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A absoluta falta de transparência no processo de transição da reforma tributária

*Por José Luiz de França Estamos escrevendo sobre o tema Reforma Tributária há tempos. Aqui, neste espaço e em outras publicações empresariais, nos posicionamos diversas vezes. Somos a favor. Boa parte dos operadores jurídicos comprometidos com a simplificação do sistema, a acessibilidade aos dados e a forma de apuração única, não podem ser contra. Mas em paralelo a isso, os impactos econômicos da Reforma Tributária podem ser decisivos para o desequilíbrio da economia e é muito necessário que a transição da reforma seja realizada com muita cautela.  O PLP 68/2024 que criou a Lei Complementar 214/2025, regulamenta a reforma, foi sancionado pelo presidente Lula (PT), com vetos, em 16/01. O texto detalha o funcionamento do novo modelo de tributação sobre o consumo, com o Imposto Seletivo e o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), que substitui cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins).  A meta do Ministério da Fazenda era fixar a alíquota geral em 26,5%, entretanto, com as alterações feitas no texto, a projeção do governo é de que fique acima de 28%. A alíquota será dividida entre a CBS, que substitui os tributos federais, e o IBS, que substitui o ICMS, dos estados, e o ISS, dos municípios. A regulamentação também estabelece as novas regras de tributação para uma série de produtos, como alimentos, combustíveis e serviços. Para o Imposto Seletivo, também conhecido como "Imposto do Pecado", a alíquota incidirá de forma diferente em produtos distintos. Com o objetivo de desestimular os produtos considerados “prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente”, o novo tributo será ajustado de forma gradual, com critérios específicos para cada produto. Pelo cronograma do Congresso Nacional, o novo modelo de tributação sobre o consumo passará por um período de transição a partir de 2026, com a alteração completa do sistema tributário prevista somente para 2033, quando serão definitivamente extintos o ICMS e ISS. Ao longo desse período serão testados e entrarão em vigor os novos tributos criados pela reforma tributária: o IVA Dual — que compreende a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), partilhado entre estados, DF e municípios — e o Imposto Seletivo. A partir do próximo ano, a CBS e o IBS passarão a ser testados nacionalmente, mas não serão efetivamente recolhidos. Para o teste, as empresas serão obrigadas a emitir na nota fiscal um valor destacado do que corresponderia a 0,9% de CBS sobre o produto vendido e 0,1% de IBS. No entanto, a transição para o novo modelo tributário requer atenção, pois os desafios já começam a surgir já a partir de 2026 pois temos um sistema tributário complexo e vai ser acoplado a um novo sistema. Vamos trabalhar com uma reforma em curso. E este processo não será simples. Ressalte-se, ainda, o fato de não se ter na prática as informações sobre o que é de fato o Imposto Seletivo gerando uma grande preocupação no período de transição. Nós, em 2025, ainda não sabemos a lista dos bens que vão estar sujeitos a IPI em função da concorrência Zona Franca de Manaus, e não sabemos ainda os bens e serviços que vão estar sujeitos ao Imposto Seletivo. Então, isso é dramático. Pela ausência de "transparência", é preciso repensar os aspectos práticos de implementação da Reforma Tributária. Sabemos já o que é a lista de Imposto Seletivo? Não sabemos. Sabemos a alíquota do IBS e da CBS? Também não sabemos. Então, isso é extremamente angustiante para alguém que tenha que fazer negócios em nosso País. Estamos em um período de transição, mas sem qualquer visibilidade concreta do que vai acontecer. Assim, por todas as dificuldades existentes, consideramos que os contadores também podem não estar preparados para poder colocar em prática todas as alterações propostas pela transição tributária já para 2026. Além disso, não é factível a cobrança de 1%, em uma única nota fiscal para todo o mercado, proposta pelo teste da transição. Em suma, estamos diante de um experimento teórico que simplificará a arrecadação e ao mesmo tempo, poderá ser a ruina de boa parte do setor produtivo do País, se não houver uma pressão dos agentes econômicos, pela transparência e a correção de diversos gargalos que já são visíveis neste momento

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A Cidade-Mãe do Polo de Confecções e o Porto Digital: setores distintos com faturamentos semelhantes

*Por Bruno Bezerra / Foto: Freepik Dizer que Santa Cruz do Capibaribe possui uma economia forte e consolidada no setor têxtil e de confecções pode parecer repetitivo, praticamente um clichê. No entanto, no início do ano me propus um desafio: encontrar novas formas de evidenciar a força e a grandiosidade desse setor na cidade-mãe do Polo de Confecções do Agreste Pernambucano. Recentemente me deparei com uma notícia impressionante: as empresas que atuam no Porto Digital, um dos principais polos de tecnologia e inovação da América Latina, localizado no Recife, registraram um faturamento expressivo de R$ 6,2 bilhões em 2024. Um resultado notável, que comprova a vitalidade do ambiente de negócios do Porto Digital, um dos grandes impulsionadores da nova economia de Pernambuco. Ao me deparar com essa notícia, imediatamente me veio à mente um insight: o cérebro humano adora comparações porque elas geram mais clareza e facilitam o entendimento. Foi então que surgiu a pergunta: qual será o faturamento das empresas do setor têxtil e de confecções de Santa Cruz do Capibaribe? No mesmo instante, comecei o levantamento das informações para chegar ao faturamento das empresas do segmento na cidade em 2024. Levantei dados oficiais pesquisando informações da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, e o resultado foi surpreendente. Com os números consolidados em mãos, cheguei a um dado que tornaria a comparação ainda mais instigante: em 2024, as empresas do setor têxtil e de confecções de Santa Cruz do Capibaribe também faturaram R$ 6,2 bilhões. Sim, o mesmo valor impressionante do Porto Digital. Diante desse dado surpreendente, decidi ampliar a análise e levantar o faturamento das empresas do setor em Caruaru e Toritama, cidades que, junto com Santa Cruz, formam a espinha dorsal do Polo de Confecções. Caruaru registrou um faturamento de R$ 6 bilhões, enquanto Toritama alcançou R$ 3,4 bilhões. Somando os resultados das três cidades, chegamos a um total de R$ 15,6 bilhões. Para dimensionar a relevância do mercado de moda para a arrecadação de impostos em Pernambuco, a indústria e o comércio de tecidos e confecções registraram, em janeiro de 2025, a maior arrecadação de ICMS da história do setor no Estado: R$ 126,6 milhões. O montante superou segmentos como supermercados (R$ 104,4 milhões) e medicamentos (R$ 92,6 milhões), evidenciando o peso econômico e estratégico do setor têxtil e de confecções. Um cenário que mostra a robustez de um ecossistema de negócios baseado na micro e pequena empresa e na cultura empreendedora de um povo que vem fazendo uma verdadeira revolução em uma das regiões mais afetadas pela escassez hídrica no Brasil e que enfrenta desafios comparáveis aos de algumas das áreas mais secas do mundo. Esses números não apenas confirmam a força desse ecossistema de negócios mas, também, mostram como a capacidade de adaptação, a criatividade e a cultura empreendedora da região transformam desafios em oportunidades, consolidando o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco como um dos mais dinâmicos do Brasil. *Bruno Bezerra é administrador de empresas e atual presidente da CDL Santa Cruz do Capibaribe-PE

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Leo Lourenco Profissional de MKT

Quem Sou Eu, Enquanto Gestor e Líder?

*Por Léo Lourenço Ontem, recebi uma mensagem que me fez refletir profundamente. Uma antiga estagiária, que trabalhou comigo há quase 15 anos, me procurou pedindo uma indicação profissional. No meio da conversa, ela disse algo que mexeu comigo: “De todos os lugares por onde passei, você foi o melhor gestor com quem trabalhei. O que mais ouviu, mais deu oportunidades, mais confiou em mim.” Essas palavras ecoaram em mim. Agora, sem conseguir dormir, decidi escrever. Me perguntei: Quem sou eu como líder? No que acredito? O que busquei construir nesses 20 anos? A resposta veio rapidamente: sempre trabalhei com pessoas talentosas e sempre enxerguei além dos cargos. Desde meu primeiro time na FBV, percebi que, mesmo jovens e inexperientes, cada um trazia algo único. Isso se repetiu na FAVIP, na FPS e, agora, na Bahiana. Foram 48 profissionais que passaram pelos meus times ao longo desses anos. Vi estagiários virarem gerentes, jornalistas se tornarem coordenadores, operadores de telemarketing se transformarem em palestrantes reconhecidos. Não foi sorte, nem acaso. Sempre enxerguei potencial onde muitos não viam. Nunca tive medo de trabalhar com quem fosse melhor do que eu. Pelo contrário, sempre busquei construir relações de confiança genuína, onde a autonomia e a liberdade fizessem parte do processo. Nunca decidi nada sozinho. Nunca falei “eu”, sempre falei “nós”. Acredito no aprendizado contínuo e no equilíbrio entre teoria e prática. Planejamento sempre fez parte do meu método, mas nunca permiti que a rigidez matasse a criatividade. “Gurus” do marketing nunca tiveram espaço nos meus times. Ao longo dessa jornada, percebi que liderança não é sobre títulos ou status, e sim sobre impacto real. Se meu time cresce, eu cresço. Se eles vencem, eu venço. Este sou eu, enquanto gestor e líder, buscando ser melhor a cada dia há 20 anos. *Léo Lourenço é profissional de Marketing há 20 anos, fundador do Club do MKT e gerente de marketing da Escola Bahiana de Medicina

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A interiorização da educação superior e o impacto sobre a economia sertaneja

*Por Geraldo Eugênio A expansão do ensino médio e superior para o interior do País aconteceu em 2004 no primeiro mandato do presidente Lula e é um movimento digno de admiração. Em todo o País foram abertas 14 universidades federais, mais de 120 campi, e centenas de campi dos institutos federais que passaram a oferecer ensino de nível médio e superior. Raros são os países que em pouco mais de uma década ampliaram a oferta de vagas à sua juventude, como o Brasil. A interiorização da educação superior, porém, foi questionada por alguns. Vamos então analisar cada uma das críticas: 1 - Estudantes do interior não seriam tecnicamente preparados para ingressarem em uma universidade. Com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), ocorreu uma mudança no acesso à universidade. Apesar dos alunos que ingressavam estarem mais qualificados, por terem obtido melhores notas, o diferencial é a motivação. Para a maioria dos jovens do interior entrar numa universidade pública era o sonho que os pais e toda a família alcançaram através dele. Na metade do curso os estudantes do interior das áreas agrárias, em particular, estão tão bem ou mais bem qualificados do que os jovens da capital. Há também exemplos edificantes do desempenho de jovens médicos quando expostos à seleção para residentes em escolas e hospitais exigentes. 2 - Haveria uma superoferta de profissionais formados não passíveis de absorção pelo mercado. O fato é que com a economia dos municípios do interior, mesmo os mais longínquos, estando aquecida, a demanda por pessoas qualificadas aumentou e o aproveitamento dos egressos em áreas como comércio, administração, economia, contabilidade, sistemas de informação tem permitido dizer que a procura seja superior à oferta. As escolas têm feito a sua parte em incentivar a aproximação entre a academia e os empresários e, de forma especial, a inserção do jovem na empresa como estagiário, trainee ou bolsista. 3 - Faltaria qualificação técnica às novas escolas, uma vez que a região não contava com professores pós-graduados e os formados em grandes centros não estariam dispostos a ocupar as vagas abertas. Os investimentos em treinamento de jovens pesquisadores e professores foi intenso nas últimas décadas, permitindo o preenchimento das vagas em qualquer modalidade por profissionais qualificados. Apesar da taxa de fixação ainda ser menor do que se espera, centenas de jovens professores têm o semiárido como sua opção de vida afetiva, profissional e familiar. 4 - A infraestrutura das cidades não comportaria uma expansão acelerada com o número de colaboradores e alunos que demandariam por habitações, escolas, hospitais, comércio, comunicação, logística. A primeira vez que estive em Serra Talhada foi em 1977. A rodoviária do Recife era no Cais de Santa Rita. A empresa que opera a linha desde então era a Progresso, com seus ônibus Mercedes Benz, com o motor na traseira, emitindo calor e ruído. Ao chegar em Serra, onde não existia terminal rodoviário, o ponto de parada era um bar. A cidade tinha poucas opções de restaurante, de comércio e o telefone era algo tão escasso que aqueles que trabalhavam aqui, mas eram de outras cidades usavam o posto telefônico, que contava com o bom atendimento de duas irmãs sempre amáveis e educadas. O lazer semanal era a missa na igreja matriz seguindo-se dos desfiles das jovens a mostrar a beleza e o que tinham de melhor em termos de moda. Aos jovens ainda não comprometidos cabia sentar-se em uma mesa do Morumbi ou de uma barraca em frente à atual agência do Banco do Brasil e esperar um sinal que lhe autorizasse estabelecer um contato e, em sendo bem-sucedido, iniciar um namoro. Hoje, há um consenso entre o povo de Serra Talhada que a instalação da UFRPE-UAST atraiu novos investimentos em educação, dinamizou o mercado imobiliário, demandou novos serviços, um comércio dinâmico, restaurantes, bares, clínicas, hospitais e, em menos de 20 anos, o que e vê é uma cidade que oferece um padrão de vida que não deixa nada a desejar das grandes cidades ou da capital. Com a expansão das escolas, universidades e institutos praticamente consolidada, surge um problema positivo que é a inserção dos egressos no mercado de trabalho. O desafio é cultivar a esperança de jovens que chegaram à universidade, que agora necessitam do suporte de agentes bancários, instituições de fomento, associações de classe e da própria escola para torná-los jovens empresários e empreendedores capazes de acelerar o desenvolvimento regional. O fato é que a educação faz e fará de modo ainda mais intenso a diferença entre o que significa uma região estagnada e outra próspera. *Geraldo Eugenio é professor titular da UFRPE-UAST (Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada).

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Administrar conflitos: uma realidade da liderança

Um dos principais papéis da liderança é, sem sombra de dúvida, administrar os diversos conflitos que surgem no dia a dia das empresas, já que quando não administrados adequadamente podem impactar diretamente no desempenho dos profissionais, no clima de trabalho e nos resultados empresariais. Com frequência, os líderes relatam dificuldade de lidar com essas situações e demandam, muitas vezes, soluções mágicas para eliminá-las. É preciso compreender que o conflito é inerente à vida, inclusive, das empresas e é um grande indutor de transformações e mudanças, portanto, não é possível eliminá-lo mas, sim, administrá-lo como matéria-prima da ação de qualquer liderança. Apesar de ser vital para o crescimento da empresa, lidar com conflitos gera muito desconforto e, em algumas situações, até sofrimento. Isso porque temos a fantasia de um ideal de harmonia impossível de ser alcançado e o entendimento equivocado de que conflitos significam brigas, por isso frequentemente as pessoas reagem com preconceito, negando ou tentando evitar. Esses comportamentos funcionam como uma espécie de mecanismos defensivos para se proteger. Porém, não tratar ou evitar situações de discordância, confronto de ideias e divergências não favorece o trabalho do líder, pelo contrário, tende à criação de sintomas (que são reações deslocadas dos conflitos) que surgem como atitudes de acomodação, desmotivação, falta de cuidado com a atividade desenvolvida, irritação, entre tantos outros, que podem gerar um descrédito em relação ao líder e maiores demandas de retrabalho, além de tensão no ambiente de trabalho. Mas, afinal, como o líder pode administrar essas situações? Primeiro, entender que qualquer coisa pode ser objeto de conflito (espaços físicos, atribuições confusas, estilos e competências diferentes, recursos etc.) e é a forma como cada um vivencia subjetivamente as situações que fará o conflito ser mais intenso ou não. Depois, admitir que há o conflito sem dramas ou omissões e criar um espaço seguro para que os envolvidos possam falar de suas percepções sem receio de serem punidos. Nesses momentos, o líder precisa ter disponibilidade para escutar, abertura para o diálogo e reforçar com todos a importância de tratar a situação de modo facilitador (sem acusações, afrontas ou desrespeito). É papel da liderança compreender adequadamente a natureza do conflito, o que está em jogo e procurar ser imparcial para facilitar a condução da situação na busca por soluções possíveis para a realidade da empresa, alinhadas às definições institucionais e que, de preferência, sejam construídas em conjunto. Quando o líder tornar uma prática tratar os conflitos e administrá-los bem junto à sua equipe, o resultado é sempre positivo, como uma maior maturidade do grupo, criação de vínculos de confiança, ampliação da autonomia dos envolvidos, além de um clima de trabalho mais saudável. *Carolina Holanda é sócia da TGI Consultoria

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Negócios Gasosos: A Era da Economia Volátil e Espalhada

*Por Rafael Figueiredo e Rafael Toscano O mundo dos negócios sempre foi um território que valorizou o sólido, enraizado em estruturas firmes, como os grandes edifícios que compõem os centros financeiros. Durante muito tempo, essa base funcionou bem, refletindo uma cultura corporativa que prezava por hierarquias definidas, planos de cinco anos e contratos assinados em papel. No entanto, as coisas começaram a mudar quando a internet veio para “derreter” as barreiras do mercado. Tal como o sociólogo Zygmunt Bauman descreveu as relações modernas como “amores líquidos”, os negócios também começaram a se tornar líquidos, mais dinâmicos e flexíveis. Mas, com o boom da inteligência artificial (IA), entramos em uma nova fase: a era dos “negócios gasosos”. De Sólido a Líquido: A Transformação das Bases dos Negócios Para entender essa história, precisamos voltar ao momento em que a internet abriu as portas para a fluidez dos negócios. Antes, era preciso toda uma estrutura para abrir uma empresa – um espaço físico, um estoque, uma equipe. Com o tempo, o e-commerce e o trabalho remoto tornaram a rigidez dos escritórios desnecessária. Surgiram startups e pequenas empresas que, como líquido, preenchiam espaços e se adaptavam a novos formatos, facilitando o nascimento de negócios escaláveis e inovadores. É o que podemos chamar de fase “líquida” dos negócios, onde a tecnologia permitia que a empresa fluísse sem uma base física sólida, aproveitando-se de um mundo cada vez mais conectado. Os negócios se tornaram fluidos: era possível se comunicar com qualquer um, de qualquer lugar. Aplicativos, plataformas digitais e o e-commerce viraram a “nova onda”. Era o começo de uma era em que os negócios deixaram de ser "caixas" para se tornarem “redes” flexíveis. O Estado Gasoso: A Inteligência Artificial e a Economia Volátil Com o surgimento e a expansão da IA, passamos a viver numa nova camada, onde os negócios parecem mais espalhados, voláteis e imateriais do que nunca. Hoje, estamos na era dos “negócios gasosos”, onde as interações, transações e até as infraestruturas são quase invisíveis, permeando todos os aspectos de nossa vida de forma sutil. Pense em como a IA já está integrada em tudo ao nosso redor: seja nas recomendações de filmes, nos aplicativos de mensagens, na personalização de anúncios ou nas tecnologias que permitem, literalmente, "conversar" com o próprio software para fechar um negócio. A IA não só automatizou e agilizou processos; ela mudou a lógica das empresas e o comportamento dos consumidores. Agora, os negócios não têm mais um ponto de referência ou um formato fixo. A IA permitiu a criação de experiências personalizadas em uma velocidade exponencial, pulverizando a oferta de produtos e serviços ao ponto de ela estar presente em diferentes formatos para diferentes pessoas – tudo ao mesmo tempo. Os negócios gasosos são aqueles que conseguem se moldar, se dividir e se multiplicar em resposta às necessidades, preferências e peculiaridades de cada usuário. E aí? O Que Muda na Dinâmica do Jogo? Se antes as empresas precisavam planejar uma campanha para alcançar determinado público, agora a IA já desenha automaticamente a experiência que cada pessoa vai vivenciar. As redes sociais, as lojas virtuais e os aplicativos usam algoritmos para prever o que o consumidor quer e já apresentar essa possibilidade na forma de produtos ou serviços ajustados individualmente. Os negócios gasosos não precisam mais de escritórios, de um estoque fixo ou de sistemas físicos para funcionar. A computação em nuvem, os servidores distribuídos e a própria IA criam uma estrutura que existe apenas no espaço digital. É como uma névoa tecnológica: você não vê, mas sabe que está lá, sustentando o funcionamento de tudo. É essa “atmosfera” de sistemas conectados que permite a existência de negócios em plataformas como o Google, a Amazon e o próprio ChatGPT. Em um negócio gasoso, as ações não são pensadas com base em um plano rígido, mas em dados instantâneos. A IA coleta e analisa informações em tempo real, dando a cada empresa a capacidade de se adaptar ao que o consumidor espera. Um restaurante pode mudar o menu com base no clima do dia, uma loja pode ajustar o preço de um item ao vivo, dependendo da demanda. A volatilidade dos negócios não é um “problema”, mas uma vantagem que permite mudanças em minutos, ajustando-se ao mercado quase como o vento que muda de direção. Claro que essa nova fase traz desafios. Assim como é difícil tocar o ar, é difícil também controlar um negócio que está sempre mudando, se moldando e respondendo a estímulos. Empresas que não conseguem se adaptar a essa volatilidade acabam ficando para trás. Outro desafio é a segurança: quanto mais “gasosos” os negócios se tornam, mais vulneráveis eles ficam a vazamentos e invasões, como se uma simples “rajada” pudesse trazer consequências graves. Como Navegar nas Ondas de Gás? Ser gasoso é, em parte, se desfazer de certezas e aprender a viver em um ambiente onde as mudanças são frequentes. Ao contrário dos negócios sólidos, os negócios gasosos precisam de líderes e equipes que saibam operar com rapidez, adaptando-se a novas informações e mercados. É preciso abraçar a incerteza. O mercado está menos previsível do que nunca, mas ao invés de ver a volatilidade como uma fraqueza, empresas de sucesso aprendem a usá-la como vantagem, experimentando e inovando de forma contínua. Em última análise, a economia gasosa depende de dados e da capacidade de entender o cliente em tempo real. Assim, é necessário o investimento em sistemas que ajudem sua empresa a captar e interpretar essas informações e transforme a IA em sua aliada. Dizer que os negócios se tornaram gasosos não significa que não há espaço para crescer e prosperar, muito pelo contrário. As empresas que entendem e aceitam a natureza volátil do mercado atual têm a chance de evoluir e oferecer experiências únicas a cada cliente. Em vez de controlar todos os aspectos, como numa estrutura sólida, as empresas gasosas têm uma proposta quase orgânica, de se espalhar e permear a vida dos consumidores. Na era dos negócios gasosos, o que vale é

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A importância do aprendizado contínuo para progredir na carreira

Por Andréa Carvalho No cenário dinâmico e competitivo do mercado de trabalho atual, o aprendizado contínuo se tornou não apenas um diferencial, mas uma necessidade para o crescimento profissional. Com a rápida evolução das tecnologias e a constante mudança nas demandas do mercado, manter-se atualizado e desenvolver novas habilidades é o um passo essencial para o sucesso a longo prazo. Historicamente, o conceito de carreira era visto como uma trajetória linear, em que uma pessoa se desenvolvia dentro de uma única área ou empresa, seguindo uma sequência previsível de promoções. No entanto, o mercado de trabalho mudou consideravelmente. Hoje, as trajetórias profissionais são mais diversas e fluidas, com a exigência de aprendizado contínuo. Adquirir novas competências, aprimorar às existentes e estar atento às tendências de mercado são fundamentais para se manter competitivo. É importante compreender que, além do desenvolvimento técnico, o aprendizado contínuo envolve, também, o aprimoramento das chamadas soft skills, ou habilidades interpessoais, que são cada vez mais valorizadas no ambiente corporativo. A capacidade de trabalhar em equipe, liderar, comunicar-se de forma eficaz e adaptar-se a novas situações são algumas das competências que diferenciam os profissionais bem-sucedidos. A busca pelo desenvolvimento pessoal e profissional é também uma maneira de fortalecer essas habilidades comportamentais. Participar de cursos, workshops e interagir com diferentes profissionais ajuda a desenvolver uma postura mais colaborativa, empática e resiliente. No entanto, um dos maiores desafios para o aprendizado contínuo é saber por onde começar e como estruturar um plano eficaz. Um bom ponto de partida é identificar quais são as tendências da sua área de atuação e as habilidades que estão em alta demanda. Plataformas como LinkedIn, pesquisas de mercado e troca de informações com outros profissionais podem ajudar a entender as competências mais relevantes no momento. Além disso, é importante estabelecer metas de aprendizado realistas e mensuráveis. Isso pode incluir a conclusão de cursos, a leitura de livros relevantes, a participação em eventos ou a obtenção de certificações. O fundamental é garantir que esse aprendizado seja contínuo e integrado à rotina do profissional. Com a transformação digital e o surgimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, por exemplo, o aprendizado contínuo assume um papel ainda mais relevante. A velocidade com que essas inovações impactam o ambiente de trabalho exige que os profissionais estejam sempre prontos para adquirir novas competências e se adaptar às mudanças. Essa realidade se aplica a todos os setores e níveis hierárquicos e, independentemente do ponto da carreira em que um profissional se encontra, há sempre espaço para crescimento e evolução. O aprendizado contínuo é, portanto, um dos pilares para quem deseja progredir na carreira. Em um mundo cada vez mais incerto e competitivo, os profissionais que se destacam são aqueles que estão dispostos a aprender, desaprender e reaprender continuamente ao longo de sua jornada. Manter-se atualizado, aprimorar habilidades técnicas e comportamentais e investir no desenvolvimento pessoal são atitudes que não só aumentam as chances de sucesso, mas também trazem realização pessoal e profissional. Andréa Carvalho é psicóloga e sócia-fundadora da TGI Consultoria.

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O Futuro das startups de inteligência artificial no Brasil: inovações, desafios e oportunidades

*Por Rafael Toscano e Pedro Casé A inteligência artificial (IA) tem se consolidado como uma das tecnologias mais disruptivas do século XXI, transformando indústrias inteiras e criando novas oportunidades em diversos setores. No Brasil, o ecossistema de startups que utilizam IA está em plena expansão. Atualmente, são aproximadamente 800 startups no país aplicam IA em suas soluções, com um crescimento expressivo nos últimos anos. No entanto, apesar desse avanço, muitos desafios precisam ser enfrentados para que a IA atinja todo o seu potencial no mercado brasileiro. O crescimento das startups de IA no Brasil Nos últimos cinco anos, o Brasil viu um aumento considerável no número de startups que adotam IA como parte central de suas operações. Entre 2020 e 2024, setores como AgTech, HealthTech, RetailTech e MarTech registraram uma alta significativa no uso de IA para automatizar processos, personalizar serviços e melhorar a eficiência operacional. Agricultura de precisão, análise preditiva e automação de máquinas são alguns exemplos de como a IA está sendo utilizada para resolver problemas complexos em tempo real​. Um fator que impulsiona essa expansão é a crescente demanda por soluções que combinem alta tecnologia com custo-benefício, especialmente em áreas como saúde e agricultura, que enfrentam desafios recorrentes. Startups como NeuralMed, que utiliza IA para auxiliar em diagnósticos médicos, e Agronow, que aplica análises preditivas para otimizar a produtividade agrícola, estão na vanguarda dessas inovações. Essas empresas mostram que a IA não está limitada a setores altamente especializados, mas pode beneficiar indústrias amplas e fundamentais para a economia brasileira​. Investimentos em startups de IA Com o aumento da adoção de IA, o Brasil também tem visto um influxo significativo de investimentos no setor. Somente em 2023, o valor investido em startups que utilizam IA cresceu consideravelmente, com destaque para áreas como automação de processos, cibersegurança e análise de dados. Esses investimentos estão permitindo que startups inovadoras não só consolidem suas operações, mas também escalem suas soluções para mercados internacionais​. O relatório destaca que os principais investidores estão apostando em startups que desenvolvem soluções para grandes indústrias e setores de alto impacto, como a saúde e o agronegócio. Isso não apenas amplia as oportunidades de crescimento dessas empresas, mas também fortalece o ecossistema como um todo, promovendo um ciclo virtuoso de inovação. Além disso, a movimentação no mercado de fusões e aquisições (M&A) também aponta para uma tendência de consolidação. Muitas startups de IA estão sendo adquiridas por grandes empresas, interessadas em incorporar tecnologias inovadoras em seus processos. Isso cria uma oportunidade para que startups menores se tornem parte de corporações maiores, acelerando o impacto de suas inovações. Desafios e barreiras para o crescimento da IA no Brasil Apesar das oportunidades, as startups brasileiras de IA enfrentam desafios significativos. Um dos principais é a regulamentação. Atualmente, não há uma legislação específica no Brasil que aborde os aspectos éticos e legais do uso da IA. Isso cria incertezas para as empresas, que muitas vezes ficam sem diretrizes claras sobre como utilizar a tecnologia de maneira ética e responsável​. A qualificação profissional também é uma barreira. A escassez de profissionais especializados em IA e aprendizado de máquina afeta tanto startups quanto grandes empresas, que têm dificuldade em encontrar e reter talentos qualificados. Essa falta de mão de obra qualificada está entre os principais desafios para o crescimento contínuo do setor, o que gera uma corrida por capacitação e desenvolvimento de talentos locais. Outro ponto crucial é a gestão de dados. A IA depende de grandes volumes de dados para funcionar eficientemente, mas muitas startups ainda enfrentam dificuldades em coletar, armazenar e processar essas informações de maneira eficiente. A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil trouxe novos desafios para as empresas que lidam com grandes volumes de dados, exigindo que elas adotem práticas mais rigorosas de privacidade e segurança. Por fim, a confiança no uso da IA ainda é um problema para muitas empresas brasileiras. Embora as soluções de IA estejam cada vez mais precisas, muitas companhias ainda hesitam em adotá-las plenamente, seja por falta de conhecimento ou por receio dos impactos que isso pode trazer para suas operações. Esse é um desafio cultural que precisa ser superado para que o país alcance um nível de adoção comparável ao de mercados mais maduros. Perspectivas para o futuro Olhando para o futuro, o ecossistema de startups de IA no Brasil parece promissor, mas seu sucesso dependerá de uma série de fatores. Um deles é a capacidade de criar um ambiente regulatório favorável, que permita o desenvolvimento ético e seguro da IA. Iniciativas que promovam a cooperação entre governo, setor privado e academia serão fundamentais para criar um ecossistema robusto e preparado para lidar com os desafios tecnológicos​. Além disso, o Brasil precisa continuar a investir na educação e capacitação profissional. Programas de incentivo à formação de profissionais especializados em IA, tanto em nível técnico quanto acadêmico, serão essenciais para garantir que o país consiga acompanhar as tendências globais e se manter competitivo no cenário internacional. Outro fator importante será a democratização da IA. À medida que a tecnologia se torna mais acessível, startups e pequenas empresas terão a oportunidade de incorporar IA em seus processos, tornando suas operações mais eficientes e competitivas. Essa democratização está sendo impulsionada pelo desenvolvimento de plataformas de IA de baixo custo e de fácil uso, como ferramentas de machine learning e IA generativa acessíveis por APIs, o que permite que até empresas com poucos recursos possam se beneficiar dessas tecnologias. A adoção de IA por startups menores e empresas emergentes também cria um cenário no qual a inovação não é exclusiva de grandes corporações. Empresas de todos os tamanhos podem utilizar IA para aprimorar seus serviços, otimizar processos internos e personalizar a experiência do cliente. Por exemplo, no setor de varejo, a IA pode ser utilizada para recomendar produtos com base em análises preditivas do comportamento do consumidor, enquanto no setor agrícola, startups podem usar IA para melhorar a precisão na gestão de colheitas e no monitoramento do clima.

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Desafios de liderar em ambiente de mudança

*Por Fátima Guimarães Nos últimos tempos, o ambiente de trabalho das empresas tem sido profundamente impactado por transformações de diversas naturezas. No topo da lista, aparecem as mudanças culturais, estimuladas principalmente por um novo perfil de profissionais e equipes que desafiam a todo momento o que é tradicional, com novas formas de pensar, agir, trabalhar e relacionar-se nos espaços organizacionais e fora deles. Além disso, a adoção de novas tecnologias, como a inteligência artificial, a automação e o uso de ferramentas de colaboração digital, vem redefinindo o modo como o trabalho é realizado e como se dá a interação entre as pessoas. Esse ambiente em transformação tem representado uma série de desafios para todos os integrantes da organização, em especial para os seus gestores, que têm a difícil tarefa de não apenas monitorar o ritmo acelerado das mudanças e inovações, mas também de assegurar que suas equipes estejam preparadas e estimuladas para lidar bem com essa nova realidade. Serem capazes de “surfar” em meio às ondas de renovação do cenário atual é crítico para o sucesso e a sustentabilidade da organização. A questão que se segue: que atitudes podem ser facilitadoras para o enfrentamento desses desafios? A primeira delas, talvez a mais essencial, é assumir uma postura proativa e de abertura para a compreensão da mudança, o que geralmente exige do gestor conhecer referências inéditas ao seu repertório e conviver com padrões culturais não triviais, sem considerá-los como ameaça, ou sem a ânsia de tornar-se um especialista em tudo o que aparece de novo. Adotar uma postura estratégica, avaliando os impactos positivos e negativos que os novos comportamentos, os novos métodos de trabalho, os novos perfis profissionais podem trazer à vida organizacional é uma atitude sensata e certamente favorável. Um outro fator importante é o cuidado em manter alguma estabilidade em meio a essa profusão de novidades. Henry Mintzberg, classificado entre os 10 mais influentes pensadores da área da gestão, em seu livro Managing – Desvendando o Dia a Dia da Gestão (2009) adota o conceito de Charada da Mudança, em que faz um interessante contraponto: de um lado, o gestor precisa se adaptar e, mais ainda, liderar os processos de mudança; de outra parte, deve fazer a imprescindível gestão da continuidade para manter o rumo enquanto as mudanças são implantadas. Ou seja, a gestão da mudança e a gestão da continuidade caminham juntas, buscando-se sempre manter o ponto de equilíbrio entre inovação e preservação. Se a mudança exige a construção de novos padrões, novas referências e atualização dos modelos e processos de trabalho, a prática de um monitoramento sistemático funciona como apoio fundamental para que o rumo seja mantido, possibilitando a identificação prévia de dificuldades e resistências, ou, ainda mais importante, a correção dos problemas em tempo hábil. E nesse ponto, vale reforçar que, ao monitorar, o gestor deve privilegiar soluções coletivas em que os envolvidos participem, além de estabelecer e consolidar um clima de troca e colaboração. No mesmo livro já citado, Mintzberg afirma que “os gerentes eficazes não agem como vítimas, são agentes de mudança, não alvos de mudança; eles seguem o fluxo, mas também criam o fluxo”. E, mais adiante, dá importante “dica” sobre o perfil do gestor, bem adequado aos tempos atuais: “gestão é para pessoas que gostam do ritmo, da ação e dos desafios, seja lá de onde veem, seja lá para onde eles a levem”. Fátima Guimarães é sócia-fundadora da TGI Consultoria.

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Inovações Eficientes: Melhorias na logística que não exigem grandes investimentos

*Por Jéssica Couto No cenário logístico atual, a inovação é muitas vezes ligada a tecnologias avançadas, como robôs e RFID. Apesar de essenciais, essas soluções enfrentam barreiras financeiras e estruturais em muitas empresas. No entanto, a inovação também pode vir da criatividade e adaptação às condições específicas de cada negócio. No Brasil, muitos centros de distribuição têm restrições orçamentárias que limitam a adoção de tecnologias de ponta. O Grupo Trino se destaca ao aplicar metodologias como Lean Six Sigma e WCM para oferecer melhorias significativas sem grandes investimentos. Um exemplo é a adaptação de carrinhos para mover geladeiras e máquinas de lavar, que também servem para outros materiais pesados e frágeis. Essa modificação aumentou a eficiência em 30%, exigindo menos esforço da equipe. Outra inovação é o desenvolvimento de um elevador de cargas, criado em parceria com um cliente, para otimizar o espaço de armazenagem a um custo reduzido. Além disso, o centro de treinamento DOJÔ em Alhandra, Paraíba, e o novo Center Learning em Simões Filho, oferecem treinamentos especializados e infraestrutura para capacitar colaboradores com segurança e eficiência. Também desenvolvemos aplicativos para agendamento de caminhões, redefinição de layouts e políticas de premiações que impactam positivamente a segurança e produtividade. A inovação na logística não se resume apenas à tecnologia de ponta. Um bom profissional deve buscar sempre otimizar processos com os recursos disponíveis, alcançando melhores resultados e abrindo caminho para melhorias futuras. Não existe uma fórmula única para a logística; cada cliente possui uma realidade e necessidades específicas. No Grupo Trino, acreditamos que a inovação eficiente é aquela que respeita essas particularidades e oferece soluções personalizadas e acessíveis. *Jéssica Couto é diretora de marketing e PCS (Planejamento, Contabilidade e Suprimentos) do Grupo Trino

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