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Colunistas

O cérebro morre cedo

É verdade! Sob o aspecto neurológico, o cérebro humano começa a morrer aos 27 anos. Uma descoberta feita na Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, mostra que ele atinge o auge aos 22 anos, fica estável até os 27, e a partir daí começa a desmoronar. Aos 30 anos, várias funções do cérebro já estão bem mais fracas. Do ponto de vista evolutivo, o “trintão” já deveria ter se reproduzido e completado seu ciclo de vida. MISTÉRIOS DA MEGA-SENA Quando você joga uma aposta simples da Mega-Sena tem uma chance de acertar em 50 milhões. Em percentual, isso equivale a 0,000002% de possibilidade. Também significa repetir a mesma face da moeda 25 vezes seguidas num jogo de “cara ou coroa”. E mais: tem seis vezes mais probabilidade de morrer num acidente de avião e 12 vezes mais de ser fulminado por um raio. O MOTIVO DA LAMBIDA O cachorro lambe para demonstrar afeto. A vida do cão já começa com uma lambida da mãe. Daí o animal começa a relacionar o ato ao sentimento de afeto. Quando o cachorro lambe sua mão está dizendo: “Eu gosto de você!” O PREÇO DO BANDIDO Em Pernambuco, o custo com um preso é oito vezes maior do que com um aluno da escola pública. O encarcerado custa ao Estado R$ 3,5 mil ao mês. MAIS ÁGUA NO CHUVEIRO Chega ao mercado ainda este ano o chuveiro Nebia. Ele consome menos 70% de água. Um banho de cinco minutos, que gasta 48 litros, nele derramam apenas 14. O Nebia faz esse milagre através de um sistema que pulveriza a água em forma de gotículas, aumentando em dez vezes a área de contato dela com o corpo. Essa belezura vai chegar custando US$ 399.

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Em tempos de mosquito

Entre as mazelas socioeconômicas que assolam a região somam-se agora a seca, uma das mais implacáveis dos últimos anos, e o agravamento e ampliação das doenças de veiculação hídrica transmitidas pelo Aedes aegypti (quatro tipos de dengue, chicungunha e Zika). Isso representa um retrocesso nos ganhos de saúde obtidos por todos nós nos últimos 20 anos. As doenças veiculadas pelo mosquito atingiram com mais intensidade Pernambuco e dentro do Estado, Recife por razões que ainda não foram suficientemente explicadas pelas autoridades sanitárias. Este artigo examina os avanços obtidos pela área de saúde no município e argumenta como esses ganhos podem ser comprometidos pelas doenças transmitidas pelo mosquito. Destaca também os elevados custos econômicos e sociais, presentes e futuros, dessa epidemia. As componentes longevidade e saúde dos indicadores de desenvolvimento social, respectivamente IDH-M e Índice FIRJAN, indicaram que houve avanço na situação da saúde no Recife. Redução da mortalidade infantil e da mortalidade até 5 anos ampliaram a expectativa de vida dos recifenses para 75 anos, especialmente se sobreviverem às mortes violentas por causas externas que atingem sobremodo os jovens, especialmente pretos e pardos, de 15 a 29 anos de idade, A mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) no Recife caiu 63,5% entre 1991 e 2010. Dados para o período 2010-2013 (Datasus) mostram que o avanço permanece, embora mais timidamente. A queda na mortalidade infantil tem várias causas, mas destacam-se a melhoria dos serviços de pré-natal e neonatal e a maior cobertura dos programas de vacinação e da saúde da família. A melhoria dos serviços de saneamento é essencial para dar continuidade a esse avanço porque reduz as doenças infectocontagiosas de veiculação hídrica. Nesse particular Recife apresenta muitas vulnerabilidades não só pelo racionamento na adução de água limpa que leva a população a estocá-la de forma imprópria, mas também pela dificuldade na remoção de água suja e de resíduos sólidos que constituem habitat ideal para os vetores dessas doenças. Poderá haver uma maior rigidez à queda da taxa de mortalidade infantil, se não uma inflexão, em função da ocorrência de microcefalia decorrente da zika que conduz à morte, em alguns casos, ou ao comprometimento neurológico e cognitivo do recém-nascido de forma permanente. Avanço ainda mais significativo observou-se para a taxa de mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos). Essa taxa caiu mais de três quartos entre 1991 e 2010. Dados para o período 2010-2013 (Datasus) mostram que a tendência à queda continua. Usualmente quem sobrevive até os 5 anos e, posteriormente, à idade em que situações adversas geram alta mortalidade por causas externas, consegue viver até a velhice. Já a razão de mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos) é alta e crescente, evidenciando deficiências nos cuidados materno-infantis, usualmente associados à insuficiente atenção pré e neonatal que têm agora de ser reforçada pela presença do zika. Uma queda mais acentuada da mortalidade infantil e o combate à mortalidade materna requer maiores cuidados da atenção básica à saúde, especialmente neste momento em que a doença adquire caráter epidêmico. Além dos gastos, em tempos de crise fiscal, que o combate ao mosquito traz para o setor público, os custos sociais e privados são elevados tanto no presente quanto no futuro porque uma geração de crianças nascidas e comprometidas com microcefalia vão exigir das famílias recursos, cuidado e atenção por toda a vida. Governo e sociedade têm um novo e grave desafio pela frente.

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Pensar magro em 2016

Quando me perguntam sobre as perspectivas econômicas para o País, digo que, se fosse parlamentar, proporia uma emenda para incluir na Constituição a obrigatoriedade de ocorrência de uma crise intensa, no máximo, a cada 10 anos. Faço essa brincadeira porque, na prática, desde o Plano Real, em 1994, há mais de 20 anos, portanto, que não vivemos uma crise tão extensa e profunda, nem tão exigente para as empresas e famílias, como a atual. E, por conta disso mesmo, ocorreu uma espécie de “surfe na bonança”. As pessoas, de um modo geral, se acostumaram a gerir os ambientes familiares e empresariais com o “vento a favor”, sem grandes restrições externas. E isso, de certa forma, nos desacostumou da austeridade. O resultado foi, com certeza, no âmbito empresarial, um certo acúmulo de “gordura” que agora, na época das “vacas magras”, precisará ser revisto e reorientado. Esse é, certamente, se é que se pode dizer assim, o lado bom da crise: a necessidade de fazer mais com menos. De ser mais consequente, econômico e produtivo, seja do ponto de vista familiar seja, sobretudo, do ponto de vista empresarial. Essa é a própria essência da produtividade: utilizar da melhor maneira possível os recursos disponíveis (financeiros, humanos, materiais etc.), sem desperdício, procurando tirar-lhes o proveito máximo. Se conseguirmos fazer isso, a crise exercitará o seu papel pedagógico e quando ela passar, todos estaremos mais enxutos, mais eficientes, menos perdulários, em suma, mais competitivos. Tanto individualmente quanto coletivamente já que o País também estará mais eficiente e com os pés mais assentados no chão. Com certeza, nada disso é fácil de executar e requer pelo menos determinação, confiança e foco. Determinação para fazer o que precisa ser feito, por mais exigente que seja; confiança na recuperação quando a crise passar, por mais distante que pareça em determinados momentos; e foco naquilo que é essencial à sobrevivência, por mais difícil que seja fazer as escolhas certas. É verdade que se trata de um esforço mais de natureza mental do que de qualquer outro tipo já que para fazer diferente é preciso pensar diferente. No caso, “pensar magro”. Em muitas situações, reaprender a “pensar magro”. É isso aí! Saúde, sucesso e boas decisões “magras” em 2016!

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Nos tempos do inquisidor (parte 2)

Naqueles anos finais do século 16 a próspera Vila de Olinda, sede da capitania de Pernambuco, era habitada por uma sociedade onde havia uma grande ausência de mulheres brancas, pois os portugueses em sua grande maioria deixavam suas mulheres legítimas em Portugal continental, aventurando-se viajar sozinhos em busca da fortuna em terras do Novo Mundo. Aos olhos do visitador da Mesa da Inquisição de Lisboa, Heitor Furtado de Mendoça (sic), chegado a Pernambuco em setembro de 1593, vão sendo desnudados os pecados daquela população, sobretudo os cometidos na intimidade dos lares, na luz soturna das alcovas, que davam lugar ao cometimento usual do pecado da carne, representado pelas relações extraconjugais (responsáveis por uma população de filhos bastardos), pela prática da poligamia, da sodomia (então chamada de pecado do nefando) e do lesbianismo; além da feitiçaria e culto judaico. Com tamanha falta de mulheres brancas, as jovens casavam logo na entrada da puberdade (com 12, 13 e 14 anos), e logo se enchiam de filhos. Das oito filhas da judaizante Branca Dias e do seu marido Diogo Fernandes, por exemplo, somente uma, por não possuir o uso da razão (Beatriz Fernandes), permaneceu solteira. O mesmo acontece com as muitas filhas de Jerônimo de Albuquerque, cunhado do donatário Duarte Coelho, naturais e legítimas, que vieram a fazer grandes casamentos. Da lista de sua descendência aparecem genros da mais alta estirpe: dois fidalgos e quatro portugueses bem-nascidos. A educação dos rapazes ficava a cargo do Colégio dos Jesuítas e dos Beneditinos, enquanto as moças eram educadas por professores particulares como Branca Dias e Bento Teixeira; este último autor da Prosopopea, que veio a ser o primeiro poeta a ter seu nome impresso em letra de forma no Brasil (1601). Ao contrário dos séculos que se seguiram, as mulheres não viviam tão segregadas, algumas delas chegavam a passar “toda à tarde na sua janela e sem trabalhar, à vista dos que passavam”; como Inês Fernandes, denunciada em 22 de novembro de 1593. Havia outras que praticavam, com regularidade, o exercício da leitura, como Maria Álvares e Inês Fernandes, “que costumavam estar aos sábados deitadas numa rede lendo por livros sem fazer nenhum serviço”. Naquele mundo povoado de magias, era comum a existência de feiticeiras, como Ana Jácome, denunciada em 29 de outubro de 1593, por ser dado a feitiçarias “capazes de matar as criancinhas recém-nascidas”. Lianor Martins, a Salteadeira, é denunciada, em 22 de novembro do mesmo ano, por trazer consigo “um buço de lobo e uma carta de Santo Erasmo, juntamente com uma semente que ela com outras suas amigas fora colher numa noite de São João, com um clérigo revestido, as quais coisas dizia fazer querem bem os homens às mulheres”. Da imensa lista, não poderiam faltar as chamadas mulheres do mundo (prostitutas), que praticavam a mais antiga das profissões, como Lianor Fernandes e Maria Almeida, a Flamenga, não faltando as que regularmente eram flagradas em adultério, como Isabel Bezerra e Clara Fernandes, que, na ausência dos maridos, “dormiam com quem lho pediam”. Nada escapava aos ouvidos do inquisidor que, como seu poder supremo, ia devassando os mais recônditos comportamentos mediante uma cadeia interminável de confissões e denunciações dos residentes na localidade intimados a comparecer à Mesa Inquisitorial mediante ameaças dos mais terríveis castigos. Assim surgiam casos de prática de lesbianismo, como as de Clara Fernandes com a sua escrava (4.11.1593), assim como Maria Lucena, mulher de Antônio da Costa (6.11.1593) ou Maria Rodrigues, que é flagrada por um vizinho em colóquio com a adolescente Ana “fazendo uma com a outra como se fora homem com mulher” (10.11.1593). O sapateiro Lessa, “homem alto de corpo e de uns bigodes grandes” que morava numa casa térrea próxima ao Recolhimento da Conceição, era dado à prática da pedofilia, sendo por isso denunciado por um rapaz de 15 anos, de nome João Batista, originário da Ilha da Madeira, que em certa tarde fora à sua oficina buscar um par de chinelas, ocasião em que foi atacado pelo sapateiro que, à força, tirou-lhe o calção e tentou possuí-lo (27 de maio de 1594). Baltazar Lomba foi acusado por Francisco Barbosa de cometer pecado de sodomia com outros índios e com um negro de nome Acahuy. O denunciado é descrito como “um homem solteiro, já velho de alguns 50 anos que costuma coser, fiar e amassar como mulher” (12 de janeiro de 1595). Os casos do cometimento do coito anal (pecado nefando) torna-se frequente entre pessoas do sexo masculino, não faltando, porém, a prática da sodomia entre casais, como a que releva, em 9 de dezembro de 1594, Manuel Franco, 43 anos, com sua mulher Ana de Seixas: “Está casado com a dita mulher e que haverá ora 12 anos e meio, pouco mais ou menos, que, uma noite, estando ele farto de ceia e vinho, cometeu a dita sua mulher por detrás com o seu membro viril, entrou e penetrou dentro no vaso traseiro dela..” Eram comuns os casos de bigamia, alguns deles chegando a notoriedade, como o de Antônio do Valle que, sendo casado em Estremoz (Portugal), voltou a contrair núpcias no Brasil com a filha de Jerônimo Leitão, capitão e governador da capitania de São Vicente (São Paulo). Outro bastante citado nos autos da Inquisição em Pernambuco é a figura do rico mercador João Nunes Correia, “uma das maiores fortunas existentes em Pernambuco nos últimos anos do século 16”; segundo José Antônio Gonsalves de Mello, fora ele por duas dezenas de vezes denunciado à mesa do Santo Ofício. Cristão-novo, nascido em Castro Daire, dizia modestamente “não ter ofício e viver nesta terra por sua fazenda limpamente com quatro cavalos na estrebaria”. Dentre as muitas denúncias que o imputaram uma veio escandalizar os inquisidores, segundo o escrivão do Santo Ofício, correu o mundo “pela boca de todos, altos e baixos, honrados e plebeus, religiosos, nobres e melhores da terra e toda a mais gente e o povo”, Em resumo o capitalista João Nunes vem a ser denunciado por um pedreiro, que estando a retelhar

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Que frio!

A mulher que trabalha em escritório sente mais frio do que o homem que atua no mesmo ambiente. Sabe o motivo? A temperatura nos ambientes de trabalho é adequada ao metabolismo de homens de 40 anos. Esse modelo foi definido por um grupo de engenheiros americanos nos anos 1960 e não mudou mais. Como geralmente as mulheres são menores e têm mais tecido adiposo, seu metabolismo é mais lento. É aí que está a razão para sentir mais frio. ALUGUEL Pode ter quem não se espante com isso, mas eu, como diz um amigo de Limoeiro, fico “incrível”. O aluguel de um apartamento num condomínio fodão de São Paulo está valendo R$ 150 mil por mês. Lembre-se: eu disse aluguel! Se lhe interessar procure a imobiliária Anglo Americana, que é especializada em imóveis de alto padrão. E TOME PERNA A americana Holly Burt, 20 anos de idade, diz que se tornou irresistível para os homens quando começou a exibir suas gigantescas pernas de 1 metro e 26 centímetros de comprimento. Ela tem 1 metro e 98 centímetros de altura. Essa é a mulher ideal pra dar chute na bunda de cabra ruim, sem nem precisar chegar muito perto. OS RICOS DE PERNAMBUCO Na última relação da revista Forbes Brasil, Pernambuco apresentou quatro bilionários. Pela ordem de fortuna: Ricardo Brennand, Queiroz Galvão, Janguiê Diniz e Paulo Sérgio Macedo.

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Brilho feminino

Glorinha Aguiar é uma legenda no nosso mundo empresarial. Sua Glorinha Boutique acaba de comemorar 50 anos de marcante presença no setor da moda feminina, uma marca que atualmente poucas empresas conseguem atingir. Além disso, tem lojas de outras grifes e atua no turismo, através da Sevagtur e não perde uma chance de viajar pelo mundo. Dona de um grande círculo de amizades, tem também destacada atuação no Rotary, sendo a vice-presidente do Rotary Casa Amarela. E está sempre muito elegante nos principais eventos sociais. CONSTRUÇÃO A rede internacional de materiais de construção, a Leroy Merlin, que tem 33 lojas no Brasil, faz prospecção para abrir uma filial no Recife, uma das três que projeta para nossa região. CAMPANHA A eleição municipal do próximo ano será muito difícil, financeiramente falando, para os candidato em razão da proibição de doações empresas e da crise financeira que impedirá muitas pessoas físicas de contribuir com as campanhas. Residência O Recife ficou fora da primeira fase do processo seletivo para residência médica no Hospital Sírio-Libanês. Teremos provas em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Belém. A casa de Tânia Tânia Konrad Emerenciano, que sempre atuou nos restaurantes do seu pai, Julião Konrad, está fazendo sucesso no mundo do comércio. Criou a Casa, loja de artigos finos e exclusivos para casas, que começou no RioMar e agora ocupa um belo espaço na entrada do Shopping Recife, que tem inclusive um charmoso café. O desafio da R2 Os irmãos Alexandre e Maurício Rands assumiram o desafio de comandar o Diario de Pernambuco, jornal que acaba de completar 190 anos. E chegam com muito entusiasmo para a tarefa, com a experiência de Alexandre no setor empresarial, com a Datamétrica, e Maurício, com carreira vitoriosa na advocacia, magistério e política e que agora dedica tempo integral ao DP e às aulas como professor da Faculdade de Direito. A equipe tem também Guilherme Machado, como vice-presidente executivo. APESCE Durante o almoço de confraternização da Associação Pernambucana de Shoppings Centers (Apesce), no Mingus, Sérgio Moury e Luciano Moura, diretores da revista Algomais, assistiram à apresentação do presidente da associação Paulo Carneiro sobre o balanço do setor O que se comenta... ...por aí QUE Carlos Augusto Lira será o responsável, mais uma vez, pela decoração do Carnaval do Recife. QUE em função da crise muitos espaços da cidade desistiram de fazer festa de réveillon. QUE Drayton Nejaim Filho vem fazendo um bom trabalho à frente do Lide Pernambuco. QUE Antônio Campos trabalha intensamente nos bastidores para consolidar sua candidatura à Prefeitura de Olinda. QUE Marcelo Mayer tem um ousado plano de expansão da Frisabor, com franquias em vários Estados do Nordeste.

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Estão voltando as flores no Recife

Ao encerrar a palestra deste ano que fiz para os quase 700 clientes e amigos da TGI no evento de lançamento da Agenda TGI 2016, no teatro do RioMar, dia 30 de novembro (ver matéria nesta edição), coloquei para tocar o samba canção Estão Voltando as Flores, de Paulo Soledade, com a finalidade de ilustrar uma sequência de fotos minhas tiradas de flores na cidade do Recife. Com isso, quis potencializar a metáfora da breve primavera (que vai oficialmente até 21 de dezembro) e do verão (22 de dezembro a 20 de março) recifenses, período mais seco da nossa cidade, em que explodem as cores das flores nos espaços públicos ou vistas deles. Ipês (paus d’arco) amarelo e roxo, flamboyants, buganvílias, jasmins-vapor, pau brasil (flor amarela belíssima!) e outras flores de que não sei o nome, são vistas em todos os lugares como, por exemplo, no canteiro da Avenida Agamenon Magalhães, e nos jardins públicos e de inúmeros edifícios e residências. Conta a lenda que Paulo Soledade (1919-1999), paranaense radicado no Rio de Janeiro, compôs a música na cama do hospital em que, convalescente, recebeu do médico a notícia de que tinha finalmente conseguido superar a grave doença de que fora acometido. Daí, a exaltação à vida que encontramos nos versos: “Vê, estão voltando as flores! / Vê, nessa manhã tão linda! / Vê, como é bonita a vida! / Vê, há esperança ainda!”. Com as flores e a música, convidei os presentes a, mesmo no período mas seco e mais quente da cidade, apreciarem como compensação o que a natureza oferece em troca na forma de delicadeza e cores, fazendo analogia com a crise que acomete o País e o Estado, pois deve ser justamente no primeiro trimestre do próximo ano que ela se apresentará mais dura. Deve ser o “fundo do poço” ou o “vale” da crise de que falam os economistas. O mesmo faço para os leitores aqui neste último artigo do ano: vamos olhar as flores do Recife! Elas estão por aí nos surpreendendo quase que a cada esquina. Com a sua visão podemos suportar melhor a secura e as temperaturas mais altas, bem como os efeitos da crise, renovando a energia para o trabalho duro que precisaremos continuar fazendo para sobreviver a ela. Como compôs Paulo Soledade, 2016 não está perdido como dizem por aí: “Há esperança ainda!”. A esperança da superação pelo trabalho e pela visão das flores. Vamos sobreviver! Bom 2016!

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No tempo do Inquisidor (Parte 1)

No século 16, a Vila de Marim, como era chamada nos seus primeiros anos a Vila de Olinda, encontrava-se entre os mais importantes aglomerados urbanos da América Portuguesa. Com seu belo casario branco em pedra e cal, situada sobre cinco colinas (montes moderados no dizer de Loreto Couto), com as torres de suas igrejas e mirantes de seus sobrados sobressaindo-se do arvoredo, era um verdadeiro espetáculo aos olhos do mais frio observador. No dizer de Rodolfo Garcia, “um deslumbramento, uma miragem encantadora que jamais se apagará da memória de quem um dia logrou a ventura de presenciá-la – a vista do mar”. Até mesmo um circunspecto naturalista alemão, o professor Konrad Guenther, que por uma temporada foi hóspede do Mosteiro de São Bento, descrevia o mar de Olinda semelhante a uma pedra preciosa multifacetada. “O mar muda de colorido conforme os reflexos da luz: uma orla violeta debrua o horizonte, listas da mesma cor riscam o espelho verde, aqui cintilações rubras, ali azuis – parece que todas as cores do arco-íris se derramam sobre o horizonte”. Teria sido essa primeira imagem que o visitador Heitor Furtado de Mendoça (sic) vislumbrou de Pernambuco, quando de sua chegada em setembro de 1593. Mas o “olhar” devassador da Inquisição não estaria tão somente saciado com as cores do arco-íris, que tomavam de encanto os horizontes de Olinda, mas procurava por recantos mais obscuros da alma humana, o lusco-fusco do comportamento das pessoas, a intimidade das alcovas, o silêncio dos lares, os pecados cometidos nas mais recônditas camarinhas. Assim surgem do interior dos lares daquela pacata sociedade elementos reveladores da origem das imensas proles de filhos, legítimos e naturais, gerados nas alcovas ou mesmo nas senzalas, muitos deles a céu aberto, naquele ambiente luxuriante, povoado por mulheres brancas, negras seminuas e índias nos trajes que vieram ao mundo. Um paraíso onde não existia a noção do fruto proibido, ou, como justificava Caspar van Baerle (1647): ltra aequimocialem no pecari. Melhor traduzindo: Não existe pecado abaixo do Equador. Assim era o comum em todos os lares, e com mais intensidade, nas famílias de maior destaque, o pecado da carne. A poligamia tomava conta da sociedade, somente o cunhado do primeiro donatário, Jerônimo de Albuquerque, falecido em 1593, aparece nos autos das Denunciações como pai de 26 filhos, dos quais apenas 11 eram originários de sua mulher legítima. O exemplo do Adão Pernambucano, como veio a ser tornar conhecido, é seguido por outros povoadores do seu tempo, que assim contribuíram para o crescente número de mamelucos, originários de uniões com as índias da terra, e até mulatos filhos de suas escravas. Nas Denunciações aparecem os filhos naturais de D. Filipe Moura, que fora governador da capitania (1593-1595), Rodrigo Lins e o próprio Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania, aparece como pai de Manuel d’ Oliveira. Em depoimento prestado por Manuel Álvares, um criado da casa da viúva de Duarte Coelho, D. Brites Albuquerque, aparece ele como sendo um “mameluco que dizem ser filho bastardo de Jorge de Albuquerque com uma índia mestiça deste Brasil” (15.11.1593). No dizer de Francis Dutra a indiscriminada atividade sexual dos portugueses com índias nativas e até com escravas da África, já denunciada nas cartas jesuíticas, permitiu concluir que, desde o filho mais novo do primeiro donatário ao mais insignificante degredado, os portugueses foram pais de gerações de mestiços. Preocupou-se também o primeiro inquisidor com a constatação de ritos e práticas judaicas, que viriam denunciar a presença de judeus em nossa sociedade colonial. Dos vários depoimentos surgem os nomes de Branca Dias e de seu marido Diogo Fernandes, proprietários do engenho Camaragibe, ambos falecidos antes da Visitação. Tinham eles em suas terras uma sinagoga familiar, na qual festejavam as principais festas do calendário judaico, como o Iom Kipur e o Roshashaná, ou seja, o Dia do Perdão e o Ano Novo Judaico. Era Branca Dias professora de meninas, a quem ensinava ler, bordar e outros ofícios do lar, sendo elas, já adultas, as suas principais denunciantes.

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Recife desigual

Pobreza e desigualdade são dimensões distintas do status socioeconômico de uma cidade. A pobreza tem caído no Recife tanto como resultado do crescimento econômico que aumentou, em termos reais, a massa salarial, quanto pela ação de políticas públicas que transferiram renda para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade. Todavia, a pobreza pode cair sem ser acompanhada por um declínio na desigualdade de renda. Em tese uma sociedade pode reduzir a pobreza absoluta, mas aumentar a desigualdade. Esse é o caso do Recife. De fato, a desigualdade de renda medida pelo Índice de Gini -que varia entre zero e a unidade sendo tanto maior quanto mais próximo de 1 - cresceu discretamente durante o período 1991-2010 (de 0,67 para 0,68), constituindo-se, no último ano, em índice superior à média brasileira (0,60), à da própria Região Metropolitana-RMR (0,64) e às de Salvador (0,63) e Fortaleza (0,61). Na verdade, o Recife foi na contramão da tendência nacional que vem reduzindo a desigualdade desde 1995, especialmente devido aos ganhos derivados da educação e da estabilidade do nível de preços. A proporção de renda apropriada por frações da população ocupada é outro indicador de desigualdade. Calcula-se o percentual de apropriação da renda pelos 20% mais ricos e pelos 40% mais pobres. Esses números para o Recife, em 2010, foram, respectivamente 72,5%, e 6,2%. Ambos cresceram durante o período 1991-2010. Neste último ano, o percentual do Recife de renda apropriada pelos 20% mais ricos foi o maior quando comparado com o do País, da RMR e das outras duas maiores cidades do Nordeste, como já referido acima, enquanto que, para os 40% mais pobres, foi o menor. Entre os fatores que afetam a desigualdade, a educação é um dos principais, mas destacam-se outros tais como as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho e a forma como se dá essa inserção. No caso brasileiro, as diferenças educacionais respondem por cerca de 40% das diferenças de renda. O Recife tem, ao mesmo tempo, um percentual elevado de pessoas que concluíram o curso superior –em comparação com outras cidades nordestinas e a média do País- mas acumula, ao mesmo tempo, resultados insatisfatórios no ensino fundamental, além de deficiências graves de cobertura na educação infantil. Existe também um mecanismo perverso de reprodução da desigualdade. Neste sentido, observe-se que, em 2010, o percentual de crianças em domicílios que não tinha ninguém com o ensino fundamental completo foi de 22,7%. Esse número revela que além dos problemas correntes que afetam a escola, o ambiente familiar não oferece estímulos para uma educação de boa qualidade. A tendência, nessas condições, é para a falta de educação se tornar um instrumento de transmissão intergeracional da desigualdade, mecanismo que o bolsa-família – se atendidas eficazmente as condicionalidades- objetiva suprimir. Uma das características do Recife é a informalidade, estando presente em várias das dimensões da cidade, do mercado de trabalho aos negócios passando pela habitação. A informalidade, um dos determinantes da desigualdade e entendida como exclusão de pessoas da rede de proteção social, situava-se, em 2010, no Recife, em 34%. A pobreza é um conceito absoluto e a desigualdade relativo. A desigualdade coloca lado a lado a afluência com a carência. É duro ser pobre, mas é pior ser profundamente desigual com o seu vizinho. E Recife é uma cidade onde pobreza e riqueza convivem proximamente. Em média, uma favela não está a mais de 1 km de uma área afluente da cidade. A alta e crescente desigualdade é uma marca indesejável do Recife. Eis um desafio! (Por Jorge Jatobá)

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Brilho Feminino

Ana Cecília Santos Leal é um dos destaques do nosso mundo social. Hoje, está dividida entre o Recife e São Paulo, mas mantém sua atividade empresarial no Recife, junto com a educação dos filhos Pedro, Antônio e Júlia. Durante muito tempo comandou o Club Du Vin, de tão boas lembranças, e agora está à frente da representação do designer de joias Antônio Berardo e do espaço infantil Pé de Moleque. É também uma figura elegante e simpática, muito querida pelos amigos. A nova criação de César Santos César Santos, o chef pernambucano que é referência na gastronomia nacional, comemora os 23 anos do seu restaurante Oficina do Sabor, em Olinda, lançando um novo Prato da Boa Lembrança, usando frutos do mar. É um dos espaços que se tornou visita obrigatória dos turistas que visitam nosso Estado. Sem jatinho Nas suas constantes idas a Brasília, em busca de recursos para o Estado, Paulo Câmara utiliza voos de carreira, jatinho só em ocasiões especiais, em que se vê obrigado a viajar de urgência. Na maioria das idas ao interior, vai, com seus assessores de van. Nunca de helicóptero, que o governador confessa ter medo. Construção A rede internacional de materiais de construção Leroy Merlin, que tem 33 lojas no Brasil, faz prospecção para abrir uma filial no Recife, uma das três que projeta para nossa região. Raquel Lyra será candidata Raquel Lyra continua fazendo um elogiadíssimo trabalho como presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, enquanto se movimenta nos bastidores para ser candidata a prefeita de Caruaru. Vai disputar o pleito, preferencialmente pelo PSB, mas pode optar por outra legenda, caso não seja a escolhida pelo seu partido. Futebol O governo do Estado já decidiu que o programa Todos com a Nota, que distribuía ingressos para jogos do Campeonato Pernambucano, acabou definitivamente. Trânsito Os acidentes automobilísticos já são a quinta causa de morte no Brasil, mais que a marca mundial, onde está em nono lugar. E outros países, como a África do Sul, Tailândia e Rússia têm problemas com o grande número de acidentes com motos. Internacional Gustavo Krause confessa que o direito internacional foi a matéria que mais o atraiu na Faculdade de Direito do Recife. E brinca: "é o único ramo do Direito que conheço."

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