Arquivos Urbanismo - Página 19 de 93 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Urbanismo

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Suape entrega planos de mobilidade urbana para Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém

Ontem (03), foram entregues aos representantes do executivo dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém os documentos elaborados ao longo de 12 meses. Durante esse período, foram realizadas diversas audiências públicas e ações de diagnóstico dos tecidos urbanos estudados, resultando em várias propostas para melhorar a mobilidade nas áreas centrais das cidades. O objetivo principal foi garantir o bem-estar tanto da população local quanto dos visitantes. Os Planos de Mobilidade de Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém, cidades localizadas no território estratégico de Suape, propõem diversas melhorias para a infraestrutura urbana, incluindo a instalação de faixas de pedestres humanizadas e coloridas em áreas de tráfego intenso, a construção de calçadas amplas e acessíveis, a colocação de totens indicando equipamentos públicos, ciclovias nas áreas comerciais e de serviços, e pontos de ônibus com telhado verde e rede de internet wi-fi. A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica firmado entre a estatal e as prefeituras, com o objetivo de apoiá-las no planejamento de curto, médio e longo prazo para a melhoria do fluxo viário, reestruturação dos modais de transporte coletivo e acessibilidade. Essa parceria com os municípios do território estratégico de Suape está prevista no Plano Diretor 2035 da estatal. A estatal pernambucana investiu R$ 860.000,00 com recursos próprios nessa iniciativa.

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Outros olhares do Recife, nas lentes de Tales Pedrosa

*Por Rafael Dantas A imagem acima ilustrou o cartaz do I Simpósio de Estudos sobre o Recife: Repensando a cidade, que aconteceu no mês passado. O registro é do historiador Tales Pedrosa**, que apresentou no dia de lançamento do evento uma série de outras fotografias que relatam essa metrópole sob outros olhares e contrastes. Os prédios históricos dividindo a paisagem com o precário e com os populares na sua sobrevivência diária pelas ruas. Um tecido urbano e humano. São instantes que revelam reflexões sobre o espaço e principalmente acerca de quem vive nele. O evento promovido pelo RecLab (Laboratório de Estudos e Ensino sobre o Recife), que ocorreu na UFRPE e tinha um caráter acadêmico, reuniu não apenas pesquisas, mas representantes de várias instituições e movimentos que atuam na região metropolitana do Recife. A história, o presente e os insights para o futuro da cidade foi tratado pelas diversas vozes presentes no evento, sejam da universidade ou não. É nesse contexto que as imagens de Tales Pedrosa dialogam com várias temáticas que perpassam pela habitabilidade na RMR. Publicamos abaixo o texto lido pelo geógrafo Tales Pedrosa no simpósio e algumas dessas imagens que dialogam com as reflexões e contradições dessa cidade que encanta pela sua memória e beleza, ao mesmo tempo que expõe de forma muito crua as cicatrizes da desigualdade social e econômica. A cidade é um imenso texto que precisa ser lido, interpretado Quando iniciei esse texto que apresenta e narra um pouco sobre minhas fotografias, lembrei de uma citação de Sandra Pesavento que diz assim: “os estudos de uma história cultural urbana, se aplicam no resgate do discurso, imagens e práticas sociais de representação da cidade” . A cidade é um imenso texto que precisa ser lido, interpretado. Nosso trabalho aqui é coletar e costurar esses fragmentos de representações sobre o espaço. Para isso, é preciso que entendamos que a cidade é uma prática empírica, pessoal e intransferível. É um espaço repleto de contradições, sociais, urbanísticas, entre várias outras. Por isso, é possível dizer que cada habitante vive em uma cidade diferente, a cidade muda de acordo com seus círculos sociais e com suas experiências. Portanto, vivemos uma cidade que é, simultaneamente, única e múltipla, ou como traz o título, uma multicity. A transição entre essas múltiplas cidades não envolve uma viagem, mas uma simples troca de elementos. Cada elemento escolhido, cada porção que compõe o todo, possibilita novas oportunidades de análise, novos olhares. O encontro (o confronto) com a cidade ocorre quando estamos em um lugar desconhecido, por isso é necessário que a gente se faça de estranho à própria cidade em que vivemos. Justamente para que possamos enxergar o “novo”, aquilo que só percebemos quando escovamos a história a contrapelo. O espaço urbano é algo de extrema complexidade em que se manifestam uma intrincada série de fenômenos de interação. As imagens que se produzem desse ambiente são o resultado de um processo que envolve tanto o meio, quanto aqueles que por ali circulam, por isso tais imagens podem variar de forma significativa a partir da perspectiva de diferentes observadores, que por sua vez, selecionam, organizam e dotam de sentido aquilo que observam. Existem lugares ou momentos em que devemos levantar o nosso olhar, dirigir os olhos para baixo, buscar outras cidades dentro da cidade. Esse espaço esvaziado ou cheio de pessoas revela e esconde uma infinidade de elementos. Andamos “automaticamente” pelas ruas, presos em nossos problemas, não observamos o entorno, a pressa e a poluição visual vão embaçando a vista e acabamos mergulhados numa espécie de limbo. As coisas passam despercebidas. As cidades nos possibilitam um sem-número de estímulos, são monumentos, prédios, intervenções urbanas que cruzamos a todo momento em nossos deslocamentos. É importante experienciar a cidade com os sentidos mais aflorados, tentar desbravar a floresta de símbolos de que a cidade é composta. Para finalizar, gostaria de citar Italo Calvino, onde ele diz “de uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas” (CALVINO, 1990, p.44). Não podemos dizer que um aspecto da cidade é mais verdadeiro, importante que outro; são pontos de partida para a investigação que cada pesquisador pretende realizar. Cada vez que observamos, novos elementos surgem, novas perspectivas que nos fazem conhecer e reconhecer a cidade. Então, a partir daí, surge uma nova cidade. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com) **Tales Pedrosa é mestre em história pela UFRPE e fotógrafo (https://www.instagram.com/taleslpedrosa)

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Construtora Haut investe em restauração de casarão do século XIX

A construtora Haut investiu na revitalização do casarão do século 19 localizado na Rua do Chacon, no Poço da Panela. O imóvel antigo existente no local abriu as portas para ser a sede da empresa, um local cheio de memórias afetivas que abriga não só um espaço de trabalho, mas um ambiente para se conectar com a história da cidade. O processo de restauração durou cerca de dois anos, e foi feito em parceria com Roberto Araújo, professor de restauração da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que tem servido também para visitação de pessoas interessadas, principalmente estudantes, na conservação do casarão.

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"É preciso começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero no transporte público"

Coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) quer ampliar o debate sobre a gratuidade do transporte público, que há anos vem perdendo passageiros. Ele também analisa as experiências já existentes em cidades brasileiras e do exterior. A gratuidade do transporte urbano público é uma pauta que aos poucos começa a ser mais debatida e a ganhar uma gama maior de defensores. Estopim que levou, em 2013, uma multidão às ruas insuflada pelo Movimento Passe Livre, numa das maiores manifestações de protesto na história recente do País, a tarifa zero já é realidade em 67 cidades brasileiras. No segundo turno das eleições no ano passado, a experiência escalou para mais de 300 cidades que adotaram a gratuidade para facilitar o acesso dos eleitores às urnas. A medida expôs o tamanho da demanda reprimida. Segundo dados da Urbana-PE, no Grande Recife, o número de passageiros nesse dia da votação aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Desde o fim da primeira década dos anos 2000, o transporte público tem perdido passageiros que não dispõem de recursos para pagar a passagem. Situação que se agravou com a pandemia, afetando financeiramente as empresas do setor. “O sistema baseado na tarifa está completamente falido”, sentencia Rafael Calábria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele mostra a viabilidade da passagem gratuita e explica a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade) feita pelo Idec, que propõe um sistema integrado em todo o País, gratuito e acessível a todos os brasileiros. Qual é a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade)? A ideia central é que o setor de transportes passe a ser tratado como uma política pública, passe a ter um sistema de governos que apoiem os municípios na execução das políticas de mobilidade. Hoje cada cidade faz seus próprios sistemas, umas têm órgãos, outras têm autarquias, uma a secretaria executa, outra faz a concessão de um jeito, outra, de outro. Algumas, como no Recife, fazem um consórcio metropolitano. Mas falta uma estruturação do Governo Federal e dos estados para apoiar a mobilidade com mais recursos, com mais capacidade técnica, com treinamento para as equipes para termos uma melhoria na qualidade dos transportes no País. Os municípios, muitas vezes, não têm capacidade para gerir o tanto quanto é preciso no setor com recursos. A mobilidade urbana transpassa os limites municipais. Então, é natural ela seja tratada em ambientes regionais com debates entre estados que sejam mais amplos do que é feito hoje nas cidades. Quais os problemas que vocês detectam na mobilidade? Para quem caminha ou anda de bicicleta existe uma falta de estrutura tremenda, as calçadas são ruins, as ciclovias são incompletas, os gestores municipais não são atualizados para debater esse tema, há uma política de corte de custos e não há investimentos nessa infraestrutura. Para o transporte coletivo também falta infraestrutura, não temos metrôs nem corredores de ônibus suficientes, os pontos (paradas) não são adequados, os terminais são antigos. Quanto aos ônibus, geralmente, o tempo de espera é muito longo para o cidadão, existe alta lotação e são caros, porque é um sistema que depende da tarifa para se bancar. Os empresários acabam direcionando para onde é mais rentável, para avenidas mais centrais, para os horários de pico, e reduzem a frota. Com isso aumenta o tempo do intervalo de espera e a lotação. Por isso é necessário apoio técnico e financeiro para que o sistema não dependa da tarifa. A tarifa zero no transporte público já é realidade em 67 cidades no País. Ela também está prevista no SUM? Assim como o SUS é um sistema de saúde universal e gratuito, defendemos o mesmo para a mobilidade. Mas esse debate no setor está muito mais atrasado do que na saúde. O que defendemos é que precisam começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero. Precisamos mudar os contratos, parar de depender da tarifa, fazer os pagamentos por quilômetro, ou por custo ou por qualidade, buscar fontes de financiamento para poder baratear a tarifa e dar uma estabilidade de receita para o sistema de modo a que a frequência possa ser boa. Assim, vamos criando uma cultura para o governo participar mais desse sistema, para que mais cidades possam adotar a tarifa zero. Hoje ela existe exclusivamente em cidades pequenas. Como possuem um sistema mais simples, elas conseguem ter mais facilidade. Nas cidades maiores é mais complexo, elas têm um sistema também de trilhos, como metrôs e trens, há uma relação com cidades vizinhas. Existe uma rede muito mais cara e complexa. Então, a fonte de financiamento é importante para esse debate. O que é urgente é que a cidade comece a debater o tema, porque o sistema baseado na tarifa está completamente falido. Como são as experiências nas cidades que adotaram a tarifa zero? No Brasil, a maior parte das cidades que implantaram são pequenas e recorrem ao orçamento do município. O que alguns prefeitos alegaram é: como eles têm que pagar o vale-transporte de quem é servidor da prefeitura, eles já têm um gasto com isso, então o impacto da tarifa zero não é tão grande no orçamento. O exemplo mais relevante e organizado fora do Brasil, eu diria, é o francês, porque eles modificaram o vale-transporte. Em vez de a empresa pagar o valor para o funcionário que usa ônibus e/ou o metrô, a empresa recolhe o valor que vai para um fundo federal que barateia todo o transporte no país. Mas há ainda uma parte que é usada do orçamento. Defendemos aqui no Brasil essa possibilidade de mudança do vale-transporte. Há um debate bem avançado disso. Existem fontes que já foram debatidas como a CID da gasolina, em que se cobraria dos usuários de carros, que é uma política positiva já que os automóveis é que geram trânsito, eles são da política universal e é bem mais caro ter acesso ao carro. Têm sido debatidas outras fontes,

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Painel Bicicletario RafaMattos Credito Marcos Filho

Rafa Mattos assina painel que celebra o Dia Internacional do Ciclista

Para celebrar o Dia Internacional do Ciclista, comemorado neste sábado (15/4), o Plaza Shopping inaugura painel temático assinado pelo designer, artista plástico e ciclista Rafa Mattos, conhecido por suas pinturas do Plante Amor, Colha o Bem.  O painel tem cerca de 21 metros e faz parte das comemorações do aniversário do shopping, que completa 25 anos no mês de setembro. “Como morador da Zona Norte, trouxe para minha arte um passeio de bicicleta, das Graças, onde moro, até o Plaza Shopping, passando pela Ponte D’Uchôa, Jardim do Baobá, Jaqueira, ali na beira do Capibaribe, e claro, passando pela Praça de Casa Forte. Nesse passeio eu não poderia deixar de mostrar pequenos detalhes que fazem o dia a dia do bairro e fazer uma homenagem especial aos ciclistas. Ela é, além de tudo isso, um convite para vivermos mais a vida ao ar livre”, explicou Rafa Mattos. Segundo Jakeline Soares, coordenadora de responsabilidade socioambiental do Plaza, o objetivo é dar uma nova vida para o bicicletário do shopping. “Queremos transformar o local retratando, através de um mural, o bairro e a Zona Norte como um todo, explorando a natureza da região, a presença do shopping, a bike e o ciclista como protagonistas”.

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Jardim Poco

Prefeitura do Recife anuncia complexo de lazer, esporte e saúde na Zona Norte

A Prefeitura do Recife anunciou hoje (11), no Diário Oficial, a desapropriação de um terreno de 12 mil m² às margens da Avenida 17 de Agosto para a construção do Jardim do Poço. O novo espaço público irá preservar 69% de área verde e contará com quadras de esportes, pista de cooper, mobiliário infantil para a Primeira Infância, Parcão e espaço para idosos, além de uma Academia da Cidade. O equipamento vai se conectar com o Jardim Secreto, um espaço que foi transformado há quase 6 anos por um coletivo de voluntários. As obras serão iniciadas no primeiro trimestre de 2024 e serão executadas pelo Gabinete de Projetos Especiais da Prefeitura do Recife, órgão responsável por importantes intervenções urbanas da capital como a Orla de Boa Viagem, as novas unidades do Compaz e ainda o Hospital da Criança. De acordo com Cinthia Mello, chefe do Gabinete de Projetos Especiais, o novo espaço foi pensado prioritariamente para o público idoso, sempre objeto de cuidado por parte da gestão. “A ideia do projeto é que seja um equipamento misto onde o idoso possa encontrar um local para prática de esportes, mas também possa desfrutar da companhia de pessoas das mais diversas idades, então o uso misto garante também essa socialização”, afirma. 

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transnordestina pernambuco trilhos

Francisco Cunha: "Pernambuco perder a Transnordestina é inaceitável"

Desde que ouvi falar pela primeira vez no projeto da Ferrovia Transnordestina com dois ramais (um indo até o Porto de Suape em Pernambuco e o outro até o Porto de Pecém no Ceará) fiquei com a forte impressão de que o objetivo oculto do projeto era passar a ferrovia direto para o porto cearense, deixando o pernambucano só a ver navios e, nunca, trens. Quando me perguntavam as razões de minha desconfiança, declinava algumas evidências como os interesses econômicos dos controladores da empresa concessionária no Ceará e em Pecém ou o fato, inexplicável, de se começarem as obras pelo trecho Trindade-Missão Velha, praticamente todo dentro do Ceará, quando o mais lógico seria que as obras começassem a partir dos portos em direção ao interior, de modo a que pudessem operar ainda sem a malha completa estar totalmente lançada… Todavia, a principal causa de desconfiança era minha velha intuição que, ao longo da carreira profissional, aprendi a respeitar: mesmo quando não tenho evidências materiais ou lógicas consistentes sobre uma determinada questão, mas a intuição me aponta uma direção, terminei descobrindo que em mais de 90% das vezes ela está certa… E a intuição sempre me disse que não havia nenhum interesse real da concessionária (TLSA) em fazer com que o ramal chegasse, de fato, a Suape. Eduardo Campos, quando governador de Pernambuco, certamente também desconfiado das intenções não declaradas dos controladores da empresa concessionária, montou um esquema acelerado de desapropriações que, na prática, impulsionou a construção em direção ao Suape, com os trilhos passando por Salgueiro (onde chegou a operar por um bom tempo, “a maior fábrica de dormentes do mundo”) e chegando até Custódia. Inclusive, salvo engano, chegou a ser construída uma obra bem trabalhosa que foi um túnel para permitir a passagem da ferrovia no meio do vale em que se instalou a cidade de Arcoverde. Depois a construção parou, os encaminhamentos entraram por uma perna de pinto, por uma perna de pato, e quando saiu do outro lado, o ramal pernambucano literalmente sumiu do mapa. As doutas autoridades concluíram que… o ramal não interessava à concessionária… Como se diz por aí: seria cômico se não fosse trágico! O interesse que deve predominar é o de uma concessionária que toca uma obra com a maior parte de recursos públicos ou os interesses nacionais, regionais e de todo um estado da Federação, debatidos há décadas seguidas? Ainda mais com alternativas econômicas sólidas e já negociadas com outros investidores privados que se dispõem até a construir uma ferrovia “paralela” para escoar minério de ferro de uma mina no Piauí pelo ramal pernambucano 100 km mais curto que o cearense? Sem a ferrovia, o Porto de Suape, uma das maravilhas logísticas do Brasil, jamais se consolidará como um porto nacional mas, apenas, como um porto local! Ao contrário dos concessionários, defendo enfaticamente que sejam construídos os dois ramais e não apenas o pernambucano. Vamos construir os dois e deixar que os portos compitam de forma saudável e com as mesmas condições de partida em termos de infraestrutura ferroviária! Não tenho a menor dúvida de que Suape levará a melhor pelas suas vantagens competitivas que não é o caso neste artigo repassar. Talvez seja justamente isso que os que defendem só o ramal para Pecém temam… Pelo exposto concluo que impedir a implantação do ramal pernambucano é um crime de lesa-pátria, lesa-região e lesa-estado! Portanto, simplesmente, INACEITÁVEL! Apelo às autoridades que ajam firmemente para impedir esses crimes! Sinceramente, diante da desfaçatez dos argumentos e das intenções, dá vontade de dizer: “Ah é? Querem passar com os trilhos direto para Pecém, sem levá-los também a Suape? Então, encontrem outro caminho porque por dentro de Pernambuco NÃO PASSARÃO!

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Jardim Monte Verde

Recife é a única cidade brasileira em programa global de incentivo à segurança viária para crianças

(Da Prefeitura do Recife) Street for Kids, da GDCI, referência global em mobilidade urbana, vai investir US$ 20 mil em projeto recifense para ampliar espaços para pedestres e criar um ambiente lúdico para crianças, na Rua Silva Jardim, no Jordão. Entidade é referência global em mobilidade urbana Um trânsito seguro para todas as pessoas protege os mais vulneráveis. Por fazer uma gestão de segurança viária pautada nesse princípio, o Recife foi a única cidade no Brasil contemplada com um incentivo para desenvolver um projeto de segurança viária para as crianças. O “Street for kids”, da Iniciativa Global de Desenho de Cidades (GDCI), instituição de referência global em desenhos de vias, anunciou o incentivo de até US$ 20 mil (mais de R$ 100 mil) para realização do projeto submetido pela Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), que vai adaptar a Rua Silva Jardim, no bairro do Jordão, região periférica da Zona Sul da capital pernambucana. Para viabilizar a implantação da sinalização viária, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) fará o calçamento da via. O projeto será entregue até o final de dezembro de 2023. Até lá, os técnicos da Prefeitura do Recife vão participar de formações para elaboração de novas intervenções. Ao todo, 20 cidades no mundo participaram do projeto com treinamento técnico. Dessas, apenas dez cidades receberam o incentivo. No Brasil, apenas a capital pernambucana foi selecionada. “Cada vez mais cidades ao redor do mundo estão percebendo que precisamos criar ruas para as crianças”, disse Skye Duncan, Diretora Executiva da GDCI. “As 10 cidades selecionadas no programa deste ano têm demonstrado que estão pensando estrategicamente neste trabalho com vontade política e liderança para mudar essa realidade”, pontuou. Construído em parceria com a comunidade, o projeto que recebeu o incentivo do Programa Street for Kids será implantado até o final de 2023 na Rua Silva Jardim, no bairro do Jordão. "O nosso objetivo nessa área é, principalmente, melhorar a experiência de crianças e dos cuidadores no acesso à escola e aumentar a oferta de espaços de permanência e de brincadeira para que as crianças tenham uma vivência mais intensa da cidade", explica a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Atualmente, na Rua Silva Jardim, no bairro do Jordão, não possui calçamento, nem espaço de permanência ou de convivência. O projeto vai realizar o calçamento da via com uma ampliação de espaços para pedestres e, ainda, um ambiente lúdico para crianças, guiando os estudantes no caminho das escolas, localizadas nesta via. Calcula-se, que, no horário de pico da via, que é durante a entrada e saída de duas escolas municipais, principais pontos de interesse da região, são beneficiados uma média de 1.200 pedestres, a maioria deles, crianças. DADOS SOBRE SEGURANÇA VIÁRIA - O incentivo à mobilidade ativa desde a infância tem sido uma demanda cada vez maior nos espaços urbanos. De acordo com informações da GDCI, pelo menos 500 crianças morrem diariamente em sinistros de trânsito. A segurança viária é um problema de escala global. Na faixa etária entre 5 e 29 anos, sinistro de trânsito já é a principal causa de morte no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em média, a cada 25 segundos, uma pessoa morre por sinistro de trânsito no mundo, o que representa, aproximadamente, 1,35 milhão de mortes por ano em todo o globo. Os dados da OMS mostram que os países subdesenvolvidos têm uma média de 27,5 mortes a cada 100 mil habitantes. Já nos países de alta renda, o número cai para 8,3. Isso indica que a segurança viária é, também, um indicativo de desigualdade social. No Recife, a média é de 5,3 mortos por 100 mil habitantes, menor que outras cidades da América Latina, como Quito, capital do Equador, que tem a média de 7,7, e Bogotá, capital da Colômbia, que tem 5,9. VIDAS SALVAS NO TRÂNSITO – O Recife tem implantado diversos projetos para fazer das ruas espaços mais seguros para crianças, isso levou à redução de 30% das crianças entre 0 e 9 anos feridas no trânsito entre 2020 e 2021 e, ainda, tornou o trânsito mais seguro para todas as pessoas, reduzindo em 18% o número de vítimas fatais neste mesmo período. O uso de urbanismo tático para redistribuição do espaço urbano, ampliação de áreas de convivência, criação de espaço para pedestres e redução de velocidade média da via foi aplicado em áreas como Jardim Monte Verde, no Ibura, Rua da Palma, no bairro de Santo Antônio, Rua das Oficinas, no Pina, e, ainda, no Largo Dom Luiz, na entrada do Morro da Conceição.

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Farjado

I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva será realizado no Recife

Organizadores acreditam na colaboração do urbanismo social para a construção de cidades justas, inclusivas e sustentáveis. Sérgio Fajardo (foto acima) , ex-prefeito de Medellín, será um dos palestrantes. Recife vai sediar o I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva, que acontecerá de 09 a 12 de maio de 2023, em diversos espaços da cidade. O evento reunirá especialistas em urbanismo social de diversas regiões do país, lideranças populares, gestores públicos e trabalhadores de órgãos do terceiro setor, consultorias, negócios sociais, dentre outros. Durante o evento, serão discutidos temas relevantes para o urbanismo social no Brasil, como a existência de problemas relacionados ao déficit habitacional, as altas taxas de violência urbana nas cidades brasileiras, a questão da violência de gênero e contra a população LGBTQIA+, o racismo e a desigualdade de acesso a serviços básicos e oportunidades que as urbes podem e devem oferecer, inclusive numa dimensão subjetiva da vida social. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link https://www.even3.com.br/encontro-brasileiro-de-urbanismo-social/ Entre os nomes confirmados para o encontro estão Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín/Colômbia, Sérgio Fajardo, ex-prefeito de Medellín, Carmen Silva, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de São Paulo (MTST/SP), Katia Mello, copresidente da Diagonal, Aline Cardoso, secretária de Trabalho e Qualificação de São Paulo, Gustavo Leal, especialistas em Segurança Cidadã do PNUD/Uruguai, Tomas Alvim, coordenador do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper/SP, Tadeu Alencar, secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, e de Paula Mariano, subsecretária de Integração Social e Habitat do Instituto de Habitação do Ministério do Desenvolvimento da Argentina. A iniciativa tem como objetivo disseminar o conceito do urbanismo social, reunindo os diversos agentes produtores do espaço público para fortalecer o debate e as agendas em torno da construção de uma sociedade socialmente justa, discutindo experiências exitosas ou não. “O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social surge da necessidade de, a partir da atuação comprometida com agendas urbanas, atingir a redução das desigualdades a partir dos conceitos do Urbanismo Social, que é considerado uma ferramenta de transformação territorial”, afirma Paulo Moraes, coordenador da Rede Brasileira de Urbanismo Social e um dos organizadores do encontro. O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social será realizado no Recife em função de a cidade ser um espaço de iniciativas do poder público, de organizações do terceiro setor e da sociedade civil, balizadas pelos princípios do urbanismo social como estratégia de redução das desigualdades sociais nos seus territórios. "Estamos muito empolgados com a realização deste encontro, que trará discussões importantes sobre o urbanismo social no Brasil. É fundamental debatermos as desigualdades sociais existentes em nossas cidades e trabalharmos juntos para reduzi-las. Esperamos receber muitas pessoas engajadas nessa causa", comenta Letícia Canonico, coordenadora da Rede Brasileira de Urbanismo Social e analista de projetos sociais da Diagonal. "O urbanismo social tem se mostrado uma importante estratégia para a redução das desigualdades sociais nos territórios urbanos. É importante que gestores públicos discutam soluções possíveis para os problemas urbanos que afetam a maioria da população brasileira", destaca Denis Pacheco, coordenador da Rede Brasileira de Urbanismo Social e um dos organizadores do encontro. O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva está sendo realizado pela Rede Brasileira de Urbanismo Social e pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES). O Encontro recebe ainda o patrocínio da Prefeitura do Recife, Diagonal Empreendimentos e Gestão de Negócios, Viana & Moura e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Programação   09/05/2023 - às 18h30 Local: Auditório do Museu do Cais do Sertão - Palestra de Abertura com Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín/Colômbia 10/05/2023 - 09h00 às 12h00 Local: Auditório G1/G2 UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco Mesas Temáticas  10/05/2023 - 14h00 às 18h00 Oficinas temáticas Local: Recife Antigo (espaços diversos)  11/05/2023 - 09h00 às 18h00 Local: Auditório G1/G2 UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco Mesas Temáticas  12/05/2023 - 09h00 às 12h00 Local: Visitas aos territórios - Compaz Governador Eduardo Campos; Ilha de Deus; Porto Digital, Comunidade do Pilar, Morro da Conceição. Serviço O que: I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva Quando: 09 a 12 de maio de 2023 Onde: no Recife (PE), em diversos espaços da cidade Inscrições gratuitas: https://www.even3.com.br/encontro-brasileiro-de-urbanismo-social/

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Sancionada lei que cria a CONVIVA Mercados e Feiras

(Da Prefeitura do Recife) Legislação faz parte do processo de modernização do gerenciamento dos mercados públicos e feiras livres no Recife Instituída pela lei 19.036, sancionada no último dia 31 de março pelo prefeito João Campos (PSB), a CONVIVA - Mercados e Feiras Autarquia Municipal será responsável pelo gerenciamento e manutenção de feiras e mercados públicos no Recife. A legislação altera o nome da Autarquia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB) e faz parte de uma série de investimentos que estão sendo realizados pela gestão para modernizar os centros de comércio popular. Além da mudança de nome, também estão sendo investidos mais de R$ 30 milhões em obras anunciadas com a CONVIVA. "Trata-se da reafirmação do nosso compromisso com a transformação dos mercados e feiras públicas em espaços melhores para os comerciantes e frequentadores. Junto a isso, estamos dando seguimento a obras importantes de requalificação, como as do Mercado de Nova Descoberta e da Feira de Roda de Fogo, a do Mercado de São José, além do anúncio que foi feito da requalificação do Pátio de Feira de Casa Amarela", explicou o diretor-presidente da CONVIVA, Gabriel Leitão. As intervenções do CONVIVA incluem a requalificação do Mercado de Nova Descoberta e a reestruturação do Mercado de Beberibe, obras no Pátio de Feira de Cais de Santa Rita, nas feiras de Nova Descoberta e Feira Nova de Afogados, no pátio de Feira de Casa Amarela e de Roda de Fogo, além de intervenções no Mercado da Boa Vista e a requalificação do Mercado de São José. Além disso, serão intensificadas ações de manutenção preventiva e corretiva realizadas pela autarquia, e ações em parceria com outros órgãos e instituições. “Todas essas ações fazem parte de um convite para que as pessoas vivenciem, convivam, experimentem e consumam nesses espaços públicos tão importantes histórica e culturalmente para o Recife. Podemos adiantar também que já foi publicada a licitação do projeto de requalificação e recuperação estrutural do Camelódromo. É um espaço que precisa de uma atenção especial, tendo em vista a importância dele para a região”, complementou Gabriel Leitão.

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