Iperid – Página: 9 – Revista Algomais – a revista de Pernambuco

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Detalhes sobre a agenda de Todd Chapman em Pernambuco

Nesta semana o Recife recebeu o novo embaixador dos EUA em Brasília, Todd Chapman. Nessa passagem pela capital pernambucana, ele teve uma reunião de trabalho com jornalistas e analíticos políticos. O cônsul de Malta e vice-presidente do Iperid, Thales Castro, participou desse encontro e relatou os objetivos do diplomata americano no Estado. “A visita do embaixador Todd Chapman, que foi nomeado pelo presidente Donald Trump e apresentou as credenciais em março deste ano no Brasil, teve alguns objetivos. Primeiro foi para apresentar a nova cônsul geral no Recife, Jessica Simon. Segundo foi de apresentar as potencialidades de negócios e de cooperação do Nordeste do Brasil com os Estados Unidos. E também enfatizar os vastos campos de oportunidade que existem nesse momento atual entre a região e os Estados Unidos. Ele falou muito, inclusive, da cooperação existente no campo do combate à Covid-19, como um lastro da relação antiga entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirmou Castro. O vice-presidente do Iperid destacou ainda duas expressões do embaixador americano que chamaram atenção. A primeira é de que “O Brasil e os Estados Unidos vivem um momento de ouro”. A segunda expressão em destaque é de que “Os Estados Unidos enxergam no Brasil é um aliado natural para uma redefinição de papéis no cenário internacional”. Thales aponta que o discurso enfatizou a dicotomia entre a democracia e o autoritarismo. A defesa da tecnologia 5G de forma democrática e transparente é outro pilar no discurso e na atuação do diplomata no Brasil. “Todd Chapman falou que para os Estados Unidos e seus aliados, o 5G não deve ser interpretado apenas como um elemento tecnológico e um ativo econômico, mas sobretudo como um elemento de segurança nacional”. Em Pernambuco, Chapman conheceu o Porto de Suape e visitou o Governador Paulo Câmara. No Palácio do Campo das Princesas, foram discutidas possibilidades de cooperação no cenário pós-pandemia do novo coronavírus. Câmara destacou as potencialidades de Pernambuco nas áreas dos polos automotivo, de confecções, informática e fruticultura irrigada. Todd Chapman falou sobre a possibilidade de expansão de cooperação na área de Educação, com o programa de intercâmbio Ganhe o Mundo. O Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife foi estabelecido em 1815, sendo o posto de representação diplomática americano mais antigo no Brasil, com 205 anos. LEIA TAMBÉM Iperid e as novas fronteiras para a diplomacia Iperid apoia Manifesto pelo Fortalecimento Diplomático em PE Rainier Michael: “Somos mais consumidores do que exportadores”  

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“A cooperação internacional poderá ter um papel crucial no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19”

Publicamos hoje uma conversa com a chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Nordeste (Erene), Katia Gilaberte. Ela contou um pouco do seu trabalho em Pernambuco e das ações que estão sendo realizadas durante esse período de pandemia. Ela, que já foi embaixadora do Brasil na República da Eslovênia, comenta também nessa entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas sobre a relevância da Rede Consular instalada da cidade do Recife e do trabalho do Iperid. Como ela também tem um trabalho na literatura infantil, esse bate-papo passou por sua trajetória pelas letras e quais os planos de publicações futuras. Há quanto tempo você trabalha no Erene no Recife? Qual o balanço que você faz desse período? Qual o papel desse escritório aqui na cidade? Katia Gilaberte – Assumi a chefia do Erene em junho de 2017 e, nesse período de cerca de três anos e meio, o escritório expandiu de forma significativa a sua área de atuação. A interação com os Consulados de carreira e honorários com sede no Recife estreitou-se e intensificou-se, bem como a articulação entre essas representações e o governo de Pernambuco e os dos demais Estados sob a jurisdição do Escritório, que compreende todo o Nordeste, exceto a Bahia. Ações cooperativas foram implementadas com o apoio do Erene, seja para a identificação de parcerias nos campos das ciências, tecnologias, comércio e cultura, seja na própria organização de atividades culturais, como as Semanas da Eslovênia e do Senegal. O Escritório estreitou também a sua relação com o escritório do Unicef no Recife e tem apoiado iniciativas nos campos da educação, combate ao racismo e empoderamento de mulheres. Foram criadas páginas no Facebook e Instagram para comunicação mais fluida com o público acerca de nossas atividades e serviços. Prestamos apoio a vários atos de natureza consular, em especial, efetuamos legalizações. Como tem sido o trabalho durante o período da pandemia do novo coronavírus? Katia Gilaberte – Durante a pandemia, mesmo que majoritariamente em teletrabalho, o Escritório colaborou para o retorno seguro ao Brasil de vários grupos de estudantes de Pernambuco e da Paraíba que se encontravam no exterior no âmbito do Programa Ganhe o Mundo, fazendo a ponte entre Consulados e Embaixadas brasileiros e as Secretrarias de Educação e Saúde e a Assessoria de Relações Internacionais do Estado. Colaborou, ainda, para o repatriamento de passageiros de cruzeiros retidos em Recife, tratamento daqueles que contraíram a Covid-19 e obtençāo de documentação para a cremação do único passageiro falecido em razão da doença. Qual a relevância do polo consular do Recife para o Estado e para a região Nordeste? Que vantagens competitivas isso traz para a capital pernambucana? Katia Gilaberte – Recife conta com um grande número de Consulados de carreira e honorários, o que permite um contato mais direto e estreito com as autoridades dos países representados e a implantação, no Estado de Pernambuco e na região Nordeste como um todo, de projetos de cooperação mutuamente vantajosos, bem como a expansão do comércio e do turismo, por meio, inter alia, do estabelecimento de linhas aéreas diretas. A cooperação com a Alemanha, a República Popular da China e a Argentina são exemplares nesse sentido. Como o Estado poderia buscar apoios internacionais para superação desse período de Pandemia? A rede consular local pode ter alguma contribuição nesse sentido? Katia Gilaberte – O Governo de Pernambuco, associado aos dos demais Estados do Nordeste, já tem agido com grande autonomia na identificação de parcerias de seu interesse no exterior, mormente em áreas-chave, como as de energia e desenvolvimento sustentável. Durante a pandemia, obteve a doação de um número expressivo de respiradores da República Popular da China. Essa cooperação poderá ter um papel crucial no desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 e nas campanhas de vacinação subsequentes. Qual o papel do Iperid no fortalecimento do corpo diplomático em Pernambuco? Katia Gilaberte – O Iperid tem atuado na identificação e monitoramento de áreas estratégicas, em que a cooperação internacional pode desempenhar um papel relevante, como já mencionado. O corpo consular em Recife tem participado ativamente de encontros e foros de discussão, presenciais ou virtuais, criando um ambiente de intercâmbio de ideias saudável e inovador. Por fim, gostaria de saber sobre sua veia de escritora. O que você já publicou e quais seus trabalhos em andamento? Katia Gilaberte – Eu escrevo desde criança, mas só vim a publicar textos literários em 2007, quando fui premiada na OFF Flip de Paraty como contista. Desde 2016, meu foco principal, nesse âmbito, é a literatura voltada para a infância e a formação de leitores. Naquele ano, publiquei Catarina e o lagarto, em parceria com a ilustradora Bruna Assis Brasil, livro premiado como o melhor texto infantil pela Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantojuvenil (AEILIJ). Em 2018, publiquei, pela Caleidoscópio, aqui de Pernambuco, o livro Do outro lado do rio, também em parceria com a Bruna Assis Brasil, e colaborei na organização da coletânea Com o pé na terra, que reúne textos de 19 escritoras brasileiras, de diferentes regiões. A coletânea foi lançada no II Encontro do Mulherio das Letras, realizado no Guarujá, em novembro de 2018. Em outubro de 2019, publiquei, também pela Caleidoscópio, O acordeão vermelho, em parceria com a ilustradora carioca Luciana Grether. Este livro obteve, no início deste ano, o Selo Distinção da Cátedra de Leitura Unesco Puc-Rio e foi um dos cinco finalistas do Prêmio da AEILIJ. Ele tem a peculiaridade de vir acompanhado de um CD e de um código QR, que remete a duas canções criadas especialmente para a história, pelo sanfoneiro Johnanthan Malaquias, de Carnaíba, no sertão de Pernambuco, e pelo cantor e violonista senegalês Cheikh Guissé. Tenho mais dois livros prontos para publicação, em colaboração com a Bruna Assis Brasil: A fazenda lá na serra, que reúne cinco contos para o público infantil, e As irmãs, conto adulto. Ambos se passam no mesmo cenário e seus personagens se cruzam, em etapas diferentes de suas vidas. Deverão ser lançados em breve em um mesmo estojo pela Caleidoscópio, logo que a pandemia o permitir. . .

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Cônsul japonês deixará o Recife

O cônsul-geral do Japão Jiro Maruhashi está concluindo seu trabalho no Recife. Nesse momento de despedida, ele concedeu uma entrevista virtual ao jornalista Rafael Dantas fazendo um balanço da sua passagem por Pernambuco de mais de dois anos e sobre a sociedade consular no Estado. Jiro é Senior Fellow do Iperid e integrou várias atividades promovidas do instituto durante os últimos anos. Hiroaki Sano será o novo representante do Japão a comandar o consulado na capital pernambucana. . Há quanto tempo você assumiu o consulado do Recife e como avalia a sua passagem durante esse período no Brasil? Cheguei a Recife em setembro de 2017 e assumi como cônsul-geral do Japão no Recife em janeiro de 2018. A minha missão foi aumentar a presença do Japão no Nordeste, desta forma, trabalhei juntamente com as comunidades nikkeis na região para mostrar e difundir cada vez mais a cultura japonesa. Acredito que foi bom para aumentar os amigos no Japão. À propósito, tanto o Japão como o Brasil começaram uma nova era, ou seja, no Japão houve troca de trono de Imperador mudando assim a Era de Heisei para Reiwa. Já no Brasil nasceu um novo ciclo político com presidente Bolsonaro. Assim, espero que as relações entre os dois países, particularmente o Nordeste continuem a estreitar cada vez mais. Na sua opinião, qual a relevância da rede de consulados presentes no Recife para o desenvolvimento da região? Foi uma boa surpresa saber que aqui há um corpo consular bem grande, não apenas com os cônsules de carreira, mas também com os cônsules honorários. Tive um convívio muito agradável com todos. Espero que aproveitem este corpo consular para tornar Recife e Pernambuco cada vez mais conhecidos internacionalmente. Como você avalia o trabalho do Iperid? O Iperid é o primeiro think tank no Nordeste, e espero que se torne cada vez mais ativo, contatando diversas entidades estrangeiras. Em março passado, realizamos uma palestra do Prof. Ryo Sahashi de Universidade de Tokyo com o Iperid, e estou muito grato com o resultado. Como ficará o Consulado do Japão a partir de agora? Existe já alguém designado para vir para o Recife? O meu sucessor, Hiroaki Sano, é o novo Cônsul-Geral designado, e chegará ao Recife no final de agosto. Espero que ele também desfrute da amizade e do apoio que eu recebi para cumprir a sua missão.

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Consul Geral John Barrett voltará aos Estados Unidos

Após três anos de trabalho no Recife, o cônsul geral americano John Barett está retornando aos Estados Unidos. Publicamos hoje uma entrevista com ele, que é fellow do Iperid, concedida ao jornalista Rafael Dantas. O nome do novo representante dos EUA no consulado instalado na capital pernambucana será anunciado em breve. As oportunidades na relação Pernambuco x EUA no contexto pós-pandemia e a relevância da atividade consular na cidade são alguns dos temas dessa conversa. Diplomata de carreira, Barrett já trabalhou em Washington D.C., atuando como oficial sênior responsável pelo suporte à relação bilateral EUA-Filipinas. No Brasil já serviu na Embaixada dos EUA em Brasília, entre 2008 e 2011. Na sua trajetória profissional diplomática já passou também por El Salvador, China, Afeganistão e Guatemala. . Há quanto tempo você assumiu o consulado do Recife e como avalia a sua passagem durante esse período no Brasil? Foi uma verdadeira honra representar os Estados Unidos no nordeste do Brasil nos últimos três anos. Cheguei no dia 2 de julho de 2017, apenas algumas horas antes da Celebração do Dia da Independência do Consulado, e ainda me lembro bem da festa. No palco, anunciei que aprenderia a surfar durante o meu tempo aqui. Fico feliz em dizer que honrei esse compromisso e já consigo surfar nas ondas leves da praia de Maracaípe. Nosso trabalho no Consulado também evoluiu. Durante os últimos três anos mais de 165 mil vistos foram emitidos e apoiamos o desenvolvimento econômico, educacional e cultural dos estados do Nordeste, através de programas de intercâmbio com especialistas, professores e pesquisadores americanos. Demos especial atenção à promoção da ciência e da tecnologia para jovens estudantes da rede pública e ao ensino de inglês. A segurança mútua também é uma grande área de cooperação. Assinamos memorandos de compartilhamento de informações importantes com sete estados do distrito consular, o que ajudará os dois países a reprimir o crime internacional.   No cenário pós-pandemia, como você avalia a relação Brasil-Estados Unidos? Há oportunidades para Pernambuco? As empresas americanas continuaram operando e crescendo ao longo dos últimos três anos em Pernambuco e no Nordeste. As turbinas da General Electric irão gerar energia na maior usina de gás natural liquefeito do país em Sergipe, um projeto que também depende de um forte apoio financeiro de setor privado dos Estados Unidos. A Amazon anunciou planos para abrir um centro de distribuição no Porto de Suape, o primeiro do gênero fora de São Paulo. Outras empresas Americanas estão investindo em todo tipo de atividade, desde projetos ambiciosos de cabos de fibra óptica submarina até pequenas e promissoras startups no Porto Digital. Nosso Embaixador no Brasil, que tem muita experiência em acompanhar economias, disse que a pandemia criará oportunidades para as relações comerciais Estados Unidos-Brasil. Acho que ele está certo, as empresas americanas estão buscando uma diversificação geográfica para suas linhas de produção. E os Estados Unidos e o Brasil sempre tiveram uma inclinação natural para trabalhar juntos, uma vez que são as duas maiores democracias e economias do hemisfério. A meu ver, as maiores oportunidades de colaboração no Nordeste permanecem em energia, especificamente renovável, tecnologia e inovação, saúde e infraestrutura.   Na sua opinião, qual a relevância da rede de consulados presentes no Recife para o desenvolvimento da região? Tenho orgulho de dizer que o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife faz parte desta comunidade há 205 anos consecutivos. Isso nos torna um dos mais antigos postos diplomáticos dos Estados Unidos no hemisfério. Recife abriga uma série de missões diplomáticas, mais do que qualquer outra cidade do Nordeste. Isso mantém Recife e sua população mais conectados ao mundo e garante uma ampla gama de negócios e outros intercâmbios culturais e acadêmicos.   Você é Fellow do Iperid e tem participado nas ações dessa instituição. Como você avalia o trabalho do Iperid? Fiquei honrado quando o Iperid me convidou para colaborar com eles. Como um Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais e Diplomacia que se concentra essencialmente nesta região do Brasil, desempenha um papel vital na facilitação de discussões, na análise de dados e tendências e na busca de recomendações que atendam às necessidades locais. É importante unir diversas cabeças pensantes locais para focarem em questões locais que impactam à coletividade.   Com o final desse ciclo você retorna para os Estados Unidos? Quais os novos planos? Vou fazer uma pequena pausa em minha cidade natal que fica ao longo da costa central da Califórnia. Não vou surfar, pois as águas lá são sempre bem geladas. Vou me reconectar (com cautela, é claro, devido á pandemia do Covid) com minha família e amigos que moram lá. Depois, viajarei para nossa Embaixada em Lima para administrar nosso relacionamento econômico com o Peru como Conselheiro de Assuntos Econômicos.

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Iperid e ACPE em live sobre globalização nesta quinta (16)

Nesta quinta-feira, 16 julho, às 19h, a  Associação Comercial de Pernambuco promove uma Live com participação do vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Thales Castro. A live será transmitida pelo perfil do Instagram @nossaacpe. Com o tema “Impactos da pandemia do processo de globalização e na economia de Pernambuco”, a conversa será conduzida pelo vice-presidente da ACP, Tiago Carneiro. A associação, que tem 180 anos de história, possui atualmente dois cônsules como membros em sua diretoria. Thales Castro, que é cônsul de Malta, e Rainier Michael, cônsul da Eslovênia.

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“Educação não é despesa, mas investimento”. Confira entrevista com Kenys Bonatti

Numa série de entrevistas com os fellows do Iperid, começamos hoje com Kenys Bonatti Maziero, que é pró-Reitor de Pós-Graduação e Extensão do Centro Universitário UNIFBV e sócio diretor da A7 Consultoria Empresarial. Nessa conversa em formato ping-pong, ele responde três perguntas ao repórter Rafael Dantas sobre educação no cenário global pós-pandemia. O que muda no ensino superior no cenário pós-pandemia? Quando falamos de mudanças na educação, precisamos entender que elas são constantes e sempre em evolução. A pandemia nos trouxe uma aceleração de um processo que já estava em crescimento (Educação a Distância – EAD) com uma perspectiva diferente, as aulas remotas mantiveram o compromisso do dia e horário previstos no formato tradicional, além da frequência controlada. Neste processo, sem adentrar nas adversidades da sociedade em relação a tecnologia, percebemos que muitas pessoas puderam enxergar os benefícios deste formato, em especial o relacionado ao deslocamento (logística). Meu entendimento é de que o formato EAD continuará em crescimento, o formato remoto será integrado dentro da estrutura tradicional criando um ambiente híbrido e as atividades relacionais e práticas serão muito mais valorizadas pelos estudantes. Preparar os profissionais para estarem prontos a atuar num mercado global seguirá sendo uma tendência? Sem sombra de dúvidas, todo este processo tem trazido os profissionais aos seus limites, à um processo de adaptação rápida e entendimento mais ampliado da estrutura organizacional que faz parte. O trabalho Home Office que já é bastante difundido fora do país e vinha em uma crescente, não foi experimentado por nós na sua normalidade, o isolamento fez com que toda uma família estivesse ao mesmo tempo, no mesmo espaço, com responsabilidades distintas, emoções e medos ampliados e concentração comprometida, por um lado foi extremamente positivo no sentido de entendermos nossas necessidades e fragilidades pessoais, por outro aquelas famílias com baixa inteligência emocional entraram em conflito mais elevado. Precisamos entender que cada vez mais a qualificação profissional é essencial, trabalhar nossas questões comportamentais e emocionais, sabendo que a tecnologia sem dúvidas é o elo de conexão entre as pessoas e as empresas e que você pode exercer uma atividade remotamente, ou seja, a tendência é de que as vagas passem a ser cada vez mais disputadas por indivíduos em regiões diferentes, aumentando a competitividade. Apesar desta preparação para um mercado global ser parte das responsabilidades da empresa, lembre-se que você é responsável por ampliar seu conhecimento, invista no seu principal ativo: você. Uma das tendências mais tratadas no meio profissional é a da inovação. Como as instituições de ensino superior tem contribuído com esse cenário? As faculdades e universidades do exterior estão num nível mais acelerado que as brasileiras na questão inovação ou estamos no mesmo patamar? Cada vez mais as Instituições Brasileiras vêm ampliando sua participação em pesquisas, equipamentos de alta tecnologia e programas que tragam inovação para ser discutida dentro do seu Campus. Nossa sociedade ainda precisa virar uma chave conceitual em relação à Educação, precisam entender que Educação não é despesa, mas investimento. Estes aspectos culturais trazem impacto direto ao processo de pesquisa e inovação que requerem comprometimento. A inovação tem sido bem representada pelas startups, modelo que encontra cada vez mais espaço nas Instituições de Ensino Superior. A inovação tem sido responsável por nos entregar ferramentas que facilitam o nosso dia a dia, além de soluções que representem avanço nas mais diversas áreas de estudo de uma sociedade, um exemplo disso neste cenário, são as ações relacionadas à construção de respiradores, tecidos que combatem o vírus, produtos que facilitem a higienização, entre outros apresentados. Se compararmos com as universidades no exterior, percebo que temos dois pontos: a competência e conhecimento dos envolvidos andam em patamares muito equivalentes, por isso temos tantos brasileiros lá fora; o segundo ponto é a questão do investimento e aí sim, temos um distanciamento maior, será preciso ainda uma evolução cultural, política e de gestão para que tenhamos recursos e programas melhor estruturados e suportados financeiramente.

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Iperid apoia Manifesto pelo Fortalecimento Diplomático em PE

O recente manifesto publicado por um grupo de 21 cônsules que atuam em Pernambuco, dentre eles o presidente e o vice-presidente do Iperid, Rainier Michael e Thales Castro, indica a sinergia do corpo consular no Estado em promover a diplomacia local. O documento, que você confere na íntegra logo abaixo,  defende um trabalho pautado nos temas de “interesse coletivo, na edificação de um novo mundo e na consolidação das relações diplomáticas entre os países por nós representados e o Brasil”. Há um destaque também para o incremento ao livre comércio e a aproximação das nações, tão necessárias em um tempo de muitas divergências globais. . Manifesto pelo fortalecimento diplomático consular no Estado de Pernambuco Em Setembro de 2018 quando das celebrações pelo aniversário de 28 anos do fim da política separatista Alemã e “queda do muro de Berlim”, então promovidas pelo Consulado Geral da Alemanha, 21 cônsules (22 Países Representados) entabularam conversas informais e perceberam a existência de um enorme vácuo e a urgente necessidade de fortalecer a representação honorífica na Região Nordeste Brasileira. Perceberam que faltava uma organização capaz de impulsionar a representatividade diplomática local, fazendo-o de forma ética e republicana, propositiva e moderna. Pois então e desta conversa surge espontaneamente um grupo coeso que vem se agigantando. Desde seus primórdios os seus encontros têm sido marcados pela seriedade e informalidade, e mesmo por isso têm crescido e atraído ideias, ampliado e difundido conceitos inovadores e assumido posturas propositivas. Deixando o velho e partindo para o novo. De forma intencional deixou-se fruir o tempo necessário ao amadurecimento. Agora e crentes que a maturação foi importante, mas o momento exige ações e medidas, decidiram ir além. É hora da formalização, é hora de constituir uma associação que há de ser permanente e vigorosa. Viva e mutante. Forte e representativa. Uma entidade que já nasce forte e como o leão do norte tem a força e disposição dos guerreiros. Seus fundadores têm a certeza que, mesmo quando vierem a ser tragados pelo tempo, outros tantos virão a sucedê-los. Os conceitos, a ética, a vontade de fazer diferença, o desejo de ficar na história e eternizar nossa passagem é forte e há de marcar nossa conduta. Viemos para ficar e fazer diferença. Nossas ações serão pautadas no interesse coletivo, na edificação de um novo mundo e na consolidação das relações diplomáticas entre os países por nós representados e o Brasil. O incremento ao livre comércio, a permanente auto crítica, a propagação de novas ideias e a aproximação das nações há de guiar-nos neste longo caminho. ÁUSTRIA, BÉLGICA, BULGÁRIA, COSTA DO MARFIM, COLÔMBIA, ESLOVÊNIA, ESTADOS UNIDOS MEXICANOS, FINLÂNDIA, GUATEMALA, MALTA, PAÍSES BAIXOS(HOLANDA), REPÚBLICA TCHECA, REPÚBLICA DA ESLOVÁQUIA, ROMÊNIA, REPÚBLICA DAS FILIPINAS, ESPANHA, REPÚBLICA DE CABO VERDE, REPÚBLICA DO CHIPRE, REPÚBLICA HELÊNICA(GRÉCIA), SENEGAL, SUÉCIA, SUÍÇA. Lista e assinaturas: 1. Rainier Michael Herbert de Souza – Consul A.H. da República da Eslovênia, 2. Ricardo L. Pessoa de Queiroz – Cônsul A.H. da República da Áustria 3. Ênio Castelar – Consul A.H.do Senegal 4. Rodolfo Fehr Júnior – Consul A.H da Confederação Suíça 5. Thales Castro – Cônsul A.H. da República de Malta 6. Annelijn Willemina Van Der Hoek – Cônsul A.H do Reino da Holanda – Países Baixos 7. Antônio Henrique Neuenschwander – Cônsul A.H. da República Helênica(Grécia) 8. Durvalino Andreotti – Cônsul A.H da República da Bulgária 9. Eduardo Galvão – Cônsul A.H da República da Colômbia 10. Eduardo Galvão – Cônsul A.H da República da Guatemala 11. Erik Limongi Sial – Cônsul A.H da Suécia 12. Gilberto Lima – Cônsul A.H da República da Finlândia 13. Giovanna Pessoa – Cônsul A.H da Costa do Marfim 14. Iara Dubeux – Cônsul A.H dos Estados Unidos Mexicanos 15. Jiri Jodas – Cônsul A.H da República Tcheca 16. João Alixandre Neto – Cônsul A.H da República da Eslováquia 17. Jozef Bamps – Cônsul A.H do Reino da Bélgica 18. Saulo Farias Jr. – Cônsul A.H da Romênia 19. Sergio Kano – Cônsul A.H da República das Filipinas 20. Marcelo Simon – Cônsul A.H da Espanha 21. José Ricardo Galdino – Cônsul A.H da República de Cabo Verde 22. Christos Aravanis – Cônsul A.H. da República do Chipre

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Iperid: Décio Padilha fala sobre situação fiscal do Estado

Em reunião virtual organizada pelo Iperid, Rede Gestão e Revista Algomais, o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, expôs as preocupações com a queda de receita durante a pandemia e indicou algumas das alternativas que o Estado terá para superar as turbulências de arrecadação. O encontro acontece nas vésperas do anúncio do Governo do Estado acerca do plano de reabertura do isolamento social. Décio Padilha informa que nos três meses mais agudos da pandemia (maio, junho e julho), a expectativa de queda da arrecadação do ICMS (principal fonte dos governos estaduais) é de 30,6%. Só a queda do mês de maio representa uma redução de R$ 568 milhões nos cofres públicos do Estado. No balanço anual, os cálculos da secretaria é de que o Estado deixe de arrecadar R$ 3,7 bilhões, o que representa 19,8% do total esperado. O secretário calcula um cenário de “tempestade perfeita” enfrentado por Pernambuco e pela maioria dos Estados brasileiros. Além da redução de circulação de mercadorias nos meses do isolamento mais rigoroso, a expectativa para os próximos meses é baixa por dois principais fatores: a alta do dólar, que pressiona para baixo as importações, e a expectativa de inflação muito abaixo da meta, chegando a deflação em alguns meses (quadro que desestimula os investimentos privados). Décio estima que a inflação do Brasil em 2020 seja entre 1,5% e 2%. Associado à queda de receita, o secretário ressaltou que a crise sanitária tem imposto um aumento de despesas por parte do Governo Estadual. Só a área de saúde contratou 4.240 profissionais para reforçar o sistema de atendimento aos pacientes de Covid-19. Muitos desses são para suprir a necessidade crescente de profissionais de saúde afastados por contaminação com o novo coronavírus. A Segurança Pública também reforçou o quadro com mais de 500 novos soldados. A soma de todos os gastos em infraestrutura e pessoal deverá alcançar ao patamar de R$ 949,8 milhões no ano. Na live o secretário expôs que o plano de socorro do Governo Federal aos Estados é insuficiente.  Ele indicou que o déficit final de caixa em 2020 deverá chegar a R$ 2,26 bilhões. Questionado na reunião se o Governo Federal deveria ter imprimido dinheiro nesta crise, o secretário disse que esse é o receituário convencional para o atual quadro econômico do País. “A impressão de moeda combinada com a injeção de crédito coordenada pelo FMI já deveria ter acontecido desde abril. Essa é a receita usada no mundo todo”. O desequilíbrio vivido pelo Estado poderá ser recomposto num período de 14 meses, na avaliação do secretário. A estratégia para isso exigirá uma redução de investimentos, uma redução ainda maior de custeio, além da necessidade de segurar concursos públicos,  benefícios fiscais e reajuste de servidores. Questionado sobre o plano de reabertura da economia em Pernambuco, Décio Padilha informou que nos próximos dias o governador fará o anúncio. Ontem foi informado apenas que o plano de retomada gradual deverá ter um calendário de 11 semanas. A reunião virtual com o secretário Décio Padilha foi o quarto encontro do Plano Estratégico-Emergencial contra o Coronavírus realizado pelo Iperid, a cada 15 dias, que discute as soluções para a crise sanitária e econômica, a partir das novas informações científicas divulgadas no Brasil e no mundo. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais

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Presidente do Iperid participa de live sobre

Rainier Michael, Cônsul da Eslovênia, presidente do Iperid e professor da Pós-Graduação do UNIFBV participa hoje (27) às 18h de uma live promovida pelo curso Damásio Educacional, juntamente com a Profa. Ana Pascolati, que é advogada e mestre em Direito Internacional e Direitos Humanos. A conversa poderá ser conferida no perfil do Instagram @cursodamasio. O tema do debate são “As melhores práticas adotadas pelos países durante a pandemia”.  

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Iperid estuda alternativas para afrouxar isolamento social

Em reunião realizada na última quinta-feira (30), o Instituto de Pesquisas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid) apontou 5 elementos que devem ser considerados para definição da retomada das atividades pós-isolamento social. Thales Castro, vice-presidente do instituto e cônsul de Malta, apontou que os pilares são: a) Sanidade mental e estabilidade psicológica individual e familiar, b) Aspectos socioeconômicos e laborais, c) Segurança epidemiológica e viabilidade sociossanitária, d) Gestão da máquina diante da redução de receita fiscal e, por fim, e) a dimensão políticofederalista. “Estamos vivendo um momento de reinvenção. A partir da nossa nova ordem mundial, em razão da Covid-19, vamos precisar permanentemente beber na fonte da estatística. Será uma ferramenta de sobrevivência diária. Fazer um risco calculado de benefício e perda. Um cenário socioeconômico de convívio com o vírus. A Covid-19 fará parte como fato social relevante no nosso horizonte, reprogramando nossas relações empresariais, profissionais, laborais e psicológicas. Estaremos prontos para essa reinvenção?”, provocou Thales Castro. A partir dos estudos da Universidade de Singapura, que estimam as dimensões e estágios da pandemia em vários países do mundo, ciclo do novo coronavírus no Brasil encerraria 97% da sua infestação em 1º de junho. Thales, no entanto, sugeriu que o comportamento do Covid-19 pode ter outra curva. “Uma nova tese surge: evidências de distribuição não linear (platicúrtica à direita) de Weibull”. O gráfico abaixo (do Europe Centre for Disease Prevention and Control), segundo o pesquisador, pode trazer um cálculo mais real para se discutir o afrouxamento das medidas de isolamento. A partir da reanálise dos gráficos e de aplicação ao crescimento do Covid-19 em Pernambuco, o Plano Estratégico-Emergencial contra o Coronavírus propõe um plano de reabertura em 6 fases até o dia 1º de agosto. Publicamos abaixo o calendário proposto pelo Iperid de afrouxamento do isolamento social. . PROPOSTA DE CALENDÁRIO DE AFROUXAMENTO DO ISOLAMENTO SOCIAL PARA PERNAMBUCO 04 a 15 de maio – Inserção no debate público transversal, transdisciplinar e inclusivo as estratégias para afrouxamento das regras de confinamento para Pernambuco. Publicação via decreto das regras vindouras de afrouxamento. Coletiva de imprensa com vários stakeholders. 18 a 23 de maio – Afrouxamento das regras para municípios com menos de 50 mil habitantes sem nenhum caso de Covid-19 no sertão e agreste; 23 a 25 de maio – Afrouxamento das regras para os municípios com mais de 50 mil habitantes e zona da mata (exceto RMR). Afrouxamento para indústria (de transformação e outras…) 25 a 30 de maio – Afrouxamento na RMR para estabelecimentos comerciais e de serviços por área física (metragem), abertura de parques públicos e escolas de ensino médio e fundamental, excetuando-se praias e grandes aglomerações 01 de junho – (97% do fim do ciclo pandêmico – Apud Universidade de Singapura, 2020 e Iperid, 2020) – Afrouxamento das regras na RMR para demais estabelecimentos com regras continuadas e rígidas de higiene (máscaras, álcool gel, etc…). Afrouxamento do uso das praias e eventos culturais para até 50 pessoas. Prorrogação de proibição de shows e grandes aglomerações e eventos públicos até 01 de agosto de 2020. Fonte: Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (30 de abril de 2020) . Durante sua apresentação na reunião, Thales Castro apresentou uma previsão de 978 óbitos, vítimas de Covid-19, em 13 semanas, no Estado. Num cenário mais pessimista, Pernambuco alcançaria 1.222 mortes, enquanto num quadro menos grave, teríamos um total de 734 óbitos. Convidado especial para a reunião, o coordenador das ações do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pesquisador do Lika e professor do Departamento de Estatística e Informática da UFRPE Jones Albuquerque explica que o grande problema do combate à Covid-19 é a imprevisibilidade. Ele apontou que há dificuldade em mapear, por exemplo, os municípios pequenos que não tem casos de coronavírus, visto a dificuldade de testagem e mesmo o alto índice de falso negativo dos testes, que chegam a 70%. “Não temos o sim e o não. Esse é o grande problema de Covid-19.” Durante a reunião, o especialista citou uma série de riscos acerca da reabertura, mesmo em municípios menores. . . O Iperid, que é presidido pelo cônsul da Eslovênia Rainier Michael, segue desenvolvendo estudos aplicados no Estado de Pernambuco para contribuir na elaboração das políticas públicas no Estado e tem se reunido virtualmente a cada 15 dias para discutir o Plano Estratégico-Emergencial contra o Coronavírus a partir das novas informações científicas divulgadas no Brasil e no mundo. *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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