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duonino

Para Estêvão e Inácio

*Por Paulo Caldas O recado de “Duonino”, protagonista deste livro que leva o seu nome, vai além dos homenageados pela autora, a talentosa Aline Crispino Pessôa Saraiva, e chega, carregado pelos ventos do bem escrever, aos meninos e meninas que vão conhecer a mensagem da história. Nesta primeira incursão da autora pelos meandros do universo infantojuvenil, a concepção da trama foge sabiamente do explícito, porém, com a necessária sutileza, oferece ao leitor a real percepção entre as diferenças do mundo e sugere a tolerância capaz de aceitá-las por caminhos acessíveis que os conduzem a um conviver fraterno e harmonioso. “Duonino” conduz à reflexão dos valores humanos, apoiado na feliz parceria da escrita de Aline com o gestual figurativo das elogiáveis ilustrações de Kátia Setsuko Chester, que revelam contrastes do viver cotidiano. A publicação traz o selo da Confraria do Vento, coordenação editorial de Karla Melo e Victor Paes, projeto gráfico e capa de Bel Caldas. Os exemplares podem ser adquiridos pelo site da editora: http://www.confrariadovento.com/editora/catalogo/item/328-duonino.html . *Paulo Caldas é escritor

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1962 Samico alexandre e o passaro de fogo

Obra de Gilvan Samico ilustra calendário 2023 da Cepe

O gravurista, desenhista, pintor e professor Gilvan José Meira Lins Samico, considerado por muitos críticos o maior expoente da xilogravura no Brasil, é homenageado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) no calendário 2023 da empresa. Obras de Samico (1928-2013), com seus personagens bíblicos, figuras de lendas e animais fantásticos, ilustram todas as folhas em imagens produzidas pelo fotógrafo Helder Ferrer, que é também responsável pela curadoria do calendário comemorativo. De acordo com o jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes, as fotos retratam o trabalho de Gilvan Samico em suas diferentes fases: dos anos 1960 até a década de 10 do século 21, passando pelos anos 1970, 1980 e 1990. “Ele é um artista conhecido do grande público, um grande nome da xilogravura brasileira, que fala muito sobre as nossas referências, nosso imaginário. Samico se apropria do imaginário popular e da literatura do cordel e cria um estilo próprio”, declara Diogo Guedes. Diferente dos anos anteriores, o calendário 2023 tem formato vertical e foi impresso em papel offset, menos brilhoso, para privilegiar e não interferir na obra do homenageado. Traz, ainda, texto de apresentação escrito pelo pintor e artista gráfico Raul Córdula, que fala sobre a influência do movimento armorial e da cultura popular na produção de Samico. “Raul Córdula mostra como Samico se insere nas artes plásticas e na arte moderna pernambucanas. As pessoas poderão conhecer o gravurista pelas imagens e pelo texto”, observa o jornalista. “Os pioneiros da arte moderna no Nordeste introduziram aspectos da arte popular nas suas obras, mas estes eram aspectos predominantemente formais. Em Samico, o que vigorou foram aspectos da alma do povo, seus mitos e lendas, como se vê em João e Maria e o pavão azul, Juvenal e o dragão ou O Senhor do Dia”, diz Raul Córdula ao apresentar o gravurista. “O conjunto da arte de Samico, especialmente da produção em xilogravura, forma um aglomerado de fatos poéticos que nasceram da língua do povo, onde as imagens são oriundas da imaginação mais profunda de nossa língua”, destaca. Entre as imagens selecionadas por Helder Ferrer para compor o calendário estão A Luta dos Anjos (1968), em janeiro; No Reino da Ave dos Três Punhais (1975), em março; O Enigma (1989), em agosto; e O Devorador de Estrelas (1999), em outubro. A obra da capa é Alexandre e o Pássaro de Fogo, de 1962. Helder tem um vasto acervo de fotos de Samico e das criações do artista, que nasceu no Recife e morreu na mesma cidade. O calendário não será vendido, uma parte é distribuída com instituições do Governo do Estado e outra parte é destinada a ações promocionais da editora pública. Mantendo o mesmo padrão do ano passado, quem fizer compra de livros e periódicos avulsos (Revista Continente e jornal literário Pernambuco), com valor a partir de R$ 100, leva um calendário. Válido apenas para as lojas físicas da Cepe, de 22 a 31 de dezembro.

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Sidney Rocha

Sidney Rocha lança livro com campanha de leitura solidária 

Este 2022 vem sendo ano de conquistas para o premiado escritor Sidney Rocha. Emplacando bem seu infantojuvenil “Sofia” (editora Iluminuras) no Programa Nacional do Livro Didático, PNLD, ele lança agora seu mais novo “As aventuras de Ícaro”, pela mesma editora, para a mesma faixa etária. Rocha abdicou do lançamento formal e ele e a editora preferiram algo mais efetivo. E afetivo: uma campanha de leitura solidária.  Simples: cada leitor ou leitora que adquire o livro recebe um exemplar em casa e outro é enviado para uma escola pública, onde será entregue a um/uma estudante como presente de Natal. Resultado: não deu para quem quis. Em 24 horas, os cem exemplares especiais da promoção estavam esgotados. Cinquenta para os leitores, cinquenta para as escolas. As remessas começam a ser enviadas, hoje, dia 20, a tempo ainda de o exemplar poder figurar na árvore de Natal de quem recebe “As aventuras de Ícaro”. A entrega dos livros nas escolas, na Região Metropolitana do Recife, também começa a ser feita a partir desta quinta-feira, 22.  “Evoluímos muito até aqui para prescindirmos da leitura, sobretudo da leitura literária. E se transformamos isso em uma ação coletiva, solidária, que de alguma forma dê oportunidade a quem não teve ainda, é uma forma de instruirmos e educarmos, uma educação sentimental, também, ao mesmo tempo. Estou feliz com o momento”, diz Sidney que, neste 2022, recebeu seu doutorado honoris causa (UFPE) pelo conjunto de sua obra e também por conta de décadas de militância na educação pública, ligada à literatura. SOBRE “AS AVENTURAS DE ÍCARO” Reconhecido como um dos grandes escritores brasileiros contemporâneos, Sidney Rocha vem se aproximando do mais exigente público: o infantojuvenil. “As aventuras de Ícaro” é um romance sobre os grandes temas como a amizade e traz à tona temas atuais bem polêmicos como a verdade, as notícias falsas, e a formação crítica e os medos contemporâneos. “Adolescentes não têm medo da Perna Cabeluda. Mas da Mentira Cabeluda”, brinca o autor. “A literatura tem o dever de se aproximar desses temas, não para ‘formar’ ou ‘informar’, simplesmente. Mas para construir leitores e leitoras críticos.” Neste ponto, “As aventuras de Ícaro” (96 páginas, Editora Iluminuras) é um romance para todas as idades. “Na verdade, esses divisões ou faixas são categorias que importam mais à crítica, ao mercado, etc”, diz ele. “Esse romance é sobre a infância, a juventude, a velhice, a morte e a vida. E também sobre a solidariedade, o que se casa bem com essa ação social. É o meu romance mais divertido e, ao mesmo tempo, mais grave”, completa.

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drama teatro

Com encenação gratuita, peça de biodrama encerra atividades de 2022 do Terça em Cena

“Travessia de Vida, Outro Exemplo”, do Grupo O Tabuleiro de Teatro, ganha apresentação dia 20 de dezembro, na UFPE (Foto: Ythalla Maraysa) Um menino organiza seu quarto e se reencontra com várias memórias, algumas delas por muito tempo escondidas. Um artista reflete sobre sua profissão e a própria essência do fazer artístico, temendo por seu futuro em um país mergulhado no desprezo à cultura. Três tempos, passado, presente e futuro se encontram na encenação de “Travessia de Vida, Outro Exemplo”, montagem do Grupo O Tabuleiro de Teatro que encerra as atividades de 2022 do projeto Terça em Cena. A peça ganha apresentação única e gratuita no dia 20 de dezembro, às 19h, no Teatro Milton Baccarelli (Centro de Artes e Comunicação da UFPE). No dia seguinte, 21 de dezembro, o grupo oferecerá uma oficina sobre biodrama. O espetáculo tem a direção assinada por Felipe Vidal e parte das experiências reais do ator e dramaturgo Lucas Carvalho, autor e protagonista do texto. Calcado no biodrama, quando as vivências biográficas de pessoas vivas constroem a dramaturgia, o trabalho propõe uma reflexão sobre questões geracionais, do processo de amadurecimento. Também se coloca como uma ode aos esforços e resistência dos profissionais da arte, mesmo diante do desmonte das políticas públicas para a área e a perseguição contra os artistas. O realismo dá o tom da encenação, mas a atmosfera por vezes é interrompida pela ludicidade, seguindo as proposições do ícone do teatro Jerzy Grotowski. Além da apresentação, no dia seguinte, quarta-feira, 21 de dezembro, às 19h o grupo ministrará no Teatro Milton Baccarelli, a oficina "A autoescrita, o biodrama e a Volplochénie", uma atividade prática-pedagógica, voltada para a sensibilização para a escrita sobre si. Através de exercícios, a oficina tem como objetivo apresentar ferramentas para que os participantes possam trabalhar em cena suas histórias, a partir dos princípios de Voploschénie (corporificação) de Constantin Stanislavski. As inscrições para a oficina podem ser feitas a partir da segunda-feira, 19, através do link disponibilizado no Instagram do Terça em Cena. Serão ofertadas 20 vagas. Sobre o Terça em Cena Projeto de extensão realizado em parceria com o Festival de Teatro do Agreste - Feteag, o “Terça em Cena” teve sua primeira edição em 2019, por iniciativa dos estudantes, e teve uma edição online, em 2021, por conta da pandemia. E são os discentes a força motriz da ação, com participação em todas as áreas (coordenação, produção, mediação, comitê curatorial e comunicação), cuja dinâmica remete a um minifestival. Em 2022, retornou em maio, com programação definida a partir de um edital no Instagram do projeto (@tercaemcenaufpe) aberto para grupos e artistas vinculados ou não à UFPE. Todos os projetos selecionados passaram pelo crivo de uma equipe multidisciplinar formada por 20 pessoas, entre alunos e egressos do curso de Licenciatura em Teatro da UFPE, professores e artistas da cena pernambucana. Além de apresentarem-se, os artistas oferecem para um número limitado de pessoas uma oficina. Ao final de cada peça, também haverá uma mediação para se conversar sobre a obra assistida. O objetivo do projeto é investir na formação de público, além de estreitar os laços da sociedade com a universidade. Por isso, todas as apresentações e oficinas têm sido realizadas no Teatro Milton Baccarelli, reinaugurado em maio deste ano. O equipamento, além de um importante palco para a cidade, também é um espaço de aprendizagem, onde são realizadas várias atividades práticas do curso. Os discentes e professores desejam que o equipamento seja cada vez mais apropriado pela população e tenha sua potência ativada pelos artistas e pelo público. SERVIÇO Espetáculo “Travessia de Vida, Outro Exemplo”, do Grupo Tabuleiro de TeatroDia 20 de dezembro (terça-feira), às 19hTeatro Milton Baccarelli (no Centro de Artes e Comunicação da UFPE, na Várzea)Gratuito, com ingressos distribuídos 1h antes da apresentaçãoClassificação indicativa: 14 anos * Oficina “A autoescrita, o biodrama e a Volplochénie”Dia 21 de dezembro (quarta-feira), às 19hTeatro Milton BaccarelliGratuito, com inscrições através de link disponibilizado no Instagram (@tercaemcenaufpe)20 vagas

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haikais

Livro "Do Estar no Ainda - Haikais" será lançado na próxima terça

A Editora Patuá lança na próxima terça-feira (20) o livro Do Estar no Ainda - Haikais, dos autores Paulo Marcondes e Tulio Velho Barreto. O evento será no Mocó Bistrô, no bairro das Graças, a partir das 19h. Do Estar no Ainda tem 170 haikais criados durante a pandemia a partir do poema “Na poesia da vida”, escrito por um de seus autores. Ao compartilhar os mesmos versos do poema para iniciar cada um dos haikais, de certa forma, Paulo Marcondes e Túlio Velho Barreto abraçaram a tradição japonesa do tanka – estrutura poética que deu origem ao haikai –, em que cada autor escreve uma de suas duas estrofes. Mantidos como foram concebidos, os 170 haikais que compõem o livro encerram e pulsam espontaneidade e simplicidade, como tanto preconizava e praticava Matsuo Bashô (1644-1694), o grande mestre japonês dessa linguagem poética milenar. Mas, ressalte-se, os tercetos de Do Estar no Ainda estão inseridos igualmente no contexto da produção dos poetas que, entre nós, abrasileiraram o haikai. No caso dos autores deste livro, trata-se também de celebrar a amizade e a vida. Pois, ao escrevê-lo, romperam, poeticamente, o isolamento social a que todos e todas nós, comprometidos com a vida, tivemos que cumprir. "As correspondências normalmente são o modelo quando pensamos no diálogo entre criadores. Nas cartas, vislumbramos sua forma de pensar a arte e a vida. Sabor especial temos ao ler Do estar no ainda, porque presenciamos, a partir dos haikais escritos por Paulo Marcondes e Túlio Velho Barreto, um diálogo poético in media res. Ao estilo do OuLiPo, tomando os versos de Na poesia da vida, de Paulo Marcondes, os dois se propuseram 'constrangimentos', na medida em que cada haikai devia remeter a um dos versos do poema original, sem que os dois tivessem lido os poemas subsequentes um do outro. Escrito durante a pandemia de Covid-19, o livro pode ser lido como o conjunto de 170 haikais aqui apresentados, ou como uma longa declaração de amor à poesia e à vida — irmãs que também dialogam desde sempre", afirmou o editor Wellington de Melo. LANÇAMENTO DO LIVRO ‘DO ESTAR NO AINDA - HAIKAIS’ (EDITORA PATUÁ, 2022), de PAULO MARCONDES e TÚLIO VELHO BARRETO Local: MOCÓ BISTRÔ / ARMAZÉM DE SÃO JORGERua da Gracas, 178 - GraçasDia: 20 de dezembro (terça-feira)Horário: 19h

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PalacioDaBoaVista GravuradeFransPost 1644

Museu da Cidade celebra 40 anos com exposições e lançamento de livro

(Da Cepe) Quem já teve a curiosidade de entrar no Museu da Cidade do Recife, instalado pela Prefeitura no Forte das Cinco Pontas em 14 de janeiro de 1982, conhece a riqueza do acervo ali guardado: fotos, mapas, gravuras, azulejos, cachimbos holandeses, fragmentos de cerâmicas que contam a história do Recife. Ao completar 40 anos de existência, em 2022, o museu celebra a data com uma nova exposição de longa duração e um livro a ser lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) neste sábado (17), a partir das 16h, nas dependências do forte, localizado no bairro de São José. Além do lançamento do livro Museu da Cidade do Recife - 40 anos em Movimento e da mostra homônima, será aberta a exposição temporária Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti. A programação terá início às 16h, com contação de história para crianças – contemplando o público infantil sempre presente no Museu. Às 17h, haverá o lançamento do livro e a abertura das exposições, ambas patrocinadas pela Cepe. A entrada é gratuita. Em suas 164 páginas, o livro reúne textos de historiadores, arquitetos, jornalistas e pesquisadores sobre a origem do museu e sua evolução ao longo de quatro décadas, a relação que ele mantém com a cidade, as ações realizadas para o público (exposições, oficinas, atividades de educação patrimonial) e a importância do Forte das Cinco Pontas. O leitor vai descobrir, por exemplo, que no acervo iconográfico há mais de 200 mil imagens do Recife nos séculos 17, 19 e 20 até a década de 1980, além de 1.898 peças de cartografia do fim do século 19 e quase todo o século 20. O título, organizado por Betânia Corrêa de Araújo, Emerson Pontes, Mariana Dantas e Sandro Vasconcelos, é ilustrado com fotos, mapas, gravuras e postais do acervo do museu. Está dividido em 12 artigos de autores diversos, entre eles o historiador Bruno Miranda, a arquiteta Amélia Reynaldo e o fotógrafo Josivan Rodrigues. Exposição de longa duração - A mostra homônima ao livro convida o visitante a fazer um passeio pela história do Recife por meio do acervo do museu. E mais do que isso, a compreender as transformações da cidade sempre em movimento, e a refletir sobre o seu futuro. Estarão expostas imagens de azulejos de diferentes épocas que fazem parte da coleção do museu. Também haverá a exibição de uma animação em vídeo, com a recomposição do prato que ilustra a capa do livro dos 40 anos do MCR. Os fragmentos do prato foram encontrados na década de 1970, nas instalações do forte. “A equipe de conservação do Museu recolheu os fragmentos dispersos e fez a recomposição do prato, realizando um trabalho conhecido como anastilose. E esse prato foi escolhido pelas pessoas que participaram das discussões do livro e da exposição por representar, simbolicamente, um pouco da história do museu e do Recife. A cidade é um conjunto de fragmentos que juntos formam uma unidade, assim como o MCR”, explica a diretora do museu e curadora da exposição, Betânia Corrêa de Araújo. A segunda parte da exposição propõe uma viagem através dos séculos, iniciando pelo 16,quando o Recife era um povoado que abrigava o porto de Olinda, onde os navios europeus atracavam para buscar madeira e açúcar. Uma gravura, pouco conhecida e que ilustra em detalhes esse período, faz parte da mostra e teve seu tamanho ampliado para facilitar a imersão do visitante. Ao chegar ao século 17, marcado pela ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, o público encontrará uma animação produzida a partir de uma pintura de Frans Post, que retrata a construção da Cidade Maurícia. No século 18, com a cidade reconquistada pelos portugueses, a mostra destaca o projeto de edificação de igrejas no Recife. Ao passear pelo século 19, o visitante vai contemplar pinhas e azulejos que embelezavam a cidade à época, além de ilustrações do desenhista Luís Schlappriz, sobre o cotidiano urbano. No século 20, por meio de fotografias, documentos e vídeo, a exposição ressalta três momentos de transformações no Recife: a reforma do Porto, a construção da Avenida Guararapes na década de 1930, e a construção da Dantas Barreto e demolição da Igreja dos Martírios nos anos 1970. Sobre o século 21, a mostra evidencia a Coleção Recife 500 Anos, elaborada pela Cepe, Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Observatório do Recife. “Grande parte das fotografias e mapas que estão nos livros da coleção fazem parte do acervo do museu. Destacamos a pujança dessa documentação histórica no sentido de pensar o futuro da cidade”, afirma Betânia. Exposição “Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti” - O advogado, economista e colecionador Roberto Cavalcanti (1939-2020) adquiriu ao longo de sua vida 44 gravuras que retratam o Brasil, produzidas em um período de cerca de 250 anos, do século 17 ao 19. A coleção, de autores e editores diversos, foi doada ao museu pela família Cavalcanti de Albuquerque. Pela primeira vez, as peças serão expostas ao público, numa mostra com 120 dias de duração. Em março de 2023, um álbum com as gravuras será lançado  pela Cepe. SERVIÇO O que: Lançamento do livro Museu da Cidade do Recife - 40 anos em movimento Abertura das exposições Museu da Cidade do Recife - 40 anos em movimento e Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti Quando: Sábado, 17 de dezembro Horário: 16h – Contação de histórias para crianças17 – Lançamento do livro e abertura das exposições Onde: Museu da Cidade do Recife / Forte das Cinco Pontas (bairro de São José, Centro) Funcionamento do museu: Quarta a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 16h Entrada gratuita

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Cinema da Fundação recebe pré-estrea do longa Cafi

Depois de rodar por alguns festivais no país e no exterior, finalmente, o público recifense vai poder assistir ao filme Cafi. O longa, produzido pela Luni Produções, tem pré-estreia aberta ao público marcada para o próximo domingo (18), no Cinema da Fundação, pela 25ª Mostra Retrospectiva Expectativa. O horário da exibição é às 19h e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema uma hora antes da sessão. Dirigido pelos cineastas pernambucanos Lírio Ferreira e Natara Ney, o filme Cafi conta a história do fotógrafo pernambucano Carlos da Silva Assunção Filho, o Cafi, que foi os olhos da música brasileira nas últimas quatro décadas. Só capas de álbuns clicadas por ele foram mais de 200, incluindo trabalhos antológicos como Clube da Esquina, Alceu Valença, Blitz e Elza Soares. Inquieto e criativo, Cafi também passeou pelas artes plásticas e espetáculos de teatro e dança, trabalhando com Gringo Cardia, Zé Celso Martinez e Deborah Colker, com quem foi casado por mais de dez anos. O documentário é uma ode a esse personagem idílico, cheio de histórias e registros. O filme foi realizado durante o ano de 2018. Cafi morreu de infarto meses depois, logo após as festividades do réveillon. O filme traz a vida do fotógrafo de forma não cronológica, contada em grande parte pelo próprio Cafi, em entrevistas realizadas em Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em cada um desses lugares, Cafi reencontra amigos com quem trabalhou, conviveu, discutiu, bebeu e criou projetos distintos. Alceu Valença, Lô Borges, Jards Macalé, Miguel do Rio Branco, Ronaldo Bastos, além de Zé Celso Martinês e Deborah Colker, estão entre as pessoas que dialogam com Cafi criando um caminho traçado em forma de mosaico, com imagens que parecem fazer parte de um sonho. A opção das entrevistas em preto e branco, garantem um destaque quase caleidoscópico para as fotos que surgem na tela, retratadas em diferentes tempos da vida do autor. Esse contraste entre as cores vivas de Cafi e o preto e branco da produção foi uma decisão debatida entre Lírio e Natara. “Percebemos que o formato preto e branco ficava perfeito para montar as cenas, enquanto as fotografias e cenas mais antigas vinham em um colorido nem sempre tão nítido”, afirma Natara. Amigo pessoal de Cafi, Lírio acredita que o trabalho é uma celebração à vida. “Algumas pessoas me confessaram uma certa resistência para ver, temendo a sensação de perda. Mas Cafi tem uma presença tão forte, que se coloca acima de qualquer falta. Saímos do filme carregando ele junto”. O filme tem direção de fotografia assinada pelo premiado Beto Martins. A trilha sonora é um luxo à parte, com canções interpretadas por Maria Betânia, Macalé e Gal Costa, para citar apenas três destaques. A trilha incidental não fica por menos, sendo assinada por Lula Queiroga em parceria com Jean Pierre. A produção executiva é de Danielle Hoover e a coordenação de produção de Karina Hoover. A Raccord Produções é a produtora associada. O longa no mês passado ganhou o prêmio de melhor documentário nos Los Angeles Brazilian Film Festival – um dos principais eventos do cinema brasileiro fora do país. O título também recebeu destaque na 14ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, que aconteceu em junho deste ano, em São Paulo. No evento, o filme recebeu um prêmio especial “pela beleza de suas imagens e a liberdade narrativa desse tributo a um grande criador de imagens, muitas delas dedicadas a artistas e capas de discos icônicos da música brasileira”. O projeto foi desenvolvido a partir da parceria com o Canal Curta, incentivado através do FSA, BRDE e o edital do SIC Municipal da Prefeitura do Recife com patrocínio da Uninassau. Serviço Pré-estreia do filme ‘Cafi’Local: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609, Derby)Data:  18 de dezembro (domingo), às 19hClassificação: 12 anosOs ingressos custam R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia) e podem ser adquiridos uma hora antes da sessão.Informações: www.instagram.com/cinemadafundacao/

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RobertoBurleMarx Composicao 1974

Primeiro ano da Galeria Marco Zero celebrado com mostra sobre Burle Marx

A relação entre Arte e Arquitetura é a tônica do recorte feito pelos arquitetos Luiz Dubeux e João Vasconcelos A Galeria Marco Zero chega ao seu primeiro ano de existência e para celebrar as conquistas - entre elas a sequência de grandes mostras como as de Samico, Tereza Costa Rego, João Câmara, José Cláudio e Paulo Bruscky - anuncia a exposição ‘Burle Marx e interconexões’. Organizada pelos arquitetos Luiz Dubeux e João Vasconcelos, a mostra apresenta Burle Marx em diálogo com o acervo da galeria, fazendo uma aproximação entre Arte e Arquitetura. “Convidamos João e Luiz pois conhecemos a visão artística com que eles trabalham seus projetos e sua relação com o mundo das Artes.”, explica Marcelle Farias, que comanda a galeria junto com Eduardo Suassuna.  A exposição abre para o público no dia 15 de dezembro. "Tradicionalmente, em nossos projetos costumamos aliar o Design com a Arte. Então, o convite para organizar essa mostra nos deu muito prazer.  Vamos explorar as diversas facetas do artista que além de paisagista, profissão que o consagrou, também era pintor, escultor e até designer de joias.”, explica Dubeux. “Serão 25 peças ao todo, sendo 11 de Burle Marx e 14 de artistas cujas obras, em nossa ótica, apresentam pontos de contato com ele, como Gil Vicente, José Claudio, Kilian Glasner, entre outros.”, acrescenta Vasconcelos. Para além do acervo pictórico, o visitante vai conferir intervenções no espaço: um passeio demarcado no piso com inspiração direta nas obras de Burle Marx convida o público a percorrer a galeria. Elementos paisagísticos também estarão presentes, assim como criações orgânicas como um tapete de 4,5m de diâmetro, assinado pelo escritório Dubeux e Vasconcelos. Outro ponto de atenção será uma releitura de sala de estar modernista, com mobiliário assinado por designers como Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e Domingos Tótora. 

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duonino livro

Lançamento do livro Duonino será nesta sexta

Nesta sexta-feira, dia 16, às 17h30 acontece o lançamento do livro “Duonino”. Na obra a autora, Aline Crispino, aborda de forma sensível a dificuldade das pessoas na compreensão das singularidades do seu próximo. Duonino vive num lugar dividido, muito parecido com cenários do nosso cotidiano. A sua história de coragem inspira reflexões sobre diferenças e tolerância, e a construção de um mundo mais bonito e harmônico. O lançamento, que contará com contação de história de Carol Levy, acontecerá no Espaço Cultural Cícero Dias, no Museu do Estado de Pernambuco, localizado na avenida Rui Barbosa, 960, no bairro das Graças.

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Luiz Gonzaga é homenageado em peça musicada em comemoração aos 10 anos do Grupo Confluir

Grupo, do Conservatório Pernambucano de Música, retrata o que é sentir saudade em tempos de pandemia A poesia do Nordeste. O lamento sertanejo. A beleza e a dor de uma saudade. Esses e outros sentimentos serão retratados no espetáculo, “Saudade, o meu remédio é cantar!”, do grupo cênico-musical Confluir, formado por alunos e ex-alunos do Conservatório Pernambucano de Música. A estreia acontece no dia 20 de dezembro às 20:00, no Teatro Barreto Júnior, no Pina. A peça é o novo projeto do Grupo, que, em 2022, está celebrando os seus 10 anos. O espetáculo mistura músicas e poesias (compostas especialmente para a peça por Milton Júnior), embalado em um repertório focalizado em clássicos do cancioneiro de Luiz Gonzaga, como “Que nem jiló” e “Baião”, bem como de outros compositores como Sivuca e Gilberto Gil. “Além de prestar essa homenagem a representantes tão importantes da nossa cultura, escolhemos o tema saudade porque foi uma necessidade do grupo para expressar todos os sentimentos que ficaram represados nesse período de isolamento social ao longo da pandemia”, explica a diretora geral, Janete Florencio. A peça está dividida em três atos. No primeiro deles, “A Feira”, cenas cotidianas da vida de pessoas que saíram do sertão para trabalhar em uma feira são retratadas em uma cidade grande; no segundo, “A Fé”, a religiosidade é retratada por meio do canto e do movimento, deixando claro a esperança desse povo por dias melhores; o terceiro e último ato, “A Festa”, revela o prazer em ser feliz com forró no pé e muita animação. “A inspiração desse espetáculo foi mostrar esses aspectos tão importantes na vida do nosso povo a partir de sentimentos como a saudade, a tristeza e a explosão de alegria que a vida invariavelmente nos proporciona através da música, poesia, dança e expressão cênica”, como explica Janete. SERVIÇO“Saudade, o Meu Remédio é Cantar!”Onde: Teatro Barreto Júnior - Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, PinaQuando: 20 de dezembro, às 20hPreço: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Ingressos à venda pelo instagram @grupoconfluir ou pelo https://forms.gle/aEFLNHfn7mb7Vvij8

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