Entretenimento - Página: 22 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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João Alberto: 50 anos de muitas histórias

Quando João Alberto assinou sua primeira coluna social no Diario de Pernambuco, o Brasil e o Estado viviam um cenário completamente diferente. O País estava sob o comando da ditadura militar. No esporte, a seleção de futebol se preparava ainda para o tricampeonato mundial. O Porto de Suape, uma das âncoras da nossa economia atual, nem estava no papel. Enquanto isso, no jornalismo, era o mais antigo impresso da América Latina quem estava inovando. O jovem repórter, que começou a escrever no Jornal da AABB e passou na redação do Diario pelas mais variadas coberturas, começava a se posicionar no colunismo social com o destaque que carrega por 50 anos. Nesse jubileu de ouro da sua atividade profissional, ele coleciona boas histórias. Responsável por uma das mais antigas colunas na imprensa brasileira, João Alberto começou a escrever um tanto por acaso, quando ainda era aluno da Escola de Cadetes no Ceará. Com facilidade nas disciplinas exatas, após um desentendimento com um professor, ele o desafiou: "o senhor ainda me dará uma nota 10 em redação". O professor topou o desafio. Sua turma se mobilizou para ajudar o “caçulinha” (era o mais novo do grupo) a atingir a meta. Ele foi aprovado com a nota máxima. Essa brincadeira na escola rendeu outros frutos, como o emprego no Banco do Brasil. Sim, João Alberto foi bancário por alguns anos. No concurso que ele prestou, o tema da redação foi o mesmo do desafio sobre a frase “Ordem e Progresso”. Aprovado, veio para o Recife, onde criou um jornal da classe, produzido com um mimeógrafo. Em um período que a AABB (clube dos funcionários do banco) tinha uma alta atividade social, João Alberto levava aquelas publicações para as grandes redações da cidade. Da circulação dos jornais na redação, surgiu o convite para um estágio no Diario e os primeiros passos da nova carreira. Por anos, dividiu a atividade jornalística com a de bancário. “Não tinha repórter setorizado. Eu fazia polícia, economia, corpo consular, muito aeroporto, onde entrevistávamos as pessoas importantes que desciam no Recife”, conta João Alberto. Aos 18 anos, chegou a ser preso numa pauta no terminal aéreo dos Guararapes, por furar um bloqueio estabelecido pela política aeronáutica. “O jornalismo na minha época era muito diferente. Havia muita gente nas redações. As matérias eram batidas na máquina de escrever, em uns papéis pautados. Era um jornalismo muito artesanal. Tudo mudou rapidamente com as novas tecnologias. Fui o primeiro jornalista a usar o computador em Pernambuco. Na época era uma coisa horrorosa! Um amigo prometeu me ensinar. Fiz um curso com ele e isso mudou muito nosso trabalho”, relatou. Antes da Era WhatsApp, ele chegou a fazer mais de 40 ligações por dia para fechar sua coluna. “E era uma dificuldade para conseguir linha para fazer um telefonema. Às vezes esperávamos até 15 minutos. Por isso, muito do nosso trabalho era ainda de um jornalismo pé no chão. Circulávamos pela cidade caminhando ou pelo Jeep do jornal”. Desse tempo, ele afirma sentir falta da convivência com as equipes. “Tinha mais calor humano.” Uma das pautas que ele não esquece foi quando colocou na cabeça que queria ganhar o Prêmio Esso. Ele reportou uma viagem de caminhão de uma transportadora do Recife até São Paulo levando cargas. “Foram 10 dias. Uma miséria, o caminhão atolava, não tinha onde dormir. Era uma verdadeira aventura. A reportagem foi bonita. Mas recebeu uma mísera menção honrosa (risos). Na época eram muitas menções honrosas”. Ele conviveu muito tempo também com a censura. Um major acompanhava a redação, que não permitia nenhuma publicação relacionada a Dom Helder Camara, por exemplo. Um período cheio de tensões, mas também de "causos". João Alberto conta que certa vez um fotógrafo colocou esporas, feitas com papel fotográfico, na bota do militar. “Esse major foi para o Cinema São Luiz sem perceber. À noite chegou decidido a prender o autor da brincadeira. Mas ninguém entregou”, contou entre risos. Também conta de forma humorada que os maiores problemas, quando editava um suplemento do Diario, eram os artigos de Ricardo Noblat, . “Noblat colocava nas entrelinhas tudo que era safadeza e toda segunda-feira eu ia para a Polícia Federal me explicar. Fui várias vezes graças a ele”, recordou. Se tem repórter que é resistente a novidades, João Alberto diz que sempre procurou ficar antenado com as tendências do que acontecia na comunicação. Sempre que viajava, comprava jornais, mesmo quando não conhecia o idioma. O objetivo era conhecer os formatos que estavam sendo testados mundo à fora. “Estou sempre me atualizando.” Além do jornal impresso e colunista da Algomais, ele buscou uma atuação multimídia. Escreve o blog, está nas redes sociais e na TV. Para o futuro, João Alberto revela que não tem mais sonhos. Realizado, ele diz que já cumpriu tudo o que sonhava para sua carreira. Ouça a nossa conversa com João Alberto, repleta de histórias engraçadas (uma inédita sobre um ex-governador do Estado), no primeiro episódio de 2020 do Pernambucast, o podcast da Revista Algomais.

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Detentos lançam CD de forró no Sertão pernambucano

A música uniu quatro reeducandos apaixonados pelo forró, que cumprem pena no Presídio de Salgueiro (PSAL), Sertão pernambucano. Os apenados formam a banda ‘Sonho de Liberdade’ e comemoram a gravação do primeiro CD, fruto de uma parceria entre o Estúdio Talismã, de propriedade da banda Limão com Mel, com o estabelecimento prisional. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) acompanha a trajetória do grupo desde o início. A banda, formada há um ano e meio, é composta pelos integrantes Alexsandro Barros (vocal), Luiz Robério, (sanfona) Antônio Galvão (vocal) e Francisco Vionei (teclado). O álbum conta com 14 músicas inéditas de forró romântico, além de canções gospel como “Pai” e “Aceitei Jesus”. E não para por aí: a banda realiza shows nas cidades próximas a Salgueiro, com autorização judicial e sob a escolta de policiais penais. No dia 02 de fevereiro tem apresentação agendada no município de Verdejante. “Ao notar que esses reeducandos tinham afinidade com a música, fui incentivando a iniciar e seguirem com a banda. Atualmente eles ensaiam três vezes por semana e servem de exemplo para os demais detentos”, explica o gerente prisional, Francenildo Bezerra Parente. O gestor ressalta que o comportamento de todos os detentos sempre foi tranquilo. É com a sanfona que Luiz Roberto, privado de liberdade, passa a maior parte do tempo. Para Luizinho Sanfoneiro, como é conhecido, a música tem um papel transformador. “Nem nos meus melhores sonhos poderia imaginar que gravaria um CD, ainda mais na prisão. A música nos trouxe mudanças no comportamento, na forma de enxergar a vida e na vontade de sair da prisão como uma pessoa melhor”, conta o detento. Os CDs serão vendidos por R$ 10 nas igrejas locais. Os valores arrecadados serão divididos entre as famílias dos músicos.

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Maracatu, ciranda e afoxé na Terça Negra Especial de Carnaval

A cultura pernambucana possui fortes ligações com o continente africano. Criada há 20 anos pelo Movimento Negro Unificado (MNU), a Terça Negra busca difundir e estimular reflexões a respeito da influência afro nas expressões artísticas do Estado. O projeto tem apoio da Prefeitura do Recife e, em tempos de festejos de Momo, o projeto ganha quatro edições - nos dias 28 de janeiro, 4, 11 e 18 de fevereiro. Amanhã, primeira noite da Terça Negra Especial de Carnaval, o Pátio de São Pedro recebe o Coletivo de Blocos Afros, Mestre Santino Cirandeiro, Maracatu Encanto do Pina e Afoxé Ara Omim. O evento é gratuito e começa a partir das 19h. De acordo com Demir da Hora, representante do MNU e coordenador da Terça Negra, a programação geral será focada em apresentações de maracatus, afoxés, grupos de rap, reggae e blocos afro. "É a diversidade que o público se acostumou a ver e curtir durante o ano. Para os artistas, é um momento especial no qual aproveitam para mostrar novidades no vestuário, repertório e arranjos", destaca. História A história da Terça Negra começa em 1998, no Pagode do Didi, localizado na Rua Ulhôa Cintra, no bairro de Santo Antônio. Em 2001, o projeto passou a acontecer no Pátio de São Pedro, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade. O encontro cultural foi criado pelo Movimento Negro Unificado (MNU), que surgiu no Recife em 1979 e ganhou força na década de 1990. Em seus primeiros passos, o MNU pretendia ir além do chamado samba de raiz, divulgando outras vertentes da cultura negra, como o maracatu, o afoxé, coco de roda e até o reggae e o hip hop. A Terça Negra tem apoio da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura, da Fundação de Cultura Cidade do Recife. PROGRAMAÇÃO TERÇA NEGRA ESPECIAL DE CARNAVAL 2020 Dia 28/01 19h - Coletivo de Blocos Afros 20h - Mestre Santino Cirandeiro 21h - Maracatu Encanto do Pina 22h - Afoxé Ara Omim Dia 04/02 19h - Maracatu Estrela Brilhante do Recife 20h - Coco dos Pretos 21h - Afoxé Omim Sabá 22h - Sistema X Dia 11/02 19h - Coco Santiago 20h - Afoxé Afefé Lagbara 21h - Maracatu Encanto da Alegria 22h - Didil Reggae Dia 18/02 19h - Afoxé Obá Iroko 20h - Maracatu Porto Rico 21h - Aurinha do Coco 22h - Ívano

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Miguel Falabella e Zezé Polessa protagonizam “A Mentira”

Grande sucesso em sua temporada europeia, “A Mentira”, do francês Florian Zeller, ganhou a primeira montagem brasileira em 2019. Com versão e direção de Miguel Falabella, protagonista ao lado de Zezé Polessa, a peça traz no elenco Alessandra Verney e Frederico Reuter para encenar uma comédia sobre a arte de esconder, seja para proteger aquelas pessoas que amamos, ou não. O espetáculo chega ao Teatro Guararapes, para única apresentação, dia 27 de março. Ingressos, a partir de R$ 50, estão à venda (serviço abaixo). Na história, Alice surpreende o marido de sua melhor amiga com outra mulher, criando-se assim um conflito – ela deve ou não contar o que viu? Seu marido, Paulo, tenta convencê-la a esconder a verdade – e essa mentira é para defender o amigo ou porque ele também tem algo a esconder? "É uma comédia deliciosa sobre a relação muito louca entre dois casais. O interessante é que você nunca sabe, na verdade, o que essas pessoas estão pensando, para onde elas vão e o que pretendem", declara Miguel Falabella. A narrativa abre um diálogo instigante sobre fidelidade, honestidade e a realidade da monogamia em casamentos, conseguindo momentos tensos de mentiras – ou confissões acidentais que fazem a audiência prender a respiração – dosados habilmente com momentos de grande comédia. ELENCO Miguel Falabella: ator, diretor e roteirista carioca, Miguel tem uma longa trajetória tanto na TV quanto no teatro. Conhecido por seus papéis cômicos, foi apresentador do “Vídeo Show” por 15 anos. Conquistou a plateia com o personagem Caco Antibes na comédia “Sai de Baixo”, em que também trabalhou como diretor. No teatro, atuou e dirigiu espetáculos de enorme sucesso como “GOD”, "Hello, Dolly”, “Os Produtores”, "O Homem de La Mancha”, “Hebe - O Musical” e “Annie”. Zezé Polessa: atriz renomada, tem uma longa trajetória em diversas novelas e minisséries da Globo. Dona de conhecidos papéis cômicos, ganhou o Prêmio Qualidade Brasil de melhor atriz teatral de comédia com o monologo “Não Sou Feliz, Mas Tenho Marido”, participando ainda de outras 30 montagens em sua carreira. Na TV, seu mais recente trabalho foi na novela “O Sétimo Guardião”, da TV Globo. Alessandra Verney: atriz e cantora, iniciou sua carreira artística há mais de 25 anos, ao estrear com a dupla Möeller & Botelho. Com Miguel Falabella, atuou nos musicais “Império” e “Alô Dolly”, na comédia “O Que o Mordomo Viu” (Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Atriz Coadjuvante) e na série global “Sexo e as Negas”. Protagonizou “Kiss Me Kate - O Beijo da Megera”, de Cole Porter, ao lado de José Mayer, quando ganhou o Prêmio Cesgranrio de Melhor Atriz em Musical e foi indicada ao Prêmio Shell de Melhor Atriz, entre outros. Na TV, seu trabalho mais recente foi a novela “Verão 90”, dirigida por Jorge Fernando. No cinema, atuou em “Apolônio Brasil”, de Hugo Carvana e, recentemente, em “Veneza” e “Jovens Polacas”. Frederico Reuter: formado no Tablado, estreou na peça “2 a 2”, atuando logo em seguida em “Eugênia Grandet” e “Baile de Máscaras”. Com Miguel Falabella fez “O Homem de La Mancha”, “O Império”, “Os Produtores”, “Hairspray”, “Alô Dolly”, “Madrinha Embriagada”, “Hebe O Musical”, além de “NY NY”, com direção de José Possi Neto. Em seus trabalhos na TV, atuou na novela “Negócio da China”, em que foi indicado para o prêmio de melhor ator-revelação. Atual Produções: empresa especializada na realização de grandes conteúdos no segmento da dramaturgia e entretenimento. Foi responsável por produzir grandes espetáculos musicais, festivais e shows no Brasil. Com 15 anos de experiência, a Atual trouxe ao país nomes como Beyoncé, Paul McCartney, Rihanna, The Black Eyed Peas, Sade, Lenny Kravitz, Green Day, Iron Maiden, entre outros, além de produzir os sucessos de bilheteria “We Will Rock You”, “Alegria, Alegria”, com Zélia Duncan no elenco, e o musical sucesso de critica “Hebe”, com direção de Miguel Falabella. Agora trouxe para o Brasil as peças “A Mentira” e “Zorro – Nasce Uma Lenda” e prepara o lançamento de outro sucesso da Broadway, “Donna Summer Musical”. Ficha Técnica Texto: Florian Zeller Versão Brasileira e Direção: Miguel Falabella Elenco: Zezé Polessa, Miguel Falabella, Alessandra Verney e Frederico Reuter Cenário: Zezinho Santos e Turíbio Santos Figurino: Ligia Rocha e Marco Pacheco Visagismo: Anderson Bueno Designer de Luz: Guillermo Herrero Designer de Som e Trilha: Leandro Lapagese Produção Executiva: Heldi Bazoti Produção de Viagem: Antonio Ranieri Direção de Produção: Julio Cesar e Bárbara Guerra Realização e Produção: Atual Produções e Bárbaro! Produções SERVIÇO A Mentira Dia 27 de março (sexta-feira), às 21h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: 81. 3182-8020 Ingressos Plateia Especial: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia) Plateia: R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia) Balcão: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) * À venda na bilheteria do teatro, lojas Ticketfolia (shoppings Plaza, Recife, RioMar, Tacaruna e Boa Vista) e site Sympla.

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Terça do Vinil desembarca no Carnaval do Marco Zero

O resgate à Música Popular Brasileira e uma verdadeira garimpagem de sons produzidos em Pernambuco e no país marcam o som que sai das pick-ups de Juniani Marzani, mais conhecido como DJ 440, desde a fundação da Terça do Vinil, projeto itinerante que conquistou os amantes da boa música há 12 anos. Na Terça-feira de Carnaval (25 de fevereiro), o projeto desembarca no Marco Zero e promete colocar foliões e turistas para dançar durante a noite de despedida do maior Carnaval de rua do Brasil. A iniciativa é inédita e vai levar, pela primeira vez, uma festa para integrar a programação do principal polo do Recife na folia momesca. As seletas de Juniani prometem incendiar a pista do Marco Zero em diversas apresentações ao longo da noite com duração de 20 minutos cada, costurando os shows Lenine, Alceu Valença, Elba Ramalho e Spok. O projeto, que busca promover o acesso à cultura do Vinil, aposta em sonoridades como samba, samba-rock, chorinho, guitarradas, carimbó, frevo e forró, entre outros tantos ritmos brasileiros. Com um acervo de mais de 3.600 discos, entre eles títulos nacionais raros, 440 promete uma seleta dançante para embalar o público e reafirmar o amor ao, como ele diz, "melhor da música brasileira imperecível”, para fechar a despedida da folia em grande estilo. A terça do Vinil – A festa surgiu em 2007, quando Juniani Marzani se reuniu com uns amigos para comemorar uma demissão de um emprego formal e escutar uma boa música numa antiga vitrola. Da brincadeira surgiu o início de um dos projetos mais representativos da sua carreira como DJ 440, que acumulou uma longa trajetória de iniciativas ligadas, prioritariamente, à pesquisa e difusão da música brasileira. Assim nasceu a Terça do Vinil. O projeto já ocupou vários espaços públicos de Olinda e Recife, além de várias cidades brasileiras, vindo a ganhar prêmios de melhor festa da cidade (Veja 2014, 2017), e a se tornar parte integrante do calendário turístico de Pernambuco, citada em diversas publicações nacionais de companhias aéreas que indicam destinos aos turistas que visitam o estado. Hoje, o projeto acumula 12 anos em exercício ininterruptos, e depois de percorrer vários locais em Pernambuco, também apresentou a música tropical brasileira pelo continente europeu no ano de 2018 e 2019, percorrendo as cidades de Madri, Barcelona, Lisboa, Porto, Paris e Berlim, além de chegar também aos Estados Unidos, se apresentando em Nova Iorque e Miami. Informações para a imprensa Todas as informações sobre o Carnaval do Recife estão disponíveis em https://site.carnavalrecife.com/. Imagens para uso livre dos meios de comunicação estão disponíveis em https://www.flickr.com/photos/prefeituradorecife

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Festival Pré-Amp divulga programação

Por Yuri Euzébio O Festival Pré Amp, que esse ano tem como tema " Cultura como forma de resistência", segue forte para sua 17a edição, que acontecerá entre os dias 03 e 15 de fevereiro, com uma programação recheada de novidades. Foi mantida a mostra competitiva para a edição deste ano, onde 10 bandas dividias por região ( 02 vagas Agreste, 02 vagas Zona da Mata, 02 vagas Sertão e 04 vagas Região Metropolitana do Recife) disputam entre si por uma premiação que é a gravação, mixagem e masterização do seu primeiro álbum de carreira, além de garantir uma vaga na programação do Carnaval do Recife e no festival de inverno de Garanhuns. Nas duas semanas que antecedem o Festival, acontece o projeto palco escola, com uma programação intensa de atividades formativas como: 8 oficinas, 5 mesas de debates e 5 worshops em diversos pontos do Recife como o Compaz, Porto digital e armazém do campo). O projeto palco escola que está dentro das programações do festival Pré-AMP tem como objetivo oportunizar aos alunos das oficinas e workshops atuarem no mercado de trabalho da música e produção em geral. Como complemento das aulas teóricas os alunos estagiam no festival Pré-AMP, festival Rec Beat, carnaval do Recife dentre outras festas do período carnavalesco. Uma das grande surpresas deste ano são as duas atrações que fecharão as duas noites do festival. Na sexta-feira (14), sobe ao palco a banda Nação Zumbi, que volta ao carnaval do Recife, onde fará um show com os maiores sucessos de sua carreira e versões zumbificadas de músicas importantes na história da banda que é formada por Jorge Du Peixe( voz), Lúcio Maia( guitarra), Dengue( baixo), Toca Ogan ( percussão), Tom Rocha( bateria) Marcos Matias e Da Lua( alfaias). Já no sábado (15), quem fecha a noite, comemorando seus 30 anos de estrada, é a banda Eddie, uma das bandas pioneiras do Mangue Beat e idealizadora do Movimento Original Olinda Style. A banda formada por Fábio Trummer( guitarra e voz), Urêa( percussão e voz), Andrer ( trompetes e teclados), Kiko e Rob ( bateria e baixo), levará ao palco um show revisitando todas as fases da banda, além de inéditas do novo trabalho " Mundo Engano" , além de trazer sua antiga formação, Sonic Mambo, prometendo fazer todo mundo pular já entrando no clima de carnaval, no Cais da Alfândega, na semana Pré Carnavalesca, além das bandas selecionadas, que em breve serão divulgadas nas redes do Festival. A programação completa das oficinas estão nas redes sociais do Festival @oficial_amp) Oficinas: Local: Compaz Ariano Suassuna (Cordeiro) Fotografia - Marcelo Soares Sonorização - Marcos Negreiros O artista na era digital - Afonso Santi Elaboração de projetos - Sérgio Ricardo Iluminação - Natalie Revorêdo Técnica de palco - Black Stage Beatmaker - Thiago Honorato Criação de figurino - Bárbara Oliveira Workshops: Coordenação de BackStage - Ticiana Pacheco

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O Janeiro Resiste à Crise

Por Yuri Euzébio* O show tem que continuar. Mesmo com todas as dificuldades impostas pelo cenário político, econômico e cultural, o Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival de Artes Cênicas e Música de Pernambuco continua firme escoando a efervescente produção artística local e mantendo a tradição da cultura do Estado. Em 2020, celebrando sua 26ª edição, o evento vem recheado das 92 montagens que estão na grade de programação, 80 pernambucanas. Serão mais de 100 sessões em cartaz. Teatro (adulto e para infância e juventude) é o carro-chefe, respondendo por 65% da programação. Música atende por 23%, e dança representa 12%. Nove teatros da capital vão virar palco para o maior festival de artes cênicas do Estado: Santa Isabel, Apolo, Arraial, Barreto Júnior, Boa Vista, Hermilo Borba Filho, Luiz Mendonça, Marco Camarotti e, pela primeira vez, o Teatro RioMar. Algumas montagens serão apresentadas em espaços alternativos, como a Casa Maravilhas, Sesc Casa Amarela e Espaço Fiandeiros, este recebendo ainda ações formativas, como leitura dramatizada, curso e lançamento de vídeo. Além da capital, seis cidades integram o Janeiro, em parceria com o Sesc: os municípios de Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), Garanhuns (Teatro Reinaldo de Oliveira), Goiana (Igreja Matriz de Nossa Sra. do Rosário) e Jaboatão dos Guararapes (Teatro Samuel Campelo). Camaragibe (Casarão de Maria Amazonas) e Serra Talhada (Espaço Cabras de Lampião) também abrem as cortinas para o evento. Ultrapassando as divisas do Estado, 10 companhias e artistas da Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul foram escalados. De Portugal e Eslováquia, virão três espetáculos. Este ano, serão cinco homenageados do 26º Janeiro de Grandes Espetáculos. Na categoria Teatro, o ator e diretor Zé Manoel. No quesito Técnico, que retorna nesta edição, será reverenciado Joca, há mais de 40 anos trabalhando no Teatro de Santa Isabel. O maestro Edson Rodrigues, Mestre-Vivo do Frevo, é o homenageado na categoria Música; a bailarina e coreógrafa Cecília Brennand, em Dança; e a Família Marinho, em Poesia De acordo com Paulo de Castro, produtor cultural e presidente da Associação de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), a grande novidade do festival para este ano é a volta do prêmio do evento. “Nós vamos fazer a premiação no dia 3 de fevereiro, encerrando o festival, no Teatro RioMar com a participação de Spok, dos Doutores da Alegria e de uma série de outros artistas. Vamos premiar os melhores da dança, do teatro e da música”, afirmou. Assim como para todos aqueles que trabalham com cultura no País, o festival sofreu este ano com sérias restrições orçamentárias, mas isso não arrefeceu o ímpeto dos organizadores em preparar um grande evento. “Nossa trincheira é o palco, é a cena, que é a função do artista”, esclareceu Paulo. “Só o fato do festival existir há 26 anos já é uma resistência”, detalhou. “Agora nesses últimos anos, tem sido dificílimo não só para o Janeiro, mas pra qualquer projeto cultural”, confessou. “Já fizemos o Janeiro com R$ 1,5 milhão e agora estamos fazendo com R$ 200 mil e estamos fazendo porque é o artista pernambucano que faz o festival, apesar de vir gente de fora, a resistência mesmo é o artista daqui que está em mais de 90% dos espetáculos”, concluiu. O Janeiro oferece a oportunidade ao público de assistir a estreias e montagens de sucesso. Entre as obras que serão encenadas, estão O Duelo e A Mulher Monstro. As Bruxas de Salém (Célula de Teatro), que estreou este ano e fez excelente temporada, e Obsessão  são destaques ao lado do projeto Trilogia Vermelha, do Coletivo Grão Comum, que mostra h(EU)stória – O Tempo em Transe, sobre Glauber Rocha, pa(IDEIA) – Pedagogia da Libertação, sobre Paulo Freire, e Pro(FÉ)ta – O Bispo do Povo, sobre Dom Helder Camara. Entre as apresentações de música, que a cada ano que passa ganham mais espaço, haverá importantes estreias, como o show dos pernambucanos Almério e Martins e Alessandra Leão trazendo, pela primeira vez, seu cd "Macumbas e Catimbós". De fora do Estado, estarão aqui a baiana Belô Velloso, o trio As Bahias e a Cozinha Mineira (SP) que se apresentaram no Rock in Rio, e Edu Falashi, que virá com show acústico, revivendo a época em que integrou a banda de metal Angra. Ainda compõem a grade 10 montagens de dança, entre elas Banquete de Amor e Falta (Acupe Produções de Artes) e Magna (Cia Mestiça), que retorna ao palco do festival. Tradição do calendário pernambucano, o festival materializa a vocação local para as artes e é uma excelente opção pra quem pretende se divertir no período das férias escolares. Com preços para todos os gostos, não existe desculpa pra não ir prestigiar pelo menos um espetáculo da programação. “Algumas atrações são gratuitas e os preços variam, você escolhe o que quer e o que o seu bolso pode. São 127 espetáculos. Se cada pessoa escolher três, vamos ter uma média de 30 a 35 mil pessoas”, instigou Paulo. “Este ano queremos ter uma plateia maior, porque o momento é difícil e quanto mais difícil, mais temos que lutar, porque o fundamental para o artista é que o público esteja de olho no trabalho dele”, convocou. Serviço: De 8 de janeiro a 3 de fevereiro. Preços variam entre R$ 10 e R$ 60. Confira a programação completa e os teatros que fazem parte do festival no site do Janeiro: www.janeirodegrandesespetaculos.com/2019/

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Baile da Macuca celebra sua 5ª edição no Carnaval 2020

É com novidades que o Baile da Macuca, tradicional prévia carnavalesca de Olinda, chega no Carnaval 2020. Devido o grande crescimento e o aumento da procura dos foliões, o evento comemora sua 5ª edição em um novo endereço. Desta vez, o agito acontece no Catamaran, bairro de São José, no Recife. O Baile será no dia 25 de janeiro, a partir das 19h, com shows de Chico César, Orquestra do Maestro Oséas com a cantora Lu Maciel, DJ Patricktor4 e Francisco, El Hombre. Com programação que une artistas de destaque da cultura popular do Carnaval olindense aos artistas importantes da vanguarda nacional, o Baile da Macuca trouxe outra novidade, que é a arte do festejo assinada pelo power trio Vacilante, formado por Alexandre Pons, Heitor Pontes e Luciano Mattos, que traz potência, expressão e intensidade. Além dos shows na prévia, o Boi da Macuca, que deu origem ao baile carnavalesco, fará os tradicionais cortejos. O primeiro será realizado durante a semana pré-carnaval, no sábado, dia 15 de fevereiro, na Sede da Pitombeira. O segundo desfile está marcado para agitar a segunda-feira de Carnaval, no dia 24 de fevereiro, na Sede da Pitombeira, em Olinda. Além dos shows na prévia, o Boi da Macuca, que deu origem ao baile carnavalesco, fará os tradicionais cortejos. O primeiro será realizado durante a semana pré-carnaval, no sábado, dia 15 de fevereiro, na Sede da Pitombeira. O segundo desfile está marcado para agitar a segunda-feira de Carnaval, no dia 24 de fevereiro, no mesmo local. O famoso cortejo do Boi da Macuca pelas ruas de Olinda é realizado, ininterruptamente, desde 1989, quando foi fundada a entidade cultural. Durante o São João, a festa acontece em Correntes, com arraial e cortejo pela área rural do município pernambucano. Os ingressos para o Baile da Macuca 2020 estão à venda no Sympla (www.sympla.com.br/bailedamacuca2020) e nas lojas Avesso (Graças) e Estação 4 Cantos (Olinda). NACC - O Núcleo de Apoio à Criança com Câncer - foi a instituição escolhida para receber os alimentos arrecadados com as vendas dos ingressos sociais para o Baile da Macuca 2020, tradicional prévia carnavalesca de Olinda. O NACC, que em 2020 completa 35 anos, tem como missão oferecer suporte aos serviços de oncologia pediátrica do Recife, através do apoio às crianças carentes em tratamento na cidade e seus familiares. Mantido exclusivamente através de doações e contando com a ajuda de profissionais e voluntários, a instituição beneficia, anualmente, cerca de três mil crianças e acompanhantes. Entre os serviços oferecidos gratuitamente pelo NACC estão hospedagem, alimentação, transporte e atendimento de profissionais de fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional e odontologia, entre outros. Mais informações pelo site www.nacc.org.br. Serviço Baile da Macuca 2020 Local: Catamaran | Cais Santa Rita, s/n - São José, Recife/PE Quando: Sábado (25/01/2020) Hora: 19h

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Fotógrafo pernambucano apresenta exposição sobre indiferença no amor, solidão

Sentimentos à flor da pele transbordados em imagens. Como forma de expressar emoções vividas pelo próprio fotógrafo, Paulo Romão lança a exposição Des com passo, com abertura no dia 14 de fevereiro (sexta-feira), às 18h30, no restaurante Terraço do Maricota, na Torre (Recife). Há 17 anos por trás das lentes, este novo projeto artístico e autoral do fotógrafo retrata a indiferença no amor, solidão e sentimentos de perda, através de elementos da natureza personificados, como água, flores, folha e terra. “Acompanhados de luz, textura e sombra, é possível materializar o que se sente”, explica Paulo. Assim, o projeto traz sentimentos desconcertados, desencontrados, como música fora do compasso. “Des com passo é um convite ao diálogo através do encontro entre a fotografia e fragmentos de momentos únicos. É um concerto de uma partitura em construção”, conta o fotógrafo. A obra é também transcrição de conexão consigo, de externar de forma íntegra, com riqueza de detalhes, sobre as coisas do amor, do que se vive. Retrato de um desacerto temporal, o olhar atento do fotógrafo se volta para o processo de personificar o que está sempre presente, utilizando com propriedade o suporte fotográfico como expressão, além de se colocar como sujeito. Visceral, mas também delicada, a exposição conta com 12 imagens em quadros 60x60, que estarão à venda, além de fotos menores e em papel fotográfico fine art (sem moldura). Com entrada gratuita, a visitação para a exposição será das 12h às 15h (de terça a sábado) e das 18h30 às 23h (sexta e sábado). O restaurante Terraço do Maricota, com cozinha comandada pela chef Carla Chakrian, fica na Rua Padre Anchieta, nº 243, Torre (Recife). Mais informações pelo (81) 3090.7748, contato.pauloromao@gmail.com e instagram.com/pauloromao. Paulo Romão Pernambucano, o fotógrafo Paulo Romão está por trás das lentes há mais 17 anos. “Nas minhas imagens, procuro passar paz, cumplicidade, reflexão e autoestima. Espero que as pessoas não só olhem a estética ou beleza das fotos, mas que sentimentos sejam despertados”, diz. Estar com pessoas, conhecendo, criando novos laços, boas histórias e transformando aquele instante em imagem que vai durar para o resto da vida, além de poder fazer parte da história de cada pessoa fotografada, são as principais motivações que o fazem seguir registrando momentos. “Já fotografei de tudo um pouco ao longo da minha trajetória, entre moda, gastronomia, publicidade e cobertura de eventos. Mas, nos últimos anos, venho atuando com ensaios fotográficos, uma das áreas com que mais me identifico, como de artistas, bandas, casais, gestantes e ensaio individual feminino”, recorda Paulo, completando que, além dos trabalhos comerciais, usa a fotografia como arte e expressão. São seis projetos de fotografias artísticas e autorais no currículo do fotógrafo: Sentimentos na pele, sobre tatuagens; Temporalidade, recente produção que fala do sentimento atual das pessoas; Projeto Aire, são fotos de viagens e paisagens; Cor de Luta, sobre valorização, autoestima, preconceito com pessoas negras; Reflexo no olhar, projeto coletivo, realizado junto com os fotógrafos Anderson Stevens, Danielle Pires, Filipe Ramos e Rogaciano Nunes; e Des com passo, este último. SERVIÇO Exposição Des com passo, do fotógrafo Paulo Romão Abertura: terça-feira, 14 de fevereiro de 2020, às 18h30 Visitação: das 12h às 15h (de terça a sábado) e das 18h30 às 23h (sexta e sábado) Onde: Restaurante Terraço do Maricota, na Rua Padre Anchieta, nº 243, Torre (Recife) Entrada: gratuita Informações: (81) 3090.7748 contato.pauloromao@gmail.com https://www.instagram.com/pauloromao/

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Mamam de portas abertas para quem faz pesquisa sobre arte

"A arte tem o poder de nos tirar do lugar onde estamos. Ela mobiliza nossa criticidade, nos faz refletir sobre tudo". As palavras são de Mabel Medeiros, diretora do Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães, que é mantido pela Prefeitura do Recife. Além de promover exposições, cursos e eventos, o Mamam abriga espaço para quem quer ampliar conhecimentos sobre tal nobre e valiosa atividade humana: a Biblioteca e Centro de Documentação de Arte Pintora Lígia Celeste. Registrado em 1986 e reinaugurado em 2002, o local funciona para o público em geral de segunda à sexta, das 13h às 17h. "O acervo é bastante diverso, temos livros, catálogos e vídeos que tratam de arte contemporânea. Mas também de assuntos afins, como educação e filosofia da arte", informa Mabel. A Biblioteca é procurada desde jovens que buscam material para pesquisas escolares, até estudantes de mestrado e doutorado. As obras estão disponíveis apenas para consulta no local, não é possível obter empréstimos. Entre alguns dos destaques do acervo estão "Marcel Duchamp: Uma obra que não é uma obra"; "Poéticas do Processo - Arte Conceitual no Museu", de Cristina Freire; "A Herança do Olhar - o Design de Aloisio Magalhães", que reúne diversos ensaios críticos; "Viva a vida", de Guita Charifker; "Arte contemporânea: uma história concisa", Michel Archer; "Arte Moderna", Giulio Carlo Argan. Os visitantes também têm a seu dispor obras sobre artistas pernambucanos, a exemplo de Cícero Dias, Vicente do Rêgo Monteiro, Gil Vicente, João Câmara, Renato Vale, Juliana Notari, Oriana Duarte e Paulo Meira. A diretora do Mamam destaca, ainda, a coleção de catálogos de exposições de diversos artistas. "Diferente dos livros, esse material nem sempre é reeditado, o que os torna raros", explica Mabel. A hemeroteca é outro local indicado para pesquisas. O espaço guarda clipagens de matérias de jornais sobre arte e moderna e contemporânea, em especial, de artistas pernambucanos. Serviço Biblioteca e Centro de Documentação de Arte Pintora Lígia Celeste Segunda à sexta, 13h às 17h Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM Rua da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife - PE Telefone: (81) 3355-6870/ 3355-6871/ 3355-6872

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