Arquivos Cultura e história - Página 42 de 360 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Cultura e história

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A arte e as impressões de mundo nas telas Hava Ramalho

*Por Rafael Dantas | Fotos: Alexsandro Leite (especial para a Algomais) Os temas e as referências nas telas parecem a expressão de um artista mais velho, mas sua autora tem apenas 17 anos. Um pouco de histórica, umas pinceladas de filosofia e os traços que nascem da inspiração da Hava Ramalho vão formando um acervo de pinturas que ainda está restrito à família, mas que ela deseja expor ao mundo. Autista, a jovem pintora se interessa pela arte desde a infância, mas há dois anos se dedica regularmente às aulas e a experiência de levar para o pincel as imagens que nascem nos seus sonhos, reflexões e incômodos, especialmente sobre questões sociais. Hava Ramalho é filha do artista plástico Marram Med (que integrava a Sociedade Pernambucana de Artistas Plásticos), que faleceu há 13 anos, quando ela era criança. Nascida no Recife, mas tendo passado a infância no município de Tracunhaém, ela se mudou com a mãe, a assistente social Nane Medeiros, há 4 anos para Camaragibe e, em seguida, de volta para a capital pernambucana. No entanto, as manifestações culturais que conheceu quando era pequena estão entre os maiores destaques da sua obra. As telas preferidas dela envolvem os caboclinhos de lança. As suas inspirações, entretanto, atravessam em muito os limites das referências que aprendeu na zona da mata pernambucana. A jovem artista plástica acaba de concluir o ensino médio na Escola Técnica Estadual Professor Alfredo Freyre, localizada no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife. Durante esse período, teve a oportunidade de realizar, em paralelo ao ensino médio, o curso técnico em artes visuais. Além de sua dedicação à pintura, ela é uma leitora voraz, explorando desde a literatura brasileira e as histórias de Machado de Assis até a filosofia de pensadores como o alemão Friedrich Nietzsche, o romeno Emil Cioran e o russo Fiódor Dostoiévski. Entre os autores pernambucanos, destaca-se o clássico 'Sobrados & Mucambos', do sociólogo Gilberto Freyre, que serviu de inspiração para uma de suas pinturas. Como uma apaixonada pela arte, ela também tem um repertório extenso para uma adolescente, estudante da rede pública de ensino e que nem foi para tantas exposições. Entre os artistas plásticos que mais a inspiram estão o surrealismo do espanhol Salvador Dali, do português Cruzeiro Seixas, do pernambucano Cícero Dias, além também as obras do seu pai. Embora suas pinturas passeiem entre diferentes estilos, ela gosta de dizer que sua arte é "super naturalismo", que bebe nas fontes do surrealismo e do impressionismo. "Eu misturo um pouco do surrealismo e do impressionismo. O professor já diz que eu misturo. Tenho esse conceito que sou super naturalista. Não gosto de me conectar muito a uma ou a outra", conta Hava. Entre os traços do surrealismo, ela diz que tem a prática de pintar sonhos. "Sou meio que surrealista, ao acordar tento pegar meus sonhos e transformar em obras. Algum conceito do meu sonho. Salvador Dalí fazia isso, anotava sonhos e transformava em alguma coisa. Vou colocando também a consciência na folha. Penso em uma coisa e vou conectando com outras". A temática da desigualdade social está expressa de forma direta ou indireta em vários de suas pinturas. A diferença social, a necessidade de nascimento de um novo Brasil e as expressões de dor e de sofrimento estão colocados nas telas. Das imagens da cultura e paisagens locais estão os caboclinhos da zona da mata, estão as periferias da Região Metropolitana do Recife, algumas figurações que parecem os bonecos de barro - típicos de Caruaru e de Tracunhaém. Em uma de suas obras, uma bandeira do Brasil se forma a partir da gema de dois ovos que foram quebrados. Hava faz mistério ao contar o que cada inspiração significava, mas nesse quadro ela conta: "É uma pessoa quebrando o ovo e saindo a bandeira do Brasil, porque eu sinto que o Brasil precisa renascer de novo". O Palácio do Planalto, com uma multidão de pessoas, tendo o sinal da diferença marcando o prédio desenhado por Oscar Niemeyer, é outra obra que não passa despercebida e que traz um diálogo muito forte com as questões sociais do País. Para conhecer mais da trajetória da jovem pintora, é possível segui-la no seu perfil do Instagram, onde expõe suas pinturas mais recentes (@havaramalho). Hava acabou de encerrar o ensino médio, tem sonho de vender suas obras e segue sua caminhada de formação artística, pintando e refletindo. Tem potência de expor uma arte que vai além do que é belo, mas da que provoca, incomoda e abre a possibilidade de diferentes interpretações. Como a maioria dos artistas, ela não gosta de explicar o que pintou. Ela deixa essa missão aos olhos que contemplam suas telas. *Rafael Dantas é jornalista e repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Olhar poderoso sobre cotidiano e as coisas da vida

Por Ney Anderson No verso do cartão do pedágio estão fotos de pessoas desaparecidas. Em outro momento, os horrores presentes em uma exposição e a pureza do coração selvagem nas pinturas inclassificáveis de Clarice Lispector. Há também as espetaculosas exposições sem obras, ditas imersivas, com o uso da tecnologia audiovisual. Ainda a estátua da famosa poeta com as mãos arrancadas, vandalizada não apenas através da figura inanimada, mas na memória depredada e desrespeitada.   O filho que chega com hora marcada para ir embora. Uma mãe que tudo sabe. As coisas que nos deixam sem palavras e, consequentemente, a importância do silêncio. Sombras que são esconderijos. Cães chorosos nas férias dos donos ao serem enviados para hotéis pet e as consequências dos desastres ambientais, misturadas com histórias de crianças que perdem a infância e a sebedoria dos mais velhos. As coisas não ditas de uma senhora leitora na intimidade deixada nos rabiscos dos seus livros da pequena biblioteca particular. Tudo isso e mais um pouco faz parte das histórias presentes no livro de crônicas “Turno da Madrugada”, da autora Mariana Ianelli, publicado pela editora Ardotempo. Na antologia composta por 130 crônicas, publicadas entre 2010 e 2022 em livros, jornais e sites, a autora cria mundos a partir de imagens que lhes surgem constantemente. Como as pessoas que desapareceram por vontade própria, em busca de novas histórias. A cronista reflete sobre os lugares distantes, e seus respectivos nomes diferentes, que apenas chegam para pessoas ao redor do mundo por conta das suas íntimas tragédias.   Como boa cronista atenta, Mariana observa os mínimos detalhes e retira daí o extrato fino para os seus textos. Mesmo nas mais tristes das histórias, como as dos condenados à morte em algum país, há um trato refinado. A cronista joga o leitor para dentro da cena, sendo impossível não sair marcado de alguma maneira. Mariana tenta descrever, por exemplo, o que é o silêncio, o verdadeiro silêncio. E descobre ser o lugar onde se habita. O poeta Rilke, retratado por ela, um sedutor celestial. A poesia como espelho para ver o mundo, além dos livros. E pessoas anônimas de feitos interessantes, reveladas em lápides cheias de nomes e histórias no cemitério. Alguns textos do “Turno da madrugada”, por vezes, se assemelham aos contos, por conta da estrutura quase ficcional, recheada por detalhes. A observação de Matilde, a fiel funcionária da avó, com as suas vidas secretas. A morte dessa mesma avó em um outubro azul, dia de Nossa Senhora Aparecida, está presente na obra. Crônicas sobre filmes diversos, o impacto que uma triste fotorreportagem causa no mundo, alçando o seu autor ao céu dos prêmios e ao inferno do remorso. Vários textos são nada mesmo do que incríveis.  Sobre crônica sobre as muitas vidas dos livros e a estranha e perfeita combinação dos exemplares dispostos em uma biblioteca. Onde Saramago e Lobo Antunes podem viver pacificamente, lado a lado, nas prateleiras. Da mesma forma que Garcia Márquez e Vargas Llosa. Entre tantos outros exemplos, tendo os gatos, seres quase mágicos, a caminhar sob todos eles. A partir de cenas aparamente simples, como o menino que deixa escapar o seu balão, a autora entra por mundo novos. Crônicas sobre a finitude e o que fazer da vida, com os finados nunca findando de verdade, permanecendo presos à terra.  Ianelli desfila textos sobre temas atuais, como o jovem escritor que prega em seu recente livro as vinte razões para parar de ler. Aliás, muitos são os poetas e santos que rondam “Turno da madrugada”, relevando a suas intimidades em cartas e mais cartas, com lições e ensinamentos. Dor de ternura das pequenas grandes coisas da vida. Amigos de um só dia, provérbios de tempos passados que chegaram aos dias de hoje, alguma tentativa de explicação para coisas absurdas e a viva respiração de um êxtase são costurados por Mariana com linhas invisíveis. O acontecido e o imaginado misturados ao olhar poético da autora, a epopeia de uma concordância, que vai passando, passando, sem ninguém perceber. São textos que conversam com o leitor e chamam para dançar perguntando como está a paz de quem os lê. A memória de um livro esquecido na estante. O falso cotidiano da madrugada em vidas sonâmbulas e o que vibra dentro de cada um. Os cantos de pássaros noturnos, o ato sexual à luz do dia, que na visão da cronista ganha ares de poesia e de ficção. Mariana Ianelli se pergunta em determinado momento: o que se pode salvar de um mundo em chamas? A forma premonitória que os escritores escrevem é pensado pela autora. A misteriosa telepatia e a eterna sucessão de eternidade. Enquanto olha pela janela a cronista imagina e vislumbra os temas. Ela evoca tempo, dias, anos. São pequenas memórias de uma cidade, da vida. O olhar do homem que sonha o sonho do pintor da obra. Crônicas que falam sobre a suposta paz de espírito, a relação conturbada entre pais e filhos escritores clássicos. Muitos são os autores lembrados nas crônicas de Mariana. Se percebe um trato diferente com a palavra, no modo da autora juntar as sentenças, numa mistura orgânica de sentimentos e sensações. A liberdade de escrever sobre qualquer coisa. É justamente isso que ela busca nas realidades que a rodeiam. A margem do mistério, a sutileza e o arrepio, todas fontes de uma mesma existência. A autora é essa artista que vê serventia onde os outros só veem descarte. A cronista ressalta: a crônica pode estar doente de realidade. No entanto, é essa mesma realidade a matéria-prima do seu trabalho a sutileza presente na beleza entranhada no mistério de um rosto, o olhar frio e duro para a pandemia que tanta gente matou, transformando em reflexão de como se extingue um dia. Neste livro, Mariana Ianelli escreve a partir do trivial, mas que nas mãos dela se transformam em outra coisa. A autora provoca com esses textos o prazer de ler, seja em qual turno for. Mas, sobretudo, naquele estado de mansidão, de

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Fachada Paroquia Anglicana da Zona Norte

Anglicanos do Recife iniciam programação natalina com caminhada

A Igreja Anglicana na Zona Norte, no Espinheiro, Diocese do Recife, inicia as celebrações de Natal nesta quinta-feira, 21 de dezembro, às 18h30min com a caminhada “Acenda uma luz”, quando cerca de 100 paroquianos sairão em cortejo pelas ruas do bairro. O Reverendo Geison Vasconcellos é Reitor da paróquia e diz que Jesus é o verdadeiro sentido do Natal: “Vamos celebrar o Natal de Jesus, que é a luz de Deus para mundo”, afirma. O roteiro terá quase 3km e envolverá 10 ruas com concentração e saída do templo na Rua Alfredo de Medeiros, 60, no Espinheiro. Locais que passarão o cortejo de fiéis anglicanos entoando cânticos natalinos clássicos: rua Alfredo de Medeiros, rua Alfredo de Carvalho, rua Marquês do Paraná, rua Gomes Pacheco, rua Afonso Batista, avenida João de Barros, avenida Conselheiro Portela, rua 48, rua do Espinheiro, rua da Hora. Na ocasião, serão distribuídos panfletos com mensagens natalinas e convites para o “Auto do Natal”, no sábado, e a “Celebração de Natal”, no domingo. Auto do Natal é encenado pela primeira vez e reunirá 60 atores e figurantes para lembrar o nascimento de Jesus O Auto de Natal é uma encenação artística de teatro, dança e coral, envolvendo 60 pessoas, sendo 20 crianças, sobre o nascimento de Jesus. Outras 20 pessoas também estarão no apoio e o espetáculo contará com duas sessões: 18h e 20:30h, no dia 23/12, na paróquia Anglicana da Zona Norte. São esperadas 250 pessoas por sessão, totalizando 500 espectadores nos dois momentos. “As reuniões de planejamento do Auto de Natal começaram em julho e, desde novembro, estamos realizando os ensaios, pelo menos uma vez por semana”, informa um dos diretores da peça, Álvaro Luiz. Quem desejar assistir o “Auto de Natal” deverá fazer inscrição prévia e totalmente gratuita pelo formulário disponibilizado na bio do instagram da Igreja na zona norte: @anglicanazn Os personagens do Auto de Natal são interpretados pelos próprios membros da Igreja Anglicana, além de também serem diretores, produtores e roteiristas. As celebrações de Natal da Comunidade Anglicana no Recife se encerram no domingo (24.10), às 17h. como culto natalino. Programação 21 de dezembro – ÀS 18:30h I Caminhada “Acenda uma luz” 23 de dezembro – às 18h e 20h30min I Auto de Natal 24 de dezembro – às 18h Celebração do Natal ----------- Serviço: Igreja Anglicana – rua Alfredo de Medeiros, 60, Espinheiro.

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Estudio Sesc Casa Amarela

Novo negócio social: Sesc Pernambuco lança selo musical

Com o intuito de fortalecer sua presença na produção musical, o Sesc Pernambuco expande suas atividades no apoio, profissionalização e estímulo à cadeia de produção e divulgação no mercado fonográfico estadual. A instituição acaba de lançar o Selo Sesc Pernambuco. O selo, responsável por endossar as produções, foi concebido pelo Sesc Casa Amarela, localizado na Zona Norte do Recife, que abriga o Centro de Difusão e Realizações Musicais (CDRM). Estabelecido nos anos 2000, o estúdio já é utilizado para gravações de músicas, jingles e outras peças musicais. Serviços Com a introdução do Selo, o Sesc direciona a infraestrutura e a expertise técnica para uma iniciativa de negócio social. Dessa forma, a instituição se envolverá nas fases de pré e pós-produção, atuando como parceira dos artistas na distribuição digital, estratégias de marketing, gravação, edição, planejamento e orientação em reuniões, produção de shows de lançamento, além de oferecer um calendário de formações voltadas para negócios criativos, entre outras etapas técnicas da produção musical. No calendário da unidade, estão iniciativas como Sonora Brasil, Semana da Música, Sesc Partituras e Mostra de Música Leão do Norte. Fernanda Pinheiro, Técnica de Música e responsável pelo Selo Sesc Pernambuco “Para além da estrutura em si, nós desenvolvemos e recebemos diversos projetos que têm a música como objeto central e o objetivo de ampliar o alcance e chegar a vários espaços da cidade. É um novo movimento do Sesc na cadeia produtiva da música, trazendo nossa expertise, curadoria e relacionamento para somar junto aos artistas e produtores do estado.”

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Orquestra de Câmara Pernambuco Centro de Convenções transforma vidas

Projeto do maestro Israel de França é adotado pelo Consórcio CID Convenções e terá ensaios permanentes em 2024 com formação musical de até 500 alunos Depois de quatro meses de ensaios, um grupo muito especial formado por 35 coralistas infantis, 30 coralistas adultos e 28 músicos deu vida ao primeiro espetáculo da Orquestra de Câmara Pernambuco Centro de Convenções. no Teatro Beberibe. Sob a regência do maestro Israel de França, crianças, adolescentes e adultos de comunidades do entorno, como Salgadinho, Amaro Branco, Campo Grande e Sítio Novo, passam a integrar o projeto social. Em 2024, a iniciativa se fortalecerá ainda mais com a formação permanente, ensaios semanais e estudos diários no equipamento. “Abrimos as portas de forma permanente para o projeto do maestro Israel de França por acreditarmos no poder transformador da música, da arte e da cultura. Essa é uma das nossas bandeiras aqui no Consórcio CID e esperamos impactar e transformar muitas vidas”, afirma o CEO do Pernambuco Centro de Convenções, Cláudio Vasconcelos. Inicialmente, a formação musical este ano das comunidades do entorno do Centro de Convenções contemplou o coral, mas no próximo ano serão introduzidos os instrumentos. Serão aulas regulares de música, voltadas aos instrumentos de cordas, como violino, violoncelo, viola e baixo acústico. “Estamos firmando parcerias com as escolas da rede pública de ensino, realizamos testes de aptidão para reconhecer a vocação natural das crianças e adolescentes, mas é uma preocupação constante que elas possam experimentar vários instrumentos”, afirma Eduardo de Matos, curador da Orquestra de Câmara Pernambuco Centro de Convenções. O curso de formação musical será voltado a alunos dos nove aos 14 anos. Há ainda a intenção de abrir turmas livres, atingindo acima dessa faixa etária, adultos e idosos. “Começamos a trabalhar com as crianças, mas logo percebemos que os pais, tias, primas, vós também tinham vontade de aprender e a nossa intenção é mudar a vida dessas pessoas. É muito bonito ver não só o encantamento com a música, mas a aproximação com um equipamento até então considerado elitista. Muitos nunca tinham entrado no Teatro Beberibe ou no Teatro Guararapes. Nossa intenção é criar o EJA da Música”, comentou Eduardo. A expectativa é atingir até 500 alunos por ano. No primeiro espetáculo, a Cantata Natalina, o grupo apresentou 19 músicas. Para os próximos, o público pode esperar um repertório variado, contemplando música clássica, popular, regional e de matriz africana.

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Manifesto Eleko Credito Fernando Souza Divulgacao

CAIXA Cultural Recife promove oficina gratuita de dança afro

Referência no Brasil e no exterior, a Cia Clanm (RJ) está à frente de uma oficina gratuita de dança afro nesta quarta-feira, às 15h, na CAIXA Cultural Recife. A aula é ministrada pelo renomado coreógrafo Fábio Batista a partir da perspectiva do corpo que procura a ancestralidade africana por meio da Dança dos Orixás em diálogo com a dança negra contemporânea. A ação conta ainda com a participação dos percussionistas Kaio Ventura, Lucas Viana e Yago Cerqueira e de sete bailarinas do espetáculo Manifesto Elekô, que a companhia carioca leva ao palco da CAIXA Cultural Recife até esta quarta-feira (20). Foram disponibilizadas 40 vagas e as inscrições da oficina devem ser feitas pelo site do equipamento. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (81) 3425-1915. Performance A CAIXA Cultural Recife apresenta até o próximo dia 20 de dezembro, às 20h, o espetáculo de dança Manifesto Elekô, unindo saberes e movimentos ancestrais às dinâmicas do contemporâneo. O trabalho utiliza o mito da orixá Obá para falar sobre a força do feminino e dialogar com as vivências das mulheres negras nos dias de hoje. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados no Sympla. O projeto tem patrocínio da CAIXA e do Governo Federal. Neste espetáculo concebido pela Cia de Dança Clanm (RJ), o mito de Obá é colocado em diálogo com as vivências de mulheres negras da atualidade. A dança tradicional dos orixás se une ao contemporâneo. Obá, considerada a mais retinta e a mais bela do panteão yorubano, era conhecida como a Deusa do Ébano. Ela liderou Elekô, uma sociedade composta apenas por mulheres guerreiras, destemidas e feiticeiras, unidas pela preservação de suas tradições e da terra. Ao longo de uma hora, o espetáculo propõe um encontro afro diaspórico das bailarinas Ana Gregório, Ana Pérola, Eloáh Vicente, Enya Moreira, Laíza Bastos, Sabrina Sant’Ana e Thayssa Souza e seis músicos no palco. Eles apresentam cantigas yorubás e bantus ao som de instrumentos de percussão, teclado, violino e violoncelo.

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Literatura infantil no mundo do cordel

*Por Paulo Caldas No amplo espectro da literatura de cordel, onde se veem louvações, bravatas heróicas, sagas concebidas pelo mundo do fantástico, estão inseridas também as aventuras, tema de considerável aceitação no âmbito do público infantojuvenil. Seguindo essa trilha, fazendo manejo da arte e do seu reconhecido talento, a cordelista e contadora de histórias paraibana radicada no Recife, Érica Montenegro de Mélo, lançou na recente Feira Internacional do Livro de Paraty (FLIP) "Corrida maluca", com ilustrações da artista gráfica e narradora de histórias, a pernambucana Adélia Oliveira. No conteúdo, escrito em sextilhas (estrofes de seis versos), os personagens são bichos humanizados, em acirrada disputa de uma corrida onde a imaginação circula por ações de traição, trapaça, trapalhadas, entre elefante, tamanduá, lebre, onça, tigre, diante de uma platéia vibrante e aguerrida. A publicação, em policromia, traz o selo da Casulo Editora, possui a consultoria literária de Ana Leme e Carol Braga. Os exemplares podem ser adquiridos no site da editora. *Paulo Caldas é Escritor

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Agenda para o final de semana em Pernambuco

Gravatá amplia programação da temporada natalina na reta final As festividades natalinas em Gravatá atingem seu ápice com uma programação repleta de encantos. A cidade, pioneira nos investimentos natalinos desde 2011, continua a surpreender com diversas atrações que prometem marcar o período até o dia 25 de dezembro. Uma das novidades deste ano é a expansão do desfile natalino, que agora conta com uma sessão adicional aos domingos, iniciando às 19h30. O retorno do desfile, organizado em colaboração com 13 escolas de dança locais, é um destaque do Natal, apresentando mais de 350 participantes. A cidade prepara o público para assistir os espetáculos aéreos agendados para começar em 21 de dezembro. O tradicional Desfile Natalino "Em Busca da Estrela de Natal" acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, encantando o público com sua atmosfera festiva. O Espetáculo de Ballet Aéreo "Sob a Luz da Lua" promete envolver os espectadores com apresentações diárias a partir de 20 até 25 de dezembro. Além disso, a Vila Natalina, que estará aberta nos dias 15, 16, 21, 22, 23, 24 e 25 de dezembro, proporcionará uma experiência mágica com atividades diversas para toda a família. A Vila Natalina da Assistência Social e Juventude complementa a programação nos dias 15, 16 e 17 de dezembro, oferecendo desde apresentações musicais até concursos de pinheiros decorados e degustação de preparações da Cozinha Comunitária. Chef Rapha Vasconcellos realiza festival com chef convidada, shows e open bar premium, no Moendo na Laje Neste sábado, dia 16 de dezembro, o Moendo na Laje, no Bairro do Recife, recebe o renomado Chef Rapha Vasconcellos para um festival gastronômico das 16h às 22h. Com serviço all-inclusive de bebidas e alimentação, o evento promete uma experiência culinária única, apresentando diversas opções preparadas pelo chef, como frutos do mar, carnes na brasa, sanduíches de porchetta e camarão, além das famosas paella de frutos do mar e panelada. A chef convidada Claudia Luna, do restaurante Seu Luna, preparará ao vivo um arroz de chambaril. O entretenimento será garantido com performances de Big Big e Tylenol, Bailinho Maravilha e a batida eletrizante do DJ Paulinho BH. Os ingressos, no valor de R$ 250, estão à venda no site Ingresso Prime e no local do evento. Uma oportunidade única para os amantes da gastronomia desfrutarem de uma combinação perfeita de sabores e entretenimento de qualidade. RioMar Recife oferece programação especial de Natal O RioMar Recife oferece um final de semana repleto de opções de lazer e entretenimento, estendendo seu horário de funcionamento para proporcionar experiências únicas aos visitantes. O projeto Candlelight, no Teatro RioMar, encanta o público com clássicos do rock iluminados por velas, em apresentações no domingo (17). Além disso, as atrações gratuitas de Natal, como o encontro com personagens natalinos e o Natal Musical, garantem momentos especiais em diversos espaços do shopping. Ainda há a oportunidade de participar do Meet & Greet com os personagens Nina e a Rena, proporcionando interações memoráveis. O RioMar Recife se transforma em um cenário encantador, repleto de opções para toda a família desfrutar do espírito natalino. ncontro com o Papai Noel, Espetáculo Musical e Diversão em Família O final de semana na Ferreira Costa promete uma experiência encantadora de natal. No sábado (16), das 10h às 13h, o Home Center Ferreira Costa, na Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 2967 - Imbiribeira, Recife – PE, oferecerá um Encontro Mágico com o Papai Noel e seus ajudantes, acompanhado de um espetáculo musical natalino, show com banda infantil, e delícias como pipoca quentinha e algodão-doce. Já no domingo (17), a diversão continua na Ferreira Costa da R. Cônego Barata, 275 - Tamarineira, Recife – PE, das 14h às 16h, com teatro, recreação e a animada Banda RodKids. Um final de semana repleto de atividades para toda a família, proporcionando momentos especiais e alegres para entrar no clima festivo.

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Aria Social e Instituto Ricardo Brennand promovem cantata neste final de semana

Aria Social e Instituto Ricardo Brennand se unem novamente para apresentar o Concerto de Natal pelo segundo ano consecutivo. O evento terá duas apresentações, marcadas para o dia 17 de dezembro, às 16h e 18h30, na Galeria de Arte do InstitutoRB, situado no bairro da Várzea, zona oeste do Recife. O espetáculo promete encantar o público com uma fusão de dança e música, contando com a participação de 130 artistas, incluindo cantores, bailarinos e uma orquestra especialmente montada para a ocasião. A maestrina e multi-instrumentista Rosemary Oliveira, vice-presidente do Aria Social, selecionou músicos convidados para integrar a orquestra. O repertório, apresentado pelo Coro do Aria Social e um coro convidado do Aria, é uma combinação de clássicos natalinos, como "Alegria de Natal", com peças como "O canto dos sinos" e "A caminho de Belém". O balé do Aria Social complementará o espetáculo. A presidente do Aria Social, Cecília Brennand, assume a direção geral do concerto, enquanto Rosemary Oliveira lidera a direção musical e regência. A direção artística é de Ana Emília Freire, a coreografia de balé clássico é assinada por Inês Lima, os figurinos por Beth Gaudêncio, e a cenografia por Roberta Borsoi e Fabiana Wanderley. Os ingressos para o evento estão à venda por R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia), incluindo a visitação ao Museu do IRB. Serviço: Concerto de Natal do Instituto Ricardo Brennand em parceria com o Aria Social Quando: Domingo, 17 de dezembro, com apresentações às 16h e às 18h30 Local: Galeria de Arte do InstitutoRB, Alameda Antônio Brennand, s/n - Várzea Ingressos: Disponíveis online aqui e na bilheteria do InstitutoRB (R$ 100,00 inteira / R$ 50,00 meia) - Comprovação de documentação de meia entrada obrigatória no local Informações: (81) 21210365/ 0334/ 0365/ 0355 ou eventos@institutoricardobrennand.org.br

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Leci Brandão faz temporada no Recife

Conhecida pela carreira que sempre aliou música e política, Leci Brandão fez jus à fama de voz das causas sociais no show de estreia na CAIXA Cultural Recife. Na noite desta quarta-feira (13), trouxe um repertório com sucessos icônicos, como Zé do Caroço, Revolta Olodum e Identidade (de Jorge Aragão), e até canções menos conhecidas do grande público, a exemplo de Pátria Mata, dos amazonenses Tony Medeiros e Inaldo Medeiros. Leci também cantou Anjos da Guarda, de sua autoria, em que homenageia os professores, e de maneira sempre contundente e harmônica, deu declarações contra o Marco Temporal das Terras Indígenas, casos de feminicídio e ataques à população LGBTQIA + e aos povos quilombolas. Sempre dentro de contextos musicais, a cantora ainda lembrou de desejar boa sorte a estudantes prestes a fazer vestibular e a quem está procurando emprego. E foi bastante ovacionada pelo público em todas as manifestações. A mini temporada no Recife segue até este sábado (16).

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