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Cultura e história

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Goiana: qual o cenário da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural?

Com um conjunto de templos tombados, Goiana viu na última década a recuperação de vários deles por parte de iniciativa da paróquia da cidade e da Santa Casa de Misericórdia. Os recursos para as obras vieram de campanhas junto à população e , no caso da Igreja da Misericórida, do BNDES. Goiana é uma das cidades pernambucanas com maior participação nas lutas históricas do Estado e que guarda no seu centro urbano um precioso conjunto de igrejas centenárias, conventos e monumentos tombadas pelo Iphan. Apesar da quantidade e do valor desses templos religiosos, a preservação deles sempre foi um desafio. Há 8 anos, a Algomais esteve na cidade em uma reportagem para observar o município que vivia a fase de construção do polo automotivo. “Uma característica singular de Goiana, em comparação a outras cidades que receberam polos industriais com alto volume de investimentos, é a riqueza do patrimônio histórico e cultural do município”, registrou a matéria em 2014, que identificou os edifícios religiosos deteriorados, fechados, com seus pátios ocupados pelo comércio popular. Há algumas mudanças nesse cenário, com melhorias, mas também com novas preocupações. Uma das relíquias desse patrimônio histórico, a Igreja da Misericórdia, começou a ser recuperada em 2016. Erguida no século 18, funcionou no seu anexo o único hospital da região por mais de em século. Um dos heróis da história de Pernambuco, o Vigário Tenório, teve suas mãos estão sepultadas na capela-mor desse templo. Pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Goiana, o templo e o seu prédio anexo receberam investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a revitalização. Em sua primeira fase, a reforma promoveu serviços de recuperação da torre sineira, esquadrias, cantaria, pisos, coberta, janelas, portas e instalações elétricas, além da pintura interna da igreja. Um dos pré-requisitos para a segunda fase dessa obra era a remoção do comércio popular que se instalava no pátio frontal ao templo. “Através de um pacto entre a Prefeitura, o BNDES e Santa Casa da Misericórdia, foi realizada a remoção da feira do entorno. O Largo da Misericórdia era completamente fechado por bancos de feira, hoje esse espaço é ocupado por jovens, grupos de dança, capoeira. À noite, as pessoas estão passeando, tem recreação para crianças. A população passou a usar o largo imediatamente, pois havia carência de uso desses espaços. É importante olhar não apenas a recuperação dos monumentos, mas da ambiência da cidade. É preciso ter uma atenção nisso", afirmou o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Goiana, Bôsco Rabello.  Estão previstos para a próxima etapa a restauração da capela, do altar-mor e do piso de pedra da igreja, além da adaptação dos imóveis a outros usos. O projeto de restauração dela transformará o conjunto arquitetônico em um centro cultural, preparado para receber exposições, apresentações culturais, com adaptação da nave ao uso de teatro e cinema (com equipamentos de projeção de imagem, som e iluminação cênica apropriados), além de estrutura para guarda e pesquisa do acervo documental. Um dos espaços de destaque da cidade que também recebeu um novo cuidado foi a praça do Carmo, que abriga o Cruzeiro mais antigo da América Latina e está de frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo e o Convento de São Alberto, pertencente à Congregação dos Freis Carmelitas, restaurada entre 2017 e 2018. “Esse cruzeiro completou 300 anos em 2017. Mas como estava sem restauração na época não foi feita nenhuma festa para o tricentenário. Agora a Prefeitura Municipal e o Iphan fizeram a restauração da praça e uma limpeza nele”, afirmou o pároco da cidade, o padre José Edson Alexandre Ferreira. O pároco chegou em Goiana justamente em 2017. E foi a partir daí que mais peças começaram a se mover para a recuperação do patrimônio arquitetônico da cidade, que são em sua maioria é gerido pela paróquia. “Todas as igrejas de Goiana, que integram o nosso Patrimônio Histórico, são tombadas desde 1938, mas várias estavam fechadas por falta de restauração mesmo. Goiana mudou muito nessa década, mas faltou um plano para o patrimônio histórico. Já que estávamos com grandes empresas chegando, o poder público deveria ter um projeto de revitalização, já que essas empresas têm interesse nesse tipo de investimento. Faltou esse projeto. Quando cheguei, em 2017, junto com as pessoas da cidade, começamos a fazer campanhas para recuperá-las”. A primeira a ser restaurada foi a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, que estava fechada desde 2008 e foi reaberta em fevereiro de 2021. O padre considera que a recuperação desse templo foi a mais importante desse ciclo, pelo simbolismo dela para a cidade. O pároco informa que no ano passado a Igreja Nossa Senhora da Soledade, conhecida na cidade como Casa de Recolhimento, passou a funcionar um abrigo de idosos.  Em 2022, foi recuperada também a Igreja de Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos, que estava fechada há tanto tempo que as pessoas da paróquia sequer sabem a data em que suas atividades foram interrompidas. Ela foi reaberta em abril deste ano. Outro templo que recebeu recursos dessa campanha para a revitalização dos patrimônios religiosos de Goiana foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A expectativa é que em pouco mais de um mês ela seja reinaugurada. Nela funcionava no passado o Museu de Arte Sacra de Goiana, que hoje tem um outro endereço. “O Museu de Arte Sacra foi para o Sesc Goiana. Fizemos um comodato entre a Diocese, a Paróquia e o Sesc. A gente cedeu as peças para eles reabrirem o museu. E o Governo do Estado ficaria responsável de fazer a restauração dessas peças”, declarou o padre. Apesar dos avanços, nem todas as igrejas tombadas do município foram recuperadas. Um dos templos que está na área urbana da cidade, que já possui projeto de restauro é a Igreja Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos Cativos. Além dos templos, os moradores destacaram que várias praças da cidade foram revitalizadas nos últimos anos, como a Praça da Bíblia, a

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Repercuti Foto Jao Vicente MG

Duo Repercuti lança disco de percussão sinfônica e sonoridades afro-brasileiras

Com apoio do Rumos Itaú, álbum dos percussionistas Emerson Coelho e Emerson Rodrigues chegou às plataformas digitais no dia 10 e ganha show no Teatro Marco Camarotti amanhã, dia 18  O Repercuti, formado por Emerson Coelho e Emerson Rodrigues (Pequeno), apresenta amanhã, no dia 18 de outubro, no Teatro Marco Camarotti, do Sesc Santo Amaro, o show do disco de estreia: “O Som das Baquetas”. Primeiro e único duo de percussão de Pernambuco, criado há seis anos, o Repercuti faz um trabalho pioneiro na música instrumental, propondo o diálogo da percussão sinfônica com instrumentos afro-brasileiros. “O Som das Baquetas” tem apoio do Rumos Itaú Cultural (2019-2020). Os ingressos estão à venda na Sympla. Recém-disponibilizado nas plataformas digitais (no dia 10/10), “O Som das Baquetas” reúne seis composições dos pernambucanos Amaro Freitas, Beto Hortis, César Michiles, Henrique Abino e Laís de Assis, além do próprio Repercuti. A direção geral é do baiano Aquim Sacramento (UFBA) e a produção é de Tainá Menezes. A Zarina Moda Afro faz o styling. “Recebemos a proposta do Rumos Itaú para mudar o projeto inicial, que era de circulação, para o de gravação de um álbum. Nosso desejo era o de lançar obras inéditas de compositores locais e ter uma equipe com a maioria de pessoas pretas no projeto”, revela Emerson Coelho. Emerson Rodrigues comenta a importância de fazer um trabalho autoral no cenário desafiador da música no Brasil. “É um projeto que permite que a gente faça do jeito que sempre quis; que nos coloquemos no lugar de criadores, dando a nossa identidade e, quem sabe, inspirando outros percussionistas”, pontua o músico, mais conhecido como Pequeno. O DISCO A principal característica de “O Som das Baquetas” é ser voltado para a música instrumental executada com qualidade técnica e criatividade, dando liberdade aos artistas de compor e improvisar. “Priorizamos compositores que fazem música instrumental com excelência. Optamos por deixá-los livres, apenas falamos os instrumentos que tocamos. Eles escolheram o caminho estético a seguir”, diz Coelho. O disco abre com a homônima “O Som das Baquetas (Ihin Orun)”, de autoria do duo. Eles utilizam vibrafone, agogô triplo, cowbell, marimba, bongô e china. A expressão Ihin Orun, que acompanha o título, significa “o som do ferro” e remete aos ritmos afro-brasileiros. Sob influência de compositores como John Cage e o minimalista Steve Reich, os músicos usam compassos mistos e defasagens rítmicas, criando efeitos com ferro, com o arco. Como se contassem “uma história” através do som, criam um diálogo com várias camadas sonoras. A segunda faixa é “Chick Corea Forever”, homenagem de Amaro Freitas ao também pianista norte-americano Chick Corea, lançada como single. Os arranjos são de Henrique Albino, que propõe uma separação de vozes explorando as regiões graves e agudas dos instrumentos, distribuindo entre quem faz o acompanhamento e o solo, oferecendo o diálogo de timbres. Pequeno toca marimba de cinco oitavas e Emerson Coelho, um vibrafone, com o Mi grave. O acordeonista Beto Hortis, um dos mais respeitados do País, assina o “Chorinho Bom”, que consegue reunir choro com samba, ganhando vida com vibrafone, pandeiro, marimba, tamborim e surdo. “Convidamos Beto pela excelência com que compõe. É um músico experiente, que cria de valsas a frevos, e com quem já tocamos em concertos”, cita Coelho. O disco segue com “Pakiparabaki”, de Henrique Albino. Trata-se de uma peça longa, com mais de nove minutos e o maior número de instrumentos: marimba, vibrafone, alfaia, caixa, chimbal, prato e um ilu, este último, típico do candomblé nagô. “Henrique é um compositor diversificado, com uma técnica incrível de composição e execução musical, e foi uma figura essencial neste disco. Ele nos desafia a usar o recurso das sonoridades estendidas, que permite extrair sons não convencionais dos instrumentos”, ressalta Pequeno. A mais intimista do disco, segundo os integrantes, é “Anjo Negro”, de César Michiles. Exímio flautista, com uma carreira construída entre o frevo e os shows com Naná Vasconcelos - hoje à frente da Transversal Frevo Orquestra -, Michiles guardava a obra inédita e atendeu ao chamado do Repercuti. Apenas o vibrafone e a marimba são utilizados. “Foi uma das primeiras pessoas que a gente pensou para o trabalho. A composição difere das outras, pelo clima mais “amigável”, tonal. É como um ponto de descanso no disco”, explica Coelho. Um dos grandes nomes femininos da música instrumental atual de Pernambuco, Laís de Assis assina “Nó de Imbuia”, com os dois integrantes executando a marimba, tocando com mãos entrelaçadas, com braços sobrepostos, e ainda Coelho no tambor falante. O nome deriva da madeira nobre com a qual é confeccionada a viola, instrumento maior de Laís. O DUO Criado em 2016, quando os integrantes cursavam Bacharelado em Percussão na UFPE, o Repercuti inova no formato incomum para a percussão. Emerson Coelho e Emerson Rodrigues (Pequeno) unem-se pelo desejo de refletir sobre a prática artística no universo da percussão, com foco no estudo de obras de autores variados, buscando experimentar e propor o diálogo da percussão sinfônica e ritmos afro-brasileiros. O primeiro contato com a música chegou para os artistas de forma distinta: Pequeno cresceu em contato com a música sinfônica na Orquestra Criança Cidadã; Coelho desde a infância teve contato com os ritmos e as tradições afro-brasileiras. Ambos passaram por diversos grupos e orquestras ao longo da carreira (Orquestra Sinfônica Jovem, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra Sinfônica da Paraíba e Grupo de Percussão do Nordeste, entre outros), atuando juntos em formações como a Orquestra de Câmara de Pernambuco. O Repercuti participou de dezenas de festivais pelo Nordeste, concertos e espetáculos como o “Baile do Menino Deus”. Em 2019, além da seleção no Rumos Itaú Cultural 2019-2020, integrou os Espetáculos Musicais do Espaço Cultural BNDES/Temporada 2019- 2020 (RJ). Serviço:Show de lançamento de “O Som das Baquetas – Repercuti" Terça-feira, 18/10, às 19h30, no Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro. Ingressos: R$ 10 pelo Sympla. Instagram: @duorepercutioficial

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Confira os filmes selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo

(Da Secretaria de Cultura de Pernambuco) Nesta edição, o evento contará 38 filmes, com produções de 13 estados brasileiros O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulga a lista de curtas e longas-metragens selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo – marcado para acontecer na segunda quinzena de novembro, no Cineteatro Guarany, em Triunfo. Nesta edição, o festival contará com 38 filmes em competição, representando 13 estados brasileiros em suas mostras competitivas. Ao todo, a Secult-PE recebeu 193 inscrições. Os realizadores dos filmes selecionados serão, em breve, contatados pela coordenação do evento. A programação completa, com mostras especiais e ações de formação, será divulgada nas próximas semanas. Este ano, o Festival de Cinema de Triunfo contará com uma novidade: a Secult-PE está preparando uma programação artística especial para compor o evento, que é um dos mais importantes de Pernambuco no segmento do audiovisual, sendo de muita relevância para impulsionar a economia da cultura do Sertão do Estado. Os filmes concorrerão a R$ 24 mil em prêmios. “O Festival de Cinema de Triunfo joga luzes sobre o cinema e o audiovisual de Pernambuco, que é uma referência para o Brasil e para o mundo. Neste ano, além das mostras, oficinas e conversas, o Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE, está incrementando o festival, com uma programação artística que tem como objetivo agregar potencial turístico ao evento, atraindo visitantes de todas as partes do estado, e também do país”, diz o secretário de Cultura Oscar Barreto. “Apesar da pandemia, que nos forçou a dar uma pausa nas produções audiovisuais, poderemos assistir, em Triunfo, filmes que foram feitos/finalizados bravamente nestes dois últimos anos. Isso demonstra a força da cadeia audiovisual brasileira e também dos nossos profissionais de cinema”, diz Luciana Poncioni, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE. TROFÉUS - Além dos valores distribuídos entre os vencedores de cada categoria, as produções vão concorrer a diversos prêmios, incluindo o troféu “Os Caretas”, concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial (formado por professores, produtores audiovisuais e curadores) e popular. O troféu faz referência às tradicionais figuras dos caretas, personagens do carnaval pernambucano que andam pelas ruas da cidade com chicotes, chocalhos, figurinos típicos e mensagens satíricas. Os filmes serão exibidos no Cineteatro Guarany, que atualmente passa por uma reforma. REFORMA NO GUARANY - Comemorando seu centenário em 2022, o Cineteatro Guarany segue fechado para visitação enquanto recebe novas poltronas e passa por serviços de requalificação e manutenção da edificação. O valor estimado das obras é de cerca de R$ 1,2 milhão, montante que também inclui a climatização do cinema. “Com a série de reforma que estamos empreendendo em nossos equipamentos culturais, o público voltará a frequentar esses espaços e conferir novamente a excelente programação que eles oferecem, como é o caso do Festival de Cinema de Triunfo, que é uma grande vitrine não só para as produções pernambucanas, como de todo o Brasil”, reforça Oscar Barreto. FILMES - Na 13ª Convocatória do Festival de Cinema de Triunfo, foram selecionados 38 filmes, sendo:13 - Curta-Metragem Nacional11 - Curta-Metragem Pernambucano5 - Curta-Metragem dos Sertões5 - Longa-Metragem Nacional4 - Curta-Metragem Infanto-Juvenil Confira a lista dos filmes selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo: CURTA-METRAGEM PERNAMBUCANO Cine Aurélio - Documentário - 2021Direção: Kennel RégisToritama - PE Normandia - Documentário - 2021Direção: Marlom MeirelesCaruaru - PE Inabitável - Ficção - 2020Direção: Matheus Farias e Encok CarvalhoRecife - PE Cabocolino - Documentário - 2021Direção: João MarceloSurubim - PE Nossas Mãos são Sagradas - Documentário - 2021Direção: Júlia MorimTerritório Indígena Pankararu e Recife - PE Xixiá Mestre dos Cânticos Fulni-ô Oficial - Documentário - 2022Direção: Hugo Fulni-ôÁguas Belas - PE Da boca da noite à barra do dia - Documentário - 2021Direção: Tiago DelácioCondado - PE Madeira de Lei - Documentário - 2020Direção: KalorCamaragibe - PE Memórias Submersas - Documentário - 2020Direção: William TenórioAfogados da Ingazeira - PE Obaobarco - Documentário - 2022Direção: André MartinsRecife - PE Um filme com Celso Marconi - Documentário - 2022Direção: Helder Lopes e Paulo de Sá VieiraRecife - PE CURTA-METRAGEM DOS SERTÕES Voz do Relho - Um filme sobre Joaneide Alencar - Documentário - 2022Direção: Leonardo Soares e Raquel MedeirosTriunfo - PE Lamento de Força Travesti - Ficção - 2021Direção: Renna CostaArcoverde - PE Vaudeville! - Ficção - 2021Direção: Élcio Verçosa FilhoPenedo - AL A menina da Ilha - Ficção - 2020Direção: Coletivo Cinema no InteriorIlha de São Félix - Orocó - PE Dentra - Ficção - 2020Direção: Bruna FlorieTriunfo - PE LONGA-METRAGEM NACIONAL O bem virá - Documentário - 2020Direção: Uilma Maíra Queiroz SilvaAfogados da Ingazeira - PE O Povo Pode? - Documentário - 2022Direção: Max AlvimBrasília - DF Delicadeza - Fição - 2022Direção: Ciça CastelloRio de Janeiro - RJ CARRO REI - Ficção - 2021Direção: Renata PinheiroRecife - PE Germino Pétalas no Asfalto - Documentário - 2022Direção: Coraci Ruiz e Julio MatosCampinas - SP CURTA-METRAGEM NACIONAL Andrômeda - Ficção - 2022Direção: Lucas GesserBrasília - DF Todos os Rostos que Amo se Parecem - Ficção - 2022Direção: Davi Mello E Deborah PerrottaSanta Rita do Sapucaí - MG Time de Dois - Ficção - 2021Direção: André SantosNatal - RN Poder Falar – Uma Autoficção - Documentário - 2021Direção: Evandro ManchiniTeresópolis - RJ Adão, Eva e o Fruto Proibido - Ficção - 2021Direção: R.B. LimaJoão Pessoa - PB Você Tem Olhos Tristes - Ficção - 2020Direção: Diogo LeiteSão Paulo - SP luazul - Ficção - Ficção - 2021Direção: Letícia Batista e Vitória LizSão Paulo - SP Ausências - Ficção - 2021Direção: Antônio FargoniSão Carlos - SP Fantasma Neon - Ficção - 2022Direção: Leonardo MartinelliRio de Janeiro - RJ Mamãe! - Ficção - 2021Direção: Hilda Lopes Pontes e Klaus HastenreiterSão Salvador - BA Vai Melhorar - Ficção - 2020Direção: Pedro FiúzaNatal - RN Vale do Vento Eterno - Ficção - 2022Direção: Pedro MedeirosNatal - RN Cem Pilum – A História do Dilúvio - Animação - 2022Direção: Thiago MoraisManaus - AM CURTA- METRAGEM INFANTO JUVENIL Nonna - Animação - 2021Direção: Maria Augusta V. NunesFlorianópolis - SC Capitão Tocha - Ficção

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Mamam Foto Andrea Rego Barros 2

MAMAM recebe seminário de formação de educadores sobre o modernismo pernambucano

O evento é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais. O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães recebe nos dias 20 e 21 de outubro o Seminário de Sensibilização e Formação de Educadores: “Pernambuco Moderno: artes e histórias deslocadas”. O objetivo do evento, que é gratuito, é estimular a abordagem do modernismo pernambucano dentro da sala de aula. Segundo especialistas, como Paulo Herkenhoff, o movimento aqui no estado surgiu antes mesmo do modernismo paulistano, mas acabou sendo esquecido após a Semana de Arte Moderna de 22, que conferiu aos artistas paulistas uma hegemonia, quando o assunto era a disseminação das ideias modernistas no país. O seminário busca resgatar as singularidades estéticas e políticas do movimento pernambucano e sensibilizar os educadores para que o tema seja inserido no programa curricular dos cursos livres e escolas. O evento, que é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais, terá intérprete de Libras. Durante a formação, haverá a troca de conhecimento entre os profissionais da educação e pesquisadores de artes visuais de Pernambuco e haverá orientações e sugestões de formas de abordagens multidisciplinares sobre o tema. O seminário é uma realização do Rec Cultura e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape). Os participantes terão direito a certificado e para se inscrever, basta acessar o link: encurtador.com.br/hkpI5

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HARU com Rapha Santacruz e Sostenes Vida

Circuito Cepe de Cultura realiza a 2ª Feira Literária de Goiana (Fligo) a partir de segunda-feira (17)

(Da Cepe) Maior evento do Circuito Cepe de Cultura, a Feira Literária de Goiana (Fligo) ganha a sua segunda edição e durante uma semana - de segunda-feira (17) até domingo (23) - ocupará dez mil mil metros quadrados do Sesc Ler Goiana. Totalmente gratuita, a Fligo acontecerá das 8h30 às 20h e oferecerá mais de 40 atrações, entre shows,  apresentações teatrais, espetáculos infantis, lançamentos literários, rodas de conversas, oficinas e exibições de filmes. Contará com 26 expositores, entre editoras, livrarias e parceiros institucionais. Jessier Quirino, Sam Silva, Luana Tavares, o premiado ilustrador Roger Mello são algumas presenças especiais. Voltada para todos os públicos, a Fligo conta com o apoio da Prefeitura de Goiana. Entre os lançamentos, destaque para o livro 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego, do historiador Josemir Camilo. O título faz parte da Coleção Pernambuco na Independência (1822-2022), editada pela Cepe com o objetivo de celebrar o bicentenário da independência do Brasil, celebrado este ano. A coleção, composta por dez volumes, já publicou cinco. O lançamento na Fligo ocorre às 17h da segunda-feira (17), e terá participação de Josemir e do organizador da Coleção, George Cabral, com apresentação do presidente do Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana, Harlan Gadelha.  Ainda na segunda-feira, às 19h, acontecerá a palestra “Livros: territórios da palavraimagem”, com o escritor, dramaturgo, diretor de teatro e ilustrador brasiliense Roger Mello. Ele vai conversar com o público sobre a (in)existência de barreiras entre as narrativas visuais e verbais presentes em um livro. “Para mim, imagem e palavra são a mesma coisa. As duas contam histórias”, define Roger, que já recebeu vários prêmios literários, como o Jabuti de melhor livro infantil (2016), com o título Inês (Companhia das Letras).  Na quarta-feira (19), também às 17h, acontecerá outro lançamento da Cepe. Açúcar: Riqueza e Arte em Pernambuco, do arquiteto Fernando Guerra. A obra é fruto de tese acadêmica realizada pelo autor para a Universidade Federal de Pernambuco, e apresenta ao leitor os frutos da produção açucareira na arquitetura civil e religiosa, nos ritos, nas tradições e na religiosidade da população. Às 19h, o antropólogo, jornalista e escritor Bruno Albertim ministra palestra sobre o livro Pernambuco Modernista (Cepe, 2022). O projeto partiu da necessidade de contestar a hegemonia de São Paulo como único disseminador no Brasil das ideias modernistas.  Na sexta-feira (21), é a vez do jornalista Wilfred Gadelha falar sobre o livro Pesado - Origem e consolidação do metal em Pernambuco (Cepe, 2018). Dividida em três partes - O espaço, O som, A imagem -, a obra dá voz gutural a protagonistas como a primeira banda de heavy metal pernambucana, a Herdeiros de Lúcifer, que fez o primeiro show em 1983. Ao final, a obra conta com valiosas imagens - apesar de caseira e toscas em sua maioria. Mas quem queria saber dos ‘camisas pretas’ nordestinos a não ser o underground?  A programação da Fligo abre espaço para a produção dos artistas de Goiana, cidade reconhecida pela profusão de grupos que atuam na promoção da literatura.  Na terça-feira (18), às 17h, o grupo Terça com Poesia, que reúne músicos e poetas de 17 a 80 anos, realizará sarau com o tema “Goiana, pérola Pernambucana”. Na quinta-feira (20), o Jornada Resistência, formado por jovens atores, cantores, poetas e dançarinos ligados ao movimento Hip Hop, sobe ao palco para batalhas de rimas. No  sábado (22), às 15h, cerca de dez escritores do Clube de Leitura e Artes de Goiana (CLAG) - um dos principais e mais ativos coletivos poéticos locais - apresentam trabalhos autorais mesclando poesia e música. Também no sábado, os caboclinhos União Sete Flexas e Canindé de Goiana são atrações de peso.  Infantil - Com atrações e atividades para crianças e adolescentes, a programação infantil vai de cinema a jogos de improviso e de contação de histórias a aula espetáculo e oficinas, pela manhã e à tarde. Um dos destaques da quarta-feira (19) é o Coletivo Tear, que levará para o palco o universo africano na aula espetáculo Luanda Ruanda - histórias africanas. “Luanda Ruanda - histórias africanas é um espetáculo que intercala histórias de tradição oral com músicas e costumes populares de alguns lugares da África, pautado em lendas, mitos e contos de domínio público, com  temática afro-brasileira”, informa a narradora e atriz Stephany Metódio, uma das integrantes do Coletivo Tear. Tem uma hora de duração e é indicado para todas as idades, segundo ela. No domingo (23), a Companhia Fiandeiros de Teatro exibe o espetáculo Vento forte para água e sabão, que narra a história de amizade entre a bolha de sabão Bolonhesa e Arlindo, uma rajada de vento. É livre para todas as idades e tem 55 minutos de duração. Ao longo da semana haverá contação de histórias baseadas em livros como A palavra da boca pra fora (Clara Angélica, Cepe) e Os pés nos quintais e os olhos no mundo: um menino chamado Paulo Freire (Targélia de Souza, Cepe), exibição de filmes, apresentação de vídeo teatro, oficina de pintura e a brincadeira Inventando histórias com Murilo Freire. Professores e alunos da rede municipal de ensino participarão em peso de toda a programação da Fligo. Serão 11.592 alunos de 40 escolas e creches, além de 954 professores e técnicos pedagógicos em atividade como a oficina Ludicidade na escola: vamos ensinar e aprender brincando?, com o mestre em educação Givanilson Soares.  Shows - A partir da sexta-feira (21), a programação termina com apresentações musicais. Quem faz o primeiro espetáculo é o paraibano Jessier Quirino, famoso pela poesia, causos e canções autorais. Na quinta-feira (22) é a vez de Sam Silva, com o show Iso.lados. Cantora, compositora, produtora cultural e instrumentista da cidade de Goiana, ela é considerada um dos talentos da nova música pernambucana. Luana Tavares, cantora e compositora também de Goiana, faz o encerramento no domingo (23) com o show Boca da Mata, dando voz ao empoderamento negro e feminino. A programação completa da 2ª Feira Literária de Goiana está disponível no site www.circuitocepedecultura.com.br. Além

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6 fotos do Edifício Chanteclair Antigamente

*Por Rafael Dantas O icônico Edifício Chanteclair recebe a edição deste ano da Casacor Pernambuco. Situado bem próximo ao Paço Alfândega, ele aparece na maioria das fotos antigas da Ponte Maurício de Nassau. O prédio, inaugurado na década de 1920, está há 22 anos em desuso no Bairro do Recife. Nele funcionou no passado o Gambrinus, que era um misto de restaurante e boate. A primeira operação do Chanteclair, no entanto, foi de residência para trabalhadores do porto do Recife e região. Apenas nas décadas de 40 e 50 é que ganharia o contornos de salões de festas, bares e restaurantes. Entre os anos 60 e 80, o edifício abrigou pensões e prostíbulos ao mesmo tempo que no térreo tinham lojas, lanchonetes, bancos e já mencionado Gambrinus. "No térreo do edifício ficavam os estabelecimentos comercias e apartamentos residenciais nos dois pavimentos superiores. Com o crescimento das atividades portuárias, os apartamentos residenciais foram transformados em pensões onde moravam as prostitutas e faziam programas. O edifício teve esta função até os anos 80 quando diminuíram as atividades do porto.", destacou o artigo científico O papel do mapa de danos na conservação do patrimônio arquitetônico. "Testemunho da boemia que marcou o Bairro do Recife no final do século XIX início do século XX, o Chanteclair não tem apenas valor como monumento isolado, mas faz parte do conjunto eclético que caracteriza um período importante para a história do Bairro do Recife, além do seu valor no contexto paisagístico local.", destacou o artigo o artigo científico O papel do mapa de danos na conservação do patrimônio arquitetônico. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Mirela Paes lança conto da série Amores em Pernambuco

Mirela Paes, escritora e comunicóloga, lançou pela Amazon o conto “Sempre amei você”,  segundo volume da série  “Amores em Pernambuco”, histórias de amor que se passam dentro de cidades do estado e que resultarão em uma coletânea ao final. O e-book custa R$4,99 e também será disponibilizado pela plataforma de assinaturas Kindle Unlimited (KU). “Sempre amei você” narra a história de Camila, uma mulher adulta e determinada que está lidando com problemas de imagem dentro da empresa na qual trabalha. Para provar aos colegas que ela não é uma mulher fria e solitária, resolve tramar um relacionamento falso com seu melhor amigo. “Amores em Pernambuco, é para ser uma série de romances clichês, desses que amamos acompanhar a trajetória,  mas que também trazem algumas reflexões. No caso de Camila, por exemplo, a situação sobre mulheres e o preconceito ainda existente dentro do meio corporativo é discutido em meio ao romance”, conta a escritora. A série de contos, que já tem dois volumes, se tornará uma coletânea ao final com cerca de 5 romances diferentes no estado, mas os leitores podem acompanhar cada história separadamente. “Golden” o primeiro conto, está disponível também em e-book pela Amazon.  Sinopse do conto “Sempre amei você”: Camila não aguenta mais ser o alvo de fofocas no trabalho, ou ter que aturar o ex-namorado, que, para o seu azar também é seu colega na mesma empresa. Para provar para todos que ela não era uma mulher fria e solitária que só pensa em sua carreira, ela vai contar com a ajuda do seu melhor amigo em um plano que parece bem bobo: Em seus últimos dias no escritório, ele será o seu noivo de mentirinha. Sempre foram bons amigos, com toda certeza o seu plano daria muito certo. O que ambos não contavam, era que com esse teatrinho, sentimentos fossem surgir.

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Projeto Ler Pra Ser Fotos Jennyfhem Mendonca

Projeto de promoção à leitura implanta bibliotecas comunitárias no interior de Pernambuco

Ação visa contribuir para a redução dos Índices de Desenvolvimento Social e Humano, por meio do acesso gratuito à leitura, à cultura e novos conhecimentos, entre crianças, adolescentes, jovens e adultos, em áreas rurais e urbanas. Em 2021, estão sendo inauguradas quatro novas unidades, mas a proposta é que, até o fim de 2023, mais sete unidades sejam inauguradas em Pernambuco (Foto: Jennyfhem Mendonça) Os municípios pernambucanos, de Joaquim Nabuco (Mata Sul) e Manari (Sertão), serão contemplados, neste mês de outubro, que é dedicado às crianças e à leitura, com duas novas bibliotecas ambulantes, para acesso gratuito das comunidades. Em 2021, estão sendo entregues quatro novas unidades, mas a proposta é que, até o fim de 2023, mais sete unidades sejam inauguradas em Pernambuco. A iniciativa, pioneira, faz parte do Projeto ‘Ler Pra Ser’, e tem como objetivo atuar na inclusão cultural e na transformação social, de crianças, adolescentes, jovens e adultos, de cidades com os menores Índices de Desenvolvimento Social e Humano, do Estado.  As atividades, nas duas cidades, devem ser realizadas no período de 18 a 25 de outubro. A realização do projeto é da produtora cultural e empreendedora social, Eliz Galvão, por meio da Liga Criativa, com incentivo do Governo do Estado, e recursos do Funcultura. Com a proposta de formar novos leitores e escritores nas cidades, o projeto consiste na doação de uma ‘Caixa de Histórias’ - uma espécie de biblioteca ambulante, que vai circular pelos espaços públicos, de áreas rurais e urbanas dessas cidades, como pontos de cultura, sede de agremiações culturais, praças, associações e a própria casa dos moradores, levando conhecimento, diversão e rodas de diálogo. A caixa decorada, feita em madeira e com rodinhas, conta com uma estrutura de 3m². Dentro dela, um acervo especial, na qual reúne 50 livros físicos e audiolivros. As publicações visam atender público infantil, juvenil e adulto, e, também, pessoas com deficiência, já  que incluem recursos de acessibilidade em Braille e Libras.  A inauguração da biblioteca, na cidade de Joaquim Nabuco, será marcada por uma agenda de atividades lúdicas e culturais, gratuitas. Durante uma semana (18 a 21), a comunidade receberá, dentro da programação festiva de entrega da biblioteca, oficina de contação de histórias para crianças de 08 a 10 anos. Além disso, haverá oficina de mediação de leitura para crianças de 11 a 13 anos. O encontro será realizado sempre das 14h às 17h, no Centro de Educação Musical de Joaquim Nabuco - CEMJN, na Travessa São José, 50, Centro.  Já em Manari, a festa para receber a nova biblioteca ambulante acontece, entre os dias 25 a 27. Lá, a programação se concentra no Sítio Alto do Morcego, s/n, zona rural, no horário das 08 às 12h. As crianças de 08 a 10 anos, que moram na área, vão poder participar da oficina de contação de histórias, ministrada pela equipe de arte-educadores do projeto. Quem tiver, entre 13 e 15 anos, vai assistir a oficina de mediação de leitura. Neste caso, a oficina de contação de história será ministrada pelo arte-educador Anderson Abreu. Já as atividades de mediação de leitura têm à frente o arte-educador, Guga Bezerra.  A coordenadora do projeto, Eliz Galvão, explica que a iniciativa visa ser um instrumento de atuação na desigualdade social, do conhecimento e da cultura, que se faz tão real, no atual momento do País. “Eu acredito que, a educação, somada ao poder da cultura, serão fundamentais para que possamos assegurar o direito dessas crianças e comunidades poderem conquistar novos conhecimentos para transformarem suas vidas e o lugar que nasceram e vivem. Estamos escrevendo uma nova história na vida de cada participante, e lugar que é contemplado com o projeto. ”, destaca. 

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bernadete bruno

Crítica literária: Sombra e nada mais

*Por Paulo Caldas A originalidade se impõe em “Sombria” lançamento da escritora Bernadete Bruto.  É um abraço ao insólito e cenas do incomum brotam da escrita com o envolvimentodo protagonista e a própria sombra. O clima é de ame ou deixe, e, ao longo da leitura, ambos discutem a relação. Sombra e proprietário curtem uma intimidade incômoda, afinal estão lado a lado desde o despertar ao relax na espera do sono. Na troca de farpas, ambos se acendem em ameaças e lamentos. - Por mim ela não sairia da parede, vive imitando o que eu faço, grudada nas minhas pernas a cada passo do andar. “Pior é você, zombando da minha fragilidade, apela e apaga a luz, mas eu volto, afinal, ninguém vive sem mim”. “Sombria”, conforme concebeu a autora, assume momentos de ironia e cinismo, é severa e rude, altiva e resolvida, malcriada e insolente, protestapor ter direitos limitados, implica e desafia.  O conteúdo de texto corrido e história em quadrinhos têm ilustrações da própria Bernadete, projeto visual de André Bruto, impressão primorosa (em papel couchê) da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). Os exemplares podem ser adquiridos na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, Recife, fone WA 55 81 98113-7126.

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