Economia - Página: 35 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Economia

Em expansão, o Grupo Mateus inaugura 8ª loja em Pernambuco

O Grupo Mateus abre hoje (1) mais uma unidade da sua bandeira de atacarejo no Recife. A nova loja ficará na Av. Caxangá, n°3942, na Iputinga. O novo empreendimento tem quase 5mil m² de área de venda e estacionamento para cerca de 300 veículos. Com essa inauguração, o Mix Mateus passa a operar com quatro lojas do Grupo Mateus no Recife. A companhia também já possui operações em Olinda, Paulista e Olinda. Atualmente o grupo já empresa quase 3 mil pessoas no Estado. Jesuino Martins, CEO do Grupo Mateus “Para este ano, ainda prevemos a inauguração de mais duas grandes lojas na capital e que irão surpreender na oferta de serviços. Nós estamos falando de mais oportunidades de trabalho para centenas de pessoas. E este é um dos pilares do nosso negócio, a formação de mão-de-obra, geração de renda”. FNE terá incremento de 10% para empreendimentos mini, micro, pequeno e pequeno-médio portes Na última quinta-feira (29), Sudene e Banco do Nordeste apresentaram detalhadamente a programação de aplicação dos R$ 37,8 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) em 2024. O FNE destaca-se como o principal instrumento financeiro para promover o desenvolvimento na área de atuação da Sudene, que compreende os nove estados do Nordeste, além do Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Esse fundo proporciona condições de crédito, incluindo custo e prazo, que são incomparáveis com outras instituições financeiras estabelecidas na região. Para o corrente ano, destaca-se um incremento de 10% no financiamento destinado a empreendimentos de portes prioritários, caracterizados por um faturamento de até R$ 16 milhões. Essa medida visa fortalecer e impulsionar o apoio a iniciativas cruciais para o desenvolvimento econômico regional. Copergás cria grupo de trabalho para desenvolver e estimular mercado de GNV em Pernambuco A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), por meio de um Grupo de Trabalho (GT) dedicado ao estímulo da mobilidade com o uso do Gás Natural Veicular (GNV), está empenhada no desenvolvimento de diversas iniciativas e estudos destinados a promover a conversão de veículos para esse combustível. As reuniões e estratégias visam analisar as tendências do mercado, além de propor medidas que incentivem a transição e atraiam mais usuários para essa alternativa. Vale ressaltar que o GNV representa uma parcela significativa do volume de Gás Natural comercializado pela Copergás.

Em expansão, o Grupo Mateus inaugura 8ª loja em Pernambuco Read More »

Recife recebe maior escritório do mundo da multinacional norte-americana Liferay

Capital pernambucana torna-se sede do maior centro de engenharia de software da companhia, que promove experiências digitais que são utilizadas por empresas de diversos países ao redor do planeta. Fotos: Edson Holanda/ Prefeitura do Recife  Foi inaugurada ontem a nova sede da América Latina da Liferay, empresa multinacional desenvolvedora de uma plataforma de experiências digitais usada para criar portais, intranets, websites e e-commerce. O novo espaço da corporação ocupa os dois últimos andares do prédio histórico do Paço Alfândega Shopping, no Bairro do Recife. A nova estrutura soma mais de 5,3 mil m² e 650 estações de trabalho. O grupo já atua no Recife há 15 anos, mas agora amplia sua atuação na cidade, dentro do Porto Digital. João Campos, prefeito do Recife “A gente tem uma vocação para formar gente na nossa cidade e a nossa potência é o capital humano, são as pessoas. Essa conquista de hoje é histórica para o Recife, a gente passa a ter o centro de decisão global de uma grande líder global que é a Liferay. Lembro que neste mês tivemos a formatura da primeira turma do Embarque Digital, 134 estudantes, e a Liferay é parceira do programa”. Brian Chan, CEO da Liferay “Eu adoro Recife. Aqui há duas expressões que eu gosto muito. Uma é ‘Graças a Deus’, ela nos lembra de ter um coração de gratidão. A outra é ‘Se Deus quiser’, pois gosto de lembrar que não sou eu que escolho. Se Recife tiver prosperidade e paz, nós também temos”, comentou ele. Inauguração de prestígio Estiveram presentes na cerimônia: João Farias, gerente na América Latina da Liferay; Pierre Lucena, presidente do Porto Digital; Aldemar Santos, secretário de Governo e Participação Social do Recife; Joana Florêncio, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico; e Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete Recentro. Liferay em números 15 anos de atividades no Recife 300 colaboradores na cidade 26 países com sedes, sendo a maior da capital pernambucana

Recife recebe maior escritório do mundo da multinacional norte-americana Liferay Read More »

Temporada de leilões: imóveis com mais de 60% abaixo do valor de mercado

Vários certames começaram a acontecer nesta semana A aquisição de um imóvel é considerada por muitos como algo inatingível, devido ao alto valor agregado ou às modalidades de pagamento desafiadoras, como parcelas elevadas em financiamentos de longo prazo. No entanto, existem alternativas para alcançar esse objetivo por meio de leilões judiciais e extrajudiciais, onde é possível arrematar um imóvel com descontos de até 60%. Imagine adquirir um apartamento de 67 metros quadrados, com três quartos, na Zona Sul do Recife, avaliado em R$ 600 mil, por apenas R$ 180 mil. Essa oportunidade é real e ocorre por meio de leilões eletrônicos realizados em sites de empresas leiloeiras ou instituições financeiras. Essa modalidade é vantajosa, pois oferece oportunidades de adquirir imóveis por valores abaixo do mercado, além de proporcionar uma diversidade de opções, que vão desde residências até salas comerciais. Essa variedade amplia as possibilidades de investimento. Os leilões estão disponíveis em sites de instituições financeiras ou em plataformas de leiloeiros devidamente registrados na Junta Comercial de Pernambuco (https://portal.jucepe.pe.gov.br/). CONDIÇÕES “As condições de pagamento podem variar de acordo com a instituição que está ofertando o bem no leilão. Em muitos casos, pede-se pagamento à vista. Isso significa que o comprador deve quitar o valor total da arrematação num prazo determinado após o leilão. Geralmente, poucos dias depois”, explica a advogada Celina Pessoa de Mello, especialista em leilões no mercado imobiliário. O cirurgião-dentista Bruno Stênio conta que conseguiu comprar seu segundo imóvel através de um leilão. “Arrematei meu segundo imóvel em setembro de 2023 e tomei posse da propriedade quatro meses depois (janeiro). A princípio, seria para investimento, mas eu e minha esposa gostamos tanto que vamos morar lá. Indico bastante a aquisição de um imóvel nessa modalidade e a assessoria jurídica foi essencial para garantir a celeridade de todo o processo", afirma. CURSO A especialista no segmento, Celina Pessoa de Mello, começou a ministrar, nesta semana, curso sobre leilões judiciais para os interessados na área que queiram se especializar no assunto. As aulas são on-line e a inscrição pode ser feita no site https://ijlmm.com.br/digital-pagina-de-venda-leiloes-judiciais-de-imoveis.

Temporada de leilões: imóveis com mais de 60% abaixo do valor de mercado Read More »

Pesquisa: 93% dos empresários brasileiros estão otimistas com os negócios em 2024

A Amcham-PE apresentou ontem (28), os resultados da pesquisa Plano de Voo 2024, para empresários e gestores públicos do Estado. Realizada em parceria com o PoderData, o estudo ouviu 775 líderes empresariais brasileiros e revelou um otimismo com os negócios. Realizado entre 3 e 18 de janeiro, o estudo consultou predominantemente CEOs, sócios e diretores de grandes e médias empresas em todo o Brasil. Os resultados indicam que 93% dos participantes antecipam um crescimento nas receitas de suas empresas para o ano corrente, com quase metade projetando um aumento acima de 15%. No encontro no Recife, a pesquisa foi apresentada pela gerente regional da AMCHAM, Fernanda Angeiras, e contou com participações do secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Guilherme Cavalcanti, e do consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Leonardo Lahud. Razões do otimismo Este otimismo é atribuído principalmente ao aumento das vendas no mercado interno (72%), expansão da capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganhos de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros fatores. No que diz respeito às expectativas em relação ao governo para impulsionar o crescimento econômico, as principais medidas destacadas são o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), juntamente com a ênfase na segurança jurídica e redução da burocracia (62%). Prioridades para os empresários A sondagem indagou sobre as áreas que deveriam receber prioridade do governo federal no segundo ano de mandato. Entre as 14 opções apresentadas, as mais mencionadas pelos empresários foram:

Pesquisa: 93% dos empresários brasileiros estão otimistas com os negócios em 2024 Read More »

Fecomércio-PE: estabilidade do Plano Real trouxe impactos positivos para os brasileiros

Implementado em meio a uma crise inflacionária, o Plano Real transformou o cenário econômico brasileiro, impulsionando o setor de bens, serviços e turismo (Da Fecomércio-PE) Há trinta anos, em 27 de fevereiro de 1994, o Brasil testemunhou o lançamento do Plano Real, um marco histórico que não apenas pôs fim aos ciclos de hiperinflação, mas também redefiniu o panorama econômico do País. A década de 80, conhecida como "década perdida", foi caracterizada por uma inflação descontrolada que desencadeou uma profunda crise econômica e política, afetando diretamente o comércio de bens, serviços e o turismo. Com uma inflação anual de 135.422,77% em 1990, o poder de compra dos brasileiros era corroído, exacerbando a pobreza e a instabilidade social. “A trajetória de estabilidade econômica nos últimos 30 anos, desde o lançamento do Plano Real, representa um divisor de águas na história do Brasil. Ao estabilizar a moeda, o Plano Real não apenas reduziu a miséria, mas também proporcionou previsibilidade aos agentes econômicos, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de todos os setores, incluindo o comércio e o turismo”, comenta o economista da Fecomércio Pernambuco, Rafael Lima. Antes da consolidação do Plano Real, o Brasil atravessou diversas tentativas de estabilização monetária, todas sem sucesso duradouro. No entanto, o Plano Real se destacou por identificar corretamente as causas da hiperinflação e por contar com uma equipe de economistas que uniram técnica e política eficazmente. Sua implementação, em 1994, foi marcada pela introdução da Unidade Real de Valor (URV), que posteriormente deu lugar ao Real, proporcionando estabilidade e confiança ao mercado. O sucesso do Plano Real foi evidente mesmo diante de crises econômicas mundiais subsequentes, como as do Sistema Monetário Europeu em 1992 e do México em 1994. Ainda de acordo com Rafael Lima, "embora o Real tenha sofrido desvalorização desde sua implementação, é inegável que alcançou seu objetivo: acabar com a hiperinflação, estabilizar a moeda e criar um ambiente propício ao desenvolvimento econômico. Este ambiente estável contribuiu diretamente para o crescimento do comércio de bens e serviços, bem como para o fortalecimento do setor de turismo, impulsionando a economia brasileira nas últimas três décadas”, avalia o economista.

Fecomércio-PE: estabilidade do Plano Real trouxe impactos positivos para os brasileiros Read More »

Rendimento per capta dos pernambucanos está 41% abaixo da média nacional

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem os valores dos rendimentos domiciliares per capita referentes a 2023. O indicador rendimento domiciliar per capita do Brasil atingiu R$ 1.893, variando de R$ 945 no Maranhão a R$ 3.357 no Distrito Federal. Em Pernambuco, o indicador alcançou R$ 1.113, posicionando o estado no 24º lugar no ranking nacional. Esses números foram calculados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, refletindo a realidade socioeconômica da população no estado. Comparação nacional O rendimento domiciliar per capita é calculado como a razão entre os rendimentos domiciliares totais e o número de moradores, levando em consideração diversas fontes de renda. Pernambuco, com seu rendimento per capita de R$ 1.113, está abaixo da média nacional de R$ 1.893, evidenciando uma diferença de aproximadamente 41%. Além disso, o estado se encontra a uma distância significativa do líder do ranking, o Distrito Federal, que registrou um rendimento per capita de R$ 3.357. Ranking Rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população residente, segundo as Unidades da Federação – 2023 (em R$): Nota: Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras visitas da PNAD Contínua feitas no 1º, 2º, 3º, e 4º trimestres de 2023.

Rendimento per capta dos pernambucanos está 41% abaixo da média nacional Read More »

Governo recebe recomendações para reduzir impactos de parques eólicos

Poluição sonora e redução da biodiversidade são algumas das preocupações no radar da instalação dos empreendimentos de geração de energia (Foto: Tarciso Augusto/Semas) O documento Salvaguardas Socioambientais para Energia Renovável, resultado de uma construção coletiva de medidas de mitigação propostas por mais de 30 entidades, foi entregue ao Governo do Estado com diretrizes para a redução dos impactos na instalação dos parques de energia eólica. Embora seja uma agenda do Século 21 e que todos os lugares com potencial de geração tenham elevado interesse em investir na matriz, a expansão de renováveis vem intensificando também os conflitos territoriais. O documento destaca ainda algumas ameaças à biodiversidade. O relatório apresenta uma extensa lista de mais de 100 sugestões destinadas a aprimorar o processo de licenciamento, especialmente nas regiões de potencial de geração eólica, levando em consideração a preocupação com as comunidades tradicionais que residem nessas áreas. A entrega do documento evidenciou as inquietações, como o contínuo ruído gerado pelos aerogeradores e até mesmo o desaparecimento de algumas plantas. Alexandre Santos, representante do povo Pankararu e coordenador de Comunicação da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), destacou a perturbação causada pelo constante barulho dos aerogeradores, afetando a saúde mental dos moradores próximos. Ele mencionou o caso específico da aldeia Baixa do Lero, em Tacaratu, PE, onde os residentes escutam os ruídos mesmo dentro de suas casas. Dentre as precauções sugeridas, destaca-se a proposta de estabelecer uma distância mínima de 2 quilômetros entre as torres eólicas e as edificações, uma medida que atualmente não está em vigor. Além disso, é recomendada a priorização de áreas degradadas para a instalação de centrais de energia, visando evitar o desmatamento. O relatório também ressalta a importância de conduzir estudos sobre poluição sonora, incluindo os infrassons emitidos pelas torres eólicas, que, embora inaudíveis para os humanos, são apontados como disruptores do sono. Confira o documento na íntegra: https://nordestepotencia.org.br/wp-content/uploads/2024/02/Salvaguardas_Socioambientais_Renovaveis.pdf. O estímulo às energias renováveis é uma necessidade, mas essa geração não pode poluir a vida das comunidades vizinhas aos empreendimentos. Em entrevista na semana passada para a Algomais, a secretária de Meio Ambiente de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira, expressou essa preocupação. Queiroz Cavalcanti Advocacia lança Guia de Investimentos Direto Buscando auxiliar investidores estrangeiros, interessados em aplicar recursos no país, a equipe de Negócios Internacionais do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia elaborou um Guia de Investimentos Direto no Brasil. Segundo Gabriela Figueiras, sócia-gestora, o manual, redigido em inglês, apresenta o passo a passo legal necessário para o mercado corporativo realizar a ação. Diretora de Economia Criativa da Adepe palestra em Caruaru com cases da Agência Com o objetivo de explorar o cenário criativo caruaruense e pernambucano, com foco no empreendedorismo feminino, o Armazém da Criatividade promoverá o “Happy Hour Economia em Foco”, quinta-feira (29), das 18h às 20h, na Casa Tipos, em Caruaru. O evento é gratuito, com inscrições pelo Sympla. Tendo como uma das suas principais frentes a Economia Criativa, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) será representada no evento por Camila Bandeira, diretora de Promoção da Economia Criativa, que irá como palestrante levando cases e reflexões sobre o setor. A Agência é responsável pela realização da Fenearte, além da gestão dos seguintes equipamentos: Mercado Eufrásio Barbosa, Centro de Artesanato de Pernambuco, Loja Moda Autoral (Mape), Loja Bebidas de Pernambuco e do Centro de Artesanato de Bezerros com o Museu Lucas Cardoso, além das lojas de artesanato no shoppings da cidade e da Unidade Móvel do Artesanato.

Governo recebe recomendações para reduzir impactos de parques eólicos Read More »

Lula revoga reoneração de 17 setores da economia

(Da Agência Brasil) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (27) a exclusão da reoneração gradual de impostos para 17 setores econômicos que constava na Medida Provisória (MP) 1202, editada no final do ano passado. Com isso, esses setores ficam isentos do pagamento de impostos, por enquanto, até que o assunto seja resolvido por meio da tramitação de um projeto de lei de urgência, que ainda será enviado pelo governo federal. A decisão de Lula já era aguardada e foi fruto de um acordo feito com lideranças do Congresso Nacional, fechado ainda na semana passada. O anúncio da revogação foi feito pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o texto já foi despachado pelo presidente e estará publicado na edição de quarta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU). A prorrogação da isenção de impostos foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, por mais quatro anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida. Em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial. Mesmo assim, uma nova MP foi editada pelo presidente, já em dezembro, reonerando os mesmos setores, mas de forma gradual até 2027, e incluindo outras medidas para melhorar a arrecadação, como a revogação dos benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação no percentual para compensação tributária por decisões judiciais passadas. A revogação do Perse e a compensação por decisões judiciais seguem na MP, mantendo-se em vigor até que o Congresso aprove ou não a medida. "Hoje [27], assinado pelo presidente Lula, vai estar publicado amanhã [28], o caminho para a continuidade dessa negociação. A retirada, da Medida Provisória, do ponto específico sobre reoneração dos setores econômicos. Isso vai para um projeto de lei em regime de urgência. Vai permitir que a gente possa continuar tratando, no âmbito da MP, os pontos relacionados ao Perse, programa criado na época da pandemia, que já acabou, para os setores eventos, que começa a gerar um impacto muito grande na saúde das contas públicas. E também o tema da compensação tributária, que continua", afirmou Padilha em vídeo postado nas redes sociais. Diferentemente da MP, que tem efeito imediato e, por isso, a cobrança dos tributos sobre a folha já retornaria em abril, o projeto de lei, mesmo com urgência, precisa de aprovação prévia e sanção presidencial para começar a valer, e o prazo para isso é incerto. A edição de uma reoneração gradual dos mesmos setores que haviam tido o benefício prorrogado pelo Congresso gerou um conflito entre legisladores e o governo federal. Parlamentares de oposição exigiam que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolvesse a MP 1202/2023 sem nem analisá-la, por entender que o Congresso já havia decidido sobre o tema. No entanto, durante as negociações que se arrastaram ao longo das últimas semanas, o próprio governo recuou prometendo retirar os trechos que causavam o impasse. Um outro ponto que constava na MP era a reoneração da folha de pagamento de municípios com menos de 156 mil habitantes, que também foi revogada por Lula no texto que será publicado no DOU. Neste caso, o governo não informou quando e se enviará um projeto de lei para retomar a cobrança tributária. Na semana passada, associações e sindicatos patronais que representam os 17 setores econômicos afetados pela MP que reonerou a folha de pagamento de funcionários lançaram um manifesto em defesa do benefício tributário, aumentando a pressão sobre o governo. Esses 17 setores, que agora voltam a ser beneficiados com isenção de impostos, são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.

Lula revoga reoneração de 17 setores da economia Read More »

Silvio Costa Filho diz que pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões

(Da Agência Brasil) O ministro de Portos e Aeroportos, o pernambucano Silvio Costa Filho, afirmou nesta segunda-feira (26) que o pacote do governo federal para financiar as companhias aéreas deve ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões. De acordo com o ministro, a proposta do projeto deverá ser encaminhada para as empresas no próximo mês. O ministro explicou que os valores serão repassados a partir de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Um fundo garantidor deverá ser criado para dar garantias aos empréstimos que serão feitos pelas companhias. A análise do projeto é feita em conjunto com o Ministério da Fazenda e a Casa Civil. "Estamos trabalhando na ordem de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões. Essa é a demanda das aéreas. Elas acham que esses valores seriam suficientes no primeiro momento. A gente espera trabalhar para fechar o montante ao longo do mês de março", afirmou. Com os valores, as empresas poderão pagar dívidas, fazer investimentos e comprar novas aeronaves. "Para o consumidor, são mais aeronaves no Brasil. A Latam sinaliza compra 15 novos aviões. A Gol, mais dez, e a Azul, mais 16. São mais de 30 aeronaves novas que vão entrar no Brasil. Isso quer dizer mais voos operando no país e levando para mais destinos", completou o ministro. Voa Brasil Silvio Costa Filho também informou que a primeira etapa do Programa Voa Brasil deve disponibilizar 5 milhões de passagens aéreas a partir de março. "Não tem nenhum recurso público neste programa. É um projeto em parceria com as companhias áreas. Cinco milhões de passagens, que vão atender 20 milhões aposentados e mais 800 mil alunos Prouni", completou.  O ministro participou de um evento sobre investimentos em aeroportos na Bolsa de Valores de São Paulo.

Silvio Costa Filho diz que pacote de socorro a aéreas pode chegar a R$ 6 bilhões Read More »

30 Anos do Plano Real: Uma Jornada de Estabilidade Econômica

*Por Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar Há 30 anos, em um domingo dia 27 de fevereiro de 1994, o Brasil lançava o Plano Real, um plano econômico que mudaria os rumos do país. Nascia com ele uma nova moeda, o Real, que entrou em circulação no dia primeiro do mês de julho do mesmo ano. O plano foi certamente um divisor de águas na história econômica do Brasil, finalmente após vários planos fracassados, o Brasil encontraria a estabilidade financeira em meio às turbulentas águas da hiperinflação. Imagine viver em um mundo onde os preços mudavam tão velozmente que derrubavam o poder de compra da moeda, deixando o trabalhador atônito com a rapidez com que seu dinheiro perdia valor. Entre 1980 e 1982, a inflação no Brasil ficava na casa dos 100% ao ano, imagine que isso significava que as mercadorias, em média, dobravam de preço a cada doze meses, agora imagine novamente que essa inflação ainda era baixa, se comparada ao que ocorreria em anos seguintes. A década de 80 foi marcada pela estagnação do nível de atividade, por profundos desequilíbrios macroeconômicos e, em especial, pela hiperinflação; um processo de explosão de preços, combinado com baixas taxas de crescimento da economia. A inflação entre os anos de 1980 a 1993, medida pelo IGP-DI, atingiu o patamar médio de 438% a.a. (com picos de explosão ao longo dos meses). No ano de 1994, ano de lançamento do Plano Real, a inflação acumulada em 12 meses (mês de junho) foi de quase 5000%. Em 1º de julho de 1994 foi adotada efetivamente a moeda Real, substituindo o agora extinto, Cruzeiro Real, e em agosto do mesmo ano a inflação já estava em 1,86% (medidos pelo IPCA), uma queda significativa da inflação, o dragão parecia estar domado. Esse era o desafio enfrentado pelo trabalhador brasileiro nos anos 80 e início dos 90. Foi nesse cenário caótico que uma equipe de economistas entrou em cena para escrever um novo capítulo na história econômica do Brasil. Lançado em fevereiro de 1994 o Plano Real deu início ao combate da inflação com uma ideia inusitada, foi criada a URV – Unidade Real de Valor, uma unidade monetária temporária, introduzida no Brasil como parte do processo de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, como conhecemos hoje. A URV tinha a função de ser uma "moeda virtual" que representava uma unidade estável de valor. Ela não era uma moeda física circulante; era, na verdade, utilizada como uma referência para precificação durante o período de transição para o Real. Sua principal finalidade era servir como uma âncora de estabilidade. Imagine que os preços agora, estavam sendo cotados em URV´s e assim aquela geladeira, que o trabalhador brasileiro desejava comprar, não mais subia de preços (em URV´s), apenas a cotação da URV era alterada. A verdade é que a estabilização econômica proporcionada pelo Plano Real contribuiu fortemente para a redução da pobreza no Brasil. Com a diminuição da inflação e a melhoria nas condições econômicas, a renda real das famílias mais pobres aumentou, permitindo-lhes adquirir bens e serviços básicos. O aumento no consumo, impactando o crescimento de setores como comércio, indústria e serviços, o que por sua vez gerou novas oportunidades de emprego e renda. Além do fato que, no bojo do Plano Real, foram lançadas as sementes de programas sociais ainda hoje importantes. Entre julho de 1994 e janeiro de 1996, período imediatamente após a implantação do Plano Real, segundo dados do IPEA – a proporção de pobres, no Brasil, declina de 38% para 29%, uma redução significativa. O Plano Real trouxe uma série de benefícios para a economia brasileira. A redução da inflação proporcionou uma maior previsibilidade e segurança para os agentes econômicos, estimulando o consumo, o investimento e o crescimento econômico. A estabilização monetária contribuiu para a melhoria das condições de crédito, incentivando o acesso a financiamentos e impulsionando o mercado interno. Além disso, o Plano Real trouxe confiança aos investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros. A estabilidade econômica fortaleceu a imagem do Brasil como um destino atraente para negócios e investimentos, aumentando o fluxo de capital para o país e impulsionando setores econômicos diversos, além dos impactos sociais. De fato, a porcentagem de brasileiros que viviam na pobreza diminuiu e a distribuição de renda registrou pequena melhoria nos anos imediatamente após o Plano Real, e certamente muito mais poderia ter sido realizado nestes trinta anos. Porém, é fato que hoje, quando tiramos uma cédula de Real do bolso, estamos segurando não apenas dinheiro, mas um pedaço da história brasileira. Uma história de desafios, e acima de tudo, uma história de sucesso daqueles que idealizaram e participaram da implantação do Plano Real no Brasil. Edgard Leonardo Lima e Paulo Alencar são economistas

30 Anos do Plano Real: Uma Jornada de Estabilidade Econômica Read More »