Os Indicadores ABRAINC-Fipe referentes a abril registraram 1.580 unidades lançadas, um recuo de 52,5% em comparação ao mesmo mês de 2015. No acumulado de 2016 (até abril), os lançamentos totalizaram 15.752 unidades, número 2,9% superior ao observado no mesmo período de 2015. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (63.992 unidades) mostra queda de 8,1% face ao observado no período precedente. Em abril de 2016, a pesquisa mostra que foram vendidas 7.146 unidades, o equivalente a um recuo da 14,4% frente às vendas do mesmo mês de 2015. Até abril, as vendas somaram 30.477 unidades, o equivalente a uma queda de 16% frente ao volume observado no mesmo período de 2015. Entre os 12 meses, o setor vendeu 103.690 unidades, também com queda de 16% face ao observado nos 12 meses anteriores. Segundo dados das 19 empresas participantes do estudo, no quarto mês do ano, foram entregues 8.127 unidades, o que corresponde a uma queda de 30,3% frente ao número de unidades entregues em abril do ano anterior. De janeiro a abril de 2016, as entregas totalizaram 37.632 unidades, volume 11,4% inferior ao observado na mesma base de 2015. Nos últimos 12 meses, as entregas somaram 121.036 unidades, número 23,8% inferior ao volume entregue nos 12 meses precedentes. De acordo com Renato Ventura, vice-presidente executivo da ABRAINC, a queda expressiva nos lançamentos do mês de abril reflete um cenário pontual. "Para melhor análise, os dados do mercado imobiliário devem ser acompanhados por um período maior", afirma ele. Ventura também explica que a queda nos números, de forma geral, é decorrente da falta de confiança de empreendedores e compradores, mas que deve ser revertida com o reaquecimento da economia. Os Indicadores ABRAINC-Fipe também revelam que, ao final de abril de 2016, o mercado disponibilizava 111.400 unidades para compra. No mesmo período, foi vendido o equivalente a 6,2% da oferta do mês, percentual que representa uma queda de 1,3 pontos percentuais face ao Venda Sobre Oferta estimado para o mês de abril de 2015 (7,5%). Com isso, estima-se que a oferta final de abril seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 16 meses, se mantido o ritmo de vendas do mês - 7,1 mil unidades por mês. O diretor da ABRAINC, Luiz Fernando Moura, ressalta que a partir da reação positiva da economia, a probabilidade de aumentar a procura por imóveis é grande. "Uma vez que haverá mais procura e confiança dos possíveis compradores, a tendência é que os preços sejam normalizados". Moura também afirma que a pessoa que tem condições de adquirir o imóvel à vista, encontra ótimas condições no momento atual. Distratos O indicador de distrato de abril deste ano revela que foram distratadas 4.195 unidades, o que representa um aumento de 4,8% frente ao número absoluto observados em abril de 2015. No acumulado de 2016 (até abril), o total de devolução de imóveis foi de 14.607 unidades, patamar 2,8% inferior ao observado no primeiro trimestre de 2015. Nos últimos 12 meses, foram distratadas 46.489 unidades, uma elevação de 1,7% face ao volume do período precedente. Já, se considerados os distratos como proporção das vendas por safra de lançamento, as unidades vendidas no primeiro trimestre de 2014 apresentam a taxa mais elevada da série histórica (18,1%). Região Nordeste Em abril, a região Nordeste contou com 69 unidades lançadas, tendo a sua participação em 4,4% no total nacional. No período, foram vendidas 1.000 unidades de novos imóveis, alcançando 14,6% do número vendido no Brasil pelas associadas ABRAINC. Em abril foram entregues 696 unidades no Nordeste, 8,6% do total de entregas no Brasil. Os dados mostram que no Nordeste, em abril, haviam disponíveis 16.900 unidades em oferta final, 15,2% do número nacional.