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Dengue em alta: Como se proteger da doença neste verão

Alta de casos preocupa, e circulação de novo sorotipo agrava o cenário O verão de 2025 traz um alerta sobre a dengue, com um aumento expressivo no número de casos. Segundo o Ministério da Saúde, já são mais de 350 mil casos prováveis e 150 mortes confirmadas em menos de 50 dias. O grande fator de preocupação é a volta do sorotipo 3 da doença, ausente no Brasil desde 2007, o que significa que boa parte da população não possui imunidade contra essa variante. A combinação de altas temperaturas e chuvas intensas tem favorecido a proliferação do Aedes aegypti, aumentando os focos do mosquito. “Como a temporada de dengue do ano passado já foi intensa, a tendência é que ela seja ainda maior, já que, em geral, os criadouros do ano anterior permanecem sem ser limpos”, explica Marcelo Ducroquet, infectologista e professor da Universidade Positivo (UP). Ele alerta que quem já teve dengue anteriormente corre mais risco de desenvolver a forma grave da doença, pois “os anticorpos da primeira infecção chegam a reconhecer o vírus, mas não conseguem neutralizá-lo, facilitando sua disseminação”. Para evitar a doença, é fundamental eliminar focos de água parada em casa, usar repelentes e telas protetoras. Além disso, ao apresentar sintomas como febre alta e dores no corpo, a recomendação é procurar uma unidade de saúde imediatamente. “O paciente que apresentar sintomas como dor de barriga, vômito e tontura deve procurar imediatamente um posto de saúde, pois esses sinais podem indicar dengue hemorrágica”, reforça Ducroquet. A prevenção continua sendo a melhor estratégia para conter a epidemia. Medidas simples, como tampar caixas d’água, descartar recipientes que acumulam água e manter calhas limpas, fazem toda a diferença na redução da proliferação do mosquito.

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Cuidados essenciais para curtir o carnaval com saúde

Alimentação equilibrada, hidratação e cuidados preventivos garantem energia e bem-estar durante a festa. O Carnaval é um dos momentos mais aguardados do ano, repleto de alegria, música e muita energia. No entanto, para aproveitar ao máximo a festa sem comprometer a saúde, é essencial adotar alguns cuidados. A nutricionista Gesika Assunção, coordenadora do curso de Nutrição, e o biomédico e mestre em Patologia Filipe Peixe, coordenador dos cursos de Biomedicina, Farmácia e Estética, ambos da UniFBV Wyden, destacam orientações fundamentais para garantir uma folia saudável. A alimentação tem um papel crucial para manter o corpo resistente ao longo dos dias de festa. Segundo Gesika, é fundamental evitar refeições pesadas e priorizar alimentos leves e nutritivos, como frutas, grãos integrais e proteínas magras. “Consumir pequenas porções ao longo do dia ajuda a manter a energia sem sobrecarregar o organismo. Alimentos como banana, aveia, castanhas e nozes são boas fontes de energia, enquanto proteínas magras, como frango, peixe e ovos, ajudam a prolongar a saciedade”, explica. Além disso, ela alerta para o risco dos alimentos ultraprocessados e sugere alternativas caseiras, como barrinhas de cereal feitas em casa e frutas desidratadas. Outro ponto essencial é a hidratação. O calor intenso e o esforço físico exigem uma ingestão adequada de líquidos. “Água, sucos naturais, chás e água de coco são ótimas opções para repor os eletrólitos e evitar a desidratação”, recomenda Gesika. Para quem consome bebidas alcoólicas, a nutricionista sugere moderação e alternância com água para minimizar os efeitos negativos do álcool no organismo. Além da alimentação, os cuidados com a saúde durante o carnaval incluem medidas para evitar infecções e viroses, que costumam ser frequentes neste período de aglomeração. Filipe Peixe alerta para a importância da vacinação contra a gripe e a Covid-19 antes da folia. “Essas doenças são muito comuns após o carnaval, devido ao contato próximo entre as pessoas. Atualizar a vacinação é uma forma eficaz de proteção”, enfatiza. A higienização das mãos também deve ser uma preocupação constante. Como nem sempre há acesso a água e sabão nas ruas, o uso de álcool em gel pode reduzir significativamente o risco de transmissão de vírus e bactérias. Outra recomendação importante é evitar compartilhar copos, latas e garrafas, pois esses objetos podem ser veículos de contaminação. Para evitar infecções alimentares, Filipe ressalta a importância de consumir alimentos de procedência confiável. “Sempre que possível, escolha estabelecimentos que sigam boas práticas de higiene. Alimentos preparados em condições inadequadas podem causar intoxicações graves”, alerta. Além desses cuidados, a exposição ao sol merece atenção especial. O uso de protetor solar e a busca por sombra em horários de pico são indispensáveis para evitar insolação e queimaduras. O descanso também é fundamental para a recuperação do corpo. “Aproveite os momentos de pausa para descansar e manter a qualidade do sono”, reforça Gesika.

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Glitter, Galo da Madrugada e o microplástico

*Por Carlos Eduardo Costa Eles são bem pequenos, estão presentes em embalagens, roupas sintéticas e cosméticos e podem contaminar o meio ambiente e ainda causar danos à saúde. São os microplásticos, minúsculos pedaços de plásticos que, sem haver o descarte adequado ou pela utilização, podem se espalhar por rios, mares e solos. Também entrar na cadeia alimentar e impactar na saúde. Isso porque os microplásticos podem contaminar o sangue por meio da alimentação e respiração. A longo prazo, já existem pesquisas que mostram evidências ou que sugerem que microplásticos causam danos ao sistema circulatório e até aumentam a incidência de AVC. Em questões do desenvolvimento pulmonar, no caso como foi encontrado em placenta, essas substâncias podem prejudicar o desenvolvimento das células pulmonares. Resultado: a criança pode nascer com alguma desordem funcional respiratória.  Os microplásticos também estão presentes no Carnaval, como em glitter, em maquiagens e embalagens como garrafas pet. Essas, inclusive, serão bastante utilizadas na estrutura do Galo da Madrugada. A gestão pública até montou uma operação para haver o recolhimento por catadores e o destino de embalagens, durante a folia de Momo. É uma atitude louvável, mas se não forem descartadas e coletadas de maneira correta, elas vão parar na natureza e sofrer degradação. Com o intemperismo do ambiente, esses materiais vão reduzindo de tamanho até ficarem bem minúsculos, no formato de pó, e totalmente disponíveis para entrar na cadeia alimentar. É aí onde reside o problema, já identificado no sangue das pessoas. Isso porque o plástico é tóxico de uma maneira geral. É preciso ampliar a atuação da iniciativa pública, privada e da população quanto à escolha de materiais e a coleta adequada desses resíduos, que podem ficar na natureza por até 400 anos. Como também, reduzir o uso de microplástico ou utilizar materiais que sejam degradados com mais facilidade na natureza. *Carlos Eduardo Costa é coordenador do Mestrado em Saúde do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) e também Doutor em Tecnologias Energéticas Nucleares

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Dicas para melhorar a qualidade de vida de pacientes com Alzheimer

Especialistas apontam práticas essenciais para manejo e prevenção da doença que afeta milhões no mundo A doença de Alzheimer, identificada em 1901 pelo neuropsiquiatra alemão Alois Alzheimer, é um transtorno neurodegenerativo que afeta mais de 50 milhões de pessoas globalmente, segundo a OMS. A condição compromete a cognição, memória e comportamento, e seu tratamento envolve cuidados contínuos. No Brasil, os números também são preocupantes: a projeção é que até 2050, 5,6 milhões de brasileiros estejam vivendo com Alzheimer. O transtorno é dividido em quatro fases, desde as primeiras alterações na memória até a perda de funcionalidade total no estágio final. Especialistas ressaltam a importância de hábitos saudáveis para prevenir a doença, mesmo sem medicação específica para a prevenção. Drusus Pérez Marques, neurologista da Hapvida, destaca três principais fatores de risco para o Alzheimer: envelhecimento, histórico familiar e doenças como hipertensão e diabetes. A chave para o controle da doença é manter o cérebro ativo, e atividades como exercícios cognitivos são essenciais para retardar a progressão. "O paciente deve sempre tentar fazer alguma coisa para poder estimular o raciocínio e o cérebro, como se fosse exercício, e esse estímulo pode fazer com que o cérebro se atrofie mais lentamente", orienta o geriatra Flávio Renato. A prática regular de atividade física também é fundamental tanto na prevenção quanto no tratamento do Alzheimer. Para Renato, caminhadas leves e exercícios de peso corporal podem melhorar a funcionalidade do paciente, reduzir o risco de quedas e aumentar a atenção e concentração. "Assim, o paciente mantém a sua funcionalidade, diminui os riscos de queda e ainda exercita a atenção e concentração, fatores que contribuem para a qualidade de vida dele", explica o geriatra. Uma alimentação equilibrada, rica em castanhas, peixes e vegetais, também é importante para o bem-estar dos pacientes. Além dos cuidados físicos, a saúde mental do paciente com Alzheimer merece atenção especial. O tratamento de sintomas como agressividade, distúrbios do sono e paranoia é essencial. Medicamentos ajudam a melhorar a função cognitiva e a memória, prolongando a qualidade de vida do paciente. "Embora a medicação não trate o cerne da doença, ela contribui para a melhora da função cognitiva e da memória, o que, em longo prazo, pode ajudar a prolongar a vida do paciente", afirma Drusus. Em casos mais graves, um acompanhamento psiquiátrico pode ser necessário para lidar com quadros de delírios e mudanças comportamentais. O Alzheimer não afeta apenas o paciente, mas também toda a família, tornando o acolhimento fundamental. O psiquiatra Nikolas Vale destaca que a abordagem deve ser multidisciplinar e que a criação de um ambiente acolhedor e respeitoso é essencial para o bem-estar do paciente. "A abordagem deve ser multidisciplinar, porque é muito difícil lidar com a perda de personalidade do paciente", afirma Vale. Manter hábitos diários, como reforçar as datas e delegar tarefas adequadas ao paciente, são estratégias que ajudam a estimular o cérebro e a manter a independência, promovendo autoestima e um senso de pertencimento.

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Saúde em debate: empresários discutem desafios e inovação no setor médico-hospitalar

Sindhospe promove encontro no Recife para tratar de cibersegurança, compras coletivas e negociações com operadoras O setor de saúde inicia 2025 com uma agenda estratégica no Recife. No dia 13 de fevereiro, o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe) realiza o 2º Encontro da Região Metropolitana, reunindo especialistas e empresários para debater os principais desafios e tendências do setor médico-hospitalar. Entre os temas centrais do evento estão a cibersegurança nos hospitais, estratégias para reduzir custos por meio de compras coletivas e as negociações de contratos com operadoras de planos de saúde. A ciberimunidade, conceito voltado para a proteção digital de hospitais, ganha destaque na programação. Professores da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Alberto Borges e Rodrigo Pellegrino, discutirão como redes hospitalares podem se proteger contra ataques cibernéticos e garantir a segurança de dados sensíveis. Para o presidente do Sindhospe, George Trigueiro, a atualização constante é essencial: “A área da saúde fica mais desafiadora a cada ano e, por isso, é imprescindível que se busque atualização permanente para driblar adversidades e ofertar sempre o melhor serviço”, afirma. Além da segurança digital, o evento trará uma análise sobre as convenções coletivas, com a participação do desembargador Fábio André de Farias e advogados especializados, abordando o impacto dos acordos trabalhistas na sustentabilidade do setor. Também será debatido o uso de compras coletivas como ferramenta para otimizar investimentos e melhorar a gestão financeira das unidades de saúde, com palestra da especialista Luciana Bruere. Com início às 9h e encerramento às 17h, o encontro será realizado na sede do Sindhospe, no bairro de Santo Amaro. À noite, um jantar institucional reunirá convidados para networking e alinhamento de estratégias para 2025. Pernambuco possui o segundo maior polo de saúde do Brasil e o maior do Norte e Nordeste, gerando mais de 70 mil empregos e movimentando R$ 7 bilhões anualmente. SERVIÇO📅 Evento: 2º Encontro da Região Metropolitana do Sindhospe📍 Local: Sindhospe – Rua Dom Vital, nº 129, Santo Amaro, Recife-PE⏰ Data e horário: 13 de fevereiro, das 9h às 17h (jantar institucional às 19h30)📞 Informações: Agência Esfera – (81) 99145-4014 (Rafael Souza)

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Recife sedia o maior congresso de endocrinologia do Brasil em 2024

Evento reunirá mais de 3.500 especialistas em endocrinologia entre os dias 11 e 15 de outubro Recife será a sede do 36º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM 2024), o mais importante evento do setor no país, que acontecerá entre os dias 11 e 15 de outubro. O congresso, promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), reunirá mais de 3.500 profissionais, contando com mais de 300 palestrantes nacionais e internacionais. A programação científica incluirá mais de 150 aulas, conferências, além de cursos e outras atividades voltadas para a atualização e inovação no campo da endocrinologia. O CBEM 2024 foi planejado para atender às demandas dos endocrinologistas brasileiros, que participaram de uma pesquisa online para sugerir temas e abordagens. O evento ocupará nove salas do renovado Centro de Convenções de Pernambuco, que passou por reformas para melhor receber os congressistas, oferecendo novas áreas de recepção e um acesso exclusivo. Este congresso retorna a Pernambuco após sua última edição no estado em 2006, fortalecendo ainda mais o papel do Recife como sede de eventos científicos de grande porte na área da saúde. O presidente do CBEM 2024, o endocrinologista Fábio Moura, destaca a importância do congresso tanto para a ciência quanto para a economia local. “Estamos na reta final dos preparativos com o objetivo de realizar um evento que ficará na memória de todos os participantes. O congresso será um marco, também, por ter acelerado as obras necessárias do Centro de Convenções e por ocupar diversos equipamentos da cidade, incrementando a hotelaria, restaurantes, serviços de receptivo e muito mais. É um congresso da área de saúde, mas o impacto econômico precisa ser destacado pela capacidade do estado e do Recife, cada vez mais, de realizar eventos de grande porte. Quem vem a um evento e sai satisfeito volta com a família outras vezes”, afirma Moura. Além do impacto científico, o evento promete trazer benefícios para a economia local, movimentando setores como hotelaria e gastronomia. O congresso também reforça a tradição de Pernambuco em sediar importantes encontros científicos, como o EndoRecife, o mais antigo congresso regional da especialidade, que acontece há quase 30 anos. ServiçoO quê: 36º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia – CBEM 2024Quando: 11 a 15 de outubroOnde: Pernambuco Centro de Convenções, RecifeInscrições: cbem2024.com.br

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Médicos e empresários debatem desafios da saúde privada em Pernambuco

Encontro em Arcoverde reúne lideranças regionais para discutir panorama e soluções do setor Hoje (22), empresários e profissionais da saúde de todo o estado de Pernambuco se reunirão para o 2º Encontro das Delegaciais Regionais do Sindhospe (Sindicato dos Hospitais Privados e Filantrópicos de Pernambuco). O evento, que ocorrerá no auditório da Faculdade AESA, em Arcoverde, tem como objetivo traçar um panorama da saúde privada em Pernambuco no último ano, destacando os principais desafios e oportunidades para o setor. O encontro inicia às 9h e promete unificar os discursos para enfrentar o cenário desafiador da saúde suplementar no Brasil. Segundo o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro, o momento exige foco e coesão entre os profissionais e empresários do setor: "Enfrentamos um momento muito desafiador para a saúde suplementar de todo o Brasil. Mais do que nunca, precisamos ter foco", afirmou. Este encontro encerra o ciclo de reuniões realizadas nas subsedes do Sindhospe em todo o estado, que começaram em março em Petrolina e passaram por Garanhuns, Serra Talhada, Caruaru e Goiana, ao longo do primeiro semestre de 2024. Além de avaliar o panorama da saúde privada, o evento discutirá temas como a relação entre empregadores e empregados, planejamento tributário, e a judicialização na saúde. Também haverá uma palestra sobre as vantagens do programa Qualihealth, parceria entre Sindhospe e Senac. O encontro se encerrará às 17h, seguido de um jantar especial para convidados às 19h30. O evento conta com o patrocínio do Sistema Fecomércio/Senac, além de várias outras empresas do setor.

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"O que a Geração Z precisa é de acolhimento humano"

Vitor Barreto, médico e psicanalista, discute os desafios emocionais enfrentados pela geração Z em uma entrevista reveladora. Segundo o médico, a ansiedade não é exclusiva dessa geração, mas afeta todas as faixas etárias na sociedade contemporânea. Ele atribui essa condição a vários fatores modernos, como a superficialidade das relações humanas, a superficialidade no conhecimento e a natureza fragmentada das experiências coletivas. A geração Z, crescendo nesse ambiente, acaba normalizando esses aspectos prejudiciais, vivendo muitas vezes em um "sonho acordado" que distancia a realidade social e normatiza a ansiedade. Além da ansiedade, a geração Z enfrenta uma série de dificuldades emocionais e psicológicas, incluindo desconexão consigo mesma, com os outros e com a sociedade. Vitor destaca a prevalência de transtornos como ansiedade generalizada, depressão, TDAH e transtornos de personalidade entre os jovens dessa geração. Ele enfatiza que, embora os diagnósticos psiquiátricos possam oferecer uma representação identitária, não conseguem capturar a singularidade da experiência humana, necessitando, portanto, de uma abordagem mais acolhedora e compreensiva. A ansiedade é um problema mais acentuado na geração Z? A ansiedade é um problema que afeta todas as gerações hoje em dia e está ligada a vários aspectos da vida moderna. A superficialidade das relações humanas, a falta de profundidade no conhecimento, as estratégias de captação da atenção pelos meios de comunicação para fins comerciais e a desagregação das experiências coletivas são fatores que contribuem para isso. A geração Z cresceu nesse ambiente, então esses aspectos são normais para eles, mas ainda assim prejudiciais. Isso é evidente na forma como se envolvem em realidades virtuais (jogos, séries, filmes, etc.) e se distanciam da realidade social. Eles vivem em um constante "sonho acordado", o que pode levar a uma normatização da ansiedade. A ansiedade dificulta a compreensão do estado emocional e existencial, por isso, quem sofre com isso precisa de acolhimento e compreensão para desenvolver competências emocionais e superar esse estado. Que dificuldades emocionais e psicológicas ou transtornos são mais evidentes na geração Z? Há alguma razão para isso? A geração Z enfrenta dificuldades emocionais como desconexão consigo mesma, com os outros, com a sociedade e até com a cultura. Os transtornos mais comuns incluem ansiedade generalizada, depressão, transtornos de personalidade, transtorno do espectro autista, TDAH e transtorno opositor desafiador. Vale lembrar que diagnósticos psiquiátricos são construções teóricas para tentar entender experiências humanas, mas são descritivos e não compreensivos. O que essa geração realmente precisa é de acolhimento humano. Por que essa geração é tão relacionada ao TDAH? A geração Z busca uma representação identitária nos diagnósticos psiquiátricos. Outras gerações encontraram isso na religião, política, ideologia, filosofia, etc. Devido à desconexão com essas outras possibilidades, a geração Z acaba se identificando com os critérios de diagnósticos psiquiátricos. Qualquer pessoa que lê um manual de psiquiatria pode se identificar com vários diagnósticos, mas esses diagnósticos não ajudam a compreender a experiência humana de forma singular. Utilizados dessa forma, acabam sendo prejudiciais. Que tipo de serviços de apoio à saúde pode ser oferecido pelas empresas para ajudar os profissionais dessa geração? As empresas podem oferecer atendimento individual e coletivo em saúde mental para seus profissionais. É importante entender que o trabalho pode ter uma importância diferente para cada pessoa e evitar que o trabalho tente suprir a experiência humana de forma global, pois isso nunca será suficiente. O trabalho não deve assumir esse papel.

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Trabalho e vida pessoal: a busca do equilíbrio

*Por Tiago Siqueira É muito comum ouvirmos em rodas de conversas com colegas de trabalho, amigos ou mesmo familiares, alguma fala com certa entonação de angústia em relação à dificuldade que as pessoas têm em equilibrar o seu tempo entre trabalho e vida pessoal. Eu ouvi, recentemente, de uma pessoa que tem função de liderança numa empresa a sua experiência sobre essa questão. A angústia principal dele era de se sentir devedor em casa por achar que estava se ocupando (em presença física e mental) demasiadamente do trabalho. Isso significava que, mesmo estando fisicamente em casa ou se divertindo com alguma atividade de lazer com a sua família, a cabeça dele não estava necessariamente lá, junto com o corpo, aproveitando esses momentos de lazer. A sua cabeça, na realidade, muitas vezes, se encontrava pensando nos problemas do trabalho, e isso fazia o nível de angústia dele aumentar muito mais do que o normal. Ou seja, além das quase 12 horas diárias dedicadas ao trabalho durante a semana e, muitas vezes, algumas horinhas a mais durante os finais de semana, como se tudo isso não fosse suficiente, a cabeça o traía durante os seus momentos de lazer. Ele era mentalmente sugado para o trabalho, e seus pensamentos não ficavam em compasso com o que seu corpo estava fazendo durante esses momentos de lazer. E, como resultado, ele ficava mais e mais apreensivo, sentindo-se mais e mais devedor com a sua família. Pois bem, alguém se identificou com essa realidade? Essa é uma situação que costuma ser bastante comum no dia a dia de todos nós. A pressão por realizar mais e mais atividades e por entregar resultados cada vez mais exigentes, e cada vez mais num menor espaço de tempo, tudo isso faz refletir na necessidade de aumentar a produtividade das pessoas no trabalho. E essa pressão, se não cuidar, pode fazer com que essas pessoas acabem entrando numa espécie de círculo vicioso, que pode acabar resultando numa bola de neve de tal maneira que elas não irão mais conseguir assumir as rédeas de sua própria rotina. E no final, todo esse comprometimento terá impactos na vida dessa pessoa como um todo: na profissional e na pessoal. E nada disso será bom. Aliás, tudo isso será bastante tenebroso e as consequências não serão nada positivas. E, aí, fica a pergunta para reflexão: como poderemos equilibrar melhor o nosso tempo dedicado ao trabalho e à vida pessoal sem sacrificar a nossa produtividade e nem a nossa qualidade de vida? A resposta a essa pergunta pode não ser tão simples e muito menos fácil de aplicar, mas pode servir de base para você, leitor, fazer uma reflexão sobre sua vida. E eu digo que pode não ser tão fácil porque, mesmo até podendo parecer óbvio, se fosse fácil, ninguém viveria essas angústias (de que falei no início desse artigo). Aliás, resolveria logo isso! Mas não consegue resolver porque “a prática” muitas vezes anda em caminhos diferentes “dos desejos”; o ideal é sempre conflitante com o possível. Mas é preciso mudar! Em prol da saúde mental e da qualidade de vida, e sem deixar a produtividade profissional ficar comprometida. Aliás, o ideal mesmo é termos produtividade profissional crescente e aproveitamento da vida pessoal com qualidade! Pois bem, para que nós possamos equilibrar melhor trabalho e vida pessoal: 1. Primeiro, é buscar fazer o que gosta e encontrar satisfação nas atividades com que se ocupa. A vida de cada um de nós é uma só. Não tem isso de termos a vida profissional dissociada da vida pessoal. Então, necessariamente, uma impactará na outra. E ainda mais, em termos de dedicação de tempo (horas aplicadas no dia), temos mais tempo de horas dedicadas ao trabalho. Se nós nos ocupamos com atividades que não sejam prazerosas, viveremos mais tempo durante o dia nos ocupando com algo que não nos faz bem. E se não nos sentimos bem durante maior parte do nosso tempo, isso vai acabar contaminando “a outra parte” do nosso tempo. E, no final, a nossa vida como um todo é que ficará comprometida, sacrificada. Então, talvez não pareça muito fácil, mas a gente tem que ter em mente que, se a gente ocupa tempo com algo que não nos faz bem, além disso afetar a qualidade de nossa vida como um todo, também vai afetar – diretamente! – a nossa produtividade. Tenha certeza disso; ou comece a perceber que isso tem alguma fundamentação; e que, se você estiver nessa situação, é importante refletir com carinho para enfrentar algumas decisões que você talvez precise tomar. 2. Segundo, é levar a vida com mais leveza, ocupando o seu tempo com qualidade. Quando a gente gasta nosso tempo com momentos prazerosos, fazendo o que gosta durante os momentos de descanso mental, por exemplo, isso faz a gente se revigorar e estar mais disposto para enfrentar o dia a dia e todas as suas habituais pressões. Então, sobretudo na sua vida pessoal, encontre atividades que façam bem e que lhe completem. Experimente dedicar mais tempo para sua família, e para você mesmo! Aí, antes de você me perguntar sobre de que tipo de atividades você pode se ocupar, eu já me anteciparei dizendo que essa resposta quem deve dar não sou eu. É você! Você, mais do que ninguém, sabe o que faz bem. Identifique então o que possa te fazer bem, crie agenda no seu dia a dia para isso e priorize a sua realização! Depois, agradeça a você mesmo por isso. 3. Terceiro, tente aproveitar ao máximo os momentos em que você estiver fisicamente presente. Se você estiver no trabalho, foque nas atividades com toda vontade e disposição possível. Ser produtivo não é só saber das coisas e executar o que precisa ser feito; é, sobretudo, estar disposto para realizar o que precisa ser feito dando o máximo de si. E o diferencial está exatamente aí: dando o máximo de si! E se você estiver nos seus momentos de lazer, com você mesmo ou com

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Estagnação na taxa de vacinação infantil alerta o mundo

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) têm alertado as autoridades para a estagnação nas taxas de vacinação infantil ao redor do mundo. Após uma drástica queda durante a pandemia de Covid-19, houve uma recuperação modesta em 2022, mas desde então, os números não apresentaram crescimento significativo. Para se ter uma ideia, em 2023, segundo a OMS, 84% das crianças receberam as três doses da chamada tríplice vacina (contra difteria, tétano e coqueluche - DTaP). No entanto, antes da pandemia, em 2019, esse número era de 86%, indicando que ainda não se conseguiu retomar o patamar anterior de vacinação. Esse dado é alarmante, pois coloca a população em risco de desenvolvimento de doenças evitáveis e pode trazer de volta doenças que haviam sido erradicadas, como poliomielite e sarampo. “A imunização é essencial para a promoção da saúde coletiva e para o bom desenvolvimento e qualidade de vida, sobretudo das crianças. É importante destacar que, para muitas doenças, a vacina é a única alternativa segura e com garantia”, destaca o Dr. Eduardo Jorge, pediatra, professor e pesquisador integrante da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm). No Brasil e no mundo, por exemplo, tem-se observado o crescimento de doenças como a coqueluche, um alerta relacionado à estagnação da vacinação. Em maio deste ano, a União Europeia divulgou um Boletim Epidemiológico indicando aumento da doença em pelo menos 17 países, com mais de 32 mil casos registrados nos três primeiros meses de 2024, contra 25 mil ao longo de todo o ano passado. “É muito importante que a população busque as unidades de saúde para vacinar seus filhos. E entidades médicas, como o CFM, têm também a responsabilidade de orientar profissionais e sensibilizar a população sobre a importância da imunização”, afirma Eduardo Jorge.

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