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Primeira vacinada do país, enfermeira Mônica Calazans ajuda a salvar vidas em SP

Do Governo de São Paulo A enfermeira Mônica Calazans, 54, é a primeira brasileira imunizada com a vacina do Butantan contra a COVID-19 no país. Mulher, negra e com perfil de alto risco para complicações provocadas pelo coronavírus, não deixou de atuar nos hospitais da capital paulista para ajudar a salvar vidas. Para Mônica, a campanha de imunização é uma oportunidade de recomeço para toda a população do Brasil. “Não é apenas uma vacina. É o recomeço de uma vida que pode ser justa, sem preconceitos e com garantia de que todos nós teremos as mesmas condições de viver dignamente, com saúde e bem-estar”, afirmou a enfermeira, que é obesa, hipertensa e diabética. Em maio, quando a primeira onda da pandemia entrava na fase de pico em São Paulo, Mônica decidiu se inscrever para vagas de enfermagem com contrato por tempo determinado. Entre vários hospitais, escolheu trabalhar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas mesmo sabendo que estaria no epicentro do combate ao coronavírus. “A vocação falou mais alto”, afirmou. Residente em Itaquera, na zona leste da capital, Mônica trabalha em turnos de 12 horas, em dias alternados, na UTI do Emílio Ribas, hospital de referência para casos graves de COVID-19. O setor tem 60 leitos exclusivos para o atendimento a pacientes com coronavírus, com taxa de ocupação média de 90%. Mulher de muitos recomeços, Mônica atuou como auxiliar de enfermagem durante 26 anos e decidiu fazer faculdade já numa fase mais madura, obtendo o diploma aos 47 anos. “Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo. É lógico que eu tenho me cuidado muito na pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse. Viúva, ela mora com o filho, de 30 anos, e cuida da mãe, que aos 72 anos vive sozinha em outra casa. Por isso, Mônica é minuciosa nos cuidados de higiene e distanciamento tanto no trabalho quanto em casa – até agora, nenhum dos três foi contaminado pelo coronavírus. Apesar disso, Mônica viu a COVID-19 afetar sua família quando o irmão caçula, que é auxiliar de enfermagem e tem 44 anos, ficou internado por 20 dias devido à doença. Apesar da rotina intensa, a enfermeira mantém o otimismo e o equilíbrio emocional. Torcedora do Corinthians, Mônica aproveita as folgas no hospital para assistir aos jogos do clube de coração. Ela também é fã de de séries de TV e das canções de Seu Jorge, artista favorito da enfermeira. Mônica se apoia na fé para manter a confiança e faz orações diariamente por si própria, familiares, colegas do trabalho e, principalmente, pelos pacientes. “Eu tenho sempre em mente que não posso me abater porque os pacientes precisam de mim. Tenho sempre uma palavra de positividade e de que vamos sair dessa situação. O que também me ajuda é o prazer que sinto com o meu trabalho”, concluiu. Primeira vacinadora A primeira vacinadora do Brasil também é mulher e enfermeira. Jéssica Pires de Camargo, 30, atua na Coordenadoria de Controle de Doenças e mestre em Saúde Coletiva pela Santa Casa de São Paulo. Com histórico de atuação em clínicas de vacinação e unidades de Vigilância em Saúde, Jéssica já aplicou milhares de doses em campanhas do SUS contra febre amarela, gripe, sarampo e outras doenças. Para Jéssica, o início da vacinação contra a COVID-19 é um marco histórico na própria carreira e, sobretudo, para o Brasil. “Não esperava ser a pessoa a aplicar esta primeira dose. Isto me enche de orgulho e esperança de que mais pessoas sejam protegidas da COVID-19 e que outros colegas de profissão possam sentir a mesma satisfação que sinto ao fazer parte disso. São mais de 52 mil profissionais de saúde mobilizados nesta campanha e cada um deve receber o devido reconhecimento”, afirmou Jéssica. Fonte: Governo do Estado de São Paulo

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PCR instala Sala de Situação e contrará 745 profissionais para vacinação

Da Prefetura do Recife Como parte da preparação da cidade para a vacinação contra a covid-19, o prefeito João Campos autorizou a contratação de até 745 profissionais de saúde para atuar diretamente na imunização dos recifenses. A decisão faz parte do Plano Recife Vacina e foi anunciada pelo gestor municipal durante reunião de instalação da Sala de Situação do plano, um espaço permanente de monitoramento das ações da vacinação no Recife, agregando todos os órgãos do município ligados ação, coordenada pessoalmente pelo prefeito. “A gente vai ter nesta sala representantes das secretarias envolvidas para coordenar a logística, a infraestrutura, a comunicação, tudo o que tange a logística da saúde neste momento. Nós estamos fazendo a nossa parte. Autorizei também a contratação de até 745 profissionais da saúde, entre técnicos de enfermagem e enfermeiros, para a gente poder garantir que a vacinação no Recife ocorra da melhor forma. Mesmo com tantas incertezas e dúvidas por parte do Governo Federal  de quando chegará a vacina, de qual será o volume que vai chegar neste primeiro momento, nós estamos prontos para receber e para vacinar a nossa cidade. Afinal de contas, a vacina é a única alternativa definitiva para a gente poder consagrar a vitória à pandemia e conseguir restabelecer a volta do convívio nas relações e do funcionamento dentro da normalidade da nossa cidade”, explicou o prefeito João Campos. Os profissionais serão convocados do concurso público realizado em 2019 pela Secretaria de Saúde do Recife e atuarão diretamente nos pontos do Recife Vacina. Uma parte das vagas será destinada a pessoas com deficiência. Após a contratação, os profissionais serão capacitados pela Escola de Saúde do Recife, por videoaula, para garantir os cuidados com o distanciamento social. As contratações serão temporárias, com vigência de seis meses, podendo ser prorrogadas por até dois anos. O contrato também pode ser rescindido, a qualquer momento, caso não haja mais necessidade. Não podem participar do processo pessoas com mais de 60 anos de idade, gestantes, lactantes ou que se enquadrem em outro grupo de risco da covid-19. Sobre a Sala de Situação do Recife Vacina, o prefeito João Campos explicou que, além dele, participam da Sala de Situação os secretários com ações diretamente ligadas às demandas necessárias, assim como assessores e demais técnicos que precisem dar a sua contribuição. “Nesse momento, todo o nosso foco está voltado para a vacinação das pessoas e vamos fazer isso com rapidez, atendendo a todos os protocolos necessários”, afirmou. A Sala está dividida em quatro frentes de trabalho: Infraestrutura, Logística e Segurança, Contratação e Treinamento de Pessoal, e Cadastramento, Agendamento e Comunicação. O prefeito fará o monitoramento das ações da sala diariamente.

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Infecção por covid-19 dá alguma imunidade, mostra estudo

Da Agência Brasil Pessoas que tiveram Covid-19 têm alta probabilidade de obter imunidade por pelo menos cinco meses, mas há evidências de que aquelas que têm anticorpos ainda podem ser capazes de transportar e disseminar o vírus, revelou um estudo de profissionais de saúde britânicos. Conclusões preliminares de cientistas da Public Health England (PHE) mostraram que reinfecções em pessoas que têm anticorpos para covid-19 de uma infecção anterior são raras - com apenas 44 casos encontrados entre 6.614 pessoas previamente infectadas. Mas os especialistas alertaram que as descobertas significam que as pessoas que contraíram a doença na primeira onda da pandemia, nos primeiros meses de 2020, podem agora estar vulneráveis a contraí-la novamente. Eles também advertiram que as pessoas com a chamada imunidade natural - adquirida por terem contraído a infecção - ainda podem ser capazes de transportar o novo coronavírus em seu nariz e garganta e transmiti-lo. “Agora sabemos que a maioria das pessoas que teve o vírus e desenvolveu anticorpos está protegida contra a reinfecção, mas isso não é total e ainda não sabemos quanto tempo dura a proteção”, disse Susan Hopkins, consultora médica sênior da PHE e uma das coordenadoras do estudo, cujas conclusões foram publicadas nesta quinta-feira (14). “Isso significa que mesmo se você acreditar que já teve a doença e está protegido, pode ter certeza de que é altamente improvável que desenvolva infecções graves. Mas ainda existe o risco de você adquirir uma infecção e transmiti-la a outras pessoas." Especialistas que não estiveram diretamente envolvidos na pesquisa pediram que as pessoas observassem suas principais conclusões. "Esses dados reforçam a mensagem de que, por ora, todos são uma fonte potencial de infecção para os outros e devem se comportar de acordo", disse Eleanor Riley, professora de imunologia e doenças infecciosas da Universidade de Edimburgo.

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Ansiedade pode causar sintomas que se assemelham aos do infarto

Dor no peito, palpitação, falta de ar, tontura. Os sintomas comuns às crises de ansiedade também podem ser um aviso de que a saúde do coração não está bem. O Brasil é o país mais ansioso do mundo segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). São cerca de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) que convivem com o transtorno. Da mesma forma, as doenças cardiovasculares também são muito comuns no país, causando o dobro de mortes que aquelas relacionadas a todos os tipos de câncer juntos, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Com incidências tão altas, não é incomum que pacientes cheguem ao pronto-socorro acreditando que estão sofrendo um infarto mesmo sem nenhum problema do coração. “É importante lembrar que a ansiedade deve ser um diagnóstico de exclusão. Por isso, apenas um cardiologista, por meio da anamnese, exame físico e exames complementares, poderá descartar que o paciente realmente não está infartando”, alerta o médico. Geralmente a dor causada pelo infarto começa no meio do peito e pode irradiar para outros locais como braço esquerdo e mandíbula, gerando sensação de aperto ou queimação. Enquanto nas crises de ansiedade, a dor tende a se concentrar no centro do peito, geralmente se iniciando após estresse ou nervosismo. Lembrando novamente que cada caso é um caso e existem situações em que o paciente está infartando e a dor no peito pode não estar presente. Por isso a avaliação rápida e precisa do cardiologista se faz necessária. Além da ansiedade, outros quadros como a esofagite, por exemplo, podem gerar dores no peito. Por isso, em caso de dúvida, o ideal é procurar um cardiologista e realizar toda a triagem e exames para descartar doenças cardiovasculares, aconselha o Dr. Roberto Yano.

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"Sucesso da imunização, por qualquer vacina, será alcançado com 70% da população vacinada"

*Por Rafael Dantas Na produção da matéri de capa da Revista Algomais que foi veiculada no dia 8, falamos com vários especialistas sobre os desafios da gestão João Campos. Publicamos hoje o conteúdo na íntegra do pesquisador Jones Albuquerque, que atua no no IRRD (Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco) da UFRPE, e do Lika (Laboratório de Imunopatologia Keizo-Asami), da UFPE. Quais os principais desafios do novo prefeito no enfrentamento da pandemia? Os principais desafios do novo prefeito no quesito saúde sanitária da população podem ser elencados segundo ordem de prioridade: 1 - restaurar a confiança da população na vigilância sanitária do município que saiu muito desgastada do 1º ano de enfrentamento à COVID-19. Este não é um problema não só da Prefeitura da Cidade do Recife, mas de vários países do mundo; 2 - Integrar as ações do Recife a dos demais municípios que o cercam e isto inclui a entrada de indivíduos externos ao Município como pelo Terminal Integrado de Passageiros, Aeroporto Internacional, Transporte Marítimo. Todos estes devem ser considerados como "municípios" vizinhos e serem passívels de todas as práticas adotadas no Recife. Este desafio exige interlocução direta com o Governo do Estado de Pernambuco e Governo Federal; Pois percebeu-se a fragilidade do Recife quanto a isso documentada em vários trabalhos científicos inclusive. Como este que usa esta figura como ilustração, realçando Recife como um dos principais pontos de entrada do vírus do País por causa do Aeroporto Internacional, já a partior do dia 50 é possível notar a disseminação a partir de Recife: 3 - Incluir as BRs que passam por Recife nas ações e práticas de vigilância sanitária quanto ao quesito Pandemia, pois, como observado desde 18 de abril, a BR232, por exemplo, foi a grande disseminadora do vírus no Estado e Pernambuco e foi a partir de Recife. Com a BR101 não foi diferente. Observando outras pandemias que você já analisou, como foi (e como deveria ser aqui) o tratamento do poder municipal nesse momento de tanta ansiedade já sobre a vacina? Estar-se diante de uma pandemia, isso significa que não é suficiente que a população de apenas um município esteja imunizado e protegido se a sua vizinhança não esteja. Assim, o tratamento do poder municipal da Região Metropolitana do Recife (RMR) de ser harmonizado com os demais municípios que o cercam. Garantindo uma barreira de imunização, não só das pessoas que residem na RMR, mas de todas aquelas que circulam na RMR. Só assim, vacina ou quaisquer práticas imunizantes terão êxito absoluto garantindo o que se chama comumente de "Herd Immunity" como ilustrado na figura a seguir. Observa-se, matematicamente, que o sucesso teórico é alcançado com 70% para o caso de COVID-19. E que esta imunidade não respeita limites municipais, mas sim o contágio entre os indivíduos. Por isso a necessidade de tratamento harmonioso entre os vários municípios que circunvizinham Recife. O que podemos esperar para o segundo ano da pandemia no Brasil? Do ponto de vista epidemiológico 1 - Precisaremos restaurar a Autoridade Sanitária do País que está bastante fragilizada e sem respaldo nos vários Estados e Municípios que compõem o Brasil; 2 - Precisaremos manter todas as práticas de distanciamento, uso de máscaras e higienizaçao durante todo o ano de 2021. Pois as novas variantes do vírus em alta infecção em vários países neste fim de 2020 e a demanda síncrona pelas vacinas em todo o mundo só nos garantirão imunidade segura, pelo que parece, só no 2o semestre de 2022; 3 - Precisaremos adaptar as nossas vidas ao novo modo de viver com vírus desta natureza, pois outros virão e precisaremos ter aprendido com COVID-19 para não sofrer novamente com os mesmos erros. Isso passa por repensar os "modus operandi" das formas de trabalho, o formato das escolas e das universidades, o desenho das nossas residências e cidades, as formas de diversão e entretenimento, como cuidamos da nossa saúde repensando os "consultórios", hospitais, como nos transportamos e nos locomovemos pelas cidades, entre outras formas, pois tudo que junta mais que 5 pessoas simultaneamente precisará ser repensado se quiser sobreviver "imune" aos novos vírus que nos acometerão ; 3 - Precisaremos redefinir o conceito de "saudável" de um indivíduo para incluir não só o aspecto clínico, mas o aspecto epidemiológico de onde este indivíduo reside e circula. LEIA TAMBÉM Jones Albuquerque: “Precisamos modificar nossos hábitos para sobrevivermos às pandemias” . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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IOR abre seleção para Fellowships 2021 em Oftalmologia

As inscrições para os Fellowships em Oftalmologia, no Instituto de Olhos do Recife, estão abertas até o próximo dia 15. Na edição 2021, a entidade oferece seis vagas, sendo quatro em Glaucoma, uma em Retina e Vítreo clínica e outra em Retina e Vítreo Cirúrgica. A duração dos cursos varia entre um e dois anos, dependendo da especialidade. O edital e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do IOR (http://www.ior.com.br/residencia-medica). A data de seleção está marcada para o dia 20 de janeiro, a partir das 15h. O processo consiste em entrevista e avaliação curricular, sendo realizado no IOR (Rua Vicente Meira, 137, Espinheiro). Os concorrentes devem ser graduados em medicina e apresentar, dentre outros documentos, declaração autenticada de conclusão de curso de residência médica ou curso de especialização em Oftalmologia. Os selecionados vão estudar e atuar na Fundação Ação Visual, entidade filantrópica e de ensino ligada ao IOR, sob a preceptoria dos doutores Marcelo Valença (Departamento de Retina e Vítreo) e Roberto Galvão Filho (Departamento de Glaucoma). EDUCAÇÃO – Fundada há 17 anos, a Fundação Ação Visual presta atendimento em Oftalmologia a pacientes de Pernambuco, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço é realizado por residentes e fellows, supervisionados pelo Staff do IOR que, quando necessário, disponibiliza sua infraestrutura para exames e cirurgias. Anualmente, a entidade oferta conhecimento e experiência em Oftalmologia aos médicos em formação, lhes proporcionando a vivência prática da profissão e a possibilidade de ampliação de estudos e pesquisas. Serviço: Fellowships 2021 - Instituto de Olhos do Recife Inscrições: até 15 de janeiro de 2021 Informações: Elizama Simões Fones: (81) 2122.5091 e 99841.4849 Whatsapp: (81) 9841.4849 Email: residenciamedica@ior.com.br Site: www.ior.com.br

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“O funcionamento das plataformas digitais beneficia conteúdo falso antivacina.”

O número de brasileiros que afirmam querer se vacinar contra a Covid-19 caiu de 89% para 73%, ao mesmo tempo em que grupos antivacina cresceram 18% no Facebook. Preocupados com essa realidade, pesquisadores formaram a União Pro-Vacina, que tem monitorado esses grupos contrários aos imunizantes nas redes sociais e atuado no sentido de produzir informação baseada em evidências científicas sobre a importância da vacinação. Nesta entrevista a Cláudia Santos, João Henrique Rafael, idealizador da União Pro-Vacina e analista de comunicação do Instituto de Estudos Avançados da USP, Polo Ribeirão Preto (IEA-RP). Informa o perfil desses grupos, o papel das plataformas digitais na disseminação dos seus discursos, baseados em fake news, e quais as soluções para combater a desinformação que propagam. Esse projeto é realizado desde 2019, quando nem se imaginava que viveríamos uma pandemia. A atuação desses grupos antivacina ocorre já algum tempo? O projeto surgiu em novembro de 2019. No Instituto de Estudos Avançados da USP, monitoramos diversos temas e tentamos trazer soluções, principalmente relativas às políticas públicas. O que percebemos, já em 2019, é que os índices vacinais do Brasil vinham caindo desde 2016. O último ano em que as metas de vacinação foram atingidas foi 2015. Começamos a nos debruçar sobre o assunto e entender o porquê dessas quedas. Apesar de ser um problema multifacetado, muitas análises indicavam que a falta de comunicação sobre a importância das vacinas e o aumento do volume de desinformação eram algumas das causas. Percebemos que não havia nenhum grupo ou projeto que fazia esse monitoramento constante de grupos antivacina nas plataformas digitais. Então criamos a União Pró-Vacina para atuar nesses dois eixos: produzir informação baseada em evidências científicas sobre a importância da vacina, não só no contexto individual mas enquanto política pública de saúde, e para combater a desinformação. Qual a importância das redes sociais para a atuação desses grupos? Infelizmente, o movimento ou grupos contrários à vacinação existem desde quando a vacina começou. Não são uma novidade. Mas as plataformas digitais trouxeram muitos recursos para eles. Antes funcionavam quase como uma pequena seita, com poucos participantes, sem espaço no debate público – porque ninguém, em sã consciência, sedia espaço. As plataformas digitais têm o lado bom de dar voz às minorias, mas também começaram a dar voz a esse tipo de grupo antivacina. O mais antigo deles no Brasil completou seis anos em 2020. Eles souberam usar as plataformas para conseguir avançar com essa pauta baseada exclusiva e unicamente em mentiras, de cunho religioso e calcadas em teorias da conspiração. A forma como essas plataformas funcionam acabam beneficiando o conteúdo falso, que adota algumas estratégias que os conteúdos científico e jornalístico não utilizam. Por exemplo: a informação, geralmente vem com títulos chamativos que causam emoção, provocam medo e isso faz o usuário interagir com o conteúdo, porque é algo chocante. A partir do momento em que gera mais reações do usuário, a plataforma entende como sendo um conteúdo relevante e começa a impulsionar ainda mais essa informação. As plataformas foram fundamentais para dar espaço e recursos para esses grupos agirem. O modus operandi delas está diretamente relacionado ao crescimento desses grupos. Quem são as pessoas que atuam nesses grupos? Antes da pandemia, encontramos dois eixos principais: um ideológico, composto por pessoas que compraram esse discurso – exportado pelos EUA e países do Leste Europeu – de que a vacina faz parte de uma grande conspiração que visa a diminuir a população mundial. É algo parecido com uma seita. São dogmas, são pessoas com as quais você não consegue conversar porque tomam essas questões como verdades absolutas. Trata-se de um grupo pequeno mas que produz muito conteúdo. Nas nossas análises percebemos que 10% dos usuários desses grupos nas redes sociais produzem quase 80% do conteúdo. O problema, como eu disse, é que eles usam essas técnicas e vão atraindo pessoas que não são antivacina, mas têm dúvidas sobre o tema, querem saber mais e acabam encontrando essas informações falsas, até o ponto de se tornarem radicais e começarem a propagar também. Esse núcleo ideológico está baseado quase que totalmente no Facebook. O outro eixo é mais comercial e funciona mais no Youtube. São grupos que também dominam essas técnicas e normalmente divulgam conteúdo sensacionalista e falso não só sobre vacina, mas sobre qualquer tema. Como no Youtube a remuneração é muito fácil de conseguir, então, eles criam um canal e oferecem ao Youtube para veicular propaganda nele. Quanto mais visualização, mais dinheiro eles ganham. Isso facilita muito a remuneração da desinformação. Quando o tema vacinação está em alta, esses canais, que são genéricos, produzem um vídeo específico atacando as vacinas com a ideia de conseguir visualização e transformar isso em monetização. Um dia, eles publicam um conteúdo contra a vacina e, no outro, sobre o término do casamento do Lucas Lima. Não são grupos ideológicos, são apenas interesseiros, sem ética, que sabem utilizar a plataforma para ganhar dinheiro vendendo desinformação. Com a disseminação da Covid-19, ocorreu um fenômeno novo. A pandemia no Brasil foi muito politizada e partidarizada. Desde a questão de minimizar a doença, até mesmo acreditar que ela não existia, além de ataques contra as máscaras, contra o isolamento. Acreditávamos que em algum momento, quando se começasse a divulgar o avanço das pesquisas para a vacina da Covid-19, esse tema também seria politizado. E aí, nesse contexto, surgiu o eixo político. São grupos que normalmente divulgam conteúdos radicais e que começaram a atacar também a vacina para construir uma narrativa política. Eles se apresentam não contra a vacina, mas prioritariamente atacam a questão da obrigatoriedade da vacinação. Essa obrigatoriedade é um dos primeiros passos para diminuir a confiança da população nos imunizantes e empurrar outras pautas antivacina. Não sabemos se esse novo eixo irá perder força após a pandemia, mas ele aumentou muito o volume de informação falsa contra as vacinas. Que tipo de ação deve ser feita para enfrentar essa desinformação? Percebemos que em poucos meses a porcentagem da população que afirmava que tomaria a vacina contra a

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UFPE disponibiliza ultrafreezers e infraestrutura para armazenar um milhão de vacinas

Da Ascom da UFPE A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ofereceu à União e ao Governo de Pernambuco sua infraestrutura disponível para armazenamento de vacinas em baixas temperaturas, a exemplo da rede de ultrafreezers (com temperaturas de até -80°C) e câmaras frias adequadas para apoio ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Em ofício encaminhado ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à superintendente do Ministério da Saúde em Pernambuco, Ana Paula Amorim Batista, ao governador do Estado, Paulo Câmara, e ao secretário Estadual de Saúde, André Longo, na última sexta-feira (8), o reitor Alfredo Gomes coloca a instituição à disposição para visitas, agendas, grupos de trabalho e reuniões que sejam necessárias para integrar a UFPE em mais esse esforço de enfrentamento dos graves problemas causados pela pandemia. Até fevereiro, a UFPE se propõe a disponibilizar oito ultrafreezers de 728 litros, certificados pela Anvisa, com controle remoto da variação de temperatura, e dez câmaras frias de 572 litros para acondicionamento de vacinas que demandam armazenamento entre 2°C e 8°C, o que totaliza uma capacidade de receber cerca de um milhão de doses de vacina contra a Covid-19. “No prédio que atualmente sedia o Laboratório de Campanha de Diagnóstico da Covid-19, no Campus da UFPE, há salas apropriadas e disponíveis que poderão receber, no total, 22 ultrafreezers, com condições adequadas de biossegurança, bem como climatizadores, estabilizadores e gerador de energia”, informa o reitor Alfredo Gomes, no documento. Segundo destaca a gestão da universidade, desde o início da pandemia, a UFPE vem, a partir de seus pesquisadores, profissionais e infraestrutura, promovendo e se envolvendo em ações de enfrentamento à pandemia, a exemplo do Laboratório de Campanha da Covid-19, que já realizou mais de 64 mil testes diagnósticos do tipo RT-PCR para 128 municípios pernambucanos. ”Cabe ressaltar a capacidade institucional para o armazenamento de insumos estratégicos para a saúde que demandam temperaturas reduzidas, posto que algumas vacinas requerem atenção especial para seu armazenamento e logística, a exemplo da Pfizer-BioNTech Covid-19, da vacina Sinovac/Instituto Butantan, Moderna e AstraZenca/Oxford”, reforça o ofício. A gestão da UFPE também está buscando reunir condições para novas aquisições e ampliação da capacidade, assim como tem articulado, junto a outros laboratórios institucionais, ações conjuntas. No documento, o professor Alfredo Gomes reitera a condição da Universidade como instituição parceira das instâncias federal e estadual, e coloca o quadro especializado da instituição a serviço do Ministério da Saúde e do Governo do Estado, reafirmando o compromisso com a saúde pública e com o Sistema Único de Saúde (SUS). ”Para a UFPE, colocar-se à disposição para armazenamento e/ou aplicação vacinal, o mais breve possível, é estar ao lado da defesa da vida, da preservação da saúde, reduzindo os números de casos, óbitos e a transmissão da doença”, afirma o reitor. De acordo com a professora Maira Galdino da Rocha Pitta, que é coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica Suely Galdino da UFPE (Nupit), está em processo de autorização mais uma sala de vacinação na UFPE, além da existente no Hospital das Clínicas (HC).

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O Ano Laranja, não apenas o Dezembro Laranja

*Por Sérgio Paulo É inaceitável que tantas pessoas sejam ainda mutiladas, especialmente na face, e morram em consequência do câncer de pele, considerando que é um tumor à vista de todos, ao contrário dos outros tipos de câncer, que quando se manifestam, já se encontram em estágio avançado, incuráveis. O câncer de pele é o tumor maligno mais frequente e nós, dermatologistas, temos observado um grande aumento do número de casos. O maior exemplo da importância de educar a população para se proteger do câncer de pele é a Austrália, país com alto percentual de pessoas com pele branca, vivendo num paÍs com alta intensidade de sol. Lá, houve um grande aumento da sobrevida de pessoas portadoras de melanoma, o câncer de pele mais agressivo, em consequência de intensa campanha educativa, principalmente, na televisão. O sol é responsável por 90% dos canceres de pele e as pessoas mais sensíveis a ele são as de pele branca, com sardas, olhos e cabelos claros e os que sofrem influência hereditária, ou seja, que têm outras pessoas na mesma família, também com câncer de pele. Independentemente da cor da nossa pele, devemos nos proteger do sol durante todo o dia. Evitar a exposição direta no horário de 10 horas da manhã às 4 horas da tarde, período com maior quantidade de raios solares cancerígenos, que são os ultravioleta B. Aplicar o filtro solar a partir de 30 minutos antes de sair de casa e reaplicá-lo a cada 2 horas, independente de exposição direta. A aplicação deve ser iniciada a partir de 6 meses de vida, já que as pessoas que aplicam filtro solar regularmente, por exemplo, nos primeiros 18 anos de idade, têm 78% menos chance de desenvolver câncer de pele na vida adulta. Suspeite de ser portador de câncer de pele se surgir ferida na pele exposta ao sol que não cicatrize, principalmente se tiver pele branca e for idoso. O melanoma é o câncer de pele mais perigoso, responsável por 67% das mortes, porém se for tratado precocemente, é totalmente curável. Suspeite do melanoma se surgir um sinal que seja Assimétrico, ou seja, que não possa ser dividido ao meio, que tenha Bordas irregulares, como se um pigmento derramasse ao redor do tumor, que tenha diferentes Cores e que tenha um Diâmetro que ultrapasse o de uma caneta, constituído a regra do A,B,C,D. Nossa ONG, o Instituto Prontopele, localizada no bairro do Derby, no Recife, tem o compromisso de oferecer educação continuada, durante todo ano, pela consciência da grande desinformação do povo brasileiro em relação à prevenção e ao reconhecimento precoce do câncer de pele. Por isso, nosso compromisso é com o Ano Laranja, e não apenas o Dezembro Laranja, através de ações educativas, semanalmente, como palestras. *Por Sérgio Paulo é médico dermatologista, diretor do Instituto Prontopele e professor da Faculdade de Ciências Médicas da UPE

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Secretaria Estadual de Saúde abre mais 91 leitos na RMR

Do Governo de Pernambuco Para qualificar e ampliar a rede de assistência aos pacientes suspeitos e confirmados para a Covid-19 em Pernambuco, 91 novos leitos foram colocados em funcionamento nos últimos dias na Região Metropolitana do Recife (RMR), além de outras 60 no interior pernambucano, totalizando 151 vagas. Com isso, o Estado chega a 1.773 leitos dedicados, exclusivamente, aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) - 894 de terapia intensiva e 879 de enfermaria. Dos novos leitos em operação na RMR, 20 são de enfermaria e 71 de UTI. Eles estão distribuídos entre o Hospital de Referência à Covid-19, unidade Olinda (Maternidade Brites de Albuquerque) - 10 de UTI e 20 de enfermaria; Hospital Real Português (HRP), no Recife, que mantém convênio com o SUS - 10 de UTI; e Hospital Agamenon Magalhães (HAM), na zona norte do Recife - 51 de enfermaria. Já as novas vagas no interior foram atendem a região do Sertão do São Francisco, com 10 leitos de UTI e 30 de enfermaria na UPAE de Petrolina; o Agreste Central, com 10 leitos de UTI no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru; e o Sertão do Pajeú, com 10 vagas de UTI no Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada. Atualmente, apenas I Macrorregional de Saúde, que engloba 72 municípios das I (sede Recife), II (sede Limoeiro), III (sede Palmares) e XII (sede Goiana) Regionais de Saúde (Geres), conta com 1.268 leitos, sendo 653 de UTI e 615 de enfermaria. NOVAS VAGAS - Até o final de dezembro, quando somados os leitos abertos ao longo de novembro, o Governo de Pernambuco vai ter colocado em funcionamento 424 novos leitos, sendo 159 de UTI e 265 de enfermaria.

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