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Sucateamento do metrô de Recife mobiliza senadores

Após audiência pública, senado fará visita ao Metrô do Recife (Com informações da Agência Senado, da assessoria do senador Humberto Costa e do Metrô do Recife) A Comissão de Assuntos Sociais do Senado, presidida pelo senador Humberto Costa (PT), realizou ontem uma audiência pública para tratar sobre a situação de sucateamento do Metrô do Recife. O parlamentar a anunciou que fará uma diligência para acompanhar in loco os problemas vividos pelo sistema metroviário da Região Metropolitana do Recife. Além de visitar as instalações do metrô, os parlamentares prometem realizar uma série de ações para debater soluções para recuperar o sistema. Uma nova audiência pública para debater o tema com lideranças políticas locais está prevista nos trabalhos da comissão, que planeja também um encontro com a governadora Raquel Lyra (PSDB). "O metrô do Recife é um dos principais modais do transporte público da região metropolitana e já foi referência para todo o Brasil. Infelizmente, hoje nos deparamos com um sistema abandonado e sucateado, que não atende às necessidades da população. O sucateamento da estrutura afeta também os trabalhadores que se dedicam a manter o sistema funcionando. Buscamos, de maneira efetiva, garantir a recuperação da rede e restabelecer a segurança e o conforto dos passageiros e dos trabalhadores", afirmou Humberto. O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro), Luiz Soares, falou sobre a importância do metrô para o Recife e para toda a região metropolitana. A recuperação e a expansão do sistema é um compromisso da nossa categoria e do sindicato. O governo Lula assumiu o compromisso conosco de recuperar o metrô do Recife, que vinha sofrendo um processo de sucateamento nos últimos seis anos", afirmou. O metrô do Recife atende cerca de 400 mil pessoas por dia. Diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano no Ministério das Cidades, Antônio Maria Espósito Neto reafirmou o compromisso do governo Lula em trabalhar pela melhoria do sistema. "O Brasil vive um momento de união e reconstrução. A recriação do Ministério das Cidades e da Secretaria de Mobilidade Urbana mostra que esta é uma pauta prioritária do governo. É o momento de voltar a olhar para este setor com o carinho e a atenção de que precisa", afirmou. Também participaram da audiência pública o senador Fernando Dueire, o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), Adriano Lucena, o gerente operacional de Recursos Humanos da CBTU/Recife, José Inocêncio Andrade, o chefe do Departamento de Estruturação e Projetos do BNDES, Arian Bechara Ferreira, a presidente do Sindicato dos Engenheiros de Pernambuco (Senge-PE), Eloisa Basto Amorim de Moraes, e o procurador do Estado de Pernambuco, Sérgio Augusto. Metrô do Recife recebe audiência pública com interesse A audiência pública foi recebida com interesse tanto pela Administração da CBTU Recife, quanto pela classe metroviária que participou através de link disponibilizado pela TV Senado. A CBTU Recife teve fala do seu representante através do gerente de RH, José Inocêncio. “Ficamos satisfeitos com a argumentação no Congresso, porque entendemos que, principalmente a sociedade organizada, já compreendeu a importância desse modal para a cidade do Recife e já entendeu a realidade pela qual o Metrô do Recife passa. O Metrô é vetor de desenvolvimento por agilizar a mobilidade urbana, e de forma salutar, pois funciona com energia limpa. O metrô tira de circulação veículos pesados, diminui o tempo de deslocamento dos trabalhadores, minimiza acidentes de trânsito e consequentemente, melhora a saúde pública, entre outras caraterísticas", afirmou o superintendente do Metrô do Recife, Dorival Martins. “O Metrô do Recife está diretamente ligado ao crescimento socioeconômico da cidade, pois 70% das pessoas que transportamos são trabalhadores. Nos dependemos de financiamento público para que possamos voltar a oferecer à sociedade um metrô de qualidade, com confiabilidade, agilidade e conforto”, finaliza o superintendente.

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As perspectivas e desafios de morar no Centro do Recife

*Por Rafael Dantas A ausência de moradias permanece há anos como uma marca da região central da capital pernambucana, em bairros como do Recife, de Santo Antônio e São José. Com poucas exceções, como a comunidade do Pilar e o Condomínio Píer Maurício de Nassau, as famosas Torres Gêmeas, são os prédios públicos, comerciais ou mesmo imóveis vazios que caracterizam a área histórica da cidade. Esse cenário pode mudar com a chegada de alguns novos empreendimentos já anunciados, com as diretrizes das políticas públicas do Recentro e até com a nova fase do Minha Casa Minha Vida, que promete incentivar os retrofits. Há desafios grandes ainda a serem enfrentados nesse horizonte para incentivar a chegada da classe média e de garantir maior dignidade aos moradores dos habitacionais populares. Mesmo com grandes dificuldades de atrair investimentos privados para moradia nessa região central, o Recife tem uma vantagem. Diferente de outros centros urbanos que foram esvaziados de suas vocações econômicas, a capital pernambucana tem um ativo que foi a recuperação do Bairro do Recife com a ativação de vários prédios com empresas do Porto Digital. Os 17 mil profissionais em atividade, com uma renda maior que a média da população da Região Metropolitana do Recife, representam uma demanda reprimida de novos moradores, interessados em estar mais perto do trabalho. FALTA MORADIA PARA CLASSE MÉDIA TRABALHADORA Uma constatação das professoras Mariana Zerbone, da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e Edvânia Torres, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), sobre as poucas moradias atuais ou em construção nesses bairros centrais é que elas atendem às camadas sociais de cunho social, para a baixa renda, ou de projetos imobiliários para um público de alto poder aquisitivo. A classe média permanece excluída das escassas alternativas de moradia na região. “Um grande problema que identificamos são os extremos de ocupação das áreas. Ou são habitacionais de cunho social ou a abertura para mercado imobiliário de alto padrão. A classe média e trabalhadora que precisaria morar no Centro não tem acesso, não tem imóvel ‘médio’. É essa classe média trabalhadora que pode dinamizar a região”, avalia Mariana Zerbone. Ela destaca que parte do esforço de reocupação do Centro pode ser destinado a atender também ao público de estudantes universitários. Para além desses três bairros do núcleo mais antigo da cidade, Boa Vista e Santo Amaro integram a região central mais habitada. Especialmente Santo Amaro tem sido alvo de investimentos de maior porte, mas dentro de uma caracterização também de alto padrão. Em São José, no Cais José Estelita, está sendo erguido o Novo Recife, enquanto no Bairro do Recife há empreendimentos como o Yolo Coliving (uma plataforma de hospedagem e moradia que compartilha áreas e serviços comuns) e o Moinho (que contempla também moradias no seu complexo). A secretária do Recentro, Ana Paula Vilaça, afirma que a atuação do gabinete é para tornar o Centro atrativo para visitar, trabalhar, investir e morar. “Nosso maior desafio é atrair moradia. Desenvolvemos uma série de ações para tornar o lugar mais favorável à atração desses investimentos, junto com outras secretarias. Estamos desenvolvendo uma PPP (Parceria Público Privada) de locação social de forma prioritária. Estamos estudando o modelo para oferecer moradia no Centro. A ideia é ofertar 450 unidades habitacionais nesse novo formato, a Prefeitura do Recife entra com subsídio a partir da renda, com a parceria com a Caixa Econômica”. Nessa iniciativa, o setor privado construirá as unidades habitacionais e, em seguida, vai disponibilizá-las para aluguel ao público-alvo do programa. A Prefeitura concederá um subsídio parcial para o aluguel. O modelo já é bem-sucedido em países como França, Holanda e Alemanha, mas ainda é inédito no Brasil, onde o Recife foi escolhido para ser o primeiro município a implementar essa modalidade de habitação. O programa é voltado para famílias com renda máxima de até três salários mínimos. Além da PCR e da Caixa Econômica Federal, o projeto é liderado também pelos Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia. Uma novidade mais recente nas políticas públicas de moradia que pode ter um impacto relevante no Recife é a nova fase do Minha Casa Minha Vida (MCMV). O Governo Federal anunciou que o programa passará a ter uma frente focada na reabilitação de edifícios abandonados. A ideia do Ministério das Cidades, que está desenhando esse programa, é lançar o “Minha Casa Retrofit” no segundo semestre. O lançamento, que deverá ofertar um subsídio maior para quem escolher fazer um retrofit em prédios antigos, na comparação com obras em áreas vazias e geralmente periféricas, representa uma oportunidade para a capital pernambucana, que possui um estoque relevante de imóveis ociosos. O retrofit é tendência na arquitetura, surgida na Europa, que revitaliza construções antigas, modernizando o espaço, tornando-o mais seguro, sem retirar as características originais históricas e arquitetônicas. “Essa nova fase do MCMV é um sinalizador de que o Governo Federal vai olhar para áreas centrais. Todo investidor avalia a viabilidade econômica do local. Esse programa federal está preocupado com isso. Achamos que ele pode alavancar o desenvolvimento do Centro e diminuir os deslocamentos na cidade. A região central da cidade conta com polo médico, universidades, o Porto Digital e órgãos públicos. Temos um potencial consumidor que, por questão econômica e pela falta de oferta de imóveis, foi morar nas periferias”, destacou Ana Paula Vilaça. A secretária destacou os incentivos fiscais para as atividades econômicas e de moradias para as construções ou intervenções destinadas à recuperação dos imóveis no sítio histórico dos Bairros do Recife, Santo Antônio e São José, aprovadas pela Lei do Recentro. Há também um conjunto de iniciativas em andamento de requalificação urbana na região. Obras de drenagem nas Ruas da Concórdia e Imperial, a construção da ciclofaixa conectando a Zona Sul ao Centro e o próprio projeto Viva Guararapes (realizado uma vez por mês, que interdita a Avenida Guararapes ao tráfego de veículos para atividades lúdicas, artísticas e de lazer) integram as iniciativas de incentivo à reativação da região. PORTO DIGITAL NA EXPECTATIVA DE MAIS MORADIAS O presidente do Porto Digital, Pierre

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Raquel Lyra inaugura parque ambiental em Escada, na Mata Sul

A governadora Raquel Lyra inaugurou o Parque Ambiental Janelas para o Rio do município de Escada. O espaço é destinado à prática de atividades de lazer, esportes e brincadeiras, aliando áreas de convivência a iniciativas de preservação ambiental e à proteção do Rio Ipojuca. O valor total investido na obra do Parque foi de R$ 8.515.666,61. A vice-governadora Priscila Krause também participou da inauguração. A governadora ressaltou que tem dialogado com os municípios para eleger as prioridades e interiorizar os investimentos do Governo do Estado. “Que esse parque possa trazer mais qualidade de vida e simbolize o início de muitas obras que queremos trazer para essa região. Transformar Pernambuco carece de muita união e trabalho. É assim que vamos superar os desafios do nosso povo, e isso passa pela geração de emprego e renda, requalificação de estradas, construção de moradia popular e água para todos. Nada se faz da noite para o dia, mas nosso time de secretários está trabalhando para fazer as entregas dos nossos compromissos de governo”, destacou Raquel Lyra. O parque linear foi construído em uma área de 104.874,98 m² e concluído em abril deste ano, após 19 meses de execução da obra. No equipamento há áreas e edificações voltadas a atividades coletivas, como anfiteatro, viveiro de mudas, pista de skate, campos de futebol e academia requalificada.  O Janelas para o Rio de Escada também conta com um bloco destinado à educação ambiental, voltado para ações e aulas de sustentabilidade ambiental, econômica e social, com vista panorâmica para a área de reposição florestal e do Rio Ipojuca. Esse espaço, aliado ao viveiro de mudas e ao anfiteatro, atenderá alunos de escolas da cidade e demais visitantes.Perto da entrada principal do parque ficam o bloco administrativo, quiosque, sanitários e os reservatórios superior e inferior. “Esse parque é um orgulho para nossa cidade, que completa 150 anos nos próximos dias. Todos devem preservá-lo e aproveitar com o orgulho de ter o maior equipamento de lazer da região”, ressaltou a prefeita de Escada, Mary Gouveia. A inauguração faz parte do projeto Janelas para o Rio, elaborado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), através do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca, que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A execução das intervenções ficou a cargo da Secretaria de Recursos Hídricos e de Saneamento.

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Urbanismo Social: A meta é ampliar a Rede Compaz

*Por Rafael Dantas Anderson Miguel, 14 anos, mora no Alto Santa Terezinha, na periferia da Zona Norte do Recife. Estudante de uma escola pública local, nos contraturnos das aulas, ele tem acesso aos computadores da biblioteca e participa das atividades de judô e futsal do Compaz. Lá ele é Pelezinho e está dentro do centro comunitário desde que foi fundado, em 2016. “ Venho para aprender no computador, fazer judô. E jogando nas várzeas, as pessoas dizem que eu pareço muito com Pelé, virei Pelezinho. Eu sonho em ser um grande jogador de futebol no futuro”. Os sonhos e as oportunidades que o adolescente tem acesso hoje possuem uma conexão direta com uma transformação de uma cidade do outro lado do continente: Medellín. Lá a taxa de homicídios chegou a ser de 375 por 100 mil habitantes, no início dos anos 1990, quando foi considerada a mais violenta do mundo. O índice apresentou uma queda para 177 quando Sergio Fajardo assumiu a prefeitura de Medellín em 2003. Em quatro anos, o indicador caiu para 26 homicídios para cada 100 mil habitantes. Desigualdade, violência e corrupção foram os inimigos que Sergio Fajardo, um professor de matemática que se tornou prefeito de Medellín em 2004, escolheu para enfrentar na sua gestão. Ao longo dos anos, a política que priorizava a reconstrução social dos territórios mais vulnerabilizados, com intensa participação comunitária, produziu efeitos visíveis. De cidade mais violenta do mundo, Medellín passou a ser considerada a mais inovadora. Um trabalho que influencia a atuação do Recife e de diversas cidades latino-americanas atualmente. A queda na taxa de homicídios e as construções icônicas que levaram serviços cidadãos para as regiões mais pobres e densas da cidade são apenas dois símbolos da política pública que ganhou o nome de urbanismo social. Fajardo conheceu Pelezinho e outras crianças do Compaz nesta semana em sua primeira visita ao Recife, quase 20 anos após o início do seu mandato. O ex-prefeito esteve na cidade, ao lado de outras referências latino-americanas, que são especialistas ou gestores públicos no 1º Congresso Brasileiro de Urbanismo Social. A escolha da capital pernambucana não foi por acaso. O Compaz é uma das vitrines nacionais de política pública inspirada em Medellín. Programas como o Mais Vida nos Morros e o Parque Capibaribe também possuem experiências exitosas de transformações urbanas, a partir de diálogos com as comunidades. Cases de iniciativas públicas bem- -sucedidas, que convivem ainda com desafios gigantes nos diversos territórios com intensa vulnerabilidade social na cidade. Em 2017, o Recife tinha um índice de 48,73 homicídios por 100 mil habitantes. Em 2022, após oscilações no período da pandemia, o indicador caiu para 35,12 por 100 mil. Esse resultado não se deve exclusivamente ao Compaz, assim como em Medellín não são apenas as bibliotecas-parque as responsáveis pela mudança social. Mas no Compaz está o espírito da nova política de enfrentamento à violência. As participações de Sergio Fajardo e de Jorge Melguizo, que foi secretário de Cultura Cidadã de Medellín, deixaram claro que a experiência transformadora de Medellín foi mais social. As novas infraestruturas urbanas que surgiram, como metrô, teleféricos, espaços de cultura e equipamentos de lazer foram o suporte para uma nova vivência na sociedade que estava sendo costurada. “Nosso projeto é de construção de uma sociedade, não só a construção de uma cidade”, destingue Melguizo. Os equipamentos de alta qualidade que passaram a habitar nos espaços esquecidos e invisibilizados de Medellín quebravam uma lógica de fazer prédios e prestar serviços sem qualidade para as camadas populares. “O mais belo para os mais humildes”, disse o ex-prefeito. Uma mensagem exaustivamente repetida por Murilo Cavalcanti, secretário de Segurança Cidadã do Recife. Ao mesmo tempo, há o incentivo à experimentação e à escuta. “Quer fazer urbanismo social? Conheça o território metro quadrado por metro quadrado. Caminhei por todos os lados, conhecíamos todo o tecido social da cidade”, destacou Fajardo. A partir dessas andanças e da escuta popular, Fajardo formou a imagem de que os adolescentes e jovens da periferia têm um muro que os separa das oportunidades da vida. Enquanto isso, há uma porta aberta para a ilegalidade. “O que há de mais agudo na experiência da pobreza é a sensação de ser visto como inferior, como um fracassado no mais baixo patamar da escala social. As desigualdades, a violência e a corrupção geram desconfiança e desesperança, que nos faz pensar que não se pode fazer as coisas”, explica. O ex-prefeito afirma que a estratégia desenhada pela prefeitura na época, diante da impossibilidade de derrubar o muro, foi de ir abrir brechas nele, criando novas portas para as oportunidades. Essas portas são um conjunto de estratégias adotadas pela cidade colombiana, como bibliotecas, centros educacionais e espaços de lazer. A Rede Compaz, no Recife, é inspirada nas bibliotecas- parque de Medellín, mas tem como diferencial englobar em um único equipamento os serviços de diversas secretarias e órgãos públicos. COMO AVANÇAR? Mesmo com todo o avanço proporcionado pelo Compaz, o Recife ainda enfrenta problemas de violência. Para o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcanti, a política de urbanismo social ainda está em construção na cidade. “O Compaz é um ponto de partida. É um laboratório. Fico emocionado ao ver o equipamento completamente tomado pela população, com atividades de formação e lazer. Se a gente não buscar o caminho dessa política, a tão desejada paz social não será alcançada”, alerta Murilo Cavalcanti. Para Cavalcanti, um dos pontos principais para ter resultados ainda melhores é a ampliação do números de unidades do Compaz no Recife. Em Medellín, os projetos de urbanismos sociais foram implantados de forma simultânea em vários territórios vulneráveis. Mas o aumento do número de equipamentos na capital pernambucana está previsto. “A expectativa é que sejam 16 para ter impacto em todos os territórios da cidade”, ressalta o secretário. Aos poucos, a rede vai sendo expandida. Até o final de 2024, segundo Murilo Cavalcanti, a capital pernambucana, que hoje tem quatro equipamentos do Compaz, terá mais quatro, totalizando oito unidades. “A gente cria uma rede bem robusta,

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"Nosso projeto é de construção de uma sociedade, não só a construção de uma cidade"

*Por Rafael Dantas Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura Cidadã e Desenvolvimento Social de Medellín, foi o palestrante da abertura do I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social. Com um auditório lotado no Museu Cais do Sertão, ele apresentou 10 aprendizagens, 10 propostas e 10 estratégias sobre como virar o jogo da violência urbana, a partir das experiências vividas no seu município, que já foi a mais violenta do mundo. A conexão entre o Recife e a cidade colombiana já é antiga, desde a concepção do primeiro Compaz na capital pernambucana, mas o evento desta semana reúne também outros especialistas que são referências nacionais e internacionais na temática. Nesta semana, pela primeira vez está na cidade o ex-prefeito Sergio Farjado, que foi o pioneiro entre os gestores de Medellín a reverter a lógica de enfrentamento a violência extrema vivida na região. Melguizo abriu o evento explicando que na expressão urbanismo social, o mais relevante não é o urbanismo, mas o social. Em vários momentos da palestra, o especialista ressaltou que o grande desafio na experiência colombiana foi a construção da sociedade e não das estruturas que tornaram Medellín tão famosa internacionalmente. "Nosso projeto é de construção de uma sociedade, não só a construção de uma cidade. As obras físicas são secundárias do urbanismo, que é principalmente um projeto social, educativo e cultural". Crescido na Comuna 13, que era o território mais violento de Medellín, quando a cidade era a mais violenta do mundo, Melguizo destacou que a reversão de abordagem e de prioridade da gestão pública é acima de tudo uma decisão política. Seu bairro, que era alvo de operações militares, passou a ser alvo de atenção do poder público, de serviços e de novas infraestruturas, com foco principal na primeira infância. "A primeira aprendizagem é que é necessária vontade política. Ou melhor, a vontade dos políticos que nos governam." Ele destacou que a vontade política deve se converter em orçamento. Além de dedicar uma parcela maior do orçamento às regiões mais pobres, violentas e de maior densidade habitacional, Melguizo falou uma mensagem muito repetida por Murilo Cavalcanti, secretário de segurança cidadã do Recife, ao defender projetos de alta qualidade para as regiões mais pobres: "A qualidade deve ser uma condição suprema em todos os projetos físicos e sociais". A preocupação em dedicar receitas para manutenção dos equipamentos e serviços foi outro alerta dado pelo especialista. Numa aula cheia de testemunhos de transformação do que aconteceu em Medellín e do que ele já viu na experiência recifense, Melguizo destacou ainda a necessidade de promover experiências de transformação urbana, agir de maneira simultânea na cidade, ouvir de forma intensa a comunidade, valorizando o que já existe e as capacidades no território, e ter foco na infância e adolescência. Foram várias as lições e desafios para o Recife, que tem como horizonte simbólico o ano de 2037, quando completará 500 anos, e para os participantes de diversas cidades do País presentes no evento. O I Encontro de Urbanismo Social acontece até o dia 12, com palestras, oficinas e visitas. A edição da semana da Algomais tratará sobre as experiências e os desafios pernambucanos na perspectiva do urbanismo social. *Rafael Dantas é jornalista, especialista em gestão pública, mestre em extensão rural e desenvolvimento local e doutorando em comunicação (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Segundo Jardim de Boa Viagem recebe área de trânsito calmo pela Prefeitura do Recife

A Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) inaugurou um novo espaço de urbanismo tático nesta segunda-feira (8), no Segundo Jardim da orla de Boa Viagem. . A iniciativa realizada no contexto do Maio Amarelo, campanha global pela segurança viária, dedicou uma área de 385 metros quadrados exclusivamente para pedestres, além de criar oito faixas para travessias mais seguras. A ação visa atender uma região de grande fluxo de pedestres, especialmente nos fins de semana no local. Durante o mês, serão realizadas diversas ações e obras que reforçam a importância de um trânsito mais seguro na capital pernambucana. A Prefeitura do Recife implementará áreas de urbanismo tático na via local da Avenida Boa Viagem, nos cruzamentos com as Ruas Júlio Pires, Artur Muniz e Phaelante da Câmara. Essa iniciativa envolve a readequação das áreas de estacionamento, criando mais espaço para a circulação das pessoas.

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Suape entrega planos de mobilidade urbana para Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém

Ontem (03), foram entregues aos representantes do executivo dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém os documentos elaborados ao longo de 12 meses. Durante esse período, foram realizadas diversas audiências públicas e ações de diagnóstico dos tecidos urbanos estudados, resultando em várias propostas para melhorar a mobilidade nas áreas centrais das cidades. O objetivo principal foi garantir o bem-estar tanto da população local quanto dos visitantes. Os Planos de Mobilidade de Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém, cidades localizadas no território estratégico de Suape, propõem diversas melhorias para a infraestrutura urbana, incluindo a instalação de faixas de pedestres humanizadas e coloridas em áreas de tráfego intenso, a construção de calçadas amplas e acessíveis, a colocação de totens indicando equipamentos públicos, ciclovias nas áreas comerciais e de serviços, e pontos de ônibus com telhado verde e rede de internet wi-fi. A iniciativa faz parte do acordo de cooperação técnica firmado entre a estatal e as prefeituras, com o objetivo de apoiá-las no planejamento de curto, médio e longo prazo para a melhoria do fluxo viário, reestruturação dos modais de transporte coletivo e acessibilidade. Essa parceria com os municípios do território estratégico de Suape está prevista no Plano Diretor 2035 da estatal. A estatal pernambucana investiu R$ 860.000,00 com recursos próprios nessa iniciativa.

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Outros olhares do Recife, nas lentes de Tales Pedrosa

*Por Rafael Dantas A imagem acima ilustrou o cartaz do I Simpósio de Estudos sobre o Recife: Repensando a cidade, que aconteceu no mês passado. O registro é do historiador Tales Pedrosa**, que apresentou no dia de lançamento do evento uma série de outras fotografias que relatam essa metrópole sob outros olhares e contrastes. Os prédios históricos dividindo a paisagem com o precário e com os populares na sua sobrevivência diária pelas ruas. Um tecido urbano e humano. São instantes que revelam reflexões sobre o espaço e principalmente acerca de quem vive nele. O evento promovido pelo RecLab (Laboratório de Estudos e Ensino sobre o Recife), que ocorreu na UFRPE e tinha um caráter acadêmico, reuniu não apenas pesquisas, mas representantes de várias instituições e movimentos que atuam na região metropolitana do Recife. A história, o presente e os insights para o futuro da cidade foi tratado pelas diversas vozes presentes no evento, sejam da universidade ou não. É nesse contexto que as imagens de Tales Pedrosa dialogam com várias temáticas que perpassam pela habitabilidade na RMR. Publicamos abaixo o texto lido pelo geógrafo Tales Pedrosa no simpósio e algumas dessas imagens que dialogam com as reflexões e contradições dessa cidade que encanta pela sua memória e beleza, ao mesmo tempo que expõe de forma muito crua as cicatrizes da desigualdade social e econômica. A cidade é um imenso texto que precisa ser lido, interpretado Quando iniciei esse texto que apresenta e narra um pouco sobre minhas fotografias, lembrei de uma citação de Sandra Pesavento que diz assim: “os estudos de uma história cultural urbana, se aplicam no resgate do discurso, imagens e práticas sociais de representação da cidade” . A cidade é um imenso texto que precisa ser lido, interpretado. Nosso trabalho aqui é coletar e costurar esses fragmentos de representações sobre o espaço. Para isso, é preciso que entendamos que a cidade é uma prática empírica, pessoal e intransferível. É um espaço repleto de contradições, sociais, urbanísticas, entre várias outras. Por isso, é possível dizer que cada habitante vive em uma cidade diferente, a cidade muda de acordo com seus círculos sociais e com suas experiências. Portanto, vivemos uma cidade que é, simultaneamente, única e múltipla, ou como traz o título, uma multicity. A transição entre essas múltiplas cidades não envolve uma viagem, mas uma simples troca de elementos. Cada elemento escolhido, cada porção que compõe o todo, possibilita novas oportunidades de análise, novos olhares. O encontro (o confronto) com a cidade ocorre quando estamos em um lugar desconhecido, por isso é necessário que a gente se faça de estranho à própria cidade em que vivemos. Justamente para que possamos enxergar o “novo”, aquilo que só percebemos quando escovamos a história a contrapelo. O espaço urbano é algo de extrema complexidade em que se manifestam uma intrincada série de fenômenos de interação. As imagens que se produzem desse ambiente são o resultado de um processo que envolve tanto o meio, quanto aqueles que por ali circulam, por isso tais imagens podem variar de forma significativa a partir da perspectiva de diferentes observadores, que por sua vez, selecionam, organizam e dotam de sentido aquilo que observam. Existem lugares ou momentos em que devemos levantar o nosso olhar, dirigir os olhos para baixo, buscar outras cidades dentro da cidade. Esse espaço esvaziado ou cheio de pessoas revela e esconde uma infinidade de elementos. Andamos “automaticamente” pelas ruas, presos em nossos problemas, não observamos o entorno, a pressa e a poluição visual vão embaçando a vista e acabamos mergulhados numa espécie de limbo. As coisas passam despercebidas. As cidades nos possibilitam um sem-número de estímulos, são monumentos, prédios, intervenções urbanas que cruzamos a todo momento em nossos deslocamentos. É importante experienciar a cidade com os sentidos mais aflorados, tentar desbravar a floresta de símbolos de que a cidade é composta. Para finalizar, gostaria de citar Italo Calvino, onde ele diz “de uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas” (CALVINO, 1990, p.44). Não podemos dizer que um aspecto da cidade é mais verdadeiro, importante que outro; são pontos de partida para a investigação que cada pesquisador pretende realizar. Cada vez que observamos, novos elementos surgem, novas perspectivas que nos fazem conhecer e reconhecer a cidade. Então, a partir daí, surge uma nova cidade. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com) **Tales Pedrosa é mestre em história pela UFRPE e fotógrafo (https://www.instagram.com/taleslpedrosa)

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"É preciso começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero no transporte público"

Coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) quer ampliar o debate sobre a gratuidade do transporte público, que há anos vem perdendo passageiros. Ele também analisa as experiências já existentes em cidades brasileiras e do exterior. A gratuidade do transporte urbano público é uma pauta que aos poucos começa a ser mais debatida e a ganhar uma gama maior de defensores. Estopim que levou, em 2013, uma multidão às ruas insuflada pelo Movimento Passe Livre, numa das maiores manifestações de protesto na história recente do País, a tarifa zero já é realidade em 67 cidades brasileiras. No segundo turno das eleições no ano passado, a experiência escalou para mais de 300 cidades que adotaram a gratuidade para facilitar o acesso dos eleitores às urnas. A medida expôs o tamanho da demanda reprimida. Segundo dados da Urbana-PE, no Grande Recife, o número de passageiros nesse dia da votação aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Desde o fim da primeira década dos anos 2000, o transporte público tem perdido passageiros que não dispõem de recursos para pagar a passagem. Situação que se agravou com a pandemia, afetando financeiramente as empresas do setor. “O sistema baseado na tarifa está completamente falido”, sentencia Rafael Calábria, coordenador de mobilidade urbana do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele mostra a viabilidade da passagem gratuita e explica a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade) feita pelo Idec, que propõe um sistema integrado em todo o País, gratuito e acessível a todos os brasileiros. Qual é a proposta do SUM (Sistema Único de Mobilidade)? A ideia central é que o setor de transportes passe a ser tratado como uma política pública, passe a ter um sistema de governos que apoiem os municípios na execução das políticas de mobilidade. Hoje cada cidade faz seus próprios sistemas, umas têm órgãos, outras têm autarquias, uma a secretaria executa, outra faz a concessão de um jeito, outra, de outro. Algumas, como no Recife, fazem um consórcio metropolitano. Mas falta uma estruturação do Governo Federal e dos estados para apoiar a mobilidade com mais recursos, com mais capacidade técnica, com treinamento para as equipes para termos uma melhoria na qualidade dos transportes no País. Os municípios, muitas vezes, não têm capacidade para gerir o tanto quanto é preciso no setor com recursos. A mobilidade urbana transpassa os limites municipais. Então, é natural ela seja tratada em ambientes regionais com debates entre estados que sejam mais amplos do que é feito hoje nas cidades. Quais os problemas que vocês detectam na mobilidade? Para quem caminha ou anda de bicicleta existe uma falta de estrutura tremenda, as calçadas são ruins, as ciclovias são incompletas, os gestores municipais não são atualizados para debater esse tema, há uma política de corte de custos e não há investimentos nessa infraestrutura. Para o transporte coletivo também falta infraestrutura, não temos metrôs nem corredores de ônibus suficientes, os pontos (paradas) não são adequados, os terminais são antigos. Quanto aos ônibus, geralmente, o tempo de espera é muito longo para o cidadão, existe alta lotação e são caros, porque é um sistema que depende da tarifa para se bancar. Os empresários acabam direcionando para onde é mais rentável, para avenidas mais centrais, para os horários de pico, e reduzem a frota. Com isso aumenta o tempo do intervalo de espera e a lotação. Por isso é necessário apoio técnico e financeiro para que o sistema não dependa da tarifa. A tarifa zero no transporte público já é realidade em 67 cidades no País. Ela também está prevista no SUM? Assim como o SUS é um sistema de saúde universal e gratuito, defendemos o mesmo para a mobilidade. Mas esse debate no setor está muito mais atrasado do que na saúde. O que defendemos é que precisam começar as mudanças para chegarmos à tarifa zero. Precisamos mudar os contratos, parar de depender da tarifa, fazer os pagamentos por quilômetro, ou por custo ou por qualidade, buscar fontes de financiamento para poder baratear a tarifa e dar uma estabilidade de receita para o sistema de modo a que a frequência possa ser boa. Assim, vamos criando uma cultura para o governo participar mais desse sistema, para que mais cidades possam adotar a tarifa zero. Hoje ela existe exclusivamente em cidades pequenas. Como possuem um sistema mais simples, elas conseguem ter mais facilidade. Nas cidades maiores é mais complexo, elas têm um sistema também de trilhos, como metrôs e trens, há uma relação com cidades vizinhas. Existe uma rede muito mais cara e complexa. Então, a fonte de financiamento é importante para esse debate. O que é urgente é que a cidade comece a debater o tema, porque o sistema baseado na tarifa está completamente falido. Como são as experiências nas cidades que adotaram a tarifa zero? No Brasil, a maior parte das cidades que implantaram são pequenas e recorrem ao orçamento do município. O que alguns prefeitos alegaram é: como eles têm que pagar o vale-transporte de quem é servidor da prefeitura, eles já têm um gasto com isso, então o impacto da tarifa zero não é tão grande no orçamento. O exemplo mais relevante e organizado fora do Brasil, eu diria, é o francês, porque eles modificaram o vale-transporte. Em vez de a empresa pagar o valor para o funcionário que usa ônibus e/ou o metrô, a empresa recolhe o valor que vai para um fundo federal que barateia todo o transporte no país. Mas há ainda uma parte que é usada do orçamento. Defendemos aqui no Brasil essa possibilidade de mudança do vale-transporte. Há um debate bem avançado disso. Existem fontes que já foram debatidas como a CID da gasolina, em que se cobraria dos usuários de carros, que é uma política positiva já que os automóveis é que geram trânsito, eles são da política universal e é bem mais caro ter acesso ao carro. Têm sido debatidas outras fontes,

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I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva será realizado no Recife

Organizadores acreditam na colaboração do urbanismo social para a construção de cidades justas, inclusivas e sustentáveis. Sérgio Fajardo (foto acima) , ex-prefeito de Medellín, será um dos palestrantes. Recife vai sediar o I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva, que acontecerá de 09 a 12 de maio de 2023, em diversos espaços da cidade. O evento reunirá especialistas em urbanismo social de diversas regiões do país, lideranças populares, gestores públicos e trabalhadores de órgãos do terceiro setor, consultorias, negócios sociais, dentre outros. Durante o evento, serão discutidos temas relevantes para o urbanismo social no Brasil, como a existência de problemas relacionados ao déficit habitacional, as altas taxas de violência urbana nas cidades brasileiras, a questão da violência de gênero e contra a população LGBTQIA+, o racismo e a desigualdade de acesso a serviços básicos e oportunidades que as urbes podem e devem oferecer, inclusive numa dimensão subjetiva da vida social. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link https://www.even3.com.br/encontro-brasileiro-de-urbanismo-social/ Entre os nomes confirmados para o encontro estão Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín/Colômbia, Sérgio Fajardo, ex-prefeito de Medellín, Carmen Silva, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de São Paulo (MTST/SP), Katia Mello, copresidente da Diagonal, Aline Cardoso, secretária de Trabalho e Qualificação de São Paulo, Gustavo Leal, especialistas em Segurança Cidadã do PNUD/Uruguai, Tomas Alvim, coordenador do Laboratório Arq. Futuro de Cidades do Insper/SP, Tadeu Alencar, secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, e de Paula Mariano, subsecretária de Integração Social e Habitat do Instituto de Habitação do Ministério do Desenvolvimento da Argentina. A iniciativa tem como objetivo disseminar o conceito do urbanismo social, reunindo os diversos agentes produtores do espaço público para fortalecer o debate e as agendas em torno da construção de uma sociedade socialmente justa, discutindo experiências exitosas ou não. “O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social surge da necessidade de, a partir da atuação comprometida com agendas urbanas, atingir a redução das desigualdades a partir dos conceitos do Urbanismo Social, que é considerado uma ferramenta de transformação territorial”, afirma Paulo Moraes, coordenador da Rede Brasileira de Urbanismo Social e um dos organizadores do encontro. O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social será realizado no Recife em função de a cidade ser um espaço de iniciativas do poder público, de organizações do terceiro setor e da sociedade civil, balizadas pelos princípios do urbanismo social como estratégia de redução das desigualdades sociais nos seus territórios. "Estamos muito empolgados com a realização deste encontro, que trará discussões importantes sobre o urbanismo social no Brasil. É fundamental debatermos as desigualdades sociais existentes em nossas cidades e trabalharmos juntos para reduzi-las. Esperamos receber muitas pessoas engajadas nessa causa", comenta Letícia Canonico, coordenadora da Rede Brasileira de Urbanismo Social e analista de projetos sociais da Diagonal. "O urbanismo social tem se mostrado uma importante estratégia para a redução das desigualdades sociais nos territórios urbanos. É importante que gestores públicos discutam soluções possíveis para os problemas urbanos que afetam a maioria da população brasileira", destaca Denis Pacheco, coordenador da Rede Brasileira de Urbanismo Social e um dos organizadores do encontro. O I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva está sendo realizado pela Rede Brasileira de Urbanismo Social e pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES). O Encontro recebe ainda o patrocínio da Prefeitura do Recife, Diagonal Empreendimentos e Gestão de Negócios, Viana & Moura e Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Programação   09/05/2023 - às 18h30 Local: Auditório do Museu do Cais do Sertão - Palestra de Abertura com Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura de Medellín/Colômbia 10/05/2023 - 09h00 às 12h00 Local: Auditório G1/G2 UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco Mesas Temáticas  10/05/2023 - 14h00 às 18h00 Oficinas temáticas Local: Recife Antigo (espaços diversos)  11/05/2023 - 09h00 às 18h00 Local: Auditório G1/G2 UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco Mesas Temáticas  12/05/2023 - 09h00 às 12h00 Local: Visitas aos territórios - Compaz Governador Eduardo Campos; Ilha de Deus; Porto Digital, Comunidade do Pilar, Morro da Conceição. Serviço O que: I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social: Cidades brasileiras em perspectiva Quando: 09 a 12 de maio de 2023 Onde: no Recife (PE), em diversos espaços da cidade Inscrições gratuitas: https://www.even3.com.br/encontro-brasileiro-de-urbanismo-social/

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