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Cultura e história

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The White Lotus: em qual lado da moeda você está: Daphne ou Harper?

*Por Beatriz Braga Impossível assistir Daphne e permanecer alheio a ela. Impossível assistir The White Lotus 2 e não questionar-se em qual lado do termômetro Daphne-Harper você vive. De um lado, Daphne figura uma versão adulta de pollyana: "eu conheço o mundo e o vejo todo colorido". Com uma inegável esperteza, ela se recusa a ser vítima da sua existência e encontrou os meios para não deixar-se abalar. O que requer coragem, mas não deixa de ser uma falsa ideia de controle. Quem decide trair porque está sendo traída não é livre. Na cena triunfante da conversa com Ethan, ela deixa escapar uma sombra disfarçada: existe dor e tristeza em suas camadas menos superficiais. Apesar disso, ela parece ser a hóspede que mais se diverte e também que está mais confortável em ser quem é. Daphne não vê notícias, não lê, não vota, como se, ao evitar o mundo real, não precisasse assumir as suas próprias profundezas. Resta o true crime, maridos matando esposas na TV de casa, um flerte sádico com a realidade. Já Harper segue outro caminho. Ela questiona, julga, fica obcecada pelo quarto vizinho e está preocupada com o apocalipse. Porém, ao tentar desmascarar a vida alheia, distancia-se do que realmente lhe diz respeito: seu casamento e sua felicidade. Aponta a arrogância e a competição sem notar que tornou-se um exemplo perfeito do seu alvo. Eu não diria que Daphne é, necessariamente, mais feliz, mas certamente vive mais "leve" porque parece ter mais poder sobre suas emoções e escolhas. Do outro, pouco sabemos. Mas sobre nós, The White Lottus tem uma provocação: O que você faz com suas sombras? Você é realmente dono de suas escolhas? Quão protegidos estão os seus castelos? Eu não escolheria viver como Daphne, mas a primeira cena da temporada me deixou atenta: ela sempre teve a garantia da sobrevivência. E aposto que será a única a estar nas Maldivas, na próxima temporada, com seu sorriso constante e seu olhar misterioso. *Beatriz Braga é jornalista e empresária (biabbraga@gmail.com). Ela escreve a coluna Maria pensa assim para o site da Revista Algomais

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haikais

Livro "Do Estar no Ainda - Haikais" será lançado na próxima terça

A Editora Patuá lança na próxima terça-feira (20) o livro Do Estar no Ainda - Haikais, dos autores Paulo Marcondes e Tulio Velho Barreto. O evento será no Mocó Bistrô, no bairro das Graças, a partir das 19h. Do Estar no Ainda tem 170 haikais criados durante a pandemia a partir do poema “Na poesia da vida”, escrito por um de seus autores. Ao compartilhar os mesmos versos do poema para iniciar cada um dos haikais, de certa forma, Paulo Marcondes e Túlio Velho Barreto abraçaram a tradição japonesa do tanka – estrutura poética que deu origem ao haikai –, em que cada autor escreve uma de suas duas estrofes. Mantidos como foram concebidos, os 170 haikais que compõem o livro encerram e pulsam espontaneidade e simplicidade, como tanto preconizava e praticava Matsuo Bashô (1644-1694), o grande mestre japonês dessa linguagem poética milenar. Mas, ressalte-se, os tercetos de Do Estar no Ainda estão inseridos igualmente no contexto da produção dos poetas que, entre nós, abrasileiraram o haikai. No caso dos autores deste livro, trata-se também de celebrar a amizade e a vida. Pois, ao escrevê-lo, romperam, poeticamente, o isolamento social a que todos e todas nós, comprometidos com a vida, tivemos que cumprir. "As correspondências normalmente são o modelo quando pensamos no diálogo entre criadores. Nas cartas, vislumbramos sua forma de pensar a arte e a vida. Sabor especial temos ao ler Do estar no ainda, porque presenciamos, a partir dos haikais escritos por Paulo Marcondes e Túlio Velho Barreto, um diálogo poético in media res. Ao estilo do OuLiPo, tomando os versos de Na poesia da vida, de Paulo Marcondes, os dois se propuseram 'constrangimentos', na medida em que cada haikai devia remeter a um dos versos do poema original, sem que os dois tivessem lido os poemas subsequentes um do outro. Escrito durante a pandemia de Covid-19, o livro pode ser lido como o conjunto de 170 haikais aqui apresentados, ou como uma longa declaração de amor à poesia e à vida — irmãs que também dialogam desde sempre", afirmou o editor Wellington de Melo. LANÇAMENTO DO LIVRO ‘DO ESTAR NO AINDA - HAIKAIS’ (EDITORA PATUÁ, 2022), de PAULO MARCONDES e TÚLIO VELHO BARRETO Local: MOCÓ BISTRÔ / ARMAZÉM DE SÃO JORGERua da Gracas, 178 - GraçasDia: 20 de dezembro (terça-feira)Horário: 19h

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Baile do Menino Deus Hans Manteufell

Espetáculo natalino "Baile do Menino Deus" traz novidades em sua 19ª edição

Um dos maiores espetáculos de cultura popular do ciclo natalino está de volta em sua versão integral. Depois de dois anos com experiências online, o Baile do Menino Deus - uma brincadeira de Natal retorna ao Marco Zero do Recife para encantar o público no Natal. Em sua 19ª edição, o espetáculo dirigido por Ronaldo Correia de Brito e produzido por Carla Valença, da Relicário Produções, será encenado nos dias 23, 24 e 25 de dezembro ao ar livre, aberto a todos os públicos. A peça, que vem incorporando elementos da linguagem popular nacional na celebração do Natal, celebra a autenticidade de uma data que simboliza a vida, o amor e o renascimento. O Baile do Menino Deus é considerado uma ópera popular nordestina contando a história mais famosa do mundo - o nascimento de Jesus Cristo - com o sotaque, a dança e a música da região, pautando-se em tradições de festas e representações teatrais do ciclo natalino no Brasil. “Neste ano de 2022, quando completa 19 anos na Praça do Marco Zero e 39 anos de encenações pelo Brasil inteiro, o Baile retoma o formato que o consagrou: o de espetáculo de rua. Para esse retorno, muita coisa foi mudada na cenografia, figurinos e adereços. Permaneceram o texto original com acréscimos, a música original de Antônio Madureira com arranjos novos e composições novas. A dramaturgia e a encenação são inteiramente novas”, revela Ronaldo Correia de Brito, diretor do espetáculo, que também assina o texto ao lado de Assis Lima.  Entre as novidades, o Baile tira a orquestra do fosso e a leva para cima do palco, participando das cenas junto ao coro adulto e infantil que circula com os personagens principais. “Duas passarelas atravessam a plateia, permitindo a passagem de músicos, bailarinos e atores pelo meio do público, num diálogo mais próximo com as pessoas. O palco também cresceu e até uma ponte, que lembra a nossa cidade do Recife, foi incorporada ao cenário”, acrescenta Ronaldo. A premiada diretora de teatro Cibele Forjaz é a encenadora convidada deste ano. Sua presença chega para trazer um olhar mais contemporâneo para o retorno do Baile. “Desejo trabalhar o encontro entre a grande tradição das culturas populares com outras formas do teatro contemporâneo. Ronaldo é um grande conhecedor deste estilo com foco nas visualidades e na parte performática com uma participação da platéia", explica. A encenadora complementa que veio para "provocar e trazer novas propostas e ideias que serão trabalhadas desde os ensaios com esse grupo que já é uma grande família". Finaliza revelando que está  sendo muito bem recebida pelo grupo. "Com a pandemia do coronavírus tivemos que nos reinventar. Em 2020 ousamos transportar uma estrutura cenográfica imensa para dentro de um teatro e fazermos um filme. Em 2021, em meio às dúvidas das restrições do convívio social por conta da pandemia, resolvemos ousar ainda mais, trazendo algo novo para o público, um filme, resultado de uma produção cinematográfica grandiosa. Com roteiro desenvolvido por Ronaldo Correia de Brito e direção de Tuca Siqueira. Este ano, retornamos à Praça do Marco Zero, seu lugar de origem há 19 anos. O espetáculo é surpreendente com cenas inusitadas exaltando a força do teatro, da música e da dança. Uma celebração de Natal inspirada nos símbolos e no imaginário da cultura brasileira", conta Carla Valença. Elenco - Novas vozes se somam ao elenco cantando as músicas da trilha, tendo como solistas confirmados os músicos e cantores pernambucanos Lucas dos Prazeres, Bela Maria, Adiel Luna e ainda o músico mineiro Maurício Tizumba como convidado especial. E de legado dos anos em que o espetáculo foi transmitido como filme, o evento também vai contar com um telão ao vivo para que o público possa ver mais detalhes de cada momento. Como participantes do musical, nomes já conhecidos da cena pernambucana, como Silvério Pessoa, Isadora Melo, Carlos Filho, Márcio Fecher e Arilson Lopes,e Sóstenes Vidal, que interpreta o Mateus há 19 anos.  A nova edição do Baile ainda traz as crianças do coro infantil agora atuando juntas ao Mateus, e não apenas cantando como anteriormente. “Todo o elenco de atores, cantores, músicos, bailarinos estará mais junto ao público. José e Maria até participam da celebração do nascimento, em meio aos músicos e cantores”, complementa o diretor. O Baile em seu roteiro tenta ainda humanizar o nascimento sagrado e revelar que todos os nascimentos são sagrados, “pois quando nasce um menino renasce toda alegria / por mais humilde que seja é a vida que se cria / é a esperança do mundo que com ele se anuncia”, como afirma o Mateus em uma de suas falas. SERVIÇO: BAILE DO MENINO DEUS - UMA BRINCADEIRA DE NATAL Datas: de 23 a 25 de dezembro de 2022 Horário: sempre às 20h Local: Praça do Marco Zero do Recife - Recife Antigo - Recife / PE Acesso gratuito Acessibilidade: Cadeirante, Audiodescrição e Intérprete em Libras.  Mais informações: www.bailedomeninodeus.com.br

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PalacioDaBoaVista GravuradeFransPost 1644

Museu da Cidade celebra 40 anos com exposições e lançamento de livro

(Da Cepe) Quem já teve a curiosidade de entrar no Museu da Cidade do Recife, instalado pela Prefeitura no Forte das Cinco Pontas em 14 de janeiro de 1982, conhece a riqueza do acervo ali guardado: fotos, mapas, gravuras, azulejos, cachimbos holandeses, fragmentos de cerâmicas que contam a história do Recife. Ao completar 40 anos de existência, em 2022, o museu celebra a data com uma nova exposição de longa duração e um livro a ser lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) neste sábado (17), a partir das 16h, nas dependências do forte, localizado no bairro de São José. Além do lançamento do livro Museu da Cidade do Recife - 40 anos em Movimento e da mostra homônima, será aberta a exposição temporária Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti. A programação terá início às 16h, com contação de história para crianças – contemplando o público infantil sempre presente no Museu. Às 17h, haverá o lançamento do livro e a abertura das exposições, ambas patrocinadas pela Cepe. A entrada é gratuita. Em suas 164 páginas, o livro reúne textos de historiadores, arquitetos, jornalistas e pesquisadores sobre a origem do museu e sua evolução ao longo de quatro décadas, a relação que ele mantém com a cidade, as ações realizadas para o público (exposições, oficinas, atividades de educação patrimonial) e a importância do Forte das Cinco Pontas. O leitor vai descobrir, por exemplo, que no acervo iconográfico há mais de 200 mil imagens do Recife nos séculos 17, 19 e 20 até a década de 1980, além de 1.898 peças de cartografia do fim do século 19 e quase todo o século 20. O título, organizado por Betânia Corrêa de Araújo, Emerson Pontes, Mariana Dantas e Sandro Vasconcelos, é ilustrado com fotos, mapas, gravuras e postais do acervo do museu. Está dividido em 12 artigos de autores diversos, entre eles o historiador Bruno Miranda, a arquiteta Amélia Reynaldo e o fotógrafo Josivan Rodrigues. Exposição de longa duração - A mostra homônima ao livro convida o visitante a fazer um passeio pela história do Recife por meio do acervo do museu. E mais do que isso, a compreender as transformações da cidade sempre em movimento, e a refletir sobre o seu futuro. Estarão expostas imagens de azulejos de diferentes épocas que fazem parte da coleção do museu. Também haverá a exibição de uma animação em vídeo, com a recomposição do prato que ilustra a capa do livro dos 40 anos do MCR. Os fragmentos do prato foram encontrados na década de 1970, nas instalações do forte. “A equipe de conservação do Museu recolheu os fragmentos dispersos e fez a recomposição do prato, realizando um trabalho conhecido como anastilose. E esse prato foi escolhido pelas pessoas que participaram das discussões do livro e da exposição por representar, simbolicamente, um pouco da história do museu e do Recife. A cidade é um conjunto de fragmentos que juntos formam uma unidade, assim como o MCR”, explica a diretora do museu e curadora da exposição, Betânia Corrêa de Araújo. A segunda parte da exposição propõe uma viagem através dos séculos, iniciando pelo 16,quando o Recife era um povoado que abrigava o porto de Olinda, onde os navios europeus atracavam para buscar madeira e açúcar. Uma gravura, pouco conhecida e que ilustra em detalhes esse período, faz parte da mostra e teve seu tamanho ampliado para facilitar a imersão do visitante. Ao chegar ao século 17, marcado pela ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, o público encontrará uma animação produzida a partir de uma pintura de Frans Post, que retrata a construção da Cidade Maurícia. No século 18, com a cidade reconquistada pelos portugueses, a mostra destaca o projeto de edificação de igrejas no Recife. Ao passear pelo século 19, o visitante vai contemplar pinhas e azulejos que embelezavam a cidade à época, além de ilustrações do desenhista Luís Schlappriz, sobre o cotidiano urbano. No século 20, por meio de fotografias, documentos e vídeo, a exposição ressalta três momentos de transformações no Recife: a reforma do Porto, a construção da Avenida Guararapes na década de 1930, e a construção da Dantas Barreto e demolição da Igreja dos Martírios nos anos 1970. Sobre o século 21, a mostra evidencia a Coleção Recife 500 Anos, elaborada pela Cepe, Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Observatório do Recife. “Grande parte das fotografias e mapas que estão nos livros da coleção fazem parte do acervo do museu. Destacamos a pujança dessa documentação histórica no sentido de pensar o futuro da cidade”, afirma Betânia. Exposição “Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti” - O advogado, economista e colecionador Roberto Cavalcanti (1939-2020) adquiriu ao longo de sua vida 44 gravuras que retratam o Brasil, produzidas em um período de cerca de 250 anos, do século 17 ao 19. A coleção, de autores e editores diversos, foi doada ao museu pela família Cavalcanti de Albuquerque. Pela primeira vez, as peças serão expostas ao público, numa mostra com 120 dias de duração. Em março de 2023, um álbum com as gravuras será lançado  pela Cepe. SERVIÇO O que: Lançamento do livro Museu da Cidade do Recife - 40 anos em movimento Abertura das exposições Museu da Cidade do Recife - 40 anos em movimento e Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti Quando: Sábado, 17 de dezembro Horário: 16h – Contação de histórias para crianças17 – Lançamento do livro e abertura das exposições Onde: Museu da Cidade do Recife / Forte das Cinco Pontas (bairro de São José, Centro) Funcionamento do museu: Quarta a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 16h Entrada gratuita

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cartaz cafi

Cinema da Fundação recebe pré-estrea do longa Cafi

Depois de rodar por alguns festivais no país e no exterior, finalmente, o público recifense vai poder assistir ao filme Cafi. O longa, produzido pela Luni Produções, tem pré-estreia aberta ao público marcada para o próximo domingo (18), no Cinema da Fundação, pela 25ª Mostra Retrospectiva Expectativa. O horário da exibição é às 19h e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema uma hora antes da sessão. Dirigido pelos cineastas pernambucanos Lírio Ferreira e Natara Ney, o filme Cafi conta a história do fotógrafo pernambucano Carlos da Silva Assunção Filho, o Cafi, que foi os olhos da música brasileira nas últimas quatro décadas. Só capas de álbuns clicadas por ele foram mais de 200, incluindo trabalhos antológicos como Clube da Esquina, Alceu Valença, Blitz e Elza Soares. Inquieto e criativo, Cafi também passeou pelas artes plásticas e espetáculos de teatro e dança, trabalhando com Gringo Cardia, Zé Celso Martinez e Deborah Colker, com quem foi casado por mais de dez anos. O documentário é uma ode a esse personagem idílico, cheio de histórias e registros. O filme foi realizado durante o ano de 2018. Cafi morreu de infarto meses depois, logo após as festividades do réveillon. O filme traz a vida do fotógrafo de forma não cronológica, contada em grande parte pelo próprio Cafi, em entrevistas realizadas em Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em cada um desses lugares, Cafi reencontra amigos com quem trabalhou, conviveu, discutiu, bebeu e criou projetos distintos. Alceu Valença, Lô Borges, Jards Macalé, Miguel do Rio Branco, Ronaldo Bastos, além de Zé Celso Martinês e Deborah Colker, estão entre as pessoas que dialogam com Cafi criando um caminho traçado em forma de mosaico, com imagens que parecem fazer parte de um sonho. A opção das entrevistas em preto e branco, garantem um destaque quase caleidoscópico para as fotos que surgem na tela, retratadas em diferentes tempos da vida do autor. Esse contraste entre as cores vivas de Cafi e o preto e branco da produção foi uma decisão debatida entre Lírio e Natara. “Percebemos que o formato preto e branco ficava perfeito para montar as cenas, enquanto as fotografias e cenas mais antigas vinham em um colorido nem sempre tão nítido”, afirma Natara. Amigo pessoal de Cafi, Lírio acredita que o trabalho é uma celebração à vida. “Algumas pessoas me confessaram uma certa resistência para ver, temendo a sensação de perda. Mas Cafi tem uma presença tão forte, que se coloca acima de qualquer falta. Saímos do filme carregando ele junto”. O filme tem direção de fotografia assinada pelo premiado Beto Martins. A trilha sonora é um luxo à parte, com canções interpretadas por Maria Betânia, Macalé e Gal Costa, para citar apenas três destaques. A trilha incidental não fica por menos, sendo assinada por Lula Queiroga em parceria com Jean Pierre. A produção executiva é de Danielle Hoover e a coordenação de produção de Karina Hoover. A Raccord Produções é a produtora associada. O longa no mês passado ganhou o prêmio de melhor documentário nos Los Angeles Brazilian Film Festival – um dos principais eventos do cinema brasileiro fora do país. O título também recebeu destaque na 14ª edição do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical, que aconteceu em junho deste ano, em São Paulo. No evento, o filme recebeu um prêmio especial “pela beleza de suas imagens e a liberdade narrativa desse tributo a um grande criador de imagens, muitas delas dedicadas a artistas e capas de discos icônicos da música brasileira”. O projeto foi desenvolvido a partir da parceria com o Canal Curta, incentivado através do FSA, BRDE e o edital do SIC Municipal da Prefeitura do Recife com patrocínio da Uninassau. Serviço Pré-estreia do filme ‘Cafi’Local: Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609, Derby)Data:  18 de dezembro (domingo), às 19hClassificação: 12 anosOs ingressos custam R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia) e podem ser adquiridos uma hora antes da sessão.Informações: www.instagram.com/cinemadafundacao/

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O enigma Gilberto Freyre

Livro da Cepe Editora discute O enigma Gilberto Freyre

Em nove ensaios, a obra trata de assuntos e aspectos da trajetória do sociólogo, como suas posições políticas e o envolvimento na gestão cultural A historiadora Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke é enfática quanto a Gilberto Freyre. Para ela, o sociólogo pernambucano (1900-1987) continua vivo. E justifica: muitas de suas ideias, ligadas a questões como ecologia, racismo, multiculturalismo, patrimônio cultural e homossexualidade, não perderam relevência com o tempo e seguem “provocando controvérsias apaixonadas, admiração e até fúria”. O argumento está no ensaio que a pesquisadora assina em O enigma Gilberto Freyre - Ensaios de imersão, livro a ser lançado pela Cepe Editora neste sábado (17), às 16h, no Museu do Estado de Pernambuco (MEPE), nas Graças, bairro da Zona Norte do Recife. Com nove ensaios de diferentes autores, o livro, de 240 páginas, é uma forma de mergulhar um pouco mais na complexidade da obra de Freyre. De acordo com os organizadores da obra, Josias de Paula Jr. e Roberto Azoubel, os ensaios “tratam de assuntos e aspectos vários do pensamento freyreano, com graduações também distintas de concordância ou discordância em relação ao autor de Casa-grande & senzala”. Entre os assuntos e aspectos abordados, os textos enveredam pelos caminhos do sociólogo na política, na gestão cultural, na relação com editores. Maria Lúcia, pesquisadora associada do Centre of Latin American Studies da University of Cambridge, assina A mão direita e a mão esquerda de Gilberto Freyre, no qual analisa o lado político do sociólogo, inicialmente de ideias mais próximas à esquerda e até acusado de ser comunista e que, com o passar do tempo, se aproxima da direita. A pesquisadora relembra que o pernambucano chegou a defender o regime civil-militar instaurado em 1964 no Brasil. Mas, em 1981, declara que “1964 foi uma grande revolução fracassada”, comparável ao “totalitarismo soviético” e “sucumbido às pressões dos tecnocratas econômicos.” Ainda no campo da política, o professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco Anco Márcio Tenório Vieira ressalta que Freyre, entre os anos 1920 e 1940, “resistiu ao canto da sereia das ideologias totalitárias”, sem abraçar, no entanto, os valores da democracia liberal. “Na verdade, os princípios da democracia liberal nunca encontraram morada no pensamento de Freyre”, pontua. O autor de Casa-grande & senzala afirma em um dos artigos da época que a “democracia burguesa sacrifica o que há de melhor e de mais saudável no princípio de liberdade”, e que “a democracia liberal fracassou”. Anco Márcio destaca que a profissão de fé antiliberal de Freyre será reiterada ao longo de sua atividade intelectual, tendo concebido as “instituições democráticas” como expressões dos valores da “democracia social”. O ensaísta complementa que no entender de Freyre, “a única democracia de fato seria aquela nascida das práticas e dos processos socioculturais que, ao longo do tempo, iam urdindo o modo de ser e os horizontes mentais dos atores que constituem o tecido sociocultural de determinado país ou de determinada nação.” Os ensaios mostram que as contribuições de Freyre ocorreram em várias áreas. Além do campo das ideias, por exemplo, apoiou a política de preservação da herança cultural do país e de, forma indireta, articulou durante a Era Vargas um novo sentido de luso-brasilidade, que veio a ser chamado de luso-tropicalismo e permitiu ao governo de Getúlio Vargas “encontrar valor na herança cultural lusa”. Das contribuições freyreanas, a teoria sobre a miscigenação de raças e culturas como definidora da identidade brasileira aparece em mais de um dos nove ensaios do livro. Alfredo Cesar Melo, professor de teoria literária na Unicamp (SP), afirma que, ao descrever “a antiga civilização do açúcar”, o sociólogo fala na existência de problemas sociais, políticos e ecológicos, mas ressalta que é da contradição do senhorio e da escravidão, que nasce “uma cultura vibrante e exemplar”. Serviço O que: Lançamento do livro O enigma Gilberto Freyre: Ensaios de imersão Quando: 17 de dezembro de 2022 Horário: 16 horas Onde: Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) Endereço: Avenida Rui Barbosa, 960, Graças, no Recife // * Entrada franca

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Divulgacao PC Silva Foto Andre Sidarta

PC Silva recebe convidados em “Confra geral” no Terra Café

Festa terá show do artista pernambucano e, depois, participações especiais O cantautor pernambucano PC Silva organiza a festa “Confra geral” hoje (15), no Terra Café (Rua Bispo Cardoso Ayres, 467, Boa Vista). A abertura da noite será com um show do artista de Serra Talhada, a partir das 20h. Na sequência, ele receberá convidados, como os parceiros musicais Luiza Fittipaldi, Marcello Rangel e Juliano Holanda, para festejar. “A gente vai tocar até a hora que deixarem tocar”, promete. A proposta é uma noite, essencialmente, divertida, tanto para a plateia quanto para os próprios músicos - que geralmente estão com agendas disputadas em dezembro, animando as comemorações de outras pessoas. “Este foi um ano difícil para o Brasil e perdemos um grande amigo, Jr. Black. Mas a virada deve também para comemorar, olhar para as coisas que devem acontecer no futuro próximo”, reflete Paulo César, sobre as expectativas para 2023. Ele prepara um repertório com músicas como “Ciclone”, “Todas as vidas do mundo”, “Adeus, obrigado e disponha”, gravada em dueto com Mônica Salmaso, “Boomerang”, faixa registrada junto com a mineira Ceumar, “Por que você não vem?”, escolhida por Simone para o recém-lançado disco “Da gente,” e “Lambada exuberante”, uma parceria com Zeca Baleiro. Quem estiver lá também poderá ouvir algumas faixas inéditas, como "Quero ser seu complexo", "Me dê notícias do universo" e "Roda das horas". O show tem apoio do Sistema de Incentivo à Cultura da Cidade do Recife. SERVIÇO “Confra geral”, com PC Silva e convidados Quando: 15 de dezembro, a partir das 20h Quanto: R$ 40 e R$ 20, à venda no Sympla (https://www.sympla.com.br/evento/pc-silva-convidados-na-confra-geral-de-fim-de-ano/1795827

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espetaculo conservatorio

Cantata “Bandeira do Divino” resgata a tradição natalina no Brasil

Espetáculo do Conservatório Pernambucano de Música leva para o palco do Teatro de Santa Isabel coral com 80 crianças, Orquestra de Câmara de Pernambuco e grupo SaGrama. Serão duas apresentações gratuitas neste sábado e domingo “Os devotos do Divino vão abrir sua morada pra bandeira do Menino ser bem-vinda, ser louvada…” Após três anos de interrupção, os versos da música de Ivan Lins serão entoados novamente pelo Coral Infantil do Conservatório Pernambucano de Música no Teatro de Santa Isabel. A cantata natalina “Bandeira do Divino” resgata toda a tradição da natividade no Brasil. Traz um repertório formado por pastoril, cavalo marinho, boi-bumbá e reisado, executado pela Orquestra de Câmara de Pernambuco e o grupo SaGrama. A temporada 2022 do espetáculo será neste sábado e domingo, às 19h e às 17h, respectivamente. “Estamos muito felizes com o fato de poder remontar este espetáculo tão bonito, que é a “Bandeira do Divino”, após três anos. O último foi em 2019; nos anos seguintes, não conseguimos fazer por causa da pandemia, que exigia o isolamento social. Foi uma fase difícil, principalmente para quem vive de música, pela perda do contato com o público, tão importante. Trazer o espetáculo de volta agora significa trazer a plateia de volta, resgatar esta integração e também festejar que estamos juntos, estamos bem, com saúde. A montagem é uma celebração à vida”, destaca a gerente do Conservatório, Rose Hazin. Durante uma hora e 15 minutos, cerca de 150 pessoas - incluindo 80 crianças, 30 músicos da orquestra e 11 no time do SaGrama, mais equipe de produção - sobem ao palco para dar vida a esta história que fala de “paz, amor e fraternidade”, como salienta a gestora da escola de música. “O espetáculo é muito bonito e traz uma visão completamente diferente do Natal, ao mesmo tempo em que se mantém como uma celebração. As crianças estão eufóricas, vivendo um misto de emoções e sentimentos, por pisar ao palco e pela oportunidade de participar de um espetáculo de verdade. Muitas delas jamais entraram num teatro e essa experiência estimula a participação deles na vida acadêmica, dá vontade de estudar mais, de se igualar àqueles artistas que estão no palco.” O maestro José Renato Accioly, que divide a direção artística com Quiercles Santana, reforça a importância deste encontro. “É uma vivência única que as crianças de iniciação musical experimentam ao participar deste espetáculo musical profissional, com uma orquestra. Elas ganham a oportunidade de entender como funciona uma produção como a “Bandeira”, e de contribuir para a produção; têm a chance de acompanhar tudo funcionando, participam dos ensaios e observam toda a disciplina que envolve uma montagem profissional”, salienta José Renato. O repertório inclui 20 músicas, que receberam arranjos para coro e orquestra criados por Sérgio Campello, líder do SaGrama. São peças do cancioneiro musical, como “Vinde, vinde, moços e velhos”; “Linda Borboleta”, “Queima da Lapinha” e “Meu Bom José”, que aparecem ao lado de obras de Dimas Sedícias (“Boi Babá” e “Novena”) e Lourival Oliveira (“Carnavá na Roça”), além da faixa que dá nome ao musical. O diretor do SaGrama também assina algumas composições, a exemplo de “Guerreiro do Além-Mar” e “Severino”. Ao longo do musical, dez crianças se intercalam em cena como solistas, nos papéis de Diana, Mestra, Contramestra, Borboletas, Pastores, Camponesa, Ave Maria e Estrelas. A Cia. Perna de Palco, dirigida por Anna Miranda, resgata a dança e os personagens clássicos da cultural popular. “A ideia é fazer com que esse repertório seja incorporado na vida de todos os que participam e suas famílias. As crianças vão para o ensaio e levam para casa as músicas para continuar ensaiando, e assim os pais acabam entrando também neste espírito. Na outra edição, a plateia cantava praticamente todas as músicas porque este repertório era incluído no dia a dia, na rotina da família. Dessa forma, conseguimos manter estas músicas vivas, reintroduzimos elas na vida das pessoas, perpetuando este cancioneiro natalino”, diz o maestro. Além de ensaiar com os pequenos e (re)aprender o repertório, parte dos pais também atuam como voluntários na produção. “Temos toda a logística de receber os meninos e, ao fim da apresentação, devolver aos pais. Imagine que são 80 crianças! É um superexercício de produção manter tudo isto funcionando também nos bastidores”, acrescenta a produtora Carla Navarro, que rege essa “orquestra” formada por familiares e equipe de produção nas coxias do teatro. Serviço: Cantata Natalina “Bandeira do Divino” Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio) Quando: sábado (dia 17 de dezembro), 19h; domingo (18 de dezembro), 17h Quanto: Entrada gratuita. Ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo

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RobertoBurleMarx Composicao 1974

Primeiro ano da Galeria Marco Zero celebrado com mostra sobre Burle Marx

A relação entre Arte e Arquitetura é a tônica do recorte feito pelos arquitetos Luiz Dubeux e João Vasconcelos A Galeria Marco Zero chega ao seu primeiro ano de existência e para celebrar as conquistas - entre elas a sequência de grandes mostras como as de Samico, Tereza Costa Rego, João Câmara, José Cláudio e Paulo Bruscky - anuncia a exposição ‘Burle Marx e interconexões’. Organizada pelos arquitetos Luiz Dubeux e João Vasconcelos, a mostra apresenta Burle Marx em diálogo com o acervo da galeria, fazendo uma aproximação entre Arte e Arquitetura. “Convidamos João e Luiz pois conhecemos a visão artística com que eles trabalham seus projetos e sua relação com o mundo das Artes.”, explica Marcelle Farias, que comanda a galeria junto com Eduardo Suassuna.  A exposição abre para o público no dia 15 de dezembro. "Tradicionalmente, em nossos projetos costumamos aliar o Design com a Arte. Então, o convite para organizar essa mostra nos deu muito prazer.  Vamos explorar as diversas facetas do artista que além de paisagista, profissão que o consagrou, também era pintor, escultor e até designer de joias.”, explica Dubeux. “Serão 25 peças ao todo, sendo 11 de Burle Marx e 14 de artistas cujas obras, em nossa ótica, apresentam pontos de contato com ele, como Gil Vicente, José Claudio, Kilian Glasner, entre outros.”, acrescenta Vasconcelos. Para além do acervo pictórico, o visitante vai conferir intervenções no espaço: um passeio demarcado no piso com inspiração direta nas obras de Burle Marx convida o público a percorrer a galeria. Elementos paisagísticos também estarão presentes, assim como criações orgânicas como um tapete de 4,5m de diâmetro, assinado pelo escritório Dubeux e Vasconcelos. Outro ponto de atenção será uma releitura de sala de estar modernista, com mobiliário assinado por designers como Sérgio Rodrigues, Joaquim Tenreiro e Domingos Tótora. 

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Oficina caricatura

Cepe encerra Circuito Cultural 2022 com a Flicamará

(Da Cepe) O Parque Camaragibe/Praça Maria Amazonas recebe a primeira edição da Feira Literária de Camaragibe (Flicamará), a partir de hoje (13). Promovida pela Companhia Editora de Pernambuco, com curadoria da Fundação Gilberto Freyre, a feira encerra o Circuito Cepe de Cultura 2022. A programação, gratuita, diversificada e para todas as idades, se estende até sábado (17), das 9h às 20h, com cineminha, shows musicais, lançamento de livros, recital poético, desfile de cosplay, contação de histórias e oficinas para crianças. O parque fica na Avenida Doutor Belmino Correia, no Centro de Camaragibe, município do Grande Recife. O músico camaragibense Beto Hortis faz o show de abertura da Flicamará, às 10h, com repertório em homenagem a Luiz Gonzaga (1912-1989), cujo aniversário de nascimento se completa justamente neste dia 13. Já o cantor Maciel Melo fará o show de encerramento da feira, dia 17, às 19h.  Um dos destaques da quarta-feira (14) é o espetáculo O Matuto, com o ilusionista Rapha Santacruz, a partir das 16h. Forró, xaxado, coco e cavalo-marinho fazem parte da animada trilha sonora da apresentação, de acordo com o artista. Magia com sotaque nordestino garantida para a criançada. O dia se encerra com o espetáculo Senhora de Engenho: Entre a Cruz e a Torá, da Companhia Popular de Teatro de Camaragibe. A peça, que começa às 19h30 e será encenada no Casarão de Maria Amazonas, conta a saga de Branca Dias, judia, que fugiu da inquisição em Portugal , chegando à capitania de Pernambuco em 1554.  Na quinta (15), às 16h, é a vez da poeta, cordelista e contadora de histórias Mariane Bigio apresentar o show Contos e Canções de Natal, com um repertório que mistura histórias e músicas autorais, além de cantigas tradicionais do ciclo natalino. Abrindo a programação do dia, às 9h será exibido o curta As aventuras de Tita, do ambientalista e artista Victor Flores. Tita é uma menina que vive em Curaçá (Bahia) e tem o poder de se transformar em ararinha-azul para defender a natureza junto com seus amigos. Livros - A programação da quarta (14), quinta (15) e sexta (16) inclui a apresentação de livros lançados pela Cepe Editora, sempre às 17h. O monge beneditino Marcelo Barros, autor de Não deixe cair a profecia: a herança de Dom Helder Camara  para a humanidade do século XXI, recebe o público na quarta-feira para falar sobre a obra que reflete sobre o caráter de atualidade do apelo à transformação pessoal, social e política defendida pelo Dom da Paz. “Acolhi a palavra daquele profeta, pastor, que, em 1969, me ordenou padre e com o qual trabalhei por quase dez anos (1967-1976). E a acolhi como sendo dirigida não somente a mim, e sim a toda pessoa que quer viver o caminho de uma fé inserida na realidade”, afirma Marcelo, homenageado da feira.  Os títulos Lula Cardoso Ayres - Fotografias e Alcir Lacerda - Fotografias, organizados por Betty Lacerda poderão ser conferidos na quinta-feira. No primeiro título, o filho de Lula Cardoso Ayres assinala que, “de meados da década de 40 até o início da década de 60, já com a destruição deslavada do Bairro de São José”, o pai despertou para a necessidade de documentar o que estava sendo perdido e registrou as impactantes mudanças. Já no livro de Lacerda, uma coletânea de fotos do mestre do preto e branco exibe imagens captadas ao longo das últimas oito décadas, privilegiando o avanço da arquitetura de centros urbanos e as belas paisagens do interior, das praias e do sertão pernambucano. Na sexta-feira, é a vez da designer Renata Paes mostrar o seu Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda aos visitantes da Flicamará. O livro convida o leitor a fazer um passeio pela cidade, a apreciar azulejos, gradis, cobogós e ladrilhos do casario. “Conhecer a memória gráfica da arquitetura de Olinda é um modo de salvaguardar o patrimônio, uma vez que o casario e seus artefatos decorativos representam uma parte relevante da sua memória visual”, destaca Renata Paes. A feira ainda conta com oficinas de caricatura, futebol de botão, jogos teatrais infantis, e desfile e performance de cosplay.   Além da Flicamará, pelo Circuito Cepe de Cultura 2022 foram realizadas mais nove eventos semelhantes: 1ª Feira Literária de Amaraji (Fliamar), em abril; Polo Literário Taquaritinga do Norte, em julho; Praça da Palavra no Festival de Inverno de Garanhuns, em julho; 6ª edição da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), em setembro; 2ª Feira Literária de Goiana (Fligo), em outubro; Feira Literária do Sertão, em novembro; 2ª edição da Feira da Poesia do Pajeú, em novembro; 1ª edição da Feira Miolo(s) fora de São Paulo, em novembro; e a 4ª edição da Feira da Literatura Infantil (Flitin), em dezembro.

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