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Desafio do Desenvolvimento da Zona da Mata pernambucana

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais D a Zona da Mata pernambucana são produzidos dois dos principais produtos de exporta- ção do Estado: derivados da cana-de-açúcar e os carros. A monocultura da região passou a dividir o protagonismo na última década com a indústria automotiva e também de alimentos. Enquanto no norte a aposta do crescimento econômico é no adensamento da cadeia produtiva conectada à Stellantis, no sul estão em andamento investimentos importantes no turismo de sol e mar. Para o economista Sandro Prado, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon), a recente industrialização da região é um fenômeno que contribui para reduzir o êxodo da juventude, mas o esforço pelo desenvolvimento da Zona da Mata deve ser ainda maior. “A região vem experimentando uma recente industrialização trazendo novas perspectivas através da diversificação das atividades produtivas, com destaque para o município de Goiana, porém ainda com uma empregabilidade aquém da necessária para reverter os altos índices de desemprego”. Ele considera que a formação econômica da região atrelada à atividade canavieira deixou traços marcantes na sociedade e na economia, com alguns desafios que ainda não foram superados. “A crise do complexo sucroalcooleiro iniciada nos anos 90, bem como os efeitos negativos que a sazonalidade do setor trouxe para o mercado de trabalho, deixaram muitos problemas. A região ainda possui uma elevada escassez de alternativas econômicas capazes de gerar emprego e renda para o grande contingente populacional o que, ainda hoje, provoca uma migração contínua dos jovens para a Região Metropolitana de Recife e para outros Estados”. *Leia a reportagem completa na edição 200.3: assine.algomais.com

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"É essencial melhorar a qualidade do urbanismo nas cidades do interior"

Infraestrutura viária, abastecimento de água e redução da violência urbana são alguns dos principais desafios elencados por Bruno Bezerra, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe, para o desenvolvimento do Agreste. Para além das questões econômicas, ele é uma das vozes que defende a melhoria da qualidade do urbanismo das cidades do interior. O crescimento econômico, sem o devido investimento em serviços e na organização dos municípios, é um filme recorrente em muitos pólos pelo País, como o de confecções. Integrande da ONG Bichos da Caatinga, ele destaca também a necessidade de cuidar do bioma e de promover a preservação ambiental na região. Quais os principais desafios para o desenvolvimento do agreste, na sua opinião? Quais as maiores demandas de infraestrutura da região? Nós temos problemas que precisam ser de fato tratados urgentemente como desafios estratégicos e não apenas como base para discursos eleitorais. Alguns desses problemas são básicos e se arrastam por décadas a fio, como é o caso do abastecimento d’água, um problema que é praticamente um ancião, desrespeitado por quase todos os governos na maior parte do tempo. Hoje um dos problemas mais graves de todo o interior de Pernambuco é a situação da nossa infraestrutura viária, que nos últimos anos foi negligenciada, provocando mortes, mutilações e ainda atrofiando o desenvolvimento do interior. Cada vez mais os negócios são digitais, mas o fluxo de produtos precisa de uma boa estrutura viária, tudo que nós não tempos em Pernambuco. A pauta deveria ser internet via fibra ótica, 5G e os avanços tecnológicos, mas seguimos travados com pautas miúdas, que discutem ações do tipo operação tapa-buracos. É muito atraso para um estado como Pernambuco, que sempre esteve na vanguarda. Outro desafio é a segurança, pois muitas cidades interioranas estão desprovidas de sossego em função dos altos índices de criminalidade. Existem desafios que não podemos esquecer como é o caso da capacitação profissional, além da desburocratização e simplificação do ambiente de negócios, especialmente da pequena empresa. Vale lembrar que 7 em cada 10 empregos no Brasil são gerados pela energia empreendedora dos pequenos negócios. Investir na pequena empresa é investir na geração de empregos, não tem mistério, mas tem muita omissão por parte dos governos. Sobre o polo de confecções, que é uma das grandes forças econômicas da região, quais as principais demandas empresariais para aumentar a competitividade? O grande desafio do pólo é seguir firme e forte popularizando a transformação digital. Costumo dizer que o problema não é o que a tecnologia pode fazer conosco, mas sim, o que podemos fazer com todo esse potencial tecnológico disponível hoje em dia. A transformação digital é uma mega oportunidade. Contudo, é uma transformação muito mais de pessoas do que de máquinas e sistemas de tecnologia da informação. É uma questão de mudança de atitude, de mentalidade, de fortalecer uma das nossas mais importantes habilidades: a capacidade de adaptação. Dito isso, é fundamental investir na capacitação das pessoas. É primordial criar políticas públicas para valorização das costureiras. E mais uma vez, é muito importante desburocratizar o ambiente de negócios. O Governo de Pernambuco precisa investir forte nas rodadas de negócios que existem hoje no Polo de Confecções, investir em eventos com o Estilo Moda Pernambuco (EMP) em Santa Cruz do Capibaribe e no Festival do Jeans de Toritama. Dinheiro para isso tem, o FUNTEC (Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Têxtil e de Confecções) é um tributo que tem uma boa arrecadação, sobretudo no agreste. Lamentavelmente, esse recurso não é reinvestido no Polo de Confecções como deveria. Mais uma vez precisamos citar as péssimas condições das estradas que tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Pólo de Confecções, a falta d’água e os altos índices de violência, inclusive nas estradas, e de maneira alarmante em Santa Cruz do Capibaribe, a violência contra as mulheres. Nas duas últimas décadas, a região recebeu investimentos universitários, como a chegada de campus da UFPE e UFRPE. Essa contribuição da formação de mão de obra local já tem resultados no desenvolvimento regional? Os resultados já começam a impactar de maneira positiva nosso ambiente de negócios com a chegada de profissionais com melhor qualificação. Todavia, é necessário viabilizar uma maior interação da academia com o mercado, especialmente com a estrutura do Pólo de Confecções. Sendo o nosso principal desafio a capacitação de pessoas, o papel da universidade é estratégico nesse contexto. Isso sem falar na carência que temos de pesquisas do nosso ecossistema empreendedor. Nesse quesito a Universidade pode fazer a diferença. Para além da economia, quais as principais necessidades da região para promoção da qualidade de vida no agreste? Tenho dito que cuidar da cidade é a melhor forma de cuidar de si e de todos ao mesmo tempo. As cidades precisam ser boas para se viver, caso contrário, o desenvolvimento econômico não faz sentido algum. As cidades precisam ser pensadas e planejadas para potencializar o bem-estar das pessoas. É essencial melhorar a qualidade do urbanismo nas cidades do interior para que elas possam crescer promovendo a qualidade de vida na dinâmica urbana. É preciso melhorar e ampliar os serviços de saúde e, nesse contexto, temos a deficiência no saneamento básico, que é um problema gravíssimo. Melhorar cada vez mais a qualidade do ensino nas escolas públicas deve ser algo permanente. Investir em espaços de lazer e diversão para a população. Cuidar verdadeiramente do meio ambiente. Os dois principais rios do agreste, Capibaribe e Ipojuca, estão entre os mais poluídos do Brasil. O bioma Caatinga, que predomina no agreste, sofre impactos violentos em função do desmatamento e da ocupação desordenada e irregular das áreas rurais.

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"Trazer a economia para a formalidade é um grande desafio do Agreste"

A edição da semana da Algomais tratou sobre os desafios do desenvolvimento para o Agreste. Monaliza Ferreira, que é Doutora em Economia, docente da Universidade Federal de Pernambuco - Campus do Agreste (UFPE-CAA) e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Economia Sustentável e Economia Aplicada, destaca que um dos problemas crônicos da região é a informalidade. Ela defende também que o avanço de capacitação dos profissionais e empreendedores locais e que o pólo de confecções deve criar caminhos para que seus produtos cheguem ao mercado exterior. O que a Sra apontaria como os principais desafios ao desenvolvimento da região do Agreste? O Estado de Pernambuco apresenta uma taxa de informalidade no mercado de trabalho de 48,63% no segundo semestre de 2022, de acordo com dados da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022). O Estado constitui-se como um dos maiores centros de informalidade do Nordeste brasileiro, com valor bem acima da média nacional (39,5%). Esses dados dão conta das condições trabalhistas que se refletem no bem-estar desses indivíduos e da própria economia local. De um lado, a informalidade reduz os direitos trabalhistas, sendo uma das principais consequências a questão da previdência, visto que um estrato muito baixo desses trabalhadores contribui por conta própria para a previdência (15,22); de outro, o Estado deixa de arrecadar tributos em meio à informalidade. Isso porque a informalidade não aparece somente do lado do trabalhador, existe também a “firma” informal, os pequenos fabricos denominados no Agreste Pernambucano de “facções”, que representam um outro lado dessa informalidade. Trazer esta economia para a formalidade é um grande desafio do Estado para esta Região e que afeta principalmente o Arranjo Produtivo Local de Têxtil e Confecções. Ademais, atrelada a esta força produtiva, ainda subsistem gargalos ambientais que precisam ser equacionados, especialmente os voltados para a poluição dos rios, em virtude da lavagem de Jeans no Polo. São trade-offs (conflitos) que o setor público precisa equacionar, pois se de um lado a atividade industrial local gera emprego e renda, ainda que sob condições pouco favoráveis muitas vezes; por outro, causa danos ambientais que não podem ser ignorados, não quando o mundo clama pelo enfrentamento dessas questões. Outro desafio importante para o desenvolvimento da Região é a qualificação dessa força de trabalho, pois há uma relação direta entre informalidade e menor escolaridade, tal como apontam os estudos sobre informalidade das duas últimas décadas. E essa relação vai se refletir na dificuldade de absorção de novas tecnologias, tais como a indústria 4.0 que já se coloca como decisiva para a sobrevivência competitiva dessas firmas. O Agreste tem alguns arranjos produtivos importantes para o Estado de Pernambuco e o que gera mais empregos é justamente o Polo de Confecções, então pensar em desenvolvimento da Região passa pelo desenvolvimento sustentável e sustentado deste arranjo. A sustentabilidade ambiental perpassa por tecnologias que agridam menos o meio ambiente e a sustentabilidade econômica está relacionada com a criação de novos mercados, tais como o mercado externo. É difícil de compreender por que o Estado do Ceará, com um polo de confecções tão parecido com o pernambucano tem uma cultura de exportação (ainda que bem baixa relativamente à participação nacional, é contínua, segundo dados do Ministério de Comércio Exterior), enquanto o Estado de Pernambuco não consegue avançar nisso, apesar das tentativas realizadas através da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que apenas tem conseguido experiências pontuais de comércio internacional na Região, sem continuidade e sem volume.  Quais as principais forças industriais da região? Quais os principais gargalos enfrentados pelo setor para o crescimento? Existem importantes arranjos produtivos na Região e todos precisam de investimento: o da fruticultura em Petrolina, que enfrenta novos mercados concorrentes, especialmente da América do Sul; o agropecuário, de cujas intempéries climáticas colocam sempre os agricultores em estado de alerta e necessitam muitas vezes de suporte de investimentos públicos para a entrega do produto final; o de tecnologia, que se configura como uma das principais potencialidades econômicas do Estado e outros. Mas como dito, pela quantidade de empregos gerados e a movimentação econômica decorrente dessa cadeia, é importante que se volte especial atenção para o Polo de Confecções. Nesse setor, os gargalos são conhecidos: a informalidade e consequente dificuldade das firmas em inserirem-se em cadeias de valor globais, a partir da internacionalização de seus negócios; a falta de capacitação e visão gerencial para a melhor absorção de tecnologias inovadoras com produtos que possam alcançar mercados mais longínquos; a dificuldade de interlocução entre Estado e setor produtivo, com projetos que tragam resultados menos pontuais e mais duradouros, que possam se refletir no melhor bem-estar desta Região, através do chamado “desenvolvimento sustentado”. Como a chegada das universidades contribui para o desenvolvimento e a competitividade da região? A Universidade pode justamente ser esta ponte entre o setor público e o setor privado. Já é possível verificar as mundanças que o processo de interiorização trouxe para Caruaru e cidades vizinhas. O Curso de Design revolucionou diversas firmas instaladas entre Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe; as Engenharias firmaram diversos projetos que beneficiaram essas localidades, tanto na questão ambiental e de recursos hídricos, como na questão do chão de fábrica. Os cursos de Economia e Administração injetaram profissionais qualificados tanto do lado das consultorias como da própria qualificação dos administradores dessas empresas. Outros cursos, naturalmente, levaram maior bem-estar à sociedade, tais como medicina, os da educação e de comunicação social. Contudo, este processo ainda é acanhado, pois não mudou a situação de informalidade na Região, a questão ambiental ainda é um problema e a inserção em mercados internacionais de maneira contínua ainda não se deu. A Universidade pública e as demais instituições de pesquisa da Região, junto com o Estado e o setor privado poderiam fazer uma força tarefa rumo a realização desses objetivos. Todavia, ainda que o setor privado seja indispensável neste processo, esta indução precisa vir pela via do Estado. Nesse sentido, alguns editais de pesquisa do Estado já tentam fazer esta ponte. Há que se investir mais

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Desafios do Desenvolvimento do agreste passam pela questão hídrica e por preservação ambiental

*Por Rafael Dantas A feira de Caruaru, as máquinas de costura do Polo de Confecções e os rebanhos da bacia leiteira são alguns dos ícones da economia do Agreste. No entanto, a região abriga muitas outras atividades, como as empresas automotivas de Belo Jardim e de Bonito, as universidades, as indústrias de alimentos e um setor de serviços bem robusto. A força e o empreendedorismo local caminham lado a lado com problemas históricos, como a escassez hídrica, a infraestrutura viária insatisfatória, a informalidade, além de relevantes ameaças ambientais. Na análise dos especialistas, a inovação e a maior atenção à sustentabilidade ambiental, incluindo o cuidado urbano das cidades, pavimentam o caminho de desenvolvimento que o Agreste precisa percorrer. Mesmo sem disponibilidade de água de forma adequada, cresceram no solo do Agreste tanto indústrias, como atividades agropecuárias que demandam recursos hídricos. Os próximos passos dessas cadeias produtivas, no entanto, requerem uma resolução desse problema crônico, que afeta a economia e o próprio abastecimento humano. Leia a reportagem completa na edição 200.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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"A cultura impacta o PIB em 2,5% e tem que ser tratada como estratégica em qualquer governo"

Uma das áreas que mais enfrentou revezes na pandemia, a cultura também amarga uma certa invisibilidade dos benefícios econômicos que proporciona e das riquezas que gera. Essa visão, segundo o produtor João Vieira Júnior, sócio da Carnaval Filmes, começa a se modificar. Para demonstrar o tamanho do setor cultural, ele se baseia num estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), que revelou um contingente de 935 mil profissionais criativos empregados formalmente e uma participação de 2,5% no PIB nacional. “O que é muito mais significativo do que a contribuição da indústria farmacêutica ou automobilística”, ressalta. João Vieira Júnior tem trabalhado com vários nomes que deram ao cinema pernambucano e brasileiro um destaque internacional, como Cláudio Assis, Hilton Lacerda e Karim Aïnouz, e participado de produções como Tatuagem, Céu de Suely, Estou me Guardando pra Quando o Carnaval Chegar. Nesta semana foi lançado Paloma, filme que a Carnaval produziu, dirigido pelo diretor Marcelo Gomes (o mesmo de Cinema, Aspirinas e Urubus) e ganhador do Festival do Rio. Nesta conversa com Cláudia Santos, ele analisa o impacto no audiovisual da pandemia e das fake news sobre as leis de incentivo à cultura, e aponta as perspectivas do setor. Quais as dificuldades enfrentadas pelas produtoras do audiovisual no País? Antes de responder, gostaria de colocar algumas coisas interessantes que aconteceram este ano, como esta entrevista para a Algomais, revista que é uma antena dos negócios do nosso Estado. O fato de que eu, um produtor de cinema, esteja conversando hoje com a Algomais, é uma mudança que se operou lentamente. Ou seja, começa a haver a percepção dos gestores, das pessoas que geram riquezas, dos pensadores, dos economistas sobre o impacto econômico do setor cultural, a chamada economia criativa. Talvez, a pandemia tenha contribuído para isso. Existem estudos da ONU (Organização das Nações Unidas) apontando que a participação do setor cultural no PIB mundial chega de ser 7% e isso é uma coisa muito expressiva. No Brasil, enfrentamos a ausência de dados porque não aconteceu o Censo mas a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) revela que, no País, o impacto da cultura sobre o PIB é de 2,5%. O que é muito mais significativo do que a contribuição da indústria farmacêutica ou automobilística, por exemplo. Sem contar que a distribuição dessa riqueza produzida pelo setor cultural é muito mais pulverizada por todos os Estados. Os estudos da Firjan, de 2021, revelaram que 935 mil profissionais criativos estavam formalmente empregados no setor cultural, o que equivale a 70% de toda a mão de obra que atua na indústria metalmecânica brasileira. Nos créditos finais de Bacurau, obra premiada de Kleber Mendonça, há uma frase informando que aquele filme gerou 800 empregos diretos e indiretos. Trata-se de um setor importante que produz riqueza material mas, também, riqueza simbólica que é incalculável porque inclui a nossa língua, o nosso jeito de pensar, o nosso jeito de vestir, de comer, de sonhar, de desejar. É a cultura que dá ao brasileiro a singularidade dele em relação ao resto do mundo. Então, o setor tem que ser tratado de forma estratégica, dentro de qualquer plano de governo, porque a cultura emprega, faz sonhar e é a indústria mais limpa também. Como produtor, sou o responsável pelo financiamento e pela realização de uma obra, tenho de analisar as condições, a partir do tamanho da minha empresa e do conhecimento da minha participação dentro do mercado. Devo analisar se posso empreender o tamanho daquela obra, se ela vai custar R$ 2 milhões, R$ 3 milhões, R$ 5 milhões. Uma obra cinematográfica, mesmo quando é de baixo orçamento, ela é muito cara, mas tem alto índice de empregabilidade: o ator tem que estar vestido e são necessários costureiras, figurinistas, maquiador, material de consumo para produzir essas roupas. Os atores estão dentro de um cenário que pode ser natural mas, também, pode ser uma casa numa zona rural que você alugou de uma pessoa, ou um sítio, material como tintas foram comprados, você trouxe pessoas de diferentes lugares, contratou alimentação, alugou veículos, comprou combustível, consumiu hospedagem para 70 pessoas. O ideal de uma empresa produtora de filmes é que, enquanto está desenvolvendo um projeto, ela possa estar filmando outro ou cuidando do lançamento de um terceiro para que tenha sempre um volume, uma capacidade para operar no mercado. Às vezes, você pode conseguir algum recurso público estadual mas, geralmente, os filmes de longa-metragem captam dinheiro federal, às vezes internacional, por meio das coproduções. Acima de tudo os empreendedores culturais, especialmente os do cinema, são investidores do Estado. Por exemplo, quando faço uma coprodução com um filme, cujo orçamento pode chegar a R$ 5 milhões – e ele não tem nenhum investimento local do Funcultura – posso dizer que essas empresas que estão envolvidas nesse filme, estão naquele momento sendo investidoras porque estão atraindo negócios para o Estado. Como você encara as críticas às leis de incentivo à cultura? Recentemente, fui convidado por um grupo de advogados para conversar com eles sobre a legislação audiovisual brasileira, porque eu me sinto numa missão constante e ininterrupta de desfazer a enxurrada de fake news a que os agentes culturais brasileiros foram submetidos nos últimos anos. Por exemplo, a Lei Rouanet é muito equilibrada, exige prestação de contas rigorosíssima, possibilita o acesso ao patrocínio dos agentes culturais no País inteiro. Um segmento da população criou distorções sobre essa lei e a força da fake news chegou a criminalizar de alguma forma os artistas. E aí, aparece a pandemia, as pessoas ficam presas em casa consumindo os produtos criativos, audiovisuais, fonográficos, o tempo inteiro. Houve uma alta demanda, mas uma produção muito baixa, porque foi o setor mais afetado, já que a cultura é um trabalho muito coletivo, que reúne muitas pessoas, além de ser um dos setores mais penalizados em investimento público dos últimos quatro anos. É um setor que foi criminalizado e perseguido. Qual o impacto da pandemia no setor? Houve um aquecimento com o streaming, com a Netflix,

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"A baixa renda per capita é o primeiro desafio da região sertaneja"

O empresário Rafael Coelho, vice-presidente da Fiepe, foi um dos entrevistados da semana da Algomais sobre os desafios do desenvolvimento do Sertão. Com negócios na cidade de Petrolina, ele afirma que o grande problema social da região é a baixa renda per cepita da população. Ele avalia que um dos caminhos de desenvolvimento de novos segmentos produtivos locais deve ser observando os potenciais da caatinga, em especial na indústria alimentícia e farmacêutica. Além disso, ele defende o avanço da industrialização de produtos já conhecidos da região, como do pólo gesseiro e da caprinovinocultura. O que o Sr apontaria como os principais desafios para crescimento da indústria nas diferentes microrregiões sertanejas? Nossa região tem diversos desafios. O primeiro é a baixa renda per capita, com uma população esparsa, fazendo os níveis de consumo serem limitados! Algumas áreas ainda sofrem limitações de oferta de água. Esse conjunto de coisas por si só já faz ser difícil desenvolver a indústria, seja pelo isolamento de outras indústrias que se suportam, pela dificuldade na contratação de mão de obra especializada ou para conseguir serviços de suporte à implantação das atividades econômicas. Regiões como a nossa precisam receber apoio de incentivos para que o processo de desenvolvimento seja acelerado e beneficie a todos. Existem novos segmentos industriais despontando ou segmentos tradicionais se reinventando na região? O Sr poderia destacar alguns? Temos que inicialmente pensar no potencial dos produtos nativos da caatinga que podem ser utilizados para diversos fins, seja na indústria alimentícia ou mesmo na indústria farmacêutica. Essa é uma porta que se abre com a pesquisa que devemos explorar – tanto a universidade, quanto os órgãos de pesquisa e mesmo as empresas, devem se interessar por essa nova fronteira. Outra fronteira são os nossos já conhecidos produtos regionais que podem ser industrializados aqui mesmo, gerando riqueza na sua origem. De certa forma as peles caprinas e ovinas seguem esse perfil, bem como a indústria gesseira, que podem se especializar em produtos diferenciados. Há um grande potencial que começa a ser explorado de energias alternativas, que já trazem um impulso econômico, principalmente através das contribuições fiscais ou da renda pelo uso do solo. Essa revolução energética é a grande oportunidade de desenvolvimento atual para o semiárido. Devemos também ter coragem para debater a possibilidade da instalação de centrais nucleares, esse é um ponto sensível, mas que está sendo revisto na Europa e aqui também precisamos analisar com muito acuracidade e sem paixões. É preciso ter o pensamento também para atender as demandas das áreas irrigadas que serão cada vez maiores e mais complexas, no sentido tanto de dar suporte como de processar e industrializar o que for produzido. O volume produzido e a diversidade dos produtos será uma realidade que demandará a parceria da indústria para escoar das mais diversas formas essa produção. Quais as principais demandas de infraestrutura da região atualmente? A construção de uma ferrovia seria relevante para aumentar a competitividade da região? Temos muitas demandas de infraestrutura. No caso do semiárido a execução dos diversos canais levando água do São Francisco para todo o interior do estado de Pernambuco seria uma obra basilar para garantir a prosperidade dessas regiões. Tudo isso sempre agregado ao ensino técnico de bom nível que capacite técnicos para o desenvolvimento dessas regiões. A perspectiva da ferrovia e da hidrovia do São Francisco, fazendo a ligação com o porto e a ligação com as grandes áreas produtoras de grãos do oeste baiano, seriam dois importantes vetores de desenvolvimento para essa região. A possibilidade de transporte confiável a um custo inferior viabilizaria ou tornaria mais competitiva tanto a produção de gesso do Araripe, responsável por quase 95% da produção nacional, quanto por exemplo a produção de proteína animal. No mundo visualizamos um crescimento do conceito ESG. Essa tendência já é uma realidade nas empresas do sertão pernambucano? No aspecto social, o Sr destacaria algum desafio regional a ser combatido ou que está sendo enfrentado? Todas as empresas brasileiras que se propuserem a exportar estarão sujeitas a regras de ESG. Isso já é uma realidade no Vale do São Francisco nas fazendas que exportam frutas, principalmente para o mercado europeu. Algumas redes inclusive possuem suas próprias certificações que precisam ser cumpridas à risca. Na empresa em que trabalho também estamos atrelados a uma certificadora LWG, que incorporam todos esses conceitos. Ou seja no semiárido também estamos submetidos a essa nova ordem. O grande desafio social da nossa região é efetivamente a renda per capita. Somos infelizmente uma das regiões mais pobres do Brasil. O combate à pobreza e à baixa taxa de escolaridade deve ser um desafio para todos nós. Todos precisam ter oportunidade de frequentar boas escolas, estudar e prosperar. Somente com o desenvolvimento econômico conseguiremos trazer o bem estar para todos.

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Vivix e Atiaia anunciam investimento de R$ 200 milhões para construir parque solar em Goiana

Foto: Rodrigo Assunção, presidente da Atiaia Renováveis, ao lado de Henrique Lisboa, presidente da Vivix Vidros Planos. A Vivix Vidros Planos e a Atiaia Renováveis, empresa de geração e comercialização de energia renováveis, anunciaram a construção da Unidade Geradora Fotovoltaica (UFV) Maravilhas I em Goiana. A usina solar terá 27,5 megawatts (MW) de potência instalada e atenderá 100% do consumo de energia elétrica da fábrica da Vivix. O projeto, que terá investimento na ordem de R$ 200 milhões, também contemplará a necessidade energética da segunda planta indústria (com a Maravilhas II), que tem previsão de ser inaugurada no segundo semestre de 2025. Ao todo, Complexo Maravilhas terá 227 MW de capacidade instalada e reúne as unidades UFV Maravilhas I, UFV Maravilhas II, UFV Maravilhas III e UFV Maravilhas V. A Unidade Geradora Fotovoltaica (UFV) Maravilhas I, que atenderá a Vivix, entrará em operação em janeiro de 2024, em um terreno com área útil de 85 hectares. A área, pertencente à Atiaia Renováveis, está situado a 1,6 Km da fábrica da Vivix. O local é uma das três melhores regiões de irradiação solar de Pernambuco. .“Para a Vivix é de extrema importância manter o compromisso com a proteção do meio ambiente, prezando pelo desenvolvimento sustentável e responsável em toda a nossa indústria. A energia é insumo muito importante na indústria e precisa de confiabilidade de entrega. Por isso estamos indo para esse modelo, em um contrato de longo prazo com Atiaia. O projeto traz uma atratividade econômcia para nós, ao mesmo tempo em que caminha neste sentido de incentivando outras indústrias a trilhar o caminho de serem empresas amigas do meio ambiente", afirma Henrique Lisboa, presidente da Vivix. A empresa deve fechar 2022 com um avanço no faturamento entre 15% e 18%, segundo o empresário. "Esse tema da transição energética e migração para energia gerada através de fontes renováveis é importante para o Grupo Cornélio Brennand como todo (ambas as empresas integram o grupo). Explorar a possibilidade de gerar energia através da fonte solar faz todo sentido para a gente. Já estamos trabalhando próximo a 2 anos na maturação do desenho desse projeto, buscando além do objetivo ambiental e sustentabilidade, trazer bastante confiabilidade de geração para Vivix. Isso motivou as empresas a olharem para essa oportunidade", afirmou Rodrigo Assunção, presidente na Atiaia Renováveis. Com sede no Recife, a empresa possui atualmente 9 pequenas centrais hidrelétricas pelo País, sendo uma em Pernambuco. Em 2022, ela prevê um crescimento de faturamento de 10% e de 12% para 2023.

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"É um desafio empreender no Brasil e no sertão as dificuldades se tornam maiores"

Hugo Gonçalves, presidente da Tambaú, fala sobre os desafios do desenvolvimento no sertão e aponta quais as grandes ameaças e oportunidades para que a região se torne próspera e com um melhor ambiente de negócios. CEO da Tambaú, ele tem uma relação direta local, onde está a sede da tradicional indústria de alimentos, que emprega mais de 500 pessoas. A segurança hídrica, as melhorias na logística e a capacitação da população são algumas das linhas mestras apontadas pelo empresário. Enquanto empresário que tem atuação no sertão pernambucano, quais os principais desafios para o desenvolvimento econômico e social da região na sua opinião?É um desafio empreender no Brasil, olhando pela ótica mundial, ainda mais. E dentro do Brasil, há os desafios regionais. Uma pesquisa de 2020 /2021, do Banco Mundial, realizou pesquisa e identificou que dentro do Brasil, Pernambuco ficou em último estado da Federação para abrir negócios e ter um ambiente saudável de abertura de negócios. Eu vejo que, quando vamos empreender no sertão dos estados nordestinos, as dificuldades se tornam maiores. Você pode abrir um negócio perto da capital ou região metropolitana, há uma demanda maior da população demográfica, mão de obra e capacitação. Já no interior, no sertão, as dificuldades são maiores. Embora haja as políticas públicas de desenvolvimento de interiorização. São muitos desafios, mas o primeiro de todos é a questão hídrica, é um entrave não só para o empreendedor, mas para toda a população, tendo que viver com escalas de abastecimentos, enfim.Há também os desafios de infraestrutura no interior, questões rodoviárias, por exemplo. Próximo às capitais você tem vias duplicadas e melhorias, mas quando entramos mais no interior, as estradas são comprometidas e atrapalham na questão logística e de mobilidade. A questão da energia elétrica também é uma questão difícil, pela morosidade e pelas limitações no suporte a esses recursos para as empresas.Mão de obra também é um problema no Brasil todo, mas no interior é mais acentuado. Não encontramos facilmente uma mão de obra qualificada no interior e nem todos que moram nas capitais querem vir trabalhar nessas regiões.Se não há a criação de um ambiente promissor em uma região para se abrir negócios, fortalecer o comércio, favorecer a agricultura, tudo isso já cria entraves para as coisas se desenvolverem no interior.Com uma agricultura forte, haveria mais indústria e comércio e teríamos um círculo virtuoso na economia. Mas é difícil uma agricultura próspera dentro do semiárido. E para beneficiar deveria ter projetos para menos consumo de água, alta tecnologia, produtos de alto valor agregado para haver essa compensação, mas isso ainda não existe. O Nordeste, principalmente o sertão, precisa de uma política pública para atacar todos esses desafios. Quais as principais oportunidades para o desenvolvimento de fato do sertão pernambucano? Destacaria alguma mudança recente com impacto positivo?Vejo o esforço do governo no sentido de, como o maior desafio para nós é a questão da segurança hídrica, então temos que olhar pelo enfoque da transposição do Rio São Francisco. Eu lamento que a transposição não foi maior, deveria tirar 20%, para atender todas as cidades da região Nordeste. E, em seguida, fazer a adutoras, algumas até vêm sendo feitas. Seria isso, sanar um problema secular que é da questão hídrica. Outra grande oportunidade que vejo para incrementar a região é melhorar as infraestruturas de energia, transportes, telecomunicações, acessos, além da criação de mais distritos industriais. As indústrias têm um papel muito grande no desenvolvimento de um país, embora nenhuma país se faça apenas disso. Mas a indústria tem o poder de impulsionar a economia de uma região porque ela gera empregos de qualidade, gera um relacionamento de prestadores de serviços, de transportes, tudo isso beneficia e desenvolve a região como um todo, englobando também a área de comércio, serviços e a sociedade local. Na sua opinião, quais as maiores ameaças para as empresas com atuação no sertão e para a sustentabilidade social da população sertaneja?As ameaças: não conclusao de projetos, como da própria transposição do São Francisco, a Transnordestina e outras obras. Fica o investimento parado e quando vai retomar tem que investir mais porque a obra ficou muito tempo parada, além dos custos para sua continuidade. Tem muito gasto de dinheiro público, muito desperdício e a população acaba não desfrutando dos investimentos. Para o governo incrementar ainda mais melhorias na região, deveria olhar também para a qualidade da mão de obra gerada A gente já tem escolas com bom nível, ensino médio em tempo integral, mas eu acho que dentro desse ensino médio devia ser colocado mais ensinos profissionalizantes. O jovem já sairia com uma profissão, seria um técnico na área de saúde , de TI, de atendimento comercial ou eletrotécnico, enfim. Eu fiz um curso profissionalizante na área de Química. Acho que isso ajuda , já encaminha para uma profissão e um emprego. Essa seria uma grande oportunidade de desenvolvimento para a região. Qual o cenário atual da Tambaú e às perspectivas para 2023?A Tambaú tem cerca de 560 funcionários, temos uma perspectiva muito otimista para o próximo ano. Fortalecer as linhas e criar novas, outras linhas que a gente quer aumentar como a área de molhos. Teremos um novo ano, um novo governo, novas esperanças. Existe uma demanda na sociedade de mudanças. Espero que o Braisl possa atender, dentro da capacidade dele, e continuar nesse ciclo de crescimento que o país vem tendo, com a política que o Governo Federal adotou e vem crescendo. Espero que os juros possam cair e isso gerar estímulos para o desenvolvimento. E que possamos continuar crescendo.

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Conheça todos os partidos que já governaram Pernambuco

Com a eleição de Raquel Lyra, Pernambuco será governado pela primeira vez pelo PSDB. Antes dela, 12 partidos já governaram mesmo que por pouco tempo o Estado, com governadores ou vices eleitos em sufrágio universal. Não estão contabilizados os partidos que chegaram por eleições indiretas ou por intervenção. Entre 1983 - 2022 O PSB é o partido que administrou por mais tempo o Governo de Pernambuco. Foram mandatos de Miguel Arraes (segundo mandato dele), dois mandatos de Eduardo Campos e dois mandatos de Paulo Câmara. O primeiro governador eleito por voto, ainda em 1983, período final da Ditadura Militar brasileira, foi Roberto Magalhães, pelo Partido Democrático Social (PDS). O PMDB teve três governadores. O primeiro foi Miguel Arraes, eleito em 1986. O segundo foi Carlos Wilson, que era vice-governador de Arraes. O terceiro foi Jarbas Vasconcelos, que teve dois mandatos. O PFL teve três governadores. O primeiro foi Gustavo Krause, que era vice de Roberto Magalhães e assumiu o poder entre maio de 1986 e março de 1987. Ele é o pai da vice-governadora Priscila Krause. Os outros nomes do PFL foram Joaquim Francisco, por um mandato, e Mendonça Filho, que foi vice de Jarbas Vasconcelos, assumindo o poder por nove meses. Entre os partidos que passaram pelo governo está o PDT, por pocos meses, entre abril de 2014 até 1 de janeiro de 2015. O governador foi João Lyra Neto, o pai da governadora eleita. Ele era o vice-governador de Eduardo Campos, que se licenciou para concorrer à presidência da República, no ano em que teve uma morte trágica na queda de um avião. Ao todo, 5 partidos governaram Pernambuco, desde 1983, quando os chefes do governo do Estado voltaram a ser eleitos por sufrágio universal. E o PSDB será o sexto a entrar nesta seleta lista. Roberto Magalhães Partido Democrático Social (PDS) 15 de março de 1983 14 de maio de 1986 Gustavo Krause Partido da Frente Liberal (PFL) 14 de maio de 1986 15 de março de 1987 Miguel Arraes Partido Socialista Brasileiro (PMDB) 15 de março de 1987 1º de abril de 1990 Carlos Wilson Campos Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) 1º de abril de 1990 15 de março de 1991 Joaquim Francisco Cavalcanti Partido da Frente Liberal (PFL) 15 de março de 1991 1º de janeiro de 1995 Miguel Arraes Partido Socialista Brasileiro (PSB) 1º de janeiro de 1995 1º de janeiro de 1999 Jarbas Vasconcelos Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) 1º de janeiro de 1999 1º de janeiro de 2003 Mendonça Filho Partido da Frente Liberal (PFL) 31 de março de 2006 1º de janeiro de 2007 Eduardo Campos Partido Socialista Brasileiro (PSB) 1º de janeiro de 2007 1º de janeiro de 2011 João Lyra Neto Partido Democrático Trabalhista (PDT) 3 de abril de 2014 1º de janeiro de 2015 Paulo Câmara Partido Socialista Brasileiro (PSB) 1º de janeiro de 2015 Até 31 de dezembro de 2022 Raquel Lyra Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) Assume em 1º de Janeiro de 2023 - Entre 1964 e 1982, os governadores eram indicados direto pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. Apenas PDS e Arena estiveram no poder nesse período. Primeira República Entre 1989 e 1930, no primeiro período publicano no Brasil, passaram pelo Palácio do Campo das Princesas com governadores eleitos (ou seus vices) o Partido Republicano Federal (PRF - um governador), o Partido Republicano (PR - dois governadores) e o Partido Republicano Conservador (PRC - três governadores). José Simeão de Oliveira Partido Republicano Federal (PRF) 12 de dezembro de 1889 25 de abril de 1890 Alexandre José Barbosa Lima Partido Republicano (PR) 20 de abril de 1892 7 de abril de 1896 Joaquim Correia de Araújo Partido Republicano (PR) 7 de abril de 1896 4 de abril de 1899 Emídio Dantas Barreto Partido Republicano Conservador (PRC) 19 de dezembro de 1911 18 de dezembro de 1915 Sérgio Teixeira Lins de Barros Loreto Partido Republicano Conservador (PRC) 18 de outubro de 1922 18 de outubro de 1926 Estácio Coimbra Partido Republicano Conservador (PRC) 12 de dezembro de 1926 28 de maio de 1930 Entre 1948 e 1964 A partir da segunda república, estiveram no poder o Partido Social Democrático (PSD - quato governadores), o Partido Social Progressista (PSP - um vice-governador que assumiu o poder), a União Democrática Nacional (UDN - um governador) e o Partido Social Trabalhista (PST). Esse último na primeira passagem de Miguel Arraes no poder, quando eclodiu o Golpe Militar de 1964. Alexandre Barbosa Lima Sobrinho Partido Social Democrático (PSD) 14 de fevereiro de 1948 31 de janeiro de 1951 Agamenon Magalhães Partido Social Democrático (PSD) 31 de janeiro de 1951 24 de agosto de 1952 Etelvino Lins de Albuquerque Partido Social Democrático (PSD) 12 de dezembro de 1952 31 de janeiro de 1955 Osvaldo Cordeiro de Farias Partido Social Democrático (PSD) 31 de janeiro de 1955 14 de novembro de 1958 Otávio Correia de Araújo Partido Social Progressista (PSP) 14 de novembro de 1958 31 de janeiro de 1959 Cid Sampaio União Democrática Nacional (UDN) 31 de março de 1959 31 de janeiro de 1963 Miguel Arraes Partido Social Trabalhista (PST) 31 de janeiro de 1963 2 de abril de 1964

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