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Banco Central projeta crescimento de 1,7% do PIB para 2022

Previsão anterior, divulgada em março, era de 1% (Da Agência Brasil) O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada hoje (23) pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto. O anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão. De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “os efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”. Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF). InflaçãoO BC aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8%, nesta projeção de junho. O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%. CredibilidadePerguntado se a credibilidade do sistema de metas de inflação poderia ser afetada, em meio ao cenário de incertezas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse trabalhar também com uma “meta secundária de suavização, olhando um pouco o balanço de tudo que fizemos e o balanço de riscos que existe hoje, e como isso influencia as decisões futuras”. “Temos comunicado que estamos perseguindo um número ao redor. E temos dito que não é 4%. É menos de 4% [em 2023]. Obviamente, todas relações de trocas entre alta de juros e suavização do ciclo – entendendo onde a taxa de juros tem de chegar e entendendo também as relações de troca entre o ritmo de subida e a taxa terminal, e quanto a taxa tem de ficar no nível terminal – tudo é levado em consideração”, argumentou. “O horizonte relevante é 2023, e o ao redor da meta é abaixo de 4%. Claro que caso chegue a 4% teremos de atuar, mas uma variação de + 0,1 ou +0,2, para um lado ou outro nesse ambiente de incerteza, não tem um valor esperado tão positivo. É mais claro delinear uma estratégia, olhar um prazo de horizonte relevante e delinear uma estratégia”, completou. Matéria alterada, às 15h50, no quarto parágrafo para esclarecer informação sobre os investimentos.

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Compaz recebe principal prêmio da ONU para políticas públicas

(Da Prefeitura do Recife - Fotos: Rodolfo Loepert / PCR.) Equipamento da Prefeitura do Recife levou o Prêmio de Serviço Público das Nações Unidas 2022, na categoria "Aprimorar a eficácia das instituições públicas para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS)" A Rede Compaz ganhou o Prêmio de Serviço Público das Nações Unidas, que melhor contempla os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e excelência no serviço público. Os equipamentos municipais foram avaliados por critérios da ONU como iniciativa de relevância e qualidade, servindo de referência internacional no atendimento à população. O prefeito do Recife João Campos esteve reunido com a equipe que faz as experiências do equipamento se tornarem realidade e pessoas beneficiadas, nesta quarta-feira (22), no Compaz Dom Hélder Câmara, na Ilha de Joana Bezerra, para acompanhar o anúncio da ONU. “A Rede Compaz ganhou um Prêmio da ONU, um reconhecimento destes equipamentos do Recife como uma ação pública efetiva para enfrentamento da desigualdade e geração de oportunidade. Quero agradecer ao ex-prefeito Geraldo Julio que foi o grande responsável por iniciar essa rede no Recife e hoje ela é uma realidade”, comentou João Campos, ao lado da vice-prefeita Isabella de Roldão. “Isso é muito relevante. É o maior prêmio que existe no mundo para serviços públicos e o Compaz recebe. Esse é o primeiro prêmio que a cidade do Recife recebe da ONU e eu tenho certeza que será o primeiro de muitos. Representa que uma política pública construída no Recife é referência não só na cidade e no Brasil, mas agora ela tem um reconhecimento mundial. Uma ação que é carimbada, é validada, pela ONU pode inspirar tantas outras cidades, estados e países a fazer como o Compaz. Aqui é uma fábrica da cidadania”, acrescentou Campos. O ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio, também participou da premiação e ressaltou a importância do equipamento. “A ONU reconhece o combate à desigualdade do Compaz como a política mais eficiente. E o diferencial do Compaz é que ele é feito por gente que gosta de gente, com amor e cuidando de quem mais precisa nesta cidade ”, disse o ex-prefeito Geraldo Julio. O reconhecimento internacional também se enquadra nos requisitos da Agenda 2030 da ONU, que é um plano de ação global das Nações Unidas, que reúne 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, criados para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, dentro das condições que o nosso planeta oferece e sem comprometer a qualidade de vida das próximas gerações. “Ganhar esse prêmio pelos serviços prestado pelos Compaz é um reconhecimento dessa iniciativa da Prefeitura do Recife inovadora no Brasil, que quebrou, primeiro, com essa lógica perversa de fazer coisa pobre para quem é pobre; segundo, de integrar a cidade formal com a cidade informal e, terceiro, de levar serviços públicos de altíssima qualidade para quem mais precisa. Então, esse prêmio é um reconhecimento de todo esse esforço da Prefeitura do Recife”, avaliou o Secretário de Segurança Cidadã do Recife e diretor da Rede Compaz, Murilo Cavalcanti. Já o professor de Artes Marciais Vicente Morcego, que atua no Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, compartilhou o que representam essas atividades na vida dos alunos. “As artes marciais são instrumentos para a cultura de paz. O nosso objetivo, no Compaz, não é formar atletas, mas sim formar cidadãos. Para trabalhar no Compaz é preciso gostar de gente”, explicou ele. O evento deu início às celebrações do Dia do Serviço Público, que é oficialmente celebrado no dia 23 de junho. O tema da premiação deste ano foi “Reconstruindo melhor depois da covid-19: aprimorando parcerias inovadoras para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. A auxiliar de serviços gerais Simone Gomes, 38 anos, mora no bairro Linha do Tiro e conta que ela e os três filhos usufruem do Compaz Eduardo Campos desde que foi fundado. “Atualmente, o meu filho faz jiu-jitsu e as minhas duas filhas fazem balé. Pérola tem quatro anos, Safira tem sete anos e Marcelo tem 12 anos. Meu filho também faz robótica. Sem o Compaz as crianças ficavam dispersas, sem ter com o que se ocupar. O Compaz traz cultura e vai ajudar até eles terem uma profissão no futuro”, disse ela. Os irmãos gêmeos Wermenson e Wandresson Alves, de 17 anos, moram no Alto de Santa Terezinha e também frequentam o Compaz Eduardo Campos desde que tinham 10 anos de idade. De acordo com Wemerson, a Rede Compaz faz a diferença na vida de crianças e adultos que moram no entorno de cada unidade. “O Compaz mudou muito a minha vida, já fiz muitas atividades lá, hoje eu estou estudando muito, frequento a biblioteca de lá e também estou estagiando no Compaz. Já fiz judô, capoeira, luta olímpica, informática, natação, curso de inglês”, reconheceu. O reconhecimento das políticas do Compaz ocorreu por causa da correlação entre a localização das unidades Compaz e a redução das taxas de criminalidade nessas áreas. Os beneficiários diretos e indiretos das quatro unidades do Compaz em operação hoje são residentes em um raio de 3 km de cada equipamento, e correspondem a 30,3% da população do Recife. Duas unidades foram avaliadas. No Compaz Ariano Suassuna, no Cordeiro, a média móvel mensal de crimes violentos e letais dolosos revelou uma queda de -5,8% dois anos após o lançamento do equipamento. No Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, a queda foi ainda mais expressiva: -13,8%. FÁBRICA DE CIDADANIA - O Recife possui quatro Centros Comunitários da Paz (COMPAZ). Cada unidade está localizada em uma área periférica da cidade, identificada com alto índice de violência. São eles: o Compaz Governador Eduardo Campos (Alto Santa Terezinha), o Compaz Escritor Ariano Suassuna (Cordeiro), O Compaz Governador Miguel Arraes (Praça da Caxangá) e o Compaz Dom Hélder Câmara, no Coque.   Os equipamentos oferecem práticas esportivas, culturais e educacionais em primorosas obras arquitetônicas. É um espaço de convivência para todas as idades. Os Compaz são um celeiro de cidadania, onde se pratica a cultura de paz e não violência, através da oferta de várias atividades e serviços. Procon, CRAS, Mediação de Conflitos, Junta Militar, artesanato, futebol, basquete, vôlei e programação ativa nas bibliotecas de cada um são algumas das

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O Recife diante da emergência dos eventos extremos do clima

(Bairro de Coqueiral, na Bacia do Rio Tejipió. Foto: Instituto Solidare / Igreja Batista em Coqueiral) *Por Francisco Cunha Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima), o Recife é a 16ª cidade mais ameaçada do planeta pelas mudanças climáticas provocadas pelo aumento do aquecimento global, tanto no que diz respeito à subida do nível do mar quanto em termos de aumento do volume das precipitações pluviométricas como tudo indica ter ocorrido no mês de maio passado. A análise pluviométrica do que aconteceu, aponta precipitações de mais de 400 mm (mais ou menos 1/4 das precipitações previstas para um ano inteiro na cidade) em quatro dias e de mais de 500 mm (mais ou menos 1/3 das precipitações anuais) em uma semana. Ou seja, em quatro dias choveu 25% do previsto para o ano e em uma semana mais de 30%. Nenhuma cidade do mundo aguenta uma carga dessas em tão curto espaço de tempo sem passar por sérios apertos. Resultado: a catástrofe se abateu sobre o Recife traduzindo- -se na trágica contabilidade de perdas de vidas humanas, nas quedas de barreiras dos morros e nas inundações da planície. A julgar pelo ocorrido recentemente em outras regiões do País, o que aconteceu no Recife não foi um caso isolado de precipitações extraordinárias mas, pelo contrário, a evidência de que eventos extremos do clima estão reduzindo o intervalo de tempo entre eles e ampliando sua frequência. Se isso é verdade, como tudo até então faz crer que sim, a questão relevante que se coloca é a seguinte: como se preparar para enfrentar uma realidade climática radicalmente diferente daquela à qual nos acostumamos ao longo de nossas vidas e a cidade ao longo de sua cinco vezes centenária existência? Outro dia, conversando com o secretário de Segurança Cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, a propósito da velocidade das mudanças que estão acontecendo na cidade de Medellín na Colômbia, em termos de melhoria da qualidade de vida urbana, e as que estão acontecendo na cidade do Recife, as de lá muito mais intensas e aceleradas que as nossas, tive oportunidade de dizer que, enquanto eles foram empurrados pelo crime, tenho a impressão que nós seremos acelerados pelo clima. Ou seja, será a marcha inexorável das mudanças climáticas que farão com que avancemos mais rápida e profundamente na melhoria da qualidade das mudanças urbanísticas assim como o foi a exautão da sociedade com o crime organizado e os desmandos criminosos liderados pelo mega narcotraficante Pablo Escobar que promoveu o turnpoint de Medellín. A partir desta constatação, estamos, portanto, todos os recifenses, cidadãos e autoridades, desafiados a inventar um novo futuro que nos proteja de deslizamentos cada vez mais frequentes dos morros e das inevitáveis inundações da planície pelo aumento do nível do mar. A sorte climática, portanto, está lançada! *Francisco Cunha é consultor e arquiteto

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"População que mora em área de risco pode ser realocada ao longo do Metrô"

Adriano Lucena, Presidente do Crea-PE, fala sobre o posicionamento da instituição de voltar-se mais para os problemas que afetam a sociedade, como os prejuízos causados pelas enchentes, a questão habitacional, os congestionamentos no trânsito, o transporte público e a seca no semiárido. R uas alagadas em dias de chuva, trânsito congestionado, agravamento das secas prejudicando a agricultura no semiárido, engarrafamentos na BR-101. As soluções para todos esses problemas envolvem a engenharia. Foi pensando no papel social dos engenheiros que a nova direção do Crea-PE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco) decidiu voltar-se mais para a sociedade. Nesta conversa com Cláudia Santos, o presidente Adriano Lucena detalhou esse posicionamento e abordou problemas, como as enchentes, o sucateamento do Metrô Recife e a não conclusão das obras da Transnordestina. Ele também afirmou que há alternativas para realocar as pessoas residentes em áreas de risco, que correm perigo nas chuvas intensas. Elas poderiam ser transferidas para terrenos ao longo da via férrea do Metrô ou na Agamenon Magalhães, próximo ao Shopping Tacaruna. Confira a entrevista: Com as catástrofes ocorridas em razão das chuvas intensas, identificou-se que um dos problemas chaves é a moradia da população residente nos morros e nas margens dos rios. Como o Crea-PE analisa esse problema e qual a solução? Por muito tempo, o Crea vem desempenhando um papel muito voltado para dentro da casa e de sua burocracia. Talvez isso tenha sido um grande erro, porque a sociedade espera muito mais do Crea. Por que temos um dos piores trânsitos do mundo, não temos moradia digna, o escoamento da água não é feito de forma correta? Todas as soluções para essas situações passam pela engenharia. Ao longo do tempo o Crea não debateu com a sociedade, agora queremos implantar esse debate que obrigatoriamente envolve as políticas públicas que precisam estar voltadas para promover o bem-estar da população. Precisamos, por exemplo, cobrar o Plano Diretor de Drenagem que está pronto desde 2016. A partir do plano chegou-se à conclusão de que essas obras gerariam um impacto financeiro na casa de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão. Não dá para implantar o plano em um ano, mas dá para fazer em 15. Qual é o cronograma das obras ao longo desses 15 anos? Precisamos cobrar e ser fiscal dessas intervenções para saber se elas foram feitas. Quanto à questão da moradia, não estou com o número exato da área e de quantas pessoas foram atingidas pelas chuvas, mas sabemos que somos 1,5 milhão de habitantes com 1/3 morando em áreas de risco. Então temos aproximadamente 500 mil pessoas morando nos morros. Cabem 500 mil nos morros? Não cabem. Mas talvez caibam 150 mil de forma digna. E onde a vamos colocar essas 350 mil pessoas? Podemos criar algumas alternativas. Essa população que mora em área de risco pode ser realocada ao longo da via férrea do metrô. Elas poderão se deslocar por meio desse transporte e nessa área há espaço onde podem ser construídas moradias para absorver parte dessa população. Existem também algumas a área na Agamenon Magalhães, nas proximidades do Tacaruna, em Santo Amaro, na Ilha de Joaneiro. Conseguimos ter algumas construções mais verticalizadas? Talvez sim. Se não conseguirmos verticalizar a moradia com 20 andares, conseguimos com três a quatro andares. Mas essa realocação não deve ser feita como nos anos 1980, quando colocaram pessoas em áreas muito distantes da cidade, como Muribeca e Maranguape. Naquela época havia uma dificuldade de deslocamento nessas áreas. Ao realocar as pessoas ao longo da via férrea do Metrô, elas poderão se deslocar por meio desse transporte e nessa área de Santo Amaro elas morariam próximo a um shopping, do centro, de padarias, de supermercados e com opção de transporte. Mas essas pessoas têm hábitos, costumes de não morar num espaço que é socializado. Ao residirem em edificações verticalizadas, elas precisam mudar a sua cultura. Como é que fica a questão do condomínio, de dividir o espaço, do pagamento de contas que não é só do indivíduo, mas que passa a ser coletiva? Então, mesmo que se encontre espaço para colocar as pessoas, tem que haver um monitoramento ao longo do tempo para adaptar essa mudança de cultura. Qual a viabilidade dessa proposta, como ter acesso a essas áreas, elas são valorizadas? São áreas que não são tão valorizadas quanto outras que tenham transporte fácil. A primeira coisa a fazer é identificar esses terrenos, segundo saber quais são os custos de investimentos. O que eu posso garantir é que hoje, economicamente, eles oferecem um custo menor do que colocar essas pessoas em outras áreas dentro da cidade que estão extremamente adensadas. Ao longo da linha férrea no mínimo 80% dos bairros podem ser voltados para essa realocação. Basta você olhar no Google ou pegar o metrô para identificar que não há área verticalizada, existem muitos espaços não ocupados, ou edificações ocupadas de forma desordenada. Então é a oportunidade para ocupar de forma organizada e planejada. O Crea tem atuado no debate sobre a privatização do Metrô do Recife. Qual o posicionamento da entidade e como resolver o crescente sucateamento desse importante meio de transporte? Parece que tudo virou uma questão simples que o setor privado resolve. O setor privado resolve problemas relativos à iniciativa privada, mas existem situações que pertencem ao setor público. Quando o Metrô recebia recursos, tínhamos um dos melhores metrôs do País, em termos de prestação de serviço. Mas houve a política de retirar recursos e prestar esse serviço com a mesma qualidade tornou-se impossível. Identificamos que precisávamos fazer um fórum permanente de discussão sobre o Metrô que envolve não só a sua não privatização, mas criar alternativas de investimento e também para a sua ampliação. Apenas uma parte da população é atendida por esse transporte. Fizemos um investimento no Metrô em 1985 e só viemos fazer novamente próximo do ano 2000. De lá para cá, não fizemos mais nada. O Metrô gera déficit do ponto de vista financeiro em qualquer lugar do mundo. Qual o empresário

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Revista Algomais capa195.3

À flor da pele: Covid-19, chuvas intensas e eleições aumentam a ansiedade da população

*Por Rafael Dantas Os transtornos relacionados à ansiedade cresceram 25,6% no planeta, em 2020, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O isolamento social, a perda de entes queridos pela Covid-19 e toda desordem econômica que a pandemia deixou estão entre as raízes desse mal que está ainda longe de ser enfrentado de forma efetiva. Neste ano, ao menos no Brasil e no Estado, há novos fatores nessa conta. Toda a tensão envolvendo as eleições que acontecerão em outubro e, no caso pernambucano, os traumas deixados pelas chuvas que inundaram a Região Metropolitana e parte da Zona da Mata, também contribuem para esse contexto de pressão sobre a saúde mental da população. Rosa (nome fictício), 38 anos, não conseguiu lidar bem com o aumento do volume de trabalho no home office em meio à pandemia, o medo acerca do futuro profissional em um mercado em crise e o afastamento da interação social. Ela não havia percebido que as preocupações se tornaram tão excessivas que já prejudicavam sua saúde. Até que começou a ter crises. “Eu comecei a me angustiar até com problemas pequenos, pensamentos recorrentes, que se juntavam com tristezas do passado. Ao mesmo tempo em que não conseguia parar de me preocupar com o futuro, perdia também minha concentração no trabalho e a minha produtividade foi caindo. Isso me deixava cada vez mais angustiada”, afirma a profissional, que procurava trabalhar cada vez mais como uma forma de escape das suas preocupações. Sem horários definidos de quando começar ou terminar o expediente, ela passou a reduzir o cuidado com ela mesma, gerando um ciclo que comprometia gradativamente a saúde. “Quando estava ficando insuportável, eu dormia e não sabia que tinha dormido. A mente estava o tempo todo acelerada, mesmo com coisas bestas. Foi quando caiu a ficha que isso não era normal e que era preciso fazer alguma terapia para sair dessa crise. A psicóloga me ajudou a driblar um pouco esse contexto e ficar mais no presente do que na ansiedade do futuro e nos problemas do passado”.

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Novas variantes da Ômicron são detectadas no Nordeste

(Da Agência Brasil) O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) detectou dois novos tipos de variantes Ômicron da covid-19 coletadas, em maio, de pessoas em Natal. A pesquisa foi feita com participação do Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico e o Instituto Butantan. O estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas unidades de saúde da prefeitura de Natal e pelo IMT, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). De acordo com a diretora do IMT, Selma Jerônimo, as novas variantes indicam ser mais transmissíveis, em razão do aumento no número de pessoas infectadas com covid-19 nas últimas semanas. A diretora ressaltou a importância da vacina contra a covid-19, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.

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Volume de Serviços em Pernambuco cresceu 15,5% no ano, mas caiu em abril

(Do IBGE) A pesquisa mensal de serviços de abril registrou uma queda de 3,9% no volume de serviços em PE em relação ao mês anterior. Na comparação com abril de 2021 houve crescimento de 18,5%. Esta queda no mês vem após uma alta de 13% no mês anterior, o que fez com que a base de comparação ficasse bastante elevada.  No acumulado do ano a taxa de crescimento do estado é de 15,5%, a 6ª maior do país. Com o avanço das flexibilizações e autorização para realização de eventos de grande porte, os serviços prestados às famílias foram mais uma vez destaques no movimento de recuperação, com crescimento de 35,8% em relação a abril de 2021. As atividades de transportes, serviços auxiliares de transportes e correio também foram apresentaram alta significativa de 31,3%. Já as atividades turísticas apresentaram resultado positivo de 2,3% em abril na comparação com março. Na comparação com abril de 2021 a alta é muito expressiva, 70,4%. O que se tem observado é que a retomada da atividade econômica no setor de serviços tem sido fortemente impactada pelas taxas de desocupação e redução do rendimento médio do trabalhador. Somado a isso há o impacto da inflação que reduz o poder de compra da população que precisa repensar e priorizar suas decisões de consumo. A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.

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Mais idosos no mercado de trabalho no Brasil

*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais Em dias de intensa transformação digital e que a geração Z, dos jovens que já nasceram em um mundo conectado, é tão badalada, o mercado de trabalho observa um crescimento da participação dos profissionais da terceira idade. De acordo com dados do Ilostat (Departamento de Estatísticas da Organização Internacional do Trabalho), 23,8% da mão de obra ativa no País é composta por pessoas com mais de 60 anos. Um cenário que tem várias causas e efeitos diversos no mundo corporativo e na qualidade de vida da população. “No Brasil tivemos uma elevação da taxa de participação dos idosos na última década de aproximadamente dois pontos percentuais. Hoje são mais de 7 milhões de profissionais acima dos 60 anos. O País tem uma população com maior longevidade, que faz parte do movimento da demografia brasileira. A depender da trajetória ocupacional, muitas pessoas chegam aos 60 anos em plenas condições de continuar suas atividades e com desejo de manter uma interação social via trabalho. Mas isso não é maioria”, afirma Lúcia Garcia, coordenadora de Pesquisa e Mercado de Trabalho do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Leia a reportagem completa na edição 195.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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6 fotos de Pernambuco Antigamente para homenagear o Dia de Portugal

Pernambuco foi apontado como o terceiro local do País com maior influência portuguesas. Essa distinção foi feita em 2019, pelo Fundação Calouste Gulbenkian, sediada em Lisboa, especialmente acerca das cidades de Recife e Olinda que congregam juntas 45 exemplares do urbanismo ultramarino português. Apontamos abaixo algumas das imagens do passado dessa arquitetura do Recife que foi preservada. Parte do patrimônio preservado é do campo militar, em que se destacam os fortes do Brum e das Cinco Pontas. Forte do Brum Forte das Cinco Pontas A Academia Pernambucana de Letras é outra preciosidade da arquitetura portuguesa no casario do Recife A Matriz da Boa Vista, a Igreja Nossa Senhora do Carmo e a Concatedral de São Pedro são algumas das peças em destaque da arquitetura portuguesa religiosa no Recife

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Pernambuco Percentual de familias segundo as situacoes de endividamento valores em do total de familias maio 2010 a maio 2022

80,8% dos pernambucanos se disseram endividados, segundo pesquisa da Fecomércio

Pernambuco registrou entre abril e maio de 2022 um recuo de 2 pontos no percentual de famílias que se declaram endividadas, saindo de 82,8% para 80,8%. Ainda assim, esse é o maior percentual para o mês na série histórica iniciada em janeiro de 2010, superando os 80,1% observados em maio de 2021. Compondo o quadro de endividamento, 19,3% das famílias se disseram muito endividadas em maio, 34,3% se declararam moderadamente endividadas e 27,2% se declararam pouco endividadas, enquanto 19,2% relataram não ter nenhum tipo de dívida no momento da pesquisa. O tempo médio de comprometimento com as dívidas, por outro lado, avançou de 7,3 meses em maio de 2021 para 7,7 em maio de 2022. Também com relação a maio de 2021, observa-se um aumento na parcela média da renda comprometida com as dívidas, que passou de 28,6% para 30,5%. Na comparação com o mês imediatamente anterior, os valores ficaram estáveis. A proporção de famílias com dívidas em atraso, com cartões de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos, também recuou em maio, tanto na comparação com o mesmo mês no ano anterior quanto na comparação com o mês de abril, ficando em 30,2%. Por outro lado, o tempo de atraso das contas a pagar em maio deste ano é maior que no mesmo mês do ano passado, tendo aumentado em média 5 dias (de 53 para 58 dias de atraso). Esse movimento continua refletindo o encarecimento do crédito e mesmo do refinanciamento das dívidas, em cenário de elevação frequente dos juros, sobretudo no cartão de crédito, que é o principal vetor das dívidas. Não obstante realmente seja o vetor de endividamento mais citado pelas famílias, é importante destacar que a menção ao cartão de crédito vem desacelerando substancialmente. No período de um ano, comparando a maio de 2021, a proporção de famílias endividadas que citaram o cartão de crédito como um dos componentes caiu de 96,7% para 91,5%. O mesmo se aplica ao cheque especial, cuja menção caiu de 14,4% para 10,7%. Ambas as modalidades, frequentemente acessadas pelas famílias em períodos de dificuldade financeira, apresentam as taxas mais elevadas no crédito livre, ultrapassando 300% ao ano no caso do rotativo no cartão e 100% a.a. no caso do cheque especial. A tendência de queda em ambas as modalidades ocorre em momento de aceleração da taxa básica de juros, que é uma referência para os ajustes do risco do crédito às pessoas físicas calculado pelas instituições financeiras. Nesse cenário, as famílias buscam reduzir a participação desse tipo de crédito no comprometimento da renda mensal. Na contramão, modalidades como crédito pessoal e carnês ganham mais participação entre famílias, que buscam saldar os débitos de juros mais elevados.

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