(Da Cepe)
A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) realiza a exposição Semprenunca fomos modernos até o dia 25, no Museu do Estado. São 109 obras baseadas no livro Pernambuco Modernista, do jornalista e antropólogo Bruno Albertim – editado pela Cepe e lançado este ano.
Com curadoria assinada pelo diretor do Mepe, Rinaldo Carvalho, ao lado de Bruno Albertim, da historiadora Maria Eduarda Marques e da especialista em Artes Visuais Maria do Carmo Nino, o objetivo desta exposição é trazer novas narrativas visuais, inclusivas, diversas e plurais sobre a arte moderna no Estado.
As obras se distribuem em núcleos argumentativos, desde os primórdios do modernismo pernambucano, com Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias e Vicente do Rêgo Monteiro, no início do século 20, até meados dele, com Francisco Brennand, Tereza Costa Rêgo, José Cláudio e Guita Charifker, até chegar aos modernistas contemporâneos. “São artistas do século 21 que socialmente fazem parte de grupos invisibilizados, como mulheres, negros e pessoas trans, que até pouco tempo não tinham o direito de escrever a história visual de Pernambuco”, resume Bruno.
O curador define este último grupo como vozes dissonantes, mas que confirmam filiação a partidos estéticos e éticos muito caros ao modernismo pernambucano. “Sobretudo com o figurativismo e a adoção de uma paleta de cores que traduz a luz local. Além da revisitação às questões de identidade”, explica o curador, citando nomes como Clara Moreira, Fefa Lins, Juliana Lapa, Max Mota e Diogum. A exposição ocupará todas as galerias do Mepe e o Centro de Documentação Cícero Dias – Biblioteca do Mepe.