Arquivos Cultura E História - Página 101 De 376 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

ANIMAGE no Teatro do Parque

12ª edição do Festival Animage começa na próxima terça (15)

O 12º ANIMAGE - Festival Internacional de Animação de Pernambuco celebra e evidencia a originalidade e diversidade da animação mundial, entre os dias 15 e 20 de novembro de 2022, no Recife (PE). A edição 2022 volta a ocupar as salas de cinema com longas-metragens, competição internacional de curtas, mostras especiais em sessões exibidas no Teatro do Parque, no Cinema da Fundação Derby e Cinema da UFPE. Além da programação de filmes de animação para todas as idades, o festival oferece atividades formativas como masterclass e debate. No momento em que são celebrados 50 anos do cinema de animação em Pernambuco, o ANIMAGE segue consolidado como parte importante desse cenário cada vez mais crescente, sendo o maior festival de cinema de animação em atividade do país. Dois curtas de realizadores pernambucanos estão na Mostra Competitiva neste ano comemorativo. "Mais uma vez o ANIMAGE chega com uma programação forte, diversificada e representativa do melhor da animação mundial, o que reforça a posição do festival entre os mais importantes do país. Este ano, o ANIMAGE dobrou o número de inscrições recebidas do mundo todo para a Mostra Competitiva de curtas, bate recorde no número de longas exibidos e investe em uma mostra comemorativa dos 50 anos de animação pernambucana", observa Antonio (Gutie) Gutierrez, diretor do festival. Entre os destaques da programação, está o longa Perlimps, de Alê Abreu, diretor brasileiro indicado ao Oscar com o sucesso O Menino e o Mundo. O filme abre a programação do ANIMAGE no feriado de 15 de novembro, no Teatro do Parque. Na sessão diurna do mesmo dia, será apresentado o longa português Nayola, de José Miguel Ribeiro, já premiado em vários festivais. Estreiam no Brasil pelo ANIMAGE, My Love Affair With Marriage, de Signe Baumane (Letônia/EUA/Luxemburgo), Fritzi - Uma História Revolucionária, de Matthias Bruhn e Ralf Kukula (Alemanha) e Mironins, de Mikel Mas e Txesco Montalt (Espanha). Completam a programação de longas-metragens Meu Tio José, de Ducca Rios (Brasil), Home is Somewhere Else, de Carlos Hagerman e Jorge (México/EUA), Saules Aveugles, Femme Endormie, de Pierre Földes (França/Luxemburgo/Canadá) e La Traversée, de Florence Miailhe (França). As mostras especiais apresentadas este ano são a Mostra Africana, Mostra Pernambuco - 50 Anos, Mostra Brasil, Mostra Erótica e Poesia Óptica: Retrospectiva Oskar Fischinger, em associação com o Center for Visual Music. ANIMAGE em númerosA 12ª edição oferece 9 filmes de longa-metragem, 10 sessões da Mostra Competitiva (duas delas dedicada ao público infantil), 7 mostras especiais e 1 Masterclass. A programação completa exibirá um total de 183 filmes (174 são curtas-metragens, de 47 países - e 54 produções na programação são brasileiras. “Os novos rumos do cinema animado brasileiro mostram um resultado empolgante em direção ao futuro. É no festival que essa produção cultural animada ganha vida, toca as pessoas, impulsiona saltos e interage com filmes e artistas de todo o mundo.A equipe de curadoria teve acesso a uma oferta numericamente inédita de curtas e longas (nacionais e estrangeiros), o que estimulou critérios ainda mais exigentes no processo de seleção e resultou em uma programação coesa, distribuída em seis dias, e potente em seus alcances simbólicos. Em 2022, o ANIMAGE cria fluxos entre pioneirismos históricos e cenas contemporâneas”, comenta o curador do festival, Júlio Cavani. Destaques da programação LONGAS-METRAGENSEsta é a edição em que o ANIMAGE reúne o maior número de longas-metragens na programação, serão exibidos nove filmes, sendo dois deles produções nacionais. A seleção de 2022 traz obras de artistas consagrados e revelações. Perlimps, (Brasil, 2022, 80'), o novo e esperado filme de Alê Abreu, animador brasileiro indicado ao Oscar (O Menino e o Mundo), traz uma aventura mágica sobre criaturas poderosas e misteriosas que podem salvar a floresta e encontrar um caminho para a paz em tempos de guerra. Direcionado para todas as idades, o longa multicolorido tem vozes de Stênio Garcia, Lorenzo Tarantelli e Giulia Benite. Meu Tio José (Brasil, 2021, 89'), dirigido pelo baiano Ducca Rios e com voz de Wagner Moura, fará sua estreia em Pernambuco. Um filme afetivo, baseado em um recorte real da vida do diretor, que traz um drama familiar e político sobre a relação dele (ainda garoto) com seu tio ativista durante a ditadura militar. O longa apresenta um poema inédito de Torquato Neto, dedicado ao Tio José e a trilha sonora traz canções de Chico Buarque, em novas versões. Nayola (Portugal/Bélgica/Holanda, 2022, 90'), animação portuguesa de José Miguel Ribeiro estreia no nordeste pelo festival, é baseada na peça "A Caixa Preta" de autoria dos escritores africanos Mia Couto (Moçambique) e José Eduardo Agualusa (Angola). Em seu visual e requinte técnico mostra a excelência da animação portuguesa. A trama se passa em Angola, envolvendo três gerações de mulheres afetadas pela guerra civil, onde o passado e o presente entrelaçam-se. Todas as vozes das personagens são de atrizes e atores de Angola, o consagrado cantor Bonga também está no elenco e na trilha sonora. A exibição deste filme acontece pela parceria com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, I.P. My Love Affair with Marriage (Letônia/EUA/Luxemburgo, 2022, 108'), de Signe Baumane, lida com assuntos como a repressão social do patriarcado e restrições de gênero, tudo sem perder o humor de vista e com muita imaginação. O segundo longa da animadora letã (de Rocks in my Pockets) questiona o romantismo e contrasta o papel social feminino com as expectativas amorosas e artísticas de uma garota. Uma tragicomédia com fortes tons autobiográficos e elaborados números musicais. Fritzi - Uma História Revolucionária (Alemanha, 2019, 86'), de Matthias Bruhn e Ralf Kukula, tem narrativa na cidade de Leipzig na época dos movimentos que levaram à queda do Muro de Berlim, a partir do ponto de vista de uma adolescente. Engraçado, educativo e comovente, o longa alemão mostra o que aconteceu em 1989 nos países do antigo bloco soviético e oferece um destaque memorável: como a voz de muitos em protestos não violentos podem trazer mudanças duradouras e abalar o poder de poucos. A exibição do longa é fruto da parceria com o Consulado

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Lia

Lia de Itamaracá recebe hoje (10) título de cidadã recifense

Hoje, 10, a partir das 14h, a Câmara Municipal do Recife, através do vereador Ivan Moraes (PSOL), entrega o título de cidadã recifense à artista Lia de Itamaracá, em sessão solene. Maria Madalena Correia do Nascimento, conhecida pelo seu nome artístico Lia de Itamaracá, é reconhecida com justiça pelo título de “A Rainha da Ciranda”. “É com muita alegria e honra que fazemos a entrega desse título, projeto de iniciativa do meu mandato, a Lia de Itamaracá, essa artista tão importante e significativa da nossa cultura”, disse Ivan Moraes na aprovação. Na ocasião, no plenário da Câmara Municipal, Lia de Itamaracá lançará o clipe, ainda inédito, "Dorme Pretinho, um recorte poético da infância de Lia com sua mãe Matildes. A partir dessas memórias, o clipe navega pelo ofício das mulheres marisqueiras. A artista é Patrimônio Vivo de Pernambuco; foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura; recebeu, em 2019, o Título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Todos frutos de seu incrível trabalho.

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antonio mendes

Provocações filosóficas na exposição do artista Antonio Mendes

Com curadoria de Bete Gouveia, "Entre dissonâncias e silêncios", traz 27 pinturas em acrílico e já aberta aberta ao público Sempre fascinado pela filosofia oriental e civilizações antigas, o artista plástico Antonio Mendes apresenta seu novo projeto: "Entre dissonâncias e silêncios", exposição em cartaz na Arte Plural Galeria (APG), espaço instalado no bairro do Recife. Totalmente inspirado por paisagens subjetivas, lugares pouco comuns, arquetípicos, sonhos e aspectos do zen, do taoísmo e do budismo, o artista traz 27 pinturas em acrílico, que ficarão em cartaz até 07 de janeiro de 2023. “É um convite a uma observação mais apurada, um percorrer com todos os sentidos apurados em percepções para encontrar espaços, vazios, construções, casas, a si mesmo. Um caminhar para observações, reflexões e pausas”, explica o artista. Com curadoria de Bete Gouveia, a exposição faz referência a pontos da filosofia oriental, como a permanência e a impermanência, o nascer e o morrer, a noite e o dia, o bem e o mal - opostos, e ao mesmo tempo, complementares, no jogo da dualidade. “Nesses caminhos, faço reflexões sobre as sensações, os sentimentos, as experiências que são comuns aos humanos e que vibram entre o vazio e o cheio, entre o escuro e o claro, entre a luz e a sombra, a agitação e a calma, a alegria e a tristeza”, complementa Antonio. “É um grande convite para que o espectador reflita, para que ele se encontre e se perca por esses caminhos, que na verdade são uma grande metáfora do caminhar humano, pelos acontecimentos e pelas experiências que nós humanos vamos passando na nossa trajetória de vida”, finaliza o artista. Grande amizade - Antonio Mendes é artista plástico e psicólogo. Nasceu em Recife, no ano de 1965. Iniciou seus estudos de desenho e pintura com o professor Amaro Crisóthomo, em 1987. Posteriormente fez cursos no Museu de Arte Contemporânea de PE. Recorre às paisagens de Olinda para desenvolver sua técnica, iniciando sua narrativa de contextos paisagísticos em cores vivas e pinceladas intensas. Neste período, a Artista Maria Carmem o convida a ter um cavalete no seu atelier-residência, desenvolvendo-se uma grande amizade. Essa foi uma experiência estrutural na sua pintura. Iniciando nas pinturas à óleo, e a partir do final da década de 90, passa a trabalhar com tinta acrílica sobre tela. Também, possui trabalhos em monotipia e desenhos. Iniciou suas exposições em 1990. Ganhou o Prêmio Imagem, em 1992, no Concurso de pintura da Caixa Econômica Federal “Pintando o Natal”. A exposição "Entre dissonâncias e silêncios" fica em cartaz até 7 de janeiro de 2023 e pode ser conferida gratuitamente, de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h. ARTE PLURAL GALERIAInstalada no centro histórico do Recife desde 2005, mais precisamente na Rua da Moeda 140, a APG se consolidou como referência no Nordeste no cenário cultural, com mais de uma centena de mostras realizadas, além de outros projetos culturais. A Galeria está aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h.ServiçoExposição "Entre dissonâncias e silêncios" de Antonio MendesArte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Recife AntigoVisitação: de segunda a sexta, das 9h às 18h e aos sábados de 14h às 18h, até 7 de janeiro de2023.Entrada gratuita

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Quartas Literarias

Centro de Cultura Luiz Freire realiza edição especial da Quartas Literárias

Hoje (dia 09 de novembro), o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF) resgata uma ação cultural que aconteceu durante 10 anos no quintal do seu casarão centenário no Sítio Histórico de Olinda. Em comemoração aos 50 anos completados em agosto, a Quartas Literárias volta com uma edição especial para promover e defender a cultura através da literatura, da poesia, da música e do teatro. Com uma programação repleta de artistas pernambucanos, o evento inicia às 18h30 e tem como participações especiais duas escritoras negras de referência do nosso estado: Odailta Alves e Inaldete Pinheiro. Com o sarau “Poemas da Travessia”, as intelectuais têm como referência o livro “Travessias” da própria Inaldete Pinheiro, que fala sobre a travessia forçada que a população negra africana sofreu até o Brasil e o sequestro da ancestralidade que ocorreu durante o período escravocrata. “São poesias produzidas por mulheres negras idosas, adultas e jovens, que compreendem como historicamente a mulher negra sempre foi pensada para tarefas subalternizadas, porque sabemos que o racismo nos impede de acessarmos muitos espaços. E esse caldeirão de poesia preta e feminina vai lembrar essa travessia [...] Ressignificando nossas narrativas e construindo essa poesia que traz essa mulher através da primeira pessoa, quebrando com a literatura hegemônica e o silenciamento. Então esse Sarau vem como estratégia de fortalecimento para que possamos compartilhar nossas escritas”, explica Odailta. Odailta Alves também levará o Projeto Mala Preta, conduzido por ela e outras escritoras negras com o objetivo de circular livros de intelectuais pretas independentes que não conseguem acessar as livrarias por todas as dificuldades do mercado editorial. A responsável pela produção da Quartas Literárias é Silvana Menezes, atriz, poetisa e integrante do Vozes Femininas, outra atração confirmada no evento - cujo grupo também é formado por Cida Pedrosa, Mariane Bigio e Susana Morais. Silvana fala com emoção desta atividade que coordenou por 10 anos dentro do Programa de Desenvolvimento das Leituras e Escritas Literárias do CCLF. “As primeiras edições aconteceram na Biblioteca Solar de Ler, que fica dentro da sede da organização. À luz de velas e de candeeiros vermelhos, esta iniciativa evoluiu e o espaço tornou-se pequeno, ocupando então o belíssimo quintal. Não tínhamos recursos de luz, fazíamos fogueiras, e era lá, ao redor do fogo sagrado, que líamos nossos versos escritos em guardanapos, datilografados em máquinas de escrever antigas ou digitados. Os artistas começaram a subir as ladeiras de Olinda para participar das edições das Quartas”, relembra o início da ação. Com a expansão do projeto e a mobilização de até 600 pessoas em um único dia de evento, a iniciativa acumula participações em diversos espaços, a exemplo de escolas públicas, praças, territórios quilombolas e indígenas, festivais como o A Letra e a Voz, o Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), a Fliporto, entre outros. “Por aqui passaram todas as linguagens artísticas, sempre tendo a menina dos meus olhos, a literatura, como eixo. Está no nome: Literárias – uma fêmea resistente. Filhota criada com muito amor e dedicação por essa que vos fala”, destaca Silvana. Além do Poemas da Travessia e Vozes Femininas, a nova leva de poetas e poetisas pernambucanos se juntam aos precursores da ideia e colaboram para a realização de uma noite muito especial. São eles: Allan Sales, Ana Neves, Rafaela Valença, Kerlito de Lenira, Adélia Coelho, Renata Santana, Malungo, Gleison Nascimento e Flávia Gomes. Estes compõem a Roda Literária, que também terá o microfone aberto para as pessoas presentes que sintam o desejo de recitar. O Grupo Totem é uma das atrações teatrais do evento, grupo que existe desde 1988 na cena e se tornou uma das referências em Pernambuco. O Grupo Teatral da EREFEM Compositor Antônio Maria, unidade educacional localizada em Rio Doce - Olinda, é formado por crianças e adolescentes e se junta aos mais experientes para também realizarem uma apresentação nesta edição especial da Quartas Literárias. Para abrir a noite e garantir o gênero musical do encontro, a Banda Colírio Elétrico faz uma versão acústica de seu show. Navegando pelo blues, rock, folk e country, a banda é formada por Paulo Guimarães nos vocais, Luciano King na guitarra, Edinaldo Nascimento no baixo, Maurilio Luna no Teclados e Isaac Olindino na bateria. Bebidas e comidas também estarão disponíveis para compra no local. A entrada é gratuita. SERVIÇO QUARTAS LITERÁRIAS - EDIÇÃO ESPECIAL #CCLF50Anos Dia 09 de novembro A partir das 18h30 No CCLF | Rua 27 de Janeiro, 181 - Carmo, Olinda Entrada gratuita

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Mais um matulao na praca

Cepe anuncia lançamento dos novos títulos da Coleção Pajeú

(Da Cepe) A Cepe Editora lançará durante a 2ª Feira da Poesia do Pajeú, que acontecerá no período de 10 a 13 de novembro, na Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, em Afogados da Ingazeira, os novos títulos da Coleção Pajeú - criada para evidenciar a produção literária da região. Mais um matulão na praça, de Paulo Monteiro; Respingos de saudade, de Aprígio Jerônimo Ferreira; Entre a feira e o teatro, de Cícero Renan Nascimento Filgueira, e o cordel O debate de Cristo Cirineu com Benito Messias Mussolini, de Felipe Amaral, foram selecionados pelo Conselho Editorial do Pajeú - grupo formado por poetas e intelectuais dos municípios que integram o Sertão do Pajeú. Em Mais um matulão na praça, Paulo Monteiro faz uma coletânea de seus versos humorísticos sobre paixão, amor, saudade, sertão, cantoria e homenagens. São 284 páginas de poemas escritos entre 2015 e 2019. No poema introdutório, Paulo dá a pista: já havia publicado um Matulão de poesia, em 2013. “Voltei feliz novamente/ Tentando agradar meu povo/ Com mais um trabalho novo/ Tirado da minha mente./ Acho que ficou mais quente/ Do que brasa de São João.../ Mas não tenho a intenção/ De crescer nem me mostrar;/ Meu sonho é você gostar/ Do Segundo Matulão.” Para quem não sabe, matulão é um saco onde os retirantes carregam seus pertences.  Nascido em Tabira, Paulo Monteiro, 56 anos, tem três filhos, todos poetas como o pai, que foi influenciado pelo irmão do famoso, Dedé Monteiro, conhecido como o “Papa da Poesia”, detentor do título de Patrimônio Vivo de Pernambuco. Desde jovem, Paulo escreve essa poesia repleta de humor e alegria. Também é pandeirista, triangueiro e zabumbeiro. “Paulo diz o que vive e vive o que escreve. É poesia em carne e osso, em sentimento e espírito”, escreve a poeta Isabelly Moreira, de São José do Egito, em texto que assina na obra. “É peba, é tejo, é tatu, É tatu, é tejo, é peba, É corte, é talho, é pereba, É vinho, é brahma, é pitu, É palhaço, é papangu, É papangu, é palhaço, É lampião, é cangaço, É leite, é queijo, é coalhada. Quem tiver língua travada Não faz do jeito que eu faço” (Trecho do poema Língua Travada)  Respingos - Com 88 páginas, Respingos de Saudade é o segundo livro lançado por Aprígio Jerônimo Ferreira, poeta pernambucano de 94 anos, natural de Brejinho. Nos versos que compõem o título, carregados de emoção, ele recorda os pais e os irmãos já falecidos, remete ao dia a dia sofrido do homem do campo e relata as dificuldades dos sertanejos que migram atrás de melhores condições de vida em outras regiões do Brasil, como ele mesmo fez aos 20 anos de idade. “Onde estás, Mussambê, torrão querido, memorável berço das minhas façanhas”, escreve Aprígio Jerônimo no poema Nossas Raízes, ao falar do lugar onde nasceu. A mudança para o Rio de Janeiro e depois para Brasília - ele trabalhou como encarregado de carpintaria na construção da capital federal - é contada no verso Meu Diário: “Levava o cheiro da terra/Do meu sertão alcantil,/ Jovem rústico e primitivo,/ De aspecto juvenil,/ Mas carregava o desejo/ De conhecer meu Brasil.” Diferente dos outros livros da coleção, Entre a feira e o teatro: as práticas culturais dos repentistas em Pernambuco (1900-1948), do historiador de Tabira, Cícero Renan Nascimento Filgueira, é fruto de uma pesquisa de mestrado defendida em 2017, na Universidade Federal Rural de Pernambuco. A obra traz um estudo sobre os cantadores de viola da primeira metade do século passado. “Ao dedilhar a viola, o repentista faz uma representação do mundo através da declamação. Um mundo por vezes escuro, triste, como se a mágoa eterna o tocasse. Por vezes, um mundo repleto de aventuras, de bois fantasiosos que falam e sentem como gente, às vezes mais do que as pessoas”, descreve Cícero, comparando o ofício do violeiro com o do historiador.  “Assim como os cantadores, (o historiador) faz representações do mundo em seus textos: mundo parcialmente representado nos documentos que contam uma história fragmentada, como uma estrofe sempre a ser concluída. Logo, pode-se entender que o historiador está fadado a escrever uma história pelos retalhos deixados nas linhas, ou melhor, entrelinhas dos fatos registrados ao longo do tempo”, compara o pesquisador, que iniciou seus estudos a partir de três folcloristas, o paraibano José Rodrigues de Carvalho (1867-1935), o cearense Leonardo Mota (1891-1948), e o potiguar Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). Seu trabalho também se preocupa em responder como as tradições nos sertões dos folcloristas chegaram ao palco dos teatros das capitais. Para tanto, Cícero pesquisou autores como Pierre Bourdieu, Roger Chartier e Carlo Ginzburg.  Pernambucano de Tabira, o poeta cordelista e militante da causa operária Felipe Amaral, disse que se inspirou nos “dias escuros em que vivemos” para escrever o cordel vencedor  O debate de Cristo Cirineu com Benedito Messias Mussolini. "Eu queria focar na questão da hipocrisia e da retórica do engano, de como as pessoas podem ficar em um estado de alienação. O cordel trata de um tipo de escravidão na qual o escravo fica cego e agradece a quem o escraviza”, destaca o autor. O cordel apresenta dois personagens Cristo Cirineu (profeta peregrino que tem seu nome inspirado em  Simão Cirineu, homem que ajudou Jesus Cristo a carregar a cruz em seu calvário) e Benito Messias Mussolini, um messias que, como destaca o autor, carrega em si a hipocrisia e a ardileza: “Dizia a sua canção que no ano rudimentar  De dois mil e dezenoveuma besta cavalarReinara naquela terra com a força militar. O seu nome popularComo o do ídolo cristão Fazia ele angariarDe todos aceitaçãoBem como o seu grande apeloVoltado para à religião. Era um “Messias” que o Cão,Na terra, achou de botar.‘Benito’, mas não bendito,  Embora um povo vulgarJulgasse ser; e o louvasseAté diante do altar.” Visibilidade - “A preocupação na seleção das obras vencedoras foi possibilitar aos autores do Pajeú concorrer em um edital exclusivamente voltado para a região. Queremos,  com a Coleção Pajeú, dar visibilidade à produção cultural não apenas na literatura, mas em todas as áreas do conhecimento humano”, assegura o coordenador do Conselho Editorial do

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Serra Talhada receberá o 15º Encontro Nordestino do Xaxado

Evento vai atrair grupos de xaxado de todo o Nordeste e convidados do Sul e do Norte do Brasil Shows, oficinas de dança, feiras de artesanato local, mostra de comedoria sertaneja e passeios turísticos. Tudo isso está previsto na programação do 15º Encontro Nordestino do Xaxado, que tem início na próxima quinta-feira (10) e segue até domingo (dia 13), em Serra Talhada, Sertão do Pajeú, Pernambuco. E o evento não acontecerá em um só lugar, pois terá polo na Estação do Forró, na Feira Livre da cidade, em escolas públicas, no Sítio Passagem das Pedras – onde nasceu o cangaceiro Lampião, e na Fazenda Pedreira. O Encontro Nordestino do Xaxado foi realizado pela primeira vez há 20 anos, em 2002, e tornou-se um dos mais importantes eventos do interior do estado. De acordo com Cleonice Maria, presidente da Fundação Cabras de Lampião e produtora do Encontro, esta 15ª edição foi planejada para ocupar os espaços emblemáticos da batalha cultural de Serra Talhada. “Na Estação do Forró, principal polo de apresentações, está instalado o Museu do Cangaço, o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e a Academia Serra-talhadense de Letras. O Pátio da Feira Livre tem uma relação estreita com a história do grupo Cabras de Lampião, pois foi onde tudo começou e onde fizeram a sua primeira apresentação. As escolas são lugares que sempre abriram as portas para que pudéssemos ensaiar, nos reunir e construir essa história. E o Sítio Passagem das Pedras é uma expressão de conquista por espaço de qualidade para fruição de produção artística”, explicou ela. “Os grupos que foram selecionados e convidados são grupos que têm trajetória de luta e resistência em suas cidades e região, que conhecemos nas estradas da cultura, nos festivais e que sempre contribuíram bastante com a nossa caminhada”, acrescentou Cleonice. Seguindo a programação, visitantes e moradores de Serra Talhada vão poder curtir, por exemplo, as apresentações dos grupos vindos do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Alagoas, como também de Pernambuco, e participar das oficinas de dança ministrada pelos dançarinos de Os Cabras de Lampião. O 15º Encontro Nordestino do Xaxado é uma produção da Fundação Cultural Cabras de Lampião e da Agência Cultural de Criação e Produção, em parceria com a Prefeitura Municipal de Serra Talhada e com a Fundação Cultural de Serra Talhada. O evento tem incentivo do Funcultura, da Fundarpe, da Secretaria Estadual de Cultura e do Governo de Pernambuco. A programação completa está disponível no site: www.museudocangaco.com.br.

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Hermes Costa Neto

Festival afro-indígena começa nesta segunda-feira em Tracunhaém

Evento conta com uma programação 100% pernambucana, que inclui oficinas, mostra audiovisual em escolas de áreas rurais, lançamento de álbum, e apresentações culturais, gratuitas, preenchida por artistas negros e indígenas, da cidade e região A partir desta segunda-feira (7) até domingo (13), a cidade de Tracunhaém - Capital Estadual da Cerâmica, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, vai ser sede da 22ª edição do Tipóia Festival.  O tema da vez é: “Levantando poeira” - uma maneira de festejar à retomada do evento que passou dois anos suspenso em razão da pandemia.  A programação, recheada de atividades culturais gratuitas, busca apresentar manifestações e tradições afro-brasileiras e indígenas, presentes na região. Durante sete dias, o projeto vai circular por praças, escolas, ruas e avenidas, da área urbana e zona rural, levando diversão e alegria. Nesta edição, o evento reúne cultura popular, música independente, batalhas de MC’s e Breaking, encontro de bateristas, mostra audiovisual e lançamento de álbum; além de oficinas de cerâmica, rabeca e arte. A ação se soma às atividades do Mês da Consciência Negra no Estado.  O festival conta com uma programação 100% pernambucana, composta por artistas indígenas, negras e negros, da cidade e região. Zeca Cirandeiro e a Ciranda Popular de Paudalho; Neuro Roots (Olinda); Lambaero - 15 anos (Nazaré da Mata); Cássio Oli (Igarassu); Épiko’s (Timbaúba), são algumas das atrações que prometem animar o público. Está prevista também a participação da Sambada de pé de parede entre os mestres Erick Moraes e o contramestre Maurício, do Maracatu Estrela de Tracunhaém; e a Ciranda Bela Rosa, do Mestre Bi (Nazaré da Mata); entre outros. Destaque para o show “Afonjah e Isaar na África", que irá se apresentar no festival, após turnê em Moçambique e África do Sul. A programação prevê também atividades recreativas para o público intergeracional, como a mostra de vídeos artísticos-culturais. A proposta do festival, contemplada com o Edital do Funcultura, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado, também vai ofertar oficinas de artesanato em cerâmica com mestre Valdik; e oficina de rabeca ministrada pelo rabequeiro Dinda Salu.  Entre os destaques desta edição está o espaço para o rap, com o Palco Tipoia Hip Hop, que acontece em parceria com a confecção Nordeststreet e outras organizações dessa expressão no estado.  Neste ano, o festival apresenta Batalha de MC's e a Batalha de Breaking, por fim, pocket show GDF. As apresentações serão realizadas na estrutura montada em frente à Praça Costa Azevedo, Centro de Tracunhaém, com início às 14h. Outra novidade é a estreia do álbum “Cidade do Barro”, de autoria do músico, compositor e produtor cultural, Sid3. A nova produção sonora mescla sustentabilidade, cultura e história, com reflexão as sonoridades captadas ao dia-a-dia, como na produção das peças de cerâmicas, sons gravados nas Olarias de Tracunhaém, conversas com os Mestres Artesãos, o som do trabalho manual, da queima das peças no forno, da pisada do barro e dos instrumentos musicais feitos de barro. Incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), a nova produção acontece na noite do sábado, 12 de novembro, na Praça Costa Azevedo, Centro de Tracunhaém, a partir das 21h.  O festival ainda traz para o público uma oficina de cerâmica: aprendendo a fazer fazendo, que tem como proposta capacitar e formar adolescentes, jovens e adultos para para o ofício da olaria - uma das principais atividades econômicas ligado ao município de Tracunhaém. A oficina tem caráter técnico e de demonstração, e acontecerá nas dependências do ateliê do Mestre Valdik.  Todas as produções artesanais dos participantes farão parte de uma exposição ao final da oficina.  O período das aulas será de 07 a 10 de novembro, no horário das 14h às 16h. Outra oportunidade para o público é a “Oficina de Rabeca” - instrumento musical que traz elementos da sonoridade da Zona da Mata Norte. A formação tem como finalidade repassar técnicas de sonoridade das tradições de cultura popular da região, como cavalo marinho e forró, por exemplo.  Os conhecimentos serão repassados pelo rabequeiro, cantor e compositor, Dinda Salu - décimo segundo filho do mestre Salustiano - um dos ícones da cultura popular na zona canavieira, de quem herdou os ofícios de rabequeiro, cantor e compositor. A capacitação é destinada para 15 pessoas, no período de 10 e 11 de novembro, das 15h às 18h, na Oca. 

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vanessa mata

Sob o tema “A Cultura Refloresce”, Festival Arte na Usina – Safra 2022 chega à 8ª edição na Mata Sul

Entre 10 e 13 de novembro, evento oferece ampla programação gratuita na Usina Santa Terezinha. No line-up de shows, nomes como Alceu Valença, Vanessa da Mata, O Conde, Jorge de Altinho, Martins e Almério. Ponto de culminância das ações desenvolvidas pelo projeto Usina de Arte, que tem recolocado o entorno do distrito de Santa Terezinha, em Água Preta, em marcha socioeconômica pelos vetores da cultura, turismo e educação, o Festival Arte na Usina – Safra 2022 movimenta a Mata Sul do Estado entre os dias 10 e 13 de novembro, com uma programação gratuita de shows, performances, teatro, palestra e oficina. Trazendo como tema central “A Cultura Refloresce”, a 8ª edição do festival ainda marcará a inauguração do Fab Lab Mata Sul - Usina de Arte e do Teatro Aberto Camilo Simões no complexo do equipamento cultural, com apresentação do Grupo Magiluth. Um dos principais eixos do conjunto de atividades ao longo de quatro dias, a programação musical tem a produção assinada por Tadeu Gondim, Atos Produções e coordenação técnica Luciana Raposo e levará ao palco armado no Pátio de Eventos da vila de Santa Terezinha um mix de nomes e estilos da cena local, pernambucana e nacional. No line-up de estreia da quinta-feira (10/11), estão Alceu Valença, Bruno Lins, DJ Pepe Jordão e o DJ Nelson Neto. Já na sexta-feira (11), é a vez do O Conde, ícone do movimento Brega, Marlos Rocha e DJ Pepe Jordão, que também abre a noite do sábado (12), seguido pelo shows de Almério e Martins (cantando juntos) e Jorge de Altinho. Encerrando o festival no domingo (13), sobem ao palco a mato-grossense Vanessa da Mata e Silvério Pessoa. Se as apresentações musicais movimentam a parte da noite, também haverá programação diária ao longo do dia. No dia 10/11, o curador da Usina de Arte, Marc Pottier comanda a palestra “Arte pública, da pré-história aos dias de hoje, da escultura às novas tecnologias e arte de rua" na Biblioteca e Centro de Conhecimento do espaço, que também será palco para a apresentação das artistas Maria Macedo e Yara Pina, no dia  11. No sábado, a partir das 16h30, será inaugurado a nova estrutura da Usina de Arte, o Teatro Aberto Camilo Simões, instalado em frente à antiga usina, com a montagem “Luiz Lua Gonzaga” do Grupo Magiluth de Teatro. Já do domingo, vai rolar a oficina Pintando na Praça, em parceria com o Instituto de Belas Artes Vale do Una, a partir das 9h30 na Praça Santa Terezinha, além da Apresentação do artista Abiniel Nascimento, às 16h, na Biblioteca e Centro de Conhecimento da Usina de Arte, e performance sonora do artista francês Igor Porte no Teatro Aberto Camilo Simões. “Na Safra 2016 do Festival, trouxemos como tema  ‘A Arte Resiste e Transforma’. Ao longo desses anos, assistimos o germinar de tantas sementes lançadas ao fértil solo da Mata Sul, e seu rico tecido social, que com muito trabalho, dedicação e cuidado vem fertilizando as mentes fazendo despertar a esperança, a autoestima e a determinação de construir um futuro melhor. ‘A Cultura Refloresce’ veste esta 8ª edição do festival por representar esse momento de assistir essa primavera de resultados e conquistas tangíveis e subjetivas”, pontua Bruna Pessoa de Queiroz, presidente da Usina de Arte. O Festival tem patrocínio do Governo do Estado, via Secretaria de Turismo e Lazer do Estado e EMPETUR, com apoio do Sebrae Desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e empreendedorismo maker A Safra 2022 do Festival também marca a chegada do Fab Lab Mata Sul - Usina de Arte à Mata Sul do Estado. Fab Lab Mata Sul – Usina de Arte. Voltado para educadores e estudantes da região, é o primeiro laboratório de fabricação digital em funcionamento da Mata Sul, estimulando a população a reconhecer o seu potencial criativo, produtivo e colaborativo a partir de formação em Cultura Maker, Design e Empreendedorismo. O projeto se inicia com aulas no curso online “Eu, Maker”, em seguida com o programa Empreendedorismo Maker. As instituições de ensino que já estão sendo contempladas com o Curso “Eu, Maker” são a Escola Estadual Professor Eliseu Pereira de Melo e o Centro de Educação Dimensão, em Palmares; a Escola de Referência em Ensino Médio Eduardo Campos e a Escola Municipal Fernando Augusto Pinto Ribeiro, em Joaquim Nabuco. E aquelas que, além dessa formação, também serão contempladas pelo curso de Empreendedorismo Maker são a Escola de Referência em Ensino Médio João Vicente de Queiroz, no distrito de Santa Terezinha e o Colégio João Pereira Sobrinho, no município de Xexéu. Durante o festival, acontecerá a primeira culminância do curso oferecido pela Usina com entrega de certificados de conclusão, e as peças pioneiras produzidas a partir da formação estão expostas e à venda no Moenda Digital, um espaço do Sebrae para comércio de empreendedores locais.  Estímulo ao empreendorismo que, aliás, está no campo das ações promovidas pelo Usina de Arte ao longo do ano, viabilizando, em parceria com o Sebrae, consultorias e qualificações para os moradores do distrito de Santa Terezinha e entrono. Com foco no Festival, essa agenda segue nesta quarta e quinta-feira (3 e 4/11) com quatro oficinas: Atendimento ao Público, Preço de Venda, Marketing Digital e Apresentação de Produto. “Procuramos fazer com que o Festival também seja um momento de criar as estruturas para a geração de renda e valor para a comunidade. Os moradores hospedam os visitantes em suas próprias casas, são capacitados, vendem artesanato e alimentação no evento e participam da imersão no processo artístico. É um momento importante para a autoestima, pertencimento e perspectivas de futuro dos moradores da região”, comenta Bruna Pessoa de Queiroz. Programação: Shows (Pátio de Eventos de Santa Terezinha) Quinta-feira 10/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h - Bruno Lins 23h - Alceu Valença 0h30 - DJ Nelson Neto Sexta-feira 11/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Marlos Rocha 23h – O Conde Sábado 12/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Almério e Martins 23h – Jorge de Altinho Domingo 13/11 20h - DJ Pepe Jordão 21h – Silvério Pessoa 23h –

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isabela cunha marly queiroz fernando freyre e germana valadares

NaFoz realiza sua terceira edição em Apipucos 

A NaFoz, feira que reúne artes visuais, arte popular, design, literatura, agroecologia e música realiza sua terceira edição neste domingo, dia 06 de novembro, a partir das 10h, nos jardins da Casa de Gilberto Freyre e Magdalena, em Apipucos. Desta vez serão 35 expositores. A entrada é gratuita. Usando um grande cubo de madeira e fios de algodão, o artista visual Gabriel Petribú fará uma instalação durante o dia, onde será possível acompanhar de perto o processo de criação da obra e gerar interação com o público. Quando o assunto é arte popular, vem do Vale do Catimbau, os artesãos Luiz Benício e Simone Souza, ambos com trabalhos em madeira. Também do sertão do estado, virá Marcos de Sertânia, criador dos famosos cães esguios talhados em madeira, com suas obras que fazem alusão a cadela de Vidas Secas, do escritor Graciliano Ramos. Da Iha do Ferro, sertão de Alagoas, estarão presentes algumas obras de Van Van e Aberaldo. O Mestre Nena sempre presente NaFoz, representa a Cooperativa de Ceramistas do Cabo de Santo Agostinho, assim como as kokedamas e cactos do Bazar das Plantas. Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê, participa pela segunda vez da feira com seu colorido casario, baiteras (barcos) e La Ursas, peças que mexem com a memória afetiva das pessoas. Nas peças utilitárias, a feira traz a Toko Design Utilitário e a Oficina Carol Aguiar. São tábuas nos mais diversos formatos, funcionais e decorativas. Antiguidades assinadas e outras minuciosamente garimpadas são encontradas com a Bons Tempos, de Marília Benevides e com João Cerqueira, da Pepita Garimpo. Com raízes colombianas a feira traz as cadeiras da Cumbia, desenhadas pela designer colombiana Maria Paula Perila, que mistura o Caribe e o sotaque pernambucano nos móveis e objetos.Passeando pelos países vizinhos, a feira apresenta os colares e redes feitos por Juan Perez, da tribo Warao da Venezuela. Jóias em prata, bijuterias e biojóias da Nós Joalheria Artesanal, Azulerde, DaTribu e Feito de Nó. Todas com trabalho autoral e com processos criativos bem distintos. A feira NaFoz é promovida por Isabela Cunha,  Germana Valadares e Marly Queiroz.   Na parte gastronômica, o Chef Yuri Machado, do Restaurante Cajá, preparou um cardápio especial para o dia de feira: espetadas, pastéis, caldinhos, pizza e panelinhas. Além das deliciosas caipifrutas. O Motche Restô estará com a pastelaria e sobremesas. Queijos veganos e não veganos: Luolí e Du Francês, ambos artesanais. Assim como o sorvete da Jazzlato, os produtos da Quitanda Agroecológica e os Cafés do Brasil. A Debron leva o chope e a Doc algumas opções de vinhos. Já a Ame Ciclo estará incentivando e orientando sobre o uso de bicicletas na cidade. No período da tarde, 15h, haverá uma Oficina de pães para crianças com o Chef português Nuno Ricardo. A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre estará aberta para visitação com visita guiada.O estacionamento será ao lado, na Fundação Joaquim Nabuco e no Marista. A entrada da Feira NaFoz é gratuita. Estacionamento gratuito (Fundação Joaquim Nabuco e Marista).  A visita a Casa de Magdalena e Gilberto Freyre custa 15 reais (inteira) e 7,50 (meia-entrada) Feira NaFozDomingo, 06.11.10h às 18hFundação Gilberto FreyreRua Tasso Neto, s/nPrimeiro portãoApipucos, Recife @feiranafoz

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Cinema da Fundação promove Mostra Judaica

(Da Fundaj) Com entrada gratuita, programação é de 5 e 6 de novembro e conta com exibição de documentários, o filme “O Judeu”, e debate com participação de Kátia Mesel e Jacques Ribemboim O Cinema da Fundação/Derby promove nos dias 5 e 6 de novembro (sábado e domingo) a Mostra Judaica. O evento é gratuito e a programação conta com um debate, a exibição de filmes. No primeiro dia, às 19h, será exibido o documentário  “O Rochedo e a Estrela” (2011), com direção da cineasta Kátia Mesel. Ela aborda a história e expansão da comunidade judaica no Recife, ressaltando também a importância dos “cristãos novos” (judeus batizados à força pelo governo português) e da luta de Maurício de Nassau pela liberdade religiosa. Às 20h30, será realizado debate com Kátia Mesel e o historiador e escritor Jacques Ribemboim, que é membro da comunidade judaica do Recife e escreveu livros como “Ensaios judaicos”, “Pernambuco de Fernão”, “Nordeste Independente”, “Manuel Correia de Andrade: um homem chamado Nordeste” (organizador) e “Uma Olinda Judaica:1537-1631 “(coautoria com José Alexandre Ribemboim), entre outros. "Recife e Nova Iorque são cidades irmãs historicamente, vamos mostrar e alargar esses laços", disse Antônio Campos, presidente da Fundação Joaquim Nabuco, referindo-se à conexão histórica entre as duas cidades influenciadas diretamente pelos judeus e sua cultura.  "Os filmes da mostra e o debate entre a cineasta Kátia Mesel e o professor e historiador Jacques Ribemboim, ambos descendentes de judeus, é a maneira que a Fundação Joaquim Nabuco, por meio do Cinema da Fundação, oferece ao seu público para manter viva a memória e os estudos em torno da herança e da permanência da cultura judaica em Pernambuco, no Brasil e em Portugal”, explica o coordenador do Cinema da Fundação, Ernesto Barros.  No dia seguinte, o público poderá conferir, a partir das 19h, o curta-metragem ‘Marranos do Sertão”, que fala sobre uma boa parte dos brasileiros que são descendentes dos "cristão novos", Muitos deles sempre mantiveram a velha fé e eram chamados pela alcunha  depreciativa de marranos. Em muitas cidades brasileiras, especialmente no Nordeste, muitos dos seus descendentes, separados por séculos de sua própria cultura, estão redescobrindo o judaísmo. Em seguida, será exibido o longa-metragem “O Judeu” (1996), de Tob Azulay, e que tem em seu elenco nomes como Felipe Pinheiro, Fernanda Torres, Cristina Aché e Mário Viegas. A obra de ficção mostra que o artista Antônio José da Silva, carioca de nascimento e de origem judaica, foi considerado o mais célebre autor teatral de Portugal do século 18. Depois de seu julgamento e de sua família pelo Tribunal do Santo Ofício, em Lisboa, Antônio José torna-se estudante da prestigiada Universidade de Coimbra, casa com uma cristã-nova, Leonor Maria de Carvalho, e cada vez faz mais sucesso com suas comédias. Só que sua prima Brites Eugénia denunciou o casal para as autoridades eclesiásticas por heresia.

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