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ISAAR Fotos Rogerio Alves

Isaar estreia “Tamboa” com apresentação gratuita no Recife

Espetáculo solo com direção de Mônica Lira destaca a força feminina negra e a musicalidade ancestral em performance no Teatro Hermilo Borba Filho. Foto: Rogério Alves A cantora, compositora e instrumentista Isaar estreia no dia 7 de maio (quarta-feira), às 20h, no Teatro Hermilo Borba Filho, seu novo espetáculo solo, Tamboa, com entrada gratuita. Com ingressos esgotados no primeiro lote online, a artista convida o público a garantir os bilhetes remanescentes uma hora antes do início da apresentação, diretamente na bilheteria. A performance é resultado de um intercâmbio artístico com mulheres negras de Pernambuco, Maranhão e Minas Gerais, em um processo que uniu música, dança, ancestralidade e espiritualidade em torno do tambor. No palco, Isaar estará sozinha, mas cercada simbolicamente por uma ampla rede de vozes femininas que inspiraram a criação da persona “Tamboa”, um neologismo criado pela artista para expressar a potência do tambor na vivência do feminino negro. “Ouvindo mulheres negras de diferentes cidades, encontramos histórias de sabedoria, fé, resiliência, resistência, paixão. Então inventei que ‘Tamboa’ somos todas nós juntas”, afirma a artista recifense, uma das mais reconhecidas da cena musical brasileira. O espetáculo reúne composições autorais de Isaar, músicas criadas a partir da pesquisa realizada nos três estados e canções de domínio público. Com direção cênica de Mônica Lira, do Grupo Experimental, e direção musical de Sofia Freire, a apresentação é um mergulho sensorial em ritmos afro-brasileiros como o maracatu, as caixeiras do divino e as congadas, misturando percussão, canto, movimento e narrativa. “Estarei sozinha no palco cantando, tocando, dançando, contando histórias das histórias que ouvi durante minhas viagens”, revela Isaar. A montagem é resultado de uma imersão coletiva realizada com mulheres como Elisa de Sena (MG), Carla Coreira (MA), Aishá Lourenço e Neta Silva (PE), além de figuras tradicionais da cultura popular como Mestra Roxa, Mãe Kabeca da Casa Fanti Ashanti, Mestra Nadir, do Boi Floresta, e rainhas das Guardas dos Arturos e 13 de Maio, em Minas Gerais. A experiência reverberou em um espetáculo que, embora solo, carrega a força de um corpo coletivo no qual se entrelaçam histórias, afetos e ritmos. “O tambor nos une no maracatu, nas caixeiras do divino e nas congadas”, resume Isaar. Com apoio do programa Rumos Itaú Cultural 2023-2024, Tamboa também se destaca por sua ficha técnica inteiramente composta por mulheres, incluindo a produção da jornalista, antropóloga e artista Chris Galdino. A proposta é não apenas apresentar uma performance musical, mas também celebrar a presença e o protagonismo feminino negro na cultura brasileira, ampliando vozes historicamente silenciadas e conectando diferentes territórios e tradições. ServiçoTamboa, com Isaar📍 Teatro Hermilo Borba Filho – Av. Cais do Apolo, Bairro do Recife📅 7 de maio (quarta-feira), às 20h🎟 Entrada gratuita – distribuição de ingressos uma hora antes na bilheteria (lote online esgotado)📸 Fotos em alta🔞 Classificação indicativa: livre

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Lojinha Cartaz impresso em Risografia

Festival celebra 50 anos de Paêbirú com shows, cinema e arte no Teatro do Parque

Evento reúne Ave Sangria, Anjo Gabriel e Kátia Mesel para homenagear o disco icônico de Lula Côrtes e Zé Ramalho no dia 8 de maio, no Recife O emblemático álbum Paêbirú – Caminho da Montanha do Sol, lançado em 1975 por Lula Côrtes e Zé Ramalho, ganha uma celebração especial em seus 50 anos com o Festival Lula Côrtes, no Teatro do Parque, no dia 8 de maio, a partir das 19h. O evento reúne música, cinema, memória e estética artesanal, com shows das bandas pernambucanas Ave Sangria e Anjo Gabriel, além da exibição de imagens inéditas da cineasta Kátia Mesel. Os ingressos variam entre R$ 99 e R$ 198, com entrada social mediante doação de 1kg de alimento para a Cozinha Solidária do MTST-PE. A noite terá um formato inédito de cine-concerto, em que o disco será interpretado ao vivo e registrado em fita analógica, com o objetivo de lançar futuramente um vinil comemorativo. A apresentação contará com a discotecagem do DJ Pré e será comandada pelo comunicador Roger de Renor. “A proposta do festival é proporcionar uma imersão e uma sensação inspiradas no universo simbólico do disco e na trajetória contracultural de Lula Côrtes...”, afirma Nemo Côrtes, filho do artista e coordenador da Rede Lula Córtex, que há dez anos realiza ações de preservação e difusão do legado psicodélico do artista recifense. Além da música e do audiovisual, o festival também aposta na valorização do fazer artesanal. Toda a identidade visual foi criada manualmente pela artista Luiza Morgado e impressa em risografia. Uma lojinha com cartazes, gravuras e camisas limitadas está disponível para compra online, com renda destinada à preservação do acervo de Lula Côrtes. Serviço – Festival Lula Côrtes: 50 anos do disco “Paêbirú - Caminho da Montanha do Sol”📍 Local: Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista, Recife/PE📅 Data: 08 de maio de 2025 (quinta-feira)🕖 Horário: A partir das 18h (abertura dos portões) | 19h (início do festival)🎟️ Ingressos: De R$ 99 a R$ 198 (entrada social com 1kg de alimento)🔗 Compre aqui📲 Instagram: @redelulacortex🛍️ Loja com peças exclusivas: bit.ly/3RzaNBA

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Videopoesia no Sertão do Pajeú conecta tradição oral e produção audiovisual

Formação gratuita leva oficinas práticas para Carnaíba, Tabira e Triunfo, promovendo experimentação artística no interior de Pernambuco O projeto Da Poesia ao Vídeo - Ocupação Pajeú chega em maio ao Sertão do Pajeú com oficinas presenciais nas cidades de Carnaíba, Tabira e Triunfo. A iniciativa une literatura e audiovisual por meio da videopoesia, gênero artístico que transforma poemas em obras visuais. A formação conta com carga horária total de 20h/aula, sendo conduzida pela produtora e realizadora audiovisual Eva Jofilsan, e teve uma etapa teórica online em abril. Agora, os encontros práticos envolvem captação de imagens, montagem e finalização de videopoemas inspirados na cultura sertaneja. Além de formar novos talentos, a ocupação tem como missão democratizar o acesso ao audiovisual fora dos grandes centros urbanos. “A escolha de concentrar o projeto no Sertão do Pajeú era um desejo antigo, pois entendo a região como um berço da criação poética, especialmente da cultura oral no Estado. Ao mesmo tempo, o videopoema abre inúmeras possibilidades de experimentação visual e de recriação da palavra poética. Acredito que esse encontro entre a riqueza da oralidade e o audiovisual resultará em uma fusão muito frutífera de olhares e abordagens”, destaca Eva Jofilsan. A iniciativa é promovida pela Espiral Filmes, com produção da Anilina Produções e incentivo do Funcultura Audiovisual/Fundarpe/Secult/Governo de Pernambuco. Com passagens anteriores por Olinda, Recife, Garanhuns, Arcoverde, entre outros municípios, o projeto tem contribuído para descentralizar a formação técnica e estimular o surgimento de criadores e multiplicadores em diversas regiões do Estado. Serviço – Oficinas presenciais "Da Poesia ao Vídeo – Ocupação Pajeú"📍 Carnaíba: 5 e 6/5, das 8h às 12h – Escola Municipal Domingos Jacinto Ferreira, Praça Pedro Bezerra, s/n, Ibitiranga📍 Tabira: 8 e 9/5, das 14h às 18h – Centro Cultural Poeta Zé de Mariano, Rua Amâncio Siqueira, 08, Centro📍 Triunfo: 12 e 13/5, das 14h às 18h – Casa Brincante, Rua Fídeas Corte de Alencar, 22, Alto da Boa Vista🔗 Linktree do projeto📱 Instagram | 📺 YouTube 4o

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Padre Fábio de Melo faz show especial para o Dia das Mães no Teatro Guararapes

Espetáculo “Este Sou Eu” reúne clássicos e homenagens no feriado de 1º de maio; últimos ingressos estão à venda O feriado do Dia do Trabalho será de emoção e espiritualidade no Grande Recife. Nesta quinta-feira (1º de maio), o Padre Fábio de Melo volta aos palcos pernambucanos com o show "Este Sou Eu", no Teatro Guararapes, em Olinda, às 20h. A apresentação será marcada por uma homenagem especial às mães, antecipando as celebrações do Dia das Mães com um repertório de fé, amor e superação. “Será um show lindo, com a minha banda. Vamos cantar um pouco do que gravamos no Marco Zero. E como será próximo ao Dia das Mães, queremos que as pessoas tragam suas mães. Vamos fazer uma homenagem bonita para elas”, convida o Padre. No setlist, estarão músicas consagradas como "Deus Cuida de Mim", "Trem Bala", "Nas Asas do Senhor" e "Onde Deus Possa me Ouvir", além da faixa-título "Este Sou Eu" e outras inéditas. Depois de enfrentar um período de depressão, o padre retorna aos palcos com renovada energia, acompanhado por oito músicos. Com mais de 25 anos de carreira, milhões de livros e CDs vendidos e uma das maiores audiências nas redes sociais do país, ele segue usando a música como ponte entre espiritualidade e humanidade. Serviço🎤 Padre Fábio de Melo – Show “Este Sou Eu”📅 Data: 1º de maio de 2025 (quinta-feira, feriado)🕗 Horário: 20h📍 Local: Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda🎟️ Ingressos: à venda na bilheteria do teatro e em Cecon Tickets💵 Valores: Plateia A (R$ 250 / R$ 125 meia), Plateia B (R$ 200 / R$ 100 meia), Balcão (R$ 180 / R$ 90 meia)📌 É necessário apresentar documentação para meia-entrada

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Orquestra de Bolso @ Enquanto Isso Na Sala da Justica 2025

4ª Edição do Frevo da Classe Trabalhadora acontece no Clube Vassourinhas nesta quinta-feira (01)

Festa acontece no dia do trabalhador, com shows de Nailson Vieira, Orquestra de Bolso e de Micael Silva Com o propósito de promover o Frevo, para além do calendário carnavalesco, a 4ª edição do Frevo da Classe Trabalhadora mantém o compromisso de valorizar e difundir as expressões culturais de Pernambuco, com uma festa gratuita e aberta ao público na próxima quinta-feira (01), dia do trabalhador, na sede do Clube Vassourinhas, no Largo do Amparo, a partir das 13 hrs. O evento conta com apresentações musicais e performances que exaltam o frevo, Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em suas múltiplas linguagens, valorizando artistas locais e proporcionando a circulação de renda entre profissionais da cultura, ambulantes e trabalhadores informais.  “Estou numa felicidade muito grande, é um evento que começou no Recife, no segundo ano já veio pra Olinda e nunca parou de crescer. A expectativa é que seja uma festa linda, naquela mistura bonita com a cultura popular de Nailson Vieira e com a juventude do Micael Silva”, disse Ricardo Pessoa, vocalista da Orquestra de Bolso e idealizador do evento. A realização no Dia do Trabalhador reforça o caráter simbólico da festa, celebrando a cultura popular como um direito de todas e todos. Neste ano, estaremos contando na programação com uma atração olindense e duas atrações da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O jovem multiartista Micael Silva, direto de Condado, o mestre Nailson Vieira, de Nazaré da Mata e a anfitriã do evento, a olindense Orquestra de Bolso, com seu repertório com frevo de todas as épocas. Além disso, o DJ Zalma comandará os intervalos entre as atrações. “O que queremos é continuar com a nossa missão de tocar frevo o ano inteiro, a festa é mais uma oportunidade de exaltarmos o frevo e para entendermos que esse ritmo pernambucano não precisa ser sazonal, pode e deve tocar durante os 12 meses do ano”, conclui Ricardo. SERVIÇO: Frevo da Classe Trabalhadora – 4ª Edição Data: 01/05/2025 Horário: A partir das 13h Local: Clube Vassourinhas de Olinda (Largo do Amparo) ENTRADA GRATUITA (retirada de ingresso via Sympla) Atrações: DJ Zalma, Micael Silva, Nailson Vieira e Orquestra de Bolso.

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Pesquisa artística resgata a resistência de mulheres no contextos repressivos do passado e do presente

“Com-dor, mas sem medo” conecta história, performance e resistência de mulheres em quatro regiões de Pernambuco Mulheres, memória e arte se entrelaçam no projeto “Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política”, conduzido pelas artistas e pesquisadoras Silvia Góes e Roberta Ramos. A investigação percorre quatro macrorregiões de Pernambuco — Recife, Goiana, Caruaru e Afogados da Ingazeira — em uma escuta sensível das experiências de mulheres atravessadas pelos traumas e resistências da repressão política nas ditaduras militares sul-americanas, especialmente aquelas ligadas à Operação Condor, aliança repressiva firmada em 1975 entre regimes autoritários da América do Sul. A pesquisa é motivada por uma conexão pessoal e histórica: Silvia e Roberta nasceram no mesmo ano em que a Operação Condor se instaurou oficialmente e o feminismo ganhava força no continente. A partir dessa intersecção entre biografia e história coletiva, as artistas investigam as cicatrizes deixadas pela repressão e os modos como as mulheres resistiram — e resistem — por meio da arte, da memória e da escuta ativa. “A nossa pesquisa nasce do desejo de olhar criticamente para o passado a partir do presente que habitamos como mulheres, artistas e pesquisadoras...”, afirmam as criadoras. Com rodas de conversa, oficinas práticas e online, laboratórios de performance e uma apresentação pública de culminância, o projeto busca reconstruir narrativas silenciadas e revelar o corpo como território de resistência. As ações ocorrem entre maio e junho de 2025, com apoio de artistas locais e parcerias institucionais em cada município. A orientação é do diretor e pesquisador Rodrigo Dourado, com articulação regional da historiadora Karuna de Paula. Ao final, será produzido um registro audiovisual que sintetiza as memórias coletadas e os caminhos performativos percorridos. Mulheres interessadas podem se inscrever gratuitamente pelo e-mail com.dor.mas.sem.medo@gmail.com. SERVIÇO📍 Com-dor, mas sem medo: mulheres, memória, performance e política🗓️ Maio e junho de 2025📌 RMR, Zona da Mata, Agreste e Sertão de Pernambuco📨 Inscrições gratuitas: com.dor.mas.sem.medo@gmail.com🎭 Ações: rodas de conversa, oficinas, laboratórios e apresentação final pública

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Festival RioMar de Literatura lota teatro com debates, música e faz homenagem ao escritor Marcelo Rubens Paiva

Com ingressos esgotados, evento reuniu autores, influenciadores e artistas em uma celebração da literatura no Recife O XI Festival RioMar de Literatura, realizado nesta quinta-feira (24), lotou o Teatro RioMar, no Recife, com uma programação que uniu literatura, música e solidariedade. O evento contou com a participação de nomes como os escritores Pedro Pacífico, Daniela Arrais e Marcelo Rubens Paiva, que conversaram sobre o poder da escrita e os desafios do mundo digital. A mediação ficou por conta da jornalista Beatriz Castro. Além dos debates literários, o público foi convidado a participar da campanha de doação de livros infantis e juvenis, que serão entregues a crianças do Sertão de Pernambuco por meio da ONG Amigos no Sertão. A programação musical do evento ficou por conta dos pocket shows da cantora Isadora Melo e do músico, poeta e escritor Lirinha. Com curadoria da jornalista Carmen Peixoto, o festival reafirma seu papel como um dos principais encontros literários da capital pernambucana. Ao reunir autores de diferentes gerações, o evento mostrou que a literatura continua sendo um espaço de diálogo, memória e transformação social. Marcelo Rubens Paiva fala sobre memória, ditadura e o papel da literatura Após o sucesso da adaptação de Ainda estou aqui para o cinema, que rendeu reconhecimento internacional e um Oscar, o escritor Marcelo Rubens Paiva compartilhou reflexões sobre sua trajetória e o impacto de suas obras. “O papel do escritor é ser lido. Acho que atingi o ápice disso tudo com o filme... levou as pessoas a lerem de novo uma obra minha que já estava no canto das livrarias há muito tempo”, afirmou, destacando o sentimento de missão cumprida ao ver sua história pessoal alcançando novos públicos. Durante a conversa, Marcelo também fez paralelos entre o passado e o presente do país. Ele comentou o episódio do 8 de janeiro como um alerta para a necessidade de manter viva a memória da ditadura militar. “É a prova de que é preciso falar de 64, relembrar, repensar se o Brasil deve perdoar os golpistas”, disse. Para ele, os resquícios do regime ainda se fazem presentes na estrutura da segurança pública brasileira: “A forma como a polícia militar abate as pessoas começou na ditadura. O fato de a polícia ser militar... isso não existe em lugar nenhum do mundo.” Autor de uma trilogia autobiográfica, Marcelo explicou como O Novo Agora se conecta com seus livros anteriores. “Uma fase quando eu era jovem, uma fase com minha mãe com Alzheimer e uma fase que eu virei pai. O Novo Agora foi quase uma necessidade... uma sugestão do editor para continuar uma história que ainda estava engasgada.” Ele reforçou que, ao narrar experiências íntimas, também se comunica com o coletivo. “Você fala de você para falar do coletivo... falando profundamente da minha mãe, das relações familiares... você aborda o conflito que é universal.” O escritor também revelou que o pedido de não exibir cenas de tortura no filme partiu dele, numa tentativa de construir uma narrativa emocional e não explícita sobre o período. “Queria que fosse sutil, nas entrelinhas”, disse. “Faltava um filme da família comum... não ideológico ou didático.” Neste momento, Paiva vive uma fase dedicada à literatura e aos lançamentos internacionais de suas obras, com passagens por França, Itália, Espanha, Portugal e Inglaterra. “Esse ano vai ser em função da literatura”, concluiu. Literatura como espelho e abrigo: Daniela Arrais e Pedro Pacífico falam sobre juventude leitora e escrita pessoal no Festival RioMar Durante coletiva no XI Festival RioMar de Literatura, os autores Daniela Arrais e Pedro Pacífico refletiram sobre o novo perfil de leitores no Brasil e o papel transformador da escrita autobiográfica. Ambos celebraram a crescente adesão dos jovens à leitura, impulsionada pelas redes sociais. “Ainda bem que tem esperança”, afirmou Pacífico. “O BookTok virou uma porta de entrada para muitos adolescentes, que agora estão levando os próprios pais para as bienais. É uma inversão linda.” A conversa também destacou a potência da escrita pessoal como ferramenta de conexão. “Quando a gente lê e se identifica no livro do outro, vem aquela sensação reconfortante de não estar sozinho nas dores e medos”, contou Pacífico, autor de uma obra marcada por relatos sobre identidade e autoconhecimento. Daniela, por sua vez, falou sobre o receio inicial de compartilhar experiências íntimas em seu livro: “Pensei: será que alguém vai se interessar? Mas percebi que as experiências são universais. Falar de mim é, de alguma forma, falar do outro.” Ambos também expressaram preocupação com os impactos da inteligência artificial na produção literária. Daniela relatou ter recebido um livro assinado por IA e se recusado a lê-lo: “Fiquei assustada. A gente precisa de mais humano, mais naturalidade na escrita.” A dupla ainda defendeu políticas públicas de incentivo à literatura e o fortalecimento da cadeia do livro no Brasil, especialmente fora do eixo Sudeste.

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Paulo Leminski ganha mostra imersiva em Porto no ano de seu centenário

Exposição gratuita “Múltiplo Leminski” revela as diversas facetas do multiartista brasileiro com acervo inédito e ambientações sensoriais O Instituto Pernambuco Porto Brasil recebe, até 23 de maio, a exposição Múltiplo Leminski, que marca os 80 anos de nascimento de um dos artistas mais inventivos do Brasil. Com entrada gratuita, a mostra apresenta uma imersão sensorial na vida e na obra de Paulo Leminski (1944–1989), poeta, compositor, crítico e pensador cultural que atravessou linguagens com originalidade e lirismo. Após passar por mais de 15 cidades, incluindo Lisboa, Braga e Roma, a exposição chega a Porto com novo fôlego, reafirmando a força contemporânea do autor. Dividida em ambientações interativas, a exposição reúne manuscritos, documentos pessoais, fotografias, vídeos, trilhas sonoras e instalações cênicas. O visitante é convidado a caminhar por um percurso sensorial que revela tanto a trajetória artística quanto os aspectos íntimos de Leminski, num convite ao mergulho poético. A proposta é apresentar a multiplicidade de um criador que soube unir crítica e sensibilidade em uma linguagem profundamente brasileira e universal. “Receber essa exposição em Portugal é mais do que celebrar um nome fundamental da cultura brasileira. É afirmar pontes culturais entre países irmãos e permitir que o público português conheça mais de perto a inventividade de Leminski", afirma Marina Buarque, coordenadora do Instituto Pernambuco Porto Brasil. A mostra reforça o intercâmbio entre Brasil e Portugal em um momento especial: Leminski será o autor homenageado da Flip 2025, que acontece em julho na cidade de Paraty. Com curadoria dinâmica e linguagem acessível, Múltiplo Leminski reforça o legado de um artista que influenciou gerações e permanece atual. A iniciativa é uma realização do Instituto Paulo Leminski, com apoio de instituições culturais no Brasil e em Portugal, consolidando-se como referência em exposições sobre literatura e memória cultural. ServiçoExposição Múltiplo Leminski📍 Instituto Pernambuco Porto Brasil – Rua das Estrelas, 143. Campo Alegre – Porto/PT. C.P. 4150-762📅 24 de abril a 23 de maio de 2025🕒 Segunda a sexta: 10h30 às 13h e 14h às 18h (fechado aos fins de semana e feriados)📞 +351 226 008 224 / +55 41 99674-0243📲 @institutopernambucoporto / @pauloleminskioficial🌐 institutopernambucoporto.pt | multiploleminski.com.br🎟 Entrada gratuita

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Rebeca Gondim credito foto 6 Filipe Gondim

Espetáculo “Revinda” estreia no Ibura com dança, poesia e denúncia social

Nova criação de Rebeca Gondim percorre bairros do Recife e destaca a potência artística das periferias. Foto: Filipe Gondim A partir de 26 de abril, o espetáculo Revinda dá início à sua circulação por seis bairros da periferia do Recife, começando pelo Ibura. A obra, idealizada pela artista Rebeca Gondim, mescla dança, música e poesia para denunciar o genocídio da população negra e celebrar a resistência das comunidades periféricas. Inspirada pela história de Tereza Maria da Conceição, mãe que perdeu o filho morto pela polícia no Rio de Janeiro, Revinda transforma dor em arte e memória coletiva. O espetáculo nasce do solo “Terezinha”, criado por Rebeca em 2015, e amadurecido durante a pandemia em um processo que integrou novas linguagens e afetos. Agora, em sua versão presencial e coletiva, Revinda agrega artistas locais em cada apresentação, criando um espetáculo único a cada edição. No Ibura, por exemplo, Rebeca divide a cena com o músico Pajé IB e a cantora e dançarina Lua Maria, em um tributo à efervescência cultural do território. A circulação segue por Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5). Em cada local, artistas da própria comunidade se unem ao espetáculo, ampliando a narrativa e fortalecendo vínculos. “Quis voltar com a força do coletivo. Trouxe meu irmão, amigos, meus pais, e artistas que admiro. Revinda é uma encruzilhada de histórias e afetos”, diz Rebeca. Além de emocionar, Revinda propõe uma reflexão sobre as violências vividas nas periferias brasileiras e o papel das manifestações culturais como espaços de resistência. Com acessibilidade em Libras, todas as apresentações são gratuitas e acessíveis, reafirmando o compromisso com o direito à arte e à memória. Serviço🎭 Revinda – Espetáculo de dança, poesia e resistência📅 Estreia: 26 de abril, às 17h30 – Ibura (Praça da UR 06)📍 Circulação: Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5)⏰ Sempre às 17h30 | Classificação: Livre | Acessibilidade em Libras📲 Mais informações: @rebecagondim__

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Uenni 7 curso

Curso gratuito ensina animação em stop motion a integrantes de terreiros no Recife

Projeto Terreirada em Cena abre inscrições até 25 de abril com foco na valorização das culturas afro-indígenas. Foto: Uenni Estão abertas até o dia 25 de abril as inscrições para a segunda edição do Terreirada em Cena, projeto que oferece um curso gratuito de animação em stop motion com prioridade para integrantes de terreiros de religiões de matriz afro-indígena. A iniciativa busca ampliar o acesso das comunidades tradicionais ao audiovisual, fortalecendo a autonomia narrativa a partir de suas próprias vivências. A formação será realizada durante quatro sábados de maio (dias 10, 17, 24 e 31), das 8h às 16h, no Ilé Àṣẹ Ọmọ Omi Sagbà, em Mangabeira, no Recife. O curso cobre todas as etapas de produção de um curta em stop motion — da escrita do roteiro à edição final — com oficinas práticas de fotografia, som, modelagem, animação e montagem. São oferecidas 30 vagas com alimentação garantida aos participantes. Idealizado pela fotógrafa Uenni, o projeto nasce da necessidade de romper com as representações externas sobre os terreiros. “A ideia é capacitar quem já está dentro da comunidade para que possa contar suas próprias histórias. O audiovisual é uma ferramenta poderosa de memória e resistência”, afirma a criadora. Além do ensino técnico, o Terreirada em Cena propõe uma reflexão crítica sobre a invisibilidade das culturas afro-indígenas no cinema, valorizando a oralidade e a troca entre gerações. O curso mantém o uso do celular como principal ferramenta de filmagem, promovendo autonomia e acessibilidade tecnológica. Serviço📌 Curso Terreirada em Cena – Stop Motion no Terreiro📅 Quando: 10, 17, 24 e 31 de maio de 2025⏰ Horário: Das 8h às 16h (com café da manhã e almoço)📍 Onde: Ilé Àṣẹ Ọmọ Omi Sagbà – Casa das Águas, Rua Campo Alegre, 220 – Mangabeira, Recife (PE)📝 Inscrições até 25 de abril: bit.ly/terreiradaemcena2

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