Z_Destaque_culturaHistoria - Página: 15 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Vagão-Museu homenageia criadores da dança, música e teatro de Gravatá

O Vagão-Museu Estação Gravatá, novo ponto cultural da cidade, situado na Estação Ferroviária de Gravatá, inaugura hoje, dia 17, a exposição “Gravatá, Terra das Artes – Por teus filhos serás sempre amada”. A exposição destaca a contribuição de proeminentes criadores gravataenses da dança, música e teatro, como o dramaturgo Carlos Fester (in memoriam), o dançarino Wanderson José, e o cantor Marcos de Lima. A mostra inclui 18 painéis contendo fotografias e textos que relembram as trajetórias artísticas dos homenageados, além de exibir objetos pessoais deles. Um minidocumentário produzido pela Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer de Gravatá também faz parte do acervo. Marllon Lima, secretário de Turismo e Cultura, destaca a importância da exposição para realçar a rica produção cultural da cidade e sua influência na região. Os homenageados: A exposição "Gravatá, Terra das Artes – Por teus filhos serás sempre amada" conta com o apoio do CNA e da Liner Gráfica Digital, bem como com a colaboração da Secretaria de Educação de Gravatá, que traduziu os textos para o sistema Braile. A exposição será inaugurada na terça-feira, às 18h, e ficará aberta ao público até o dia 30 de novembro. SERVIÇO Exposição "Gravatá, Terra das Artes – Por teus filhos serás sempre amada"

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Bienal do Livro em Pernambuco estima movimentação de R$ 18 milhões

A XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que terminou no domingo, 15 de outubro, foi celebrada como um triunfo pelo mercado editorial brasileiro. O evento, classificado como o terceiro maior evento literário do Brasil e o maior do Nordeste, teve um impacto considerável no mercado nacional de literatura. Realizado no Centro de Convenções de Olinda, o evento ocupou mais de 9.000 m² de espaço interno e foi palco para negociações, vendas e uma ampla variedade de atividades culturais. Sob o tema "Fome de quê? Você é o que você lê!", a Bienal de 2023 atraiu mais de 150 expositores de todo o Brasil, apresentou mais de 300 atividades culturais, incluindo palestras, diálogos, shows, saraus e apresentações da cultura popular, e contou com a participação de 500 editoras de todo o país expondo seus livros. Houve 80 lançamentos de livros e um público de mais de 200.000 pessoas, tanto presencial quanto online, através da plataforma E-Bienal, que apresentou 14 atividades online ao longo dos últimos dez dias. Estima-se que a feira literária tenha gerado um impacto econômico de R$ 18 milhões em vendas diretas ao público, além dos negócios que se concretizarão nos próximos dias decorrentes do evento. Rogério Robalinho, produtor da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, compartilhou seu entusiasmo com o sucesso do evento, dizendo: "A Bienal do Livro de 2023 foi um evento inesquecível para todos. Alegria imensa ter atuado para proporcionar esse momento para tanta gente interessada em construir perspectivas melhores em torno do mundo do conhecimento e da educação que advém da leitura. Cumprimos um compromisso que assumimos com o mercado editorial e livreiro para gerar essa agenda positiva para Pernambuco." A Bienal contou com a presença de autores renomados de diversas áreas, desde literatura até sociologia, música, política e jornalismo, e também teve o apoio de instituições e empresas importantes, incluindo a Assembleia Legislativa de Pernambuco, o Senado Federal, o Sesc, o Sebrae, o Tribunal de Contas do Estado e diversas prefeituras. O evento também alcançou uma dimensão internacional com o patrocínio da Amazon e da empresa espanhola Odilo, além de estabelecer conexões com consulados de países como França, Alemanha, Estados Unidos e Portugal, marcando um marco significativo no panorama literário e cultural da região.

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1ª Semana da Cultura, Literatura e Arte Ilumina Gravatá acontece neste mês

De 26 a 29 de outubro, Gravatá será palco da 1ª Semana da Cultura, Literatura e Arte, um evento que promete iluminar a cidade com uma eclética programação artística e cultural. Organizada pela Academia de Letras e Artes de Gravatá (ALAG) e pela Jurema Produções, esta semana intensiva apresentará uma gama diversificada de expressões artísticas, como shows, sessões de cinema, oficinas literárias e exposições de artes plásticas, com atividades ocorrendo no Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar e em vários pontos descentralizados da cidade. A 1ª Semana da Cultura, Literatura e Arte é uma celebração em homenagem ao Jubileu de Prata da Academia de Letras e Artes de Gravatá, que lidera a iniciativa. O evento tem um propósito multifacetado, indo além de uma simples celebração, como observa o presidente da ALAG, Florivaldo Pereira: "É um projeto grandioso que busca suprir a carência de atrações culturais em Gravatá com o estímulo do convívio social em torno das artes e da produção cultural local, oferecendo espaço e oportunidades para que os artistas e escritores da região mostrem seu trabalho. A Semana de Cultura também será responsável por movimentar a economia da cidade, gerando empregos diretos e indiretos e valorizando recursos humanos e infraestrutura local." Dentre as atividades, a "Tenda da Sabedoria" sediará mesas-redondas para discutir a literatura como ferramenta de desenvolvimento da educação. O evento também contará com a "Tenda do Artesanato", apresentações de artes circenses, o Mamulengo do Mestre Galdino e Gerusa. Além disso, o "Cinema na Praça" exibirá filmes nacionais e internacionais em diversas localidades. Shows com artistas como Novinho da Paraíba, Cristina Amaral, Leonardo Sulivan e Nando Cordel iluminarão o palco principal e o palco alternativo durante as noites. Esta semana cultural e literária promete oferecer uma experiência enriquecedora para todos os amantes da arte e da cultura, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento da comunidade local e sua economia. É um evento que iluminará Gravatá em outubro e enriquecerá o cenário cultural da região.

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Literatura para toda as fomes nesta sexta (13) na Bienal PE

Nesta sexta-feira (13) a literatura é a entrada, o prato principal e a sobremesa na XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. É dia de aproveitar o feriadão imprensado e aproveitar a arte de sextar na Bienal com atrações especiais, rodas de diálogos, bienalzinha e lançamentos de livros e quadrinhos que irão saciar a fome de quem tem vontade de ler e estiver no pavilhão interno do Centro de Convenções em Olinda.  Entre os destaques da programação do dia estão o Prêmio Sesc de Literatura, uma conversa com  José Henrique Bortoluci, autor do livro O Que é Meu, lançamento do livro Pernalonga: Uma Sinfonia Inacabada do jornalista Márcio Bastos, diálogo sobre a atualidade da poesia de Carlos Pena Filho com Philippe Wollney e Fábrio Andrade, Memória da literatura: livros através dos tempos com Wellington de Melo e Renata Santana, Bate-papo com  autor Cristovam Buarque e muitas outras atrações. No Círculo das Ideias, o sociólogo José Henrique Bortolucci vem falar sobre seu aclamado livro O Que é Meu, um sensível ensaio biográfico onde o autor parte de entrevistas realizadas com seu pai, que durante cinquenta anos foi motorista de caminhão, para retraçar a história recente do país e da própria família por meio de uma prosa elegante e afetuosa. No mesmo espaço,  "Pernalonga: Uma sinfonia inacabada" (Cepe Editora), biografia do icônico ator pernambucano Antonio Roberto de Lira França (1959-2000), será lançada nesta sexta-feira (13). Trata-se do primeiro livro assinado pelo jornalista Márcio Bastos, que foi setorista de artes cênicas nos jornais locais durante dez anos e, atualmente, estuda a área em sua pesquisa de mestrado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No Conexão Petrobras, uma rica conversa com Cristovam Buarque, professor, economista engenheiro mecânico, sobre o seu livro O Mundo é Uma Escola – o que aprendi em viagens, obra que conta com 85 histórias, vividas ao longo de décadas em dezenas de países visitados pelo ex-Senador, ex-Ministro da Educação nos anos Lula e criador do Bolsa-Escola. No Espaço Diálogos, vamos viajar no tempo através dos livros com o encontro Memória da literatura: livros através dos tempos com os escritores Wellington de Melo e Renata Santana. A mediação fica a cargo de Fábio Lucas.

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Orquestra Criança Cidadã celebra Dia das Crianças em concerto no Teatro de Santa Isabel

A Orquestra Jovem Criança Cidadã celebrará o Dia das Crianças com um concerto oficial a ser realizado no Teatro de Santa Isabel, localizado no bairro de Santo Antônio, região central do Recife, no dia 12 de outubro, às 16h. Neste concerto, o destaque do repertório será a fábula infantil "Pedro e o Lobo", uma obra do compositor russo Serguei Prokofiev que utiliza instrumentos musicais como personagens para contar a história. A apresentação tem um caráter pedagógico, permitindo que as crianças conheçam os diferentes sons dos instrumentos de uma orquestra. O maestro José Renato Accioly conduzirá o concerto, e a professora Amilca Aniceto participará como narradora da história. Além de "Pedro e o Lobo", o espetáculo apresentará obras de diversos compositores, incluindo Händel, Villa-Lobos, Mykola Leontovich, Sergei Rachmaninov, Astor Piazzolla, Alfredo Le Pera, Carlos Gardel e Arturo Márquez. Dois alunos solistas da orquestra, o violoncelista Kleberson Vynicius e a violinista Singrid Vitória, também se apresentarão. Os ingressos para o concerto serão distribuídos ao público na bilheteria do teatro uma hora antes do início do evento. A Orquestra Criança Cidadã é um projeto social com sede nas instalações do 7º Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro, e é realizado com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Conta com o patrocínio master da Caixa Econômica Federal, patrocínio sênior dos Correios e é realizado pela Funarte e pelo Governo Federal. O calendário completo da Orquestra Criança Cidadã em 2023 está disponível no site do projeto social.

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Juliano Holanda ministra oficinas de composição no Recife e interior

Juliano Holanda, músico, compositor e cantor pernambucano, está liderando uma série de oficinas de composição musical intitulada "Diálogos do Verso à Canção." Essas oficinas serão realizadas em quatro cidades de Pernambuco, incluindo Recife, Goiana, Garanhuns e São José do Egito. As inscrições para participar dessas oficinas são gratuitas e podem ser feitas online até dois dias antes do início das aulas em cada cidade. Em Recife, as aulas acontecerão nos dias 16, 17 e 18 de outubro, das 14h às 18h, no museu Paço do Frevo. Em Goiana, os encontros serão realizados no Ateliê Valcira Santiago, nos dias 23, 24 e 25 de outubro, das 18h às 22h. Já em Garanhuns e São José do Egito, a oficina será ministrada no Centro de Produção Cultural, Tecnologia e Negócios (CPC) do Sesc Garanhuns e no Auditório da Secretaria de Educação, respectivamente, das 18h às 22h. Durante essas oficinas, Juliano Holanda compartilhará metodologias de composição e explicará técnicas que tornam o processo de composição musical mais acessível. Os participantes terão a oportunidade de trocar experiências, explorar conceitos e estéticas musicais e, ao final, colaborar na composição de uma canção em grupo. O curso terá uma carga horária total de 12 horas e os participantes receberão um certificado ao seu término. Cada turma contará com 15 vagas, sendo uma vaga reservada para Pessoas com Deficiência (PCD) em cada cidade. A iniciativa visa atrair artistas de todas as áreas, independentemente de sua experiência prévia em composição musical, com o objetivo de estimular a produção musical em Pernambuco, especialmente no interior do estado. Juliano Holanda enfatiza que essa oficina é uma resposta à necessidade de compartilhar conhecimento sobre a canção popular, promovendo a conexão entre pessoas, a produção artística e a colaboração na música.

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Começa hoje a Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Nesta sexta-feira (6) tem início a XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Já no primeiro dia do terceiro maior evento literário do Brasil e o maior do Nordeste, muitas atividades especiais irão tomar conta do pavilhão interno do Centro de Convenções em Olinda.  Entre os destaques da programação de hoje, há poesia, música pernambucana, apresentação cultural e rodas de conversa. É literatura para todos os públicos. Nomes como Jorge Filó, José Teles, Marilena de Castro, Roger de Renoir e Jorge Santos compõem as atividades do primeiro dos 10 dias de evento. Na Conexão Petrobras, Pecúlio, o terceiro livro do poeta Jorge Filó será lançado. Foi lançado em 2023 com o apoio do Funcultura-PE, através de projeto apresentado pela Melodia Produções. São mais de 70 poemas de autoria do poeta e de seu heterônimo Anacreonte Sordano, tendo este, um capitulo à parte. Tem capa e ilustrações do artista Jefferson Campos e projeto gráfico e diagramação por Patrícia Cruz Lima. A revisão foi feita por Paula Filó e Maeve Melo. Já no Círculo de ideias, a roda da conversa: Soparia, a biografia de um bar e de uma cena trará o lançamento do livro Soparia: de boteco a palco de todos os sons da Cepe. O livro conta a história do mítico e lendário bar do pina, reduto cultural da cena mangue. A conversa será com José Teles e Roger de Renor e a mediação ficará a cargo da jornalista cultural: Valentine Herold. À noite, o jornalista Rogério Medeiros apresenta uma palestra e bate papo sobre o Satwa, o primeiro álbum independente do Brasil, e sobre a cena psicodélica que floresceu no Recife na década de 70 anima o público. Durante a apresentação,  histórias sobre as gravações de outros discos antológicos como Paêbirú, Rosa de Sangue e Flaviola e o Bando do Sol, além de mostrar fotos e músicas inéditas de outros artistas da cena udigrúdi recifense dos anos 70, como: Lula Côrtes, Marconi Notaro, Aratanha Azul e outros.  A palestra é baseada no livro Valsa dos Cogumelos - A Psicodelia Recifense 1968/1981, lançado em 2022. SERVIÇO: XIV BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO Quando: 6 a 15 de Outubro de 2023, das 10h às 21h. Onde: Centro de Convenções de Pernambuco. Endereço: Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n, Complexo de Salgadinho. Olinda – PE. Ingressos: www.sympla.com.br/produtor/bienalpe (Meia-entrada: R$ 10 | Ingresso social: R$ 15 | Inteira: R$ 20)   Saiba mais: https://bienalpernambuco.com/  @bienalpe  Programação completa: https://bienalpernambuco.com/programacao-por-dia/ 

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Tom na Fazenda retorna ao Recife com atriz Denise Del Vecchio

Após impressionar audiências em mais de 350 apresentações e conquistar reconhecimento internacional em festivais de teatro pelo mundo, "Tom na Fazenda" retorna ao Recife. A peça, liderada pelo premiado Armando Babaioff, esteve em cartaz em Paris e São Paulo, recebendo elogios e atenção da crítica. Agora, a produção itinerante traz uma novidade de peso: a atriz Denise Del Vecchio se junta ao elenco. A temporada de apresentações no Recife é parte de uma turnê pelo Norte/Nordeste e será seguida por uma nova turnê europeia. A peça oferece audiodescrição e intérprete de libras, reforçando seu compromisso com a acessibilidade. Não perca a chance de testemunhar este espetáculo poderoso no Teatro do Parque, em 7 e 8 de outubro. Denise assume o papel de Ágata, a mãe do namorado morto do personagem Tom, defendido por Babaioff. Com direção do aclamado Rodrigo Portella, completam o elenco Gustavo Rodrigues e Camila Nhary. A produção da turnê Norte/Nordeste é do Pernambucano Flávio Marques. "Estamos felizes demais com a chegada da Denise del Vecchio na fazenda que agora também pertence a ela. Uma atriz que tanto fez e faz pelo teatro brasileiro, agora é a nossa vez de celebrar e aproveitar cada segundo dessa contracena valiosa", sublinha Babaioff. " "Denise é força, é verdade pura e a gente não vê a hora de desfrutar desse novo jogo". Serviço:Data: 7 de outubro (sábado) às 20h e 8 de outubro (domingo) às 19h.Local: Teatro do Parque, Rua do Hospício, 81, Recife.Duração: 120 minutos.Classificação: 18 anos.Ingressos: R$ 110 (inteira), R$ 55 (meia-entrada), VIVO Valoriza R$ 55.Vendas: Sympla e no local. Link para compra.

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Roda de Conversa reúne três visões artísticas

O artista plástico Luciano Pinheiro, o escritor Ronaldo Correia de Brito e a pesquisadora Joana D’Arc Lima conversa com arte, criação e cultura A nova edição do "Roda de Conversa.23" reúne, neste sábado (26.09), o artista plástico Luciano Pinheiro, que está em exposição com “Delírica Vertigem”, a curadora da mostra, Joana D’Arc Lima, e o escritor Ronaldo Correia de Brito. O encontro será na Arte Plural Galeria (APG), a partir das 15h, com um descontraído bate-papo em torno de processos criativos, arte e cultura. Com acesso gratuito, limitado à capacidade do espaço, o evento é mais uma ação da APG em comemoração aos seus 18 anos de atividades voltados a fomentar a multiplicidade das artes em suas diversas expressões. A conversa entre os três convidados vai começar a partir de um olhar sobre o título da exposição "Delírica Vertigem", com obras produzidas durante o confinamento de Pinheiro durante a pandemia de Covid-19. Suas preocupações se transformaram em aquarelas delicadamente coloridas e em recortes e colagens feitos a partir de suas próprias obras. Esses pedaços reaproveitados e remontados funcionam como um jogo lírico, na tentativa de equilibrar a “vertigem” individual e coletiva por meio da arte. A curadora Joana D’Arc Lima destaca, porém, que a exposição oferece uma visão do tempo e das diversas camadas de significado presentes nas obras do artista, que iniciou sua carreira na década de 1960 em Recife.  A exposição “Delírica Vertigem” está aberta à visitação até o dia 7 de outubro na Arte Plural Galeria, com entrada gratuita de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h. A APG fica na Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife. 

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"Uma das coisas que literatura faz é criar laços"

Flávia Suassuna, nova integrante da Academia Pernambucana de Letras fala da sua produção literária e conta como seu tio Ariano Suassuna contribuiu para tornar-se escritora. Ela também é professora e analisa o impacto da internet no ensino e afirma que a ficção pode ajudar a reduzir a polarização atual. É comum os alunos de Flávia Suassuna se encantarem com a maneira como ela oferece os conteúdos das suas aulas de História da Literatura. Prova disso é que esta entrevista, que ela concedeu a Cláudia Santos no café de uma livraria no Recife, foi interrompida por uma ex-estudante que não se conteve para abraçar e fazer elogios à antiga mestra. Talvez esse talento se deva à maneira envolvente como Flávia conversa e que pode ter origem no DNA que compartilha com o tio Ariano Suassuna. Além da prosa boa — que pode ser constatada nesta entrevista — a professora também herdou do tio o ofício de escritora e seu trabalho foi reconhecido ao ser recentemente eleita para integrar a Academia Pernambucana de Letras. Nesta conversa, ela fala da sua trajetória pedagógica e literária, da relação com Ariano, do impacto da internet no aprendizado das crianças e na polarização ideológica que, para ela, pode ser revertida com a leitura de romances. Ao se identificar com os personagens, muitas vezes, o leitor, segundo Flávia, desfaz preconceitos e amplia seus conhecimentos. Parafraseando Contardo Calligaris, ela assegura: “a literatura, a ficção, tem uma mágica complementar porque ensina também a identificação como ser humano”. Como surgiu seu interesse pela literatura? Quando eu era muito pequena, as pessoas me perguntavam: o que você vai ser quando crescer? Eu dizia que queria ser mãe e escritora. Não entendia por que todo mundo achava graça da resposta, eu estava falando sério. Talvez tenha organizado isso na minha cabeça a partir da existência de tio Ariano, que era escritor, porque uma menina de 5 anos provavelmente não saiba o que seja um escritor. E como era Ariano como tio? Ele foi perfeito comigo. Um dia papai disse a tio Ariano: tem uma pessoa lá em casa que gosta desses livros que você gosta. Tio Ariano ficou todo entusiasmado e começou a me mandar livros no Natal, no aniversário. Quando fiz 11 anos, ele me deu As Minas do Rei Salomão, um livro de aventura que eu amei. Depois passou a me dar livros que tinham a ver com a minha idade. Foi um orientador perfeito das minhas leituras. O que acho lindo de tio Ariano é que ele é uma pessoa muito forte, muito incisiva, mas nunca me orientou para eu ser armorial, por exemplo. Ele deixou que eu seguisse meu caminho. Perto de morrer, ele disse: “as pessoas vêm me perguntar o que é que eu sou de Flávia. Aí eu digo que eu sou tio e todo mundo diz que você é uma professora muito adorável. E eu fico muito orgulhoso”. Vê que coisa bonitinha! Uma das coisas que literatura faz é isso: criar laços. É você contar e discutir a história de Capitu, ver como cada geração enxerga essa a história, trazer o filme de Capitu, trazer uma adaptação do livro Dom Casmurro. Tudo isso vai criando laços entre as pessoas de uma sociedade. Esse é um dos motivos por que existe essa história da criação de uma identidade nacional com aqueles livros. Nunca conheci um russo, mas eu amo os russos por causa de Tolstói. É nesse sentido que a literatura cria esses laços de identidade e fraternidade mais amplos. Li um artigo do psicanalista Contardo Calligaris, em que ele diz que quando leu O Caçador de Pipas se identificou com o narrador, apesar de o romance se passar num espaço político, social, ideológico totalmente diferente do dele. Calligaris disse também que num documentário sobre o Afeganistão, você aprende muito, mas você aprende a diferença, as particularidades do país. Já a literatura, a ficção, tem uma mágica complementar porque ensina também a identificação como ser humano. Você percebe que uma pessoa que mora no Afeganistão é tão humana quanto você. E a história é muito linda, fala de um menino de 8 anos que viu um amigo sendo violentado e correu. Esse artigo de Contardo Calligaris me bateu muito porque eu pensei a mesma coisa que ele: se eu tivesse 8 anos e visse uma amiga sendo violentada, eu acho que eu correria… Como você decidiu atuar como escritora e professora? Isso foram os desastres da vida porque eu queria ser mãe. Tive três filhos, mas fui abandonada pelo pai deles e precisei sustentá- los. Eu tinha o curso de Letras e me tornei professora por uma necessidade básica de sobrevivência. Acho, inclusive, que ser professora dificulta um pouco ser escritora, porque a gente tem muita coisa para fazer em casa, mas não tinha outro jeito. Somos pagos pela hora dada, mas quando chegamos na sala de aula, já gastamos um tempão preparando a aula, corrigindo trabalhos. Você começou sua carreira como escritora ao lançar Jogo de trevas (1980), que foi o primeiro romance a ser publicado por uma mulher em Pernambuco. Como foi essa produção? Eu ainda era solteira. Esse romance foi publicado pelas Edições Pirata em 1980. Eu tinha um professor maravilhoso chamado José Rodrigues de Paiva e eu fiz uma proposta indecente a ele. Eu disse: se eu lhe der o meu romance pronto, você perdoa o meu último trabalho? Porque eu não conseguia conciliar o trabalho e fazer o romance. Ele aceitou. Dei os originais do meu romance, e ele me deu uma nota, me livrei do trabalho dele e consegui terminar esse livro. Depois participei do concurso literário para marcar os 450 anos do Recife, instituído por Jarbas Vasconcelos, que era prefeito. Eu ganhei e esse foi meu segundo romance chamado Remissão ao Silêncio. Comecei com prosa que exige uma disciplina. Para fazer esse segundo romance, eu saía da minha casa, ia para a casa da minha mãe toda quarta-feira de tarde, deixava meus filhos para poder escrever. Depois passei

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