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Banda Sinfônica do Recife realiza último concerto de 2016

A Banda Sinfônica da Cidade do Recife realiza nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro, o último concerto da Temporada Oficial de 2016. A noite traz um repertório especial com nomes como Carlos Gomes e Mozart, além de uma adaptação da Ave Maria, de Bach e Gounod, feita pelo maestro e regente Nenéu Liberalquino para a BSCR. A apresentação começa às 20h, no Teatro de Santa Isabel, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, com entrada franca. Para iniciar a noite, o maestro Nenéu Liberalquino conduz os músicos na execução da Sinfonia nº 40, K550 – I. Molto Allegro, de autoria de Wolfgang Mozart. Também conhecida como a "Grande Sinfonia em sol menor" foi escrita em 1788, num período excepcionalmente produtivo do compositor. De um clássico internacional para um nacional. Logo em seguida, a BSCR toca Certas Canções, música de Tunai e Milton Nascimento, composição inesquecível da MPB. Os fãs da Banda Queen podem preparar o coração porque um medley vai relembrar os grandes sucessos do grupo. O Queen in Concert traz as músicas: We Will Rock You, Bohemian Rhapsody, Another One Bites The Dust e We Are The Champions. O momento segue com outro medley que fará ecoar pelo Teatro de Santa Isabel, A Música de Jerry Goldsmith. Na última etapa do concerto, a BSCR executa a Ave Maria, de J.S. Bach e C. Gounod, com arranjos de Nenéu Liberalquino. A peça terá ainda como solista a soprano Rosemary Carlos. E para fechar a noite em grande estilo, o público será presenteado com a apresentação da Abertura da Ópera "O Guarani", de Carlos Gomes. Os ingressos para o 10º Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife da Temporada 2016 são gratuitos e podem ser retirados na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, a partir das 19h. Serviço: 10º Concerto Oficial da Banda Sinfônica do Recife Quando: quarta-feira, dia 21 de dezembro Horário: 20h Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Bairro de Santo Antônio, Recife Ingressos gratuitos. Entregues a partir das 19h na bilheteria do teatro. Informações: 3355.3322

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Temer defende reforma do ensino médio por meio de medida provisória

O presidente Michel Temer defendeu a reforma do ensino médio por meio da Medida Provisória (MP) 746/16. Foi durante cerimônia, no Palácio do Planalto, destinada a assinar a liberação de recursos para o ensino técnico e integral, com a presença do ministro da Educação, Mendonça Filho. A defesa ocorre um dia após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ter se posicionado contra a utilização de uma de medida provisória como instrumento para promover a reforma. Temer justificou a atitude com o argumento de que há mais de 20 anos tramitavam projetos no Congresso Nacional versando sobre a temática e que já haveria um debate acumulado na área. Ele disse ainda que resolveu editar a MP atendendo a uma sugestão do ministro da Educação, que argumentou que a MP iria “mobilizar” o país. “Mobilizou tanto que até escolas ocupadas se verificaram. A discussão, ao longo do tempo, se deu com muita animação e mobilizou o país. E o apoio que temos tido no Congresso Nacional fez com pudéssemos, no prazo da vigência da MP, aproveitar todas as discussões que fizemos ao longo de 20 anos, antes de a Câmara aprovar a reforma do ensino médio”, disse o presidente. Ontem (19), em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Rodrigo Janot defendeu que a MP não apresenta os requisitos de relevância e urgência para edição de medidas provisórias, além de ferir diversos princípios constitucionais. PSOL vê retrocesso social A manifestação faz parte da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.599, proposta pelo PSOL. Segundo o partido, a norma viola os pressupostos exigidos pela Constituição para edição de medidas provisórias. O PSOL sustenta ainda que seria cristalina a ausência do requisito constitucional da urgência, além de desrespeitar o acesso amplo à educação e dificultar a redução de desigualdades, ao promover verdadeiro retrocesso social, segundo o partido. Para Janot, medida provisória, por seu próprio rito abreviado, não é instrumento adequado para reformas estruturais em políticas públicas, “menos ainda em esfera crucial para o desenvolvimento do país, como é a educação”. “Demonstração concreta de que falta urgência para edição precipitada da norma está no fato de que, se aprovada pelo Congresso Nacional ainda em 2016, a reforma só será adotada nas escolas em 2018”, argumenta. Cinco áreas serão privilegiadas O texto encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional no dia 22 de setembro estabelecia, entre outras mudanças, a diminuição do conteúdo obrigatório para privilegiar cinco áreas de concentração: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional, além da retirada da obrigatoriedade das disciplinas de artes, sociologia, filosofia e educação física. O texto também previa o aumento da carga horária progressivamente, passando das atuais 800 horas até atingir 1.400 horas anuais. As alterações na estrutura do ensino médio por meio de medida provisória foram objeto de críticas de entidades representativas dos professores. Em razão das mudanças, estudantes de vários estados ocuparam escolas pedindo a retirada da proposta. A votação da MP foi concluída na semana passada na Câmara dos Deputados, com algumas modificações. Entre elas, a inclusão da obrigatoriedade das disciplinas de educação física, arte, sociologia e filosofia na Base Nacional Comum Curricular. O texto segue agora para o Senado. Na cerimônia de hoje, Temer e o ministro da Educação assinaram a liberação de recursos para a implantação de escolas em tempo integral e o ensino técnico, por meio do Mediotec, braço do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), voltado a ofertar formação técnica e profissional a estudantes do ensino médio. Ao todo, serão ofertadas 82 mil vagas. Durante seu discurso, o presidente disse ainda que a aprovação do texto só foi possível devido ao “diálogo produtivo” com o Legislativo e voltou a negar que a emenda à Constituição que instituiu o teto de gastos públicos por 20 anos vá retirar recursos da saúde e da educação. Segundo o presidente, a destinação de recursos para os ensinos técnico e integral está sendo possível devido ao ajuste nas contas públicas. “Se este ato diz respeito à responsabilidade social, de outro lado temos que ter a responsabilidade fiscal”, disse. “Com equilíbrio financeiro, sairemos da recessão e voltaremos a crescer. Teremos mais dinheiro para os programas sociais”, acrescentou o presidente. Ministro defende medida provisória A manifestação da Procuradoria-Geral da República também foi comentada por Mendonça Filho, que disse ter “uma respeitosa divergência daquilo que manifestou o parecer”. Em entrevista, o ministro da Educação defendeu a MP como urgente, uma vez que o ensino médio concentra os piores indicadores da educação básica. “Para mim, qualquer mudança na área de educação é relevante, e a urgência está determinada a partir de dados estatísticos”, afirmou Mendonça Filho. Hoje, o ministro anunciou duas medidas relacionadas à MP: o Mediotec, que vai ofertar vagas no ensino técnico para alunos do ensino médio, e o Programa de Fomento à Implementação de Escolas em Tempo Integral para o Ensino Médio, destinado a aumentar a carga horária do ensino médio para 7 horas diárias. “Estive com Fachin [Luiz Fachin, ministro do STF] há 30 dias, ou um pouco mais, junto com a procuradora e advogada-geral Grace Mendonça, levando algumas informações sobre a nossa visão técnica e jurídica da MP e confiamos que o Supremo terá o mesmo entendimento”, disse.

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Prefeitura do Recife firma parceria para qualificar orla

A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, firmou uma parceria inédita na cidade. Trata-se do Projeto Orla, que acontece na praia de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade, e consiste na padronização e organização dos equipamentos dos barraqueiros da faixa do trecho da areia da praia que fica entre as ruas Antônio Falcão e Henrique Capitulino. O objetivo do projeto é melhorar o ordenamento da orla, dar mais conforto aos frequentadores e melhores condições de trabalho aos comerciantes. O investimento, feito a partir da parceria público-privada com a UNINASSAU, está estimado em R$ 1.3 milhão - a serem custeados pelo centro universitário. O contrato foi assinado pelo secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, e pelo diretor-presidente do Grupo Ser-Educacional, mantenedor da UNINASSAU, Jânyo Diniz. O processo foi feito através de chamamento público e os demais trechos poderão ser patrocinados por outras empresas interessadas. Os equipamentos da área em questão, que tem cerca de 850 metros de extensão, deverão estar disponíveis à população até o final de janeiro, quando os 73 barraqueiros vão começar a trabalhar padronizados. Para o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, este é um projeto muito importante para a cidade. "Esta é a primeira parceria estruturada que fazemos na areia da orla e acredito que a iniciativa vai melhorar muito a qualidade do serviço prestado à população", afirmou. De acordo com ele, a expectativa é que, até o final de 2017, toda a extensão da orla esteja patrocinada. A iniciativa completa visa beneficiar os 476 comerciantes cadastrados que atuam na área, com cerca de 15.900 novos kits equipamentos adquiridos pela iniciativa privada, entre umbrelones (tipo de guarda-sol maior), cadeiras, mesas de apoio, espreguiçadeiras, caixas térmicas, lixeira e carroças. A Semoc tem realizado, desde o início da gestão, ações de melhoria na orla de Boa Viagem. Após a ação de ordenamento, os barraqueiros receberam capacitações e também foram designados espaços livres na faixa de areia, para que os banhistas possam usufruir da praia sem, necessariamente, se instalar em alguma barraca. Cada um dos sete espaços determinados pela pasta tem entre 10 e 20 metros, onde podem ser distribuídos os guarda-sóis e as cadeiras dos barraqueiros.

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Porto Digital, UFRJ e PUC-RS firmam parceria

Três parques tecnológicos brasileiros firmaram convênio que permitirá o intercâmbio entre empresas instaladas em seus ambientes de inovação, a partir da criação de um programa de soft landing, cujo objetivo é abrigar e prestar suporte temporário a empresas visitantes. A parceria, inédita no país entre parques tecnológicos, foi assinada pelo Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc), e o Porto Digital, de Recife. A gerente de Articulações do Parque Tecnológico da UFRJ, Lucimar Dantas, disse que poderão participar do projeto empresas residentes nesses ambientes, que podem ser tanto empresas de incubadoras, como startups (empresas recém criadas, ainda em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercados) que estejam instaladas nos parques. Ainda este mês, as três instituições farão uma chamada interna para identificar as empresas que têm interesse na mobilidade entre os ambientes. “Identificando a potencialidade e a necessidade de essa empresa aproveitar essa oportunidade, ela vai para esse ambiente destino por um tempo determinado. A gente está dizendo que é uma experiência, ou soft landing, temporário”, disse Lucimar. A expectativa é que ao final do período temporário dessa experiência, a empresa tenha mais facilidade para tomar uma decisão no sentido de expandir o negócio de forma definitiva. Participação A chamada ficará aberta durante 30 dias para a inscrição das empresas interessadas, que terão até fevereiro para se organizarem. No período de março a maio de 2017, as selecionadas vão efetivar sua participação no programa. O cronograma ocorrerá simultaneamente nas três instituições. Foi acordado que, para esse primeiro ano do programa, participarão cinco empresas de cada parque. Os candidatos têm que apresentar motivação para participar do programa e o que esperam receber de apoio do parque destino. Lucimar Dantas informou que o parque, por sua vez, tem que estar apto para oferecer o que a empresa está demandando. “As conexões que o parque tem no local têm que dar liga às expectativas que a empresa espera da experiência no local”. O convênio visa fortalecer a integração das empresas com os ambientes de inovação. “A gente espera que esse programa seja uma sementinha de uma expansão territorial dessas empresas”. Antes de a empresa pensar em partir para um processo de internacionalização, é importante experimentar outro local dentro do próprio país, disse a gerente do Parque Tecnológico da UFRJ. Para ela é o primeiro passo para uma expansão internacional e fortalece a gestão das empresas. “Há um amadurecimento para que a empresa possa dar esse passo”. A ideia é expandir a parceria para outros estados. “A nossa intenção é que, para 2018, a gente amplie o número de ambientes pelo país. Quanto mais nacional for esse programa, melhor a gente vai poder atender às nossas empresas no sentido de fortalecer o desenvolvimento dos negócios que a gente apoia”. (Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil)

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Empresários voltam a ficar pessimistas

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu para 48 pontos neste mês e voltou a ficar abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Com a queda de 3,7 pontos em relação a novembro, o índice se afastou ainda mais da média histórica, que é de 54,1 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 15 de dezembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Desde setembro, quando alcançou 53,7 pontos, o índice acumula uma queda de 5,7 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos, indicam falta de confiança. A falta de confiança é maior entre as pequenas empresas, segmento em que o ICEI caiu de 48,7 pontos em novembro para 44,4 pontos em dezembro. Nas grandes empresas, o ICEI recuou para 50,3 pontos e, entre as médias, alcançou 46,7 pontos. O pessimismo é resultado da piora da percepção sobre a situação atual e das expectativas sobre o desempenho das empresas e da economia para os próximos seis meses. O índice de condições atuais das empresas e da economia caiu de 43,8 pontos em novembro para 40,7 pontos neste mês. O índice de expectativas recuou de 55,8 pontos para 51,6 pontos. O ICEI é um indicador que antecipa a tendência de desempenho da economia. Empresários confiantes tendem a manter ou ampliar projetos de investimentos, o que aquece a atividade e estimula o crescimento econômico. Esta edição da pesquisa ouviu 2.971 empresas em todo o país entre 1º e 12 de dezembro. Dessas, 1.174 são pequenas, 1.112 são médias e 685 são de grande porte.

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Orquestra Sinfônica do Recife homenageia Arraes

Para celebrar o centenário de Miguel Arraes, nascido em 15 de dezembro,  a Prefeitura do Recife realiza uma homenagem hoje, com um concerto especial da Orquestra Sinfônica do Recife. A última apresentação da Temporada Oficial 2016 acontece às 21h30, no Teatro de Santa Isabel, bairro de Santo Antônio, sob a regência do maestro Marlos Nobre. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente na bilheteria do teatro, a partir das 20h30. Duas composições integram o programa da apresentação da OSR. A primeira será a Abertura OSR 85 para grande orquestra, Opus 124, composta por Marlos Nobre para marcar os 85 anos de atividades contínuas da orquestra. A obra incorpora ritmos como o maracatu, unindo o erudito ao popular numa composição harmônica de sons. A peça finaliza com uma delirante alusão às notas fundamentais do Hino Nacional Brasileiro nos metais. A segunda peça da noite será um grande clássico: Bachianas Brasileiras nº 5, de Villa-Lobos, para soprano e orquestra de violoncelos. A composição integra um grupo de nove peças criadas pelo compositor, onde ele buscou misturar o estilo do alemão Johann Sebastian Bach com os ritmos brasileiros. A de número 5 foi a que mais se destacou mundialmente, tornando-se sua marca registrada. A apresentação terá a participação especial da soprano Anita Ramalho que fará a Ária (cantilena) de abertura da peça. O público deve ficar atento ao horário da entrega dos ingressos, já que o concerto será realizado um pouco mais tarde. Sendo assim, quem quiser conferir o 10º Concerto Oficial da Temporada 2016 da Orquestra Sinfônica do Recife, em homenagem ao Centenário de Miguel Arraes, deve estar na bilheteria do teatro a partir das 20h30. Serviço: 10º Concerto Oficial da Temporada 2016 da Orquestra Sinfônica do Recife Homenagem ao Centenário de Miguel Arraes Quando: quinta-feira, dia 15 de dezembro Horário: 21h30 Local: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife. Ingressos: entrega gratuita a partir das 20h30, na bilheteria do teatro. Informações: 3355.3322

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Conjunto da Santa Casa de Misericórdia de Goiana em reforma

A Igreja de Goiana, erguida no século 18, e o prédio anexo, onde funcionou o único hospital da região por mais de 100 anos, foram contemplados com um projeto de reforma que deve ser concluído no final do próximo ano, quando será comemorado o bicentenário da Revolução de 1817. Um dos heróis desse capítulo da história de Pernambuco, o Vigário Tenório, foi condeando à morte e esquartejado. Suas mãos estão sepultadas na capela-mor da igreja. A reforma permitirá que o local histórico volte a ter as atividades religiosas. Também vai impulsionar as visitas turísticas, porque o projeto transformará o complexo arquitetônico em um centro cultural para a cidade, com a proposta de receber exposições, apresentações sacras e profanas, além de eventos. Com patrocínio do BNDES, através de incentivo da Lei Rouanet, o projeto contempla serviços de recuperação da fachada frontal, pisos de madeira, assoalho, esquadrias e pintura, além de toda adaptação dos prédios para os novos usos que serão dados. “Primeiro é feito um trabalho de prospecção, levantamento dos materiais ideais a serem usados, que mais se assemelhem com os da época em que foram construídos. Buscamos alcançar a forma mais original possível. É um trabalho bem minucioso, mas de gratificante retorno, por ser uma obra de relevância social muito grande. Para essa pesquisa de dados utilizamos o histórico desses prédios, que o provedor Bôsco Rebello (gestor do local) nos forneceu”, afirma Breno Albuquerque, diretor de desenvolvimento da Construtora LMA, responsável pela obra. Com uma proposta de unir o velho e o novo em um único local, o espaço, até então destinado a celebrações religiosas e atendimentos médicos e sociais, será transformado num complexo cultural com apresentações de teatro, música, cinema e exposições e uma galeria para abrigar o acervo documental da Santa Casa. Para ganhar essas novas funcionalidades, junto com a restauração haverá um investimento na instalação de sistemas de som e projeção modernos. Haverá também uma área paisagística com espelhos d'água e espaços de convivência. Responsável pela gestão do complexo, o provedor Bôsco Rebello projeta uma intensa movimentação cultural quando o local estiver restaurado. “Como um monumento tricentenário, pretendemos democratizá-lo, hoje é restrito à irmandade e ao uso religioso. Todo o conjunto terá uma função cultural. A igreja tem na cobertura mantas de lã de vidro que contribuem para manter uma qualidade acústica que é útil para as atividades religiosas, mas também para uso de apresentações de dança, música e teatro. Além disso, teremos iluminação cênica permanente. A nave tem essa proposta de ser um salão de espetáculos”, afirma. Bôsco detalha também as atividades que serão dadas ao edifício anexo. “O piso superior abrigará um auditório multimídia, com equipamentos de cinema com capacidade de receber até 120 pessoas. O térreo será polivalente, podendo ser usado para exposições temporárias, embora tenhamos peças para algo permanente, reuniões, coffee breaks. Tanto para uso sacro como profano”, detalha. Com uma vasta trajetória, a Santa Casa de Misericórdia de Goiana tem documentos que datam três séculos, com muito da história pernambucana e brasileira a ser pesquisado. “Desse nosso acervo já saiu inclusive tese de mestrado. Mas, hoje, ainda, está com algumas restrições para pesquisa, devido aos riscos de furto e de contaminação por parte dos pesquisadores. Pretendemos disponibilizar um espaço específico e adequado para que esses documentos sejam acessados”, conta o provedor. Os prédios há uns 5 anos sofriam riscos de desabamento, quando foi feita uma recuperação inicial na cobertura. O imóvel era cercado por bancos de feira populares, que foram removidos e serão colocados num novo pátio que será construído pela Prefeitura de Goiana. HISTÓRIA. A Santa Casa de Misericórdia de Goiana foi um dos primeiros exemplares de arquitetura religiosa pernambucana a ter seu valor artístico reconhecido oficialmente, sendo declarada monumento nacional em 1938, pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Goiana, aliás, possui um dos sítios históricos mais relevantes em Pernambuco, ao lado do Recife, de Olinda e de Igarassu. No Estado foram erguidas cinco casas de misericórdia, em Olinda, Itamaracá, Goiana, Igarassu e Recife, das quais, apenas permaneceram as de Goiana e do Recife. Entre outras funções, esses espaços eram destinados ao atendimento de órfãos abandonados, viúvas pobres, enfermos desvalidos, peregrinos precisando de guarida e ajuda, entre outros. Devido à ausência de serviços de saúde do poder público, por muito tempo funcionou um hospital no local. O serviço de assistência hospitalar da casa era feito sem recursos governamentais, sendo mantido basicamente através da caridade pública, que era incentivada pelo imperador Dom Pedro II, que visitou a Misericórdia de Goiana em 1870. O templo, construído em 1726, tem agora pouco mais de um ano para experimentar uma nova vitalidade. O espaço, antes povoado por revolucionários e escravos e visitado por representantes do Império e da Santa Sé, passará a servir as próximas gerações contando a história efervescente da qual foi cenário, além de se metamorfosear em palco de manifestações artísticas. (Por Rafael Dantas)

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O manguebeat contribuiu para o cinema descobrir o Recife

Com a mesma desenvoltura que circula entre diferentes ritmos para criar sua música, DJ Dolores transita com desembaraço em papéis distintos como o de documentarista, designer ou autor de trilha sonora. Misturar, ousar experimentalismos e se lançar em novos campos da arte sempre fascinou o sergipano Helder Aragão, que se tornou recifense, desde que aportou por aqui aos 18 anos. Nesta conversa, ele fala da cena mangue e sua influência, da relação com Kleber Mendonça Filho, dos planos na música e das investidas em produções para a TV. Por Cláudia Santos e Rafael Dantas Como foi ser criança em Sergipe? Nasci em Propriá, à beira do Rio São Francisco. Essa experiência ribeirinha foi importante pra mim porque a gente tinha muito contato com a natureza. Também tínhamos um certo culto à educação. A gente lia muito desde criança. A ideia de ler sempre foi muito presente na minha vida e dos meus primos. Quando se ouve os poetas do interior, os repentistas, percebe-se que os caras sabem de tudo: da mitologia grega às naves espaciais. Esse tipo de curiosidade é muito interiorana e o conhecimento é sempre um jeito de você romper sua condição geográfica e social. Havia alguém artista na família? Na minha família existem muitos músicos, meu pai também era músico, chegou a gravar disco e tocava vários instrumentos de corda e sopro. Mas ninguém transformou essa veia artística em profissão, fui o primeiro. A cultura da região do São Francisco o influenciou? Quando criança, eu acompanhava as festas de boi e as marujadas, que conviviam lado a lado com a igreja católica e a jovem guarda. Foi desse mix que surgiu seu gosto por misturar ritmos? Acho que todo mundo que mora no Nordeste está submetido à ideia de que você pertence a uma tradição e que ao mesmo tempo você quer outras coisas. A gente é muito mais aberto do que a cultura do Sudeste, que têm um grande vazio, eles procuram essa tradição e talvez a busquem no resto do País. Quando você chegou ao Recife? Aos 18 anos. Vim por conta própria. Já morava em Aracaju nessa época, mas era uma cidade muito pequena. Eu era um jovem que queria ir para uma cidade maior, tinha a ambição de estudar outras coisas. Estudei design na UFPE, comecei a trabalhar nessa área. Daí larguei o design para fazer animação na TV Viva, uma produtora, que era uma ONG , com uma das melhores estruturas. Isso foi em 1989. A partir da animação comecei a escrever pequenos roteiros de vídeo, aprendi a editar, e logo depois, numa outra produtora tive a oportunidade de dirigir documentários. Passei um tempão fazendo documentários e viajando pelo Brasil para a TV Cultura. Nessa época surgiu em paralelo o manguebeat. Nunca deixei de ser DJ, de fazer música, mas a minha profissão a essa altura era escrever e dirigir documentários. Já tinha largado o design. Mas fazia trabalhos como capa de disco de amigos, junto com Hilton Lacerda (cineasta do filme Tatuagem), como da Lama ao Caos, de Chico Science, e a do Mestre Ambrósio, que foi premiada. Como surgiu a cena mangue? Todo mundo era muito jovem, tinha muitas ideias e acho que alguns tinham muito talento. O que eu sentia em Aracaju, sentia no Recife: não havia muitas coisas acontecendo. Por isso, a gente começou a fazer festas para nós mesmos. O sentimento era criar algum tipo de diversão para livrar a gente do tédio. Essas festas cresceram, talvez porque fossem uma demanda, um sentimento compartilhado na cidade. De repente outras pessoas estavam fazendo festa. E aí, saímos da ambição de fazer uma festa e começamos a ter ambição de fazer uma banda, de produzir show e foi desse jeito que aconteceu. Eu já era DJ dessas festas. O mangue começa a ganhar características bem mais importantes quando as bandas surgem. Começa a apresentar uma obra própria e essa obra pede intervenções de outras disciplinas. Era aí que a gente entrava, pensando como seria a imagem, como era o palco, como poderia transformar aquilo num vídeo. Começamos a trabalhar com linguagens mais complexas, criando uma estética e um discurso. Quando você começou a trabalhar como músico? Trabalhei durante muito tempo como documentarista, até que em 1999 eu estava em São Paulo, mas não aguentava morar lá. Resolvi voltar pro Recife. Aqui não tinha trabalhos interessantes. Resolvi arriscar e fazer música. Montei minha primeira banda que se chamava DJ Dolores. Estreamos no Abril pro Rock daquele ano, a repercussão foi incrível. No outro dia saímos nas capas de revistas de música e jornais. Isso permitiu dar outro passo que foi montar uma banda fixa, a Santa Massa. Em 2002 a gente fez a primeira turnê no exterior. Como foi recepção? Boa. Em 2003 a gente lançou um disco na Europa através de um selo inglês e fizemos uma turnê que foram quase 40 shows em dois meses. Foi tipo um recorde. E não era fazendo circuito de bar, mas de festivais importantes da Europa, com direito a ir a Nova Iorque no meio dessa turnê com shows no Lincoln Center. Foi um feito muito grande, mas na época não havia Facebook e as pessoas não ficaram sabendo (risos). Por que Dolores? Por que o nome do escritório de design que eu tinha com Hilton se chamava Dolores e Morales. Como eu gostava muito de Dolores fiquei com o nome, que já me deu muitos problemas. Uma vez, na Cidade do México, uma jornalista ficou brava porque dizia que esse era um nome de mulher (risos). Com a morte de Chico Science, o manguebeat arrefeceu. Como você vê o desenrolar desse movimento? Acho que o que a gente costuma chamar de manguebeat foi uma cena, e uma cena tem um começo, um auge e um fim natural. O mangue explode num momento que tem muita gente em várias áreas – da moda, da música, da dança, das artes plásticas – com algum tipo de inquietude para liberar. O mangue catalisa

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Incontinência urinária tratada com gameterapia

A fisioterapia tem recorrido a inovações tecnológicas para tratar pacientes com incontinência urinária. E o melhor, de forma lúdica, pois as técnicas foram associadas a games e podem ser empregadas nos casos de incontinência de esforço, de urgência e mista. Os nomes dos tratamentos são um tanto complicados - estimulação elétrica com corrente bifásica e biofeedback – mas o funcionamento é fácil de entender. O objetivo é fazer a mulher ter consciência dos músculos usados no controle da micção. Pode parecer estranho, mas a maioria das pessoas não consegue contraí-los. “Colocamos eletrodos na vagina que emitem pulsos elétricos, indicando a região em que se deve fazer a contração muscular”, relata Silvana Uchôa, fisioterapeuta técnica responsável da Clínica Confie e professora da Unicap. Ao mesmo tempo, um computador exibe gráficos que mostram por quanto tempo a paciente consegue manter o músculo contraído. “A técnica melhora a consciência do assoalho pélvico e sua contração muscular, aumentando o tônus e a força”, assegura a fisioterapeuta. A chamada gameterapia também pode fazer parte da terapia. Mulheres com incontinência de esforço, por exemplo, realizam contração com os eletrodos e jogam games com kinect (tecnologia que permite jogar com os movimentos do corpo). O jogo pode ser uma simulação de uma partida de tênis. “Ela vai treinar a contração enquanto faz a atividade até o momento em que conseguir automatizar os dois movimentos”, esclarece Silvana. O tratamento compreende 10 a 30 sessões da fisioterapia, sendo duas por semana. Depois deve haver a manutenção anual. “Muitas pacientes continuam assintomáticos há mais de cinco anos”, informa Silvana, que também destaca uma melhora no prazer sexual. Outras alternativas Já a terapia comportamental é indicada principalmente para os casos de incontinência de urgência e mista. “Recomendamos urinar a cada três horas, evitando que a bexiga fique cheia, reduzindo a pressão do esfincter. Também orientamos reduzir a quantidade de ingestão de líquido quando a paciente vai viajar”, informa Dimas Antunes. Evitar refrigerantes à base de cola, café, tabagismo e obesidade e tratar a constipação são outras medidas necessárias. “Deve-se investigar, ainda, a existência de infecção urinária que pode favorecer à incontinência”, acrescenta o médico. Se as medidas não funcionarem nos casos de bexiga hiperativa recorre-se a medicamentos. Se os remédios falharem, o especialista pode indicar a aplicação de botox na bexiga, que a torna menos contraída. Mas deve ser reaplicado periodicamente. Há ainda a técnica que introduz um dispositivo chamado neuromodulador sacral. É uma espécie de marca-passo, ao ser implantado na raiz nervosa da bexiga emite pulsos elétricos, que estimulam o nervo a inibir as contrações que provocam a micção. Para os casos mais graves de incontinência por esforço, indica-se a cirurgia, cuja taxa de sucesso, segundo Antunes é alta. “Varia de 80% a 90%”.

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Criatividade e ousadia em favor da interdisciplinaridade

Na Sala Google do Colégio CBV é assim: tudo pode quando o alvo é a aprendizagem e o percurso é criativo. O espaço conta com três laboratórios móveis, acesso à internet, dispositivos de imagem e áudio, além da disponibilidade das aplicações Google for Education. O ambiente inibe qualquer possibilidade de imposição do conhecimento. Lá, a aprendizagem é construída através de roteiros dinâmicos que deixam claro que aprender não advém de um clima apático. Pelo contrário, aprendizagem se dá com ação, alegria e significado. Trata-se de um espaço que, dependendo da proposta pedagógica, o cenário se ajusta ao propósito do conhecimento a ser construído. Assim, a sala pode simular uma espécie de reality show musical para aprender inglês e, em outros momentos, se adequar a uma animada partida de bingo de matemática. Claro, não dispensando oportunidades de sediar exposição de arte, apresentação de trabalhos e festivais de criatividade e inovação. Dentre tantas possibilidades pedagógicas, alguns professores, sobretudo os do ensino médio, preferem investir naquelas atividades que estimulam a produção de conteúdo. Aliás, produzir conhecimento e incentivar a interatividade é dever da escola que está alinhada com as demandas educacionais deste século. Nesse sentido, os estudantes formam um grupo potencial, já que são nativos da tecnologia. Foi pensando assim que duas atividades aplicadas na Sala Google (até então distintas) encontraram o link que uniram o conteúdo elaborado pelos estudantes com a proposta das disciplinas de Português e Sociologia. Com objetivo de trafegar sobre temas considerados polêmicos e que solicitam políticas afirmativas, o professor de sociologia lançou o Projeto CBV contra a intolerância. A proposta desafiava os estudantes do 1o e 2o ano a produzir artefatos sob orientação da Sala Google, mas também sinalizava uma reflexão sobre possíveis temas da redação do ENEM. Ao final do trabalho, documentários, vídeos, cartazes, fanpages, tirinhas, folders e paródias musicais formaram um consistente material que ficou disponível ao grupo escolar. Compartilhar o material elaborado com os estudantes das outras turmas já seria o suficiente para desenhar uma espécie de compartilhamento didático. Fato que já denotaria criatividade, diálogo e ousadia, mas aquele trabalho rendeu outros desdobramentos. Isso porque a professora de português tinha uma agenda na Sala Google para aplicar um simulado baseado no vestibular da UPE. Durante a construção do roteiro, foi compartilhado com a professora o material elaborado durante o projeto CBV contra intolerância. A ideia inicial era organizar um teste que possibilitasse resultado instantâneo, feedback das questões, bem como estatística sobre os pontos que merecem mais atenção no aprendizado. Entretanto, com o acesso ao material criado pelos estudantes e publicado nas nuvens da Google, a estratégia ganhou outra luz. Interdisciplinaridade à vista! Como a maioria do conteúdo era digital, foi garantida a agilidade para montar a proposta. É fato: quando o assunto é vestibular e ENEM, é rotativo o uso de textos (em seus diversos gêneros) como motivo de interpretação e de análise linguística. E foi exatamente assim que o trabalho de português foi construído. O diferencial? O comando de cada questão se referia ao material construído pelos estudantes durante o desafio de sociologia. Ou seja, as tirinhas, os documentários, os cartazes ganharam outro sentido, já que permitiram a imersão dos estudantes na análise linguística dos seus próprios textos. Desta forma, pôde-se ressignificar o acervo existente e atribuir-lhe o status de conhecimento. Se pudéssemos figurar a cadeia da aprendizagem, certamente poderíamos dizer que o incentivo à produção de conteúdo foi o primeiro passo. O material acumulado atendeu sua função inicial, mas ganhou outra utilidade ao ser revestido por um novo contexto, desta vez dado pela disciplina de português. Em seguida, a aplicação do teste funcionou como a última etapa para os estudantes e a penúltima para o docente, que pôde analisar a estatística gerada e fazer as devidas inferências para avaliar a competência linguística dos estudantes. Em resumo - dispositivos tecnológicos, criatividade, ousadia, diálogo, conteúdo, Youtube e demais Google Apps deram a tônica perfeita para nos provar que a inovação das práticas educativas reside no método. Nesse sentido, a tecnologia faz a coesão necessária pra unir iniciativas e aprendizagem e, com isso, ajudar a desenhar novas formas de aprender, o que Asmann (2000) prefere chamar de ecologia cognitiva. *Por Jaime Cavalcanti – jaime@cbvdigital.com.br Mestre em Educação | Consultor em Tecnologia Educacional | Assessor de TE Colégio CBV LEIA MAIS Navegar é preciso, produzir também LEIA TAMBÉM Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos)

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