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À flor da pele: Covid-19, chuvas intensas e eleições aumentam a ansiedade da população

*Por Rafael Dantas Os transtornos relacionados à ansiedade cresceram 25,6% no planeta, em 2020, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O isolamento social, a perda de entes queridos pela Covid-19 e toda desordem econômica que a pandemia deixou estão entre as raízes desse mal que está ainda longe de ser enfrentado de forma efetiva. Neste ano, ao menos no Brasil e no Estado, há novos fatores nessa conta. Toda a tensão envolvendo as eleições que acontecerão em outubro e, no caso pernambucano, os traumas deixados pelas chuvas que inundaram a Região Metropolitana e parte da Zona da Mata, também contribuem para esse contexto de pressão sobre a saúde mental da população. Rosa (nome fictício), 38 anos, não conseguiu lidar bem com o aumento do volume de trabalho no home office em meio à pandemia, o medo acerca do futuro profissional em um mercado em crise e o afastamento da interação social. Ela não havia percebido que as preocupações se tornaram tão excessivas que já prejudicavam sua saúde. Até que começou a ter crises. “Eu comecei a me angustiar até com problemas pequenos, pensamentos recorrentes, que se juntavam com tristezas do passado. Ao mesmo tempo em que não conseguia parar de me preocupar com o futuro, perdia também minha concentração no trabalho e a minha produtividade foi caindo. Isso me deixava cada vez mais angustiada”, afirma a profissional, que procurava trabalhar cada vez mais como uma forma de escape das suas preocupações. Sem horários definidos de quando começar ou terminar o expediente, ela passou a reduzir o cuidado com ela mesma, gerando um ciclo que comprometia gradativamente a saúde. “Quando estava ficando insuportável, eu dormia e não sabia que tinha dormido. A mente estava o tempo todo acelerada, mesmo com coisas bestas. Foi quando caiu a ficha que isso não era normal e que era preciso fazer alguma terapia para sair dessa crise. A psicóloga me ajudou a driblar um pouco esse contexto e ficar mais no presente do que na ansiedade do futuro e nos problemas do passado”.

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Novas variantes da Ômicron são detectadas no Nordeste

(Da Agência Brasil) O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan. O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas. A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

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Volume de Serviços em Pernambuco cresceu 15,5% no ano, mas caiu em abril

(Do IBGE) A pesquisa mensal de serviços de abril registrou uma queda de 3,9% no volume de serviços em PE em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2021 houve crescimento de 18,5%. Esta queda no mês vem após uma alta de 13% no mês anterior, o que fez com que a base de comparação ficasse bastante elevada.  No acumulado do ano a taxa de crescimento do estado é de 15,5%, a 6ª maior do país. Com o avanço das flexibilizações e autorização para realização de eventos de grande porte, os serviços prestados às famílias foram mais uma vez destaques no movimento de recuperação, com crescimento de 35,8% em relação a abril de 2021. As atividades de transportes, serviços auxiliares de transportes e correio também foram apresentaram alta significativa de 31,3%. Já as atividades turísticas apresentaram resultado positivo de 2,3% em abril na comparação com março. Na comparação com abril de 2021 a alta é muito expressiva, 70,4%. O que se tem observado é que a retomada da atividade econômica no setor de serviços tem sido fortemente impactada pelas taxas de desocupação e redução do rendimento médio do trabalhador. Somado a isso há o impacto da inflação que reduz o poder de compra da população que precisa repensar e priorizar suas decisões de consumo. A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

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Mais idosos no mercado de trabalho no Brasil

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Em dias de intensa transformação digital e que a geração Z, dos jovens que já nasceram em um mundo conectado, é tão badalada, o mercado de trabalho observa um crescimento da participação dos profissionais da terceira idade. De acordo com dados do Ilostat (Departamento de Estatísticas da Organização Internacional do Trabalho), 23,8% da mão de obra ativa no País é composta por pessoas com mais de 60 anos. Um cenário que tem várias causas e efeitos diversos no mundo corporativo e na qualidade de vida da população. “No Brasil tivemos uma elevação da taxa de participação dos idosos na última década de aproximadamente dois pontos percentuais. Hoje são mais de 7 milhões de profissionais acima dos 60 anos. O País tem uma população com maior longevidade, que faz parte do movimento da demografia brasileira. A depender da trajetória ocupacional, muitas pessoas chegam aos 60 anos em plenas condições de continuar suas atividades e com desejo de manter uma interação social via trabalho. Mas isso não é maioria”, afirma Lúcia Garcia, coordenadora de Pesquisa e Mercado de Trabalho do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Leia a reportagem completa na edição 195.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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6 fotos de Pernambuco Antigamente para homenagear o Dia de Portugal

Pernambuco foi apontado como o terceiro local do País com maior influência portuguesas. Essa distinção foi feita em 2019, pelo Fundação Calouste Gulbenkian, sediada em Lisboa, especialmente acerca das cidades de Recife e Olinda que congregam juntas 45 exemplares do urbanismo ultramarino português. Apontamos abaixo algumas das imagens do passado dessa arquitetura do Recife que foi preservada. Parte do patrimônio preservado é do campo militar, em que se destacam os fortes do Brum e das Cinco Pontas. Forte do Brum Forte das Cinco Pontas A Academia Pernambucana de Letras é outra preciosidade da arquitetura portuguesa no casario do Recife A Matriz da Boa Vista, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Concatedral de São Pedro são algumas das peças em destaque da arquitetura portuguesa religiosa no Recife

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80,8% dos pernambucanos se disseram endividados, segundo pesquisa da Fecomércio

Pernambuco registrou entre abril e maio de 2022 um recuo de 2 pontos no percentual de famílias que se declaram endividadas, saindo de 82,8% para 80,8%. Ainda assim, esse é o maior percentual para o mês na série histórica iniciada em janeiro de 2010, superando os 80,1% observados em maio de 2021. Compondo o quadro de endividamento, 19,3% das famílias se disseram muito endividadas em maio, 34,3% se declararam moderadamente endividadas e 27,2% se declararam pouco endividadas, enquanto 19,2% relataram não ter nenhum tipo de dívida no momento da pesquisa. O tempo médio de comprometimento com as dívidas, por outro lado, avançou de 7,3 meses em maio de 2021 para 7,7 em maio de 2022. Também com relação a maio de 2021, observa-se um aumento na parcela média da renda comprometida com as dívidas, que passou de 28,6% para 30,5%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, os valores ficaram estáveis. A proporção de famílias com dívidas em atraso, com cartões de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, também recuou em maio, tanto na comparação com o mesmo mês no ano anterior quanto na comparação com o mês de abril, ficando em 30,2%. Por outro lado, o tempo de atraso das contas a pagar em maio deste ano é maior que no mesmo mês do ano passado, tendo aumentado em média 5 dias (de 53 para 58 dias de atraso). Esse movimento continua refletindo o encarecimento do crédito e mesmo do refinanciamento das dívidas, em cenário de elevação frequente dos juros, sobretudo no cartão de crédito, que é o principal vetor das dívidas. Não obstante realmente seja o vetor de endividamento mais citado pelas famílias, é importante destacar que a menção ao cartão de crédito vem desacelerando substancialmente. No período de um ano, comparando a maio de 2021, a proporção de famílias endividadas que citaram o cartão de crédito como um dos componentes caiu de 96,7% para 91,5%. O mesmo se aplica ao cheque especial, cuja menção caiu de 14,4% para 10,7%. Ambas as modalidades, frequentemente acessadas pelas famílias em períodos de dificuldade financeira, apresentam as taxas mais elevadas no crédito livre, ultrapassando 300% ao ano no caso do rotativo no cartão e 100% a.a. no caso do cheque especial. A tendência de queda em ambas as modalidades ocorre em momento de aceleração da taxa básica de juros, que é uma referência para os ajustes do risco do crédito às pessoas físicas calculado pelas instituições financeiras. Nesse cenário, as famílias buscam reduzir a participação desse tipo de crédito no comprometimento da renda mensal. Na contramão, modalidades como crédito pessoal e carnês ganham mais participação entre famílias, que buscam saldar os débitos de juros mais elevados.

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"Existe um fator ambiental na disseminação das infecções"

Quem acompanha o noticiário deve estar espantado com a quantidade de notícias sobre doenças infecciosas que passaram a estampar as manchetes. Infecções até então desconhecidas do público, como a varíola dos macacos e a chamada “hepatite misteriosa” passaram a dividir espaço na mídia com a Covid-19 e sua repercussão na pandemia. Mas também velhas conhecidas dos pernambucanos, como a dengue, voltam a causar preocupações em razão do aumento no número de casos de até 800% no semiárido, quando se compara 2021 e 2022. Para explicar as possíveis causas do surgimento dessas infecções, seus sintomas e tratamentos, Cláudia Santos conversou com Paulo Sérgio Ramos, infectologista, professor associado de doenças infecciosas do HC/UFPE e pesquisador da Fiocruz-PE. Assistimos ao aumento de casos da Covid em algumas cidades, onde escolas orientaram alunos a voltarem a usar máscaras. A suspensão das medidas de proteção foi muito precoce ou o fato de haver pessoas que não completaram o esquema vacinal explicam esse aumento? Acho que existe um pouco de cada uma dessas variáveis. Possivelmente as autoridades governamentais podem ter sugerido o não uso das máscaras em ambientes fechados em um momento ainda não muito oportuno, quando havia um grande quantitativo de adultos sem tomar as doses de reforço, assim como há crianças em fases etárias em que as vacinas ainda não estão aprovadas, nem mesmo na forma emergencial. Acredito, e essa é a opinião da grande maioria dos meus colegas, que uso da máscara ainda é muito importante para ambientes fechados, onde haja aglomeração de pessoas, sobretudo transporte coletivo, shopping centers, escolas. Uma pessoa que tomou a dose de reforço, foi infectada pela Covid, pode se contaminar novamente? Acompanho de perto três casos de pessoas, em torno dos 60 anos, são adultos saudáveis e que, mesmo imunizados, estão agora no seu segundo episódio de Covid. São episódios leves, sem trazer nenhuma grande repercussão. Isso reforça aquilo que alertamos desde o início da pandemia: a vacina tem o objetivo de prevenir formas graves de Covid-19, evitar que os indivíduos sejam hospitalizados e internados em UTI, mas ela não tem o poder de impedir que as pessoas adquiram formas leves. E, ao adquirir formas leves, muitas vezes, contaminam indivíduos que não podem ter Covid, como os idosos de extrema idade, pessoas que fazem quimioterapia, com HIV/Aids. Essas populações, mesmo vacinadas, são mais vulneráveis do que as outras populações. Essa reinfecção seria por uma nova variante do coronavírus? Pode ser uma outra variante, mas não necessariamente, porque uma pessoa pode ter adquirido a Covid pela segunda vez pela mesma variante e apresentou outra vez a doença porque a vacina não tem a propriedade de impedir que haja uma nova infecção ou para aquela ou por outra variante do vírus. Em vários locais do mundo, inclusive em Pernambuco, têm surgido casos de hepatite de causa desconhecida que acomete crianças e adolescentes. O que já se sabe sobre a doença? O que chama a atenção da comunidade científica internacional é que os casos foram reportados à Organização Mundial de Saúde começando pela Europa, depois alguns países da América do Norte e também no Brasil, de crianças que apresentam hepatite aguda viral não A. Sabemos que a causa mais comum de hepatite viral é a causada pelo vírus da hepatite A, inclusive as crianças são vacinadas contra essa infecção quando completam um ano de idade e ficam protegidas por toda a vida de apresentar formas leves ou graves da doença. Existem outros vírus que também têm a característica de causar comprometimento das células hepáticas, provocando a hepatite, como os adenovírus e o vírus da dengue. Existem vários modelos teóricos que têm sido estudados para conseguir compreender qual é o agente (ou se é na verdade uma confluência de agentes infecciosos virais) que está causando, num mesmo momento, em locais diferentes, essas hepatites nessa faixa etária pediátrica. Leia a entrevista completa na edição 195.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Como evitar o drama das chuvas

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais A s águas baixaram. Mas as dores do número de vítimas e de todo o prejuízo deixado pelas enchentes e deslizamentos permanecerão por um longo tempo. Os seis mil desabrigados e mais de 100 mortes no Estado trouxeram à memória dos pernambucanos as cheias da década de 70, mas também as catástrofes que assolaram o nosso território após os anos 2000. Diante das mudanças climáticas, esses eventos, que já são sazonais, se tornaram mais frequentes. Fenômenos que exigirão maior infraestrutura das cidades e preparação da população para conviver com eles. Todos os especialistas entrevistados consideram que os problemas agudos que vivemos nas últimas semanas não representam uma surpresa, mas são uma tragédia anunciada. Na maioria das grandes cidades brasileiras, eventos mais intensos de chuva deixam seu rastro de desastres, mas no Recife, especialmente, devido ao seu relevo e ao conjunto de rios e canais que serpenteiam por praticamente todos os bairros, esse problema se torna mais dramático. A maior parte do território em áreas planas, praticamente no nível do mar e com condições de moradia muito inadequadas para uma parcela significativa da população compuseram o triste drama que presenciamos nos últimos dias. Leia a reportagem completa na edição 195.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Fecomércio PE analisa impactos das chuvas e da suspensão do São João no comércio

(Da Fecomercio-PE) Grande parte da população nordestina aguardava ansiosa pela retomada das festividades juninas em 2022. Embora as manifestações populares relacionadas a essa época do ano tenham maior expressividade nas regiões interioranas, os festejos juninos costumam movimentar a economia dos estados do nordeste em toda a sua extensão. Mesmo nas regiões litorâneas, o período que se estende de 12 de junho, véspera de Santo Antônio, a 29 de junho, dia de São Pedro, mobiliza diversas atividades de serviços na realização de arraias públicos, competição de quadrilhas e eventos privados embalados pelo ritmo do forró. São atividades que vão desde a montagem de estruturas, produção audiovisual e serviços de manutenção, até produção de alimentos típicos e confecção de vestuários e adereços. Em termos de fluxo turístico, além dos segmentos mencionados, há também a perspectiva sobre as atividades receptivas no interior do estado, especialmente no Agreste e Sertão. Municípios como Caruaru, Gravatá, Arcoverde e Petrolina concentram um grande fluxo de visitantes, de diversas regiões do estado e também de fora de Pernambuco, chegando a registrar elevadas taxas de ocupação hoteleira nos períodos juninos pré-pandemia. Dos visitantes pernambucanos no São João do interior, a região metropolitana costuma ter peso relevante, com pessoas que buscam as festas públicas ou o clima agradável durante feriado. E para tal, tendem a movimentar as vendas do segmento local de vestuários e calçados. Nesse sentido, apesar de não ter a mesma magnitude que o Carnaval para a RMR e litoral, o São João também tem papel relevante na economia local, especialmente para o varejo. Em cenário de retomada das atividades presenciais e de fragilidade no comércio varejista, as festas juninas são vistas nesse momento como uma oportunidade relevante para o setor terciário. Entretanto, em virtude das fatalidades decorrentes das fortes chuvas que atingiram o litoral e zona da mata no final de maio, diversas prefeituras optaram por suspender ou oficialmente cancelar os eventos públicos, convertendo os recursos disponível das festividades para o atendimento emergencial das famílias afetadas pelas tragédias. Para além do impacto sobre a realização dos eventos juninos, as fortes chuvas também causam um impacto relevante sobre a atividade de comércio. Em função dos diversos pontos de alagamento, a redução da circulação de pessoas tende a reprimir a demanda por segmentos sensíveis à compras por impulso, como vestuários e artigos para o lar, e também necessidades básicas, como supermercados e farmácias. Não apenas a mobilidade de pessoas foi reduzida nos últimos dias. Em divesos pontos estabelecimentos também se viram obrigados a não abrir suas portas, seja por falta de demanda, seja por falta condições de enfrentar as chuvas torrenciais, transbordamento dos cursos de água e alagamento dos principais corredores comerciais. Mesmo centros de compras modernos e shopping centers sofreram com os transtornos do acúmulo de águas. Quanto às decisões sobre cancelamentos e suspensões dos festejos juninos em algumas cidades, a Fecomércio corrobora a iniciativa dos gestores municipais, entendendo que esse é o momento de preservar o bem estar das famílias atingidas e seus sobreviventes. Nesse sentido, a instituição também buscou fazer a sua parte, realizando ações de assistência à população menos favorecida como o fornecimento de refeições nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe e a arrecadação de donativos em todo o estado de Pernambuco. Da mesma forma, reforçando seu compromisso com o setor, a Federação buscará o diálogo com os governos municipais e estadual de forma a encontrar alternativas e oferecer oportunidades aos segmentos do varejo e serviços das cidades fortemente atingidas e que não realizarão eventos públicos de São João – eventos esses que movimentam atividades formais e também atividades informais, que contribuiriam gerando renda para uma população bastante afetada pelo elevado desemprego. Mas, é importante ressaltar que cidades importantes para o ciclo junino no interior, a exemplo de Caruaru, mantém suas agendas de festividades para o mês de junho, em que o comércio e serviços contribuirão significativamente para a economia local e estadual, após dois anos de restrições sobre os grandes eventos.

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Maioria das empresas contam com até 30% dos cargos ocupados por mulheres

65% das empresas entrevistadas contam com até 30% dos cargos ocupados por mulheres. 27% das empresas não contam com mulheres em cargos de liderança e 25% não possuem mulheres negras. Ao longo dos últimos anos as mulheres têm assumido o protagonismo no mundo corporativo, embora com exemplos de liderança feminina sendo cada vez mais compartilhados, há muito que evoluir quanto a posição de mulheres e principalmente das mães em cargos de liderança. A representatividade feminina é sempre um tema abrangente que gera muitos debates e é uma forma de estimular cada vez mais mulheres a se encontrar e principalmente se posicionar diante do ambiente corporativo e da sociedade. Dentro desse contexto, a TRIWI, consultoria em Marketing Digital, apresenta uma pesquisa exclusiva sobre o “Protagonismo das mulheres nas empresas”, realizada entre os dias 22 de fevereiro a 22 de março de 2022 onde foram entrevistadas 21.435 empresas em todo o Brasil.Com o intuito de compreender a representatividade das mulheres e das mães no meio corporativo. A empresa questionou sobre a existência de mulheres negras em cargos de chefia, assim como mulheres com deficiência. O estudo levantou dados sobre o grau de instrução, além do espaço para mães no quadro de funcionários, entre outras. “Mesmo com o avanço de mulheres alcançando cargos executivos e de liderança nas empresas, nos últimos anos percebemos uma queda no número de mulheres que são mães ocupando esses cargos nas empresas". Comenta Sabrina Benatti, Gerente de Marketing da TRIWI. Dados apurados mostram que as mulheres ainda estão em desvantagem no mercado de trabalho, mesmo sendo a maioria, a nível populacional. A pesquisa abordou todo o Brasil, sendo: 52,4% das empresas entrevistadas do Sudeste, 18,3% do Sul, 5,6% do Centro Oeste, 8% do Norte e 15,7% do Nordeste. Quanto ao segmento das empresas, 42,2% são do setor de Serviço, 33.9% Indústria, 10,4% Comércio, 5,3% do setor de Agronegócio e 8,2% de Tecnologia. O percentual de mulheres nas empresas ainda é baixo, em pesquisa realizada em 2020, as empresas contavam com 27% das mulheres ocupando mais de 50% dos cargos nas empresas. Em 2022 esse número caiu para 18%. Outro dado preocupante é o fato das mulheres ocuparem mais cargos operacionais do que cargos que envolvam liderança. A pesquisa aponta que 35% das empresas contam com até 10% dos cargos de liderança ocupados por mulheres e 30% não contam com nenhuma mulher na gestão. A maioria das empresas entrevistadas não contam com a maioria das mulheres em cargos de gestão. Este dado comprova a realidade do mercado de trabalho e a necessidade das empresas em ter políticas mais eficazes quanto ao protagonismo das mulheres. Quando perguntado sobre o percentual de mulheres negras na empresa, a pesquisa registra que 25,10% das empresas entrevistadas não contam com mulheres negras representadas no quadro de colaboradores. Sendo que 45% das empresas contam com apenas 10% do quadro composto por mulheres negras. Na pesquisa podemos notar que a participação das mulheres negras no mercado de trabalho ainda é pequena. Outro dado alarmante aponta que 68% das empresas entrevistadas não contam com colaboradoras mulheres com alguma deficiência física no quadro. No Brasil, a participação das mulheres que são mães nas empresas, ainda é retraída Sobre mães no mercado de trabalho, a pesquisa indica que 78% das empresas possuem até 30% do quadro de funcionários mulheres mães. "O que percebemos hoje é que a sociedade no geral não abraça a mulher quando a mesma se torna mãe, talvez por uma questão cultural e até ultrapassada as mães são olhadas de uma maneira muito cruel, sendo incapacitada ou sem habilidade para ser mãe e conciliar o trabalho, ocupando cargos e mesas de conselho". Destaca Sabrina Benatti. A pesquisa ainda confirmou que 64% das empresas entrevistadas as mulheres ganham menos que os homens. Apenas em 8% das empresas as mulheres ganham mais que os homens e em 28% das empresas as mulheres ganham igual aos homens. Sobre se as empresas possuem algum canal exclusivo de denúncias relativas a assédio. Tivemos um avanço em relação a pesquisa feita em 2020, mostrando que 15% possuem um canal de denúncia, contra 9% referente à pesquisa passada. O número ainda é pouco, mas mostra uma evolução neste sentido. Apesar do cenário ser ainda muito desfavorável à mulher, quanto ao mercado de trabalho, a pesquisa mostra que o nível de escolaridade das mulheres nas empresas permanece em disparada, com 89% das empresas entrevistadas contam com mulheres com ensino superior ou acima. A entrevista abordou empresas de todos os portes, 17% até nove funcionários, 19% das empresas entrevistadas contam com 10 a 49 funcionários, 23% entre 50 a 99 funcionários e 40% acima de 100 colaboradores. Entre a faixa etária, a maior fatia ficou com 72% de mulheres com até 40 anos de idade.

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