESCO. Atuou como professor em diversas Universidades da América Latina, tendo exercido o cargo de Diretor de Departamento de Ciências Sociais na Universidad Nacional del Salvador/El Salvador/Centroamérica e da Universidad de San Juan/Argentina, além de Pró-Reitor Acadêmico na Universidad Nacional del Comahue/Argentina. E tem publicado diversos estudos e pesquisas. Entre eles, o que avalia o grau de exclusão digital em diversos Estados brasileiros e faz diagnóstico da situação do ensino das Ciências no Brasil. # Serviço: O quê: Apresentação do Mapa da Violência Quando: nesta quarta, dia 29 de março Onde: Centro Universitário da FG, na Rua Comendador José Didier, 27, em Piedade. Horário: 14h Quanto: aberto ao público e de graça

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OIT afirma que desemprego seguirá crescendo no mundo todo

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, questionou nesta terça-feira (28) a forma como o mundo todo administrou a crise econômica e advertiu que o desemprego seguirá crescendo. As informações são da Agência EFE. "A cada ano há e haverá mais desempregados no mundo e isso tem consequências dramáticas", afirmou Ryder, em um café da manhã informativo, em Madri. O dirigente da OIT defendeu o diálogo social e que os governantes coloquem o emprego no centro das políticas públicas pois, segundo ele, isso representa muito mais do que uma forma de ganhar dinheiro; trata-se de "dar sentido à experiência humana". Sobre o futuro, encorajou os países a não cair no "determinismo tecnológico" e a pensar no emprego de outra forma, respeitando as relações criadas. Ryder observou que é preciso criar 40 milhões de postos de trabalho a cada ano no mundo, mas reconheceu que "isso não é possível". Observou que outras opções para o problema do desemprego incluem compartilhar o trabalho ou apostar em garantias de ingressos universais. Ryder também insistiu na necessidade de reduzir a lacuna salarial entre homens e mulheres, que em nível global é de 23%. "As mulheres trabalham às sextas-feiras de graça", disse ao tentar explicar que a diferença salarial equivale a um dia da semana sem remuneração para as mulheres. Já em relação à situação política global, insistiu que o Brexit "foi um erro" e pediu atenção às decisões dos Estados Unidos. (Agência Brasil)

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