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Ansiedade: o que as escolas podem fazer para evitar episódios como o ocorrido no Recife?

A escola deve ser um ambiente de acolhimento, aprendizagem e troca de conhecimentos. Recentemente, 26 alunos de uma escola estadual de Recife (PE) passaram mal com falta de ar, tremor e crise de choro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) informou que os alunos tiveram uma crise de ansiedade. Especialistas em educação e neurociências explicaram o que desencadeou o surto coletivo e o que as escolas podem fazer para lidarem da melhor forma possível com os estudantes, no momento atual. Como o episódio aconteceu?Lucas Briquez, educador e CEO da Edtech Asas Educação explica: "o limiar de percepção de esforço dos estudantes ficou muito mais baixo durante a pandemia. Professores e gestores escolares tratam a situação como se fosse uma espécie de preguiça ou falta de força de vontade, mas é necessário primeiramente compreender que a rotina das crianças sofreu muitas mudanças e que essas mudanças desencadearam alterações cerebrais, agora, o sistema cognitivo vai demorar um pouco para se acostumar a receber a mesma quantidade de estímulos que recebia anteriormente, nas atuais circunstâncias os cérebros dos alunos comunicaram aos corpos que estes estavam vivendo uma situação de perigo”, disse. Lucas explicou que quando você não entende algo o seu nível de ansiedade naturalmente sobe, quando você, em seguida, passa a compreender essa nova informação o seu nível de ansiedade cai de forma abrupta. “Essa queda causa uma sensação de prazer, um estímulo de recompensa, quando esse momento de prazer ainda é enfatizado de forma positiva, o estímulo e a busca pela recompensa se torna ainda maior, dessa forma o estudante passa a sentir aquele prazer intelectual, começa a gostar de aprender. O problema é que dependendo da potência desse estímulo inicial o aluno pode ter uma crise de ansiedade, e mais, por conta dos neurônios espelho, ver alguém tendo uma crise de ansiedade pode levar outra pessoa a entrar em uma crise de ansiedade também, misture as duas coisas e aí está a razão do ocorrido." O que as escolas podem fazer para ajudar?O especialista afirma que “o educador tem que partir do princípio que, por mais que entenda que o aluno não corre um risco sério de vida ou algo assim, o corpo dele está entendo a situação dessa forma, a partir dessa compreensão poderá se conectar com esse aluno e se utilizar do tom de voz e da respiração para tentar acalmar o mesmo." A diretora pedagógica e neuropsicopedagoga Georgya Corrêa complementou explicando que esse período de pandemia manteve os estudantes afastados do processo escolar e, ao mesmo tempo, vivenciando momentos que lhes traziam muitas angústias. “No entanto, no que se diz a rotina de estudos, eles foram, de certa forma, poupados de algumas responsabilidades e isso fez com que eles perdessem o hábito de serem constantemente avaliados para demonstrarem seus conhecimentos”. A diretora também falou sobre a contribuição necessária da escola em relação a preparação dos alunos. "Como os estudantes estão sendo preparados pela escola para estarem novamente nessa situação de "cobrança", de verificação dos resultados dos conhecimentos adquiridos? Porque uma avaliação traz essa pressão, já que verifica a compreensão e fixação de habilidades e competências", disse. Georgya afirma que mediante a metodologia utilizada pela Teia, é necessário que seja realizado o processo de readaptação do ambiente escolar, para que, gradativamente os estudantes se acostumem com os estímulos, de forma que estejam sempre evoluindo, mas que não entrem em um estado de medo "precisamos encontrar a justa medida entre o estar confortável demais, e por isso não estar sendo desafiado o suficiente e a medida oposta que é estar sendo desafiado em um nível que passa a não suportar mais o ambiente escolar", finaliza.

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Últimos dias de apresentação do Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém

A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, que voltou a emocionar o público nesta temporada 2022 em sua 53ª edição, terá neste final de semana as últimas apresentações do ano, até o dia 16. O espetáculo deste ano marcou a estreia do ator Gabriel Braga Nunes, que tem uma carreira da teledramaturgia marcada pela interpretação de vários vilões, está estreando na Paixão de Cristo como protagonista da encenação. Para ele, fazer o Cristo está sendo uma experiência transformadora. “Quando você estuda o papel você se dá conta daquilo. A ficha cai sobre o que está sendo dito alí. O sermão é muito bonito, tem me emocionado, ontem e hoje controlei as lágrimas”, afirmou o ator que em 2019 participou do espetáculo como Pilatos. Luciano Szafir, que já participou da Paixão duas vezes como Pilatos e duas como Jesus, retornou neste ano aos palcos da Nova Jerusalém como o Rei Herodes. Os ingressos para o espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém podem ser adquiridos pelo site oficial www.novajerusalem.com.br, podendo ser parcelados em até 12 vezes nos cartões de créditos. As entradas, que custam R$ 200,00 inteira e R$ 100,00 meia-entrada, também estão disponíveis em pontos de vendas localizados em agências de viagens (como Luck Viagens e CVC em todo Brasil), shoppings centers e hotéis do Recife, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, São José do Egito, Campina Grande e João Pessoa.

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"A gente tinha que fazer a Paixão de Cristo em 2022, senão nunca mais ela aconteceria"

Após dois anos sem ter apresentações, Nova Jerusalém volta a exibir a Paixão de Cristo. O presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova, Robinson Pacheco, relata as dificuldades causadas pela pandemia, como está sendo a retomada e conta, com humor e emoção, a história da criação do espetáculo. A história da criação da Paixão de Cristo em Fazenda Nova, no município do Brejo da Madre de Deus, daria um filme, com toques de drama, aventura, comédia, romances proibidos, uma boa dose de inspiração épica e vários finais felizes. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova e coordenador geral do espetáculo, contou detalhes desse roteiro, que começou a ser escrito por seus avós e pais, resultando na ousadia de construir um espetáculo grandioso, com efeitos especiais, estrelado por atores famosos nacionalmente e encenado numa cidade-teatro, construída como uma réplica de Jerusalém. Emocionado, ele revelou as dificuldades enfrentadas no período da pandemia e fala com otimismo da retomada com a 53ª temporada que acontece de 9 a 16 deste mês e traz no elenco Gabriel Braga Nunes no papel de Jesus, Christine Fernandes, como Maria; Luciano Szafir, interpretando Herodes, o ator Sérgio Marone, como Pilatos, a influenciadora digital Thaynara OG, no papel de Herodíades, e a atriz pernambucana Marina Pacheco no papel de Madalena. Como surgiu a ideia de criar o espetáculo da Paixão de Cristo? Em 1951, a Vila de Fazenda Nova tinha mil habitantes. Um cidadão de nome Epaminondas Mendonça migrou com a sua esposa Sebastiana, de Quipapá, na zona da mata, onde ele era vice-prefeito e tinha uma farmácia, para morar aqui, por orientação médica. Ela sofria de artrite e aqui temos a fonte hidromineral de água magnesiana, recomendada para quem tem esse problema. Ambos eram meus avós. Chegando aqui, comprou uma casa, botou uma loja de tecido, uma farmácia e uma pequena pousada que vivia de eventos, como o São João. Minha avó adorava teatro e era ligada à cultura popular. Meu avô também tinha uma pousada no Recife e, todas as vezes em que queria lotar o hotel em Fazenda Nova, chamava os clientes e os conhecidos para virem para cá, porque em certas datas havia apresentações. No 7 de setembro, minha avó fazia o espetáculo sobre Dom Pedro e a Independência, em dezembro, sobre o nascimento de Jesus. Mas a Semana Santa era a baixa estação, não vinha ninguém. Uma vez o genro dele foi visitá-lo e levou um exemplar de O Cruzeiro, com o encarte Fonfon, que trazia uma matéria sobre um espetáculo da Paixão de Cristo numa cidade alemã. Meus avós eram muito católicos e aí ele disse: “Sebastiana faz um espetáculo sobre a Paixão de Cristo, vai lotar os hotéis (já havia três na vila)”. Ela disse: “vou chamar Lourinho (que era Luiz Mendonça, um dos filhos do casal que interpretou o primeiro Jesus) e vou dar essa ideia para ele”. Lourinho, com o colega Osíris Caldas, escreveu a primeira peça chamada Drama do Calvário. Esse meu tio morava no Recife, trabalhava na Secretaria da Fazenda, e trouxe as pessoas ligadas ao teatro, do MCP (Movimento de Cultura Popular). A esse grupo de atores se juntou a figuração toda daqui da vila. Eles fizeram o espetáculo em 1951 e em anos posteriores. Em 1955 meu pai, Plínio Pacheco, um jornalista e oficial da aeronáutica, era gaúcho e veio morar no Nordeste procurando um lugar mais quente. Chegando ao Recife, conheceu meu tio Luiz Mendonça, no bar Savoy. Meu pai era diretor de redação do Diário da Noite e do Jornal do Commercio. Um dia meu tio falou com o fotógrafo Clodomir Bezerra (que era correspondente de O Cruzeiro), para ele fotografar uma cena do espetáculo, em fevereiro, no Carnaval e enviar para a revista para ver se publicavam. O fotógrafo e os atores ficariam hospedados no hotel. Clodomir disse que só iria se envolvesse Plínio, porque ele era o chefe de redação dos dois jornais e tinha muita influência. No meio do papo, meu pai teve uma ideia: “vou conseguir um vagão da Rede Ferroviária Federal e vamos levar 30 jornalistas até Caruaru e de lá vamos de caminhão”. Naquela época não havia estrada, carro, energia elétrica ou água encanada. Eles vieram em pleno Carnaval e no domingo todos foram brincar num bloco, inclusive minha mãe, Diva, que tinha 16 anos e ajudava os pais no hotel. Quando ia saindo, ela viu o gaúcho de bermuda, sapato, camisa abotoada até o pescoço, lendo jornal, às 10h. E perguntou: “você não vai para o bloco?”. Ele respondeu: “não, prefiro ficar aqui lendo três jornais”. Minha mãe ficou impressionada. Ela voltou, às 4 da tarde, toda suada, com as sandálias na mão e papai continuava lendo jornal (risos). Ela disse: “eu já brinquei Carnaval o dia todo, tomei um porre e você está aí no mesmo lugar? (risos). Aí meu pai: “isso é coisa de gaúcho”. Daí surgiu um romance, mas meu avô não queria porque meu pai era desquitado. Eles fugiram para o Rio Grande do Sul. Passados dois anos, meu avô mandou uma carta pedindo para voltarem. Eles voltaram, ele ficou baseado no Recife, depois vieram para cá na Semana Santa e ele assumiu a produção do evento que era realizado na rua. Como a cidade-teatro foi construída? A via sacra era encenada na escada externa de uma grande casa onde as pessoas assistiam da rua e algumas assistiam de cima do muro da residência. Esse muro, em 1962, caiu com mil pessoas em cima dele. Na época havia 6 mil espectadores. Meu pai cancelou o espetáculo na hora, a sorte é que ninguém se machucou. Aquele foi o último ano do espetáculo na rua. Ele começou a trabalhar no projeto para a construção do teatro e em 1966 comprou um terreno, com uma verba do Ministério da Cultura, e foi atrás de patrocínio. Mas não conseguiu. Em 1967 assumiu o Governo de Pernambuco, Nilo Coelho, que soube pelos jornais do projeto. Ele veio aqui,

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"Os profissionais estão pensando e repensando como podem ser mais felizes, produtivos e ter qualidade de vida"

Por diferentes motivações, cada vez mais profissionais têm dado alguns passos atrás para se reinserir no mercado de trabalho em outra ocupação, as vezes em áreas completamente diferentes. Carolina Holanda, sócia da TGI e da ÁgilisRH, analisa nesta entrevista sobre o fenômeno da transição de carreiras, que se acentuou na pandemia. Uma pesquisa recente da Kaspersky indicou que 53% dos brasileiros consideram mudar de emprego devido à pandemia. Por que esse momento de crise sanitária está empurrando tantas pessoas a reverem a sua carreira e profissão? A pandemia e todas as situações de medo, insegurança e incerteza que nos foram impostas geraram em boa parte das pessoas uma grande reflexão sobre seus projetos de vida, o que inclui o projeto profissional. Muitos profissionais, durante o isolamento, fizeram home office o que permitiu vivenciarem alguns momentos com a família, filhos que com a rotina pré-pandemia não era possível. E há muito as pessoas, em geral, têm buscado por um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Têm ficado mais atentas para a saúde física e emocional. Temos também a busca por melhores oportunidades de desenvolvimento profissional ou por melhores remunerações. É importante ficar claro que essas questões já eram uma tendência no mundo do trabalho, mas foram acentuadas pela reflexão provocada pelo período pandêmico. Os profissionais estão pensando e repensando como podem ser mais felizes, mais produtivos e ter mais qualidade de vida. Quais são as principais motivações que as pessoas têm para enfrentar uma mudança de rumo profissional? Tenho visto nas empresas muitos profissionais passando por dificuldades emocionais que surgiram nesses dois últimos anos ou foram intensificadas pela pandemia. Parece que agora a saúde emocional vai se tornar uma real prioridade na vida das pessoas. Por isso, algumas motivações estão vinculadas ao que pode satisfazer profissionalmente, como trabalhar num ambiente com um bom clima e tratamento respeitoso (não cabe mais tratar mal as equipes e falta de respeito), perspectiva clara de crescimento e um pacote de remuneração atrativo. Outro fator importante, é que a experiência com home office, em geral, foi bem sucedida. Foi possível experimentar trabalhar em casa, ser produtivo e não perder o tempo com deslocamento, o que significa mais tempo com a família. Voltar a trabalhar 100% no presencial significa perder esse conforto. Uma das migrações que temos percebido com maior intensidade é de profissionais de áreas que estão em baixa ou ameaçadas pela automação investindo em formação no setor de TI. Esse é o principal fenômeno que assistimos no País hoje em relação à transição de carreira? De fato, percebemos com muita clareza a alta demanda por profissionais de TI, inclusive com muitas empresas tendo dificuldade de contratar profissional da área diferenciado. A pandemia acelerou o processo de digitalização de muitas empresas, o que requer esse investimento na formação de profissionais da área. Mas outro fenômeno também foi consequência da pandemia. O aumento de empreendedores que abriram seu negócio quando perderam o emprego no início de 2020 ou pediram demissão recentemente para colocar seu negócio e poder ter uma maior governabilidade na gestão do seu tempo. Eu diria que o grande fenômeno, na verdade, é a demanda dos profissionais em buscarem realização profissional em equilíbrio com a vida pessoal. Além de TI, você destacaria alguma área que cresceu na pandemia e que tem atraído profissionais que atuavam em outros campos? Entendo que de um modo geral houve crescimento por profissionais qualificados, diferenciados e com múltiplas competências, além da valorização da inteligência emocional. Não vejo na nossa região crescimento de uma área específica, mas a demanda por pessoas que façam as atividades com eficiência e que tenha competência para lidar com as adversidade, imprevisibilidade e situações difíceis. Que condições caracterizam um cenário em que é importante que o profissional repense a sua carreira? É preciso inicialmente que o profissional tenha clareza do seu projeto de vida e profissional. A reflexão sobre como é possível realizar seus objetivos alinhados aos seus valores mostrará se ele deve ou não repensar sua carreira. Outro ponto importante a considerar é a dinâmica de mercado, avaliando se existem oportunidades reais para a área desejada. Sem esquecer que devemos ter clareza que tudo na vida é um processo em construção e não é diferente com a carreira. Pé no chão para entender e vivenciar com calma e tranquilidade na vida profissional é essencial. Vejo hoje muitos jovens querendo queimar etapa e atingir um lugar nas empresas que exigem tempo e amadurecimento. Crescer profissionalmente significa um desafio com muitas disputas e exigências de competências. Para quem deseja mudar de rumo profissional, quais as dicas que você daria para preparar uma transição de forma mais segura e consistente? O primeiro passo é fazer uma reflexão com base em alguns questionamentos como: será mesmo que tenho visibilidade do que eu quero para a minha vida profissional e do que preciso fazer para chegar até lá? Será que as escolhas que estou fazendo estão alinhadas com o meu projeto profissional? Os resultados colhidos até agora atendem às minhas expectativas? Estou refletindo sobre as dificuldades encontradas e transformando-as em desafios e oportunidades de melhoria? Diante das frustrações e impossibilidades, costumo tentar novamente e buscar alternativas? Costumo refletir sobre as minhas necessidades de aperfeiçoamento para chegar aonde quero? Tenho possibilidade de realização profissional no lugar que estou? O segundo passo é definir aonde se quer chegar de fato e fazer uma avaliação das suas competências e necessidades de desenvolvimento. Sempre indico nesse processo que o profissional faça conversas com outros profissionais mais experientes na área e/ou função desejada para entender melhor como funciona, quais são as dificuldades em geral e os desafios. Concluir a reflexão com a formulação de um plano de ação faz toda diferença. Sem esquecer que o lema deve ser insistir, persistir e não desistir. As oportunidades nem sempre aparecem com facilidade, é preciso busca-las.

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Prefeitura do Recife convida a população a redescobrir o Centro com programação neste domingo (10)

Evento "Viva a Guararapes", na Avenida de mesmo nome, será realizado uma vez a cada mês a partir de abril e oferece dez polos com atrativos culturais, esportivos, gastronômicos, pet, de lazer, feira geek e literária e outras programações gratuitas e ao ar livre Uma forma de reconectar e redescobrir o Centro do Recife a partir de uma de suas mais majestosas vias que, ao longo das últimas décadas, foi protagonista de transformações urbanas e sociais. Mais do que um modo de induzir a vida no centro, um estímulo para que as pessoas possam viver e conviver nessa região privilegiada e rica em histórias. Essas são algumas das premissas do novo projeto da Prefeitura do Recife, o “Viva a Guararapes”. A partir deste domingo (10), a Avenida Guararapes será ativada com uma série de atrativos culturais, esportivos, gastronômicos, pet, de lazer, feiras literárias e geek e de outros gêneros. Ao longo de cerca de 200 metros de extensão serão dispostos dez polos temáticos oferecendo uma vasta programação totalmente gratuita e ao ar livre à população, das 9h às 17h30. A meta é que o evento, uma realização da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife em parceria com o Programa Recentro, seja feito uma vez por mês, a partir de abril. O “Viva a Guararapes” vai reunir os seguintes polos temáticos com programações próprias: Polo Esportivo, Polo Infantil, Polo Pet, Polo Social, Polo Exposições, Polo Geek e Literário, Polo Cultural, Polo Gastronômico, Polo Economia Criativa e Polo Circense. Em paralelo a esses atrativos, a população também vai dispor de atividades como a Ciclofaixa de Turismo e Lazer - que, neste dia, terá percurso alterado e vai passar pela Rua Nova e trecho da Avenida Dantas Barreto -; a caminhada do consultor Francisco Cunha para descobrir os encantos do Recife, partindo da Praça do Arsenal até a Avenida Guararapes; o evento cultural no Espaço Criadouro; além de ações em alusão ao Dia Mundial da Saúde com vacinação contra covid-19 sem necessidade de agendamento.. Neste próximo domingo, agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU) vão fechar a Avenida Guararapes para o tráfego de ônibus e táxis, deixando-a aberta exclusivamente para circulação das famílias. As pessoas poderão usufruir da vasta programação ao ar livre, podendo caminhar pela área, pedalar, usufruir das atrações dos polos e conhecer e descobrir esse pedaço do Recife tão rico em história, arquitetura e cultura. Para facilitar o acesso, serão oferecidas opções para estacionamentos gratuitos de veículos em endereços vizinhos à Avenida Guararapes, como as ruas do Sol, Cleito Campelo, do Imperador, Ulhôa Sintra, Ubaldo Gomes de Matos, da Palma e Avenida Dantas Barretos. Para quem desejar deixar o veículo no prédio-sede da Prefeitura, no bairro do Recife, haverá vans para se deslocar gratuitamente na ida e volta para a Avenida Guararapes. Já para quem deseja fazer um percurso mais divertido, terá a opção de viajar na Maria Fumaça, que partirá também da Avenida Marquês de Olinda, com o mesmo destino. Neste caso, o tíquete custará R$ 10,00. Durante toda a programação, a segurança no local será reforçada com as presenças de agentes da Guarda Municipal Civil do Recife (GMCR) e da Polícia Militar. O “Viva a Guararapes” é uma realização do Programa Recentro em conjunto com o Gabinete do Centro do Recife, Secretaria de Turismo e Lazer (SeturL), Secretaria de Cultura (Secult), Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR), Secretaria de Saúde, Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (SEPUL), Secretaria de Esportes, Secretaria da Mulher, Secretaria Executiva de Inovação Urbana (SEIURB), Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (SEDA), Secretaria Executiva de Administração e Licitação, Secretaria de Segurança Cidadã, Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB), Gabinete de Comunicação, CTTU, Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil, Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). UMA GUARARAPES PARA TODOS OS GOSTOS - Descentralizada em polos, o Viva Guararapes será uma programação diferenciada no calendário da cidade e vai somar a projetos já em execução, como a Ciclofaixa de Turismo e Lazer, que a cada domingo e feriado reúne cerca de 18 mil pessoas circulando por vários trechos da cidade, e o Bike sem Barreiras, que garante lazer e inclusão. Também terá espaço para agendamento de castração dos animais de estimação, atividades esportivas e atrações culturais. Serão promovidas atrações e atividades para todos os gostos e idades. SERVIÇOS: Vacina contra COVID-19 (Faculdade Joaquim Nabuco) - 8h às 16h Ciclofaixa de Turismo e Lazer - 7h às 16h; Bike sem Barreiras - 9h às 17h; Caminhada Domingueira Chico Cunha - saindo às 8h da Praça do Arsenal, com destino à Avenida Avenida Guararapes; Espaço Criadouro - Edifício Douro, das 9h às 17h; Dia Mundial da Saúde - 9h às 17h Transfer (Prefeitura do Recife/Bairro do Recife e Praça do Diário) - 9h às 17h; Olha! Recife roteiro Bairro de Santo Antônio - saindo da Praça do Arsenal, às 9h; Polo Circense (Avenida Guararapes) Escola Pernambucana de Circo Malabares (bolinhas e pratinho) Aéreo (tecido, lira e trapezinho fixo) Equilíbrio (arame e perna de pau) Acrobacias (minitramp) Intervenções circenses (Escola Pernambucana de Circo) - 10h às 12h e 15h às 17h Espetáculo Trupe Circus - Nordestinos In Circus (Escola Pernambucana de Circo) - 10h às 11h e 16h às 17h. Balanço Interativo - 9h às 17h Polo Infantil (Avenida Guararapes) Mundo dos Infláveis (recreação) - 9h às 17h Oficina de pintura infantil - 9h às 17h Oficina de balões - 9h às 17h Polo Esportivo Dançazumba (população idosa) - 9h às 10h30 Jogos recreativos (população idosa) - 9h às 11h Basquete de rua - 9h às 17h Vôlei - 9h às 17h Futsal/Futins - 9h às 17h Circuito funcional - 9h às 17h Jogos populares - 9h às 17h Recreação - 9h às 17h Atletismo (estafeta) - 9h às 17h Totó humano - 9h às 17h Patinação artística - 9h às 17h Polo PET (Avenida Guararapes) Agendamento de castração - 9h às 17h Adoção de animais - 14h às 17h Polo Exposição (Avenida Guararapes)

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"Até 2026 teremos 33 GW de capacidade instalada de energia eólica, cerca de 80% será no NE"

A matriz eólica é um dos destaques no conjunto de energias renováveis que pode ser acelerada nesse período de crise energética global. Para a reportagem de capa desta semana, a Algomais ouviu com Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). Publicamos hoje mais dessa conversa sobre as perspectivas do setor e do crescimento esperado já em 2022. Quais as suas perspectivas do impacto da guerra entre a Rússia e Ucrânia na transição global da matriz energética? Esse conflito que deve isolar um dos grandes produtores de combustíveis atrapalha, acelera ou é indiferente ao processo que o planeta vive?Há consequências de curto e longo prazo. No curto prazo o consumo de combustíveis mais poluentes podem até aumentar, mas no médio e longo prazo o que fica claro é que, além de as renováveis, como solar e eólica, serem as melhores escolhas do ponto de vista ambiental e também financeiro (porque se tornaram altamente competitivas), elas também são opções para que os países conquistem sua independência energética. Aqui em Pernambuco há uma grande expectativa da instalação de uma planta de produção de hidrogênio verde. O desenvolvimento desse combustível tem capacidade de aumentar os investimentos em energia eólica e as demais matrizes renováveis sustentáveis em Pernambuco e no Nordeste?Sim, tem sim. O hidrogêncio verde é uma das grandes apostas para o futuro no setor energetico. E para produzi-lo você precisa de energia renovável, de forma que isso certamente tem a capacidade de aumentar investimentos em eólica, tanto onshore como offshore, e energia solar. Atualmente quais os números principais da produção energética eólica em Pernambuco e no Nordeste? Qual foi o crescimento em 2021?O Brasil bateu recorde de instalação de nova capacidade em 2021, com cerca de 3,8 GW de nova capacidade instalada. Ultrapassamos a marca de 20 GW de capacidade instalada no Brasil no ano passado, cerca de 80% dessa capacidade está no Nordeste. Pernambuco tem, hoje, 898MW de energia eólica em 36 parques. Quais as expectativas para a região em 2022? Há grandes empreendimentos no horizonte?No Brasil, até 2026, teremos pelo menos 33 GW, cerca de 80% dessa capacidade instalada no Nordeste. Digo “pelo menos” porque isso se refere apenas aos contratos já fechados até hoje. Ou seja, esse número certamente será maior, até porque o mercado livre está crescendo cada vez mais para as eólicas. Considerando apenas os contratos já assinados, podemos estimar um investimento de cerca de R$ 80 bilhões nos próximos cinco anos. E as perspectivas são ótimas. Em 2022 devemos bater novo recorde de instalações, fruto dos leilões realizados nos anos anteriores e principalmente fruto do crescimento que a eólica vem tendo nos últimos anos no mercado livre. Também esperamos um bom avanço para a nova tecnologia das eólicas offshore. A ABEEólica avalia que o Decreto Nº 10.946, publicado pelo governo no final de janeiro de 2022, que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais no mar para a geração de energia elétrica a partir de empreendimentos offshore, é um avanço crucial para que o Brasil possa iniciar seu caminho na implantação de parques eólicos offshore com segurança para o investidor, governo e sociedade. Talvez possamos já ver um leilão de offshore em 2023. Também vemos que as discussões e debates sobre hidrogênio verde devem se intensificar, assim como todas as demais tecnologias que são fundamentais na luta para conter o aquecimento global.

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"O C.E.S.A.R. tem o foco de formar lideranças empreendedoras".

Eduardo Peixoto, CEO do C.E.S.A.R., fala dos planos do centro de inovação, que incluem investir em startups e na formação de profissionais de TI com caráter empreendedor. Ele também analisa o impacto da aceleração digital nos negócios da instituição e as perspectivas do 5G e do metaverso. O novo CEO do C.E.S.A.R. Eduardo Peixoto tem acompanhado de perto a evolução da tecnologia da informação. Engenheiro eletrônico, começou a carreira na fábrica da Philips, então instalada no bairro do Curado, no Recife, onde vivenciou a transformação da telefonia, que passou de um processo mecânico para a automação. Ficou um tempo na Holanda, onde fez mestrado em redes de computadores, e na Suíça, onde atuou numa empresa de telefonia privada e automação bancária. Mas a saudade do Recife bateu mais forte e em 2001 foi trabalhar no C.E.S.A.R. “Fui atraído pelo propósito da organização: criar um ecossistema onde as pessoas que quisessem continuar se desenvolvendo e aprendendo tivessem um espaço”. E é com esse propósito que ele faz planos de ampliar a formação de empreendedores na C.E.S.A.R. School com ações como a abertura de graduação à distância e a distribuição de bolsas de estudos para pessoas em situação socioeconômica menos favorecida a partir de recursos captados no mercado. Outro foco é incentivar a criação de startups, uma atividade de muito sucesso num passado recente da instituição. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Eduardo Peixoto fala de planos e do impacto da aceleração da transformação digital no C.E.S.A.R. que levou a um desempenho em 2021 de R$ 350 milhões em vendas, superior em 50% ao resultado de 2020. Ele também aponta as perspectivas do centro de inovação para 2022 e as oportunidades resultantes do 5G e do metaverso. Quais são seus planos aí à frente do C.E.S.A.R? Vou voltar um pouco no tempo. O C.E.S.A.R. é o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife. A partir de 2006, percebemos que estávamos muito em “sistemas avançados” e pouco nos “estudos” e que seria importante, até para continuar fazendo sistemas avançados, que voltássemos mais à origem, trabalhando mais com a questão dos estudos. Silvio Meira sempre falou que toda boa empresa é uma escola na qual estaríamos nos reinventando constantemente. Criamos o primeiro produto, a residência de software, que foi muito útil para várias empresas com quem a gente trabalhava: Motorola, Alcatel e várias outras. Quando a Fiat veio se instalar aqui, usamos o programa de residência para formar 40 pessoas para o software center deles no Porto Digital. A partir dali, aprendemos a ensinar por meio do PBL (problem based learning, em inglês aprendizagem baseada em problema). É o processo “aprender com quem faz fazendo”. Os professores, na maioria, são do C.E.S.A.R. (por isso os alunos aprendem com quem faz) que aplicam o conhecimento para o estudante que também está fazendo, porque ele vai ter que botar a mão na massa para aprender. Daí a lançarmos um mestrado profissional de engenharia de software, que tem a maior pontuação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) em mestrados profissionais e o mestrado em design. Mais na frente, veio a graduação e a criação da Cesar School. Temos esse foco de formar liderança empreendedora, que transforma a organização e a sociedade por meio de startups, pelo uso intensivo de tecnologias digitais e pelo aprendizado baseado no fazer. Temos hoje também um doutorado profissional do qual eu sou aluno, porque acho importante estar sempre me renovando. E os planos daqui para a frente? É exatamente aonde eu queria chegar que é o retorno da centralidade do conhecimento no próprio C.E.S.A.R. Com a formação de empreendedores e com um novo conhecimento, voltaremos a criar startups, como criamos no processo original. O spin-off do C.E.S.A.R. está muito bem no mercado, como Pitang, Tempest, Neurotech e outras tantas (spin-off é processo que identifica o nascimento de empresas a partir de outras já existentes, e que com isso ganham vida própria). São empresas que partem de um conhecimento e de um perfil empreendedor, para não ser mais uma cópia de um modelo de negócio sem muita diferenciação tecnológica. Esse é o plano, o sonho dos próximos 5 anos: ter uma integração muito maior de novo com a centralidade de um conhecimento do C.E.S.A.R., para que formemos mais empreendedores, impulsionando mais startups, e levar conhecimento distinto para empresas maduras, que são um portfólio maior de negócios que temos dentro do C.E.S.A.R. Essa centralidade acontece por meio de uma integração entre os negócios, que são a escola, os labs e a engenharia do C.E.S.A.R. E a partir disso, construir uma organização sem esquecer o que a gente construiu e que nos deu um impulsionamento muito grande que foi olhar primeiro para o colaborador. Estamos trabalhando muito forte em inclusão e diversidade. Hoje são 1.200 pessoas trabalham no C.E.S.A.R. e atuamos para que elas se integrem e participem das decisões. Tivemos também um aumento em participação do mercado não só em eletroeletrônicos, onde tínhamos um peso grande em razão da Lei de Informática. Isto porque as empresas desse setor têm uma redução fiscal e em contrapartida precisam investir em P&D (pesquisa e desenvolvimento), mas somente em parceria com ICTs (institutos de ciência e tecnologia) como é o caso do C.E.S.A.R. Esse é um fomento mais vertical, porque atua no setor de eletroeletrônicos, assim como a Rota 2030 voltada para a área automobilística. Mas há fomentos mais horizontais, como a Lei do Bem. São linhas de incentivo ao P&D no País. Em 2018, o C.E.S.A.R. era uma organização de R$ 100 milhões em vendas, dos quais mais ou menos 85% era proveniente da Lei de Informática. Em 2021, alcançamos R$ 140 milhões com o que chamamos de “não Lei de Informática” de um total de R$ 350 milhões. Em 2018 os negócios “não Lei de Informática” eram de R$ 15 milhões. Quais são os outros setores com os quais vocês trabalham? Entramos muito forte na mineração, que tem muito a ver com automação, óleo & gás, varejo e setor financeiro, inclusive

"O C.E.S.A.R. tem o foco de formar lideranças empreendedoras". Read More »

foto em frente a FEA 1

"A guerra nos mostra como é inconveniente a excessiva concentração que temos no petróleo"

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia expõe mais uma vez a dependência mundial dos combustíveis fósseis. Para saber se a guerra poderá acelerar a migração para as matrizes renováveis e sobre quais as alternativas nacionais nesse campo, conversamos com o economista Paulo Roberto Feldmann, que analisou o setor e opinou sobre quais os caminhos que o Brasil deve ou não traçar. Quais as suas perspectivas do impacto da guerra entre a Rússia e Ucrânia na transição global da matriz energética e no Brasil? Essa guerra nos mostra como é inconveniente a excessiva concentração que temos no petróleo. São muitas as crises geopolíticas que causaram e ainda vão causar aumento nos preços do barril do petróleo. Espero que o governo não mude a politica de preços da Petrobrás e também não crie isenções fiscais que reduzam o preço da gasolina por que qualquer destes caminhos traria problemas sérios para o país. O Brasil teve a experiência no passado do Proálcool e o Sr tem defendido que é a hora de trocar a gasolina por etanol. Quais os benefícios para a economia brasileira caso haja essa transição? O Brasil é um pais que já está totalmente preparado para o uso do etanol. 92 % dos carros em circulação já aceitam o etanol como combustível e todos os postos de abastecimento já estão adaptados. O etanol deveria ser utilizado numa escala muito maior e seria possível a chegarmos na possibilidade de metade da frota brasileira ser movida álcool. Com isso não precisaríamos nos preocupar com o preço da gasolina, que poderia aumentar, mas teria um impacto muito menor. Além disso, a relação entre o preço da gasolina e do álcool, que hoje é de 0,7, poderia cair para 0,5. Sem contar que o etanol é muito menos poluente que a gasolina. Quais seriam os caminhos para o País fazer essa transição para o etanol? O que deve se inspirar e o que deve diferir da experiência do Proálcool? O que falta no Brasil é aumentar a produção de etanol e para isso há que se conversar e negociar com os usineiros de álcool e açúcar. Teremos que aumentar a área plantada de cana de açúcar e facilitar aos usineiros essa expansão colocando o BNDEs para apoiar a mesma com linhas de financiamento especificas. O Proálcool foi um projeto bem sucedido na sua época. Há no Nordeste uma grande expectativa também com investimentos na área do Hidrogênio Verde. O conflito internacional atual deve acelerar esses empreendimentos pelo mundo? Sim, o hidrogênio verde é aquele produzido com fontes de energia limpa, como as que o Nordeste possui em profusão: eólicas e fotovoltaicas. Há uma expectativa enorme do mundo inteiro pela intensificação do uso do Hidrogenio Verde. O Brasil não pode perder mais uma corrida como essa, mas para isso precisamos ter um plano. Esperar que o mercado resolva tudo é o caminho que sempre adotamos no passado e que sempre nos levaram a permanecer no atraso.

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consumo familias pobreza

Pernambuco segue tendência nacional e apresenta recuo no consumo das classes C e D

Pesquisa da Superdigital, fintech do Grupo Santander, apontou que o País teve queda no consumo de 3% em fevereiro ante janeiro de 2022 (Da Superdigital) Pernambuco apresentou uma retração de 2,9% no consumo das classes C e D em fevereiro em comparação a janeiro, seguindo a tendência nacional, que fechou negativa em 3%. Os dados são da Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander focada em inclusão econômica. Os setores que se destacaram com a alta no estado foram Automóveis e Veículos (39%), Diversão e Entretenimento (18%), Lojas de Roupas (5%), Telecomunicação (3%), Prestadores de Serviços (3%) e Restaurante (2%). Por outro lado, as classes C e D em Pernambuco gastaram menos com Hotéis e Motéis (-23%), Serviços (-14%), Transporte (-8%), Drogaria/Farmácia (-7%), Companhias Aéreas (-6%), Combustível (-3%), Lojas de Artigos Diversos (-2%) e Supermercado (-1%). Entre os três estados do Nordeste analisados na pesquisa da Superdigital, Pernambuco foi o que teve o pior desempenho em fevereiro. Enquanto o Ceará oscilou negativamente em 0,6%, a Bahia fechou o mês com queda de 2,4% Na pesquisa, todas as regiões do Brasil mostraram queda no consumo, com o Norte impactando mais no resultado (-12%). Nas demais regiões, o Centro-Oeste fechou com redução de 9,3% no consumo, seguido do Sul, com 5,8% de queda, Nordeste, com retração de 5,5% e Sudeste, que viu seu consumo recuar 2%. Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil, afirma que o consumo foi impactado por ajustes que as famílias estão fazendo em seus orçamentos no início do ano. “As classes C e D sentem mais os efeitos das grandes contas do início do ano, como IPTU, IPVA, material escolar e pagamento de compras parceladas feitas para as festas de final de ano. Além disso, com o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o orçamento mensal fica sobrecarregado”, afirma a executiva. Os setores que mostraram quedas mais significativa no consumo foram Diversão e Entretenimento (-15%), Drogaria e Farmácia (-9%,) Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Serviços (-3%) e Supermercado (-3%). Já o setor que se destacou com uma alta relevante no consumo foi o de Companhias Aéreas, que subiu 16%. Lojas de Roupas, Automóveis e Veículos e Telecomunicações cresceram 1% cada. “Não podemos esquecer que registramos um consumo bastante relevante dessa fatia da população em dezembro de 2021 e é natural que agora ocorra um ajuste de orçamento”, completa Luciana. O levantamento mostrou também que o principal gasto no orçamento continua sendo com Supermercado (37%), seguido de Restaurantes (13%), Lojas de Artigos Diversos (11%) e Combustível (7%). Outro dado da pesquisa mostrou que 87% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais se comparado a janeiro. Em relação ao ticket médio, houve queda significativa nos setores de Diversão e Entretenimento (-9%), Hotéis e Motéis (-8%), Rede Online (-6%), Drogaria e Farmácia (-4%), Restaurante (-3%) e Serviços (-3%). Contudo, subiu o ticket médio gasto com Companhias Aéreas (9%) e Telecomunicações (2%).

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Vanessa Senai

"O problema da mão de obra qualificada é crônico e se intensificou com a pandemia"

Vanessa Pedrosa, coordenadora do Núcleo Pedagógico do Senai-PE, falou com a Revista Algomais sobre o cenário da formação de mão de obra em Pernambuco, após dois anos desafiadores da pandemia. Ela foi uma das entrevistadas da edição da semana, que tratou sobre o cenário de demanda de profissionais qualificados na retomada econômica após os piores dias do enfrentamento ao novo coronavírus. A capacitação profissional é um desafio para o setor industrial pernambucano? A pandemia piorou a situação? O problema da mão de obra qualificada no Brasil é algo crônico, que se intensificou com a pandemia. A prova disso é que, pouco antes do início dessa crise, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que cinco em cada dez indústrias brasileiras enfrentavam problemas devido à falta de trabalhadores capacitados. Diante desse cenário, o SENAI-PE vem trabalhando para desenvolver programas de formação profissional que estejam voltados às demandas do mercado de trabalho, na perspectiva de elevar a competitividade da indústria brasileira. No entanto, essa capacitação profissional pode ser um desafio, em virtude da má qualidade da educação básica que é oferecida aos nossos alunos. O desafio é enorme, em virtude de fatores endógenos e exógenos que permeiam o ecossistema no qual está inserido o aluno da educação profissionalizante. Um estudo da CNI aponta que a grande maioria (96%) das indústrias tem dificuldade de encontrar operadores, uma função que não requer nível universitário. Onde se concentram as maiores demandas nas empresas? O maior quantitativo de capital humano dentro das indústrias se encontra nas áreas de produção. Por essa razão, as indústrias demandam muitos operadores e profissionais técnicos, que possam efetivamente fazer as engrenagens das fábricas funcionarem. E esse é um cenário complexo, porque vemos falhas na formação de base desses alunos, que deveria servir como tecido conceitual para uma posterior formação profissional. O modelo de Ensino Médio que vinha sendo ofertado no Brasil era bastante generalista, com foco apenas no Ensino Superior. Nossos alunos não saiam da escola prontos para o mercado de trabalho. Para se ter ideia, dados do Censo da Educação Básica 2020 revelam que, naquele ano, pouco mais de 12% dos estudantes brasileiros matriculados no Ensino Médio se dedicavam, também, à formação profissional. Esse dado é importante porque revela o quão distante estamos de países reconhecidos pela qualidade do seu sistema educacional, a exemplo da Finlândia, onde mais de 70% dos jovens finalizam a educação básica na modalidade técnica. Acredito que com a reforma do Novo Ensino Médio, que começou a ser implementada de forma obrigatória neste ano nas escolas do País, possamos ter uma valorização maior e aumento na qualificação da mão de obra no Brasil.  Diante do desafio de capacitação de mão de obra, quais os caminhos que o poder público e a própria iniciativa privada poderiam trilhar para aumentar a qualificação dos pernambucanos? O Sistema S, por meio do SESI e do SENAI, está à disposição da indústria para pensar em soluções voltadas para o fortalecimento da educação básica e da educação profissionalizante, respectivamente. O SENAI-PE, por exemplo, executa parcerias com diversos gestores públicos, com o objetivo de capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho. Também existem projetos como o Programa Emprega+, resultado de uma parceria entre o SENAI e o Governo Federal, que visa tanto capacitar profissionais desempregados quanto requalificar aqueles que já estão na indústria por meio da oferta de vouchers para serem distribuídos pela própria empresa. Além disso, o SENAI-PE consegue personalizar formações customizadas para as indústrias, de forma a atender a demandas específicas das indústrias demandantes. Diante do acelerado processo de transformação digital, como tem sido a experiência das empresas no treinamento e adaptação de suas equipes às novas tecnologias? Já estamos na Indústria 4.0 e na Educação na 5.0. Os gestores das empresas estão buscando desenvolver, junto às instituições formadoras, programas que possam instrumentalizar seus colaboradores. Enquanto SENAI, recebemos demandas para desenvolver cursos voltados para o processo de automatização da Indústria 4.0. Também estamos atuando de forma proativa, atualizando as grades curriculares dos nossos cursos para que eles possam atender às novas necessidades das indústrias e criando novas formações voltadas para os novos cenários do mercado de trabalho. O SENAI-PE, inclusive, também tem colaborado com o processo de transformação digital do setor industrial, por meio da atuação do seu Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), que trabalha no desenvolvimento de soluções inovadoras para indústrias de todos os portes.

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