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"Sem a Transnordestina a perda será tão grande quanto foi ficar sem Alagoas e a Comarca do São Francisco"

Em recente audiência com a governadora Raquel Lyra, acompanhando como consultor os presidentes da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Pernambuco, Eduardo Catão, e do CDL Recife, Frederico Leal, tive a oportunidade de dizer, baseado na experiência de mais de 40 anos de estudos sobre a realidade estadual, que a perda do ramal pernambucano da Transnordestina representa para Pernambuco uma mutilação da mesma natureza das perdas do território das Alagoas e da Comarca do São Francisco (até a nascente em Minas Gerais) como represália da monarquia pela Revolução de 1817 e pela Confederação do Equador em 1824. Sem a Transnordestina em Pernambuco, conforme explicitado à exaustão nas completas reportagens da Algomais, perdemos um equipamento logístico essencial para a integração econômica e espacial do extenso território pernambucano e, sobretudo, condenamos a maravilha logística que é o Porto de Suape a ser um porto local que não realiza seu grande potencial nacional e internacional. Afinal de contas, não existe, em nenhum lugar do mundo, porto competitivo sem ferrovia. Daí, a importantíssima iniciativa das entidades empresariais pernambucanas de entregarem à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante o lançamento do PPA Participativo, na sexta-feira 12.05, no Centro de Convenções, um documento intitulado Transnordestina Já! que merece muito a leitura atenta por todos os pernambucano (ver cópia nas páginas seguintes). Os “portadores" do documento fomos Adriano Lucena, presidente do Crea-PE, e eu. Vamos ler e reler a carta, ampliar a mobilização e continuar fazendo o que estiver ao nosso alcance para que Pernambuco não sofra mais esta irremediável mutilação. Vamos lá, sem descanso! TRANSNORDESTINA JÁ! O Nordeste – pobre, extenso e populoso – precisa de investimentos que integrem uma estratégia de desenvolvimento regional. Ao assumir seu primeiro mandato, o presidente Lula tomou conhecimento de que, em matéria de infraestrutura, os dois maiores projetos concebidos para a região eram a Transposição do São Francisco e a Ferrovia Transnordestina. Depois de certificar-se da importância dos projetos, deu início à construção dos dois. A Transposição ainda carece de obras complementares, mas aos poucos vai afastando o risco de colapso hídrico em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Infelizmente, a construção da Transnordestina se arrasta até hoje. Essa obra será capaz de aumentar a competitividade de uma das mais novas e promissoras atividades econômicas do Nordeste, a produção de grãos do sul do Piauí e do Maranhão, e, almeja-se, viabilizará a exploração de minério de ferro no Piauí, representando um dos maiores empreendimentos econômicos já implantados naquele Estado. Ao apagar das luzes do Governo Bolsonaro, porém, tomou-se conhecimento de que o projeto da Transnordestina estava sendo descaracterizado, cancelando-se a conexão da ferrovia com o Porto de Suape, um dos mais importantes da região e do País. Desta forma, o litoral de Pernambuco, onde se concentra o seu parque industrial e de logística, um dos mais importantes do Nordeste, ficará privado de conexão ferroviária, não somente com os outros estados da região, mas com todo o País, ao ser inviabilizada sua ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Desde a sua concepção, o projeto da Ferrovia Transnordestina previa uma bifurcação, a partir de Salgueiro, em dois ramais, um para o porto de Pecém, no Ceará, e outro para Suape. É preciso resgatar essa concepção original, pois ela é essencial para o desenvolvimento integrado da logística nordestina. Enfatizemos que a Transnordestina, juntamente com a Transposição do Rio São Francisco são os dois mais importantes projetos estruturadores para o desenvolvimento do Nordeste. E mais importante, ambos iniciados no primeiro governo do Presidente Lula. A Transnordestina, como originalmente concebida, representa um projeto estratégico que visa acelerar o desenvolvimento regional com redução de desigualdades, ao oferecer às cadeias produtivas regionais um moderno e econômico sistema logístico. Por isso, o corte do ramal de Suape atinge fortemente a economia pernambucana e nordestina ao alijar um dos principais complexos industriais-portuários do Nordeste de se beneficiar da integração logística por meio ferroviário. Não se concebe um hub-port desconectado de uma rede ferroviária de alcance regional e nacional. Sem o acesso à ferrovia, o desenvolvimento do Porto de Suape ficará muito aquém do seu potencial, o que prejudicaria também outros estados nordestinos pela complementaridade funcional entre seus portos. Diante de tamanha relevância da Transnordestina para o Nordeste, não é concebível aceitar o argumento do governo anterior de que não há viabilidade econômica para a construção dos dois ramais. É preciso insistir que a Transnordestina completa não pode ser vista apenas como um projeto que visa ao retorno financeiro de curto prazo. Mas, sim, como instrumento de política de desenvolvimento para uma região que necessita de infraestrutura e, por isso, demanda investimento de recursos federais. Com a Transnordestina, viabilizam-se as condições para que novas cadeias produtivas que demandam transporte ferroviário se instalem e se desenvolvam no Nordeste, acelerando o desenvolvimento econômico, com a geração de emprego e renda, para que nossa população prospere, reduzindo a histórica desigualdade regional no Brasil. Destaque-se que a concessionária da Transnordestina tem apresentado um histórico de descumprimento de prazos e, mais grave, o quase completo abandono da rede previamente existente. A nova ferrovia deveria estar pronta desde 2010! Cabe ao Governo Federal restabelecer as condições para que esse importante projeto de infraestrutura aconteça, acionando a empresa estatal Infra S.A., controladora de aproximadamente 40% da Transnordestina, a liderar a retomada do projeto completo da ferrovia. O Nordeste não pode ser penalizado com o desvirtuamento da concepção da Transnordestina, projeto tão importante para o desenvolvimento da região. As organizações signatárias deste memorial acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comprometido com o desenvolvimento de sua região natal, retomará o projeto a que deu início em seu primeiro mandato. Recife, 12 de maio de 2023 Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE)Federação das CDLs de Pernambuco (FCDL)Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Recife)Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE)Sindicato da Indústria da Construção Civíl no Estado de Pernambuco(Sinduscon/PE)Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe)Sindicato dos Lojistas do Comercio de Bens e Serviços do Recife (SindlojasRecife)Instituto Engenheiro Joaquim Correia (IEJC)Federação do

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Raquel Lyra inaugura novas instalações do Lafepe e anuncia volta da produção de vitamina C

(Do Governo de Pernambuco | Fotos: Hesíodo Góes - Secom) Dez anos depois de interromper a produção de vitamina C, o Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe) voltou a comercializar o suplemento, um dos seus produtos mais populares. O anúncio foi realizado pela governadora Raquel Lyra nesta quinta-feira (11), na sede do órgão, na Zona Oeste do Recife. Na ocasião, ainda foram inaugurados uma nova Unidade Industrial e um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, destinados à produção do produto. As novas instalações tiveram um investimento inicial de R$ 13,5 milhões. Somente nos últimos quatros meses, o Governo de Pernambuco investiu R$ 6 milhões, aplicados na obra dos novos espaços. A vice-governadora Priscila Krause acompanhou a visita. "O Lafepe vem se destacando entre os laboratórios farmacêuticos do Brasil e hoje está inaugurando um centro de pesquisa e desenvolvimento em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco e o Ministério da Saúde. Há também uma nova área para a produção de suplementos, como a vitamina C, que já está na prateleira de todas as farmácias do laboratório no Estado. Então vamos continuar desenvolvendo pesquisa, ajudando o SUS e gerando mais emprego, renda e ciência", afirmou a governadora Raquel Lyra. A vitamina C volta a ser comercializada com uma nova embalagem, tampa de segurança e selo de proteção. O suplemento tem nova formulação e a apresentação agora é em frascos de 30 comprimidos de 500mg revestidos, possibilitando mais estabilidade e maior eficácia. A validade foi ampliada para 24 meses. Já a partir de ontem (11), o produto voltou a ser comercializado nas 12 farmácias do Lafepe espalhadas pelo Estado com o preço acessível de R$ 9,90, sendo uma das mais baratas do mercado. Com capacidade mensal de produção de 2,5 milhões de comprimidos, a estimativa de venda inicial é de 16 mil frascos. O projeto de retomada da produção da vitamina C, que teve uma duração de 18 meses, iniciou com diversas reuniões técnicas com a equipe de farmacêuticos do setor de pesquisa e desenvolvimento, produção e qualidade, além do apoio técnico da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para definição da fórmula. Foram realizados estudos da legislação de suplementos alimentares da Anvisa, adequação de rotulagem de acordo com as normas regulatórias, processo licitatório para aquisição de insumos, testes farmacotécnicos para definição dos parâmetros de qualidade do produto, desenvolvimento de métodos analíticos de quantificação da vitamina e estudo de estabilidade. “É com muita alegria que anunciamos a volta da vitamina C do Lafepe, um dos produtos que resgata a memória afetiva dos pernambucanos e que muito representa o compromisso deste laboratório, o de atender às políticas públicas de saúde com garantia de segurança e preços acessíveis. O consumidor irá encontrar um produto com preço popular, mas com muita qualidade e ainda mais eficácia”, destacou o presidente do Lafepe, Plínio Pimentel. Além da vitamina C, o Lafepe irá lançar novos produtos, a exemplo da Vitamina C+D+Zinco, Vitamina D 2000 UI, Ômega 3, repelente de insetos, protetor solar e polivitamínico. Os produtos encontram-se em fase de testes e a expectativa é que sejam lançados dentro dos próximos 24 meses. "Sabemos da importância do Lafepe para todo o Estado. Sobretudo em determinadas linhas farmacêuticas para algumas doenças que são negligenciadas, como a doença de Chagas, que o mercado farmacêutico comercial não se interessa na produção. O laboratório ainda tem a previsão de lançar a associação da Vitamina C com Zinco, além da parte dermatológica, com filtro solar e repelente, com programação de ser lançando nos próximos meses", comentou a secretária de saúde, Zilda Cavalcanti. Com 57 anos de fundação, o Lafepe é, atualmente, o único laboratório do Brasil a produzir o Benznidazol, medicamento indicado para o tratamento da doença de Chagas. Além do Benznidazol, o laboratório é responsável pela produção de três antirretrovirais, utilizados no tratamento de primeira linha para os pacientes com HIV/Aids. A instituição também produz sete apresentações de medicamentos antipsicóticos no tratamento de esquizofrenia e transtorno bipolar, além de comercializar óculos para as farmácias de rede própria com baixo custo e alta qualidade.

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"Nosso projeto é de construção de uma sociedade, não só a construção de uma cidade"

*Por Rafael Dantas Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura Cidadã e Desenvolvimento Social de Medellín, foi o palestrante da abertura do I Encontro Brasileiro de Urbanismo Social. Com um auditório lotado no Museu Cais do Sertão, ele apresentou 10 aprendizagens, 10 propostas e 10 estratégias sobre como virar o jogo da violência urbana, a partir das experiências vividas no seu município, que já foi a mais violenta do mundo. A conexão entre o Recife e a cidade colombiana já é antiga, desde a concepção do primeiro Compaz na capital pernambucana, mas o evento desta semana reúne também outros especialistas que são referências nacionais e internacionais na temática. Nesta semana, pela primeira vez está na cidade o ex-prefeito Sergio Farjado, que foi o pioneiro entre os gestores de Medellín a reverter a lógica de enfrentamento a violência extrema vivida na região. Melguizo abriu o evento explicando que na expressão urbanismo social, o mais relevante não é o urbanismo, mas o social. Em vários momentos da palestra, o especialista ressaltou que o grande desafio na experiência colombiana foi a construção da sociedade e não das estruturas que tornaram Medellín tão famosa internacionalmente. "Nosso projeto é de construção de uma sociedade, não só a construção de uma cidade. As obras físicas são secundárias do urbanismo, que é principalmente um projeto social, educativo e cultural". Crescido na Comuna 13, que era o território mais violento de Medellín, quando a cidade era a mais violenta do mundo, Melguizo destacou que a reversão de abordagem e de prioridade da gestão pública é acima de tudo uma decisão política. Seu bairro, que era alvo de operações militares, passou a ser alvo de atenção do poder público, de serviços e de novas infraestruturas, com foco principal na primeira infância. "A primeira aprendizagem é que é necessária vontade política. Ou melhor, a vontade dos políticos que nos governam." Ele destacou que a vontade política deve se converter em orçamento. Além de dedicar uma parcela maior do orçamento às regiões mais pobres, violentas e de maior densidade habitacional, Melguizo falou uma mensagem muito repetida por Murilo Cavalcanti, secretário de segurança cidadã do Recife, ao defender projetos de alta qualidade para as regiões mais pobres: "A qualidade deve ser uma condição suprema em todos os projetos físicos e sociais". A preocupação em dedicar receitas para manutenção dos equipamentos e serviços foi outro alerta dado pelo especialista. Numa aula cheia de testemunhos de transformação do que aconteceu em Medellín e do que ele já viu na experiência recifense, Melguizo destacou ainda a necessidade de promover experiências de transformação urbana, agir de maneira simultânea na cidade, ouvir de forma intensa a comunidade, valorizando o que já existe e as capacidades no território, e ter foco na infância e adolescência. Foram várias as lições e desafios para o Recife, que tem como horizonte simbólico o ano de 2037, quando completará 500 anos, e para os participantes de diversas cidades do País presentes no evento. O I Encontro de Urbanismo Social acontece até o dia 12, com palestras, oficinas e visitas. A edição da semana da Algomais tratará sobre as experiências e os desafios pernambucanos na perspectiva do urbanismo social. *Rafael Dantas é jornalista, especialista em gestão pública, mestre em extensão rural e desenvolvimento local e doutorando em comunicação (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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A ferrovia esquecida: Os desafios e memórias de um passado abandonado em Pernambuco

*Por Rafael Dantas Pedaços da antiga via férrea expostos pelo chão do Sertão, Agreste e Zona da Mata parecem, hoje, os fósseis de um passado longínquo de Pernambuco. Algumas das antigas estações viraram museus, prédios públicos, moradia ou mesmo foram destruídas pelo tempo. Quem viaja para o interior do Estado, mesmo na Região Metropolitana do Recife, consegue testemunhar os vestígios desse modal de transporte, que enfrenta grandes dificuldades para ser ressuscitado. O desgaste e as crises do sistema ferroviário em Pernambuco são antigas, mas o abandono total mais recente tem algumas datas a serem lembradas. Em 1998, todo o sistema que estava sob a gestão da RFFSA (Rede Ferroviária Federal) foi concedido para a iniciativa privada, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso. Entre as cláusulas do contrato, assinado um ano antes, estava a de “manter a continuidade do serviço concedido”. A malha assumida naquele ano cobria sete estados do Nordeste (Alagoas, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte). Só em Pernambuco, operavam ainda três linhas no final dos anos 90. A linha centro do Recife até Salgueiro, a linha sul, que seguia até a Zona da Mata Sul pernambucana, em Canhotinho (seguindo para Alagoas), e a linha norte, com destino a Zona da Mata Norte, em Timbaúba (seguindo para a Paraíba). Em aproximadamente dois anos, a linha mais extensa, para o Sertão, foi interrompida. Em menos de 15 anos da concessão, todos os três trechos já não tinham mais operações. O historiador e pesquisador do Patrimônio Ferroviário de Pernambuco, André Cardoso, lembra que o sistema transportava itens como açúcar, grãos, combustíveis e gipsita, da região do Araripe, que chegava por via rodoviária até Salgueiro. A mais antiga das linhas em operação em Pernambuco era a sul, que foi a segunda a ser inaugurada no País, ainda no Século 19. “A ferrovia sempre foi fundamental para o desenvolvimento da região, impactou muito a transformação de espaços urbanos e rurais. Ainda nos anos 1990, a ferrovia foi usada para amenizar os problemas decorrentes das secas no interior, com uso de vagões tanque que levavam água para o Agreste. Havia muitas cargas ainda sendo transportadas na época da Rede Ferroviária, mas, após a concessão, não houve uma continuidade desses serviços”, lamenta o historiador. O engenheiro e professor aposentado da UFPE, Maurício Pina, lembra que com o desuso da via, o sistema foi atacado pelo processo de urbanização desenfreada em vários trechos. “A concessão destruiu a malha ferroviária do Nordeste. Em Pernambuco há anos não circula um trem sequer de carga. Por um tempo ainda havia o Trem do Forró, mas após um descarrilamento, nem isso mais. Casas e até praças foram construídas sobre a linha do trem, foram roubados quilômetros de trilhos”, destacou. O engenheiro Fernando Jordão, ex-presidente do Porto de Suape e ex-superintendente da RFFSA, ressalta que Suape chegou a ser conectado por essa antiga malha, o que dava para o porto uma condição relevante de integração regional. "Era servido por uma malha que articulava vários portos. Estava conectado com Salvador, Maceió, Recife, Cabedelo e Natal. Era um porto articulado com os demais da região. Isso dá uma condição que poucos portos tinham”. Com a interrupção do serviço, hoje todo o transporte que poderia ser feito por trilhos para as regiões produtoras do interior ou para os demais portos passou a ser rodoviário. Ele destaca que Suape foi concebido com uma visão de futuro aguçada, mesmo quando ainda não tinha o volume de movimentações atual. Fernando Jordão conta que, para se conectar à malha ferroviária da região, o porto precisava construir uma malha interna com capacidade de suportar 37 toneladas, que era o padrão. Mas vislumbrando o crescimento, optou por um trilho que suportava 45 toneladas. “Adotaram esse trilho com uma visão de futuro. O porto e a ferrovia, no passado, tinham uma sintonia perfeita.” Se aumentarmos a lupa para a região Nordeste, quase nada permanece em operação nesse sistema que tinha, entre seus atributos, o de conexão dos portos das capitais da região. Igualmente ao que acontece em Pernambuco, muitas das estações viraram museus ou ganharam outros usos, quando não foram demolidas. Ao olharmos os mapas da antiga malha ferroviária e da Transnordestina atual, é possível perceber que se houvesse a manutenção da operação dessas linhas antigas, restaria um trecho muito menor a ser construído. Para haver a integração da rota dos grãos da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e dos minérios aos portos, restaria a ser construído atualmente o trecho sertanejo que conectaria Salgueiro, em Pernambuco, e Missão Velha, no interior do Ceará, a Eliseu Martins, região do Piauí, que é o ponto inicial do projeto atual. A conexão entre essa história e o atual projeto da Transnordestina é que a empresa que assumiu a antiga malha ferroviária, a CFN, que hoje tem o nome de FTL (Ferrovia Transnordestina Logística), é controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional. Esse é o mesmo grupo que lidera a TLSA (Transnordestina Logística SA), concessionária que assinou em dezembro um aditivo que retirou a linha Salgueiro-Suape da concessão. MEMÓRIAS DA FERROVIA Regivaldo Nascimento, 58 anos, é maquinista no Metrô do Recife e é conhecido na via pelo apelido de Jacaré. No início dos anos 80, enquanto estudava na escola técnica, fez um estágio na Rede Ferroviária Federal e, anos depois, em 1987, passou para o quadro da empresa. Seus primeiros passos na ferrovia foram na manutenção dos trens e do sistema mas, posteriormente, passou a operar locomotivas. Mesmo já tendo passado para o quadro do Metrô, ele fez viagens, cedido para a RFFSA, conduzindo as composições para destinos como Ribeirão, Arcoverde e até Salgueiro. “A gente transportava muito açúcar, álcool, pegando carga das usinas e levando para o cais dos portos. Tinha muito milho, de Belo Jardim. Gesso que pegávamos em Salgueiro. Quando a gente chegava nessas cidades era uma festa. Ninguém imaginaria que iria acabar”, recorda o maquinista. Já nos anos 1990, ele lembra de chegar a transportar até 22 vagões em uma única viagem, até a cidade

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Grupo Heineken anuncia investimento de R$ 1,2 bilhão em Pernambuco

Grupo Heineken fará um investimento de R$ 1,2 bilhão em Pernambuco para triplicar produção de cervejas. O empreendimento vai gerar mil empregos. O anúncio foi formalizado em cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, com a presença da governadora Raquel Lyra. A previsão é que as obras terminem até 2024. A ampliação da produção das marcas de cerveja puro malte Amstel, Devassa e Tiger impulsionará o portfólio da companhia. A unidade de Igarassu, em Pernambuco, adotará uma operação 100% com energias renováveis, incluindo caldeiras de biomassa que reaproveitam efluentes tratados para alimentar o sistema energético. Durante o período de obras, o Grupo Heineken criará 700 empregos, e depois da conclusão, mais de mil colaboradores serão empregados diretamente. Esse investimento fortalece o polo de bebidas em Pernambuco, que é composto por 12 unidades de produção de cervejas e chopes, gerando um total de 2.400 empregos diretos. “O Estado celebra o anúncio desse investimento bilionário do Grupo Heineken com a certeza de que a companhia não só ampliará suas atividades em Pernambuco, como também irá melhorar a eficiência da utilização dos recursos naturais. É uma expansão que vai trabalhar a geração de oportunidade conectada ao desenvolvimento sustentável, com a redução de emissão de carbono, reutilização da água e diminuição do consumo de energia”, afirmou no evento de anúncio a governadora Raquel Lyra. A nova unidade se comprometeu a antecipar a redução da sua meta de consumo de água com o novo investimento. (Foto: Janaína Pepeu/Secom)

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Copom mantém taxa básica de juros da economia em 13,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano após reunião realizada nesta quarta-feira (3). Essa é a sexta vez consecutiva que o BC não mexe na taxa, que se encontra nesse nível desde agosto do ano passado. O Copom havia elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, um ciclo que iniciou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. A decisão de manter a taxa, segundo o Banco Central, considerou fatores como a persistência das pressões inflacionárias globais, a incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal a ser analisado pelo Congresso Nacional e uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada. A manutenção da medida tem sido criticada pelo Governo e divide entidades empresariais. O comunicado divulgado pelo Banco Central destacou que, em relação ao cenário doméstico, "o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, ainda que exibindo maior resiliência no mercado de trabalho". Além disso, o documento informou que a inflação ao consumidor e suas diversas medidas de inflação subjacente continuam acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se marginalmente e encontram-se em torno de 6,1% e 4,2%, respectivamente. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O comunicado ainda afirmou que, por um lado, a reoneração dos combustíveis e, principalmente, a apresentação de uma proposta de arcabouço fiscal reduziram parte da incerteza advinda da política fiscal. Por outro lado, a conjuntura, caracterizada por um estágio em que o processo desinflacionário tende a ser mais lento em ambiente de expectativas de inflação desancoradas, demanda maior atenção na condução da política monetária. O ex-presidente do BC e socio-fundador da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco, durante masterclass proferida por ele sobre o “Futuro da Economia Brasileira, que aconteceu antes do anúncio, projetou que a taxa deverá cair nos próximos meses. “A taxa de juros vai seguramente cair e convergir para uma coisa que é o juro neutro. Vai convergir para uma taxa de juros no futuro que não é 2%, mas não é 13%”. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, há uma semana expressou críticas às taxas de juros no Brasil, afirmando que a taxa Selic de 13,75% torna impossível investir no país.

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"A McKinsey não disse que era para levar a Transnordestina para o Ceará"

Bruno Schwambach, Ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado teve acesso a trechos do estudo sobre a ferrovia. Ele defende a manutenção dos ramais dos portos pernambucano e do Ceará, mesmo sem viabilidade econômica, porque o projeto é uma política pública de desenvolvimento. Durante o período em que o empresário Bruno Schwambach foi secretário de Desenvolvimento Econômico, no Governo Paulo Câmara, uma de suas maiores batalhas foi resolver os entraves para a conclusão do trajeto da Transnordestina até o Porto de Suape. Embora não tenha resolvido a contenda, ele contribuiu muito para encontrar uma alternativa. Ciente de que a TLSA não mostrava interesse pelo porto pernambucano, Schwambach esteve à frente das articulações para a entrada de outra empresa privada para concluir a obra, no caso a mineradora Bemisa. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o ex-secretário conta como se deu esse processo e esclarece algumas questões. Assegura, por exemplo, que o estudo da McKinsey de viabilidade econômica do projeto, solicitado pelo Governo Federal, não orientou a construção apenas do ramal para o porto de Pecém (CE) em detrimento de Suape. A decisão, na verdade, foi tomada pela própria TLSA e aceita pelo governo. “Não pode a concessionária, que é um ente privado, decidir para onde ela quer levar o projeto. Se é uma política pública de integração e desenvolvimento regional, quem tem que fazer essa análise é o Ministério dos Transportes, é a ANTT, é o Tribunal de Contas”, indigna-se Schwambach. Ele salienta também que a construção dos dois ramais nunca se mostrou lucrativa. Mas adverte que, desde a sua concepção, a ferrovia não tinha como objetivo a viabilidade econômica, mas sim uma política pública de desenvolvimento regional. “O que entendo como absurdo é a análise da consultoria ter como objetivo encontrar a melhor viabilidade econômico-financeira para segurar o contrato de concessão que a TLSA tinha. Mas isso não é a premissa inicial do contrato, que nunca foi a viabilidade econômica”. Confira a seguir a entrevista. Quando o senhor assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, como estava a situação do ramal de Suape da Transnordestina? Fui convidado para fazer parte da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que tem atribuições específicas, e muitos dos projetos que geram emprego, renda e desenvolvimento, terminam sendo um pouco da atribuição da Sdec. Criamos um comitê com as demais secretarias dos projetos estratégicos para Pernambuco, para juntar as informações, montar um planejamento, identificar as necessidades e o que tínhamos que perseguir como meta e objetivo para podermos, dentro do período que estivermos trabalhando, entregar os projetos e também para dar continuidade a eles. Isso porque projetos desse porte, normalmente, não são concluídos em quatro anos, mas perpassam alguns governos. Levantamos os projetos importantes de infraestrutura, de desenvolvimento econômico, e a vocação e os potenciais de cada região que precisavam ser articulados para acontecerem, seja por meio de investimento público, privado ou PPP (parceria público privada). Elencamos vários desses projetos, entre eles o Arco Metropolitano, a Transnordestina, os estaleiros de Suape, a refinaria, a transposição do Rio São Francisco, a questão das adutoras e do território irrigado do Sertão. Começamos a trabalhar para entender como estava a situação de cada um deles e como poderíamos viabilizá-los. Na questão da Transnordestina, primeiro fomos conversar com a concessionária, a TLSA. Desde o começo percebemos uma negatividade deles em relação à implantação dos trechos faltantes em Pernambuco. O que aconteceu é que houve o pedido de caducidade da concessão da Transnordestina pela ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) para o Governo Federal e o Tribunal de Contas. Com isso, ficou proibido colocar recursos públicos no projeto porque a empresa descumpriu todos os prazos estipulados e ela praticamente parou as obras aqui. Pretendíamos nos colocar à disposição deles e fazer toda a nossa parte (desapropriações, licenças etc), deixar tudo preparado para viabilizar o projeto, independentemente do cenário que acontecesse, que poderia ser a caducidade da concessão, poderia ser de cisão ou de continuidade. Mas, desde o começo, sentimos muita má vontade por parte da TLSA. Nós nos perguntávamos por que eles escolheram Pecém se o nosso trecho era menor? Na verdade, porque eles fizeram uma escolha, há muito tempo, por Pecém, ao montar a sede da empresa no Ceará, ao comprar áreas no entorno de onde chegará a ferrovia, por terem conseguido um terminal portuário lá e querem que toda carga seja direcionada para o Ceará. Inclusive em 2015, um dos presidentes da TLSA foi Ciro Gomes. O que a gente considera é que eles fizeram uma escolha no passado – e aí não sei avaliar o porquê – de que eles iriam viabilizar o máximo possível esse projeto para o Ceará em detrimento do ramal daqui. Ao estudarmos a Transnordestina, identificamos que ela não é um projeto de viabilidade econômico-financeira sustentável para os dois ramais. É um projeto de desenvolvimento econômico para uma região que necessita de infraestrutura, então é um projeto de desenvolvimento regional. Qual é a carga que dá sustentabilidade e viabilidade econômica para operar nessas duas frentes? Não existe viabilidade econômica de mercadorias no setor privado que justifique ele fazer, manter e pagar essa conta toda. Ou seja: é uma política pública de desenvolvimento? Sim. Desde o início da concessão da Transnordestina pelo Governo Federal, o objetivo era desenvolver uma ferrovia ligada ao porto de Suape e a Pecém, porque era preciso levar infraestrutura para essa região carente de recursos naturais, porém, muito populosa. Do mesmo jeito que é a transposição do Rio São Francisco: um projeto que não tem viabilidade econômica, é um projeto de infraestrutura, de desenvolvimento do governo que ele vai entrar com o dinheiro para fazer. Se existe água e ferrovia numa região que já tem uma população que reside nela é ótimo, inclusive para manter esse pessoal fora das grandes cidades. Do ponto de vista de política pública é excelente! Como você analisa essa opção de manter uma empresa para executar esse projeto que não cumpriu os prazos do contrato? Houve uma opção, no início do contrato, de que ia ser

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Pesquisa aponta queda na confiança dos empresários do varejo em Pernambuco

A confiança dos empresários pernambucanos do varejo alcançou seu patamar mais baixo desde maio do ano passado, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, elaborado pela CNC e pela Fecomércio-PE. O índice 100 divide a satisfação e insatisfação, sendo abaixo de 100 pontos indicativo de pessimismo e acima de 100 pontos indicativo de otimismo. Em abril de 2023, o índice alcançou 113,3 pontos. A queda na confiança do empresariado pernambucano vem ocorrendo desde novembro de 2022. A queda no otimismo está relacionadoa às expectativas na economia, que está apresentando alto endividamento e a inadimplência das famílias, fatores que tem impactado o fluxo de caixa das empresas e aumentado o risco de crédito para os credores. Startup pernambucana ioTree é selecionada para um dos maiores eventos de inovação do mundo A startup ioTree, com sede no Porto Digital do Recife-PE, foi selecionada para participar do programa de startups ALPHA do Web Summit Rio, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação do mundo. O evento, que ocorre pela primeira vez no Brasil, reunirá os principais profissionais e empresas do setor nos dias 1º e 4 de maio no Rio de Janeiro-RJ. A ioTree, fundada em 2019, oferece uma plataforma de serviços para smart cities, que funciona totalmente com energia solar e contribui para atingir cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU por meio de recursos sustentáveis e funções de impacto social. Com investimento de R$ 5 milhões, KarneKeijo lança plataforma de vendas online especializada em foodservice Na foto, Inácio Miranda, presidente da KarneKeijo. A empresa KarneKeijo e outros grandes atacadistas distribuidores do Brasil acabam de lançar a Onfood, uma plataforma digital especializada em food service que oferece entrega ágil em até 4 horas após a compra para itens de até 40 kg. A plataforma, fruto do investimento de R$ 5 milhões, é focada em atender empresas do setor alimentício, como restaurantes, padarias, mercadinhos, bares e lanchonetes, seguindo o modelo B2B. O site da plataforma é onfood.com.br.

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ChatGPT: "IA pode ter impactos na democracia e na sociedade tanto positivos quanto negativos".

É possível que sistemas de inteligência artificial (IA) possam contribuir para a disseminação de notícias falsas (fake news) e prejudicar a democracia”. A afirmação não é de nenhum crítico do avanço tecnológico, mas do ChatGPT, ferramenta criada com a tecnologia da IA treinada para produzir textos em formato de conversa. Nesta entrevista feita por Cláudia Santos, o robô reconhece alguns riscos que ele pode oferecer à humanidade, mas faz ressalvas, ao alertar sobre a necessidade de regulamentação do uso da IA e ao ressaltar os benefícios que ela também pode proporcionar. Suas respostas, por vezes, são evasivas – como quando perguntado sobre a economia de Pernambuco – e algumas contêm erros de informação, como ao afirmar que a revista Algomais foi fundada em 2001 (na verdade foi em 2006), ou ao dizer que o Brasil ainda é presidido por Jair Bolsonaro. Mas ao ser confrontado com a informação verídica, o ChatGPT, educadamente, pede desculpas e admite que errou. O eloquente robô mostrou-se conhecedor do linguajar pernambucano, ao acertar significado de arretado. A entrevista a seguir reflete a capacidade da inteligência artificial em fornecer informações, a naturalidade com que responde às perguntas, como se fosse uma conversa, mas também mostra que é preciso um cuidado no tocante à veracidade de suas informações. Olá, sou editora da Algomais. O que você sabe sobre a revista? Olá! Como um modelo de linguagem treinado em uma ampla variedade de dados, eu tenho informações sobre muitos tópicos, incluindo a revista Algomais. Algomais é uma revista mensal de Pernambuco, fundada em 2006, que cobre notícias e informações sobre a região Nordeste do Brasil, além de cultura, arte, entretenimento, negócios, política e muito mais. A revista é conhecida por suas reportagens aprofundadas e de alta qualidade, bem como por sua cobertura exclusiva de eventos locais e nacionais. Algomais também tem uma forte presença online, oferecendo conteúdo digital atualizado diariamente. Espero que isso ajude! Aqui em Pernambuco, costumamos usar a expressão "arretado". Você sabe o que significa? Sim, como modelo de linguagem, eu estou familiarizado com a expressão "arretado", que é uma gíria muito comum no Nordeste brasileiro, incluindo Pernambuco. "Arretado" é uma palavra utilizada para descrever algo que é legal, impressionante, excepcional ou de alta qualidade. É uma expressão usada para elogiar alguém ou alguma coisa, expressando admiração, satisfação ou surpresa. Por exemplo, se você experimentar uma comida muito saborosa, você pode dizer: "Essa comida é arretada!" Ou se você ficar impressionado com uma apresentação musical, você pode dizer: "Esse músico é arretado!". Em resumo, "arretado" é uma expressão popular no Nordeste brasileiro que significa algo muito bom, legal ou impressionante. Um dos temas abordados na revista Algomais é a economia do nosso Estado. O que você acha da atual conjuntura econômica de Pernambuco? Como um modelo de linguagem, não posso ter opiniões, mas posso fornecer informações sobre a conjuntura econômica de Pernambuco. Pernambuco é um Estado que tem apresentado um desempenho econômico significativo nos últimos anos. O Estado tem uma economia diversificada, com setores como serviços, indústria, comércio e agricultura desempenhando papéis importantes na economia local. No entanto, assim como outros Estados brasileiros, Pernambuco tem enfrentado desafios econômicos recentemente, incluindo a recessão econômica nacional e a pandemia de Covid-19. Esses fatores impactaram negativamente a economia do Estado, afetando setores como turismo, comércio e serviços. Apesar desses desafios, o Governo de Pernambuco tem implementado políticas para estimular a economia e atrair investimentos, como a redução de impostos e incentivos fiscais para empresas que se instalam no Estado. Além disso, o Estado tem investido em infraestrutura, como a construção de novas rodovias e portos, que podem impulsionar o crescimento econômico a longo prazo. Em resumo, a economia de Pernambuco tem apresentado altos e baixos, mas o Estado tem tomado medidas para estimular a atividade econômica e superar os desafios atuais. Vamos agora, abordar a conjuntura brasileira. Como está a realidade política atual do Brasil? A conjuntura política atual do Brasil é bastante complexa e polarizada. O País tem enfrentado uma série de desafios políticos nos últimos anos, incluindo a polarização política, a corrupção, a instabilidade política e a crise econômica. Desde as eleições presidenciais de 2018, o País tem sido liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem uma base de apoio fiel, mas também tem sido alvo de críticas por sua gestão da pandemia de Covid-19, sua postura em relação ao meio ambiente e os direitos humanos, entre outras questões. Além disso, o País tem passado por um momento de instabilidade política, com o Congresso Nacional frequentemente bloqueando a agenda do governo e o Supremo Tribunal Federal sendo alvo de críticas por parte de alguns políticos e apoiadores do presidente. A corrupção também continua a ser um problema importante no País, com muitos políticos sendo investigados e condenados por crimes relacionados à corrupção. Por fim, o País enfrenta uma crise econômica, agravada pela pandemia de Covid-19, com altos níveis de desemprego e uma economia em recessão. Em resumo, a conjuntura política atual do Brasil é marcada pela polarização, instabilidade e desafios em várias frentes, incluindo saúde, economia e corrupção. Quem é o atual presidente do Brasil? O atual presidente do Brasil é Jair Messias Bolsonaro. Ele foi eleito nas eleições presidenciais de 2018 e assumiu o cargo em janeiro de 2019. Bolsonaro é um político de direita e ex-membro do Congresso Nacional, onde representou o estado do Rio de Janeiro por quase três décadas antes de se candidatar à presidência. Como presidente, ele tem implementado políticas econômicas liberais, promovido reformas na área de segurança pública e defendido valores conservadores em questões sociais e culturais. Sua administração tem sido alvo de críticas e controvérsias em vários aspectos, incluindo sua resposta à pandemia de Covid-19, sua postura em relação ao meio ambiente e os direitos humanos, entre outras questões. Sinto informá-lo, mas a resposta está errada. Desde janeiro de 2023, o presidente do Brasil é Luiz Inácio Lula da Silva. Peço desculpas pelo meu erro anterior. Você está absolutamente correta. Desde janeiro de 2023, o atual presidente do Brasil

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Ministério da Integração transfere R$ 50 milhões para obras da Adutora do Agreste

(Do Governo de Pernambuco | Foto: Aluísio Moreira/Compesa.) Já estão na conta do Estado R$ 50 milhões transferidos no último dia 6 de abril pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a aceleração das obras da primeira etapa da Adutora do Agreste, que beneficiarão 23 municípios do interior de Pernambuco. Os recursos, obtidos após agendas da governadora Raquel Lyra em Brasília nesse primeiro trimestre de governo, possibilitarão retomar o ritmo da obra, que tem conclusão prevista para 2025, quando todas as adutoras estarão implantadas e a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Agreste concluída, viabilizando o transporte de um volume de 2 m³ de água por segundo. O valor repassado neste mês pelo governo federal é maior que a soma de todos os recursos disponibilizados em 2021 e 2022 juntos (R$ 40,83 milhões) e apontam para a capacidade de diálogo da nova gestão junto aos demais entes federativos. De acordo com a governadora Raquel Lyra,  o montante depositado garantirá a aceleração das obras ainda no primeiro semestre, mas a busca de mais recursos continuará no foco. “A gente sabe a importância que uma obra como a Adutora do Agreste tem para melhorar o acesso à água no interior e essa é uma meta prioritária do nosso governo. Estamos determinados a concluir a primeira etapa da Adutora e esse recurso que destravamos em Brasília já é uma amostra de muito trabalho e diálogo que vão se transformar em melhoria de vida para a nossa população”, explicou.  Do valor inicialmente conveniado com o governo federal, restam ser repassados ao Estado de Pernambuco cerca de R$ 35 milhões, mas com a atualização monetária dos valores do projeto, ainda de 2011, estima-se que a primeira etapa demandará mais R$ 400 milhões. A execução física da obra alcançou 78%, já tendo sido implantados 696 dos 787 km previstos de tubulações. Atualmente, a principal obra em execução é a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB), localizada em Arcoverde. Para o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, os recursos repassados representam um novo momento de pactuação entre os governos federal e estadual. “Nessa semana estamos comemorando a chegada dos primeiros valores destinados à conclusão das obras da Adutora do Agreste no atual governo. Temos a oportunidade e compromisso do governo federal de que não faltarão recursos para concluir a obra no espaço de tempo mínimo possível”, destacou. O novo repasse de recursos federais está permitindo à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), executora da obra, a retomada do planejamento de novas ações, que envolve a abertura de novas licitações para a construção da Estação de Tratamento de Água e o complemento dos trechos da Adutora entre Caruaru e Gravatá; Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe; Belo Jardim e São Bento do Una e Belo Jardim e Brejo da Madre de Deus. Com estas ações, existe a previsão de reforço no abastecimento da cidade de Caruaru até o início de 2024.

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