Arquivos Economia - Página 286 de 379 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) concluíram a negociação e fecharam nesta sexta-feira (28) o acordo de livre comércio entre os dois blocos. Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo representará um incremento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos. De acordo com o ministério, esse valor pode chegar a US$ 125 bilhões se se considerarem a redução das barreiras não tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035. Em nota conjunta dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores, o governo brasileiro destaca que o acordo é um marco histórico no relacionamento entre o Mercosul e a União Europeia, que representam, juntos, cerca de 25% do PIB mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. “Em momento de tensões e incertezas no comércio internacional, a conclusão do acordo ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade”, diz a nota. O acordo entre os dois blocos foi fechado após dois dias de reuniões ministeriais em Bruxelas, ontem (27) e hoje. Representaram o Brasil os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo. “O acordo comercial com a UE constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Pela sua importância econômica e a abrangência de suas disciplinas, é o acordo mais amplo e de maior complexidade já negociado pelo Mercosul”, ressalta o governo brasileiro. Acordo O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual. Conforme nota do governo federal, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas e café solúvel. Os exportadores brasileiros obterão ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros produtos. O acordo também reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés. As empresas do país serão beneficiadas com a eliminação de tarifas na exportação de 100% dos produtos industriais. Segundo o governo brasileiro, serão, desta forma, equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já têm acordos de livre comércio com a União Europeia. O acordo garantirá ainda acesso efetivo em diversos segmentos de serviços, como comunicação, construção, distribuição, turismo, transportes e serviços profissionais e financeiros. Em compras públicas, empresas brasileiras obterão acesso ao mercado de licitações da União Europeia, estimado em US$ 1,6 trilhão. Os compromissos assumidos também vão agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação, exportação e trânsito de bens. O governo brasileiro destaca ainda que o acordo propiciará um incremento de competitividade da economia brasileira ao garantir, para os produtores nacionais, acesso a insumos de elevado teor tecnológico e com preços mais baixos. “A redução de barreiras e a maior segurança jurídica e transparência de regras irão facilitar a inserção do Brasil nas cadeias globais de valor, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Os consumidores também serão beneficiados pelo acordo, com acesso a maior variedade de produtos a preços competitivos”, diz a nota. Balança comercial Desde 1999, os integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e os 28 países da União Europeia iniciaram negociações para um acordo de livre comércio. As conversas foram interrompidas em 2004 e retomadas em 2010. A União Europeia é o segundo parceiro comercial do Mercosul, atrás da China, e o primeiro em matéria de investimentos. Já o Mercosul é o oitavo principal parceiro comercial extrarregional da União Europeia. A corrente de comércio birregional foi de mais de US$ 90 bilhões em 2018. Em 2017, o estoque de investimentos do bloco europeu no bloco sul-americano somava cerca de US$ 433 bilhões. Os sul-americanos vendem, principalmente, produtos agropecuários. Já os europeus exportam produtos industriais, como autopeças, veículos e farmacêuticos. No ano passado, o Brasil registrou comércio de US$ 76 bilhões com a União Europeia e superávit de US$ 7 bilhões. As vendas para esse bloco totalizaram mais de US$ 42 bilhões, aproximadamente 18% do volume exportado pelo país. O Brasil destaca-se como o maior destino do investimento externo direto (IED) dos países da União Europeia na América Latina, com quase metade do estoque de investimentos na região. O Brasil é o quarto maior destino de IED do bloco europeu, que se distribui em setores de alto valor estratégico. (Da Agência Brasil)

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Projeto do Sebrae, MTur e Embratur beneficia três rotas turísticas de PE

Em todo o Nordeste, o Sebrae, em parceria com o Ministério do Turismo e Embratur, dá início ao desenvolvimento do programa "Investe Turismo", que conta com R$200 milhões para acelerar o desenvolvimento; aumentar a qualidade dos produtos e serviços turísticos; atrair investimentos; gerar empregos e incrementar a competitividade; e fortalecer a governança em regiões estratégicas para o turismo. Em Pernambuco, o programa será lançado também com apoio do Governo do Estado, na próxima segunda-feira (1°), e vai beneficiar três rotas, das 56 do total do projeto. O evento de lançamento – voltado para empreendedores do setor turístico – acontece no auditório do Cais do Sertão, das 9h às 13h. Pela tarde serão oferecidos atendimentos individuais aos empreendedores pelo Ministério do Turismo, BNB, BB, Empetur e Sebrae. Toda a programação é gratuita. As três rotas pernambucanas escolhidas foram Tamandaré e Porto de Galinhas; Recife, Olinda, Igarassu e Ilha de Itamaracá; Fernando de Noronha. A iniciativa vai levar um pacote de ações de investimentos, incentivos a novos negócios, acesso ao crédito, marketing, inovação, melhoria de serviços e ampliação da comercialização. A meta é unir setor público e iniciativa privada para preparar e promover a competitividade nessas rotas turísticas estratégicas. “A parceria com o Ministério do Turismo e com o Governo do Estado vai nos possibilitar atuar fortemente na ampliação da comercialização em Pernambuco. As três rotas escolhidas vão receber rodadas de negócios, seminários de crédito, famtur, press-trips, além de uma forte atuação para o desenvolvermos dos aspectos de inovação das empresas e de outros, que podem melhorar a competitividade e o desempenho dos pequenos negócios da área do turismo. A governança dos locais afetados também será trabalhada, para que o desenvolvimento do turismo se dê, cada vez mais, de forma perene e organizada”, afirma Mário César, coordenador do Projeto Investe Turismo no Sebrae/PE. Participam do evento o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. “Vamos aproveitar todas as belezas dessa que é uma das mais belas costas litorâneas do mundo, ampliando as oportunidades de investimentos e apoiando a geração de novos negócios que qualifiquem a experiência do turista. É hora de converter nosso potencial turístico em negócios, empregos e renda”, afirma o ministro.

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Carlos Augusto Costa participa de debate sobre Plano Real em Brasília

O gerente executivo da Fundação Getúlio Vargas Carlos Augusto Costa participa do evento "Correio Debate: 25 anos depois do Real, os desafios para o Brasil", nesta segunda (1º), às 14h, no auditório do Correio Braziliense, em Brasília. Na ocasião, o gerente executivo da Fundação Getúlio Vargas irá falar no painel 3, que irá debater “O Brasil do futuro: um mundo novo a ser explorado, tecnologias e dinheiro”. Carlos Augusto divide a mesa de debate com o ex-diretor do Banco Central do Brasil Aldo Luiz Mendes e o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello. E será exatamente na próxima segunda (1º) que o Plano Real, o mais longevo programa de estabilidade econômica do País, completa 25 anos. O Brasil pôde, finalmente, criar uma rede de proteção social e educar a população quanto à importância de se ter preços estáveis. Foi o fim da hiperinflação que permitiu a ascensão de mais de 50 milhões de pessoas à classe média. O país deu um salto espetacular no tempo. Apesar de todos os avanços, o Brasil ainda não conseguiu consolidar um ritmo sustentado do crescimento econômico. Sem um incremento forte do Produto Interno Bruto (PIB) por um longo período, dificilmente conseguirá superar todos os problemas que atormentam a população, a começar pelo desemprego. Mesmo com todos os ganhos trazidos pelo Real, o País ainda é um dos mais desiguais do mundo. “Avaliar e comemorar os índices econômicos é fundamental para que a gente consiga garantir que a trajetória vai ser continuada de uma economia estável, uma inflação sob controle, com crescimento econômico e com isso vamos poder gerar mais emprego e renda para a população. Vários avanços foram feitos, mas o Brasil precisa urgentemente voltar a crescer. Só com crescimento econômico você consegue incluir pessoas e distribuir renda”, afirmou Carlos Augusto Costa. Além de Carlos Augusto, participam do evento Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República), Persio Arida (ex-presidente do Banco Central), Carlos von Doellinger (presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Gustavo Loyola (ex-presidente do Banco Central do Brasil), João Manoel Pinho de Mello (diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central), Rodrigo Spada (vice-presidente da Febrafite), Claudio Adilson (sócio-diretor da MCM Consultores), José Luis Oreiro (professor adjunto do departamento de economia da Universidade de Brasília), Roberto Padovani (economista-chefe do banco Votorantim), Fernando Honorato (economista-chefe do Bradesco), Tony Volpon (economista-chefe do Banco UBS), Aldo Luiz Mendes (ex-diretor do Banco Central do Brasil).

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Natura inaugura primeira loja própria em Recife

A Natura inaugura, no sábado (29), às 9h, a primeira loja própria da marca em Recife. Situada no Shopping Recife, o novo estabelecimento reforça a estratégia multicanal da Natura, que busca atender todos os perfis de clientes em diferentes ocasiões de compra. A loja já apresenta o novo conceito, inaugurado em maio, em Salvador, que traz a tecnologia a serviço da experiência do consumidor e permite maior interação com os produtos e com a história da marca. "Essa é segunda loja que inauguramos no Nordeste e as expectativas são muito grandes. Queremos fortalecer a nossa presença na região para levar a melhor experiência de compra para os nossos consumidores", afirma Paula Andrade, diretora de Varejo da Natura. No espaço, a tecnologia está a serviço do cliente em um ambiente que valoriza a jornada do consumidor, que tem a oportunidade de vivenciar uma experiência virtual de Ekos, conectando-se às comunidades extrativistas da Natura com um óculos de realidade virtual, experimentar vários looks num espelho virtual para maquiagem e fazer uma avaliação exclusiva de diagnóstico de pele para indicação da melhor solução de hidratação. Para facilitar a experiência do pagamento, ele também poderá ser feito por sistema mobile, trazendo uma experiência de compra mais dinâmica e fluida. A loja está segmentada em três ilhas principais, que permitem maior experimentação de produtos icônicos da Natura e conhecimento dos ingredientes da biodiversidade. A primeira ilha, com produtos de cuidados pessoais, traz a linha Ekos, que é 100% vegana e conta com mais de 90% de ingredientes naturais da biodiversidade brasileira. A Casa de Perfumaria do Brasil, que traz as fragrâncias exclusivas da Natura, com ingredientes da biodiversidade brasileira, álcool orgânico e vidro reciclado, ocupa a ilha central, e, para finalizar, a loja dispõe de uma estação de serviços de cuidados com o rosto e maquiagem, com todo o portfólio de Chronos disponível, além dos produtos de maquiagem que realçam a identidade e a beleza de cada um. Outra novidade é o ponto para logística reversa. Nesse novo modelo de loja, o consumidor poderá retornar a embalagem de qualquer produto cosmético já utilizado, que será transformado em novos frascos de produto reforçando o posicionamento da marca "O Mundo É Mais Bonito Com Você." No dia da inauguração, os 100 primeiros clientes que realizarem qualquer compra serão presenteados com uma Polpa Hidratante Ekos para Mãos Castanha 40g. Com óleo de castanha, a polpa hidratante de textura aveludada promove nutrição imediata e prolongada das mãos e cutículas. Além da presença no Recife por meio da loja própria, os consumidores podem adquirir produtos da marca com suas consultoras e por meio das franquias Aqui Tem Natura, modelo de negócios que busca estimular o empreendedorismo de sua rede de Consultoras. Serviço: Inauguração – 29 de junho, às 9h Shopping Recife R. Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem, Recife - PE Local: Piso L2

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Encontro debate aspectos da reforma previdenciária

Nesta sexta-feira (28/6), a Rede Gestão, grupo empresarial formado por cerca de 30 empresas do segmento de prestação de serviços de Pernambuco, Conselheiro Estratégico Pernambuco Desafiado e o Centro de Liderança Pública (CLP) de São Paulo estarão realizando um evento para debater a reforma da previdência. O encontro contará com a participação de Bruno Bianco, procurador federal e secretário adjunto da secretaria de previdência e trabalho, e Paulo Tafner, economista e pesquisador que esteve coordenando o Grupo de Estudos Previdenciários do IPEA. O evento acontecerá às 8h30, no auditório do empresarial JCPM, no Pina. Bruno Bianco deve focar sua palestra em torno de dados da previdência brasileira e a necessidade de aprovar o texto como o governo federal o apresentou. A expectativa é de que apresente os números atualizados e os impactos da proposta do governo. Também deve defender a necessidade de aprovação da proposta apresentada pelo ministro Paulo Guedes. Já o economista Paulo Tafner deve apresentar os estudos que vem realizando ao longo da vida sobre a previdência, inclusive, lançou, em dezembro último, o livro “Reforma da Previdência: por que o Brasil não pode esperar?”. A obra, escrita em conjunto com o também economista Pedro Nery, é avaliada com uma espécie de enciclopédia sobre o assunto da previdência, que vem dominando o debate político e econômico dos últimos meses. A fala de Tafner, além de números e comparações com sistemas previdenciários de outros países, deve trazer aspectos e impactos da reforma da previdência sobre a vida do cidadão brasileiro. O encontro também vai contar com a presença do deputado federal Silvio Costa Filho, vice-presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara Federal. O parlamentar deve expor a rotina de trabalho no colegiado, previsão de votação, entre outros pontos relacionados ao tema. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1740.

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Conservadorismo e medo de perder dinheiro levam brasileiro a preferir poupança

Poucos são os brasileiros que chegam ao fim do mês com dinheiro sobrando e, diante de um quadro de instabilidade econômica, mesmo quem consegue fazer uma reserva vem recorrendo a aplicações de menor risco, deixando a boa estratégia de lado. É o que revela o Indicador de Reserva Financeira, apurado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Em abril, a velha e conhecida poupança seguiu na liderança (65%) entre as modalidades de investimento. Manter o dinheiro em casa foi a opção de 25% dos poupadores, enquanto 20% deixaram os recursos parados na conta corrente. Apenas 8% escolheram a previdência privada e 7% os títulos do tesouro direto. De acordo com o levantamento, as principais justificativas para esse comportamento estão ligadas ao perfil conservador do brasileiro: 28% preferiram guardar o dinheiro em um lugar onde possam sacar com facilidade, outros 28% afirmaram não ter sobras suficientes para investir em aplicações mais arrojadas, enquanto 20% disseram estar acostumados com as modalidades tradicionais. Já 17% afirmaram ter medo de perder dinheiro. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, há um grande desconhecimento sobre as opções que o investidor tem à disposição, componente que contribui para um perfil demasiadamente moderado na hora de escolher o tipo de investimento. “É preciso que alguns paradigmas sejam abandonados, como a crença de deixar todos os recursos apenas em aplicações com as quais o brasileiro já está acostumado. Se a intenção é manter o dinheiro aplicado por muito tempo, a diferença de rendimento entre a tradicional poupança e outras modalidades pode ser relevante. Por isso, é essencial conhecer as regras e o funcionamento de outras aplicações para tomar as melhores decisões”, destaca. Apenas 21% dos guardaram dinheiro em abril; média foi de R$ 374. Parte significativa dos poupadores resgatou reserva para imprevistos O indicador também mostra que o brasileiro continua com dificuldades em poupar. Apenas 21% fizeram algum tipo de reserva financeira em abril, em contraponto à maioria (69%) que não conseguiu guardar dinheiro. Em média, os que investiram destinaram um valor de R$ 374. Proteger-se contra imprevistos é o principal objetivo daqueles que possuem o hábito de poupar. Seis em cada dez (60%) reservam um percentual de seus rendimentos para situações inesperadas que podem fugir do controle em razão de estarem desempregadas ou para despesas com saúde. Também observa-se uma preocupação em garantir um futuro melhor para os familiares (36%) e com o preparo para aposentadoria (14%). Outro dado mostra que entre os poupadores habituais, 40% tiveram de sacar parte de seus recursos guardados. Um dos principais destinos dessa quantia foi para cobrir despesas com imprevistos (10%). Há ainda 13% que tiveram de usar esse dinheiro para pagar contas do mês e 10% que saldaram dívidas atrasadas com o recurso. “Deixar dinheiro guardado para o caso de imprevistos é uma estratégia inteligente. Assim, em momentos de aperto, evita-se recorrer a empréstimos ou algum outro tipo de crédito, que pode cobrar juros elevados e dificultar ainda mais a situação financeira”, analisa o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli. Dicas de investimento para fazer o dinheiro render mais - “Quero sacar com facilidade” (a conhecida liquidez): buscar uma aplicação que possa socorrer o consumidor na hora de imprevistos é importante. A poupança cumpre esse papel, mas tem o inconveniente de render pouco e, não raro, abaixo da inflação. Outras opções são os CDBs e os fundos de investimentos com liquidez diária, além do Tesouro Selic; - “Meu dinheiro é pouco”: a partir de R$ 30 por mês é possível aplicar no Tesouro Direto Selic. Com vencimento em março de 2025, por exemplo, o investidor poderá resgatar R$ 2.613,10. Sempre que possível, recomenda-se aumentar os aportes mensais para que a reserva cresça mais rapidamente; - “Tenho medo de perder dinheiro”: em investimentos em renda variável (ações, por exemplo) o risco existe, mas há outras opções em que esse risco é muito baixo ou, quase nulo. Modalidades como CDB e a poupança são resguardadas pelo Fundo Garantidor de Crédito em até R$250 mil (FGC); - “É mais seguro guardar em casa”: com o dinheiro mantido em casa, há a possibilidade de que a reserva seja roubada, além das perdas com a inflação.   Metodologia O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo; Rio de Janeiro; Belo Horizonte; Porto Alegre; Curitiba; Recife; Salvador; Fortaleza; Brasília; Goiânia; Manaus; e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

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Movimento Pró-Criança abre vagas de emprego no Recife

O Movimento Pró-Criança – instituição filantrópica vinculada à Arquidiocese de Olinda e Recife – está abrindo três vagas de emprego para profissionais com ou sem experiência. As oportunidades são para a contratação imediata de faxineiros e cozinheiro, que vão trabalhar na unidade da ONG, da rua dos Coelhos, Boa Vista, centro da Capital. A vaga de cozinheiro tem carga horária de 44 horas semanais, ou seja, com expediente de segunda a sábado. Para essa oportunidade é exigida a experiência mínima de seis meses na função. Também com período de trabalho até o sábado há uma oportunidade para faxineiro. A segunda vaga para a mesma função tem carga horária de segunda à sexta (40 horas). Nos dois casos não é preciso ter experiência na atividade. Além da contratação em regime CLT, os novos funcionários terão plano de saúde, plano odontológico e seguro de vida. Os interessados devem enviar um currículo para o e-mail vagas@movimentoprocrianca.org.br até a próxima quarta-feira (26). No título da mensagem, o candidato deve informar para qual cargo quer concorrer “Faxineiro” ou “Cozinheiro”. Outras informações podem ser obtidas no setor de Recursos Humanos do Pró-Criança pelo telefone (81) 3412.8962.

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Idosos: a nova fronteira digital

Muito se fala sobre as Gerações Y e Z como o futuro do mercado digital. Mas, no Brasil, a população idosa é a que mais cresce atualmente: cerca de 3,6% ao ano. Em 2035, haverá mais pessoas acima de 60 anos (42,5 milhões) do que pessoas até 29 anos (30,9 milhões), segundo dados projetados do IBGE. Outro estudo, o Conflito das Gerações, realizado pela Cartello, mostra que os idosos do futuro serão muito diferentes dos idosos do presente. Se atualmente 80% das pessoas que vão formar essa população já usam aplicativos de mensagens e redes sociais, na próxima década serão ainda mais conectados. Por terem grau de escolaridade maior do que os idosos de hoje, os novos idosos ocuparão de forma mais abrangente cargos mais altos, como gerência e direção. Portanto, terão mais estabilidade financeira e renda 30% acima da média da geração atual de idosos. Do ponto de vista do consumo, os idosos do futuro não serão tão conservadores quanto os idosos atuais, mas também não serão tão instáveis como as gerações Y e Z. Os novos idosos vão se basear mais em experiências anteriores para determinar a compra do que na percepção de terceiros. A tendência também é de priorizar marcas tradicionais, mesmo que o preço seja maior. Os números acima mostram que há um grande mercado a ser explorado na próxima década. Nesse mesmo período, Pernambuco terá 1,7 milhão de idosos contra 1,5 milhão de jovens adultos, segundo dados do IBGE. Isso vai representar 600 mil consumidores a mais com novas necessidades nessa faixa de mercado nas cidades locais. Nesse sentido, muitas oportunidades de negócios surgirão. Como 40% das pessoas que serão os idosos do futuro fazem exercícios semanalmente, serviços de cuidados com o corpo – tais como academia, beleza e moda – estarão em alta. Nessa mesma linha, o mercado da saúde também vai crescer, sobretudo em áreas como fisioterapia, oftalmologia, odontologia e psicologia. Com o impacto da inevitável Reforma da Previdência, que vai obrigar essa faixa etária a trabalhar por mais tempo, outra área em alta será a educação. A busca por novos conhecimentos e novas carreiras vai aumentar entre os novos idosos para garantir a manutenção da competitividade no mercado de trabalho e uma maior renda no futuro.

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Ciao cresce e abre mais uma loja no Shopping RioMar

A experiência do consumidor tem sido um dos diferenciais utilizados pelas empresas para ganhar mercado. Foi pensando nessa estratégia que os irmãos Simon, Bernardo e Barthô Carrazzone juntamente com o amigo Heliantho Guerra resolveram abrir uma marca de moda masculina, a Ciao, no Shopping Recife. A grande questão era saber como se destacar em meio a tantas outras lojas de roupas voltadas para o público masculino existentes num shopping center. A solução encontrada pelos jovens empresários foi oferecer serviços diferenciados, apostando na personalização do atendimento. Foi assim que resolveram resgatar a figura do alfaiate, oferecendo serviços desse profissional para clientes que desejem fazer ajustes nas peças compradas na loja para que fiquem com caimento perfeito. “Sempre gostamos muito de moda, somos de família italiana, temos isso na veia”, conta Simon, que durante as temporadas na Itália costumava admirar o estilo com que os conterrâneos de Versace e Armani se vestiam. Ele e seus sócios perceberam que muito dessa elegância devia-se à maneira como as roupas se encaixam perfeitamente no corpo dos estilosos italianos. Daí, a importância do ajuste das peças. “O segredo da moda masculina está no caimento. Por isso, oferecemos os serviços de um alfaiate para que o cliente que comprar uma peça na loja possa ajustá-la de forma personalizada”, explica Simon Carrazzone. Até certo tempo atrás, o homem brasileiro não dava muita importância a esses detalhes da moda. Mas, segundo Simon, esse comportamento está mudando. “A preocupação com o visual está crescendo em todas as faixas etárias. Isso é perceptível na área de cosméticos, na abertura de barbearias e, agora, também no vestuário”, assegura o empresário. O ajuste que a Ciao oferece é vitalício, ou seja, o cliente pode fazer quantos quiser numa mesma peça. “Ele pode, por exemplo, comprar uma camisa de manga longa, ajustá-la e depois, num segundo momento, se quiser mudar, pode cortar a manga”. A marca também permite ao consumidor a possibilidade de mudar os botões das peças e até de optar se quer ou não bolsos nas camisetas. Caso queira, o consumidor pode escolher entre uma variedade com padronagens diferentes. Essa personalização inclui ainda a decisão de onde colocar a marca da Ciao nas peças de roupa ou até mesmo de adquirir a roupa sem a marca. “Tudo isso é oferecido sem nenhum acréscimo no preço da compra”, destaca Bernardo. Enquanto aguarda a conclusão dos ajustes das peças compradas, o consumidor pode desfrutar do lounge da loja, que oferece o descanso num sofá e a possibilidade de tomar uma cervejinha, um licor, ou um café expresso feito na hora. “Queremos que o cliente se sinta acolhido e não tenha vontade de ir embora”, revela Simon. “Tudo isso é investimento em fidelização. Temos cativado clientes fiéis. Entregamos mais do que as demais lojas entregam. Queremos ser o varejo novo, com experiência em consumo na loja”, explica Simon. A estratégia tem dado certo. Com apenas cinco meses da inauguração da loja, a Ciao conseguiu o retorno dos R$ 350 mil investidos no negócio. “Somente no Natal vendemos R$ 480 mil”, salienta Bernardo. Por mês são comercializadas uma média de mil peças, o que gera um faturamento nas vendas de R$ 150 mil mensais. Animados com o sucesso no Shopping Recife, os sócios decidiram abrir uma nova unidade neste mês de junho. Desta vez, no RioMar, num espaço de 120 metros quadrados, um investimento de R$ 400 mil. A novidade é que na nova loja a garotada também vai ser contemplada com o lançamento da linha infantil. “Vamos abrir a Ciao Bambino. Esse foi um pedido das mães, que expressavam o desejo de adquirir roupas para seus filhos com um caimento mais ajustado”, justifica Simon. Todas essas inovações acabaram por despertar o interesse de pessoas que sugeriram a abertura de franquia da marca. Os sócios da Ciao já receberam propostas de várias capitais do Nordeste. Mas eles analisam que ainda não é hora de se lançarem pelo caminho da franchising. “Precisamos maturar mais o nosso negócio”, previne-se Simon. *Por Cláudia Santos, editora da Algomais

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Futuro da força de trabalho em foco

O trabalho está mudando no mundo inteiro. A relação, antes mais estável e sólida das empresas com seus profissionais, está cada vez mais líquida, sob forte influência das novas tecnologias. No evento de inauguração da D.Influencers, a universidade corporativa da Deloitte, uma das mesas temáticas discutiu O Futuro da Força do Trabalho. A gerente da empresa, Priscilla Moraes, conduziu um debate com diretora de Gente & Inovação do tradicional Grupo Cornélio Brennand, Catharina Machado, e com a diretora de Pessoas da In Loco, Thaís Cavalcante. Priscilla apresentou alguns dos principais problemas em discussão sobre a força de trabalho que estão colocados para os profissionais e para as empresas: "Temos três assuntos principais para percorrer nesse debate: Primeiro é a questão da Força de Trabalho Ampliada (que são as forças de trabalho alternativas. Afinal, como podemos entender o trabalho além do nosso tradicional celetista, com contrato determinado, que está na nossa empresa no dia a dia?). O segundo é o que chamados do "From Jobs to Superjobs", que é a discussão da mudança dessa visão de cargos que temos hoje, que passarão a ser mais amplos.  A fluência tecnológica, a união de expertises técnicas e habilidades comportamentais passam a funcionar em conjunto. E deixamos de ser o dono de uma "caixinha" dentro da empresa. O terceiro aspecto é: a medida que a força de trabalho muda e que os cargos mudam, como a liderança vai se adaptar a esses novos desafios?". O primeiro aspecto partiu de uma percepção que nasceu na Pesquisa de Remuneração e Práticas de Gestão de Pessoas da Deloitte, que apontou um cenário diferente do que tradicionalmente é apresentado pelas empresas. Apesar da maioria das corporações pesquisadas sinalizarem uma expectativa de crescimento do faturamento, investimentos e lucros, apenas 26% projetavam o aumento das contratações. Ou seja, o crescimento das empresas não significa mais aumento do número de pessoas trabalhando, como no passado. Priscilla lembrou que 35% da força de trabalho nos EUA já baseada em formas alternativas, como freelancers (pagos por tempo), gig workers (pagos por tarefa) ou crowd workers (pago por sucesso). Um dos bloqueios para um avanço dessa realidade no Brasil, seria a legislação trabalhista mais engessada, segundo a diretora do Grupo Cornélio Brennand, Catharina Machado. "É uma tendência, já começamos a observar a movimentação do mercado. Esse é um ponto que veio para ficar no Brasil. Hoje já tem várias plataformas no Brasil em que é possível encontrar freelancers a qualquer momento", exemplifica. Além da contratação dos freelancers, a contratação de outras empresas na terceirização de alguns serviços nos momentos de aumento de demanda das corporações é outra tendência mencionada na mesa. A distribuição dos profissionais das empresas por projetos e as práticas de home office são algumas tendências do uso da mão de obra pelas corporações. A substituição dos trabalhos mais automatizados é outra tendência. Pesquisa da HC Global Trends apontou que 62% das empresas estão automatizando os processos para eliminar tarefas transacionais e repetitivas. Em paralelo a isso, há um uso de inteligência artificial e tecnologias cognitivas da força de trabalho mobilizada nas empresas que tem levado a um redesenho de cargos. Daí nascem os chamados Superjobs, que são aqueles que combinam tarefas e competências de diversos cargos tradicionais, usando tecnologia para potencializar resultados, além de uma complexa gama de habilidades humanas. Por fim, o debate passou pela seguinte provocação: quais são os grandes desafios para fazer que as mentes (dos profissionais) funcionem bem em conjunto nas empresas? Thaís Cavalvante compartilhou sua experiência de capacitação da liderança na In Loco, ressalvando que a empresa é muito jovem, apenas 5 anos, e com uma média de idade da liderança de apenas 27 anos. "Temos apostado num feedback mensal, um para um. Estamos pensando em outras formas de fazer avaliação de desempenho, menos tradicional. Temos conversas mensais sobre liderança. O grupo da diretoria tenta desdobrar nosso conhecimento, dando suporte de gestão, com conversas abertas sobre feedback, avaliação, contratação, retenção, desligamento. Isso é muito importante". Ela destacou ainda que a empresa tem convidado pessoas "da casa" para assumir posições de liderança. "São profissionais que já conhecem nossa cultura, valores e estratégia de negócios".

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