Arquivos Notícias - Página 615 de 652 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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O mal-estar da mobilidade (Por Gustavo Costa)

A expectativa era de padrão Fifa. A execução das primeiras concessões de serviço de transporte de passageiros da Região Metropolitana do Recife foi iniciada durante a Copa. Os dois primeiros lotes de linhas (sete licitados), beneficiados por BRTs, passavam a integrar a operação transitória dos Corredores Norte- -Sul e Leste-Oeste. Após dois anos, e três das “Jornadas de Junho”, grassa o mesmo mal-estar coletivo com o padrão do serviço de mobilidade. Apesar dos vultosos investimentos públicos e privados, a operação segue transitória; da boa aceitação dos BRTs, a infraestrutura de vias e terminais segue inacabada, travada e insegura; dos ganhos de escala e velocidade em algumas linhas, caras estações depredadas e dezenas de BRTs depreciando em garagem são o pior retrato da ineficiência, do desperdício e improviso. Afinal, o que deu errado? Seguramente, o impacto da maior crise econômica da história brasileira explica muito. Não tudo. Outra parte da explicação está em velhos e conhecidos gargalos da gestão pública, cujas soluções demandam diagnóstico, esforço e prioridade na agenda política metropolitana e local. Em primeiro lugar, há a secular cultura da insegurança jurídica nos contratos públicos. Não é eficiente licitar às pressas para fazer bonito na Copa. São indispensáveis planejamento e regras que projetem estabilidade, equilíbrio entre direitos e obrigações, proteção contra casuísmos burocráticos, além da garantia de retorno do investimento a taxas de mercado. Em síntese, expressivos investimentos público-privados em infraestrutura de mobilidade reclamam marco legal e contratual estável, equilibrado desburocratizado e previsível. A falta de concorrentes na recente licitação internacional, as prenunciadas dificuldades nos contratos em execução e o atraso dos contratos pendentes sinalizam que o gargalo da insegurança jurídica não tem sido bem compreendido pela gestão pública. O segundo gargalo é a ineficiência da gestão e regulação. Quando de sua criação (2007), o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, sucessor da extinta EMTU, era uma inovadora ideia no papel: a primeira empresa pública multifederativa destinada à gestão do complexo sistema de transporte metropolitano, com estrutura societária, organizacional e financeira. Quase 10 anos depois, a ideia não pegou: os municípios consorciados não compraram o projeto, o governo estadual banca sozinho o “consórcio”, com escassos repasses, e o Grande Recife, apesar do esforço de alguns técnicos abnegados, segue desestruturado, sem equipe e receitas à altura da sua missão. É uma grande ideia fora do lugar, a reclamar urgente simplificação. Por fim, o mais importante: o atual modelo de financiamento da mobilidade está esgotado. As “Jornadas de Junho” de 2013 deixaram claro que a sociedade não suporta mais expansão de tarifas sem contrapartida eficiente. Por outro lado, o retorno da inflação a partir daí, potencializada pelo represamento artificial de preços administrados, confirma que a alternativa não é o “lanche grátis”. No mundo rico, a sociedade financia boa parte da conta com subsídio público. No Brasil, e em Pernambuco, o sistema é dependente de tarifa, paga pelos pobres e sem subsídio eficiente. A conta da mobilidade é injusta e não fecha. A solução do complexo problema do financiamento passa pelo fim da dependência tarifária, com a ampliação das fontes de receita, inclusive subsídios orçamentários. Alternativas existem, algumas delas impopulares para a classe média, a exigir muita prioridade política. E há também alternativas mais sofisticadas, como os fundos de infraestrutura, tal como previsto na recente MP 727/2016. Pernambuco já ensaiou um fundo garantidor de mobilidade, mas abortou a ideia. É hora de retomá-la, agora com impulso federal. A mobilidade entrou na agenda política pelo grito das ruas de 2013. A Copa e a crise político-econômica secundarizaram sua pauta, mas o mal- -estar coletivo e silencioso continua. O silêncio das ruas acabará cedo ou tarde. Já passou da hora de os atores políticos locais e metropolitanos formularem respostas para um problema que também é seu.

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Sintomas de visão podem ser doença neurológica

A enxaqueca é uma das principais queixas nos consultórios oftalmológicos, mas se ela for causada por problemas relacionados à visão é indispensável procurar um neuroftalmologista. Essa subespecialidade da oftalmologia cuida de problemas no nervo óptico e nas vias ópticas, isto é, regiões do cérebro responsáveis pela visão. Além da dor de cabeça, dor ocular e retro ocular, outros sintomas podem indicar a presença de alterações neurológicas, dentre eles: baixa visão, diminuição dos campos visuais, alteração do tamanho da pupila, visão dupla, estrabismo, queda da pálpebra, sensação de blackout, fotofobia, balanço no olhar (nistagmo) ou, ainda, alteração na visão das cores. “Por isso, é indispensável que o paciente fique atento a esses sintomas, pois eles podem revelar outras doenças neurológicas”, explica a neuroftalmologista Marisa Kattah, do Instituto de Olhos do Recife. Segundo a médica, algumas doenças neurológicas podem incidir diretamente na visão e, por conta disso, o paciente também deve ser acompanhado por um neuroftalmologista. Tumores cerebrais benignos, por exemplo, podem comprimir as áreas nobres relacionadas ao sistema visual. “Aneurismas, adenomas de hipófise, suspeita de hipertensão intracraniana, infecções virais, bacterianas e parasitárias, e doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, podem afetar o nervo óptico e outras áreas do sistema visual”, revela. Já acidentes vasculares cerebrais e tromboses podem causar perda súbita da visão e a miastenia grave (comprometimento da comunicação entre os nervos e os músculos) pode provocar visão dupla e queda das pálpebras. “Além disso, alterações nos campos visuais e na pupila, gerando dificuldade para enxergar de perto e fotofobia, podem ser originadas por doenças do sistema nervoso periférico ou autônomo, como Parkinson ou Alzheimer”, complementa a médica. CRIANÇAS – Quem tem filhos, especialmente bebês, deve ficar atento a certos comportamentos que podem ser indicativos de doenças neurológicas. “Se perceber, por exemplo, que a criança não fixa o olhar ao amamentar ou ao olhar para mãe, se apresenta estrabismo ou queda da pálpebra, se tem diferenças no tamanho da pupila e na cor da íris, se não acompanha objetos e não reage à luz, ou mesmo se sofre de convulsões, deve procurar imediatamente um neuroftalmologista”, indica a doutora Marisa Kattah. Antes mesmo de completar o primeiro mês de vida, é indispensável que o bebê faça exames de prevenção e de investigação, dentre os quais o exame oftalmológico completo, teste do olhinho e neuroftalmológico. “Esses testes incluem movimentação ocular, reflexos fotomotores da pupila e de convergência e mapeamento da retina, que ajudam a detectar qualquer anomalia”, explica. A neuroftalmologista, que atende no IOR, também chama a atenção para o fato de que, seja adulto ou criança, testes de prevenção e a indicação de exames eletrofisiológicos são indispensáveis para a eficácia do diagnóstico precoce e tratamento. “Os neurologistas, pediatras e, principalmente, os oftalmologistas devem encaminhar seus pacientes ao neuroftalmologista, em qualquer suspeita de alteração visual, para que ele possa ajudar a diagnosticar o quanto antes a patologia e saber lidar com ela”. Outro alerta feito pela médica é que todo paciente, após os 15 ou 20 anos de idade, deveria realizar um exame de campo visual, como parâmetro, e não somente após a suspeita de algo importante. “Isso preveniria muitas patologias neurológicas que porventura irão produzir alterações visuais”, complementa.

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Barreto Júnior, agora climatizado, apresenta "Angelicus"

Teatro Barreto Junior, no Pina, um dos mais tradicionais espaços do Recife, recebe em seu palco o espetáculo "Angelicus", da Cia. Matraca de Teatro, para apresentações de sexta (15) a domingo (17), no horário das 20h. No primeiro dia a entrada é franca, podendo o público retirar o ingresso uma hora antes do espetáculo. O Teatro Barreto Junior é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife. O espetáculo "Angelicus" tem texto de Hamilton Saraiva e apresenta como tema central a prostituição. A proposta é fazer o público refletir que há várias maneiras de prostituir-se, seja através do território sexual - o mais convencional - ou outras maneiras impostas pelos aparelhos ideológicos, como: igreja, família, estado, escola ou polícia. A montagem flerta com várias propostas: metateatro, dramaturgia, farsa, comédia del'art, máscara, circo, música, e comédia buffo. Na sexta-feira (15) a entrada para 'Angelicus" será gratuita, já no sábado (16) e domingo (17) os ingressos custarão R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Ao longo do mês de julho, o Teatro Barreto Junior oferecerá ao público espetáculos de dança e teatro infantil, sempre aos finais de semana. Enquanto isso, a Fundação de Cultura Cidade do Recife está preparando o edital de utilização da pauta do teatro para os meses de agosto e setembro. Com novo sistema de climatização, junto com o Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, o Recife agora conta com dois espaços públicos culturais em pleno funcionamento na zona sul da cidade. Climatização – O Teatro Barreto Junior ganhou um novo sistema de climatização. Toda a sala de máquinas foi trocada, bem como, foi realizada a limpeza dos dutos. Uma novidade foi a instalação de um atenuador de ruídos nos dutos do ar, visando a melhoria da acústica do espaço. O serviço de requalificação contempla também a automação do sistema, o que possibilitará melhor controle da climatização do ambiente. O serviço teve custo total de R$ 235 mil com recursos da Prefeitura do Recife. Serviço: Espetáculo Angelicus, da Cia. Matraca de Teatro Quando: sexta-feira, 15 de julho Horário: 20h Local: Teatro Barreto Júnior, Rua Estudante Jeremias Bastos, 121, Pina, Recife Entrada Franca - Ingressos disponíveis na bilheteria do teatro uma hora antes da apresentação Dias: 16 e 17 de julho (Sábado e domingo) Horário: 20h Preço: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) Informações: 3355.6398 contra proposta do Ministro da Saúde

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Entidades na Justiça contra plano de saúde popular

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) anunciaram que pretendem mover ações judiciais caso o governo federal autorize a venda de planos de saúde de cobertura reduzida ou segmentada.  No dia 6 de julho, em audiência no Senado Federal, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) poderá liberar nova modalidade de planos de saúde, de menor preço, mas com restrições de serviços e atendimentos, piorando a cobertura mínima atualmente exigida. As entidades afirmam ser falso o argumento do ministro de que a venda de planos populares  irá aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS) . "Ele ignora que no momento de recessão, desemprego e inflação, o que a população mais precisa é de proteção social e, portanto, de mais investimentos no SUS. Ele também desconhece a triste realidade dos usuários de planos de saúde, em especial daqueles que hoje adquirem os planos 'falsos coletivos', os de menor preço e de rede credenciada restrita, que proliferam por causa da fraca atuação da ANS", critica o Idec  e a Abrasco em comunicado enviado à imprensa. O comunicado diz ainda que os os planos de saúde já cometem muitos abusos: negações e exclusões de cobertura, barreiras de acesso para idosos e doentes crônicos, reajustes proibitivos e rescisões unilaterais de contratos, demora no atendimento, número de médicos, hospitais e laboratórios incompatível com as demandas dos usuários, baixa qualidade assistencial e conflitos na relação entre planos e prestadores de serviços. Para Marilena Lazarinni, presidente do conselho diretor do Idec, os planos populares, de qualidade inferior, irão agravar essa situação "As ações judiciais contra planos de saúde, que tiveram crescimento exponencial nos últimos anos, irão aumentar ainda mais. Esses planos não irão cobrir os tratamentos mais caros e complexos, e irão excluir os doentes crônicos e idosos, que terão que buscar atendimento no SUS. Como os riscos de adoecimento são imprevisíveis, estarão em jogo a saúde e a vida de pacientes que necessitem de assistência além da cesta básica oferecida pelos planos populares" avalia Marilena. Segundo Marilena, a autorização da venda de “planos populares” visa apenas beneficiar os empresários da saúde suplementar, setor que hoje movimenta R$ 125 bilhões por ano e já é privilegiado pela renúncia fiscal no cálculo de imposto de renda, por isenções tributárias, créditos, empréstimos e parcelamentos de dívidas a perder de vista. O comunicado das entidades afirmam também haver conflitos de interesse. "O ministro interino teve sua última campanha a deputado federal em parte financiada por dono de plano de saúde. O atual presidente da ANS já presidiu entidade representativa dos planos de saúde, quando ajuizou ações contra o ressarcimento (o pagamento ao SUS toda vez que um cliente de plano de saúde é atendido na rede pública)", diz a nota. "Nenhum sistema público universal, em nenhum país do mundo, adota 'planos populares' privados como alternativa para a organização da assistência à saúde. Tal medida, juntamente com a redução e desvinculação do financiamento público, poderão inviabilizar o Sistema Único de Saúde (SUS) e o direito à saúde inscritos na Constituição Federal" alerta Mario Scheffer, vice-presidente da Abrasco e professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP.

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Restaurantes inovam para enfrentar crise

A crise afetou em cheio o setor de bares e restaurantes em todo o País. Em Pernambuco, após a euforia da Copa do Mundo, quando ampliou o número desses estabelecimentos, a população assiste ao fechamento de várias dessas casas. As placas de “aluga-se” e “vende-se” nos pontos comerciais voltaram à paisagem da capital pernambucana. Os sobreviventes deste momento de baixa no consumo da alimentação fora do lar acreditam que sairão mais fortes após essa fase de perda de dinamismo da economia brasileira. As promoções e a criatividade no marketing são aliados para, ao menos, manter a movimentação e satisfação da clientela. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), um a cada seis empresários do setor afirmou que repassaria ou fecharia seu negócio em 2016. O pessimismo, identificado numa pesquisa anual realizada pela organização, está explicado pelo desempenho negativo no ano passado, quando o faturamento caiu 4,33% no País. No recorte da região Nordeste, a baixa no faturamento foi mais acentuada nesse período: 7,39% Para o presidente da Abrasel-PE, André Araújo, o setor vem sofrendo desde a reformulação da Lei Seca, em 2012, mas a situação se agravou com a atual crise econômica. A entidade se mobiliza para discutir com os empresários locais sobre as soluções para esse momento. “A crise não vai durar a vida toda. Estamos conversando sobre saídas criativas. Alguns espaços estão aproveitando a infraestrutura para locação de outras atividades, algumas empresas têm aproveitado o quadro pessoal para fazer encomendas para fora, outros ativam serviços de delivery. São alternativas para a crise”, afirma Araújo. Promoção é o prato mais saboroso nos momentos de crise. Alguns estabelecimentos optaram por fazer cardápios completos com valores especiais para atrair a clientela, como foi o caso do Ça Va Bristô. “Precisamos dançar conforme a música. Criamos um menu diferenciado abrangendo entrada, prato principal e sobremesa. O café expresso é a cortesia. Estamos em busca do cliente não só pelo preço, mas focando na qualidade do serviço”, afirma o proprietário Manoel Fernandes Filho. Mesmo em meio à crise, o investimento em mídias, seja impressa ou digital, segue sendo uma das prioridades do empresário. Quem também inovou foi o Mingus, que estendeu sua oferta de menu-confiança, garantindo a movimentação do estabelecimento. “Sempre fui da máxima que em épocas de crise devemos enxergar oportunidades e apostar na criatividade associada a preços atrativos. Há pelo menos três ou quatro anos já vínhamos investindo em menus-confiança durante a noite com opções completas de degustação a preços bastante competitivos. Estendemos essa ação para o almoço e a intitulamos de Noite & Dia. Com ela, conseguimos movimentar bastante as noites da semana e os almoços como um todo, cuja requência sempre foi menor, mesmo antes do atual cenário econômico”, afirma Nicola Sultanum, proprietário da casa. O menu executivo do restaurante é de R$ 39 no almoço (segunda a sexta) e R$ 59 no jantar (segunda a quinta). Seguindo essa tendência de ampliar o horário de atendimento, o Ça Va é outro estabelecimento que passou a abrir em mais um dia na semana. “Enquanto muitos restaurantes fecham nas segundas-feiras, passamos a abrir tanto para almoço como para jantar”. EVENTOS. Os eventos e festivais gastronômicos são outro caminho trilhado pelo setor em tempos de crise. Com essa estratégia, os restaurantes ofertam novos pratos para os seus clientes habituais e se apresentam para uma nova clientela interessada em novas experiências degustativas. O proprietário do Mingus avalia que a promoção de festivais aguçam a curiosidade dos consumidores e permitem aos clientes passearem por outras culturas gastronômicas. Para promover o acesso à alta gastronomia, o estabelecimento se engajou no Recife Restaurant Week desde sua primeira edição. “Já realizamos festivais também com temática por países e investimos para trazer chefs internacionais estrelados pelo Guide Michelin. Esse intercâmbio é muito importante também para otimizar o nosso maior capital: o material humano que orquestra a culinária do restaurante associado a um serviço de excelência nos salões”, explica Sultanum. Neste ano, por exemplo, a Abrasel promoveu o Festival Brasil Sabor, que envolveu 64 participantes no Estado no mês de maio. Associado a ese evento, aconteceram a Copa dos Cozinheiros e a Corrida dos Garçons, que garantiram uma maior exposição de marketing para o segmento no período da campanha. “Os festivais gastronômicos são ótimos para realizar a integração entre o estabelecimento e os consumidores. Através desses eventos acabamos descobrindo um local que não conhecíamos ou um novo prato que nunca tínhamos experimentado”. EFICIÊNCIA. A primeira recomendação do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - para o setor de bares e restaurantes no período de crise é se preocupar com a produtividade e eficiência. Avaliando o momento de pessimismo do mercado, a instituição mapeou desafios a serem superados e as alternativas que podem ajudar as empresas a atravessar o ano sem perdas. Fruto desse estudo, foi publicado o documento Desafios para 2016 - Como os negócios de alimentação fora do lar podem superar a crise. Em paralelo às promoções e eventos que contribuem para aumentar o fluxo de consumidores, o dever de casa, de acordo com o Sebrae, é rever os processos da empresa, observando pontos de melhorias e analisando formas de redução de custo. Essas medidas podem ajudar a melhorar as contas no final do mês. A equação, no entanto, não pode reduzir a qualidade dos serviços prestados sob o risco de fuga da clientela. Uma filosofia adotada pelo proprietário do Kisu, Villa Setúbal e do La Fondue, Beto Mergulhão. Ele diz que o setor vem operando no limite dos preços. “Reduzimos custos que não interfiram na qualidade do produto ou dos serviços. Já temos uma marca no mercado, atuando no ramo há 35 anos. Nossos clientes estão acostumados com o padrão de atendimento que não pode cair”, afirma. Para ele, essa foi a pior crise enfrentada pelo setor na cidade, mesmo comparando com o período de hiperinflação vivido pelo País. “Já passamos por vários momentos de oscilação na economia, essa é mais uma no currículo. Houve uma retração

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Cirurgia de redução de estômago com ajuda de robô

  A cirurgia robótica está sendo utilizada para as operações conhecidas como de redução de estômago (cirurgia bariátrica).  O primeiro procedimento com uso da tecnologia  foi realizado no Hospital Esperança, no mês passado, , pelo cirurgião bariátrico Walter França. A paciente foi uma mulher de 41 anos e a operação foi um sucesso. O procedimento durou 2 horas, tempo que será reduzido nas próximas intervenções com o avançar da prática. De acordo com França, o equipamento é capaz de dar uma visão de 360 graus ao profissional e permite um campo 10 vezes maior da área a ser operada. "Esse avanço tecnológico é de suma importância para Pernambuco. A partir de agora as cirurgias da obesidade com uso da robótica entram numa nova fase. Além de permitir uma recuperação mais rápida ao paciente, reduz as chances de complicações infecciosas por ser um procedimento minimamente invasivo e também reduz o tempo de cirurgia com menos traumas associados", garante o cirurgião. O robô-cirurgião Da Vinci Si HD utiliza tecnologia 3D e permite procedimentos minimamente invasivos com maior precisão e alcance além da mão humana. Além de cirurgias bariátricas, o robô pode ser utilizado em cirurgias  ginecológicas e urológicas, a exemplo da prostatectomia radical (retirada da próstata), para o tratamento do câncer de próstata. Uma das vantagens é que reduz o risco de efeitos colaterais como a disfunção erétil (impotência) e incontinência urinária. As incisões também são menores, por isso, o paciente recebe alta em 24h a 48h, em média, e pode retornar às atividades em duas semanas.. Entre a aquisição do robô e o treinamento da equipe – realizado no Da Vinci Training Center – INSIMED, centro de excelência para América Latina, em Bogotá, na Colômbia – a Rede D'Or São Luiz investiu R$ 15 milhões. A previsão do Hospital Esperança Recife é que nos primeiros meses sejam realizadas 30 cirurgias por mês nas diversas áreas e que ao final de um ano, esse número ultrapasse os 50 procedimentos mensais.          

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Meireles não descarta aumento de impostos

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que, se as previsões de receita não se confirmarem, o governo não descarta “aumentos pontuais” de tributos para equilibrar as contas públicas e garantir que o déficit não ultrapasse os R$ 170,5 bilhões previstos na meta fiscal. A informação é da Agência Brasil. Até o dia 31 de agosto, a área econômica vai analisar o crescimento das receitas públicas, previsto para ocorrer neste ano e em 2017, e o possível ingresso de recursos com privatizações, concessões e outorgas. “Vamos fazer a previsão e se necessário, sim, faremos aumentos pontuais, mas apenas se necessário, porque é possível que não seja necessário”, disse o ministro após participar de seminário na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da capital fluminense. Segundo Meirelles, o governo ainda não definiu quais seriam os setores atingidos pela eventual elevação de tributos. O ministro espera que a proposta de emenda à Constituição que cria um teto para os gastos públicos seja aprovada pelo Congresso ainda este ano e que a queda na arrecadação seja revertida nos próximos meses, para retomada do crescimento da economia. Estados Meirelles destacou compromisso do governo com o cumprimento da meta de déficit de R$ 170,5 bilhões para este ano, mas disse que, se houver uma folga, a União poderá cobrir parte do deficit dos estados. O apoio aos estados, segundo o ministro, só ocorrerá em caso de evolução das receitas públicas nos próximos meses e da confirmação de expectativas para a previsão de gastos obrigatórios com alguma sobra na meta. “Caso, de fato, o fundo do poço já tenha sido atingido, caso como os indicadores antecedentes indicam, tenhamos uma recuperação da atividade nos próximos meses; caso haja uma recuperação da receita e neste caso haja uma folga – o que depende de fato de uma recuperação forte da economia – é possível, aí sim nós usaremos desta provisão legal, que diz: o governo federal pode, em caso de folga, compensar o aumento de um deficit dos estados. Pode. Não há compromisso e nem deve ser assim porque não está sob controle estrito do governo federal”, ponderou. Segundo Meirelles, o único compromisso expresso do governo é com o cumprimento da meta. “Não haverá, como houve várias vezes, em passado recente, mudança na meta do governo federal.” O ministro destacou a negociação da dívida dos estados com a União e disse que o mais importante é que os estados se comprometeram com um teto de gastos para os próximos 20 anos e com a suspensão de concessão de reajustes salariais para servidores estaduais por, pelo menos, dois anos.

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Jairo Bouer faz palestra no Recife

Psiquiatra e autor de livros - que trabalha com prevenção e sexualidade dos jovens - Jairo Bouer fará palestra sobre Impactos da Tecnologia na Saúde e Emoção dos Jovens. O encontro acontece hoje, às 19h30, no campus Boa Vista da Faculdade dos Guararapes (FG),  integrante da rede internacional de universidades Laureate. Voltado a profissionais da área de saúde, educação e do comportamento humano, estudantes e interessados no assunto, o encontro é aberto ao público e inicia às 18h, na Avenida Governador Carlos de Lima Cavalcanti, 110, no Derby. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas antecipadamente pelo telefone: 3033.8402.    

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Cervejas com mel, uma experiência que vale a pena (Por Rivaldo Neto)

Lembra de Robin Hood? Do simpático Frei Tuck? Se você lembra vai lembrar ainda mais que em meio a uma ou outra batalha contra o Xerife de Nottingham, o simpático monge entornava canecas e mais canecas de uma bebida produzida por ele. Mas que bebida era essa? O Mead, como chamam alguns, um fermentando alcoólico variado do mel, muito similar ao Hydromel. O mel é uma mistura complexa de açúcares, como a glicose (cerca de 30%) e frutose (40%), água (18%) e outras substâncias como carboidratos, proteínas e aminoácidos. A inclusão do mel em bebidas é ancestral. Esse estilo vem sendo cada vez mais resgatado por produtores de cerveja da Inglaterra, Irlanda e até pelos franceses na Bretanha. Os efeitos ao adicioná-lo a cerveja é que o mel é tão fermentável quanto o açúcar e que gera uma cerveja mais seca, aumenta a quantidade de álcool, mas mesmo assim causa uma sensação alcoólica mais suave se comparada ao açúcar comum. Com isso o mel também acrescenta notas sutis de florais dando mais aroma à bebida, isso se dá devido aos vários pólens e néctares utilizados pelas abelhas em sua produção. Das cervejas importadas, a inglesa Honey Dew, da Fullers, é um verdadeiro deleite. Primeiro que é uma cerveja orgânica, turva,levemente picante, em que logo no primeiro gole o mel aparece. Os maltes e o lúpulo acrescentados tornam essa cerveja uma das melhores. Tem uma variação alcoólica de 5%Vol e é vendida em garrafas de 500ml. Devido a tudo isso a Honey Dew é a cerveja orgânica mais consumida pelos ingleses. Ao servi-la deve-se sempre mexer a garrafa em movimentos circulares no final para que os insumos orgânicos e o mel se misturem mais, proporcionando uma gratificante experiência. Uma outra opção de cerveja com mel também vem da Inglaterra e chama-se Waggle Dance, da cervejaria Wells. O nome é um curiosidade, pois trata-se de uma dança praticada pelas abelhas quando descobrem uma nova fonte de néctar. Uma cerveja igualmente saborosa, leve, de cor âmbar, com leves notas de mel e amargor na medida certa com os seus 5,2%Vol em garrafas de 500ml. A cervejaria americana Rogue Ale produz a Rogue Farms 19 Original Colonies Mead, um nome tão exótico quanto a experiência que você irá embarcar. A pedida é interessante tanto que na sua produção foram postos leveduras de champagne. Corpo bem leve, carbonatação baixa e boa drinkability em garrafas de 650ml. Aroma é o que não falta, florais mais ainda, nada mais lógico, pois estamos falando do que mais se assemelha ao hydromel. No mercado nacional, a cervejaria Colorado, recém adquirida pela Ambev, produz a Appia, que é uma cerveja de trigo com mel de laranjeira em garrafas de 600ml. É uma cerveja amarela escura, turva, ligeiramente doce e que harmonizada com uma torta de chocolate amargo dará o tom certo de amargor e o doce. Uma experiência que deliciosamente vale muito a pena. *Rivaldo Neto é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas rivaldoneto@outlook.com

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Xô, cabileira

Houve um tempo - sombrio tempo, saliente-se - em que as paredes de Pernambuco eram tomadas pela mensagem Xô, cabilera, parida como que a fórceps, em português capenga e de gosto deplorável. Era endereçada ao candidato Marcos Freire, que, segundo indicavam as pesquisas, era o virtual vencedor da eleição que se avizinhava, para governador de Pernambuco. Era preciso derrotar o esquerdista Marcos Freire, pois, não importando os meios. Na guerra, tudo é válido, certamente avaliavam, para afastar qualquer resquício de consciência. A cada dia mais a luta se acirrava, como se fossem batalhas campais travadas no campo aberto da opinião. A indignidade, por seu turno, atingia o ponto de superlativa baixeza, ao se forjar o que buscava ser o flagrante de um encontro clandestino da esposa do candidato, dona Maria Carolina Vasconcelos Freire, com o então deputado federal Fernando Lyra, destacado membro do estado-maior da campanha do amigo Marcos Freire. Da farsa resultara uma ultrajante montagem fotográfica do casal desnudo, em um motel brasiliense. A vilania foi tanta que, mesmo integrantes da campanha do adversário, censuraram veementemente aquela calhordice. O próprio candidato, Roberto Magalhães, um homem digno, extremamente irritado com aquele procedimento ameaçou retirar seu nome do pleito, caso a prática criminosa, atribuída ao Serviço Nacional de Informações SNI, não fosse abandonada. Eram inaceitáveis as ofensas à honra do seu principal adversário, que, como ele, também era professor da Faculdade de Direito do Recife. Mas por que tanta vilania? - há que se perguntar. A resposta é simples: Marcos Freire era um líder nato e, na época, o poder estabelecido não acreditava dispor àquela altura de um nome capaz de arrostá-lo. Tinha. Tanto que, com a colaboração do voto vinculado, o eleito foi Roberto Magalhães. O tal voto vinculado só era válido se dado a um mesmo partido ou coligação, de vereador a presidente da República, passando por prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.O resultado foi que Roberto Magalhães, ainda que anteriormente em desvantagem, elegeu-se governador com 909.962 votos, contra 814.447 de Marcos Freire. Mas quem foi Marcos Freire? Em linhas gerais, foi advogado, professor e importante político brasileiro, tendo como tal exercido os mandatos de deputado federal e senador por Pernambuco. Mas não foi só isso. Ele foi mais, muito mais. Qualificado intelectualmente, bem-apanhado pessoalmente e comunicador eficiente, não lhe foi difícil estabelecer uma parceria de sucesso com a vida. Tal sucesso, contudo, não veio embalado em um pacote de presente. Em 1950, Marcos Freire ingressou na Faculdade de Direito do Recife, e ali, cinco anos depois, bacharelou-se. Naqueles cinco anos começou a ser moldado não só o advogado mas, também, o político brilhante, já que ele participava ativamente da política estudantil. Sua vida pública, aliás, teve início naquele tempo, como oficial de gabinete do então prefeito Pelópidas Silveira. Dali em diante, foi uma vida de conquistas. Foi Secretário de Assuntos Jurídicos e, depois, de Abastecimento e Concessões da Prefeitura do Recife, cargo que ocupou até o movimento militar de 31 de março de 1964. Como era filiado ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e naquela quadra da vida brasileira isso não era exatamente uma credencial, perdeu seu lugar. Elegeu-se prefeito de Olinda pelo MDB, quando obteve mais do que a soma dos votos dos outros dois candidatos por sublegendas do partido do governo, no entanto, fruto de uma atitude coberta de brio, renunciou ao cargo, pouco antes da posse, em repúdio à cassação do mandato do vice-prefeito eleito, Renê Barbosa. Era o funesto AI-5 mostrando a que viera. Entristecido com aqueles tempos, resolveu voltar-se para o magistério universitário, tornando-se professor na Faculdade de Ciências Econômicas. Ademais foi professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, onde se graduara e ensinou também na Escola Superior de Relações Públicas de Recife. Em 1970, porém, não resistindo à vocação, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, quando teve a maior votação do Estado. Orador com dotes excepcionais, logo ele chamou a atenção da imprensa para a contundência dos seus discursos não só sobre assuntos institucionais, mas igualmente em defesa das parcelas da sociedade que não podiam expressar livremente suas opiniões, como os artistas, dramaturgos, escritores e jornalistas. A campanha de Marcos Freire ao Senado, por seu turno, em 1974, foi a mais marcante ocorrida em Pernambuco durante o ciclo militar. Com sua oratória fácil, seu magnetismo e o seu poder de persuasão, ele conquistou eleitores em todo o Estado, com o slogan “Sem ódio e sem medo”. Conquistou 605.953 votos, contra 478.369 votos do adversário, o candidato apoiado pelo governador Francisco de Moura Cavalcanti e os ex-governadores Etelvino Lins, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Paulo Guerra e Nilo Coelho. Vencera uma fortíssima estrutura de conquista de votos. Adicionalmente, além de jovem, carismático e simpático, o concorrente fora um político de 76 anos, chamado João Cleofas de Oliveira. Além de viver no Rio de Janeiro, Cleofas de Oliveira já havia perdido três eleições para o governo de Pernambuco, primeiro para Agamenon Magalhães, depois para Cordeiro de Farias e em seguida para Miguel Arraes, o que lhe valera o incômodo apelido de João Três Quedas. Lado a lado com a personalidade afável, porém, caminhava um homem movido pelo inconformismo, levando-o a formar, quando deputado, o grupo dos autênticos do MDB, uma ala mais à esquerda do partido. Lutou, e saiu vencedor, pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte, pela anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, pela eleição direta em todos os níveis, pela reforma agrária e pelo fim da censura aos órgãos de imprensa. Um dia, no entanto, e sempre chega um dia, Marcos Freire e a política se divorciaram. Ele se tornou presidente da Caixa Econômica Federal, e depois ministro da Reforma Agrária, no Governo José Sarney. Exerceu o. cargo por pouco tempo, de 4 de junho a 8 de setembro de 1987. Eram muitos os planos para fazer a tão sonhada reforma agrária - afinal era assunto do ministério de que ele era o titular - mas a indesejável das

Xô, cabileira Read More »