Z_Exclusivas - Página: 337 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Impeachment afeta as eleições do Recife?

O desgastante processo político que terminou com o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff provocou manifestações em todo o País. Uma delas na capital pernambucana. Os impactos desse momento conflituoso nas eleições municipais é uma incógnita. Na acirrada disputa pela Prefeitura do Recife, o cenário não é diferente. Afinal, o impeachment contribui ou atrapalha a eleição de um candidato petista na cidade? Ex-prefeito, João Paulo, lidera as pesquisas, mas quase com um empate técnico com o atual, Geraldo Júlio (PSB). A desconfiança sobre o desgaste do Partido dos Trabalhadores é tão grande que o número de candidaturas petistas às prefeituras reduziu em 35,5% em todo o Brasil. No País que tem 5.750 municípios, o partido está lançando 1.135 prefeituráveis,  a menor quantidade nos últimos 20 anos. Na disputa pela principal capital do País, o desempenho do prefeito Fernando Haddad nas pesquisas de intenções de voto é sofrível, marcando menos de 10 pontos percentuais na preferência do eleitorado. A história no Recife tem algumas diferenças. Haddad sofre como todos os prefeitos em exercício pelo descrédito político do atual momento. Segundo pesquisa recém-publicada pelo Ibope, mais da metade dos brasileiros declararam a intenção de votar em candidatos de oposição (40%) ou que não votarão em ninguém (16%). Nesse cenário, os prefeitos em exercício são os candidatos preferidos de apenas 22% dos entrevistados. Esse fenômeno bate em Geraldo Julio (PSB) na capital Pernambucana. "Embora a eleição municipal esteja muito próxima, ainda não está claro qual será o impacto do impeachment da ex-presidente Dilma na campanha de João Paulo a prefeito do Recife. De toda forma, é possível que o afastamento definitivo da presidente contribua decisivamente para unir o partido, suas lideranças e militância em torno da candidatura do partido. Por uma questão de sobrevivência, mas também porque todos os petistas locais devem estar sentindo a necessidade de reerguer o partido depois de tantos erros cometidos aqui e diante da crise nacional", afirma o cientista político Túlio Velho Barreto. Há um mês do primeiro turno, o sentimento do impeachment é um ingrediente a mais nesse cenário. Os apoiadores de Temer e alinhados aos partidos de direita ficaram satisfeitos com o resultado decidido no Congresso. Os petistas e seguidores dos partidos de esquerda estão em estado de luto. Mas para onde caminharão os indecisos? A justificativa técnica das pedaladas fiscais é suficiente para atrair esse eleitorado ou ele entrará no clima de vitimização de Dilma Rousseff, que comparou seu impedimento com o que ela mesma sofreu durante o período militar? "Há ainda a possibilidade de usar uma certa vitimização da presidente Dilma Rousseff e da mobilização que, certamente, serão feitas a partir de seu afastamento definitivo do cargo. Por último, não estou certo que haverá uma nacionalização da campanha. E só isso afetaria (para o bem ou para o mal) a campanha petista local. Penso que a tendência é que a campanha seja realmente municipalizada, com temas locais e em cima de duas experiências distintas, as gestões de João Paulo versus a gestão de Geraldo Júlio. Até porque será uma campanha de "tiro curto", sem muito tempo para os neófitos em disputas majoritárias ou sem experiência em cargos executivos", afirma Túlio Velho Barreto. O especialista em ciência política, Thiago Oliveira, sinaliza que há uma força petista na cidade que não pode ser desconsidera. "O Recife, na verdade Pernambuco como um todo, é um local onde o PT tem força. João Paulo, candidato petista, tem um histórico que poderíamos chamar de "bom de urna". Somasse isso ao fato de que Geraldo Júlio vem sendo questionado pela população recifense, e não possui mais a figura do Eduardo Campos, ex-governador falecido em 2014, como principal "caco eleitoral". Mas, não podemos negar que o PT teve a sua imagem arranhada desde que a presidente Dilma começou a fazer o oposto do que dizia em campanha eleitoral, e o seu processo de impedimento ganhou a simpatia de parte da população, incluindo seus eleitores, que se sentiram lesados. Particularmente, acredito que João Paulo vai perder os votos de quem é a favor do impeachment, que não vota na legenda do Partido dos Trabalhadores. O que resta saber é se esse número dos não votantes irá fazer com que ele sequer chegue ao segundo turno, ou se chegar, se irá perder", pondera Thiago Oliveira.        

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Saúde: grupos de corrida tomam as ruas do Recife

Basta estar na rua para perceber que sempre há alguém fazendo caminhada ou corrida. Diferentemente de outros esportes, um tênis confortável é o único requisito necessário para o início da atividade. Por isso, correr se tornou uma prática barata, simples e de fácil acesso para quem deseja começar alguma atividade física. Para que o exercício tivesse um ganho no número de praticantes e se tornasse, além tudo, algo agradável de se fazer, surgiram os grupos de corrida. Além de manter a saúde, esses corredores, de quebra, também se beneficiam com o aumento do convívio social. Criado inicialmente com o propósito de unir amigos para a realização do esporte, a Associação dos Corredores da Jaqueira (Acorja) é um dos maiores grupos de corrida do Estado - hoje possui mais de 200 integrantes. O bancário Luiz Holanda, conhecido no grupo como Lula, de 62 anos, é o fundador da associação, que existe desde 2005. Um ano antes, contudo, ele começou a dar os primeiros passos na atividade. "Comecei a correr já com 50 anos. Eu era superintendente de uma grande empresa, mas fui convidado a deixar o emprego. Essa perda complicou muito minha saúde. Como moro perto do Parque da Jaqueira (na Zona Norte do Recife), dei os primeiros "trotes" lá. O tempo passou e isso me motivou a entrar no mundo da corrida", relembra. Os treinamentos seguiram e ele foi conhecendo mais pessoas que ansiavam por uma unidade e organização melhor. Até que, em fevereiro de 2005, Lula decidiu oficializar a ideia. Ele idealizou uma logomarca, além da confecção de camisas para identificação do grupo. A partir de experiências do fundador em maratonas, o funcionamento do Acorja foi sendo alterado. "Nós nos tornamos um grupo focado em grandes distâncias", revela. Por isso, os novos membros são indicados a realizarem uma espécie de "aclimatação" ao esporte. Eles são direcionados a treinamentos mais leves para, após alguns meses, estarem aptos aos treinos com os mais experientes. "Temos que ser muito transparentes com as pessoas. Quando chega um iniciante, indico que ele faça uma assessoria. A pessoa que começa tem que caminhar, trotar, e nós não fazemos esse trabalho de base", explica. Por meio do esporte, barreiras que parecem intransponíveis são colocadas ao chão. Para Anderson Holanda, filho do fundador da Acorja, o início no esporte e no grupo foi para lidar com a depressão. "Comecei a correr no final de 2013, porque desde 2008 estava depressivo e tive que lidar com isso durante um tempo. Busquei fazer alguma coisa para me sentir mais ativo", conta. "Fui evoluindo, e me bateu a ideia de fazer um treino com o pessoal da Acorja. Coloquei em mente que tinha de fazer 10km para poder correr com eles. Em 2014, no aniversário do meu pai, foi a primeira vez que fiz essa distância", relembra. Para o educador físico Nuno Trigueiro, fundador e coordenador do grupo Nunage Running, a corrida se transforma num estilo de vida à medida em que seus alunos vão participando dos treinos. Há três anos, os atletas se encontram duas vezes por semana no Terceiro Jardim, em Boa Viagem (Zona Sul do Recife); além de treinarem, também, todos os sábados em diferentes locais da cidade. "Só tem um dia de folga para meus alunos: são três corridas semanais e três dias de exercícios complementares para condicionar o corpo para os treinos", detalha o educador físico de 43 anos. "Hoje, estamos com cerca de 100 matriculados. A maioria das pessoas que corre no grupo mudou seu estilo de vida. Elas começam a se alimentar melhor, beber menos, optar por hábitos mais saudáveis. Tenho um aluno que perdeu 14 quilos em menos de um ano", completa. Além dos treinos no Recife, o grupo Nunage Running gosta de diversificar os locais de corridas. Só este ano, os atletas praticaram o esporte nas ruas de Santiago, no Chile, e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O próximo destino é São Paulo. "Muitos casais treinam juntos, viajam conosco... Tem gente de todas as idades, mas a média é de 35 a 45 anos, de iniciantes a maratonistas", comenta Nuno Trigueiro. O início do esporte, entretanto, pode ser complicado, principalmente se o indivíduo levar uma vida sedentária. É necessário que, antes de tudo, fazer exames de check up para realizar treinos adequados ao seu estado de saúde. Os iniciantes devem começar com caminhadas aliadas a exercícios de alongamento e quecimento, que, posteriormente, evoluem para trotes para, enfim, a corrida propriamente dita. Estima-se que são necessários três meses de treinos, aliados a uma boa alimentação, para que o praticante consiga correr 15km. Dentre os benefícios para o corpo, estão a melhora da capacidade pulmonar e cardiovascular, a diminuição da pressão sanguínea, o auxílio na redução da osteoporose - doença que acomete os ossos -, além da melhora nos níveis de colesterol e ajuda no emagrecimento. A mente também ganha com o esporte: a corrida ajuda a aumentar a autoestima e promove uma descarga de adrenalina e hormônios, como a endorfina, que ajudam na manutenção do bem estar.

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Porters e Stouts: saiba as diferenças (Por Rivaldo Neto)

Com o mercado de cervejas em plena ebulição e com uma grande variedade de estilos invadindo as prateleiras, cada vez mais surgem dúvidas em torno na bebida. Uma delas é clássica. Qual a diferença entre cerveja Stout e a Porter. As diferenças são sutis entres essas duas irmã Dark Beers. Um pouco de história para começar. O estilo Porter tem origem britânica e é resultado de uma mistura de cervejas escuras, que chamamos de Brow Ales. Inicialmente a Porter foi criada em 1700 como um bled das variações Old Ale, Pale Ale e Mid Ale. Tem origem nas docas da Inglaterra onde os trabalhadores as misturavam para completar um Pint (copo de 430ml). Possuem como característica um amargor constante e leve. Os aromas realmente são ricos e lembram chocolate, toffee, baunilha, café entre outros. Até então era conhecida como Entire, que significa “Inteira”. Com o surgimento dos maltes tostados esse nome foi abolido. É aí que entra o estilo Stout, pois devido à necessidade de se diferenciar - a partir de sabores mais intensos e robustos - surgiu a denominação Stout Porter. Stout que quer dizer preta e Porter uma homenagem aos antigos trabalhadores braçais do porto, onde se originou a bebida conforme citado acima. Então para entender melhor, as Porters têm uma cor marrom escuro ao preto, são mais cremosas, e com malte tostado ou torrado. As Stouts começaram sendo um subestilo das Porters, mas foi reinventada ganhando várias características e nomes como Dry, Imperial, Oatmeal e dentre outros. A maior presença do malte torrado e maior graduação alcoólica nas Stouts e um pouco de caramelo nas Porters é também uma diferença marcante entre elas. Para quem tem curiosidade de provar os estilos, indico primeiramente a Muphys, uma Irish Stout das mais saborosas. Assim como a Guinness (que já falei anteriormente, leia aqui), a cerveja possui o sistema "Draughtflow", que consiste em uma cápsula de nitrogênio que se rompe ao abrir a lata e entra em contato com o líquido e assim produz uma espuma cremosa e consistente. A Muphys tem uma variação alcóolica baixa, 4,0%Vol, levemente lupulada e com malte torrado e pouco amargor. Mesmo as Stouts, tendo por características serem mais alcoólicas que as Porters, no caso da Muphys isso não ocorre, pois trata-se de uma cerveja leve e ideal para se iniciar nesse estilo. Fabricada pela Fullers, cervejaria inglesa e uma das melhores do mundo, vem a London Porter. Com intensas notas de café, chocolate e baunilha. Feita com o lúpulo inglês Fuggle, que tem como característica ser aromático, suave e agradável. Com 5,4%Vol, tem uma entrada mais doce, finalizando com certo amargor. Possui baixa carbonatação, tem o corpo médio e excelente drinkability. Uma Porter verdadeiramente admirável como são as cervejas produzidas pela Fullers.   Leia também: Cerveja com hambúrguer. Vai uma aí? As Imperial IPAs, o topo do amargor Cervejas e Queijos, dupla imbatível!   *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Priscila Krause fala à Rede Gestão

A candidata à Prefeitura do Recife Priscila Krause (DEM) participou ontem (01/09) da reunião da Rede Gestão, quando teve a oportunidade de explanar os 14 pontos estratégicos do seu plano de governo e respondeu a perguntas dos integrantes da mesa. Entre os principais assuntos defendidos pela democrata estão a necessidade da gestão municipal agir de forma metropolitana, a melhoria do gasto público na cidade (transformando o Monitora Recife em lei) e a mudança na orientação da mobilidade urbana (com destaque para o uso dos corredores exclusivos para ônibus e investimento em calçadas). Ao abordar sobre as propostas de gestão, Priscila afirmou que é preciso rever o formato gerencial da PCR. “Houve um aumento de 57% nos gastos com funções gratificadas e cargos comissionados nos últimos quatro anos. Temos hoje 27 secretarias, mas algumas não tem orçamento para trabalhar. É preciso melhorar a qualidade do gasto público”, critica. Ela defendeu a criação de um padrão de qualidade nos serviços públicos, em especial de educação e saúde. A democrata apresentou um gráfico do território da cidade, pontuando onde estão localizadas as estruturas educacionais e de unidades de saúde mantidas pelo poder municipal. A candidata questiona como escolas vizinhas, num mesmo contexto social e com mesmos recursos, podem ter desempenhos díspares. A mesma crítica foi feita a algumas unidades de atendimento médicos. “Por que uma dá certo e a outra dá errado? Falta padrão na prestação de serviços”. Priscila apresentou uma proposta de atender prioritariamente alguns territórios da cidade como o Bairro do Recife – em que ela inclusive sugere a criação de uma Agência de Desenvolvimento para o local – e o Centro Expandido, que inclui bairros como o da Boa Vista, por exemplo. “A criação da Agência de Desenvolvimento do Bairro do Recife é necessária, pois é preciso de um estímulo do poder público para esse território que é estratégico para a cidade”. Apesar de reconhecer a qualidade de alguns projetos da PCR em andamento, como o Parque Capibaribe e o Compaz, e de prometer a continuidade deles, Priscila fez críticas dessas que são algumas bandeiras do prefeito Geraldo Julio. Ela afirmou que começaria o Parque Capibaribe com a retirada das palafitas e não com a criação dos parques. Sobre o Compaz, ela afirmou que na comunidade onde foi instalado, o Alto Santa Terezinha, já existia uma estrutura de Centro Social Urbano (CSU) que não tinha o devido investimento em manutenção e operação da PCR por falta de recursos, enquanto que a nova estrutura foi construída com o investimento de R$ 9 milhões. Temas como gestão metropolitana, preservação dos espaços históricos, políticas culturais, acessibilidade, sustentabilidade, mobilidade urbana e a navegabilidade do Rio Capibaribe foram alguns dos temas que surgiram no debate da reunião. A próxima reunião da Rede Gestão terá a presença do candidato do PSDB à PCR, Daniel Coelho. A organização já recebeu o prefeito Geraldo Julio.

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Meirelles sinaliza aumento de investimentos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou em Xangai, na China, onde participou do Seminário Empresarial de Alto Nível Brasil-China, sinais de melhoria na taxa de investimento, após a queda registrada nos últimos anos. As informações foram divulgadas há pouco pela assessoria do ministro. “Agora, tem uma previsão de crescimento substancial. É importante mencionar que o investimento foi o primeiro setor da atividade econômica que reagiu, porque há um sinal claro de que a economia brasileira está crescendo”, disse. No seminário, o ministro apresentou as oportunidades de investimento do Brasil. Ele integra a comitiva do presidente Michel Temer em Xangai, China, para participar da Cúpula do G20 e também para negociar a ampliação do comércio bilateral. Durante o seminário, Meirelles mostrou o potencial de crescimento da economia brasileira depois do recente período de retração da atividade. A assessoria informou também que o ministro demonstrou a evolução dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil. O ministro citou ainda indicadores que sinalizam para o processo de recuperação econômica do país, como a previsão do PIB de 1,6% para 2017 e 2,5% em 2018. Oportunidades de Investimentos Meirelles apresentou as oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. Segundo ele, entre 2016 e 2019 o investimento total previsto em projetos de infraestrutura é de aproximadamente R$ 269 bilhões, divididos entre petróleo e gás, energia elétrica, telecomunicações, transporte, estradas, saneamento, estradas de ferro, aeroportos e mobilidade urbana, portos, entre outros. Outro setor citado é o do pré-sal. “Trata-se da exploração de campos de petróleo, que o Brasil tem uma vasta reserva offshore, que é o chamado pré-sal. É uma perfuração profunda, mas que tem oportunidades, de fato, substanciais”, acrescentou o ministro. Henrique Meirelles disse aos presentes que o Brasil tem espaço na produção de bens e serviços, devido ao mercado de consumo amplo e em expansão, além de potencial agrícola a ser explorado. “O Brasil é hoje um dos grandes exportadores mundiais de grãos. Essa é uma área em que o país tem condições de continuar expandindo. Aqui, há uma complementaridade muito grande entre a economia brasileira e a economia chinesa”, enfatizou. Citando o processo de substituição do governo no Brasil, o ministro afirmou que o país é seguro e estável, tanto do ponto de vista das instituições quanto para o investidor. “Não há conflitos políticos ou religiosos. Tivemos uma mudança de governo da maior importância, feita em paz e dentro das normas da constituição, segundo ritos definidos pela Justiça. As regras contratuais são sólidas, transparentes e claras. As instituições são estáveis e há movimento livre de capitais.” Henrique Meirelles concluiu que o Brasil tem um ambiente favorável para cooperação maior entre as empresas brasileiras e chinesas. “Vamos tirar partido desse enorme mercado doméstico, de um lado, e da enorme capacidade de produção e de exportação de produtos agrícolas e minerais de outro.”

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O Recife Que Precisamos discute projetos para o Capibaribe

Mais que um cartão-postal, o Capibaribe é um verdadeiro ícone do Recife. Revitalizar o velho “cão sem plumas” - como o chamava o poeta João Cabral – para que seja tão importante para o recifense quanto o Tâmisa o é para o londrino é uma das propostas do movimento O Recife que Precisamos. Criado pelo Observatório do Recife há quatro anos, o movimento tem como um dos objetivos pautar as discussões das eleições municipais para que os candidatos se apropriem de temas essenciais para a melhoria da qualidade de vida na cidade. É o caso da recuperação do rio. “Entre as reivindicações estão a implantação do saneamento básico para evitar que o Capibaribe e seus canais recebam e distribuam lixo pela capital pernambucana”, informa Fernando Braga, sócio da TGI e integrante do movimento. A proposta - juntamente com sugestões de outros quatro temas – foi levada para os candidatos a prefeito em 2012. Todas essas proposições foram construídas de forma coletiva a partir da escuta da sociedade. A Revista Algomais participou desse processo, publicando matérias sobre o movimento e mobilizando o recifense pelas redes sociais. Eleito, Geraldo Julio decidiu encampar o tema. A prefeitura estabeleceu um convênio com o Inciti – Pesquisa e Inovação para as Cidades (uma rede de pesquisadores da UFPE) para o desenvolvimento do projeto Parque Capibaribe, que é gerido pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Mais do que revitalizar o rio, o projeto prevê a transformação da cidade a partir do seu principal curso d'água. A ideia é humanizar as suas margens, integrando-as com espaços verdes, envolvendo 42 bairros margeados pelo rio. Essas áreas serão articuladas com diferentes meios de transporte: bicicletas, veículos motorizados, pedestres, barcos, etc. As transformações serão realizadas a partir de soluções simples e visam mudar a forma como o recifense se relaciona com o espaço público. E como o rio serpenteia o Recife inteiro, o projeto visa transformar a capital pernambucana numa cidade parque até o ano de 2037, quando completa 500 anos. O QUE FOI FEITO Para debater o que já foi executado do projeto e o que falta avançar na execução foi realizada uma reunião entre os integrantes do Observatório do Recife e Circe Monteiro, membro do Inciti, que está à frente do Parque Capibaribe. A sala da TGI, onde aconteceu o encontro, ficou lotada, demonstrando o interesse que o rio desperta na população. Circe disse que a ideia da cidade parque ainda está se consolidando. Embora o projeto tenha três anos, explica a professora, ele é de grande complexidade, além de ser elaborado com a participação da sociedade. “Queremos ativar os espaços antes de projetá-los”, justifica. Estratégia que foi empregada na primeira etapa a ser feita do Parque Capibaribe: o Jardim do Baobá. Localizada por trás da Estação Ponte D'Uchoa, a área foi palco de um evento que levou as pessoas a conhecerem a centenária árvore do local situada às margens do rio. “Veio muita gente, o que mostra a carência de espaços públicos”, constata Circe. O Jardim do Baobá é o marco zero do Parque Capibaribe e está sendo construído através de uma mitigação ambiental do Real Hospital Português. Será uma área de lazer, com brinquedos, mesas e bancos. Ainda nas Graças, moradores locais conseguiram reverter a construção de um corredor expresso de quatro faixas, entre as pontes do Capunga e da Torre para uma via com aspecto de parque. Ela terá integração com o rio, ciclovia, mirante e passarela de pedestres – propostas inspiradas no Projeto Parque Capibaribe. A Via-Parque terá financiamento da Caixa Econômica e está em fase de licitação. NOVAS PROPOSTAS Durante o debate, os participantes sugeriram novas propostas ao projeto. Uma delas refere-se à necessidade de implantar condições para que as áreas do rio, onde residem moradores com menor poder aquisitivo, não sejam alvo da especulação imobiliária, que serão valorizadas após as intervenções do projeto. O Parque dos Manguezais é outra área de alvo da preocupação deles. Eles querem saber como o espaço será incluído no projeto. Trata-se de uma área de 320 hectares, que deveria ser uma unidade de conservação, margeadas pelas duas pistas da Via Mangue. O projeto Parque dos Manguezais faz parte de uma ação mitigadora da prefeitura em razão da construção dessa via e prevê intervenções como oceanário, trilhas ecológicas, Academias da Cidade, mirantes e piers. Mas a Marinha, dona do terreno, não chegou a um consenso sobre o assunto com a gestão municipal. Realizar intervenções no Parque dos Manguezais para sensibilizar as pessoas para a preservação da área é uma das propostas sugeridas. Para garantir a proteção ao rio, foi sugerida a implantação de uma Unidade de Conservação de Paisagem do Capibaribe. O combate a poluição também foi ressaltado, a partir da recuperação dos córregos e riachos, vista como ação emergencial para evitar o efeito das mudanças climáticas e os problemas de drenagem. Também foi proposta a mobilização e educação da população que vive às margens do rio, independente de classe social. A inclusão foi outro ponto defendido pelos participantes do debate que sugeriram que seja garantida a acessibilidade universal às rotas que levam às travessias e espaços públicos de convivência às margens dos rios. E, como é prática comum entre governantes do País não dar continuidade às obras do seu antecessor, os participantes sugeriram ainda a elaboração de um Plano de Manutenção a cada marco inaugurado do projeto. Outra ideia é utilizar-se do Parque Capibaribe como oportunidade de qualificação radical da execução das obras públicas. O próximo encontro do movimento vai debater o Centro do Recife.

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Pesquisa do Hospital Agamenon Magalhães é destaque

Um estudo realizado no Hospital Agamenon Magalhães (HAM) identificou que 5,8% das crianças com diagnóstico confirmado da Síndrome Congênita do Zika apresentam perda auditiva neurossensorial. O artigo, publicado nesta terça-feira (30/08), na Revista Eletrônica Morbidity and Mortality Weekly Report (MMWR), vinculado ao Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), levou em consideração avaliação realizada com 69 crianças de até 10 meses de idade, e vai contribuir para reformular a triagem auditiva neonatal em todo o mundo,considerando a infecção materna pelo zika vírus como um novo fator de risco para deficiência auditiva em crianças. “Normalmente, a perda auditiva neurossensorial já está relacionada a uma infecção congênita. No entanto, essa prevalência é de um ou dois casos a cada mil crianças nascidas vivas na população em geral. Ou seja, a partir dessa avaliação, podemos considerar que ter zika durante a gravidez é, sim, um fator de risco para perda auditiva congênita da criança”, explica a chefe do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Agamenon Magalhães, Mariana Leal. Inicialmente, 150 bebês passaram pela triagem e avaliação no serviço de otorrinolaringologia do HAM, referência estadual para esse tipo de acompanhamento das crianças com microcefalia. Dessas, 69 foram selecionadas para participar do estudo. Todas tiveram o diagnóstico confirmado de microcefalia por meio de tomografia, assim como apresentaram resultado laboratorial positivo para a presença do zika vírus. Para fazer parte do estudo, os pacientes tiveram que ter excluída a possibilidade de possuírem outras infecções congênitas. Confira o artigo no site da publicação: http://www.cdc.gov/mmwr/. Dos 69 bebês avaliados durante o estudo, 4 tinham perda auditiva neurossensorial, ou seja, apresentaram perda auditiva tanto sensorial, quando atinge a cóclea; quanto nervosa, quando atinge o nervo auditivo. O estudo, no entanto, não identificou um padrão único da manifestação. Alguns pacientes apresentaram perda auditiva bilateral profunda, enquanto outros apresentam perda unilateral de grau leve. “Apesar de confirmarmos que as perdas foram neurossensoriais, elas se apresentaram em graus diferentes. Assim, é fundamental continuarmos acompanhando todas essas crianças, visto que é possível, como em outros tipos de infecções, que essas manifestações ocorram de forma tardia ou que sejam progressivas”, complementa Mariana. Realizado entre os meses de novembro de 2015 e maio de 2016, o estudo reuniu médicos e fonoaudiólogos do Hospital Agamenon Magalhães, assim como profissionais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Além disso, contou com a participação da neuropediatra Vanessa Van Der Linden, que atua no Hospital Barão de Lucena e na AACD, e da infectologista pediátrica Regina Coeli, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. “Esse estudo só reforça a importância do trabalho que o Governo do Estado vem desenvolvendo na ampliação e descentralização da assistência às crianças com microcefalia, além da atitude pioneira e corajosa de fomentar a pesquisa cientifica da zika e suas complicações”, comenta a secretária executiva de Atenção à Saúde da SES, Cristina Mota. O SERVIÇO – Referência em otorrinolaringologia na rede estadual de saúde, o Hospital Agamenon Magalhães é o responsável pelo acompanhamento na especialidade dos bebês com microcefalia. Atualmente, cerca de 200 crianças com quadro suspeito de microcefalia já foram avaliadas e são acompanhadas na unidade. O serviço também é responsável pela reabilitação dos pacientes com alteração auditiva, que engloba desde a colocação da prótese auditiva ou implante coclear até a terapia para estimulação auditiva ou de linguagem. REDE DE SAÚDE - O Governo do Estado reestruturou a sua rede de atenção para garantir o tratamento às crianças com microcefalia e às suas mães, com o atendimento psicossocial e de reabilitação. No final do ano passado, Pernambuco contava com apenas duas instituições que atendiam as crianças com microcefalia – o IMIP e a AACD, isso devido ao fato de que, historicamente, o Estado registrava cerca de 12 casos da malformação por ano. Hoje, após pouco mais de nove meses do início dos esforços, 26 unidades em todo o Estado já prestam algum tipo de atendimento relacionado à microcefalia, espalhadas por todas as Regiões de Saúde. E isto já tem um impacto muito importante para estas famílias. Para se ter uma ideia, em outubro do ano passado, uma criança precisava percorrer, em média, 420 quilômetros para ter um atendimento para microcefalia. Atualmente, essa distância foi reduzida para menos de 60 quilômetros de distância. PESQUISA - Pernambuco tomou uma iniciativa pioneira no Brasil de fomento à pesquisa científica nessa área. Neste sentido, foram investidos R$ 3 milhões, de recursos das secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia e da Saúde, via Facepe, para fomento às pesquisas que buscam identificar e conhecer melhor o vírus Zika.

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Faturamento na indústria cai 4,3%

Depois da alta de 2% em junho, o faturamento da indústria voltou a cair em julho, com recuo de 4,3% na comparação com o mês anterior. Nos sete meses do ano, o faturamento teve queda de 12% em relação ao mesmo período de 2015. Os dados ajustados para o período foram divulgados hoje (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a CNI, os demais indicadores da atividade industrial também caíram em julho frente a junho na série com ajuste sazonal. Essa série desconsidera do cálculo do indicador características específicas do período, como, por exemplo, a redução da produção provocada por feriados ou o aumento da demanda no Natal ou do Dia das Mães. As horas trabalhadas na produção recuaram 0,2% em julho na comparação com junho. De janeiro a julho a queda nas horas trabalhadas na produção ficou em 9,3% frente ao mesmo período do ano passado. A utilização da capacidade instalada caiu para 76,9%, o nível mais baixo desde 1999, quando a CNI começou a fazer a pesquisa. Isso significa que a indústria operou com mais de 20% de ociosidade em julho. Mercado de trabalho O emprego na indústria diminuiu 0,4% em julho na comparação com junho. A queda do emprego de janeiro a julho chega a 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa real de salários recuou 0,9% entre julho e junho, na terceira queda consecutiva do indicador. De janeiro a julho, a queda foi de 9,7% em relação ao mesmo período de 2015. De acordo com os Indicadores Industriais, o rendimento médio real do trabalhador da indústria caiu 0,3% em julho frente junho, e 0,9%, nos sete meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2015. (Agência Brasil)

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Itep apoia curso sobre energia solar

A crescente necessidade de soluções energéticas tem impulsionado o mercado de usinas solares e eólicas. Com o objetivo de debater o tema, a empresa Paci promove, com o apoio do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), o curso “Energia Solar Fotovoltaica”, voltado tanto para quem deseja empreender na área quanto para o consumidor que busca mais informações sobre o tema. A capacitação será realizada de 2 a 4 de setembro, na sede da Paci, em Casa Amarela. “A informação concreta sobre esse segmento cria uma visão crítica e assertiva das vantagens e desvantagens do uso da energia solar fotovoltaica”, destaca engenheiro eletricista Vagner Couto, da Paci, que ministrará o curso. Com carga horária de 16h, o conteúdo programático do curso inclui assuntos como geração distribuída, dimensionamento de sistemas, controle de instalação e manutenção, produção sustentável de energia, aplicações de softwares para projetos, componentes normativos e licenciamento. As inscrições custam R$ 550,00 e as vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas via telefone (81) 3265.7128 ou por e-mailcurso@paci.com.br. Serviço: Curso Energia Solar Fotovoltaica Data: 2 a 4 de setembro Local: Paci – Rua Cromínia, 129, Casa Amarela – Recife (próximo à Maternidade Barros Lima) Investimento: R$ 550,00 Informações: (81) 3265.7128 / curso@paci.com.br.

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Senado aprova impeachment de Dilma Rousseff

Por 61 a 20, o plenário do Senado acaba de decidir pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. A posse de Michel Temer ocorrerá às 16h no Senado. O resultado foi comemorado com aplausos por aliados do presidente interino, que cantaram o Hino Nacional. O resultado foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado, iniciado na última quinta-feira (25). Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo. Dilma fará uma declaração à imprensa. Senadores aliados da petista estão se dirigindo ao Palácio da Alvorada para acompanhar o pronunciamento de Dilma. Julgamento A fase final de julgamento começou na última quinta-feira (25) e se arrastou até esta quarta-feira (31) com a manifestação da própria representada, além da fala de senadores, testemunhas e dos advogados das duas partes. Nesse último dia, o ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – encaminharam a votação que ocorreu de forma nominal, em painel eletrônico. Histórico O processo de impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo. No pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015. Na Câmara, a admissibilidade do processo foi aprovada em abril e enviado ao Senado, onde foi analisada por uma comissão especia, onde foi aprovado relatório do senador Antonio Anastasia (PMDB-MG) a favor do afastamento definitivo da presidenta. Entre as acusações as quais Dilma foi julgada estavam a edição de três decretos de crédito suplementares sem a autorização do Legislativo e em desacordo com a meta fiscal que vigorava na época, e as operações que ficaram conhecidas como pedaladas fiscais, que tratavam-se de atrasos no repasse de recursos do Tesouro aos bancos públicos responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, como o Plano Safra. Manutenção de direitos políticos Depois de aprovar a perda do mandato de Dilma Rousseff, o Senado também manteve, por 42 votos a 36, os direitos políticos de Dilma. Com isso, ela pode ocupar cargo público. Foram registradas três abstenções. A votação deste quesito foi feita separadamente a pedido de senadores do PT, que apresentaram o requerimento logo no início do dia e que foi acatado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mesmo sob protestos de aliados do presidente interino Michel Temer. Encaminhamentos A senadora peemedebista Kátia Abreu (TO) foi a primeira a argumentar contra a perda dos direitos políticos de Dilma Rousseff. Para fundamentar a argumentação, ela leu trecho escrito pelo presidente interino Michel Temer dizendo que as penas "são autônomas e independentes" e não "acessórias". "É uma pessoa que com certeza pode ser convidada para dar aulas em universidades", disse. "A presidente Dilma precisa continuar trabalhando para poder suprir suas necessidades. Não vote pelas palavras de uma pessoa, mas pela sua consciência e por aquilo que acreditam na personalidade da presidente Dilma", disse. Na defesa pela perda dos direitos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que o Senado não protagonizou uma farsa, como declararam aliados de Dilma. “É um procedimento legítimo, que legitima a decisão que tomamos agora. Aqui não houve golpe”, assegurou. Nunes ainda criticou a comparação feita pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), minutos antes, do atual julgamento com a sessão que declarou a vacância do cargo até então ocupado por João Goulart. “É uma burla a história deste país. Não tem nada a ver. Primeiro porque não houve deliberação do Congresso naquela ocasião. Em segundo porque o Congresso estava sitiado. As únicas desordens hoje em dia são promovidas pelas informações factoides que vive o PT. Pessoas que incendeiam pneus, pessoas que tiveram audácia de dizer que pegaria em armas se o impeachment fosse aprovado”, disse . Nunes disse que a Constituição deixa claro que a perda do mandato no caso de crime de responsabilidade está associada à perda dos direitos políticos e afirmou que é possível ocupar função pública sem ocupar cargo público. “Além de invocar a letra da Constituição, quero invocar o artigo que trata da perda do mandato com a inabilitação”, pediu. Sereno, o senador Capiberibe fez um apelo “em nome da conciliação” e do reencontro. “O sectarismo só nos divide mais”, afirmou ao destacar que a política tem que ser uma “atividade conciliadora”. “Não tivemos a capacidade de construir uma alternativa mais consensual. Fomos para o confronto. Mas não podemos esquecer o amanhã. Não basta derrotar? Tem que esmagar?”, disse. Num tom dramático, Jorge Viana (PT-AC) fez uma analogia com a morte de Tiradentes e afirmou que a votação em duas fases está prevista na Lei do Impeachment (1.079). “Não estamos em Ouro Preto enforcando ninguém e para ter certeza, esquartejando”, disse. Viana disse que Dilma não poderá sequer dar aula em universidades se perder os direitos políticos. “Excessos todos cometemos aqui, mas todos nós, ainda mais num processo delicado como este, vamos ter que seguir convivendo com os outros”, disse. O líder tucano Cássio Cunha Lima (PB) afirmou que “por trás” da possível manutenção dos direitos políticos há “mais um acordo entre Dilma e [o ex-presidente da Câmara Eduardo] Cunha porque o resultado dessa cassação terá repercussão na votação de Cunha [que vai definir o futuro de seu mandato em sessão agendada para o próximo dia 12]. O que estaremos fazendo é permitir que a presidente

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