Arquivos Cultura E História - Página 106 De 376 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

Alepe 2 1

10 fotos da Alepe Antigamente

No próximo domingo, Pernambuco e o Brasil estarão celebrando uma das eleições mais acirradas e tensas desde a redemocratização. Em referência ao período eleitoral, a coluna Pernambuco Antigamente resgata uma série de imagens do prédio da Assembléia Legislativa de Pernambuco. O Palácio Joaquim Nabuco, localizado na Rua da Aurora e em frente ao Rio Capibaribe, é um dos ícones da arquitetura pernambucana. As fotos são da Villa Digital, da Fundaj, dos Acervos de Josebias Bandeira, Benício Dias, Manoel Tondella e d Biblioteca do IBGE. De acordo com o site da Alepe, o atual prédio só foi concluído e entregue definitivamente no dia 20 de janeiro de 1876. O projeto e o início da construção, em 1870, foi de responsabilidade de José Tibúrcio Pereira Magalhães, major do Corpo de Engenheiros e bacharel em Ciências Físicas e Matemática. . . De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, o estilo dórico clássico do prédio era o padrão arquitetônico para os edifícios públicos naquela época. Ela aponta que apesar de reformas que o palácio passou ao longo desse tempo, o exterior manteve todas as características da sua inauguração. O nome Palácio Joaquim Nabuco só foi atribuído ao edifício em 1948, por indicação do deputado Tabosa de Almeida. Alepe em 1905 (esta imagem é do Acervo Manoel Tondella) Alepe, em 1906 Alepe, na década de 1910 . Alepe, em 1915 . Alepe, em 1922 Vista aérea do bairro Com a Faculdade de Direito em primeiro plano e a Alepe às margens do Rio Capibaribe . Postal da Alepe   *Por Rafael Dantas é repórter da Algomais  (rafael@algomais.com). O jornalista assina a coluna Gente & Negócios no site da Algomais REFERÊNCIA: GASPAR, Lúcia. Assembléia Legislativa de Pernambuco. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar>. Acesso em: 1 fev. 2018. História da Alepe. Site da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Disponível em: <http://www.alepe.pe.gov.br/historia>. Acesso em: 1 fev. 2018.

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Acervo Museu de Arte Popular Foto Bruno Castanha 1

Prefeitura do Recife reabre Museu de Arte Popular

Espaço cultural recebeu melhorias e intervenções no telhado, forro e paredes, ganhou novos projetos de climatização e iluminação, além de reposição de expositores e vitrines. Sexta entrega do Movimento de Valorização dos Equipamentos Culturais – Move Cultura, funcionará de terça a sexta e aos domingos (Acervo Museu de Arte Popular - Foto Bruno Castanha) (Da Prefeitura do Recife) Dedicada à produção artística em diferentes plataformas e materiais, da madeira à cerâmica, do gesso ao barro, o Museu de Arte Popular (MAP), localizado no Pátio de São Pedro, reabre as portas para o público nesta sexta-feira (23), às 15h, para visitação. O museu, mantido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, funcionará de terça a sexta-feira, das 9h às 16h, e aos domingos, das 13h às 16h, na casa de número 49. A requalificação do MAP incluiu intervenções no telhado, forro e paredes, para correção de infiltrações, além de novos projetos de climatização e iluminação, melhorias na parte elétrica e substituição de expositores e vitrines. O projeto original do museu, no entanto, foi mantido, preservando-se as características originais do salão expositivo, desenhado pela arquiteta Janete Costa, na década de 1980. Esta será a sexta entrega do Movimento de Valorização dos Equipamentos Culturais – Move Cultura, definido como prioridade da nova política cultural implementada no Recife, para assegurar espaços de fomento, salvaguarda e experimentação da cultura cada vez mais atuantes e fortalecidos em suas propostas e provocações ao público. Na reabertura, estará em cartaz no museu a exposição “Tapirurama, Gerações do Massapê”, que apresenta ao público recifense novos nomes da arte popular nordestina, promovendo o diálogo entre diferentes gerações de artistas ceramistas, que tradicionalmente transmitem seu ofício “de pai para filho”. Com curadoria do arquiteto J. Melo, a mostra conta histórias de vidas inscritas no barro, na madeira e no imaginário do povo de Tracunhaém, reconhecido nascedouro artístico pernambucano e nordestino. A exposição terá longa duração, ficando em cartaz por um ano, com acessibilidade garantida: piso tátil e acompanhamento de guia durante a visita para pessoas cegas. Neste período, haverá substituições de peças de artistas que fazem parte do acervo do museu, para assegurar a diversidade da amostra apresentada ao público. 

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Colecao Pernambuco na Independencia primeiros titulos

Cepe lança Coleção Pernambuco na Independência

Primeiros títulos serão apresentados na quinta-feira (29) durante evento no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (Da Cepe) No mês do Bicentenário da Independência do Brasil, a Cepe Editora lança a Coleção Pernambuco na Independência (1822-2022). O conjunto, com dez livros, traz um olhar sobre o tema na perspectiva pernambucana, mostrando que a emancipação do país vai além das ações de personagens do centro do poder imperial, a exemplo de dom Pedro, e tem raízes nas lutas ocorridas em várias províncias. Dos dez livros, cinco serão lançados no próximo dia 29, às 19h, no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), bairro da Boa Vista. “A coleção é um esforço de conjugar leituras contemporâneas sobre o processo da Independência, com textos clássicos e documentos de época”, afirma o historiador e coordenador científico da coleção, George Félix Cabral de Souza. De acordo com ele, as obras oferecem um olhar contemporâneo sobre o tema, principalmente na perspectiva de Pernambuco e diferente da historiografia centrada no Sudeste e em Dom Pedro, que desconsidera os olhares de outras regiões e estados fora do eixo Rio-São Paulo. Coordenadora editorial da coleção, a jornalista Silvia Bessa considera o conjunto de obras como “um documento necessário para se entender a História do Brasil, mostrando a importante – e muitas vezes esquecida – contribuição de Pernambuco para a Independência”. Ela diz que a coleção restaura verdades históricas, à medida que revela o papel de Pernambuco como protagonista no período que vai da chegada da Família Real, em 1808, até a Confederação do Equador, em 1824. Obras - Duas das cinco obras são inéditos os títulos 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego, do historiador Josemir Camilo de Melo, além de Pernambuco na Independência do Brasil: Olhares do nosso tempo, organizado por George Félix Cabral de Souza. Por sua vez, os livros Oliveira Lima: Obra seleta – História e A propósito da Independência e do Império: Escritos de Gilberto Freyre, organizados pelo historiador, diplomata e escritor André Heráclio do Rêgo, trazem estudos introdutórios inéditos, seguidos de um conjunto de textos pouco conhecidos dos dois mestres pernambucanos. Esses textos foram criteriosamente selecionados em edições antigas de periódicos, publicações acadêmicas e memórias oficiais, por exemplo. Considerado referência para o estudo da história pernambucana, Liberais & liberais: Guerras civis em Pernambuco no século XIX, com edição esgotada há tempo, ganha edição revisada dentro da Coleção Pernambuco na Independência. O livro é de Socorro Ferraz, historiadora e professora associada do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A coleção inclui os relançamentos de O patriotismo constitucional: Pernambuco 1820-1822, do historiador e jurista Denis Bernardo (1948-2012), e de Pernambuco: da Independência à Confederação do Equador, de Barbosa Lima Sobrinho (1897-1897). Com edição esgotada no mercado, a obra de Denis Bernardo refuta a ideia da unidade nacional construída a partir do centro do poder, sem o contraponto das visões regionalistas sobre o estado e a nação brasileira. Entre os inéditos ainda será publicada a Biografia de Gervásio Pires Ferreira, organizada por Antônio Joaquim de Mello. Outras duas obras vão trazer uma seleta de Nilo Pereira (organização de George Cabral e Roberto Pereira) e um conjunto documentos de época sobre a história da independência em Pernambuco (organização de George Cabral e Josemir Camilo de Melo). A coleção, faz parte de uma série de iniciativas da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil instituída pelo governador Paulo Câmara e da qual a Cepe faz parte. Sinopses dos primeiros títulos: Liberais e liberais: Guerras civis em Pernambuco no século XIX O estudo contribui para a discussão do papel das revoluções e insurreições fundamentadas na ideologia liberal, em Pernambuco, no século XIX, durante o processo de Independência do Brasil. A falta de um consenso sobre a formação do Estado nacional gerou conflitos que se apoiaram nas duas faces do liberalismo: uma que enfatiza a sociedade civil, em oposição ao Estado; a outra que encontra no Estado o garantidor da liberdade individual. Ao ganharem força as ideias liberais radicais de Frei Caneca, que se colocaram em oposição ao liberalismo orgânico que fundamentava os escritos e ações de José Bonifácio de Andrada e Silva, esses dois modelos de liberalismo se enfrentaram pela política, pela astúcia e pelas armas. 1821: A “revolução” liberal em Goiana e a queda do general Luís do Rego Resultado de pesquisa inédita, o relato de Josemir Camilo situa a atuação dos liberais de Goiana no movimento libertário que levou à formação da República instituída pelos pernambucanos em 1817, que durante 74 dias estiveram livres do jugo português. O autor resgata o conturbado ambiente de violenta repressão que se sucedeu ao movimento, sob a tutela do general Luís do Rego, enviado por Dom João VI a Pernambuco. Em Goiana, o general teve de enfrentar as investidas dos jovens dispostos a pegar em armas pela Independência, que marcharam para o Recife a fim de participar do cerco às tropas do governo e suas estratégias no trato com o governador da província. Pernambuco na Independência do Brasil: Olhares do nosso tempo A publicação pretende oferecer uma visão sobre como ocorreu o processo de Independência em Pernambuco e a partir de Pernambuco. Ao questionar interpretações cristalizadas na historiografia, os autores dos 10 textos desta coletânea provocam novas reflexões e jogam luz sobre questões que dialogam diretamente com a nossa problemática atual. Os textos são fruto das experiências de pesquisa e docência de especialista, versando sobre temas como a relação da escravidão e a Independência, o papel dos magistrados nas lutas políticas e os protestos, embates e guerras da época. Os autores dosam o rigor acadêmico e a fluidez do texto, construindo narrativas que são, ao mesmo tempo, acessíveis e densas. Oliveira Lima: Obra seleta – História Considerado o maior historiador da Independência, o pernambucano Oliveira Lima fundamentava sua interpretação dos acontecimentos na documentação histórica incontestável, além da capacidade de correlacionar os contextos históricos internacionais e nacionais. Seu legado é reavaliado neste livro, em que se destaca o caráter interpretativo de sua obra. Oliveira Lima se propunha a alcançar uma visão integradora da História, para além das glórias militares, das guerras e dos acontecimentos políticos, mas também a História do povo, seu ambiente moral, as relações de dependência, a História geográfica da conquista do Sertão e a crônica íntima das relações entre os portugueses de Portugal e os do Brasil. A propósito da Independência e do Império: Escritos de Gilberto Freyre O livro

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Lord Jimmy foto 1 credito Ytallo Barreto

Sesc Santo Amaro sedia exposição do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy

Com incentivo do Funcultura, mostra ficará em cartaz de 27 de setembro a 10 de novembro, com visitação aberta ao público O Sesc Santo Amaro sedia a exposição individual “O Sublime Obscuro: Narrativas do Inconsciente Grotesco”, que apresenta um recorte da produção do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy, com curadoria de Enrique Andrade. A mostra reúne mais 30 ilustrações de dimensões variadas e técnicas diversas (lápis, carvão, bico de pena, óleo e guache), uma escultura de personagem e fragmentos de um curta-metragem de animação stop motion, que revelam aspectos da poética visual do artista. A exposição ficará em cartaz de hoje (27 de setembro) até o dia 10 de novembro, com visitação gratuita e atividades abertas ao público. O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura. Lorde Jimmy é o pseudônimo usado por Emmanuel Martins, 26 anos, natural de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco. Vivenciou a liberdade criadora e imaginativa da infância, como uma criança que via no desenho uma maneira de expressar seus mundos. Só mais tarde, no ensino médio, percebeu a possibilidade da arte enquanto profissão. Em 2020, concluiu o curso de bacharelado em Design, na Universidade Boa Viagem. Lorde Jimmy utiliza do imaginário mítico comumente presente nos contos de fadas, dos séculos 17, 18, 19 e 20, para construir narrativas fantásticas e absurdas em cenários obscuros, usando a estética do grotesco. A construção das ilustrações vem do traço característico em bico de pena e lápis do Ilustrador, entre o preto e branco, que usa o gótico para basear seus universos oníricos. As construções de narrativas baseadas em contos de fadas assumem importância simbólica e norteiam o desenvolvimento da exposição, levando o autor a cumprir um dos seus objetivos, que é a de gerar discussão acerca da ressignificação dos temas abordados, pois o sentido de contos de fadas é usado pelo artista em sua totalidade, apresentando temas que levam a uma evolução pessoal. Seguindo essa ideia, outros temas são trazidos para agregar mais camadas às narrativas, como a depressão, solidão, angústia e a morte, questões frequentes na obra do artista. As influências regionais do artista, que nasceu e viveu no Sertão de Pernambuco, influenciam a composição obscura dos cenários desenvolvidos nas imagens, que tem ligação com o exagero da visão infantil e suas experiências ligadas às lendas contadas pelas crianças nas fazendas do interior pernambucano. As imagens pretendem encarnar a dramaticidade desse ambiente rico em mística e mitos, ao mesmo tempo em que dialogam com outras influências que participam da construção do imaginário do artista, tais como Victor Hugo, Mary Shelley, Edward Lear, Edward Gorey, Tim Burton, John Kenn Mortensen, Gustave Doré, Albrecht Durer, Goethe, entre outros. Junto às ilustrações expostas, também serão exibidos trechos de contos e estudos preliminares que integraram o processo criativo do artista, revelando ao público seu percurso de construção visual. Haverá também a apresentação de fragmentos do curta-metragem de animação stop motion “O Guia e as Crianças Perdidas”, que se encontra em desenvolvimento. Protagonizado pelo personagem “O Guia”, o curta é conduzido por uma narrativa tragicômica e nonsense em meio a cenários obscuros. A história apresenta a figura grotesca do personagem principal como o fio condutor da trama. O Guia é incumbido de resgatar crianças perdidas nesta realidade soturna, mas tem sua missão mal sucedida pelo fato delas fugirem com medo, devido à sua aparência bizarra. Assim, consequentemente, essas crianças acabam desaparecendo. PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES Durante o período da exposição, haverá uma programação de atividades abertas ao público. Serão quatro visitas guiadas e três palestras. Confira a seguir. VISITAS GUIADAS Memento Mori A vivência levantará questões como mortalidade, memória e utilização do patrimônio arquitetônico local como espaço de construção afetiva com a cidade, iniciado no território do Cemitério de Santo Amaro. Data: 30 de setembro, das 14h30 às 16h30 Criação de personagem A vivência propõe a criação de seres fantásticos através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, utilizando algumas técnicas no desenho para dar corpo ao personagem. Público: dos 15 aos 21 anos Data: 04 de outubro, das 14h30 às 16h Meu amigo imaginário Através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, a vivência para crianças se propõe na criação dos amigos imaginários, utilizando o desenho como ferramenta criadora. Público: dos 9 aos 14 anos Data: 07 de outubro, das 14h30 às 16h Memórias e Afetos, uma tarde de Chá A vivência pensada para a terceira-idade convida para uma tarde de chá e muita conversa, abordando questões sobre memórias como um lugar de afeto e como essas lembranças abraçam a exposição. Público: a partir dos 60 anos Data: 10 de outubro, das 14h30 às 16h PALESTRAS Construindo mundos fantásticos Apresentação da construção temática das peças produzidas pelo artista e expostas na galeria. Abordagem do processo técnico a lápis, finalização em nanquim e construção dos bonecos de animação. Data: 13 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Momemóriabilia Colecionismo, antiquarismo e objetos como portadores de memórias e afetos. Exploração da arte em antigos objetos do cotidiano, suas formas, funções, valor estético e usabilidade no decorrer do tempo. Data: 18 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Hogwarts uma história No formato de mesa redonda, serão abordados os aspectos técnicos, conceituais, narrativos e artísticos do universo de Harry Potter adaptado ao cinema. Data: 20 de outubro, com Lorde Jimmy e equipe do @potterando, das 14h30 às 16h30

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Lia

Lia de Itamaracá lança cineclube ‘O Canto da Sereia’ com estreia de videoclipe

Projeto, que vai acontecer na Embaixada da Ciranda, na sexta-feira (30), também vai contar na programação com sessão especial de curtas do Recifest e o Som na Rural  (Foto: Ytallo Barreto)       Lia de Itamaracá construiu, ao longo dos anos, um percurso artístico que vai além da indústria fonográfica. O legado da Rainha da Ciranda é a arte. Não importa qual. Em mais um grande passo na sua jornada artística, Lia lança uma novidade, seu cineclube “O Canto da Sereia”, na próxima sexta-feira (30), na Embaixada da Ciranda, na praia de Jaguaribe. O projeto nasce como desenvolvimento das atividades audiovisuais do Centro Cultural Estrela de Lia, mas também pela atração que a cirandeira exerce sobre o cinema. Na estreia, os visitantes vão assistir ao videoclipe inédito “Dorme Pretinho”, inspirado nas suas memórias de infância. O trabalho faz um recorte poético de Lia com sua mãe, Matildes, na ilha que carrega no nome.        Além disso, dentro da programação, o cineclube vai contar ainda com sessão itinerante do Recifest, com a exibição dos curtas “Quebra Panela”, “Crescer onde nasce o sol”, “O fundo dos nossos corações” e “Adão, Eva e o fruto proibido”. O Som na Rural também vai marcar presença numa grande roda de ciranda com Lia.     O clipe “Dorme Pretinho” é originário da música adaptada por Beto Hees, produtor de Lia há mais de duas décadas, que trouxe em sua versão o linguajar e o habitat da infância da cirandeira. A canção é versão brasileira de “Duerme Negrito”, original do cancioneiro popular latino americano, de domínio público, compilada por Atahualpa Yupanqui e gravada na década de 1980 por Mercedes Sosa. A música “Dorme Pretinho” tem a direção artística de Marcus Preto e direção musical de Pupillo.     “O videoclipe traz alguns personagens, dentre eles o mangue, que era o ‘playground’ de onde Lia resgata as memórias das brincadeiras com os irmãos e amigos e onde Dona Matildes, sua mãe, tirava o sustento da família. O clipe mostra, principalmente, a relação da Maria Madalena com a mãe, através de uma cantiga de ninar, versão adaptada para o universo local, com paisagens de locais ainda preservados”, explica a cineasta Lia Letícia. As personagens do clipe são todas marisqueiras da Ilha de Itamaracá. Quem interpreta a mãe da cirandeira é a sobrinha de Lia, Maria Salete Correia do Nascimento.   A Ilha de Lia tem se tornado cada vez mais um lugar de produção e, agora com o cineclube, de exibição e discussão sobre o audiovisual. “O Cineclube celebra a vida e obra dessa cirandeira que é reconhecida no mundo. Sua história que guia o eixo curatorial. No decorrer de oito edições, os filmes vão abordar histórias que enaltecem negros e indígenas enquanto protagonistas, fugindo da tradição de colocá-los somente em papéis secundários ou folclorizados”, conta Ytallo Barreto, que coordena o projeto.        NAS TELONAS  - Grandiosa na vida real, Lia de Itamaracá fica ainda maior numa tela de cinema. A Rainha da Ciranda tem atraído a atenção de cineastas e já foi retratada em pelo menos seis filmes. A cirandeira está na série espanhola “Santo”, lançada no último dia 16 na Netflix, e que tem o ator Bruno Gagliasso como protagonista. As gravações foram realizadas em Madrid e em Salvador (BA) - onde Lia participou das filmagens. Na trama, ela vive uma mãe de santo. A série tem criação de Carlos López-Gallego, que divide a direção com Vicente Amorim. Esse é o primeiro projeto original da Netflix realizado entre o Brasil e a Espanha. SERVIÇO: Cineclube O Canto da SereiaData: 30 de setembroEntrada: gratuitaLocal: Embaixada da Ciranda: Avenida Benigno Cordeiro Galvão, 559, Jaguaribe - Ilha de Itamaracá 

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Imagem Coletivo Caverna

4ª Edição do Reside Festival acontece no Recife até o dia 28

A 4ª edição do Reside Festival acontece a a 28 de setembro de 2022, no Teatro Hermilo/Apolo, no centro do Recife, e apresenta ao público o resultado de dois projetos de colaboração internacional que realizou entre 2021 e 2022, com a Holanda e com a Argentina. O primeiro é o Projeto de Internacionalização de Dramaturgias/Coleção Holandesa, seguido do Projeto Bombón Gesell- Violência e Justiça na Ibero-América, que culminam em quatro leituras dramatizadas; um workshop intitulado “Arte e Comunidade”; uma residência artística; e o lançamento de uma coleção de livros de dramaturgia holandesa. Para Paula de Renor, diretora do festival, o RESIDE vai além dos espetáculos internacionais que oferecem um contato estreito do público pernambucano com expressões dramáticas contemporâneas. “Focamos na difusão, formação e  reflexão da cena teatral através de residências artísticas, oficinas e encontros, para compartilhar experiências e saberes, debater ideias e processos criativos, estreitando laços de convivência e estimulando a quebra de eventuais barreiras territoriais e linguísticas”, explica a diretora. O RESIDE integra a “CENA EXPANDIDA”, uma ação de articulação e colaboração entre os festivais CenaCumplicidades, Festival de Teatro do Agreste, Festival Estudantil de Teatro e Dança e Transborda—as linguagens da cena, do Sesc/PE. A CENA EXPANDIDA acontecerá  durante todo mês de setembro de 2022,  englobando todos esses festivais. O RESIDE tem apoio da Copergás, Sesc/PE e Prefeitura do Recife através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife. PROGRAMAÇÃO: Com entrada gratuita, os ingressos estão disponíveis no local, uma hora antes do início de cada apresentação.  Dia 23/09– Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h Leituras Dramatizadas dos textos do Projeto Bombón Gesell:  • Colors Bars, de Giordano Castro/Brasil/PE. Direção Juliana Pisco/PE Elenco: Alice Portela, Ariane Fernandes e Lucas Carvalho/PE (atores ligados ao Núcleo de Pesquisa Pindorama / Graduação em Teatro CAC-UFPE). • Os Titãs, de Paola Trazuk/AR. Direção: Monina Bonelli/AR Ator: José Neto Barbosa/PE De 24 a 28/09 – Centro Apolo-Hermilo/Coletivo Caverna • Residência de Rodolfo García Vázquez (Os Satyros/SP) com o Coletivo Caverna/PE Dia 28/09- Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h Leitura dramatizada do texto “Planeta Tudo”, (planeet Alles), de Esther Gerritsen/Holanda, com tradução de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez – Satyros (Brasil-São Paulo). Direção de Rodolfo García Vázquez com Coletivo Caverna/PE. Elenco: Edjalma Freitas, Iara Campos, Mozart Oliveira e Naruna Freitas. Iluminação: João Guilherme de Paula, Vídeo: Gabriel de Godoy, Adereços: Romualdo  Freitas, Produção: Luiz  Manuel. OBS: a transmissão ao vivo da leitura será ao vivo, através do canal no YouTube do RESIDE, com a participação da dramaturga holandesa Esther Gerritsen, direto da Holanda, e Ivam Cabral, um dos tradutores, que estará em Estocolmo. • Lançamento da Coleção Holandesa: após a leitura, haverá o lançamento da coleção de livros com cinco volumes, editada pela editora Cobogó.

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RodrigoMorcego

Festival Ekäut Oktoberfest inaugura novo selo de eventos no Recife

Evento assinado pela Ekäut será realizado nos dias 22 e 23 de outubro, no Terminal Marítimo, com infraestrutura e atrações voltadas para toda a família. Ingressos estão à venda no Sympla. A cena cultural recifense ganha, a partir de outubro, um novo integrante: o Festival Ekäut Oktoberfest, a versão local para o festival alemão de apreciadores de cerveja que reúne celebração da bebida, diversão em família e entre amigos. O evento, assinado pela Ekäut, cervejaria pernambucana, será realizado nos dias 22 e 23 de outubro, no Terminal Marítimo, com open bar de chope, atrações de peso e alguns diferenciais: tudo acontece à tarde com infraestrutura e atividades voltadas para toda a família e pessoas de todas as idades. O primeiro lote de ingressos está à venda no Sympla (https://www.sympla.com.br/ekaut-oktoberfest__1720703). A casadinha de lançamento (para os dois dias) será R$ 240,00. A inteira para cada um dos dias é R$ 240,00, R$ 120,00 meia entrada e R$ 130,00 ingresso social (primeiro lote). O festival é fruto da parceria da Ekäut Cervejaria com a Vinca Produções e a Kato Estruturas. O primeiro dia do evento (22) começa às 15h e será dedicado a diversos estilos do rock and roll. Entre as atrações confirmadas estão a Uptowband, Raulberto, Allycats e Rodrigo Morcego. No segundo dia (23), o festival começa às 13h, e celebrará a diversidade da cultura pop e pernambucana. A abertura é de Victor Camarote, cantando o melhor de Reginaldo Rossi, seguido pela Dizmaia, com releituras da obra de Tim Maia. Na sequência, a Banda Eddie e, para encerrar o domingo, Baile do Spok, com maestro Spok e orquestra com participação especial de Gabi do Carmo. “Esse é o nosso evento de entrada no calendário e no mercado de festas proprietárias recifense. Estamos promovendo o primeiro evento em horário diferenciado, algo que o público do Recife sentia falta. O festival será realizado na parte da tarde, em um local central, acessível e bacana, com a possibilidade de famílias e grupos de amigos irem com crianças e pets, para curtirem juntos o festival”, comenta Mariana Girão, diretora da Vinca Produções. Além de chegar para se tornar uma festa em que todo mundo pode participar, a infraestrutura do evento vai contar com ações de interação habituais típicas de Oktoberfest, a exemplo de chope de metro e faça sua cerveja, entre outras; praça de alimentação com vasta área para vivenciar experiências gastronômicas locais e típicas da Alemanha, lounge para descanso e feirinha de moda. Tudo isso com cenografia que remete às melhores Orktoberfests do mundo. Outro diferencial é contar com uma área kids com circuito de atividades (ingresso R$ 25,00) e serviço mamãe/papai deixa-mamãe/papai apanha (R$60,00 por 40 minutos). Crianças com até 12 anos não pagam para entrar no evento.

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Paula Febbe Foto de Patricia Del Sole

Literatura de horror é tema da Fenelivro desta sexta-feira (23)

Programação da feira fecha a noite com a banda Café Preto, projeto paralelo de Cannibal, às 20h30 O gênero literário de terror será o tema do bate-papo desta sexta-feira (23), às 18h30, durante a 6ª Fenelivro, que segue até o domingo (25). Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea terá participação dos autores de terror Márcio Benjamin e Paula Febbe, e mediação do jornalista, escritor e criador do site O Recife Assombrado, Roberto Beltrão. “Márcio e Paula fazem parte de uma geração que, de certa forma, ‘desafia’ o cânone da literatura brasileira que, por décadas, desde o fim do século XIX, foi o realismo. Em outras palavras, a literatura de gênero sempre foi considerada ‘marginal’ ou ‘menor’ por grande parte dos acadêmicos e quase desconhecida do público”, analisa Roberto. Esse cenário, no entanto, vem se modificando desde meados da primeira década do século XXI, segundo Beltrão, com uma revalorização da literatura de horror em detrimento do fantástico e do realismo mágico que vem ocorrendo na América Latina. Para a paulistana Paula Febbe, escrever sobre terror é como colocar para fora os próprios medos. “Minha literatura é resultado do meu insconsciente”, define Paula, que estudou psicanálise justamente para entender seus processos mentais e colocá-los no papel. “É como uma catarse que pode nos salvar das nossas dores. Quando entendemos o que nos assombra, fica mais fácil superar”, explica Paula, acrescentando que o mercado do terror tem crescido bastante no Brasil. “A minha geração fala mais sobre sentimentos, sobre o que incomoda”, explica a escritora, que também é roteirista, está fazendo mestrado em psicologia criminal, e ainda ministra o curso Serial Killer: a construção do personagem, na escola Roteiraria, em São Paulo. A banda pernambucana Café Preto é um projeto de Cannibal (vocalista da banda Devotos), DJ PI-R e Bruno Pedrosa. Diferente do som pesado do Devotos, a Café Preto traz músicas com referências da cultura local e letras e melodias no modelo Sound System, com delays, reverbs e sonoridades de Dubs e Reggae. O grupo se apresenta às 20h30. Confira programação completa: 23.09 - Sexta-feira 9h – Contação de Histórias / Arena A palavra da boca pra fora, de Clara Angélica, com Lili 9h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 10h – Oficina / Tenda Entorninho: a pintura da Cidade, com Emerson Pontes 10h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 14h – Contação de Histórias / Arena A palavra da boca pra fora, de Clara Angélica, com Lili 14h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 15h – Oficina / Tenda Grafitte, com Larone 15h30 – Videoteatro / Cine Fenelivro A Metamorfose, para quem tem medo de humanos (6'49"), do Coletivo Teatro de Retalhos 16h – Oficina / Cine Fenelivro Os princípios da animação, Pablo Ferreira da Escola VIU CINE de Criatividade 18h30 – Bate-papo / Palco Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea, com Paula Febbe (SP) e Márcio Benjamin (RN). Mediação de Roberto Beltrão (PE). 19h30 – Lançamento / Arena Feiticeiros de Acbar (Cepe) de Simone Aubin. Apresentação de Clara Barboza de Lucena e Sérgio Pires Barbosa 20h30 - Show / Palco Café Preto, projeto musical de Cannibal e dos DJs PI-R e Bruno Pedrosa

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Matheus Abel espetaculo infantil Madalena eu Madalena

Bairro do Recife recebe a sexta edição da Fenelivro 

Lançamentos literários, oficinas, conversas, artes visuais, teatro e shows integram a programação gratuita. Na foto, Matheus Abel, do espetáculo infantil Madalena, eu, Madalena. Foto Thiago Oliveira O Bairro do Recife recebe até domingo a sexta edição da Feira Nordestina do Livro, evento que integra o Circuito Cepe de Cultura 2022. Ocupando cinco mil metros quadrados da Avenida (Boulevard) Rio Branco e com a participação de 25 editoras, a Fenelivro volta ao formato presencial depois de dois anos, homenageando o poeta Miró da Muribeca e o cantor e compositor Chico Science. Inspirada no pensamento do precursor do Manguebeat, traz como tema central “Há fronteiras nos jardins da razão?” costurando a programação gratuita. Com uma estrutura física de três palcos e arena para lançamentos, a 6ª Fenelivro contará com mais de trinta atrações entre lançamentos literários, saraus, shows, oficinas, espetáculos infantis, rodas de conversas, exibição de filmes e videoteatro. “Essa edição se tornou especial a partir do momento que a levamos para uma área aberta e no coração do Recife. O diálogo com o território seria, portanto, mais necessário. Por isso, estamos oferecendo uma programação onde literatura, música, teatro, cinema e artes visuais falam sobre a cidade, transmitem o que pensam e o que sentem às pessoas que transitam por ela," destaca a curadora Jamille Barbosa. Entre os lançamentos, a Cepe Editora apresentará o inédito Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas. Escrito pelo advogado Thélio Queiroz Farias, o livro detalha a vida do pintor paraibano, revelando sua importância para além do quadro Independência ou Morte!, de sua autoria. A editora também lançará Feiticeiros de Acbar, Os Governantes - Volume I. Primeiro título de uma série de cinco,  escrita por Simone Aubin, a obra propõe um mergulho na literatura fantástica para os leitores adolescentes. Conversas com os autores dos já lançados Memórias de um motorista de turnês (Paulo André Pires), Bicho Geográfico (Bernardo Brayner) e da HQ Ragu 8 (Christiano Mascaro, João Lin, Dandara Palankof e Paulo Floro) também estão previstas. Outras editoras aproveitam a feira para lançar livros: A falta (Tusquets, 2022), do jornalista e escritor Xico Sá, e o infantojuvenil A Festa da Cabeça (Arole Cultural, 2022), de Kemla Baptista, são destaques.  Bate-papos - Todos os dias a programação traz um bate-papo diferente, com temas culturalmente relevantes. Na quarta-feira, às 18h30, a roda de conversa Manguebeat: o movimento e a memória, reunirá o cineasta Jura Capela, realizador do documentário Manguebit, a professora de sociologia da UFPE Luciana Moura, autora do livro Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo (Appris, 2020), com mediação do crítico musical, jornalista, escritor e pesquisador José Teles, autor do livro Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco (Edições Sesc São Paulo, 2022). Outro bate-papo instigante vai abordar os caminhos do quadrinho no Brasil, com o ilustrador e artista visual paulistano João Pinheiro, um dos principais autores do quadrinho nacional contemporâneo, e a artista visual e quadrinista de São Paulo Mariana Waechter. A mediação é da editora de quadrinhos recifense Dandara Palankof, na quinta-feira (22), às 18h30. Um dos destaques de sexta-feira (23) fica com o bate-papo Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea, com a participação dos autores de terror Márcio Benjamin e Paula Febbe e mediação do  jornalista, escritor e criador do site O Recife Assombrado, Roberto Beltrão. “Márcio e Paula fazem parte de uma geração que, de certa forma, ‘desafia’ o cânone da literatura brasileira que, por décadas, desde o fim do século XIX, foi o realismo”, destaca Roberto. Para a paulistana Paula Febbe, escrever sobre terror é como colocar para fora os próprios medos. “Minha literatura é resultado do meu inconsciente”, define Paula, que estudou psicanálise justamente para entender seus processos mentais e colocá-los no papel. O escritor paulistano Sacolinha (pseudônimo de Ademir Alves de Sousa), a cordelista e poeta cearense Jarid Arraes e a escritora carioca Clara Alves mostrarão como as suas experiências sociais se refletem nas suas produções literárias. A conversa entre Sacolinha e Jarid Arraes será no sábado (24) e terá mediação do poeta pernambucano Fred Caju. Clara Alves participa do bate-papo no domingo (25), com mediação de Gianni Gianni, editora assistente da Cepe. Todas a partir das 16h. Morador de Suzano (SP), com dez livros publicados, Sacolinha tem 39 anos e celebra 20 anos de carreira em 2022. “Costumo dizer que eu coloco a minha pele no fogo. Como morador de periferia, escrevo aquilo que eu vivo. Não é que eu escreva a realidade, mas um pouco da minha vivência social se reflete na minha produção literária”, declara o escritor. “Desde que me entendi como mulher bissexual, o foco da minha produção literária passou a ser o protagonismo LGBTQIAP+. Eu demorei muito a me entender e me aceitar, justamente por essa invisibilidade com que crescemos. As histórias que eu lia nunca eram sobre mim”, acrescenta Clara Alves, 28 anos. A performance do coletivo Slam das Minas de Pernambuco é uma boa pedida para o domingo (25), às 19h, quando oito mulheres negras estarão juntas para recitar poesias autorais sobre resistência e ancestralidade. “A poesia feita a partir da nossa vivência é uma característica do nosso grupo”, destaca Amanda Timóteo, poeta e uma das organizadoras do coletivo. Nos shows do fim de semana, a banda Geração Mangue leva sua mistura de música regional com hip-hop para o palco da Fenelivro, às 20h do sábado (24). A banda pernambucana Café Preto, projeto de Cannibal, DJ PI-R e Bruno Pedrosa, que mistura ragga, dub, funk e EDM, é a atração do domingo (25), também às 20h.  Oficinas e crianças - Atividades voltadas para a garotada ocupam as manhãs e tardes da programação com opções de oficinas (dublagem/voz original, trilha sonora, animação e roteiro, desenho artístico, pintura e grafite), contações de histórias e espetáculos infantis. O Coletivo Teatro de Retalhos leva para a Fenelivro clássicos da literatura (Moby Dick, Dom Casmurro e Hamlet) em linguagem adaptada para a criançada, enquanto o ator Mateus Abel encarna o palhaço Abelardo

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Desmantelo verde e amarelo

*Por Paulo Caldas Sensatez acima de tudo e liberdade acima de todos são as palavras de ordem que regem o conteúdo deste "Odara", obra de natureza política e social concebida pela verve da escritora Salete Rego Barros.  O sentimento de empatia favorece as reflexões diante dos fenômenos que incidem sobre os segmentos significativos, quando a autora vislumbra no atual horizonte o que chamou de desmantelo verde e amarelo. Tal manada tangida por mãos desastradas, a sublimação da estupidez invade o convívio da sociedade. Salete sublinha que a prática do binômio “nós e eles” traduz a negação da arte, cultura e ciência, sepulta o afã de conceber e criar, enquanto os aplausos se destinam à cegueira comum às espécies ignorantes. A autora acentua que a obra de arte é transversal ao tempo e ao espaço com a paixão em dueto com a razão e arremata: longe das artes seremos imperfeitos inoperantes, incapazes de aperfeiçoar nossos projetos de vida. Noutra análise dispara flechas e atinge os arautos do “lucro já”, adeptos da destruição do Meio Ambiente, impassíveis ante a vulnerabilidade resultante dos danos à natureza. Os exemplares podem ser adquiridos na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, Recife, fone WA 55 81 98113-7126. *Paulo Caldas é Escritor

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