Entretenimento – Página: 13 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Adeus a Moraes Moreira, um baiano de Pernambuco

Por Yuri Euzébio Nessa altura do campeonato todo brasileiro vivo deve saber que morreu na última segunda-feira (13/04) um dos gênios da Música Popular Brasileira, Moraes Moreira, e não podia tratar de outro assunto essa semana. O baiano ficou conhecido após formar o conjunto Novos Baianos ao lado de Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e Baby do Brasil (Baby Consuelo na época). Após a estreia em 1970 com “É Ferro na Boneca”, um bom disco de rock, mas a grande obra do grupo seria o segundo disco “Acabou Chorare” de 1972, O trabalho congregava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião e representou a modernidade, um novo passo na música brasileira. Já é célebre a história da visita de João Gilberto, o pai da bossa-nova, ao apartamento que o conjunto dividia no Rio de Janeiro e como ele mudou a história da banda. Reconhecido como clássico e como um dos melhores, senão o melhor, álbum de música pop brasileira, o cd foi redescoberto nos anos 90 e depois nos anos 2010 e influenciou um sem número de jovens que, assim como eu, se encantaram com aquela mistura genuinamente brasileira. Moraes entrou cedo na minha vida, tenho um tio que é fissurado pelo cantor e passava o dia ouvindo ou cantarolando suas músicas, foi ele que, após me apresentar os Novos Baianos, me introduziu também a bem-sucedida obra solo do artista baiano, isso mesmo, engana-se quem pensa que o cantor ficou marcado apenas pela trajetória com o grupo. Não consigo mensurar quantas vezes ouvi clássicos como “Chão da Praça”, “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira”, “Pombo Correio”, “Sempre Cantando” e outras. Recentemente fomos juntos, eu e o meu tio, pra um show dos Novos Baianos aqui e ele estava lá com seu violão a mesma força e potência no palco de sempre. Moraes Moreira conseguia reunir ritmos diferentes e enfeitá-los com uma brasilidade própria e um jeito único e ritmado de tocar o violão. Era um representante legítimo do Nordeste e tinha uma relação singular com o carnaval, foi um dos artistas que melhor representou a folia de momo. Mudou completamente o carnaval baiano ao ser o primeiro cantor de trio elétrico, participando ao lado de Dodô e Osmar no carro que até então só se prestava a música instrumental, já pensou como seria a festa baiana hoje sem a ousadia de Moraes Moreira? Tinha uma relação especial com Pernambuco, sempre guardava espaço para um frevo nos compactos que gravava e foi um dos poucos de fora do Estado a participar do carnaval daqui e não parecer um intruso, absorvia a energia da festa se juntando aos foliões. Foi com muita tristeza que recebi a notícia de seu falecimento, Moraes Moreira partiu cedo e deixou uma legião de fãs famosos e anônimos órfãos de sua ginga e da sua música. Meu tio me ligou aos prantos afirmando que nunca mais vamos ter outro igual a Moraes e tem certa razão no seu pranto. Eu mesmo demorei um pouco pra absorver tudo e consegui escrever aqui uma singela homenagem. Ainda estou digerindo tudo isso. A música pernambucana e brasileira devem muito a ele e eu também, fica aqui o agradecimento e o reconhecimento da sua importância. A saudade é enorme, mas a música ajuda a diminuir.

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Vivo Brincar traz dicas para dia a dia com crianças em casa

A Vivo, por meio da plataforma Vivo Brincar, está reunindo em seu hub de conteúdo algumas ideias para que os pais que podem ficar em casa consigam brincar e passar mais tempo com seus filhos de forma lúdica e leve. Além disso, a marca também propõe um equilíbrio no uso da conexão, mesmo ela sendo tão essencial nesse momento. A plataforma foi adaptada com conteúdo e atividades que possam ser feitos dentro de qualquer residência. A personagem Violeta também está no hub dando dicas legais de brincadeiras que estimulam a criatividade dos pequenos junto com seus familiares. Além disso, a parceria entre a Vivo e o perfil “Tempo Juntos”, especializado em incentivar pais e educadores a brincarem com as crianças, traz alguns vídeos com ideias simples de interação com as crianças, desde propostas de como tornar a hora do almoço ou jantar um momento de trocar de ideias e interagir, brincadeiras para a hora de dormir e até dicas para quem tem dificuldade em brincar por longos períodos com as crianças. Confira todos os vídeos e atividades do Vivo Brincar disponíveis em www.vivobrincar.com.br.

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Festeje o Dia Internacional do Livro e o centenário de Clarice Lispector

Em celebração ao Dia Internacional do Livro e em homenagem a escritora Clarice Lispector, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) realizará, no dia 23 deste mês, a Festa Digital do Livro. O evento começará às 6h e seguirá até a meia-noite no endereço eletrônico flidfundaj.com.br. Serão 18h ininterruptas de lives de palestras, debates, entrevistas, recitais, filmes e programas de rádio e TV. O universo do escritor irlandês James Joyce, uma das inspirações de Clarice, está relacionado à duração do evento. Em seu clássico Ulisses (1922), Joyce leva seu personagem principal em uma viagem de 18 horas por Dublin. Durante o evento online participarão diversas personalidades, entre escritores, professores, artistas, jornalistas e articuladores culturais do Brasil e do Mundo. Será discutido desde o livro em si – obras, escrita, história etc. -, até os formatos físico e digital. A jornalista e escritora Clarice Lispector será homenageada pelo seu centenário, comemorado em dezembro deste ano. Ucraniana naturalizada brasileira, a escritora é uma das autoras mais importantes internacionalmente do século 20 e a maior escritora judia desde Franz Kafka. Por isso, também, a cultura judaica integra a tríade de temas centrais. “Nada melhor no Dia Internacional do Livro que uma homenagem a mais internacional das escritoras brasileiras”, aponta o presidente da Fundação e escritor, Antônio Campos. Sobre o formato proposto, ele destaca o papel da Instituição diante do cenário de combate à pandemia do novo coronavírus. “Com as medidas de prevenção adotadas, estamos experienciando novas dimensões do convívio digital. As lives ou videoconferências nunca estiveram tão presentes e foram usadas de tantas formas quanto agora. Nosso esforço é para continuarmos atuantes, com iniciativas e atividades de qualidade. É um momento também de estimular a leitura”, ressalta. A iniciativa é coordenada pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). “A Dimeca entende que o projeto de um festival 100% digital, neste momento, justifica-se por si só. É a diretoria o espaço por excelência da riqueza documental, artística, cultural e educativa da Fundação. É nossa missão realizar ações digitais que continuem a atender aos interesses da população”, explica o gestor da Dimeca, o escritor e jornalista Mario Helio Gomes, curador da Festa Digital do Livro. Para a celebração da data, explica, adotou a origem ibérica, iniciada em 23 de abril de 1926. “É também a data de morte do escritor espanhol Miguel de Cervantes e do dramaturgo inglês William Shakespeare”, acrescenta. Com uma programação híbrida, as atividades contarão com transmissão simultânea no site flidfundaj.com.br e nas redes sociais da Fundaj – Instagram, Facebook, Twitter, YouTube. Na abertura, às 6h, contará com o poema “Tecendo a manhã”, do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, amigo de Lispector, além da fala do presidente da Fundação, Antônio Campos, ao vivo na TV Fundaj. A leitura do horóscopo e das principais manchetes de jornais do 10 de dezembro de 1920 (nascimento da homenageada), a programação musical trazendo canções do Recife nas décadas de 1920 e 1930, antecedem a primeira entrada do programa de rádio e TV “A Hora das Estrelas”. Na sequência, a Festa Digital do Livro discute “O livro didático no Brasil”. Integram o bate-papo representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Quem assume a primeira palestra é a agente literária Luciana Villas-Boas, que refletirá sobre a situação atual e o mercado editorial em “Melhor estar no negócio do livro do que no da aviação”. A programação matutina chega ao fim com a leitura de “O mistério do coelho pensante” (1967), texto infantil escrito por Clarice Lispector após a provocação do filho sobre o porquê de escrever textos para adultos apenas. À tarde, a jornalista e escritora Cláudia Nina, que editou o caderno especializado em literatura do Jornal do Brasil, Ideias & Livros, e contribuiu para o Prosa & Verso, do O Globo; assume a segunda palestra: “O pequeno mundo compartilhado – a subjetividade pulsante nas crônicas de Clarice”. Cláudia também é autora de A palavra usurpada: exílio e nomadismo na obra de Clarice Lispector, publicado no Brasil em 2003. A crônica, aliás, é o objeto de análise da atividade seguinte. O jornalista Marcelo Pereira, editor do caderno Cultura do Jornal do Commercio, é convidado a responder perguntas sobre o cronista pernambucano Antônio Maria e Lispector. Já o professor Lawrence Flores Pereira, doutor em Teoria da Literatura pela PUCRS, realiza leitura de trechos da obra de William Shakespeare, na data do aniversário de morte do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. O poeta e dramaturgo criou personagens imortais da literatura mundial, como Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta. Lawrence é um dos tradutores da obra do dramaturgo no Brasil. Para refletir a cultura judaica no País, a Cinemateca Pernambucana exibe “O Rochedo e a Estrela”, de Katia Mesel. Ainda entre as palestras, o professor João Cezar de Castro Rocha abordará Shakespeare e Miguel de Cervantes dentro de uma perspectiva comparada. A leitura de trechos do romance Dom Quixote, de Cervantes, pelo professor espanhol Ángel Espina Barrio; e a entrevista ao escritor Lucilo Varejão Neto, presidente da Academia Pernambucana de Letras e membro da União Brasileira de Escritores, encerra a programação vespertina. A Hora das Estrelas volta ao ar e, dentre os destaques da noite, também está a palestra “Por uma questão de justiça: modos de ler Clarice Lispector”, com a professora da PUC-Rio Clarisse Fukelman. A palestrante reuniu publicações e adaptações da autora no Brasil e no exterior numa vasta pesquisa de mais de 30 anos. A exibição do curta-metragem Clandestina Felicidade, de Marcelo Gomes e Beto Normal, e a divulgação dos resultados dos concursos Claricem Imagens e Claricem Palavras integram o momento. Os ganhadores serão premiados com entradas grátis para os cinemas da Fundação ou fotobiografia da escritora (conferir detalhes abaixo). O encerramento fica por conta da leitura das histórias de fantasmas compiladas no livro Assombrações do Recife (1955), clássico de Gilberto Freyre. Dentre as estórias, pontos da capital pernambucana, como a Cruz do Patrão, no porto do Recife, e lendas como O Papa-Figo. Interpretações

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Cordel do Pequeno Príncipe vira enredo da Tom Maior

O livro “O Pequeno Príncipe em Cordel” dos pernambucanos Josué Limeira (escritor) e Vladimir Barros ilustrador, uma adaptação do livro “O Pequeno Príncipe” de Saint Exupéry, inspirou Flávio Campello, carnavalesco da Escola de Samba Tom Maior do grupo especial de São Paulo a anunciar o enredo para o carnaval 2021: O Pequeno Príncipe no Sertão. “Em tempos tão difíceis como estamos passando, trazer a mensagem do Pequeno Príncipe para Sambódromo do Anhembi nos dá a sensação de esperança e reconstrução” afirma Flávio. Para o Diretor de Carnaval da Tom Maior, Judson Sales, o livro dos pernambucanos será fonte de inspiração na elaboração do projeto do desfile de 2021 da escola carnavalesca, pois traz o pequeno príncipe para o Nordeste com uma linguagem riquíssima do cordel e com ilustrações maravilhosas. Josué Limeira relata a importância que será esse momento ímpar, onde o desfile mostrará para mais de 180 países toda a beleza desse Pequeno Cabra da Peste que vai percorrer o sertão nordestino levando sua mensagem de amor, amizade e respeito ao próximo e ao nosso planeta, para a literatura de cordel, agora ritmada num samba enredo é de valor inestimável. “Será de grande importância para nossa cultura, porque levar a linguagem nordestina para se unir à cultura do samba por meio de um livro é algo valoroso”, declarou. Para o ilustrador Vladimir Barros representar o estado de Pernambuco num evento gigantesco é algo que traz muita felicidade, pois o livro foi um projeto feito com muito amor, buscando valores e identidade culturais na sua própria terra. “Estou muito feliz por saber que nosso livro, impactou pessoas e culturas de outros lugares. Sinto muito orgulho de representar meu estado e minha região em um evento gigantesco”. O livro O Pequeno Príncipe em Cordel foi lançado em 2015, um ano depois foi finalista do prêmio Jabuti na categoria adaptação, nesses quase 05 anos, foi escolhido como livro paradidático em mais de 40 escolas do Brasil, inspirou outros projetos da economia criativa como games, artesanato, peças teatrais entre outros. Agora ensaia os passos para na avenida desfilar em Tom Maior, onde os versos do cordel serão declamados nos passos de um samba enredo.

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Crítica Literária: As deliciosas torturas de amor

*Paulo Caldas Uma ideia original atiçou a iniciativa do escritor Bruno Gaudêncio, mais um arguto “galo de campina” (da espécie Bráulio Tavares, Jessier Quirino e Zé Teles), que dirige os periscópios de bons autores (alguns já consagrados) para a música, quem sabe a mais expressiva das manifestações artísticas. Torturas de amor, uma coletânea de contos produzidos pela editora Penalux (editoração eletrônica de Karina Tenório), foge do comum pois não contempla, digamos, os mestres, os virtuosos, mas o outro extremo. O conteúdo abriga composições de harmonias comuns, melodias sofríveis, nascidas de letras concebidas por apelos vulgares. Porém, nesse horizonte reside o paradoxo: não obstante reunir tantos elementos de qualidade discutível, o tema sentimental “brega” é celebrado por legiões de seguidores, gente da gente, amantes insaciáveis da cerva gelada, dos recantos junto às radiolas de ficha nas mesas de bares das periferias, palco consagrado para carpir desilusões. E dentre as joias de amores frustrados, Gaudêncio escolheu dentre outras, essas pérolas para o leitor. Os antológicos “Eu não sou cachorro não” e “Torturas de amor”, estrondosos hits do também antológico Waldick Soriano; “Garçom” de Reginaldo Rossi; “Fuscão Preto” de Almir Rogério; “Se o meu amor não chegar (Eu hoje quebro essa mesa)” de Carlos André; o enfático “Você é doida demais”, de Lindomar Castilho e “Eu vou tirar você desse lugar”, que projetou o cantor Odair José para o universo sentimentalóide da MPB. O livro pode ser encontrado no site https:www.editorapenalux.com.br./loja/torturas-de-amor *Paulo Caldas é escritor

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HQ da Cepe entre as top 10 de 2020

A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) emplaca uma HQ em prêmio especializado no segmento. O obscuro fichário dos artistas mundanos – roteirizado por Clarice Hoffmann e Abel Alencar e ilustrado pelos artistas Maurício Castro, Paulo do Amparo, Greg e Clara Moreira – ficou na lista dos dez melhores quadrinhos, segundo o Prêmio Grampo 2020, conferido por jornalistas e críticos especializados no segmento literário. Lançada em 2019, a obra inaugurou o selo Cepe HQ e fez da editora pública a primeira pernambucana especializada em quadrinhos. “Estamos radiantes com a notícia. É incrível ficar entre os dez melhores quadrinhos, estrangeiros e nacionais, lançados no Brasil ano passado. Acho que o prêmio é o reconhecimento a um trabalho feito com muito cuidado, muito amor. Um trabalho motivado especialmente pela paixão aos personagens, nossos resistentes artistas, e pelo desejo de contar um pouquinho da história de luta dos artistas deste país”, declara Clarice, que já pensa em editar outros trabalhos com a mesma linguagem. “Esse foi meu primeiro trabalho. Espero fazer muitos outros”. O editor da Cepe, Diogo Guedes, enxerga com alegria o reconhecimento e a circulação de um dos primeiros trabalhos do selo Cepe HQ no mercado editorial. “O obscuro fichário dos artistas mundanos é uma obra forte porque sabe extrair do passado, dos documentos que demonstram a perseguição a artistas e estrangeiros na ditadura de Vargas, as resistências e aprendizados necessários para o presente”, opina Diogo. O jornalista e crítico de quadrinhos Paulo Floro, editor do site O grito!, que participou da votação do prêmio, acha que o reconhecimento corrobora o bom momento que vive o quadrinho atual em Pernambuco. “Fazer parte das dez melhores obras lançadas no ano passado, em um período de um mercado editorial com tantos lançamentos, é um feito e tanto”, constata Paulo, acrescentando a característica inovadora da obra como relevante na inclusão do prêmio. “É um livro inovador dentro da linguagem das histórias em quadrinho ao trazer uma abordagem experimental para o meio ao mesmo tempo em que traz novos olhares para a história do Brasil” completa o crítico. A OBRA – A publicação é inspirada no projeto de pesquisa O obscuro fichário dos artistas mundanos, realizado entre os anos de 2014 e 2017. Os resultados do projeto de pesquisa, que inspirou a obra, estão no endereço eletrônico obscurofichario.com.br. São indícios da vida de mulheres e homens, brasileiros e estrangeiros, protagonistas de uma movimentação ocorrida no campo da arte e do entretenimento da cidade do Recife, entre as décadas de 1930 e 1950, que lançam luz sobre uma potente história cultural e política do estado e do país. Um mundo habitado por bailarinas acrobatas e sapateadores excêntricos, cantores de rádio e cossacos russos, pugilistas e ilusionistas, artistas teatrais e enciclopédicos. Para a polícia de Vargas todos que estivessem de alguma forma ligados à cena do entretenimento eram considerados artistas e, portanto, fichados com prontuário na Delegacia de Ordem Política e Social. Nesse rolo entravam prostitutas, pugilistas e até espaços suspeitos, por serem lugares onde havia muita rotatividade a exemplo de hotéis, pensões, teatros, cabarés, agremiações carnavalescas, vigiados pela polícia. O livro custa R$ 35 e está à venda na loja virtual da Cepe: https://www.cepe.com.br/lojacepe/.

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Filmes de arte gratuitos até a próxima quinta-feira

Uma boa notícia para quem curte filme de autor: o Petra Belas Artes, conjunto de sala de exibições de São Paulo, acaba de lançar o seu streaming Petra Belas Artes à La Carte, que tem assinatura gratuita até a próxima quinta-feira. Além de oferecer um acervo de fôlego de filmes de arte, o streaming tem como diferencial o fato de para cada filme trazer um vídeo com explicações sobre por que assistir aquela produção. São informações, curiosidades e história sobre cada filme. É uma forma criativa de ajudar o assinante a encontrar a produção para assistir que se encaixe no seu perfil. Os filmes são classificados de forma bem irreverente como: cults incríveis, hahaha, mulheres maravilhosas, se você nunca viu um filme cult comece por aqui, para roer as unhas, todo cinéfilo precisa ver antes de morrer, França mon amour, boy meets girl, não soubemos classificar. Para assistir basta acessar: https://www.belasartesalacarte.com.br/

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Cepe lança livro infantojuvenil

A paixão pela gramática e pelo que denominou de leões léxicos, inspirou o carioca Fred Bellintani a escrever A domadora de palíndromos, sua estreia na literatura infantojuvenil. A obra é um lançamento da Cepe Editora, e traz ilustrações da pernambucana Hallina Beltrão. O autor brinca com o desafio de encontrar sentido em palavras e frases escritas de trás para frente, como radar, Roma ou arara rara. Revela-se na determinação da personagem, cujo nome é palíndrômico, anunciado ao final da história, que começa com o clássico Era uma vez. A formação musical de Bellintani, associada à sua habilidade com as palavras, o fez optar por uma narrativa enriquecida pelas rimas. O recurso tornou o texto didático e lúdico ao mesmo tempo. Nele, o autor mostra como a heroína se diverte com ditados, caligrafia, interpretação de textos e o seu forte, que é soletrar palavras, até as mais complicadas. Quando começou a ficar entediada, a menina buscou outros desafios, aí passou a ler tudo de trás pra frente. O exercício virou passatempo. E assim tornou-se domadora de leões léxicos, conta o autor, que fez escolhas emotivas e autorreferentes na construção da história. Embora este seja seu primeiro livro, Bellintani diz que possui outros trabalhos. Todos engavetados, à espera de redenção. Confessa que só conseguiu lançar A domadora de palíndromos porque foi pressionado por prazos estabelecidos pela Cepe Editora. O doloroso exercício de afrouxar no perfeccionismo e libertar seus escritos encontra inspiração numa frase do escritor Nelson Rodrigues: “O trabalho deve ser abandonado, senão nunca vai terminar”. AUTOR Fred Bellintani Falcão nasceu no Rio de Janeiro, em 1968, filho de advogado pernambucano e professora mineira. Advogado formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é músico, jornalista pós-graduado na Universidade de São Paulo e publicitário. Atua há 20 anos como profissional de comunicação da Petrobras. Tem apresentado seus frevos inéditos nas Rodas de Frevo do maestro Spok. É pai de Pietro e Francesco, e bisneto de Leovigildo Júnior, escritor e poeta pernambucano. ILUSTRADORA Hallina Beltrão nasceu no Recife, em 1980. Graduada em Design pela Universidade Federal de Pernambuco, é mestra em Design Gráfico Editorial pela Elisava (Universitat Pompeu Fabra — Barcelona, Espanha) e especializada em Ilustração Criativa (Universitat Autònoma de Barcelona). Há 20 anos, atua como designer gráfica e ilustradora de diversos projetos gráficos editoriais e identidades visuais de festivais, livros, jornais, revistas, televisão e plataformas digitais no Brasil, na Espanha e na Itália. A domadora de palíndromos é o seu sétimo livro infantil. SERVIÇO Lançamento virtual de A domadora de palíndromos Data: 14 de abril, quando o livro estará disponivel na loja virtual da Cepe Editora (https://www.cepe.com.br/lojacepe/) e a partir do próximo dia 17 estará disponível nas principais plataformas digitais: Amazon, Apple, Google, Livraria Cultura, Saraiva, Kindle, Novo, Leve Preço: Livro impresso R$ 35,00, e-book R$ 11,50

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As lives da pandemia

Por Yuri Euzébio Recentemente escrevi aqui que uma boa dica para se distrair nesse isolamento social era acompanhar os shows que os artistas promoviam em suas casas, as famosas lives do instagram. Não imaginava, contudo, que rapidamente esse virasse a principal expressão de uma classe artística e que fosse causar tanta polêmica. As lives começaram de forma despretensiosa e simples, com os artistas em casa acompanhados de um violão filmadas do celular mesmo, sem microfone, cantando suas músicas numa proposta bem caseira e pessoal. De repente, e sobretudo no mundo Sertanejo, houve uma mudança de estilo. Gusttavo Lima acabou, sem intenção acredito, sendo o marco de um novo formato. Ao investir em uma transmissão elaborada de seu show com cinco horas de duração, câmeras profissionais e patrocínio incluso, o cantor puxou uma fila inesperada e elevou o patamar das lives, pelo menos no mundo sertanejo. Logo em sequência disso, outros artistas do mundo sertanejo fizeram suas próprias superproduções, algumas cercadas de polêmicas com o uso de uma grande equipe rompendo o isolamento social, e logo bateram o recorde imposto por Gusttavo Lima. Agora há uma expectativa do público quanto a novas produções desse estilo. Recebi por e-mail uma chamada para a live de Luan Santana no dia 26 de abril. Analisar o mundo sertanejo não é a intenção desse colunista que vos escreve, até porque o conhecimento é muito raso e superficial para qualquer discussão, não vou esconder que esse novo sertanejo que domina as rádios atuais não me apetece, embora reconheça a força e o poder de engajamento do meio. O ponto aqui é que ao mesmo tempo que os sertanejos podem ter descoberto uma nova tendência no mercado musical diante do cenário de pandemia, podem ter perdido a essência do que eram as lives e iniciado uma competição sobre números envolvidos. Importante deixar claro que em todos esse shows, levantaram-se fundos e doações para o combate ao Coronavírus e auxílio dos mais vulneráveis, há também a preocupação em ajudar quem está precisando nesse momento tão difícil. A Nação Zumbi publicou em seu perfil no instagram uma nota a respeito das lives, informando que são uma banda e que seria muito perigoso para os músicos e para a equipe técnica romper o protocolo de isolamento social para oferecer o que a banda tem de melhor. Outros artistas como o grande Zeca Pagodinho, não fazem live porque não sabem tocar e não tem ninguém para acompanha-los. Outros permanecem numa estrutura modesta, caseira, voz e violão como muitos daqui de Pernambuco. Toda a nova geração do Reverbo participou do Pernambuco.som, projeto da Tv Pernambuco que promove encontros de artistas pernambucanos com transmissão semanal no youtube e nos canais da Tv, outros como Juvenil Silva tão mandando brasa dentro de casa com participações por videoconferência. Enfim, opções não faltam por aqui. Acredito que as transmissões de shows dos artistas em casa são uma grande opção de entretenimento para esse momento em que vivemos, além de manterem a cultura viva. Ainda que em alguns casos tenha virado competição de acessos e com produção rebuscada, como no mundo sertanejo, servem para aproximar os artistas do público de forma natural e espontânea e ainda ajudam quem está precisando. Particularmente, só assisti duas lives nessa quarentena, de Rodrigo Amarante e de Tim Bernardes e ambas me deixaram muito satisfeito. O formato foi voz e violão, na sala de suas casas, e para mim basta isso. No fim das contas, o que importa é ouvir boa música. Então aproveitem a temporada de lives dos seus artistas preferidos, cada um dentro de sua casa e não esqueçam de lavar as mãos sempre que necessário. P.S – Mais uma dica do que fazer no isolamento, assistam o Roda Viva com Jorge Ben Jor de 1995 com direito a Chico Science no time de entrevistadores. É sempre bom ouvir as histórias do morador mais famoso do Copacabana Palace.

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Cepe Editora libera novos e-books para download gratuito

Dez e-books de autores publicados pela Companhia Editora de Pernambuco serão liberados para download gratuito a partir da próxima segunda-feira (13), numa ação solidária da Cepe nesses tempos de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus. A lista ficará aberta até 15 de maio e substitui os 14 livros eletrônicos que tiveram leitura franqueada ao público no período de 23 de março a 10 de abril. Os dez títulos estarão disponíveis nas plataformas da Amazon, Apple, Kobo, Livraria Cultura e Google Play Books. Uma das publicações é o livro de poesias Gris, da poeta e escritora Cida Pedrosa, lançado em outubro de 2018. “Gris (cinza em inglês) tem tudo a ver com esse momento que estamos vivendo, 90% das poesias falam sobre a solidão na cidade”, afirma Cida Pedrosa. O poema Empatia, inspirado num bem-te-vi, é um deles, destaca. “O bem-te-vi que canta/ na minúscula janela do banheiro/ sabe que eu/ sentada neste espaço 1×2/ tenho uma ausência de ninho/ tão grande quanto a dele”, declama a poeta ao telefone. Cida Pedrosa é uma das escritoras que entrou em contato com a Cepe para sugerir a liberação gratuita da obra que ela escreveu, durante a quarentena. “Com as pessoas em casa, quanto mais possibilidades de leitura gratuita, melhor. Esse é o nosso papel social como escritor e também o da Cepe, como empresa de economia mista”, reflete. A nova lista de e-books com download gratuito inclui três livros de poesia, um de conto, um de ensaio, dois infantojuvenis, um de jornalismo, um de história e um romance. “A ideia foi tentar mesclar o máximo possível de estilos diferentes e livros que, majoritariamente, estão esgotados em sua versão física, mas ainda vivos na versão digital”, declara o gerente de Marketing da Cepe, Rafael Chagas. Watsu, livro de poesias de José Juva, é um dos vencedores do 3º Prêmio Pernambucano de Literatura, em 2015. Ensaio sobre o livro Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa), a publicação Genealogia da Ferocidade, de autoria de Silviano Santiago e lançada em 2017, inaugurou o Selo Suplemento de Pernambuco para obras que pensam as relações entre literatura e o contemporâneo. De acordo com Rafael Chagas, a editora escolheu os 14 títulos para compor a primeira lista de e-books com leitura gratuita. “A receptividade foi excelente”, avalia. Entre títulos pagos e gratuitos, o número de downloads cresceu 3.153% no site da Cepe, no mês de março, quando teve início a quarentena. “Chegamos a 6k de downloads em março”, diz o superintendente de Mídias Digitais da Cepe, Rodolfo Galvão. As cinco publicações mais procuradas foram: Mulher sob influência de um algoritmo, Os olhos de Diadorim e outros ensaios, A valente princesa Valéria, O massacre da Granja São Bento e O menino mais estranho do mundo. Na segunda seleção de e-books foram observados dois critérios: a proposta de autores que solicitaram o download gratuito de suas obras (Cida Pedrosa, João Paulo Parísio, José Juva e Silviano Santiago) e indicações da editora. “O livro infantil Era uma vez… tem uma proposta bem legal porque são várias pequenas histórias que podem ser contadas para as crianças em momentos e dias diferentes, não exige uma leitura contínua”, comenta Rafael Chagas. O jornalista Homero Fonseca, autor de Tapacurá: viagem ao planeta dos boatos, elogia a liberação dos títulos. “Excelente iniciativa, neste momento tão singular da história mundial, especialmente no Brasil, onde, além dos terríveis impactos da pandemia na saúde e na economia, temos uma condução política ideológica, idiossincrática e desastrada por parte do chefe do governo”, declara. “Quanto ao livro, penso que sua temática – boatos geradores de pânico coletivo – tem tudo a ver com o que se desenrola hoje, quando o medo e as fakes news assombram o mundo”, acrescenta. Serviço: Veja lista dos 10 e-books para download gratuito Título: Gris (Poesia) Autora: Cida Pedrosa Sinopse: A coletânea, que reúne 50 poemas de Cida Pedrosa, traz uma mostra significativa da produção desta autora, cuja obra se alimenta da urbe e se confunde com o estar e viver a cidade. Poemas curtos e cortantes levam o leitor a um passeio por paisagens multicores, a despeito do que sugere o título do volume. Título: Esculturas Fluidas (Poesia) Autor: João Paulo Parísio Sinopse: Tomando como inspiração temas de variadas naturezas, como a fome e o tédio, João Paulo Parisio utiliza seu olhar criador em poemas que transmitem as diversas proporções das coisas. Cada poema é carregado com seus sentimentos específicos que invadem o leitor. Título: Legião Anônima (Contos) Autor: João Paulo Parísio Sinopse: A obra Legião anônima reúne dezessete contos cheios de simbolismo, alguns reveladores de um clima de pesadelo, onde a realidade se mistura ao irreal, transmudando o cotidiano. O livro é um convite do autor, João Paulo Parisio, ao seu mundo de carências e perplexidades. Título: Watsu (Poesia) Autor: José Juva Sinopse: A água é uma só. E assume todas as formas possíveis. Este livro possui dois oceanos: “Molhai os lírios do hipocampo” e “Visões noturnas da paz aquática.” Os poemas fluem como muitas águas: na calma da circulação dos líquidos no útero, nas idas e vindas de ondas furiosas, nos rios que não cessam de dizer da impermanência, nas chuvas inumeráveis que nos encontram. Foi um dos vencedores do 3º Prêmio Pernambuco de Literatura. Título: Genealogia da Ferocidade (Ensaio) Autor: Silviano Santiago Sinopse: Genealogia da Ferocidade volta a comprovar a potência da ensaística de Silviano Santiago. Ele aponta como a tradição crítica sempre esteve mais interessada em domesticar a monstruosidade da escrita rosiana do que em deixar-se seduzir pela originalidade da “beleza selvagem” de Grande Sertão: Veredas. O “monstro Rosa” (como Silviano descreve o romance) não aceita domesticação. Esse ensaio inaugura o selo Suplemento Pernambuco, voltado a obras que pensam as relações entre literatura e o contemporâneo. Título: A faculdade sitiada (História) Autora: Ana Maria César Sinopse: Episódio ocorrido nos anos 60, em que estudantes da Faculdade de Direito do Recife foram cercados na instituição por tanques e metralhadoras numa resposta do Governo à realização de uma palestra com Celia

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