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Olinda tem que ser também patrimônio de Pernambuco

*Por Francisco Cunha Depois de uma longa convivência com a Olinda histórica, cheguei à conclusão de que, embora ela seja patrimônio da humanidade, infelizmente não é patrimônio de Pernambuco e só tem salvação se vier a sê-lo, inclusive com uma rubrica permanente no orçamento do Estado. Até me tornar um jovem adulto, não conhecia Olinda direito. Praticamente só ia por lá na época do Carnaval ou como resultado de uma ou outra ida furtiva, sempre dentro de um automóvel. De dia, ao Alto da Sé ou, à noite, ao Cantinho da Sé e ao saudoso bar Relicário onde hoje funciona o Museu de Arte Sacra, antigo Palácio Episcopal, e nada mais. Isso, até que tive que comparecer, quando cursava a faculdade de arquitetura, num dia normal de semana, a uma aula de campo de história, marcada pelo inesquecível professor José Luiz Mota Menezes, a ser dada na igreja de Nossa Senhora da Graça, uma das mais antigas do Brasil, junto ao Seminário, no ponto mais alto da colina histórica. Saí de casa, no Bairro do Espinheiro, de ônibus, depois do almoço, saltei no Varadouro e subi a pé, bem devagar, a ladeira Quinze de Novembro quando a tarde já ia quase pelo meio. Então, de súbito, comecei a ser arrebatado pela beleza da velha Marim dos Caetés. Primeiro, a uniformidade das casas de porta e janela, de um lado e do outro da ladeira, depois a chegada na Rua de São Bento, junto à prefeitura, antigo Palácio dos Governadores. Uma parada para respirar e duas visões arrebatadoras: ao sul, o Recife no fundo, já visto parcialmente do alto; e, a leste, a bela igreja do Convento de São Bento, ambos emoldurados pelo casario histórico. Segui pela rua olhando de ambos os lados os sobrados, alguns com mais de 300 anos, passei pela casa de Ivaldevan e Sônia Calheiros, sede do bloco carnavalesco Eu Acho é Pouco, até chegar no Mercado da Ribeira, na frente do qual um pedaço de muro do antigo Senado de Olinda registra, escrito numa estrela de mármore, o pioneiro “grito da república” dado entre nós por Bernardo Vieira de Melo, em 1710, durante as escaramuças da chamada Guerra dos Mascates, conforme citado no hino de Pernambuco: A República é filha de Olinda Alva estrela que fulge e não finda De esplender com seus raios de luz Liberdade! Um teu filho proclama! Dos escravos o peito se inflama Ante o Sol dessa terra da Cruz! Continuando meu percurso, desço a ladeira, chego aos Quanto Cantos, aquele mesmo citado na famosa música de J. Michilis, imortalizada por Alceu Valença pelos carnavais afora (Me Segura Senão Eu Caio):  Nos quatro cantos cheguei E todo mundo chegou Descendo ladeira Fazendo poeira Atiçando o calor... Embalado pela lembrança dos frevos rasgados que já tinha ouvido por ali, resolvi enfrentar a fatídica Ladeira da Misericórdia. No meio da subida, mesmo com falta de ar, olhando para os lados, me veio à cabeça o belíssimo poema Olinda do grande Joaquim Cardozo que fala de calçadas “cascateado nas ladeiras”: Olinda, Das perspectivas estranhas, Dos imprevistos horizontes, Das ladeiras, dos conventos e do mar. (...) Muros que brincam de esconder nas moitas, Calçadas que descem cascateando nas ladeiras. Chego resfolegante ao topo, do lado da Igreja da Misericórdia e defronte da Academia Santa Gertrudes, no local onde o Capitão Temudo opôs a última resistência olindense aos holandeses na invasão de 1630. Quando me viro, a vista do Recife funciona melhor do que um balão de oxigênio. Refeito do esforço, sigo pela primeira rua de Olinda, no topo da colina, passo pelo Observatório (aquele citado no poema de Cardozo: “Sábio silêncio do Observatório / Quando à noite as estrelas passam sobre Olinda”) e pela caixa d’água de 1936, primeira construção modernista daquela altura no Brasil, até chegar na frente da Catedral da Sé, antiga Igreja do São Salvador do Mundo, construída pelo nosso primeiro capitão hereditário, Duarte Coelho Pereira. No largo, restabelecido da subida da Misericórdia, me deparo com a vista, esta sim de tirar o fôlego, do Recife e não tenho como não lembrar dos versos de Carlos Pena Filho: De limpeza e claridade é a paisagem defronte. Tão limpa que se dissolve a linha do horizonte. As paisagens muito claras não são paisagens, são lentes. São íris, sol, aguaverde ou claridade somente. Olinda é só para os olhos, não se apalpa, é só desejo. Ninguém diz: é lá que eu moro. Diz somente: é lá que eu vejo. Em seguida, enfrento, como obstáculo final, a ladeira do Seminário para chegar a meu destino, a igreja onde seria ministrada a aula de campo. Trata-se de um belo exemplar da arquitetura colonial-maneirista, na época recém-restaurada, com uma singela nave na qual, sentados nos bancos, assistimos a extraordinária aula de José Luiz. Terminadas as obrigações acadêmicas, descemos a ladeira do Seminário e paramos no Cantinho da Sé para brindar com algumas cervejas geladas o final da tarde e a descoberta de uma Olinda paisagística e histórica até então insuspeitada. Terminamos, como no poema de Cardozo, presenciando o momento em que “as estrelas passam sobre Olinda”. Esse episódio que classifico, à moda do poeta Manuel Bandeira, de “meu primeiro alumbramento” olindense se deu antes da elevação de Olinda, em 1982, pela Unesco, a patrimônio da humanidade como resultado de uma iniciativa liderada pelo renomado designer pernambucano Aloísio Magalhães, na época secretário de Cultura do MEC. Depois, passei a ir regularmente à cidade até que resolvi escrever um livro sobre o Recife e entendi que deveria começar por Olinda já que acreditava, como ensinou Gilberto Freyre, ser a velha Marim dos Caetés a “mãe do Recife” (assim como Igarassu pode ser considerada a “avó”). Na verdade, atirei no que vi e acertei no que não tinha visto. Inicialmente pensei em dedicar um fim de semana para percorrer o sítio histórico mas fiquei, junto com o amigo de infância Plínio Santos, quase um ano frequentando a área todos os domingos e, no final, terminamos por escrever um guia (Um

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Expansão do Novo Atacarejo movimenta o mercado de trabalho no Agreste de Pernambuco

Rede varejista abre 510 vagas entre Toritama e Garanhuns, reforçando liderança no setor atacadista do Nordeste A rede Novo Atacarejo segue acelerando seu plano de expansão e acaba de inaugurar sua primeira loja de 2025 em Toritama, no Agreste de Pernambuco. A unidade, com 3.780 m² de área de vendas e mais de 9 mil itens disponíveis, gerou 300 empregos diretos e marca a 36ª loja da bandeira em operação entre Pernambuco e Paraíba. “Com estudos de mercado, percebemos a necessidade de pequenos estabelecimentos para se abastecerem no interior. Como também para atender famílias e pessoas empreendedoras que transformam alimentos para gerar renda”, destacou o CEO do grupo, Daniel Costa. A loja de Toritama oferece uma estrutura completa com estacionamento para 250 veículos, 20 caixas e serviços como açougue, padaria, hortifrúti e lanchonete. Localizada na Rua Vereador Otacílio Benedito da Silva, em Oncinhas, a loja funciona de segunda a sábado, das 7h às 21h, e aos domingos e feriados, das 7h às 18h. Loja de Garanhuns abre 210 vagas Além da nova loja em Toritama, o Novo Atacarejo anunciou a abertura de 210 vagas de emprego para a futura unidade em Garanhuns, também no Agreste. O processo seletivo, com apoio da Prefeitura e por meio da plataforma Talentos Garanhuns, ocorre de 4 a 25 de agosto. As oportunidades contemplam cargos operacionais, técnicos e de liderança, com inclusão de pessoas com deficiência. A nova loja integrará um plano de expansão que prevê outras quatro inaugurações ainda este ano em Pernambuco, consolidando a presença da marca em mais de 27 cidades. Rede varejista entre as maiores do país Fundado em 2019, o Novo Atacarejo é hoje a segunda maior rede do setor no Nordeste e figura entre os 20 maiores grupos varejistas do país, segundo a Abaas. Somente em 2024, a empresa inaugurou sete unidades e mantém mais de 8,7 mil empregos diretos. Com forte atuação regional e crescimento consistente, a marca se destaca no setor, com impacto positivo na geração de empregos no interior do estado. Serviço – Loja Toritama📍 Endereço: Rua Vereador Otacílio Benedito da Silva, 253, Lote Monte Verde I, Oncinhas, Toritama (PE)🕒 Horário: Seg. a sáb., 7h às 21h | Dom. e feriados, 7h às 18h📞 Televendas: (81) 97500-6153 / (81) 98372-3283📲 Ofertas: WhatsApp (81) 99750-07303 Serviço – Loja Garanhuns (em implantação)📝 Inscrições: novoatacarejo.jobs.recrut.ai ou talentosgaranhuns.com.br📅 Período de seleção: 4 a 25 de agosto🔗 Mais informações: novoatacarejo.com

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São João 2025 movimenta mais de R$ 1,1 bilhão e bate recorde de público em Pernambuco

Com 1,6 milhão de visitantes e 100% de ocupação em destinos estratégicos, festa consolida turismo junino como motor da economia no estado. Foto: Arthur Marrocos O São João de 2025 movimentou a economia de Pernambuco em junho. De acordo com dados do Observatório do Turismo de Pernambuco, a festa atraiu 1.636.257 visitantes, entre turistas e excursionistas, o que representa um crescimento de 15,88% em relação a 2024. A movimentação econômica acompanhou esse avanço: a receita bruta gerada pelo turismo chegou a R$ 1,19 bilhão, alta de 25,8% na comparação com o ano anterior. De Caruaru a Petrolina, passando por Arcoverde e Gravatá, 15 destinos alcançaram 100% de ocupação hoteleira. O gasto médio diário dos excursionistas também impressionou: R$ 725,21, valor 55% maior que o registrado em 2024. A motivação principal da viagem, para mais de 98% dos visitantes, foi participar das festividades juninas. “É um marco para o turismo e para a cultura de Pernambuco. O nosso São João cresceu em participação popular, movimentação econômica e projeção nacional”, destacou Kaio Maniçoba, secretário estadual de Turismo e Lazer. Além da presença física, a festa ganhou repercussão digital, com picos de busca no Google Trends, especialmente em 22 de junho. “Vivemos uma temporada histórica, em que a ocupação hoteleira chegou ao limite e a economia local foi fortemente impulsionada. Esse resultado é reflexo direto do trabalho sério e comprometido do Governo Raquel Lyra”, afirmou Eduardo Loyo, presidente da Empetur. O levantamento revelou ainda um elevado grau de aprovação do público: mais de 95% dos turistas disseram que voltariam ao São João em edições futuras. “Além de movimentar a economia, o São João cria vínculos afetivos e culturais. Isso prova que estamos entregando uma experiência memorável para o público”, ressaltou Maniçoba. Serviço📊 Balanço do São João 2025 em Pernambuco Novo Nissan Kicks chega à Eurovia com tecnologia inédita e expectativa de alta nas vendas Já disponível nas concessionárias Eurovia Nissan em Pernambuco, o Novo Nissan Kicks estreia com motor 1.0 turbo, câmbio de dupla embreagem banhado a óleo e pacote tecnológico inédito no segmento. Com todas as versões à pronta entrega, o modelo deve impulsionar o desempenho da marca na região. “Com a chegada de todas as versões às nossas lojas, esperamos um aumento de até 20% na procura já nas primeiras semanas”, afirma Fábio Santa Rosa Maraux, gerente geral da Eurovia Nissan. Planejamento sucessório Nathalia Fernandes, sócia do Urbano Vitalino Advogados, alerta para a importância das discussões sobre planejamento sucessório e gestão patrimonial. Com a proposta do Governo de Pernambuco para redução das alíquotas do ICD, em tramitação na Alepe, ela avalia que o momento é estratégico para famílias empresárias que desejam antecipar heranças e organizar doações com benefícios fiscais relevantes. A medida integra o novo programa de recuperação tributária estadual e pode representar uma economia significativa para os contribuintes.

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IA e a Jornada Humana: Além dos Limites

Como a inteligência artificial redefine o que significa ser humano em um mundo de transformações cada vez mais profundas *Por Rafael Toscano A história da humanidade é, em muitos sentidos, a história da superação de limites. Aprendemos a cultivar o solo, a construir cidades, a cruzar oceanos, a explorar o céu e o espaço. A cada passo, criamos ferramentas que ampliaram nossas capacidades — primeiro físicas, depois mentais. A inteligência artificial representa mais um desses saltos. Mas desta vez, é um salto para dentro: para dentro da mente, da decisão, da criação. A IA nos obriga a perguntar: o que vem depois? O que acontece quando as máquinas começam a fazer coisas que antes só nós fazíamos? E o mais intrigante: o que isso revela sobre nós? Podemos olhar para trás e encontrar paralelos. A invenção da escrita nos permitiu registrar memórias, leis, histórias. Foi uma ampliação da mente humana, capaz de transcender o tempo. Hoje, algoritmos fazem algo semelhante: registram, analisam e até interpretam volumes de informação que nenhum ser humano daria conta de processar. A imprensa de Gutenberg espalhou conhecimento em escala inédita. A IA, por sua vez, pode personalizar esse conhecimento, adaptá-lo a cada pessoa, ampliar o acesso de forma mais precisa. Como a imprensa provocou a Reforma e a Renascença, a IA talvez esteja nos levando a uma nova revolução cultural — uma espécie de renascença digital. E quando falamos da Revolução Industrial, lembramos das máquinas substituindo a força física humana. Hoje, com a IA, é a vez do intelecto ser desafiado. A máquina não apenas executa: ela aprende, toma decisões, faz previsões. Isso nos leva a rediscutir o que é trabalho, o que é valor, o que é criatividade — e até o que é consciência. A medicina oferece outro bom exemplo. O raio-X, no século XIX, revelou o invisível dentro do corpo humano. Agora, sistemas de IA analisam exames com precisão muitas vezes superior à humana, detectando padrões sutis que escapam aos olhos mais experientes. Estamos falando de diagnósticos precoces, tratamentos personalizados, decisões clínicas mais seguras — e, ao mesmo tempo, da necessidade de manter o vínculo humano entre médico e paciente. A exploração espacial levou o homem à Lua. Mas a IA está nos levando a outro tipo de espaço: o do pensamento, da possibilidade de construir consciências artificiais. É um território desconhecido, repleto de perguntas para as quais ainda não temos respostas. E como qualquer território novo, exige cuidado, ética e visão de longo prazo. Talvez a metáfora mais poderosa para a IA não esteja apenas nas tecnologias passadas, mas naquilo que sempre buscamos como humanidade: a capacidade de ir além de nós mesmos. Criar uma inteligência que nos ajude a ver o que não víamos, entender o que não compreendíamos, resolver o que antes parecia insolúvel. Mas atenção: ir além não significa abandonar. Se a IA é uma extensão da nossa mente, ela também carrega nossas contradições. Se não cuidarmos de seus valores, ela ampliará preconceitos em vez de resolvê-los. Se não guiarmos seu uso, ela poderá servir aos interesses de poucos, em vez de beneficiar a todos. Por isso, a jornada da IA é, também, uma jornada humana. Cada avanço tecnológico é um espelho: ele mostra o que valorizamos, o que deixamos de lado, e onde colocamos nossa esperança. A IA pode ser usada para reforçar desigualdades ou para reduzir distâncias. Pode servir ao consumo desenfreado ou ao conhecimento compartilhado. Pode nos afastar ou nos aproximar de quem realmente somos. Avançar com a IA não é apenas uma questão de potência computacional. É uma questão de propósito. Que futuro estamos construindo com essa tecnologia? Que legados queremos deixar? Ao olharmos para trás e vermos as pirâmides, as catedrais, as bibliotecas, os satélites — cada um desses marcos mostra o quanto somos capazes de criar. A IA entra nessa linhagem. Mas ela nos convida a algo novo: não apenas criar uma máquina, mas co-evoluir com ela. Crescer junto. Aprender junto. Decidir juntos. No fim, ultrapassar os limites não é apenas ir mais longe. É ir mais fundo. É entender melhor quem somos e como queremos viver. E se a IA estiver ao nosso lado nessa jornada, que ela seja uma companheira que nos ajude a enxergar o mundo com mais inteligência — e o ser humano com mais humanidade. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de Admnistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Consumo das famílias recifenses recua em junho, mas otimismo persiste

Queda atinge principalmente famílias com renda até dez salários mínimos, enquanto classes mais altas mantêm confiança elevada O Índice de Consumo das Famílias (ICF) do Recife apresentou nova retração em junho de 2025, registrando 101,0 pontos, uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior. O dado, divulgado pela Fecomércio-PE com base na pesquisa nacional da CNC, marca o quarto mês consecutivo de recuo no indicador. Ainda assim, o ICF permanece acima da linha dos 100 pontos, sinalizando que a percepção geral das famílias segue em uma zona de otimismo. O desempenho mais fraco foi puxado pela redução do consumo atual e por expectativas mais cautelosas para os próximos meses. Diferença de percepção entre faixas de renda A análise por faixa de renda revela disparidades importantes: enquanto domicílios com rendimento acima de dez salários mínimos marcaram 124,2 pontos no ICF, entre as famílias com até dez salários o índice foi de 98,8, abaixo da linha de otimismo. Esses dados confirmam que o consumo das classes mais altas segue menos afetado pelas incertezas econômicas, refletindo maior estabilidade no emprego formal e maior acesso ao crédito, segundo avaliação do economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima. Bens duráveis ainda preocupam famílias de baixa renda Entre os componentes do índice, o momento para aquisição de bens duráveis foi o único com alta em junho, crescendo 2,6%. Apesar disso, permanece abaixo da linha de satisfação entre as famílias de menor renda, 50,6% das quais ainda consideram o momento ruim para comprar eletrodomésticos e outros bens de maior valor. Já nas famílias com renda superior, 40,5% avaliam o cenário como favorável, evidenciando a desigualdade de percepção entre os grupos sociais. Inflação desacelera, mas juros e incertezas seguem pesando Para Bernardo Peixoto, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, o cenário exige atenção. “Ainda que o ambiente inflacionário apresente desaceleração e a inadimplência venha apresentando sinais de alívio, a taxa de juros elevada e a instabilidade no cenário internacional seguem influenciando o comportamento das famílias. Há uma disposição ao consumo, mas ela convive com a necessidade de planejamento financeiro mais rigoroso, sobretudo entre as classes de menor renda”.

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Curso gratuito de Inteligência Artificial é lançado para clientes TIM

Iniciativa do Descomplica em parceria com a TIM oferece formação online com foco em empregabilidade e linguagem acessível Em parceria com a TIM, a plataforma educacional Descomplica lançou um curso gratuito e 100% online sobre Inteligência Artificial, exclusivo para clientes da operadora. Voltado para iniciantes, o curso apresenta uma trilha inicial com três módulos que introduzem os conceitos fundamentais da IA e ensinam a usar o Gemini, tecnologia desenvolvida pelo Google. Com apenas oito horas de conteúdo, a formação permite que qualquer pessoa, mesmo sem experiência prévia, possa dar os primeiros passos nesse campo em expansão. A formação foi desenhada com foco em empregabilidade e utiliza uma linguagem acessível, para democratizar o aprendizado em tecnologia. "O objetivo é permitir que qualquer pessoa, de qualquer lugar, possa dar os primeiros passos em IA, mesmo que nunca tenha tido contato com o tema", destaca o Descomplica. Para os que desejam aprofundar seus conhecimentos, há ainda uma trilha avançada opcional, composta por dois módulos extras por R$ 99, com conteúdos práticos e programação no-code. Serviço📚 Curso gratuito de IA – Descomplica + TIM👤 Quem pode acessar: Clientes TIM de qualquer plano💻 Como acessar: Clique aqui para acessar o hotsite e cadastre o número da sua linha TIM.

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Paulo Tadeu

Di2win avança na Europa com nova parceria em Portugal

Deep tech recifense firma colaboração com a Titanium Business Solution e consolida presença no mercado europeu A Di2win, empresa de base tecnológica embarcada no Porto Digital do Recife e referência nacional em hiperautomação de processos, acaba de fortalecer sua presença internacional com uma parceria estratégica com a Titanium Business Solution, sediada em Portugal. O acordo representa um passo importante na consolidação da atuação da deep tech na Europa, especialmente por meio da conexão entre os ecossistemas de inovação do Brasil e do Velho Continente. Convergência de culturas e mercados Com expertise em soluções de go-to-market e geração de negócios, a Titanium soma forças com a Di2win ao facilitar a entrada da empresa brasileira no mercado português, aproveitando a sinergia cultural e linguística. “A cooperação com um player português é facilitada pelo idioma, pela proximidade cultural, além de abrir portas, gerar oportunidades e garantir a presença da Di2win nos mercados-alvo”, afirma Paulo Tadeu, CEO da Di2win. A primeira solução conjunta já está em desenvolvimento, com foco nos desafios reais do cliente europeu. Soluções digitais para empresas tradicionais Segundo Deric Guilhen, CEO da Titanium, o diferencial da Di2win está em sua capacidade de traduzir fluxos manuais em dados e inteligência de processo. “Portugal é composto, sobretudo, por pequenas e médias empresas que ainda possuem processos antigos, manuais. O potencial da Di2win vai de encontro a essa demanda. Para que se entenda, podemos dizer que eles transformam papeis em dados, trazendo agilidade, confiabilidade, automação do fluxo dos processos. Então, a Di2win valida, chancela essa negociação”, pontua. Deep tech brasileira com base científica sólida A Di2win carrega em sua trajetória mais de 200 publicações científicas, 30 registros no INPI e o processamento de mais de 2 bilhões de documentos em suas plataformas. Com forte vínculo com a academia e soluções pioneiras em Processamento Inteligente de Documentos (IDP) e Gêmeos Digitais Organizacionais, a empresa consolida seu papel como uma das deep techs mais robustas do Brasil.

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Suape bate recorde histórico com exportação de veículos da Stellantis

Operação com 4 mil unidades reforça protagonismo do porto pernambucano na cadeia automotiva do Nordeste O Porto de Suape alcançou um novo marco logístico com a maior operação de exportação de veículos da Stellantis em uma única remessa. Ao todo, 4.006 unidades produzidas na fábrica da montadora em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, foram embarcadas rumo à Argentina. A operação envolveu o navio Dover Highway, da armadora K-Line, e ocorreu entre os dias 17 e 18 de junho no Cais 5, mobilizando dezenas de trabalhadores durante 48 horas contínuas. Parceria estratégica para o desenvolvimento regional Com marcas como Fiat, Jeep, Chrysler e RAM, a Stellantis se consolida como um dos principais motores da economia automotiva do Nordeste. “A Stellantis é um parceiro estratégico importante para o desenvolvimento de toda a região Nordeste. Temos atuado de forma contínua para aprimorar a infraestrutura do porto, garantindo operações cada vez mais ágeis e eficientes. Essa conquista é resultado do empenho coletivo e todos os envolvidos estão de parabéns”, afirmou Armando Monteiro Bisneto, diretor-presidente do Porto de Suape. Modelos e impacto regional O Jeep Renegade liderou o volume exportado, com 26% da carga, seguido pelo Jeep Compass (25%), Fiat Toro (24%), Ram Rampage (16%) e Jeep Commander (9%). Para a Stellantis, o feito sinaliza uma retomada positiva no mercado argentino. “Esse recorde confirma o fortalecimento das nossas operações na América do Sul e sinaliza uma retomada importante da demanda para a Argentina, um mercado estratégico para a Stellantis”, disse Emanuele Cappellano, presidente da empresa para a América do Sul. Hub automotivo em expansão no Nordeste Referência no Norte e Nordeste, o Hub de Veículos de Suape segue crescendo. Em 2024, o porto já movimentou 37.668 veículos até junho, sendo 77% oriundos da planta da Stellantis em Goiana. Em maio deste ano, o terminal havia registrado outro recorde: a importação de 5.459 veículos elétricos e híbridos da chinesa BYD. Com operações cada vez mais robustas, Suape reafirma seu papel como elo logístico estratégico na economia automotiva da região.

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Governo de Pernambuco e JetSMART lançam voo entre Recife e Buenos Aires

Companhia aérea low cost inicia operações no estado com quatro voos semanais e tarifas acessíveis Amanhã, 1º de julho, o Governo de Pernambuco e a companhia aérea JetSMART anunciam oficialmente uma nova rota internacional que conectará diretamente Recife a Buenos Aires. O lançamento do voo inaugural está marcado para às 11h, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no balcão de check-in da JetSMART. Com quatro frequências semanais – às terças, quartas, sextas e domingos –, os voos partirão da capital argentina às 5h, com chegada prevista ao Recife às 10h20. A expectativa da empresa é transportar cerca de 57 mil passageiros no primeiro ano de operação, impulsionando o turismo internacional e a economia local. Reconhecida por seu modelo de baixo custo, a JetSMART é uma companhia aérea chilena que vem expandindo sua presença na América do Sul. Sua chegada ao estado representa uma nova alternativa de conectividade para os pernambucanos e um incentivo à maior competitividade no setor aéreo regional. Agenda – Voo inaugural Recife–Buenos Aires📅 Data: Terça-feira, 1º de julho de 2025🕚 Horário: 11h📍 Local: Aeroporto Internacional dos Guararapes – balcão de check-in da JetSMART

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Indústria de Pernambuco ganha força e ocupa 2º lugar no Nordeste em valor da transformação

Fabricação de veículos lidera em receita, mas alimentos seguem como principal empregador no setor industrial do estado. Foto: Stellantis A Pesquisa Industrial Anual – Empresa (PIA-Empresa) do IBGE revelou que, em 2023, Pernambuco contava com 5.649 empresas industriais com cinco ou mais ocupados, empregando um total de 208.711 pessoas. A indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias se destacou na geração de receita, com 23,07% da receita líquida de vendas, enquanto a indústria de produtos alimentícios manteve a liderança em geração de empregos, com 34,69% das vagas no setor. Ao longo da última década, o número de trabalhadores na indústria pernambucana caiu 11,46%, o que representa uma redução de 27 mil postos de trabalho. No entanto, houve reação nos últimos anos: entre 2020 e 2023, o contingente de empregados aumentou 9,5%, refletindo a retomada da atividade após os impactos da pandemia. Segundo o gerente de Análise Estrutural do IBGE, Marcelo Miranda, “a Pesquisa Industrial Anual busca retratar as características estruturais do segmento empresarial da atividade industrial no país, que são informações relevantes para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo”. No ranking nordestino do Valor da Transformação Industrial (VTI), Pernambuco aparece em segundo lugar (22,7%), atrás apenas da Bahia (33,4%), que perdeu participação nos últimos anos. Desde 2014, Pernambuco ganhou 5,5 pontos percentuais, impulsionado pelo fortalecimento da indústria de petróleo, ao contrário da Bahia, onde esse segmento perdeu relevância. O Ceará ocupa a terceira posição no ranking da região, com 17,1%. As empresas industriais de Pernambuco geraram R$ 136,3 bilhões em receita líquida de vendas em 2023, sendo R$ 126,8 bilhões oriundos das indústrias de transformação e R$ 512 milhões das extrativas. Juntas, essas empresas desembolsaram cerca de R$ 8 milhões em salários, retiradas e remunerações. A pesquisa é uma ferramenta para compreender o desempenho do setor industrial no estado e subsidiar estratégias de desenvolvimento econômico.

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