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Cinema: Diretora de arte, Séphora Silva fala sobre os desafios da profissão em Pernambuco

As belas imagens de alguns filmes às vezes chamam mais atenção que a própria história que está sendo contada. Produções como O Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson, com sua fotografia e cenários por demais coloridos e marcados principalmente pelo uso da cor rosa, enchem os olhos de qualquer espectador, inclusive dos menos atentos. Isso se deve ao trabalho de um profissional de grande importância para o processo de produção de um filme: o diretor de arte. Pernambuco tem nomes de peso que se destacam na função, como Thales Junqueira (Aquarius, Divino Amor) e Renata Pinheiro (Hotel Atlântico, Zama). Para falar sobre as alegrias e desafios relacionados à profissão, conversei com Séphora Silva, outro importante nome relacionado à direção de arte e cenografia no estado. Arquiteta de formação, trabalhou no drama dirigido por Tuca Siqueira, Amores de Chumbo, história que tem como pano de fundo o período da Ditadura, e, recentemente, no filme de horror Recife Assombrado, de Adriano Portela.   O que te levou a trabalhar com direção de arte? Foi o acaso. Eu já era arquiteta e conheci uma produtora de Recife que me apresentou esse mundo desconhecido dos bastidores do cinema- porque cinéfila eu sempre fui. Ela me convidou para ser assistente de arte num curta (Maracatu, Maracatus de Marcelo Gomes, 1994) e eu acabei sendo picada pelo bicho do cinema. Nunca mais saí dele. Qual o maior desafio enfrentado por quem trabalha com direção de arte em Pernambuco? Primeiro, formação na área. No início, apesar de ser arquiteta, eu não tinha nenhum conhecimento da técnica, do que era uma produção de cinema e tive necessidade de estudar sobre isso. Foi quando ganhei uma bolsa para fazer o curso de Capacitação e Formação em Audiovisual na Universidade de Guadalajara – México. Lá eu pude entender e praticar todo processo de produção e fui me especializando na área de arte (cenografia, maquiagem, figurino, arte). Depois voltei para Recife e entrei no mercado de audiovisual exercendo várias funções antes de ser diretora de arte. Achei fundamental exercer funções de produção de arte, objetos, cenografia, além de fazer cursos de efeitos especiais/maquiagem, antes de me lançar como diretora de arte, pois, vejo essa função muito mais conceitual e creio que requer experiência e pratica de pesquisa/referências e projeto de arte propriamente dito. Não consigo conceituar uma arte sem escrever um texto, fazer um projeto referenciado com muita pesquisa, elaborar paleta de cores. Depois de entender o que é arte em cinema, me deparei com o entendimento que a direção de arte não é considerada área fundamental /essencial para uma produção audiovisual. O que acontecia em Recife é que projetos de audiovisual acabavam com previsão de equipes muito pequenas e orçamentos muito baixos para a arte, embora os roteiros sejam sempre detalhistas e rebuscados no que se refere a direção de arte. E equipe pequena, ou composta por pessoas com pouca experiência na área e verba mínima, são uma combinação que acaba comprometendo a qualidade do trabalho. E isso é perceptível na tela. Mas isso também já vem mudando há alguns anos e acredito que vai melhorar. Algo que acredito que ajudaria bastante nesse entendimento é a divulgação dessa área pelos meios de comunicação, por exemplo, quando se fizer uma matéria sobre alguma produção citar a arte, entrevistar o/a profissional responsável pelo trabalho. O que acontece na mídia local é que sempre se restringe a informar sobre a direção, elenco, produção e nunca a arte é citada ou referida nas matérias. Tô achando ótimo você me entrevistar e eu poder falar isso!   Qual caminho inicial deve percorrer quem deseja trabalhar na área? Na minha opinião, quem quer trabalhar na área não tem que apenas ter bom gosto estético, sugiro que, além do curso superior de cinema onde a formação em direção de arte é muito restrita, tentem uma formação na área de arquitetura, artes visuais, design. Isso dá uma diferencial muito grande no resultado do trabalho. E também recorrer a oficinas e workshops na área onde se possa compartilhar experiências com outros profissionais. Arte em cinema não é apenas um trabalho intuitivo que requer muita criatividade para lidar com as pressões e mudanças que acontecem diariamente numa produção, é um trabalho que precisa ser referenciado e por isso ter um projeto embasador é tão importante. Com um projeto consistente, as mudanças podem acontecer sem que o resultado seja comprometido em sua essência. Isso garante a qualidade final no trabalho e dá pra ver claramente na tela. Dos trabalhos que já realizou qual mais te marcou profundamente? Todos os trabalhos são um grande aprendizado, pois, arte no cinema é muito específica de momentos/situações determinados pelo roteiro, então fica difícil dizer qual foi mais marcante. Na verdade, tenho um carinho especial por todos eles. Posso citar como exemplo “Três Contos de Reis” (Maria Pessoa, 2005), minha primeira participação como diretora de arte e cenógrafa para um curta que se passava em 1860 e foi dificílimo fazer a reconstituição de época. Recife é uma praça difícil para produção de época e foi uma responsabilidade muito grande, mas o resultado ficou ótimo, o mais autêntico possível, verossímil mesmo, posso até dizer. E ficou bonito. Dos longas, o desafio maior até o momento foi fazer o “Recife Assombrado” (Adriano Portela, 2017), que está em finalização, porque é um gênero muito específico: terror. Tô aguardando para ver o resultado. E tem o “Amores de Chumbo” (Tuca Siqueira), que foi o primeiro longa que fiz direção de arte e cenografia (sempre assumo a cenografia, essa é uma vantagem de ser arquiteta) e me rendeu dois prêmios (Festival de Cinema de Triunfo e Fest Ibero-Americano de Cinema de Caruaru, ambos em 2018) importantes na área. Prêmio é sempre um reconhecimento do nosso trabalho e fiquei muito feliz com isso. Direção de arte no teatro e cinema: qual setor tem mais oportunidades de trabalho no Brasil? Por quê? Na prática não tenho como te falar do Brasil, posso te falar de Recife, a praça onde trabalho. Na teoria,

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Como identificar as soluções para combater a violência?

Em fevereiro, o País acompanhou o anúncio do primeiro decreto do novo presidente Jair Bolsonaro flexibilizando a posse de armas. Assistiu com perplexidade aos ataques no Estado do Ceará. E recentemente conheceu e discutiu o pacote anticrime apresentado pelo ministro Sérgio Moro. A segurança pública ganhou os holofotes do debate público mais do que em qualquer outro período da nossa recente democracia. E estamos ainda no primeiro trimestre do ano. Em Pernambuco o número de homicídios segue elevado, embora tenha havido uma redução de 23,2% em 2018. No Recife, que reduziu 24,1% no ano passado, em localidades marcadas historicamente pela baixa presença do poder público, a política de segurança municipal, ancorada no Compaz e inspirada na experiência de Medellín, também apresenta indicadores de redução da criminalidade. Conversamos com especialistas, representantes de movimentos sociais e agentes políticos para refletir sobre um tratamento para o câncer da violência que tomou conta do País. As receitas apresentadas contra essa doença contêm remédios muito mais sofisticados que a simples repressão que o Brasil adota há décadas. . . Os recifenses Rogério Leite, 23 anos, e Luciana de Lima, 25, há alguns anos estavam enquadrados no perfil de agressores e possíveis alvos do sistema de repressão policial. Quando ainda estavam saindo da adolescência foram encaminhados à delegacia. Ele, antes usuário de drogas, após conflito com um vizinho foi denunciado. Ela havia se envolvido numa briga com outra jovem de menor. Nesse momento eles foram fisgados pelo programa Trampolim, que tem por objetivo a recuperação de jovens em situação de risco. “Eu não trabalhava, eu não estudava. Só vivia na rua, usava drogas e brigava com a vizinhança. Nunca tive shopping, cinema, praia. Nada de lazer”, disse Rogério, que vive no bairro dos Torrões. “Minha adolescência era uma doideira. Não tinha juízo, nem paciência para ninguém. Era muito arengueira. Hoje sou totalmente diferente”, relatou Luciana, que mora no bairro de Joana Bezerra. A história dos dois tem mais semelhanças. Nascidos em famílias carentes, sem a presença do pai, não tinham boas oportunidades de lazer e estudos. Contexto comum de muitos jovens das periferias urbanas do Recife e do Brasil. Um pouco de atenção, algumas formações básicas, orientação e uma chance de entrar no mercado de trabalho. Pequenas medidas de amparo do poder público mudaram suas trajetórias. Hoje ambos trabalham no setor de serviços gerais, têm sua renda, autonomia e constituíram família. Mais que isso, eles têm sonhos. Antes tímidos ao falar do passado, hoje estão orgulhosos ao dizer que deixaram os velhos hábitos. “Com meu trabalho construí minha casa. Melhorou muito minha vida. Hoje quero dar o melhor para minhas filhas de 5 anos e de 2 anos”, afirma Luciana. “Quero ser um pai presente, dar ao meu filho o que não recebi. Tenho vários projetos, como fazer minha casa, pois ainda moro com minha sogra, e ajudar minha mãe no comércio dela”, revela Rogério. Os jovens que estavam enquadrados no perfil nem-nem (que nem trabalham, nem estudam) foram resgatados pela mão social do sistema de segurança urbana do Recife. Segundo os especialistas, as cidades que conseguiram reverter a escalada da violência são aquelas que adotaram simultaneamente a mão dura (atuação firme policial e da justiça, mas respeitando os direitos cidadãos) e a mão social (relativa à atuação intencional do Estado em prover serviços sociais, educação e cultura para prevenir a violência). A história deles, no entanto, ainda é uma exceção. Como também é uma exceção no País a existência de políticas consistentes de prevenção à criminalidade. . . Essa fórmula que trata ao mesmo tempo da repressão e da prevenção foi realizada com êxito em Medellín, na Colômbia. A cidade que chegou a ter 382 mortes violentas por 100 mil habitantes conseguiu reduzir para cerca de 20 mortes por 100 mil habitantes.“A reversão desse cenário veio de uma combinação de fatores. A política nacional de enfrentar com mais força os grupos guerrilheiros e paramilitares. A melhora do aparato da justiça e da atuação da polícia, com sistemas de câmeras de vigilância e com alta capacidade de resposta. Mas isso não seria suficiente se não tivesse, ao mesmo tempo, um grande projeto social, educativo e cultural. Aí está a chave desse êxito”, revela o ex-secretário de Desenvolvimento Social de Medellín, Jorge Melguizo. O braço de prevenção do enfrentamento à violência na Colômbia usou o conceito do urbanismo social. “Trata-se de uma intervenção territorial em zonas de alto índice de violência. O Estado investe em qualidade arquitetônica e urbanística em bairros menos favorecidos. Associado a isso, foram levadas atividades educacionais, culturais e esportivas", explica Tomas Alvim, cofundador do Arq.Futuro, uma plataforma de discussão sobre o futuro das cidades. Alvim ressalta não se tratar de uma simples entrega de equipamentos aos cidadãos. "Mas uma experiência que pressupõe também uma governança local, com a escuta e negociação muito forte com a população para definir como será a atuação do poder público no território”. Outro case mundialmente famoso foi o combate à violência em Nova Iorque. A cidade americana tinha o índice de 30,7 mortes por 100 mil pessoas na década de 1990. Esse índice caiu para 3,4 por 100 mil habitantes. Embora as realidades socioeconômicas e os números de homicídios da cidade norte-americana sejam diferentes das latino-americanas, o exemplo nova-iorquino vale a pena ser analisado. As ações mais conhecidas para a mudança desse cenário estão associadas ao fenômeno que ficou conhecido como "tolerância zero”, adotada pelo ex-prefeito Rudolph Giuliani, que fiscalizava de forma intensa pequenas violações da lei para coibir a ocorrência de crimes de maior gravidade. Mas não foi só isso. Especialistas apontam que houve um reforço no policiamento, uso de tecnologia no sistema de segurança e uma melhoria socioeconômica. “A diminuição da violência em Nova Iorque coincidiu também com um período de maior desenvolvimento econômico, investimentos públicos em políticas de inclusão social e uma requalificação urbana dos bairros pobres ao redor da cidade, que sofreram um processo de favelização nas décadas de 70 e 80. Essas mudanças urbanas foram mais importantes que a pura ideia da

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É importante preservar direitos básicos do trabalhador

Bruno Baptista elegeu-se presidente da OAB-PE (Ordem dos Advogados do Brasil-seccional Pernambuco) concorrendo numa chapa única, algo incomum para a entidade, que sempre teve eleições disputadas, e para o momento atual do País onde as opiniões são tão radicalmente polarizadas. Nesta conversa com Cláudia Santos e Rafael Dantas, Baptista falou dos planos da sua gestão e da participação da ordem em assuntos importantes para o País e o Estado como a violência urbana e as reformas trabalhista e da Previdência. Quais são seus planos à frente da OAB-PE? Nossa meta é aproximar ainda mais a OAB dos advogados e da sociedade, para que sirva como uma caixa de ressonância da sociedade e da advocacia. Queremos valorizar cada vez mais as prerrogativas profissionais que são muito mais direitos do próprio cidadão. Quando você tem um advogado atuando com respeito às prerrogativas é o cidadão, o cliente dele, quem tem essa garantia. Também nos voltamos para os jovens advogados. Quando eu comecei, há 18 anos, a grande dificuldade era ter meu próprio escritório e pagar despesas de condomínio, secretária, telefone. Hoje, oferecemos dentro da nossa sede, um local onde o advogado vem gratuitamente e pode atender o seu cliente. Por outro lado, precisamos dar uma atenção maior para aqueles que atuam no interior. Por fim, planejamos uma gestão administrativa com transparência. A gestão anterior de Ronnie Duarte deu um grande avanço em relação a isso. Quais as ações para aproximar a OAB da sociedade? A OAB tem um papel que ultrapassa as barreiras das representações da classe. Todos os grandes momentos da história recente do País tiveram a participação da OAB. Então é fundamental que a OAB de Pernambuco tenha uma maior participação nos momentos importantes do Estado. Por exemplo, hoje nós enfrentamos um grave problema de insegurança pública e é essencial que participemos do debate, contribuindo e não apenas criticando, até porque não temos partido político. Nosso papel é contribuir. O mesmo acontece na saúde pública. A OAB, em razão do número de advogados que possui e em razão da representatividade da categoria, pode apoiar esses debates. Qual a análise que o senhor faz sobre a violência no Estado? Na implantação do Pacto pela Vida houve uma redução dos crimes dolosos contra a vida e de roubos, e a gente tinha uma sensação de segurança maior. Mas houve problemas na execução do Pacto Pela Vida. Ultimamente deu uma melhorada, mas ainda estamos longe da situação ideal. Não tenho dúvida de que um dos principais problemas que o cidadão tem hoje em dia é a insegurança de não poder andar na rua, de sair de casa sem saber se vai voltar, e de ficar preocupado com os filhos que estão na rua. Ano passado promovemos um debate com a participação de especialistas de todo o País, inclusive fizemos sugestões para o governo, como a valorização da carreira policial e o aparelhamento das delegacias no interior do Estado. Foram várias sugestões, algumas de fácil execução, que não demandam muitos recursos. O importante é congregar os esforços e que todo mundo – polícia, cidadão, OAB, judiciário, Ministério Público – participe para achar o melhor caminho. Como o senhor analisa o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro? Vejo alguns pontos positivos. Mas existem muitas questões que ainda serão submetidas ao Supremo Tribunal Federal. Por exemplo, a prisão após julgamento em segunda instância: não adianta se mudar a lei sem antes o Supremo determinar se isso é inconstitucional ou não. Minha opinião é que é. Mas o projeto não ataca o ponto principal da insegurança. Acho que elevar a pena de uma maneira geral não coíbe criminalidade. O que coíbe é a ausência da impunidade. Ninguém vai deixar de delinquir porque a pena é maior mas, sim, quando souber que delinquindo será preso efetivamente e irá responder pelo crime que praticou. As estatísticas mostram que a maior parte dos homicídios que acontece no País não chega à solução, assim como os roubos. A gente não pode encarar esse projeto como uma panaceia, uma solução de todos os males, porque não é. São necessárias várias outras coisas para a gente ter uma melhora na questão da insegurança e da criminalidade. Como vocês conseguiram o feito de concorrer com uma chapa única em tempos de tanta polarização? Isso é um motivo de muito orgulho para nós, já que vivemos em um momento de tanta divergência. Nossas eleições normalmente são bem disputadas. Acho que se deve a uma gestão bem aprovada e a uma chapa que representa todos os setores da advocacia. Nossa chapa tem mais de cem pessoas, tem todo tipo de advogado (iniciantes, veteranos, da capital, do interior). Essa pluralidade contribuiu muito para a formação da chapa única. Como o senhor avalia as críticas do presidente nacional da OAB Felipe Santa Cruz de que a Lava Jato não pode se prolongar por tanto tempo? A Lava Jato foi e continua sendo fundamental para o País. É muito importante para se acabar com a ideia que se tinha no Brasil de que os poderosos não são punidos. O presidente fez a declaração muito mais no sentido de criticar os métodos da Lava Jato e, aí, realmente eu acho que ele tem a razão, de que se extrapola às vezes o devido processo legal, como a ampla defesa. A crítica, eu acredito, tenha sido ao método e não à operação. Quanto à reforma da Previdência Social, como realizá-la sem afetar os direitos do trabalhador? Já está pacificado de que a reforma é necessária. Temos um sistema previdenciário, que vem dos anos 1980, 90, e ocorreram mudanças como a expectativa de vida da população. Hoje há pessoas que chegam à idade produtiva com 70 anos e que produzem muito bem. O que eu acho é que a reforma tem que focar em dois pontos. O primeiro é acabar com os privilégios, não se admite hoje a manutenção de privilégios, que eram justificáveis no momento em que tínhamos 30 pessoas contribuindo para um inativo. Hoje a proporção é de três

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Orquestra Sinfônica do Recife abre Temporada 2019 no Teatro de Santa Isabel

A Orquestra Sinfônica do Recife inicia esta semana as atividades de sua temporada 2019 de apresentações. O primeiro concerto do ano será na próxima quarta-feira (20), a partir das 20h, no Teatro de Santa Isabel, numa celebração gratuita e aberta ao público à música erudita, grandes composições e compositores. Os ingressos serão distribuídos, a partir das 19h, na bilheteria do teatro. Amanhã (19), a Orquestra Sinfônica tem outro encontro marcado com o público recifense. A partir das 10h, será oferecida, no mesmo Teatro de Santa Isabel, a aula espetáculo Concertos para Juventude, que apresenta instrumentos, sonoridades, personalidades e histórias da música erudita para crianças e adolescentes. A aula, conduzida pelo regente da Orquestra, Marlos Nobre, tem periodicidade mensal, antecendendo sempre os concertos oficiais. Neste mês inaugural da temporada 2019, o repertório das duas apresentações passeará pelas obras de Johannes Brahms e Gioacchino Rossini. De Brahms, compositor alemão da segunda metade do século 19, será executada a Sinfonia Nº 2 em ré maior, Opus 73, obra serena e lírica, escrita durante o verão de 1877, na cidade de Pörtschach. “Esta é uma música plena de grandeza, de lógica no desenvolvimento das ideias, de explosões inesperadas e de sutilezas temáticas de grande beleza. Chamada na época de ‘Pastoral’ é, sem dúvida, um dos mais perfeitos monumentos sinfônicos da criação sinfônica de todos os tempos, iria consolidar a crescente reputação do compositor, como um real renovador da grande tradição sinfônica de Beethoven, seu ilustre antecessor”, discorre o maestro Marlos Nobre, sobre a peça que abre o repertório das apresentações de março. A segunda composição do repertório será O Barbeiro de Sevilha (Abertura), de Gioacchino Rossini, um dos compositores mais prolíficos em toda a história da música internacional. “A facilidade com a qual escrevia suas óperas tornou Rossini uma verdadeira lenda na história da música. Ele praticamente não revia, não burilava penosamente, como tantos outros compositores do seu tempo, as obras que brotavam aos borbotões de sua pluma fácil, elegante e precisa. Esta característica está presente, de forma inequívoca, na bela e graciosa Abertura de sua ópera O Barbeiro de Sevilha, que logo se tornou uma peça obrigatória nas aberturas dos concertos sinfônicos em todo o mundo.” Para mais informações sobre as programações: (81) 3355-3323.

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Mercado brasileiro de orgânicos cresceu 20% em 2018

O Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis) anunciou que o mercado brasileiro de produtos orgânicos cresceu 20% em 2018, faturou R$ 4 bilhões e tem a estimativa de continuar nos dois dígitos esse ano. Apesar do crescimento, o conselho considera tímida a participação no mercado externo. As exportações do País representaram US$ 180 milhões de dólares, centrado em produtos ingredientes e de baixa associação à marca Brasil. O desempenho é apresentado como resultado da falta de reconhecimento mútuo de certificações entre países. “O Brasil é talvez o único país, dos BRICS ao G20, que ainda está fechado ao mercado global. Não temos reconhecimento de certificação com nenhum país, enquanto países europeus, asiáticos, norte americanos e alguns latinos já estão com seus em vigência”, explica Ming Liu, diretor do Organis – Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável. No primeiro trimestre, 11 empresas associadas ao Organis participaram das duas mais importantes feiras do setor – Biofach (Alemanha) e ExpoWest (Estados Unidos) – com boa performance comercial e valorização de seus produtos – de açúcar a castanha, do mel ao mate. Os próximos eventos com participação do Organis serão: APAS Show (maio) e Bio Brazil Fair │Biofach América Latina (junho) com estandes conceitual e coletivos.

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Cervejeiros, voltei!

Depois de uma breve pausa na coluna, o espaço volta com um formato diferente para contarmos o que há de novo no mundo das cervejas, as novidades e eventos do setor. A ideia é abordar tanto o mercado de cervejas pernambucanas, quanto o mercado nacional e internacional, onde o crescimento acontece a passos largos. MANGUEZAL APA Ainda não tinha tido o prazer de experimentar a caçula da Manguezal. E novamente a cervejaria se sobressai com uma excelente APA (American IPA). De corpo mais leve que sua irmã IPA, tem como característica uma pegada cítrica e refrescante. Feita com lúpulos americanos que dão um plus no aroma somando ainda à técnica de dry-hopping em sua produção, que é o processo onde há a adição de lúpulo à cerveja durante o período de fermentação. Excelente pedida!   DEBRON BIER NO MAIOR FESTIVAL CERVEJEIRO DA AMÉRICA LATINA A Debron Bier, dos sócios Eduardo Farias, Thomé Calmon e Raimundo Dantas (na foto abaixo) é a única representante do Nordeste a participar de um dos maiores festivais de cerveja do Brasil e América Latina: o Festival Brasileiro de Cerveja. Para a ocasião, a Debron levará, além dos seus tradicionais estilos, as novidades: NutIpa, Cacahuatl Ipa, Banguê, Session Ipa, Strong Ipa e a Brett Ipa, rótulo que ficou envelhecendo por mais de um ano nos barris de amburana. A 11ª edição do festival acontece até o próximo dia 16 , no Parque Vila Germânica, em Blumenau e conta com 116 cervejarias, que juntas terão mais de 800 rótulos à disposição dos visitantes.  O Festival Brasileiro da Cerveja é considerado o maior evento cervejeiro da América Latina.     ST. PATRICK’S DAY Neste domingo, dia 17 de março, será comemorado mundialmente o St. Patrick’s Day, ou dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda. A tradição começou depois da morte de São Patrício, bispo da Igreja Católica Irlandesa. O folclore sobre o bispo, que mais tarde foi santificado, diz que ele utilizava um trevo de três folhas para explicar a Santíssima Trindade para os celtas. Foi assim que o trevo se tornou símbolo do feriado, e que as pessoas começaram a usar roupas verdes e brancas, além de celebrar com muita cerveja e comidas saborosas. Com isso vários estabelecimentos no Recife vão servir o tradicional Chopp Verde, como o Capitão Taberna. O bar foi recentemente reinaugurado e promete, à partir de amanhã, às 10h, servir clones da bebida, culminando às 20h muita música com ao som de Seu Ernest. Capitão Taberna: Rua João Tude de Melo, 77 lj 27 - Recife.   CERVEJARIA BERGGREN TEM NOVOS RÓTULOS Seguindo seu plano de expansão e reposicionamento no mercado, a cervejaria Berggren, de Nova Odessa (SP), agora terá novos rótulos. O portfólio composto por seis cervejas de diferentes estilos ganhou uma repaginada e agora apresenta um design mais artístico e exclusivo, além do logo da cervejaria ganhar destaque no rótulo. As cores presentes em cada garrafa remetem ao respectivo estilo, além da mistura dos elementos, aromas e ingredientes presentes nas cervejas Berggren, que têm se destacado cada vez mais por oferecer uma experiência única aos seus consumidores. A Berggren é uma cervejaria que foi oficialmente inaugurada no mercado em novembro de 2015. Produzindo cervejas de estilo clássico e outras inspiradas na Escola Americana, a Berggren Bier conta com uma fábrica piloto (com laboratório e estrutura de envase) para testar as cervejas – algo presente em poucas cervejarias do País. ESTADO DE NIRVANA Atendendo aos pedidos dos consumidores, a cervejaria Ashby irá lançar uma nova versão da sua clássica IPA Nirvana. A cerveja até então era comercializada em garrafa de 300 ml, porém, o produto passou a ter bastante aceitação já que os brasileiros cada vez mais buscam por opções de bebidas com qualidade e diferenciadas, e agora a garrafa será vendida na versão 600 ml. A novidade estará disponível a partir do mês de abril. A Ashby Nirvana é conhecida por ser uma cerveja encorpada e lupulada, além de um ponto de equilíbrio com amargor e aroma acentuados, e com uma leve opalescência. O teor alcoólico é de 5,5%. Mas não é apenas o sabor que chama a atenção do consumidor, o nome da cerveja também desperta curiosidade. A bebida possui esse nome, pois quem a toma “entra em estado de nirvana”, que é um estado de paz e tranquilidade. O termo tem origem no sânscrito, podendo ser traduzido por "extinção" no sentido de “cessação do sofrimento”. Nirvana é utilizado num sentido mais geral para designar alguém que está num estado de plenitude e paz interior, sem se deixar afetar por influências externas. Ou seja, relax total.

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5 imagens da Praça do Arsenal Antigamente

Localizada no Bairro do Recife e mais conhecida como Praça do Arsenal, seu verdadeiro nome é Praça Arthur Oscar. Ela já foi chamada anteriormente por praça Voluntários da Pátria e posteriormente por Arsenal da Marinha. O nome Artur Oscar é uma homenagem ao general que esteve entre os comandantes da campanha de Canudos. As quatro primeiras imagens são da Fundação Joaquim Nabuco e a última do site TokHistória. Clique nas imagens para ampliar.     VEJA TAMBÉM http://revista.algomais.com/exclusivas/9-pracas-do-recife-no-seculo-passado

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Shopping Carpina será inaugurado neste mês

No dia 28 deste mês será inaugurado o Shopping Carpina, numa confraternização para convidados, sendo sua abertura para o público no dia 29. O empreendimento, fruto de um investimento de R$ 40 milhões, já tem 70% da sua área locável de comercializada. O mall, com capacidade de operação de 65 lojas, terá como âncoras as Lojas Americanas, o Centerplex Cinemas e uma operação da Faculdade Maurício de Nassau. Há uma expectativa de geração de até mil empregos diretos e cinco mil indiretos. "Identificamos que existe uma vocação na região, que recebeu poucos investimentos nos últimos anos, para comércio. O shopping é uma forma de explorar um pouco mais dessa vocação natural de Carpina, que atende uma microrregião com uma dezena de outras cidades no seu entorno. Com o empreendimento esperamos atrair outros investimentos para a região", afirma o empreendedor Jorge Petribú Filho. . . Na área comercial, um diferencial para a cidade, que já possui um varejo forte, é o horário estendido. "O shopping segue operando até às 21h, um horário que o comércio de rua já está fechado", comenta. O shopping receberá operações de marcas nacionais, que não estavam presentes na cidade, como de empresários da própria cidade. Entre os serviços que inauguram com o shopping está confirmada uma agência do Banco Bradesco. Um dos destaque do shopping será trazer uma opção de lazer mais sofisticada para o município, com o cinema (com três salas e uso de tecnologia de ponta), praça de alimentação e uma operação de games eletrônicos. Estão nos planos dos empresários a abertura de um amplo espaço infantil para as crianças menores. Estarão na praça de alimentação operações como do Sal e Brasa e do Capilé Pizza & Grill. . A depender da procura pelo shopping, há a possibilidade do empreendimento até triplicar de tamanho no futuro. "É o mercado e o tempo que irão dizer isso. O primeiro momento é para consolidar essa primeira etapa, mas o shopping tem essa capacidade de ampliação", contra Petribú Filho. Os dois primeiros anéis da área de influência do shopping (cidades que estão distantes 15km e 35km) possuem um público consumidor de 500 mil pessoas. No primeiro raio de influência estão cidades como Paudalho, Nazaré da Mata, Tracunhaém, Lagoa do Carro e Lagoa de Itaenga.  

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Gilberto Freyre: um sociólogo na cozinha?

Para celebrar os 80 anos da primeira edição do livro “Açúcar” (1939), obra que traz um homem interessado por receitas de bolo, doces de frutas; e, mais ainda, por papel de seda recortado como se fosse renda para enfeitar pratos, tabuleiros, foi um verdadeiro escândalo. Como um sociólogo na cozinha? Sim, na cozinha, pois era na intimidade da casa, e notadamente na intimidade de quem fazia a casa pulsar, o fogão funcionar; as receitas reviverem os mosteiros, as vendas e ganhos nas ruas; das sobremesas dos restaurantes populares aos hábitos de comer e de beber dentro de casa. A comida, e tudo que se relacione com processos culinários, tecnologias artesanais, receitas e rituais de comensalidade, formam as bases conceituais e emocionais para Gilberto interpretar o açúcar e o doce no âmbito da casa, um lugar de destaque dentro da sua obra de interpretação do homem lusitano situado no Trópico. No ambiente de Gilberto, para formar sua obra a partir de “Casa-Grande & Senzala”, a casa e tudo que ritualmente se vive dentro dela, como as complexas relações sociais, marcaram e orientaram Gilberto no seu mergulho multicultural sobre o homem português, o colono oficial que trouxe o açúcar. Sem dúvida, a cozinha é o lugar mais profundo e memorial para se trazer referências e experimentar a cultura pela boca, na sua diversidade de emoções, e nas variadas maneiras que nos alimentamos. Estes contextos sociais estão na obra de Gilberto Freyre, onde são destacadas matrizes etnoculturais que estão nos sabores, nas escolhas dos ingredientes, nas receitas e na estética dos pratos. Comer é um ato social que é ritualizado na forma de oferecer, nas diferentes formas de comensalidade do cotidiano e nas festas, especialmente nas celebrações religiosas. Também em Gilberto, há temas dominantes que interpretam os lugares sociais, que eram bem determinados nas hierarquizações das casas de engenhos, onde os ofícios de cozinhar e da confeitaria se uniram para celebrar os doces já tropicalizados, que integravam frutas nativas e outras, que apesar de serem do Oriente, nacionalizadas nos hábitos à mesa. Desse modo, os repertórios de comidas e de bebidas passam a mostrar as muitas maneiras de se representar e apresentar o açúcar, juntamente com a farinha de mandioca, e outros temas do dia-a-dia dos engenhos. Nessas bases de história e de economia são formados mercados, escolhas sobre o que comer, onde comer, com quem comer. São múltiplas as relações para se afirmar o poder do açúcar. Outros contextos, como as vendas ambulantes, trazem as relações das muitas e diferentes cozinhas com as comidas rápidas, comidas de rua. Traduções de ingredientes e de receitas nos cenários sociais das cidades, ainda com as suas representações patrimoniais e patriarcais que ditavam as tradições não só do comer, mas do fazer e do vender. Cozinhas ambulante que acontecem na frente do freguês, são rituais de fazer comida no momento da sua venda. Há interações entre o culinarista e freguês, vive-se o processo da receita e, sem dúvida, a memória traz as referências e os símbolos da comida desejada. Todos estes temas, e maneiras para se viver a comida, interpretá-la, mostrar as suas matrizes etnoculturais, é uma forma de traduzir o Nordeste, e a civilização do açúcar. E todo esse olhar traz o pioneirismo de Gilberto Freyre, que há 80 anos atrás já pensava na valorização dos sistemas alimentares, e na afirmação das identidades e dos patrimônios culturais da região. *Raul Lody

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Paulo Hartung defende reforma fiscal

O ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung palestrou hoje (14) em evento promovido em conjunto pela Rede Gestão e pelo Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado. Diante de um público de empresários e gestores públicos, o economista compartilhou sua experiência no poder executivo, em que conciliou um duro ajuste fiscal ao mesmo tempo que conseguiu indicadores sociais positivos no ensino médio e na redução da violência. Apesar de apresentar críticas ao governo Bolsonaro, principalmente sobre a atuação do Ministério das Relações Exteriores, Hartung defendeu a agenda econômica de Paulo Guedes. "Se conseguirmos vencer esse debate nacional em torno das reformas vamos gerar emprego, renda e oportunidade para nossos jovens. Não é possível esperar mais quatro anos para implantar esse projeto", defendeu. Hartung defendeu com contundência a redução dos gastos estatais. "A máquina pública vai consumindo cada vez mais recursos e tirando dinheiro de onde é mais necessário, como a educação básica. Esse é o maior dos desafios, ao lado da saúde e da segurança." Após deixar o governo capixaba, o economista tem se dedicado à defender as reformas e no apoio à formação de novas lideranças políticas no País. Hartung considera que o governo tem capital político para implementar as reformas, mas que tem o grande desafio de fazer uma comunicação eficiente no País da necessidade dessa agenda econômica. Confira a cobertura do evento na próxima edição da Revista Algomais.

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