Arquivos Colunistas - Página 2 de 288 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Inteligência Artificial em Debate no Senado Federal

Brasil avança na regulação da inteligência artificial: entenda o projeto de lei em debate no Senado Em meio a um cenário global de crescente preocupação com o uso ético e responsável da inteligência artificial (IA), o Brasil se destaca por sua abordagem inovadora e democrática na construção de uma legislação para a área. O Senado Federal, em um processo participativo que tem atraído atenção internacional, lidera a discussão do Projeto de Lei nº 21, de 2020, que visa estabelecer diretrizes para o desenvolvimento e aplicação da IA no país. Você pode acompanhar o andamento do projeto e ler a íntegra do texto no site do Senado: link para a página do PL 21/2020 no Senado O projeto, relatado pelo senador Eduardo Gomes, busca equilibrar a proteção de direitos fundamentais com o incentivo à inovação e ao desenvolvimento tecnológico. O senador tem se dedicado a analisar as diversas emendas propostas, buscando aprimorar o texto e garantir que a IA seja utilizada de forma segura e confiável no Brasil. Um dos pontos fortes do projeto é a ênfase na centralidade da pessoa humana e na proteção de direitos como privacidade, não discriminação e liberdade de expressão. A proposta também prevê a criação de mecanismos de governança e de avaliação de impacto algorítmico, além de incentivos à pesquisa e ao desenvolvimento de soluções inovadoras em IA. No entanto, o projeto também enfrenta desafios. A rápida evolução da tecnologia exige que a legislação seja flexível e adaptável, a fim de evitar a obsolescência e garantir a segurança jurídica. Além disso, é preciso garantir que a regulação não crie barreiras excessivas à inovação, especialmente para startups e pequenas empresas. Especialistas e representantes da sociedade civil têm participado ativamente do debate, contribuindo para a construção de uma legislação que reflita as necessidades e os desafios do Brasil. O projeto tem sido elogiado por sua abordagem democrática e participativa, que contrasta com a forma como a regulação da IA tem sido conduzida em outros países. Acompanhe as discussões e os documentos relacionados ao tema no site do Senado: link para a página de comissões do Senado O Brasil tem a oportunidade de se tornar um líder na regulação da IA, com uma legislação que promova a inovação e o desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que garante a proteção dos direitos fundamentais. A expectativa é que o projeto seja aprovado em breve, consolidando o compromisso do país com o uso ético e responsável da inteligência artificial. Visões de nível nacional: O debate sobre a regulação da IA no Brasil está apenas começando. A aprovação do projeto de lei será um marco importante, mas é preciso continuar acompanhando os avanços da tecnologia e os desafios que ela coloca para a sociedade. O Brasil tem a chance de construir um futuro promissor para a IA, com base em princípios éticos e democráticos.

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Recife CVB comemora recorde histórico na captação de eventos em 2024

Entidade impulsiona turismo de negócios em Pernambuco com impacto de R$ 260 milhões e mais de 100 mil participantes até 2028. Foto: Wilton Marcelino O Recife Convention & Visitors Bureau (Recife CVB) encerra 2024 celebrando o melhor desempenho da última década. Com a captação de 28 eventos associativos para os próximos quatro anos, o impacto econômico estimado ultrapassa R$ 260 milhões, beneficiando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e serviços. Esses eventos reunirão mais de 100 mil participantes, consolidando Pernambuco como referência no segmento MICE (Meetings, Incentives, Conferences, and Exhibitions). “Este foi o melhor resultado que tivemos em 10 anos. Captamos eventos que reunirão mais de 100 mil participantes, consolidando o Recife e Pernambuco como polos estratégicos no segmento MICE. Isso demonstra a força do trabalho conjunto e a relevância da nossa infraestrutura para o turismo de negócios”, afirma Carolina Oliveira, presidente do Recife CVB. Avanços institucionais e novas conexões Em 2024, o Recife CVB ampliou sua atuação com apoio a 68 eventos locais e uma taxa de conversão de 72% nas candidaturas submetidas, superando metas já no primeiro semestre. Atualmente, 72 empresas fazem parte da rede de associados, fortalecida por 78 rodadas de negócios e 50 visitas técnicas realizadas ao longo do ano. Parcerias estratégicas com instituições como Empetur e Abeoc-PE foram essenciais para esses resultados. A realização do Prêmio Anfitriões do Ano, no Restaurante Catamaran, no dia 19 de novembro, encerrou o ano com uma celebração dos esforços conjuntos para posicionar Pernambuco no cenário nacional de eventos de negócios. Perspectivas promissoras para 2025 Com 40 eventos já confirmados para 2025 e mais de 450 em prospecção, o Recife CVB está preparado para expandir sua atuação. “Estamos prontos para novos desafios, buscando o desenvolvimento sustentável do setor e da nossa região”, destaca Carolina Oliveira. Além de atrair eventos, a entidade contribui para geração de empregos, estímulo ao empreendedorismo e valorização da cultura local.

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Pernambuco é o Estado do Nordeste com maior número de favelas

*Por Leonardo Gill Correia Santos O Censo 2022 divulgou em novembro de 2024 os dados sobre favelas e comunidades urbanas no Brasil. Acompanhado da publicação dos resultados, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também soltou uma nota técnica que detalha a conceitualização e a caracterização desses espaços, que resultou na alteração da terminologia “aglomerados subnormais”, utilizada no Censo de 2010, para “favelas e comunidades urbanas” no Censo de 2022, e em alterações conceituais para definir esses espaços. Em resumo, o IBGE considera favelas e comunidades urbanas os “territórios populares” com “insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade”. Para caracterizar empiricamente os territórios, deve haver predominância de uma “insegurança jurídica da posse” dos imóveis e pelo menos uma das seguintes características: 1) ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos; 2) predomínio de infraestrutura usualmente orientadas por parâmetros urbanísticos e construtivos distintos dos definidos pelos órgãos públicos; 3) localização em áreas com restrição à ocupação. Com isso, a equipe de recenseadores que foi a campo no ano de 2022 tinha em mãos os elementos para identificar se os setores censitários em que realizavam as entrevistas deveriam ser caracterizados como favela ou uma comunidade urbana. O interessante da definição escolhida pelo IBGE para caracterizar favelas e comunidades urbanas é de busca dissociar os espaços das características inerentes de seus moradores e as associa ao alcance das decisões do poder público. A estrutura precária desses locais não se deve a escolhas de seus moradores mas, sim, das autoridades que têm por obrigação zelar por esses bairros da mesma forma como cuidam dos demais bairros de suas cidades. No campo, os recenseadores identificaram 12.348 favelas ou comunidades urbanas em 2022. São 16,4 milhões de brasileiros morando nesses espaços, o que equivale a 8,1% da população. Naturalmente, a proporção altera-se sensivelmente quando verificamos os dados por estado, mostrando a heterogeneidade da população brasileira por unidade da Federação. Por exemplo, São Paulo é o estado que tem maior número de favelas e comunidades urbanas do País e o maior número de pessoas que habitam esses espaços, mas isso corresponde a 8,2% da população, algo muito próximo da dimensão nacional. Amazonas com 1/3 e Pará com 1/4 de seus habitantes em favelas estão bem à frente nos números relativos. Dessa forma, as diferenças socioeconômicas afetam bastante a importância desses espaços em cada estado e, consequentemente, as estratégias de políticas públicas que devem ser aplicadas nas comunidades e favelas do Brasil. No contexto do Nordeste, a região mostra algumas disparidades intrigantes, com destaque para Pernambuco. O Estado é o que possui o maior número de favelas e comunidades urbanas entre os demais do Nordeste, com 849 unidades, ocupando a terceira posição no País, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, os estados mais populosos do Brasil. Em seguida vêm Ceará, com 702 favelas ou comunidades urbanas, e Bahia, com 572. Números absolutos indicam trajetórias históricas de desenvolvimento e de urbanização distintas, mas ainda informam pouco sobre os detalhes de cada um desses estados. Em números relativos, Pernambuco apresenta maior proporção de habitantes vivendo em favelas e comunidades urbanas entre as unidades federativas do Nordeste, com 12% da população, seguido por Bahia e pelo Ceará, com 9,7% e 8,6% de suas populações, respectivamente. Pelas suas características típicas e dinâmicas intermunicipais, vale a pena observar as regiões metropolitanas de Bahia, Ceará e Pernambuco. Os conglomerados urbanos do Nordeste não estão em uma situação tão crítica quando os da região Norte do País, mas chamam a atenção também. A Região Metropolitana de Salvador, apesar de menos populosa que as demais, tem 34,9% de sua população vivendo em favelas e comunidades urbanas. Em seguida vem a do Recife, com 26,7%, e a de Fortaleza fecha com 19,4%. Ainda no Nordeste, os conglomerados municipais de Ilhéus (BA) e de São Luís (MA), apesar de serem menos populosos, têm, respectivamente, 36% e 33,2% de habitantes em favelas. É no nível das capitais que os prefeitos eleitos (ou reeleitos) em 2024 devem estar atentos aos números. Em Salvador, quase metade da população (43%) vive em favelas e comunidades urbanas. O Recife e Fortaleza têm pouco menos de 1/4 da população nesses territórios (24,3% e 23,8%), embora Fortaleza seja mais populosa que as demais. E é, mais uma vez, nos detalhes que os números importam. Embora com maior proporção de habitantes, em Salvador, 99,2% dos domicílios localizados em favelas e comunidades urbanas possuem acesso à rede geral de água e 93,1% têm acesso à rede de esgotamento sanitário. Em Fortaleza, os números são, respectivamente, de 91,43% e de 61%. Finalmente, no Recife, os recenseadores identificaram rede de água encanada para 88,5%, porém o esgotamento sanitário via rede geral só está presente em 45% dos domicílios em favelas. O que implica em um número alto de descarte irregular de esgoto na capital pernambucana, que eventualmente escorre para rios, córregos, valas e, inevitavelmente, para as praias. Os dados do Censo 2022 sobre favelas e comunidades urbanas ainda podem ser explorados e devem indicar o grau de precariedade de serviços públicos nos territórios. Uma grande vantagem do último levantamento é o maior detalhamento das comunidades, com dados geolocalizados nos espaços urbanos, o que permite cruzamentos com outros dados urbanos. Com isso, por um lado, torna-se mais preciso o dimensionamento das desigualdades urbanas e da precariedade de oferta de serviços públicos mas, por outro lado, permite uma proposta de soluções ajustadas às demandas de cada localidade, levando em conta as particularidades dos territórios. Dessa forma, o Censo 2022 é uma ferramenta a serviço do coletivo que deve indicar bons caminhos do que pode ser feito para levar maior qualidade dos serviços públicos às favelas e às comunidades urbanas do Brasil. *Leonardo Gill Correia Santos É doutor em ciência política pela UFPE

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Agenda TGI analisa os desafios da "escassez" e aponta alertas para o País e para Pernambuco

Francisco Cunha e Fábio Menezes foram os palestrantes da noite. O evento contou ainda com a participação cultural do Ária Social e do representante do Banco do Nordeste do Brasil Neydson Moura, gerente executivo da superintendência estadual de Pernambuco   O que o futuro reserva para o mundo, o Brasil, o Nordeste, Pernambuco e o Recife no ano de 2025? Em um contexto de rápidas transformações, como lidar com as mudanças climáticas, as instabilidades geopolíticas e a disrupção digital, que remodelam economias e sociedades de forma inédita? Esses questionamentos foram o ponto de partida para a palestra “Escassez: crise imediata e soluções que precisamos encontrar”, conduzida por Francisco Cunha, consultor e sócio-fundador da TGI Consultoria. O evento integrou a 26ª edição da Agenda TGI | Painel 2025, realizada no Teatro RioMar, na noite de 26 de novembro. Mais que uma retrospectiva os sócios da TGI apresentaram análises importantes de diversos cenários de escassez vividos pelo mundo, pelo Brasil, por Pernambuco e pela sua capital.  A cobertura completa do evento será publicada na próxima edição da Revista Algomais, mas destaco algumas pautas que tem ganhado força nos alertas feitos pela consultoria.   MEIO AMBIENTE   A agenda das mudanças climáticas se tornou prioritária. Quem acompanha o Painel Mensal da Agenda TGI já identificava como o tema ganhou protagonismo no debate nacional e global. A tragédia do Rio Grande do Sul, as queimadas pelo Brasil e uma série de outras calamidades pelo mundo foram destacadas no conjunto de desafios que a sociedade precisa se preparar. A perspectiva futurista da crise climática, das projeções para 2050 ou 20100, já chegou.  “Vivemos uma verdadeira ebulição global”, alertou Cunha, relembrando o que já disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres: a era do aquecimento global acabou, mas a era da ebulição global chegou, com grandes enchentes, incêndios e um calor escaldante. No Nordeste, as mudanças climáticas intensificam um cenário preocupante: a formação da primeira zona árida da região, que avança sobre áreas do já desafiador semiárido no polígono da seca. Essa transformação climática representa um impacto significativo, ampliando os desafios para a sustentabilidade econômica, a segurança hídrica e a qualidade de vida das populações locais.   DISRUPÇÃO DIGITAL   As transformações que a Inteligência Artificial têm provocado nos negócios e em diversos outros aspectos sociais, como no emprego, foram destacadas por Fábio Menezes. Impressionam os dados de substituição da mão de obra pela revolução digital e também o elevado tempo que passamos diante de dispositivos como o celular ou o computador. Os consultores destacaram uma urgência em compreender essa acelerada adaptação do mundo, bem como encontrar as soluções para as consequências dela.   NARCOTRÁFICO   O avanço do narcotráfico já foi destacado na Agenda TGI do ano passado, mas com tons bem mais suaves. Neste ano, Francisco Cunha ressaltou o risco do País se tornar um "narcoestado", caso não haja um enfrentamento desse problema que tem se infiltrado na política e nos negócios. “São facções que estão tomando conta de negócios para lavar o dinheiro do crime e se fortalecer como instituição. Não se tem enfrentado isso como deveria ser feito. Há necessidade de um movimento nacional. Não se pode ter limites estaduais; é algo de abrangência maior”, alertou. Ele destacou avanços como o uso de criptomoedas e aplicações financeiras envolvendo grandes volumes de capital. No entanto, chamou atenção para episódios recentes, como o assassinato de um delator do PCC em frente ao Aeroporto de Guarulhos, o maior da América Latina. Esse incidente escancara a violência associada ao domínio do crime organizado, um fator que pode comprometer a confiança e os investimentos internacionais no Brasil.   PANORAMA ESTADUAL E DO RECIFE Sobre Pernambuco, Francisco Cunha destacou as importantes pesquisas que a TGI vem desenvolvendo há 30 anos, como "Pernambuco Afortunado", "Pernambuco Competitivo" e "Pernambuco Desafiado", as quais forneceram subsídios importantes para o projeto "Pernambuco 2035", levando a um entendimento mais profundo da realidade do estado. O modelo de desenvolvimento de Pernambuco, gerado em meados do Século XX pelo Padre Lebret, após todos esses anos, mostra-nos que esse modelo foi esgotado, mesmo com a criação de Suape. E, por isso, vem a necessidade da Transnordestina para fazer o porto de Suape ter, de fato, a sua função e interligar os grandes centros. “Sem uma ferrovia que dê suporte ao porto, na retaguarda, não existe função para ele além do âmbito regional. Todos os grandes portos no mundo contam com uma malha ferroviária a seu serviço”, reforçou Cunha. Assim, faz-se necessário redesenhar um outro modelo de desenvolvimento e competitividade para Pernambuco. Dentro disso, foi criado o projeto "Pernambuco em Perspectiva", uma série de eventos que vem analisando aspectos importantes que articulam ciência, empreendedorismo, tecnologia, sustentabilidade, educação de salta qualidade, entre outras áreas. Os extremos discutidos em âmbito mundial, nacional, regional e estadual pesam ainda no município. O Recife iniciou um processo de planejamento no qual se insere o projeto Parque Capibaribe e o projeto "Recife Cidade-Parque", que sinaliza para o aniversário da cidade de 500 anos. “A visão de futuro é ter uma cidade estruturada para enfrentar o aumento do nível do mar, controlar as enchentes e estar pronta para todas as dificuldades.”

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Agenda TGI 2025 acontece hoje (26) no Teatro Riomar com o tema "escassez e mudanças climáticas"

Evento conduzido pelos consultores Francisco Cunha e Fábio Menezes faz balanço de 2024 e aponta projeções para o próximo ano   O Teatro Riomar Recife recebe hoje a Agenda TGI 2025, o maior evento empresarial de final de ano da cidade. O encontro é promovido pela TGI Consultoria e pela Revista Algomais, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil. O evento será conduzido pelo consultor Fábio Menezes e contará com a palestra do consultor Francisco Cunha, que faz uma análise dos cenários do mundo, do Brasil, de Pernambuco e do Recife. Além disso, nesta edição, o palestrante traz um foco maior ao tema "Escassez - Crise Imediata e Soluções que Precisamos Encontrar". A pauta, relacionada às mudanças climáticas, ganhou notoriedade ao longo do ano no Painel Mensal da Agenda TGI. O evento de hoje marca nossa trajetória de 26 anos de análises e projeções da Agenda TGI. “Estamos vivendo uma escassez de diálogo, num mundo cada vez mais tensionado. A sociedade precisa se envolver mais e sermos mais atores das mudanças. Estamos num momento de menos tolerância, menos empregos e com enormes desafios para os governantes, que precisam ter melhores capacidades de planejamento futuro; pensar para frente. Sem falar no clima. As pessoas estão vivenciando mudanças climáticas extremas, e ainda são poucas as ações para minimizar os impactos causados”, comenta Francisco Cunha. A cobertura completa do evento será feita na próxima edição da Revista Algomais.

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A inteligência tática do Brasil na presidência do G20   

*Por Rodrigo de Abreu Pinto    O Rio de Janeiro sediou a cúpula de chefes de Estado do G20, bloco que reúne as maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.    A cúpula é o momento alto da presidência do G20, ocupada rotativamente por um dos países-membros a cada ano, ao término do qual o encontro é sediado naquele que exerce o mandato.   O presidente Lula encarava a presidência do G20 como uma final de campeonato – afinal, desde que eleito, empenha-se em transformar o Brasil em uma potência pacifista e com vocação de forjar consensos internacionais.   A ambição de Lula lembra o treinador brasileiro na Copa do Mundo de 1958, Vicente Feola, enquanto apontava o desenho tático na prancheta e ensinava aos jogadores como derrotar a União Soviética. Foi quando Mané Garrincha indagou: “Seu Feola, o senhor já combinou com os russos?”   Lula obviamente não combinou com os russos, como bem demonstram a crescente guerra econômica dos Estados Unidos contra a China, além do acirramento do conflito militar entre a OTAN e a Rússia.   Com a mesma aparente ingenuidade de Feola, o petista fixou três prioridades para a presidência brasileira do G20: o combate da fome e da pobreza; a reforma da governança global; e a transição energética.   Eventos ocorridos às vésperas da cúpula do G20 complicariam ainda mais os planos, como o retorno de Donald Trump à Casa Branca e o final prematuro do governo de Olaf Scholz, um dos principais defensores do multilateralismo na União Europeia.   Tamanhas dificuldades remetem novamente à Vicente Feola, que teve a astúcia de mudar a formação da seleção no meio da Copa para escalar Garrincha e Pelé juntos, pela primeira vez, contra a União Soviética.    Foi o mesmo que se viu do Brasil na presidência do G20. No momento em que o extremismo de Javier Milei travava o consenso sobre qualquer tema de governança global ou transição energética, Lula abraçou a única pauta da qual é impossível discordar: a luta contra a pobreza e a fome.   O Brasil lançou a “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza” com o objetivo de implementar programas de inclusão social, segurança alimentar e fomento da agricultura familiar em países pobres e de renda média baixa que carecem de políticas sociais bem estruturadas.   Em outras palavras, o Brasil está prestes a facilitar a implementação, a nível global, de políticas públicas já testadas com êxito por aqui, como o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).   Após o Maracanazo representado pelo fracasso das políticas de crédito subsidiado pelo BNDES para países vizinhos, o governo petista exporta o que de melhor produziu na história do país: políticas sociais para a erradicação da fome da pobreza.   Daí porque a presidência no Brasil está passos à frente da Índia, a líder do G20 no ano passado. Em ambas as cúpulas, as declarações finais são anódinas e sem maiores compromissos (metas, prazos, fontes de recursos) entre os participantes.    Mas assim como o Brasil, a Índia foi além e propôs uma “Aliança Global por Biocombustíveis”. Só que a despeito das boas intenções em fomentar a produção e o uso de biocombustíveis no mundo, a Aliança mal tem um plano de ação e segue sem efeitos práticos um ano após o seu lançamento.   Diferente disso, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já conta com 82 países (incluindo a Argentina de Milei) e 24 organizações internacionais, além de 9 instituições financeiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, responsáveis pelos empréstimos com juros baixos, prazos adequados e até mesmo recursos não reembolsáveis para a implementação das políticas de erradicação da pobreza e da fome.   Lá na Copa de 58, o Brasil eliminaria a União Soviética e então avançaria até a conquista do primeiro troféu para o Brasil. Já o técnico Vicente Feola seria lembrado pela maturidade em ajustar a postura da equipe ao longo do campeonato e mesmo das partidas, justo o que teria faltado ao Brasil na derrota de virada para o Uruguai em 50.   Assim é preciso quando ninguém combinou com os russos. Foi a postura do Brasil na presidência do G20.    *Rodrigo de Abreu Pinto é Advogado, filósofo e diretor da Câmara de Comércio Brasil-Portugal   

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São Luiz (por Bruno Moury Fernandes)

É um ritual tão simples e, no entanto, misterioso: um piscar de luzes, um sussurro de vozes que se apagam, a tela que brilha e, de repente, estamos em outro tempo, outro lugar. Nas poltronas ao nosso lado, desconhecidos se tornam cúmplices silenciosos. Em algum momento, nossas respirações se alinham; nossos olhos, fixos na mesma narrativa, fazem parte de uma irmandade de estranhos, unida pelo encanto do cinema. Depois de um silêncio imposto por tempo e reformas, o São Luiz retorna, mais imponente, como uma joia esquecida num baú. E lá dentro está você que um dia viu de olhos arregalados a nave de ET sumir entre as estrelas no céu da infância. Essa tela gigante, que guardava o mistério de outras galáxias e as despedidas implacáveis dos grandes filmes, agora promete um reencontro. Lá está você assistindo aos Saltimbancos Trapalhões, segurando a mão de sua mãe, nesse que é um monumento da nossa cidade. As paredes falam, os lustres brilham e as poltronas vermelhas, alinhadas em respeitosa simetria, esperam pelas novas histórias e por quem queira ouvi-las. Lá, o Recife sonhou acordado, num pacto com o realismo mágico. Viu os heróis, os amores proibidos, os dramas épicos e as comédias que arrancavam risos e, por vezes, até mesmo “vaias poéticas”, como num teatro espontâneo da nossa cultura. Hoje, ao entrar no São Luiz reaberto, o coração do Recife talvez bata diferente. As luzes, os detalhes art déco, os ares de uma Hollywood nordestina misturada com o charme tropical e rebelde que só uma cidade como o Recife possui. E quando as primeiras imagens voltam a bailar na tela, a impressão é de que todos nós voltamos um pouco no tempo — talvez àquele instante em que ET embarcava em sua nave, deixando você e tantos outros com os olhos marejados e a promessa de que o cinema é, sim, um lugar onde a mágica acontece. Cinema não é apenas entretenimento. Aqueles que já foram tocados por ele sabem que é mais. O cinema é um portal, uma máquina do tempo, uma ponte entre mundos. E, no fim, talvez a mágica maior esteja em perceber que toda aquela fantasia que vimos na tela é, de certa forma, nossa própria realidade ampliada, iluminada. Então, chame sua mãe para assistir à próxima grande história projetada na tela do São Luiz, permita-se emocionar de novo. Quem sabe você reencontre aquela criança que chorou ao ver ET partir, mas que hoje, com um sorriso escondido, finge ter maturidade para não se emocionar, enquanto come pipoca, ao lado de quem lhe pariu. *Bruno Moury Fernandes é advogado e cronista, assina mensalmente a coluna Ninho de Palavras

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Hemingway e o mojito: uma história de amor cubana

Ernest Hemingway, o lendário escritor norte-americano, era conhecido por sua paixão por aventuras e por sua vida boêmia. Uma de suas paixões era a ilha de Cuba, onde encontrou inspiração para muitas de suas obras. E foi justamente em Havana que nasceu um dos mais famosos casamentos entre literatura e coquetelaria: a ligação entre Hemingway e o mojito. Um dos locais mais frequentados por Hemingway em Havana era o bar La Bodeguita del Medio. Era lá que o escritor encontrava amigos, saboreava a culinária cubana e, claro, desfrutava de seus mojitos. A fama do bar se espalhou tanto que até hoje ele é conhecido como o berço do mojito Hemingway. A história do mojito se confunde com a história de Cuba. Acredita-se que a bebida tenha tido origem nas plantações de cana- -de-açúcar, onde os trabalhadores misturavam rum, limão, hortelã e açúcar para se refrescar. Hemingway, ao provar a bebida, logo a popularizou entre a elite intelectual e artística que frequentava Havana. Quem sabe não foi inspiração para escrever O Velho e o Mar? OUTBACK TRAZ DE VOLTA A CAMPANHA DAS CANECAS TEMÁTICAS Quem nunca visitou o Outback Steakhouse e sonhou em ter em casa as famosas canecas congeláveis do restaurante de temática australiana? Agora, a partir de 1° de novembro, enquanto durarem os estoques, a nova edição da campanha Canecas Outback, em parceria com a Red Bull, vai presentear os consumidores com quatro modelos colecionáveis e exclusivos. Ao comprar uma Jr. Ribs junto com o Red Bull Tropical Summer Fresh (ou o Chopp do Outback), os clientes poderão escolher seu modelo favorito. Além disso, esse ano, a Caneca Outback quer fazer todo mundo comemorar em dobro: junto com a caneca, os clientes ganham uma raspadinha que dá acesso a um sorteio que pode render prêmios como itens do menu do Outback de cortesia e até jantares de R$ 500. CALDINHO, UMA PAIXÃO RECIFENSE O caldinho, para além de um simples prato, é um símbolo da cultura e da identidade recifense. Presente nos cardápios de bares e restaurantes, vendido por ambulantes nas praias e apreciado por moradores e turistas, essa iguaria conquistou um lugar especial no coração dos pernambucanos. Sua origem é incerta mas acredita-se que tenha surgido como uma forma de aproveitar os restos de feijão e outros ingredientes, transformando-os em um prato saboroso e nutritivo. Com o tempo, o caldinho foi se sofisticando, ganhando novos ingredientes e sabores, até se tornar o prato que conhecemos hoje. Com isso o caldinho tornou-se um dos protagonistas da culinária de rua do Recife. É comum encontrar vendedores ambulantes oferecendo diversas opções de caldinho nas praias, eventos e feiras, sendo tradicionalmente servido com acompanhamentos como charque, camarão seco, coentro e torresmo. Além do tradicional caldinho de feijão, existem diversas outras variedades, como caldinho de carne seca, de camarão, de peixe, passando por cebola e jerimum com charque. Por tudo isso ele é muito mais do que um simples prato. Ele é um símbolo da cultura recifense, um sabor que evoca memórias e que une pessoas. Se você ainda não teve a oportunidade de provar um bom caldinho, não deixe de experimentar essa iguaria que faz parte da alma pernambucana.

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Recifense Simony César recebe maior prêmio da América Latina para inovação social

Fundadora da Super NINA, Simony recebeu o Prêmio Empreendedor Social 2024, por iniciativa que combate assédio no transporte público. A plataforma já é política pública em Fortaleza. Foto: elipe Iruatã/Folhapress Simony César, empreendedora nascida no bairro de Dois Unidos, no Recife, foi a grande vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2024 na categoria “Soluções que Inspiram”. A cerimônia aconteceu no Theatro Municipal de São Paulo e reuniu iniciativas de impacto social de todo o Brasil. Fundadora da Super NINA, uma startup que utiliza tecnologia para mapear e combater o assédio na mobilidade urbana, Simony destacou a urgência de criar cidades mais seguras para as mulheres, especialmente para as negras e periféricas, que são as mais afetadas pela violência nos deslocamentos urbanos. A Super NINA já é implementada em Fortaleza, onde integra o aplicativo “Meu Ônibus” e um canal de denúncias no WhatsApp. O trabalho é pautado em gerar dados que empresas, governos e instituições necessitam para garantir segurança e inclusão para todos nos espaços urbanos. A tecnologia gerou mais de 3 mil denúncias em 18 meses, contribuindo para a instalação de câmeras, iluminação estratégica e Wi-Fi em pontos críticos da cidade. “Estamos nos colocando como uma resolução de fornecimento de dados, tornando as cidades mais humanas e inteligentes”, afirmou Simony, reforçando o impacto transformador da plataforma em políticas públicas e no desenvolvimento de cidades inteligentes. Além de destacar o pioneirismo da Super NINA, Simony também celebrou a conquista pessoal em um setor tradicionalmente dominado por homens e pessoas brancas.“Receber o maior prêmio do empreendedorismo social na América Latina é uma honra e só aumenta nossa responsabilidade. Os setores de mobilidade e tecnologia no Brasil são majoritariamente aristocratas, brancos e masculinos. Então, o primeiro papel que eu estou cumprindo aqui é quebrar um padrão. Ao mesmo tempo que é uma grande responsabilidade que carrego, sinto que a partir daqui eu posso deixar caminhos abertos para que mais mulheres possam ocupar os mesmos lugares que eu consigo ocupar atualmente. Se a NINA ajudar a formular uma política de iluminação pública, já é um poder gigante. Estamos falando de garantir o direito de ir e vir para todas as mulheres” declarou Simony César. O QUE É A NINA? A Super NINA é uma tecnologia inovadora que transforma a mobilidade urbana em um ambiente mais seguro e inclusivo. A plataforma estimula a realização de denúncias de assédio, registrando e cruzando dados por meio de inteligência artificial. Com um painel de controle seguro e eficiente, permite melhor geolocalização dos usuários, além de orientar vítimas e testemunhas no protocolo de atendimento. A ferramenta também é desenvolvida em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade dos dados dos usuários. Além das soluções tecnológicas, a Super NINA oferece treinamentos e consultorias para instituições públicas e privadas, preparando equipes para prevenir e enfrentar casos de violência de gênero de forma coletiva. Essa abordagem visa não apenas combater o assédio, mas também incentivar o desenvolvimento sustentável de cidades e grandes eventos, promovendo qualidade de vida e tornando os cidadãos protagonistas na construção de ambientes urbanos mais humanos e seguros. ServiçoA Super NINA pode ser integrada a aplicativos de mobilidade e oferece treinamentos para instituições públicas e privadas. Saiba mais no site superninamob.com e no Instagram @superninamob.

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Pães e Delícias, de Caruaru, conquista o Prêmio Baker Top 2024

Padaria é reconhecida entre as 100 melhores do Brasil pela 10ª vez consecutiva A Pães e Delícias foi premiada com o Baker Top 2024, considerado o “Oscar das padarias”. A premiação, que destaca as 100 melhores padarias do Brasil, reconhece a excelência e a qualidade dos produtos e serviços no setor de panificação e confeitaria. Organizado pela revista Padaria 2000 desde 1997, o Baker Top é a mais prestigiada premiação do segmento em todo o País. Com duas unidades em Caruaru, a padaria é uma empresa familiar que ganhou e fidelizou o público na cidade, com uma operação que agrega ainda restaurante e confeitaria. Um dos destaques da casa, por exemplo, é a linha dos pães orgânicos. O empresário e fundador do negócio, Elijames Laureano, afirma que receber o Baker Top é motivo de grande orgulho para a Pães e Delícias. “Essa premiação consagra o trabalho artesanal de qualidade e o comprometimento diário intuito de oferecer alimentação de excelência, desde a aquisição da matéria prima a condução e manuseio dos produtos para a mesa do cliente”, comemora o empresário, trazendo para Caruaru mais um Baker Top.

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