Arquivos Cultura E História - Página 106 De 378 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Estacao Recife postal

7 fotos para celebrar os 50 anos do Museu do Trem do Recife

*Por André Cardoso Inaugurado em 25 de outubro de 1972, o Museu do Trem do Recife é um dos mais tradicionais da capital pernambucana e está completando 50 anos em 2022. Sendo um dos primeiros museus ferroviários criados no Brasil, foi criado por iniciativa do Emerson Jatobá, Chefe da 3ª Divisão Nordeste da RFFSA, com o apoio do sociólogo Gilberto Freyre, através do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundaj. Consolidou-se como um dos principais centros de preservação da memória ferroviária do país. Reunindo um importante acervo da antiga rede de ferrovias nordestina, o espaço conta a história de nossas estradas de ferro e seus impactos sociais e espaciais no desenvolvimento de Pernambuco. O museu promove ações diversas voltadas à difusão e à valorização do patrimônio ferroviário, se constitui como um espaço de aprendizado e de outras experiências enriquecedoras. Desde sua inauguração, está sediado na Estação Central do Recife, cartão-postal recifense e que teve sua construção finalizada em 1888 pela Estrada de Ferro Central de Pernambuco. No início do século XX, sob a gestão da companhia inglesa Great Western of Brazil Railway, passou a ser o principal terminal ferroviário da cidade para os trens de passageiros. Durante quase 100 anos, foi uma das principais estações ferroviárias do Nordeste. Em suas plataformas partiam e chegavam trens de passageiros de cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado, bem como de outros estados nordestinos como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, bem como do antigo sistema de trens urbanos do Recife que antecedeu ao Metrô. A partir de 1972, a Estação Central tornou-se sede do Museu do Trem, ao mesmo tempo que continuava operacional sob a gestão da Rede Ferroviária Federal S/A. Em 1983 a estação foi desativada para a construção do Metrô do Recife, sendo mantido o Museu. Em 2014, o Museu do Trem foi totalmente reestruturado, passando a ocupar todo o prédio. Em reforma desde maio desse ano, a Estação Central será reaberta ao público no próximo ano, trazendo de volta todo o conteúdo e as atividades presenciais do Museu do Trem, que nesse momento tem dado sequência à sua programação com atividades virtuais e com a exposição itinerante “Pare, Olhe, Escute: Os Caminhos do Patrimônio Ferroviário de Pernambuco”. *André Cardoso é historiador, mestre em História Social da Cultura Regional pela UFRPE e coordenador de Ação Educativa do Museu do Trem do Recife

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FEstival Ekaut EDDIE Atica2020

Festival Ekäut Oktoberfest acontece nos dias 22 e 23 no Recife

O Ekäut Oktoberfest, a versão local para o festival alemão de apreciadores de cerveja, será realizado de 22 e 23 deste mês, numa estrutura, montada no Terminal Marítimo, no Bairro do Recife, que vai contar com 2 mil metros quadrados e capacidade para receber 2 mil pessoas. Haverá uma ilha 360° com open bar de chope, área de alimentação, lounge para descanso, e área kids com circuito de atividades, além de ações de interação típicas da Oktoberfest, a exemplo do chope de metro e “faça sua cerveja”. Na área dos restaurantes já estão confirmados Rafa Vasconcellos, Liamba, Cajá, Dama de Ferro BBQ, Bruno BBQ e Frutteto Cozinha Artesanal. Entre as atrações do Festival Ekäut Oktoberfest estão a Uptowband, Raulberto, Allycats, Rodrigo Morcego, Victor Camarote, Dizmaia, Banda Eddie (foto) e Baile do Spok (com maestro Spok e Orquestra) com participação especial de Gabi do Carmo. Ingressos no Sympla.

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CLARA OBSESSAO

Coletivo pernambucano Gambia Rec Produções realiza 1ª Mostra de Cinema

Evento gratuito apresenta três curtas em Recife; Confira a programação A 1ª Mostra de Cinema do coletivo pernambucano Gambia Rec Produções será realizada neste sábado, 22 de outubro, às 20h, no Bar Super 8. O evento tem entrada gratuita e reúne três dos seis curtas-metragens independentes da produtora. De acordo com a organização, a ideia é movimentar a cena do audiovisual, ocupando espaços e alimentando a arte local. “Viver da arte é muito difícil e, com a pandemia, a situação ficou ainda mais crítica, por isso resolvemos criar nossas próprias oportunidades e fortalecer o cenário do audiovisual. Será a primeira edição de muitas outras que pretendemos realizar”, destacou a roteirista Mel de Castro. Todo o processo de criação e produção é feito pelo quinteto, onde cada um cumpre com várias funções dentro do coletivo. Isso exigiu que os artistas buscassem conhecimentos que ainda não possuíam. “É um trabalho desafiador. Mesmo sem tantas ferramentas disponíveis, a gente tenta se virar como pode. Eu atuo, dirijo e roteirizo, mas tive que aprender a editar vídeos para auxiliar na finalização dos filmes”, aponta o ator. Serão exibidos os filmes “Respiro”, de Carolina Queiroz; “Clara Obsessão”, de Stephan Levita e Mel de Castro; e “Promiscuidade Ética”, de Mel de Castro. A classificação indicativa é para maiores de 14 anos. A aprovação de três roteiros pela Lei Aldir Blanc garantiu ao coletivo a possibilidade de adquirir melhores equipamentos de filmagem, som e iluminação. “Não temos os melhores equipamentos cinematográficos, mas conseguimos o básico para fazer um bom trabalho. A Gambia existe há dois anos, nós unimos nossos conhecimentos e experiências para fazer algo que a gente realmente acredita. Então, continuaremos na luta pra viabilizar nossas produções”, pontuou a produtora Rafaela Quintino. A ideia da Mostra surgiu de uma conversa despretensiosa que tomou forma e começou a se consolidar em parceria com Vinicius Costa e Leandro Sandres, os fundadores do Bar Super 8. “Pra gente é um sonho ver eventos como esse sendo realizados. Nossa região tem tanto talento para o audiovisual, e ao mesmo tempo, tão pouco espaço. E a proposta do Super 8 é exatamente essa: tornar visível o audiovisual independente. Que haja mais espaços na nossa cidade, onde possamos exibir cada vez mais o trabalho dessa geração incrível de cineastas”, finalizou Vinicius. Para acompanhar a noite de cinema, o público pode contar boa comida e bebida do Bar Super 8, com opções variadas, além de um espaço temático da sétima arte para fazer muitos registros do momento.  SERVIÇO Hora: 20hData: 22 de outubroLocal: Bar Super 8 (Rua Mamede Simões, 144)EVENTO GRATUITOInstagram: @gambiarec

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BARBARA DE ALENCAR Retrato imaginario feito pelo pintor Ernane Pereira.3

Bárbara de Alencar, a protomártir da Independência

Bárbara Pereira de Alencar, pernambucana, nascida no Exu, na Fazenda Caiçara, em 11 de fevereiro de 1760, e falecida em Fronteiras (PI) no dia18 de agosto de 1832, foi a primeira prisioneira política da história do Brasil e, por sua participação ativa na República Pernambucana de 1817, tornou-se protomártir da Independência do Brasil. Casando-se aos 22 anos, transferiu-se para o Crato, no sul do Ceará. Foi mãe de cinco filhos; dois deles, José Martiniano de Alencar e Carlos José dos Santos, foram estudar no Seminário de Olinda; onde vieram se inteirar das ideias do liberalismo europeu do Século 17, fundamentos do ideário da República de Pernambuco de 1817. Comerciante no Ceará, Dona Bárbara teve papel ativo na divulgação da ideologia liberal que deu causa ao movimento revolucionário, como se depreende da carta do sábio naturalista Manuel Arruda da Câmara (1752-1810), endereçada ao padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, datada de 2 de outubro de 1810, na qual o sábio naturalista a trata por “heroína”: “viúva dos Sertões de Pernambuco, mas domiciliada na Vila do Crato do Ceará”. Com a Proclamação da República de Pernambuco de 1817, dona Bárbara Pereira de Alencar, proclamou a República do Crato, que teve a duração de oito dias. Na repressão à República do Crato, pelas forças imperiais, a família teve confiscados todos os seus bens, documentos e papéis, sendo sua matriarca presa e recolhida, em um poço no Quartel de 1ª Linha, entre a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção e a Cadeia do Crime (depois Cadeia Pública). De lá, saiu para as prisões do Recife e posteriormente da Bahia. Foi a única mulher recolhida à Cadeia da Bahia, quando da Devassa dos Revolucionários de 1817, tendo sido pronunciada em 13 de setembro de 1818, intimada em 30 de setembro de 1819, incluída no Perdão das Cortes de Lisboa em 6 de fevereiro de 1818 e liberada em 30 de setembro de 1819. Assim, Dona Bárbara Pereira de Alencar tornou-se a primeira mulher, prisioneira política do Brasil. Quando da sua prisão em um poço, na Fortaleza de Assunção, onde mal podia permanecer em pé, “conta-se que gritava desesperadamente, dias e dias a fio”, ainda hoje o local é assinalado com a inscrição: “Aqui gemeu Bárbara Pereira de Alencar sob a tirania do Governador Sampaio”. Ao ser enviada para a prisão da Bahia, foi vestida com um camisolão, vestimenta igual à da sua escrava que a acompanhava, mas ao subir no navio uma negra na multidão, que olhava o embarque dos prisioneiros, jogou um chalé para que se cobrisse. Seu filho, o padre José Martiniano de Alencar ganhou notoriedade política, sendo eleito deputado pelo Brasil junto às Cortes de Lisboa (1820); seu outro filho, Tristão Gonçalves Araripe, que veio a ser nomeado Presidente do Ceará, veio a ser morto em combate com as forças imperiais em 30 de outubro de 1825. Dona Bárbara Pereira de Alencar, morreu depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política em 1832 na cidade piauiense de Fronteiras, mas foi sepultada em Campos Sales, no Ceará. Seu túmulo encontra-se em processo de tombamento. Quando das Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, o seu nome permaneceu no esquecimento pelo Canal History (que produziu uma série sobre as mulheres e a Independência, mas não citou Bárbara de Alencar) e pela própria Academia Brasileira de Letras, em seus vários pronunciamentos.

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Galeria Marco Zero anuncia exposição com obras de Paulo Bruscky

Com várias obras inéditas, incluindo peças feitas especialmente para a exposição, a mostra fica na galeria até o início de dezembro, com acesso gratuito A Galeria Marco Zero tem a honra de apresentar Altoretrato: Paulo Bruscky, mostra retrospectiva com curadoria de Moacir dos Anjos que visa homenagear um dos pioneiros da arte conceitual pernambucana. Ocupando todos os espaços expositivos da galeria, a exposição apresenta mais de cem trabalhos do artista desenvolvidos ao longo de 54 anos de carreira. Esta é a primeira vez que uma mostra tão abrangente de Paulo Bruscky é realizada em Pernambuco, apresentando a magnitude da obra de um dos expoentes da arte conceitual no Brasil e um dos principais precursores de diversas manifestações que envolvem arte, tecnologia e comunicação. Com acesso gratuito, a abertura acontece na quarta-feira (19), das 19h às 22h. Em exibição até o início de dezembro, com o horário de funcionamento de segunda à sexta das 10h às 19h e sábado 10h às 17h, na Galeria Marco Zero, que fica localizada na Av. Domingos Ferreira, nº 3393, bairro de Boa Viagem. MULTIMÍDIA - “Para mim, essa é uma das exposições mais importantes da minha trajetória. Eu considero uma retrospectiva, porque vem do início da minha carreira até as últimas obras”, confessa Paulo Bruscky. Aos 73 anos de idade, ele afirma sentir-se feliz e lisonjeado com a individual, e fala da importância de capturar um recorte extenso de um artista para que se entenda quem se é e como isso se construiu. Reconhecido como um dos mais importantes renovadores da cena artística contemporânea do Recife, com obras de caráter crítico à sociedade, Paulo Bruscky acredita na arte como vacina contra o tédio e é por isso que desde o início da carreira já eram nítidos seus atributos multimídia. Desenhos, pinturas, gravuras, performances e produções de livros, caracterizaram seus primeiros anos de vida artística. E no final da década de 60 iniciou uma relação de trabalhos com mídias, intervenções e propostas no campo da Arte Conceitual. Dentre suas experiências, destacou-se também nos gêneros arte postal, áudio-arte, videoarte, artdoor e xerografia/faxarte, que foram apontadas como pioneiras dentro das discussões acerca da utilização de novos meios na Arte Brasileira. CURADOR - Reafirmando sua parceria com a Galeria Marco Zero, Moacir dos Anjos, que assina a curadoria de ‘Devorador de Estrelas’, mostra do artista Gilvan Samico que marcou a inauguração do espaço, em novembro de 2021, volta quase um ano depois, com a ideia de que essa exposição seja uma auto apresentação do Paulo Bruscky em sua magnitude e multiplicidade de ações. Segundo o curador, a ideia é que o conjunto apresentado reflita a importância do artista na história da arte pernambucana. Dos Anjos ainda acrescenta que nesta mostra estarão expostas obras históricas nunca antes exibidas no Recife e outras completamente inéditas: “Os apreciadores de arte da nova geração precisam ver de perto a profusão de mídias e de técnicas utilizadas por Paulo. Ele é um artista de obras consolidadas de várias décadas, reconhecido internacionalmente, mas talvez ainda seja desconhecido por essa nova geração”, encerra. Serviço Exposição “Altoretrato” - Moacir dos Anjos Galeria Marco Zero – Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa Viagem Abertura: 19/10 às 19h | Visitação 19/10 até dezembro Horário - seg à sex | 10h-19h | sáb e dom |10h-17h | Acesso gratuito

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igreja matriz

Goiana: qual o cenário da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural?

Com um conjunto de templos tombados, Goiana viu na última década a recuperação de vários deles por parte de iniciativa da paróquia da cidade e da Santa Casa de Misericórdia. Os recursos para as obras vieram de campanhas junto à população e , no caso da Igreja da Misericórida, do BNDES. Goiana é uma das cidades pernambucanas com maior participação nas lutas históricas do Estado e que guarda no seu centro urbano um precioso conjunto de igrejas centenárias, conventos e monumentos tombadas pelo Iphan. Apesar da quantidade e do valor desses templos religiosos, a preservação deles sempre foi um desafio. Há 8 anos, a Algomais esteve na cidade em uma reportagem para observar o município que vivia a fase de construção do polo automotivo. “Uma característica singular de Goiana, em comparação a outras cidades que receberam polos industriais com alto volume de investimentos, é a riqueza do patrimônio histórico e cultural do município”, registrou a matéria em 2014, que identificou os edifícios religiosos deteriorados, fechados, com seus pátios ocupados pelo comércio popular. Há algumas mudanças nesse cenário, com melhorias, mas também com novas preocupações. Uma das relíquias desse patrimônio histórico, a Igreja da Misericórdia, começou a ser recuperada em 2016. Erguida no século 18, funcionou no seu anexo o único hospital da região por mais de em século. Um dos heróis da história de Pernambuco, o Vigário Tenório, teve suas mãos estão sepultadas na capela-mor desse templo. Pertencente à Santa Casa da Misericórdia de Goiana, o templo e o seu prédio anexo receberam investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a revitalização. Em sua primeira fase, a reforma promoveu serviços de recuperação da torre sineira, esquadrias, cantaria, pisos, coberta, janelas, portas e instalações elétricas, além da pintura interna da igreja. Um dos pré-requisitos para a segunda fase dessa obra era a remoção do comércio popular que se instalava no pátio frontal ao templo. “Através de um pacto entre a Prefeitura, o BNDES e Santa Casa da Misericórdia, foi realizada a remoção da feira do entorno. O Largo da Misericórdia era completamente fechado por bancos de feira, hoje esse espaço é ocupado por jovens, grupos de dança, capoeira. À noite, as pessoas estão passeando, tem recreação para crianças. A população passou a usar o largo imediatamente, pois havia carência de uso desses espaços. É importante olhar não apenas a recuperação dos monumentos, mas da ambiência da cidade. É preciso ter uma atenção nisso", afirmou o provedor da Santa Casa de Misericórdia de Goiana, Bôsco Rabello.  Estão previstos para a próxima etapa a restauração da capela, do altar-mor e do piso de pedra da igreja, além da adaptação dos imóveis a outros usos. O projeto de restauração dela transformará o conjunto arquitetônico em um centro cultural, preparado para receber exposições, apresentações culturais, com adaptação da nave ao uso de teatro e cinema (com equipamentos de projeção de imagem, som e iluminação cênica apropriados), além de estrutura para guarda e pesquisa do acervo documental. Um dos espaços de destaque da cidade que também recebeu um novo cuidado foi a praça do Carmo, que abriga o Cruzeiro mais antigo da América Latina e está de frente à Igreja Nossa Senhora do Carmo e o Convento de São Alberto, pertencente à Congregação dos Freis Carmelitas, restaurada entre 2017 e 2018. “Esse cruzeiro completou 300 anos em 2017. Mas como estava sem restauração na época não foi feita nenhuma festa para o tricentenário. Agora a Prefeitura Municipal e o Iphan fizeram a restauração da praça e uma limpeza nele”, afirmou o pároco da cidade, o padre José Edson Alexandre Ferreira. O pároco chegou em Goiana justamente em 2017. E foi a partir daí que mais peças começaram a se mover para a recuperação do patrimônio arquitetônico da cidade, que são em sua maioria é gerido pela paróquia. “Todas as igrejas de Goiana, que integram o nosso Patrimônio Histórico, são tombadas desde 1938, mas várias estavam fechadas por falta de restauração mesmo. Goiana mudou muito nessa década, mas faltou um plano para o patrimônio histórico. Já que estávamos com grandes empresas chegando, o poder público deveria ter um projeto de revitalização, já que essas empresas têm interesse nesse tipo de investimento. Faltou esse projeto. Quando cheguei, em 2017, junto com as pessoas da cidade, começamos a fazer campanhas para recuperá-las”. A primeira a ser restaurada foi a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, que estava fechada desde 2008 e foi reaberta em fevereiro de 2021. O padre considera que a recuperação desse templo foi a mais importante desse ciclo, pelo simbolismo dela para a cidade. O pároco informa que no ano passado a Igreja Nossa Senhora da Soledade, conhecida na cidade como Casa de Recolhimento, passou a funcionar um abrigo de idosos.  Em 2022, foi recuperada também a Igreja de Nossa Senhora do Amparo dos Homens Pardos, que estava fechada há tanto tempo que as pessoas da paróquia sequer sabem a data em que suas atividades foram interrompidas. Ela foi reaberta em abril deste ano. Outro templo que recebeu recursos dessa campanha para a revitalização dos patrimônios religiosos de Goiana foi a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A expectativa é que em pouco mais de um mês ela seja reinaugurada. Nela funcionava no passado o Museu de Arte Sacra de Goiana, que hoje tem um outro endereço. “O Museu de Arte Sacra foi para o Sesc Goiana. Fizemos um comodato entre a Diocese, a Paróquia e o Sesc. A gente cedeu as peças para eles reabrirem o museu. E o Governo do Estado ficaria responsável de fazer a restauração dessas peças”, declarou o padre. Apesar dos avanços, nem todas as igrejas tombadas do município foram recuperadas. Um dos templos que está na área urbana da cidade, que já possui projeto de restauro é a Igreja Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos Cativos. Além dos templos, os moradores destacaram que várias praças da cidade foram revitalizadas nos últimos anos, como a Praça da Bíblia, a

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Repercuti Foto Jao Vicente MG

Duo Repercuti lança disco de percussão sinfônica e sonoridades afro-brasileiras

Com apoio do Rumos Itaú, álbum dos percussionistas Emerson Coelho e Emerson Rodrigues chegou às plataformas digitais no dia 10 e ganha show no Teatro Marco Camarotti amanhã, dia 18  O Repercuti, formado por Emerson Coelho e Emerson Rodrigues (Pequeno), apresenta amanhã, no dia 18 de outubro, no Teatro Marco Camarotti, do Sesc Santo Amaro, o show do disco de estreia: “O Som das Baquetas”. Primeiro e único duo de percussão de Pernambuco, criado há seis anos, o Repercuti faz um trabalho pioneiro na música instrumental, propondo o diálogo da percussão sinfônica com instrumentos afro-brasileiros. “O Som das Baquetas” tem apoio do Rumos Itaú Cultural (2019-2020). Os ingressos estão à venda na Sympla. Recém-disponibilizado nas plataformas digitais (no dia 10/10), “O Som das Baquetas” reúne seis composições dos pernambucanos Amaro Freitas, Beto Hortis, César Michiles, Henrique Abino e Laís de Assis, além do próprio Repercuti. A direção geral é do baiano Aquim Sacramento (UFBA) e a produção é de Tainá Menezes. A Zarina Moda Afro faz o styling. “Recebemos a proposta do Rumos Itaú para mudar o projeto inicial, que era de circulação, para o de gravação de um álbum. Nosso desejo era o de lançar obras inéditas de compositores locais e ter uma equipe com a maioria de pessoas pretas no projeto”, revela Emerson Coelho. Emerson Rodrigues comenta a importância de fazer um trabalho autoral no cenário desafiador da música no Brasil. “É um projeto que permite que a gente faça do jeito que sempre quis; que nos coloquemos no lugar de criadores, dando a nossa identidade e, quem sabe, inspirando outros percussionistas”, pontua o músico, mais conhecido como Pequeno. O DISCO A principal característica de “O Som das Baquetas” é ser voltado para a música instrumental executada com qualidade técnica e criatividade, dando liberdade aos artistas de compor e improvisar. “Priorizamos compositores que fazem música instrumental com excelência. Optamos por deixá-los livres, apenas falamos os instrumentos que tocamos. Eles escolheram o caminho estético a seguir”, diz Coelho. O disco abre com a homônima “O Som das Baquetas (Ihin Orun)”, de autoria do duo. Eles utilizam vibrafone, agogô triplo, cowbell, marimba, bongô e china. A expressão Ihin Orun, que acompanha o título, significa “o som do ferro” e remete aos ritmos afro-brasileiros. Sob influência de compositores como John Cage e o minimalista Steve Reich, os músicos usam compassos mistos e defasagens rítmicas, criando efeitos com ferro, com o arco. Como se contassem “uma história” através do som, criam um diálogo com várias camadas sonoras. A segunda faixa é “Chick Corea Forever”, homenagem de Amaro Freitas ao também pianista norte-americano Chick Corea, lançada como single. Os arranjos são de Henrique Albino, que propõe uma separação de vozes explorando as regiões graves e agudas dos instrumentos, distribuindo entre quem faz o acompanhamento e o solo, oferecendo o diálogo de timbres. Pequeno toca marimba de cinco oitavas e Emerson Coelho, um vibrafone, com o Mi grave. O acordeonista Beto Hortis, um dos mais respeitados do País, assina o “Chorinho Bom”, que consegue reunir choro com samba, ganhando vida com vibrafone, pandeiro, marimba, tamborim e surdo. “Convidamos Beto pela excelência com que compõe. É um músico experiente, que cria de valsas a frevos, e com quem já tocamos em concertos”, cita Coelho. O disco segue com “Pakiparabaki”, de Henrique Albino. Trata-se de uma peça longa, com mais de nove minutos e o maior número de instrumentos: marimba, vibrafone, alfaia, caixa, chimbal, prato e um ilu, este último, típico do candomblé nagô. “Henrique é um compositor diversificado, com uma técnica incrível de composição e execução musical, e foi uma figura essencial neste disco. Ele nos desafia a usar o recurso das sonoridades estendidas, que permite extrair sons não convencionais dos instrumentos”, ressalta Pequeno. A mais intimista do disco, segundo os integrantes, é “Anjo Negro”, de César Michiles. Exímio flautista, com uma carreira construída entre o frevo e os shows com Naná Vasconcelos - hoje à frente da Transversal Frevo Orquestra -, Michiles guardava a obra inédita e atendeu ao chamado do Repercuti. Apenas o vibrafone e a marimba são utilizados. “Foi uma das primeiras pessoas que a gente pensou para o trabalho. A composição difere das outras, pelo clima mais “amigável”, tonal. É como um ponto de descanso no disco”, explica Coelho. Um dos grandes nomes femininos da música instrumental atual de Pernambuco, Laís de Assis assina “Nó de Imbuia”, com os dois integrantes executando a marimba, tocando com mãos entrelaçadas, com braços sobrepostos, e ainda Coelho no tambor falante. O nome deriva da madeira nobre com a qual é confeccionada a viola, instrumento maior de Laís. O DUO Criado em 2016, quando os integrantes cursavam Bacharelado em Percussão na UFPE, o Repercuti inova no formato incomum para a percussão. Emerson Coelho e Emerson Rodrigues (Pequeno) unem-se pelo desejo de refletir sobre a prática artística no universo da percussão, com foco no estudo de obras de autores variados, buscando experimentar e propor o diálogo da percussão sinfônica e ritmos afro-brasileiros. O primeiro contato com a música chegou para os artistas de forma distinta: Pequeno cresceu em contato com a música sinfônica na Orquestra Criança Cidadã; Coelho desde a infância teve contato com os ritmos e as tradições afro-brasileiras. Ambos passaram por diversos grupos e orquestras ao longo da carreira (Orquestra Sinfônica Jovem, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra Sinfônica da Paraíba e Grupo de Percussão do Nordeste, entre outros), atuando juntos em formações como a Orquestra de Câmara de Pernambuco. O Repercuti participou de dezenas de festivais pelo Nordeste, concertos e espetáculos como o “Baile do Menino Deus”. Em 2019, além da seleção no Rumos Itaú Cultural 2019-2020, integrou os Espetáculos Musicais do Espaço Cultural BNDES/Temporada 2019- 2020 (RJ). Serviço:Show de lançamento de “O Som das Baquetas – Repercuti" Terça-feira, 18/10, às 19h30, no Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro. Ingressos: R$ 10 pelo Sympla. Instagram: @duorepercutioficial

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Confira os filmes selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo

(Da Secretaria de Cultura de Pernambuco) Nesta edição, o evento contará 38 filmes, com produções de 13 estados brasileiros O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulga a lista de curtas e longas-metragens selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo – marcado para acontecer na segunda quinzena de novembro, no Cineteatro Guarany, em Triunfo. Nesta edição, o festival contará com 38 filmes em competição, representando 13 estados brasileiros em suas mostras competitivas. Ao todo, a Secult-PE recebeu 193 inscrições. Os realizadores dos filmes selecionados serão, em breve, contatados pela coordenação do evento. A programação completa, com mostras especiais e ações de formação, será divulgada nas próximas semanas. Este ano, o Festival de Cinema de Triunfo contará com uma novidade: a Secult-PE está preparando uma programação artística especial para compor o evento, que é um dos mais importantes de Pernambuco no segmento do audiovisual, sendo de muita relevância para impulsionar a economia da cultura do Sertão do Estado. Os filmes concorrerão a R$ 24 mil em prêmios. “O Festival de Cinema de Triunfo joga luzes sobre o cinema e o audiovisual de Pernambuco, que é uma referência para o Brasil e para o mundo. Neste ano, além das mostras, oficinas e conversas, o Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE, está incrementando o festival, com uma programação artística que tem como objetivo agregar potencial turístico ao evento, atraindo visitantes de todas as partes do estado, e também do país”, diz o secretário de Cultura Oscar Barreto. “Apesar da pandemia, que nos forçou a dar uma pausa nas produções audiovisuais, poderemos assistir, em Triunfo, filmes que foram feitos/finalizados bravamente nestes dois últimos anos. Isso demonstra a força da cadeia audiovisual brasileira e também dos nossos profissionais de cinema”, diz Luciana Poncioni, coordenadora de Audiovisual da Secult-PE. TROFÉUS - Além dos valores distribuídos entre os vencedores de cada categoria, as produções vão concorrer a diversos prêmios, incluindo o troféu “Os Caretas”, concedido aos filmes escolhidos pelos júris oficial (formado por professores, produtores audiovisuais e curadores) e popular. O troféu faz referência às tradicionais figuras dos caretas, personagens do carnaval pernambucano que andam pelas ruas da cidade com chicotes, chocalhos, figurinos típicos e mensagens satíricas. Os filmes serão exibidos no Cineteatro Guarany, que atualmente passa por uma reforma. REFORMA NO GUARANY - Comemorando seu centenário em 2022, o Cineteatro Guarany segue fechado para visitação enquanto recebe novas poltronas e passa por serviços de requalificação e manutenção da edificação. O valor estimado das obras é de cerca de R$ 1,2 milhão, montante que também inclui a climatização do cinema. “Com a série de reforma que estamos empreendendo em nossos equipamentos culturais, o público voltará a frequentar esses espaços e conferir novamente a excelente programação que eles oferecem, como é o caso do Festival de Cinema de Triunfo, que é uma grande vitrine não só para as produções pernambucanas, como de todo o Brasil”, reforça Oscar Barreto. FILMES - Na 13ª Convocatória do Festival de Cinema de Triunfo, foram selecionados 38 filmes, sendo:13 - Curta-Metragem Nacional11 - Curta-Metragem Pernambucano5 - Curta-Metragem dos Sertões5 - Longa-Metragem Nacional4 - Curta-Metragem Infanto-Juvenil Confira a lista dos filmes selecionados para o 13º Festival de Cinema de Triunfo: CURTA-METRAGEM PERNAMBUCANO Cine Aurélio - Documentário - 2021Direção: Kennel RégisToritama - PE Normandia - Documentário - 2021Direção: Marlom MeirelesCaruaru - PE Inabitável - Ficção - 2020Direção: Matheus Farias e Encok CarvalhoRecife - PE Cabocolino - Documentário - 2021Direção: João MarceloSurubim - PE Nossas Mãos são Sagradas - Documentário - 2021Direção: Júlia MorimTerritório Indígena Pankararu e Recife - PE Xixiá Mestre dos Cânticos Fulni-ô Oficial - Documentário - 2022Direção: Hugo Fulni-ôÁguas Belas - PE Da boca da noite à barra do dia - Documentário - 2021Direção: Tiago DelácioCondado - PE Madeira de Lei - Documentário - 2020Direção: KalorCamaragibe - PE Memórias Submersas - Documentário - 2020Direção: William TenórioAfogados da Ingazeira - PE Obaobarco - Documentário - 2022Direção: André MartinsRecife - PE Um filme com Celso Marconi - Documentário - 2022Direção: Helder Lopes e Paulo de Sá VieiraRecife - PE CURTA-METRAGEM DOS SERTÕES Voz do Relho - Um filme sobre Joaneide Alencar - Documentário - 2022Direção: Leonardo Soares e Raquel MedeirosTriunfo - PE Lamento de Força Travesti - Ficção - 2021Direção: Renna CostaArcoverde - PE Vaudeville! - Ficção - 2021Direção: Élcio Verçosa FilhoPenedo - AL A menina da Ilha - Ficção - 2020Direção: Coletivo Cinema no InteriorIlha de São Félix - Orocó - PE Dentra - Ficção - 2020Direção: Bruna FlorieTriunfo - PE LONGA-METRAGEM NACIONAL O bem virá - Documentário - 2020Direção: Uilma Maíra Queiroz SilvaAfogados da Ingazeira - PE O Povo Pode? - Documentário - 2022Direção: Max AlvimBrasília - DF Delicadeza - Fição - 2022Direção: Ciça CastelloRio de Janeiro - RJ CARRO REI - Ficção - 2021Direção: Renata PinheiroRecife - PE Germino Pétalas no Asfalto - Documentário - 2022Direção: Coraci Ruiz e Julio MatosCampinas - SP CURTA-METRAGEM NACIONAL Andrômeda - Ficção - 2022Direção: Lucas GesserBrasília - DF Todos os Rostos que Amo se Parecem - Ficção - 2022Direção: Davi Mello E Deborah PerrottaSanta Rita do Sapucaí - MG Time de Dois - Ficção - 2021Direção: André SantosNatal - RN Poder Falar – Uma Autoficção - Documentário - 2021Direção: Evandro ManchiniTeresópolis - RJ Adão, Eva e o Fruto Proibido - Ficção - 2021Direção: R.B. LimaJoão Pessoa - PB Você Tem Olhos Tristes - Ficção - 2020Direção: Diogo LeiteSão Paulo - SP luazul - Ficção - Ficção - 2021Direção: Letícia Batista e Vitória LizSão Paulo - SP Ausências - Ficção - 2021Direção: Antônio FargoniSão Carlos - SP Fantasma Neon - Ficção - 2022Direção: Leonardo MartinelliRio de Janeiro - RJ Mamãe! - Ficção - 2021Direção: Hilda Lopes Pontes e Klaus HastenreiterSão Salvador - BA Vai Melhorar - Ficção - 2020Direção: Pedro FiúzaNatal - RN Vale do Vento Eterno - Ficção - 2022Direção: Pedro MedeirosNatal - RN Cem Pilum – A História do Dilúvio - Animação - 2022Direção: Thiago MoraisManaus - AM CURTA- METRAGEM INFANTO JUVENIL Nonna - Animação - 2021Direção: Maria Augusta V. NunesFlorianópolis - SC Capitão Tocha - Ficção

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Mamam Foto Andrea Rego Barros 2

MAMAM recebe seminário de formação de educadores sobre o modernismo pernambucano

O evento é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais. O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães recebe nos dias 20 e 21 de outubro o Seminário de Sensibilização e Formação de Educadores: “Pernambuco Moderno: artes e histórias deslocadas”. O objetivo do evento, que é gratuito, é estimular a abordagem do modernismo pernambucano dentro da sala de aula. Segundo especialistas, como Paulo Herkenhoff, o movimento aqui no estado surgiu antes mesmo do modernismo paulistano, mas acabou sendo esquecido após a Semana de Arte Moderna de 22, que conferiu aos artistas paulistas uma hegemonia, quando o assunto era a disseminação das ideias modernistas no país. O seminário busca resgatar as singularidades estéticas e políticas do movimento pernambucano e sensibilizar os educadores para que o tema seja inserido no programa curricular dos cursos livres e escolas. O evento, que é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais, terá intérprete de Libras. Durante a formação, haverá a troca de conhecimento entre os profissionais da educação e pesquisadores de artes visuais de Pernambuco e haverá orientações e sugestões de formas de abordagens multidisciplinares sobre o tema. O seminário é uma realização do Rec Cultura e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape). Os participantes terão direito a certificado e para se inscrever, basta acessar o link: encurtador.com.br/hkpI5

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HARU com Rapha Santacruz e Sostenes Vida

Circuito Cepe de Cultura realiza a 2ª Feira Literária de Goiana (Fligo) a partir de segunda-feira (17)

(Da Cepe) Maior evento do Circuito Cepe de Cultura, a Feira Literária de Goiana (Fligo) ganha a sua segunda edição e durante uma semana - de segunda-feira (17) até domingo (23) - ocupará dez mil mil metros quadrados do Sesc Ler Goiana. Totalmente gratuita, a Fligo acontecerá das 8h30 às 20h e oferecerá mais de 40 atrações, entre shows,  apresentações teatrais, espetáculos infantis, lançamentos literários, rodas de conversas, oficinas e exibições de filmes. Contará com 26 expositores, entre editoras, livrarias e parceiros institucionais. Jessier Quirino, Sam Silva, Luana Tavares, o premiado ilustrador Roger Mello são algumas presenças especiais. Voltada para todos os públicos, a Fligo conta com o apoio da Prefeitura de Goiana. Entre os lançamentos, destaque para o livro 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego, do historiador Josemir Camilo. O título faz parte da Coleção Pernambuco na Independência (1822-2022), editada pela Cepe com o objetivo de celebrar o bicentenário da independência do Brasil, celebrado este ano. A coleção, composta por dez volumes, já publicou cinco. O lançamento na Fligo ocorre às 17h da segunda-feira (17), e terá participação de Josemir e do organizador da Coleção, George Cabral, com apresentação do presidente do Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana, Harlan Gadelha.  Ainda na segunda-feira, às 19h, acontecerá a palestra “Livros: territórios da palavraimagem”, com o escritor, dramaturgo, diretor de teatro e ilustrador brasiliense Roger Mello. Ele vai conversar com o público sobre a (in)existência de barreiras entre as narrativas visuais e verbais presentes em um livro. “Para mim, imagem e palavra são a mesma coisa. As duas contam histórias”, define Roger, que já recebeu vários prêmios literários, como o Jabuti de melhor livro infantil (2016), com o título Inês (Companhia das Letras).  Na quarta-feira (19), também às 17h, acontecerá outro lançamento da Cepe. Açúcar: Riqueza e Arte em Pernambuco, do arquiteto Fernando Guerra. A obra é fruto de tese acadêmica realizada pelo autor para a Universidade Federal de Pernambuco, e apresenta ao leitor os frutos da produção açucareira na arquitetura civil e religiosa, nos ritos, nas tradições e na religiosidade da população. Às 19h, o antropólogo, jornalista e escritor Bruno Albertim ministra palestra sobre o livro Pernambuco Modernista (Cepe, 2022). O projeto partiu da necessidade de contestar a hegemonia de São Paulo como único disseminador no Brasil das ideias modernistas.  Na sexta-feira (21), é a vez do jornalista Wilfred Gadelha falar sobre o livro Pesado - Origem e consolidação do metal em Pernambuco (Cepe, 2018). Dividida em três partes - O espaço, O som, A imagem -, a obra dá voz gutural a protagonistas como a primeira banda de heavy metal pernambucana, a Herdeiros de Lúcifer, que fez o primeiro show em 1983. Ao final, a obra conta com valiosas imagens - apesar de caseira e toscas em sua maioria. Mas quem queria saber dos ‘camisas pretas’ nordestinos a não ser o underground?  A programação da Fligo abre espaço para a produção dos artistas de Goiana, cidade reconhecida pela profusão de grupos que atuam na promoção da literatura.  Na terça-feira (18), às 17h, o grupo Terça com Poesia, que reúne músicos e poetas de 17 a 80 anos, realizará sarau com o tema “Goiana, pérola Pernambucana”. Na quinta-feira (20), o Jornada Resistência, formado por jovens atores, cantores, poetas e dançarinos ligados ao movimento Hip Hop, sobe ao palco para batalhas de rimas. No  sábado (22), às 15h, cerca de dez escritores do Clube de Leitura e Artes de Goiana (CLAG) - um dos principais e mais ativos coletivos poéticos locais - apresentam trabalhos autorais mesclando poesia e música. Também no sábado, os caboclinhos União Sete Flexas e Canindé de Goiana são atrações de peso.  Infantil - Com atrações e atividades para crianças e adolescentes, a programação infantil vai de cinema a jogos de improviso e de contação de histórias a aula espetáculo e oficinas, pela manhã e à tarde. Um dos destaques da quarta-feira (19) é o Coletivo Tear, que levará para o palco o universo africano na aula espetáculo Luanda Ruanda - histórias africanas. “Luanda Ruanda - histórias africanas é um espetáculo que intercala histórias de tradição oral com músicas e costumes populares de alguns lugares da África, pautado em lendas, mitos e contos de domínio público, com  temática afro-brasileira”, informa a narradora e atriz Stephany Metódio, uma das integrantes do Coletivo Tear. Tem uma hora de duração e é indicado para todas as idades, segundo ela. No domingo (23), a Companhia Fiandeiros de Teatro exibe o espetáculo Vento forte para água e sabão, que narra a história de amizade entre a bolha de sabão Bolonhesa e Arlindo, uma rajada de vento. É livre para todas as idades e tem 55 minutos de duração. Ao longo da semana haverá contação de histórias baseadas em livros como A palavra da boca pra fora (Clara Angélica, Cepe) e Os pés nos quintais e os olhos no mundo: um menino chamado Paulo Freire (Targélia de Souza, Cepe), exibição de filmes, apresentação de vídeo teatro, oficina de pintura e a brincadeira Inventando histórias com Murilo Freire. Professores e alunos da rede municipal de ensino participarão em peso de toda a programação da Fligo. Serão 11.592 alunos de 40 escolas e creches, além de 954 professores e técnicos pedagógicos em atividade como a oficina Ludicidade na escola: vamos ensinar e aprender brincando?, com o mestre em educação Givanilson Soares.  Shows - A partir da sexta-feira (21), a programação termina com apresentações musicais. Quem faz o primeiro espetáculo é o paraibano Jessier Quirino, famoso pela poesia, causos e canções autorais. Na quinta-feira (22) é a vez de Sam Silva, com o show Iso.lados. Cantora, compositora, produtora cultural e instrumentista da cidade de Goiana, ela é considerada um dos talentos da nova música pernambucana. Luana Tavares, cantora e compositora também de Goiana, faz o encerramento no domingo (23) com o show Boca da Mata, dando voz ao empoderamento negro e feminino. A programação completa da 2ª Feira Literária de Goiana está disponível no site www.circuitocepedecultura.com.br. Além

Circuito Cepe de Cultura realiza a 2ª Feira Literária de Goiana (Fligo) a partir de segunda-feira (17) Read More »